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mctej · 6 months ago
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e então, o cheiro se fez reconhecível. era uma bruxa. as visões que os atormentavam se tornando realidade? não. parecia jocosa, e estranhamente preocupada. o interior debatia se trataria de uma ilusão tentando o enganar, ou da realidade sendo oclusa pelo mundo das ilusões. arcanum tinha um efeito terrível em matej, e não poderia ser mais amargo: escapara de uma prisão para cair diretamente em outra. um grunhir baixo, levou a mão aos olhos. "você é uma bruxa..." constatou, apesar de ciente de que ela deveria conhecer sua própria natureza. "... de volta para o futuro. acho que assisti esse." um murmúrio, enquanto ele fazia sentido das palavras. ele ergueu o olhar, agora a encarava direto nos olhos. "dez de janeiro, isso significa... dois dias? por pereplut, que diabos. esse lugar é uma maldita prisão... outra. não chegue perto. eu não tenho certeza do que ocorreu... onde estão as outras bruxas? você é a única?"
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Apesar de estar mais cuidadosa por entre a cidade, os olhares e comentários ferinos tentavam entrar sob sua pele a todo custo, Evelyn não era uma pessoa que conseguia ficar inerte quando via alguém visivelmente precisando de ajuda. Estava em um passeio pelo limite da floresta quando viu o homem recoberto de machucados e com uma cara de quem não sabia para onde ventava o vento, obvio que temeu, não tinha como saber de quem era aquela quantidade de sangue, porém todos os feitiços ecoavam em sua mente enquanto seu rosto demonstrava apenas preocupação com o quadro "Dez de janeiro... Deve ser umas... Meio dia? E para titulo de conversa estamos em 2025, não sei o que aconteceu mas de volta pro futuro me ensinou algumas coisas." ela o olhou de cima embaixo e naquele pequeno segundo se permitiu decidir se o apagava de novo e seguia o seu caminho ou tentava ajudar "Você tá bem? Eu iria perguntar o que aconteceu, mas duvido que você saiba"
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mctej · 6 months ago
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☠️ – ❛ 𝒐𝒑𝒆𝒏 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓. (0/5)
tw: sangue.
os últimos dias haviam sido uma caixinha de surpresa para matej. ouvia sussurros, mais do que o comum, onde quer que fosse. como se a luz cheia passada não fosse o suficiente, ecos de cantigas ressoavam em sua mente. o teleportava para momentos desgostosos, dias de prisão frios, pintados em vermelho. conseguia ouvir as vozes das bruxas, os murmúrios enquanto as vigiavam das sombras. mas elas não estavam mais lá. ele não havia se livrado de todas elas? sentia o peito arder, o tempo já não era fluido. tinha lapsos de minutos, horas, que desapareciam com o início dessas ilusões. e agora acordava, recoberto em pequenos machucados que cicatrizavam, e sangue que não era seu. era incapaz de dizer o que acontecia, e não faltava muito para concluir que entrara em um portal direto para o inferno ou alucinava após uma lesão cerebral. "você. sabe dizer que horas são? de qual dia. e o mês, por garantia."
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mctej · 7 months ago
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☠️ – ❛ 𝖘𝖕𝖊𝖈𝖎𝖆𝖑 𝖊𝖉𝖎𝖙𝖎𝖔𝖓: 𝖋𝖆𝖒𝖎𝖑𝖞 𝖒𝖊𝖊𝖙𝖎𝖓𝖌 @calymuses
matej não se lembrava exatamente como havia parado ali. era algo que acontecia desde que se fragmentara, nos anos de maldição, e que perdurava até aquele dia. costumava ser menos frequente; ele estava certo de que a autonomia de si estava retornando. a chegada em arcanum provara que não. acordara, por assim dizer, em meio o que reconhecera ser a floresta das almas perdidas. já havia estado ali algumas vezes nas últimas semanas. mas aquela era a primeira vez que capturara traços de cheiro distinto. que não pensava que capturaria ali. lhe remetia algo antigo, uma memória distante, difícil de ser alcançada. quando conseguira discernir parte, estava parado do lado de fora do que parecia ser a habitação de alguém. outro híbrido?
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mctej · 7 months ago
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(  masculino  •  ele/dele  •  ∞sexual ) — Não é nenhuma surpresa ver ZALMOXES (Ζάλμοξες) MATEJ “MATTHIAS” CORVINUS andando pelas ruas de Arcanum, afinal, O HÍBRIDO LOBISOMEM/VAMPIRO precisa ganhar dinheiro como NOVO DONO DA TABERNA SANGUE FRIO. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de SEISCENTOS E CINQUENTA E UM ANOS (1373), ainda lhe acho METÓDICO e CORTÊS, mas entendo quem lhe vê apenas como IMPASSÍVEL e MELINDROSO. Vivendo na cidade há UM MÊS, MATEJ cansa de ouvir que se parece com AARON TAYLOR JOHNSON.
𝖙𝖔 𝖘𝖚𝖒 𝖚𝖕 𝖙𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖚𝖙𝖍
tw: morte.
matej/matthias é um híbrido bem velhinho, que nasceu de uma linhagem de lobisomens bem antiga. ele iniciou sua vida como um guarda, e ascendeu lentamente pelos títulos até uma fatídica guerra. nessa ele foi transformado para que não perdesse a vida, e após habilitado, retornou para sua antiga cidade. foi tido como um herói pela sua sobrevivência e atos em guerra, mas com o passar dos anos, percebiam que ele não envelhecia. foi quando mudou para eslováquia, conheceu elizabeth de celje e assumiu uma outra identidade para se casar com ela. passou então a ser o príncipe matthias corvinus, que após um incidente, tornou-se rei de regiões da hungria, croácia e áustria. mas entedidado da vida real, forjou sua morte e decidiu conhecer o mundo. acabou sendo capturado por descendentes de seu lado materno da família, bruxos, que abominavam sua natureza como híbrido. por conta disso, foi amaldiçoado para que permanecesse em sua forma de lobo por um século. a ideia era que ele não conseguisse escapar dessa prisão após esse período, mas superando todas expectativas, ele não ficou satisfeito em fazer apenas isso como também se livrar de todos os corvinus de sangue bruxo. eventualmente, passou a se livrar de todos os bruxos, e consumido pelo ódio e pelo instinto, todas as formas de vida que via pela frente. foi uma longa reabilitação, e que engraçado, quando pensava que tinha acabado de sair dela, caminhou para outra prisão.
𝖙𝖍𝖊 𝖍𝖎𝖘𝖙𝖔𝖗𝖞, 𝖙𝖍𝖊 𝖒𝖎𝖘𝖙𝖊𝖗𝖞, 𝖙𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖆𝖌𝖊𝖉𝖞
tw: sangue, morte.
zalmoxes, embora ele vá preferir que o chame simplesmente de matej ou matthias, nasceu em meio a região antes conhecida como kolozsvár (romenia), numa família sem prestígio. com ou sem prestígio, os corvinus eram elementalmente estabelecidos na cidade, todos os conheciam. frequentemente ocupavam os trabalhos braçais que todos se recusavam a fazer, poderiam ter sido historicamente marcados como o mais antigo registro de faz-tudos. mas havia algo muito mais complexo e interessante naquela família que apenas muitos músculos no corpo. ninguém conhecia muito sobre eles, eles não eram exatamente falantes, ou sequer carismáticos. todos parecendo um punhado de carne movida à ódio e força bruta, o que fazia jus à natureza que maioria desconhecia. mais que uma família, eram uma das matilhas mais antigas da região croata e húngara. antes de carlos magno, eles já estavam lá, extremamente bem estabelecidos. ninguém os conhecia profundamente, mas para eles, era benéfico passar despercebido nos olhos dos humanos.
matej em específico era filho de tisza e mikail. como se não bastasse ser filho do alfa, sua mãe ocupava função estratégica, dada sua herança como metade bruxa, metade lobisomem. era esperado que esses poderes fossem passados para a criança, e essa que seria responsável por trazer honra à família. em seu nascimento, foi performado um ritual para a divindade que lhe conferiu o nome; zalmoxes era de simbolismo próximo para os corvinus, deus a quem era atribuída a duração do nome por tantos séculos. todas as forças foram depositadas na criança que nascia. e é fácil de entender como isso pode ter ido miseravelmente errado.
o moreno de olhos claros nascera sem um pingo de sangue mágico. era puramente um licantropo, que por mais que se destacasse em sua força e agilidade, não era suficiente para cumprir o vazio deixado pela expectativa de uma divindade reencarnada. viver era uma forma de constantemente desapontar seus pais. matej entretanto, cresceu com elevada ambição. não tardou em entrar para a guarda real, distinto dos demais de sua família. os atos em meio conflitos do reino fizeram que com o passar dos anos, fosse ascendendo dentre a camada militar. a inevitável ida e vindas de conflitos fez com que eventualmente o corvinus perdesse sua vida. era o fim? ele imaginara que sim, conforme deixava os olhos pesarem no campo de batalha. 
enquanto ia acordando, entretanto, matej começou a entender que seria um pouco mais difícil para que se livrassem dele. a nova natureza lhe era estranha, havia sido transformado em algo distinto. haviam boatos sobre vampiros desde que era muito novo, em todo lugar da romenia. tão antigos quanto os lobos, mas ele nunca havia visto um. nunca imaginara que se tornaria um. a mulher responsável por transformá-lo, mais que uma curandeira, estabeleceu-se para lhe ensinar os princípios básicos de como se tornar um vampiro. e ele ressurgira, anos depois de seu falecimento. pensavam que havia morrido, e seu retorno lhe rendeu o título de herói, dentre a cidade. o primeiro de seus títulos viera dessa maneira, e fora a maneira como se iniciara a ascenção da família corvinus.
com o passar dos anos, a jovialidade inesgotável do rapaz ia sendo lentamente notada. deveria ter muito mais que seus quarenta anos, cristalizado eternamente na mesma década em que se transformara. barba por fazer e cabelo desgrenhado não conseguiam conferir anos, e nesse momento, o rapaz se retirou para a eslovênia. a tentativa de anonimato foi falha, e pouco depois de instalar-se em celje, conhecera sua única esposa. elizabeth de celje. a conhecera ainda prometida para outro homem, mas mudar o curso da história não parecia fora de seu alcance. para que se casassem, assumira outra identidade. não mais matej, passara a ser matthias corvinus. aparentemente, era o segundo filho de john hunyadi, do qual subitamente todos passaram a se recordar em 1458. 
por infortúnio do destino, eventos com o sequestro do antigo rei levaram à coroação de matthias, inicialmente na hungria e croácia, e posteriormente a região da bohemia e áustria. era engraçado, ainda se colocasse em perspectiva as poucas expectativas que seus pais depositavam sobre ele. mas não lhe servia, não era? a maldita coroa era pesada demais, e em 1490, forjou sua própria morte. deixou a romenia, ansioso por desvendar mais do que o mundo poderia lhe oferecer. este, em retorno, mostrou o quão maldito poderia ser. meio século depois, e cruzara com o coven que descendera da linhagem familiar de sua mãe, os lesovik. a história dele era conhecida, e por muito tempo desprezada pelos seus componentes. acima de tudo, desprezavam vampiros, criaturas ditas como embebidas em magia negra. a força, a agilidade, de nada lhe serviram quando fora surpreendido.
para restaurar a ordem natural das coisas, os corvinus encontraram uma punição adequada. por um século, ele estaria aprisionado em sua forma de lobo. o coven tinha a expectativa de que os anos confinado fossem apagar o homem dentro da besta, e prisão temporária se concretizaria em perpétua. mas não funcionara assim. ao final do século, seu consciente retornara, completamente destroçado. com os anos, os instintos aprenderam a falar mais alto que o raciocínio, e após despertar da maldição, assim fora. o ódio o movia acima de tudo, e a lembrança fizera com que caçasse o coven. matando todas as malditas bruxas da linhagem corvinus que conseguisse encontrar. e então, simplesmente, qualquer bruxa. eram meados de 1600, e ele abrira precedentes para o início dos caçadores de bruxas. as odiava. a sede era tão grande, como se fizesse por compensar os anos sem beber sangue humano. 
o processo de reabilitação fora demorado, quase impossível. todos os quatrocentos anos que se sucederam foram necessários para pouco a pouco devolver o que havia perdido. e logo quando pensou que havia conseguido, acabou em arcanum.
𝖆𝖓𝖉 𝖌𝖎𝖛𝖊 𝖒𝖊 𝖘𝖔𝖒𝖊 𝖉𝖊𝖙𝖆𝖎𝖑𝖘 𝖆𝖇𝖔𝖚𝖙 𝖎𝖙
001. matej é uma pessoa conturbada. sua vida é bem dividida em homem, lobo, e homem. toda a aptidão social e educação dissolvida em décadas na cabeça de uma fera. ainda que tenha passado mais anos como homem que como besta, é difícil de programar corretamente suas ações. os instintos vencem, lhe consomem, e ele cede e se culpa.
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