Tumgik
desverbos-blog1 · 6 years
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eu tinha meu caminho
você, o seu
e nossas estradas se encontraram
assim, tão sutilmente
mas eu tinha que seguir em frente
você, idem
e nossos caminhos se dividiram
assim, tão sutil[e violenta]mente
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desverbos-blog1 · 6 years
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um adeus à metonímia
eu sempre vivi de partes pelo todo
agora busco amores inteiros
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desverbos-blog1 · 6 years
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desverbos-blog1 · 6 years
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desverbos-blog1 · 6 years
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ainda estou aqui
e você ainda aí
você de lá
e eu de cá
aos meus olhos, tão juntos
mas aos seus, tão estranhos
talvez seja feito para ser assim
eu aqui
você aí
e nunca nós, em algum lugar
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desverbos-blog1 · 6 years
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gente
às vezes eu me pego desacreditando no ser humano, num vai e vem entre esperança na bondade alheia que me leva direto a uma decepção atrás da outra, seguida de uma ideologia destrutiva, uma espécie de "vem-meteorismo", um culto à destruição e ao apocalipse, exaltando Charles Darwin e dizendo como a seleção natural ainda vai passar por cima de nós, e como seremos substituídos por uma espécie melhor.
mas aí eu penso, o que seria da gente sem gente? o ser humano é o único bicho que consegue criar, e não é nem da roda ou do acelerador de partículas que eu estou falando. eu tô falando que o ser humano é o único ser no reino Animalia que consegue criar maneiras de expressar aquilo que sente.
a arte. a arte é a coisa mais bonita que o ser humano já criou. só de pensar que dentro daquele poema, daquela pintura, daquela música, tem um coração que no momento em que a peça foi feita, esteve apaixonado, ou partido, ou magoado, ou esperançoso, fico arrepiada. dentro de cada expressão artística, existe uma história, a história de uma pessoa; uma pessoa que sente, que pensa, que sonha, uma pessoa que às vezes trabalha ou estuda, uma pessoa que tem uma irmã, ou que ama bolo de cenoura, ou que acabou de adotar um Yorkshire, enfim, mas por trás de cada expressão de arte que apreciamos, existe um universo, toda uma vida, que provavelmente nunca conheceremos por inteiro, mas apenas um pedaço, que está lá, exposto ou publicado, pronto para ser apreciado.
a arte, o sentimento vivo, é o que me faz ter esperança no ser humano, pois ela me alivia, mostrando-me que, por mais cruéis que sejamos, nós ainda sentimos
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desverbos-blog1 · 6 years
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quando eu o conheci, ele era uma ideia, talvez criada por mim, talvez criada por outros, talvez uma mistura de tudo isso, pois bem, não sei dizer; sei apenas que era uma ideia
foi ele, aliás, que me ensinou a ideia do amor platônico: quando ele é ideal, inalcançável, ele existe, mas assim que concretizado, ele deixa de existir
e foi assim, tão sutilmente, que assim que ele me teve, seu amor deixou de existir, mas ele esqueceu que me deixou aqui, desamparada, aflita
o fato é que o amor dele era ideal, mas o meu, ah, esse tinha massa, volume e ocupava lugar no espaço
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desverbos-blog1 · 7 years
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é que cada encontro proporciona uma corrente de energia diferente, mesmo que sejam os mesmo corpos.
mas a reação que advém é sempre a mesma: você vai me destruir [e eu não estou pronta].
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desverbos-blog1 · 7 years
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Não sei se realmente sinto, quero, vou ou falo, e tudo isso por ter condições de duvidar muito bem numa existência baseada em fingir. Fingir que eu não sei o que realmente move a máquina, enquando eu sei o que é, mas sou perturbada pelo mal da esperança.
Elisa C. Vieira
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desverbos-blog1 · 7 years
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Perdi
tudo que me fazia rimar inclusive você. 
C.
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desverbos-blog1 · 7 years
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estamos nessa juntos. iremos continuar em pé juntos. continuar fortes juntos. superar todos os obstáculos e as dificuldades que estão por vir, da mesma forma que superamos as que passaram. e sabe por que? por que o que prevalece no final é o sentimento bom, a vibração que o coração emite mesmo sem emitir.
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desverbos-blog1 · 7 years
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procrastinação
e sempre que eu decido te esquecer, deixar pra lá, você volta, e me convence a deixar tudo pra amanhã
você volta, e como eu gosto quando você volta, mas quando menos espero, você vai, e então percebo que o tal amanhã chegou
até que você volta de novo, e fica tudo pra semana que vem
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desverbos-blog1 · 7 years
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Ei,
como é que está aí?
volta pra cá,
você é o único que faz meu coração sorrir.
Carla Santos.
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desverbos-blog1 · 7 years
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04:28
você se impregnou nas minhas poesias se borrou nas minhas pinturas desafinou minhas composições entortou minhas entrelinhas você fez meu sono entrar em coma desandou meu piloto automático infectou minha rotina e demoliu a minha calma você invocou meu desespero mas aprisionou meus gritos estendeu a duração do tempo mesmo ele voando solto entretanto você reviveu meu afeto desintoxicou meu ócio e remediou minha cegueira
ao me estender a mão, você me jogou do abismo
mas me tirou de lá também.
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desverbos-blog1 · 7 years
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insone
é madrugada e a cidade dorme; estou em minha cama, mas completamente desperta, e uma única pergunta ronda minha insônia: “o que restou de nós?”
o que restou de nós? digo, se é que restou alguma migalha, se é que para você o “nós” já existiu.
você se recorda? ou realmente esqueceu? será possível que estive em viagem astral por todos esses meses, e que nunca te conheci realmente?
talvez sejamos melhores como estranhos do que éramos como amantes-não-oficializados; tento colocar essa ideia em minha mente, mas o que você queria? que eu apenas me conformasse com o seu desprezo? que eu simplesmente seguisse errando, em busca de outro alguém? e se eu lhe disser, meu amigo, que outro alguém não o substituirá?
por mais que você tenha me substituído tão ligeiramente, as pessoas que marcam nossa mísera existência humana não podem ser substituídas, o me leva a concluir que eu nunca deixei manchas em sua mente, nem pegadas em seu coração, mesmo que minha meta fosse conseguir tocar sua alma, no entanto nem descascá-lo eu consegui.
as vozes, as vozes, elas dizem para eu o deixar ir, que há algo melhor esperando por mim, no futuro, mas o que é o futuro? o futuro é daqui a 5 segundos e eu ainda estarei pensando em você. o futuro não existe, enquanto meus sentimentos não mudarem, e na atual conjuntura das marcas deixadas por você, eles não mudarão.
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desverbos-blog1 · 7 years
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virada tardia
é fevereiro  e só agora me permiti falar sobre 2017, o ano em que tudo aconteceu, mas que, ainda assim, preferi fingir que nada do que ocorreu foi real. talvez tenha sido bom demais para ser verdade, mas ao mesmo tempo ruim demais para ser verdade; talvez tenha sido o ano do novo, do espontâneo, o que me fez acabar o ano realizada, mas ao mesmo tempo sentindo-me inútil e no piloto automático, sem viver o suficiente; fiz planos para o ano seguinte que sei que não vou cumprir, pois são os mesmos que fiz na penúltima virada. vesti branco dia 31, esperando paz, já diria a superstição, mas tudo que não quero para este ano é paz, a quietude me chateia; como ficará minha poesia se não houver desconcerto, tremedeira, turbilhões de emoções, choro (de preferência de alegria) e ranger de dentes? qual será minha inspiração se não houver incômodo, abalo, euforia, suor e paixões? como posso imaginar um ano sem viver o amor e lutar por ele? sem sonhar, fazer planos e ter sentimentos de revolução? sem me arrepender de loucuras que fiz, mas secretamente me orgulhar de tais feitos? talvez tenha sentido tanto medo de lembrar-me de 2017, pois esse foi o ano em que vivi todas essas emoções, a maioria ao mesmo tempo, e agora não consigo mais viver na monotonia. portanto, para este ano que começa, eu só quero a mais poética desordem.
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desverbos-blog1 · 7 years
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despedida
estou deixando você simples assim você quer me manter em órbita mas sou meteoro a caminho de colisão quer que eu seja o seu mundo quando tenho um universo em minha alma meu amor, a verdade é que você nunca teve amor a mim você teve amor a um momento uma ideia uma fotografia um pensamento mas não a mim não posso mais me espremer me forçar me descascar me desgastar para caber em seus padrões meu amor, eu não sou mais uma ideia eu sou a própria execução
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