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Reavaliação/instrospecção/confusão

Eu tenho me sentido tão emocional... Cercado de pessoas, mas tão sozinho... Qual foi a última vez que uma pessoa desejou conhecer você? Mas eu digo... realmente conhecer. Genuinamente, entende? Eu me dei conta de que faz tempo que isso não acontece comigo E, claro, fico tentando encontrar uma razão O caminho mais fácil é a autoculpabilização “O que tem de errado comigo? Será que tenho dado abertura para as pessoas me conhecerem? Será que fecho numa concha? Será que realmente levanto paredes para me proteger? Será que tenho ouvido, de fato, as pessoas? Será que tenho deixado transparecer o meu “verdadeiro eu”? - se é que isso existe. Será que tenho aparentado ser da forma que eu me vejo? Ou da forma que eu gostaria que me vissem? Às vezes posso ser tão egoísta... Enfio a minha cabeça no cu e não tiro mais dali. Fica atolada.  “Será... será... será?” Outro caminho fácil é apontar o dedo para os outros para a sociedade Que, de fato, tem sua baita parcela de culpa O clichê é válido - nunca estivemos tão conectados, mas ao mesmo tempo, tão distantes Será que outras pessoas se sentem sozinhas dessa forma? Às vezes parece que não, sabe? Cada um segue sua vida, se apaixona, cria conexões... e eu sigo parado no tempo Mas será que eu sou tão sem sorte assim? A grama do vizinho sempre é mais verde, ok, mas... de fato, eu vejo que tenho fugido a algumas regras “A misfit, all over again” Às vezes, eu me pergunto se essa postura questionadora é boa para mim Enfim... qual seria o ponto certo entre se adaptar e ser autêntico? Acho que nunca encontrei essa resposta Às vezes, parece que ainda não me conheço o suficiente De fato, a vida é uma jornada de autoconhecimento E a cada descoberta, acende um pequeno fascínio sobre mim mesmo Mas não quero que isso me prejudique Eu estou cansado de me prejudicar, me autosabotar Eu só quero ser feliz

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Sombras dos 32 Não conheço mais, de trás pra frente, os clipes da moda Não estou mais tão atualizado assim quando o assunto é meme Os estilos, os sons, as preocupações com ser descolado Alguns termos que são tão rotineiros para jovens Nomes e faces dos incontáveis famosos Já me causam certa estranheza, que beleza É agridoce, tão libertador, mas fico meio deslocado Mais sozinho do que sempre fui, em mim mesmo, habitado Amigos reais, imaginários e simbólicos seguindo adiante Me abandonando quando lhes convêm (o quê que tem?) E eu aqui, me encontrando e me desencontrando (de vocês) Oscilando entre estagnação e euforia Discursando para ouvidos não tão interessados Focados em seus próprios problemas e soluções Minha memória já não é mais a mesma Meu rosto e meu corpo já não são mais os mesmos Talvez a diferença não seja tão clara para outros Mas para mim é gritante, assustadora, assombrosa Anuncia tempos diferentes de tudo o que já vivi Em que sequer tenho a mesma ilusão de conexão com você Eu temo tanto a velhice e a partida dos meus pais O que eu vou fazer e ser sem eles? Alguém irá me aceitar da maneira como eles fazem? Terei pessoas para chamar de família? Ou elas ficarão absortas demais em suas teias e bolhas? Sem olhar para o lado, sem prestar atenção em mim? Nenhuma solidão é grande demais, que não possa crescer Nenhum potencial é pequeno demais, que não possa florescer Nenhum sofrimento é doído demais, que não possa aumentar Nenhuma nostalgia é agridoce demais, que não possa se acentuar Nenhuma vida é prolongada demais, que não possa findar Só me resta a esperança

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"You don't ever have to be stronger than you really are

When you're lying in my arms, and, honey

You don't ever have to act cooler than you think you should

You're brighter than the brightest stars"

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The more the world expand to me

The more overwhelmed I feel

The more trapped inside a cage I feel

So depressed and helpless

Can I help myself?

Who will look after me when I get sick?

Who will take care of me after a surgery?

If I'm not obsessed with him

Or with nonsense

What am I supposed to do?

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It's hard to live in a world made for two

When you were made to be a lone wolf

It's tiring not fitting into so many molds

It makes you feel helpless, like a scared child

After all these years, I keep on asking:

Can I live with myself? Will I love myself?

Emotions may be one of the hardest things to endure

And loving yourself is not an easy path to pursue

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Every day is the same f*cking thing.

How long til everybody lose their sh*t?

How long til plp wake the f*ck up?

Will we be alive to see the consequences of it all?

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Amadurecimento

Era inocência minha acreditar nas palavras do seu sorriso aconchegante. Ser imprudente ao lidar com minha carência. Que fique claro: pouquíssimos são realmente altruístas. Humanos sempre têm um ou mais interesses na relação com o outro, sejam eles nobres ou nem tanto. Encontros e permanências são, afinal de contas, atravessamentos de desejos. E nenhum desejo é eterno.

Que possamos cultivar o que há de positivo, mas, na hora certa, arrancar de nossas pernas as ervas daninhas que cresceram. Às vezes, isso significa tirar de nossas vidas alguém que amamos, por mais que isso parta o coração e façam cair lágrimas de tristeza e decepção. Amadurecer é ter a sabedoria de escutar coração e razão na hora de tomar decisões.

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Justiça social

Trocar a fé infundada pela busca do conhecimento científico. O entorpecimento frequente ou excessivo pela defesa do oprimido. O escarnío e o desprezo pelo afeto e a empatia. Talvez assim consiguemos estabelecer as bases de uma sociedade justa e igualitária.

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Somente a razão pode contar histórias de terror

Somente a sabedoria pode ser um bom telespectador

Somente conhecimento pode demonstrar a ignorância

Apenas amor pode demandar a tolerância

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Criatura da noite

À noite, eu vejo melhor, raciocino melhor

Sei lá, deve ter alguma coisa a ver com meus ancestrais

E com cada vez que me podaram

Fecharam a porta na minha cara, pedindo mais

A única certeza que tenho é de que

A solidão da noite dói muito

Tanto quanto a certeza de que eu poderia

Ser uma pessoa melhor durante o dia

Mas eu simplesmente não consigo...

Eu já tentei de novo e de novo e de novo

Mas nunca é suficiente

O chicote pra me autoflagelar tá sempre a postos

O garotinho desesperado pra agradar tá sempre presente

Em cada passo, olhar, gesto, palavra

Preso numa relação abusiva

Em que sou tanto o abusador, quanto o abusado

Porque ninguém me arrasta na lama como eu mesmo

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Ode à anarquia

Em todas as rodas de conversa, labuta é tudo sobre o que se fala

Pff... quem eu quero enganar? Que rodas de conversa?!

Tá cada um tão enjaulado no seu quadrado que o luto por vínculos perdidos se tornou tolerável

Mais tolerável do que a perda de perspectiva de ter uma vida repleta de pequenos grandes luxos

Minha geração é TÃO decepcionante - informação brota da internet feito grama

Mas continuamos nos ludibriando com brinquedinhos da shopee e outras mil distrações

Somos patéticos

O sistema e seu vil metal nos quebrou, assim como fez com nossos pais

Nessa realidade em que as pessoas dizem não aguentar mais, mas continuam aguentando

Um apocalipse servido bem gelado cairia bem

Fogaréu em cada pneu de carro de playboy

Condomínios de luxo desabando

Brasília e Washington em destroços

Empreendedores musculosos e divas fitness murchando, pálidos de fome

A porra desse mundo de cabeça pra baixo

Mas não... fomos separados de tal forma que tá cada um girando na sua rodinha feito hamster adestrado

Sem ações concretas, conhecimento não é poder

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É engraçado, pra não dizer desolador, quando a admiração que você nutria simplesmente desmorona, feito um castelo de cartas É um dos piores tipos de solidão que você pode sentir na vida Viver dói O sofrimento te consome por dentro Como um "dotô" uma vez disse para mim: seu primeiro respiro é por sua conta - e o último também Mas tudo bem À medida que nossas figuras de referência morrem Morre também o receio de encarar quem nós realmente somos

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You made me hate this city

You were my town, I'm in exile now

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I can't keep on waiting for you I know that you're still hesitating Don't cry for me 'Cause I'll find my way You'll wake up one day But it'll be too late

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O benefício da dúvida

Cada pequena coisa que você faz ou diz,

Eu reflito, rumino, regurgito, repriso, resisto

Cada final de semana que chega é motivo

Para pensar em te pegar, me apegar, te perder

Fico brincando de ser adulto, finjo que sei o que tô fazendo

Disfarço que não noto a alegria, a magia, a nossa alquimia

Faço de conta que não fui fisgado, mas você sabe que fui

Encubro minhas emoções, mas só engano a mim mesmo

Quero ser amado, mas só sei andar armado com dúvidas

Inseguranças, fantasias, medos, manias, segredos

Segure a minha mão, entrelace-a com a sua, é tão simples

Que nem te jogar na minha cama ou mexer no seu cabelo

Talvez a sua experiência te torne prepotente

Talvez a minha solidão me deixe carente

Talvez você acredite que sou insuficiente

Talvez eu só queira me manter meio inocente

Quando deixo de falar ou desvio o olhar

Eu te dou o benefício da dúvida

Quando aceito jogar e começo a brincar

Eu te dou o benefício da dúvida

Quando suspeito que seu jogo é subestimar

Eu te dou o benefício da dúvida

Quando me deixo convencer e tudo o que faço é ceder

É porque eu não quero te perder

Quando esfrego seu ciúme na sua cara ou me jogo no momento

É porque eu não quero me perder

Quando me retraio e aposto todas minhas cartas na amizade

É porque a gente tem que aprender a se merecer

Permitir se perder

Surpreender-se com outro beijo

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I put you first and you adored it.

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Quando a euforia passa Uau, quanta sorte eu tenho por ser excepcional Sou um fenômeno raro, que me faz um completo desajustado Vivo caminhando nessa corda bamba infernal que chamam de vida Tentando buscar o equilíbrio entre a liberdade e a cautela Vislumbrando uma mansão na praia ou um casebre numa viela A eterna luta entre o hedonismo e o ascetismo Viver o conforto ou se jogar no desconhecido Quando a euforia passa Os sonhos se tornam mais distantes A luz no fim do túnel se afasta A clareza lentamente se apaga Volta a se tornar escuridão A esperança dá lugar à desilusão A criatividade se torna mera fantasia E a fantasia nem sempre se concretiza Sou puxado de volta à dura realidade Tão complexa, tão diversa e tão fria Que nos reserva euforia, alegria Mas também angústia e sofrimento Que proporciona celebrações e risadas Mas também perdas de pessoas amadas A liberdade assusta, mas impulsiona Nos joga contra os receios A cautela conforta, mas acomoda Nos mantém prisioneiros