Tumgik
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Sai pra dar uma volta e possivelmente vi um por do sol lindo, maravilhoso, era como se o mundo tivesse me mandando um recado, dizendo que apesar de tudo, há coisas boas e belas, um ceu azul, nuvens alaranjadas, o vento fresco e as estrelas aparecendo timidamente. Passei o caminho todo pensando que mais uma vez estou sofrendo e que perdi a batalha contra os meus pensamentos novamente. Acho que o mundo seria o mesmo sem mim, apenas continuaria, seguiria ser fluxo. Uma das minhas maiores aflições é por vezes não conseguir dizer as pessoas o que sinto e por que sinto, vejo as pessoas rindo e se divertindo e penso que gostaria de ser como elas, ou pelo menos como elas aparentam ser. Não sei, sinto que estou chegando ao meu limite, amei e amo muitas coisas aqui, mas sinceramente não tenho tido mais alegrias e a espontaneidade a muito já nao me acompanha. Sou refém e vitima de mim mesmo, dos cenários, ao me imaginar fazendo mal a alguém prefiro morrer, tenho preferido morrer do que muitas outras coisas ultimamente. Estou com medo...
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Hoje sai pra almoçar e encontrei alguns amigos, e cada dia mais a alegria deles reflete diretamente a minha tristeza. Será que algum dia nao foi assim ? Sera que isso vai passar em algum momento e vou poder estar inteiro nos lugares? Poder sorrir junto a eles sem ser assombrado por meus pensamentos? Por vezes me falta fé de que as coisas vao melhorar e a morte parece ser a saída pra tanta angustia...
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Estou preso dentro da minha cabeça, mas ao mesmo tempo sou covarde demais para mandar ela pelos ares...
Eu preciso de ajuda.
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Bem, lá e de volta outra vez aqui, sempre me perguntando quando foi que isso tudo começou. É extremamente desgastante tentar se convencer de que nao é um monstro e de travar uma batalha contra sua própria mente, andei pensando e já são anos e anos nessa situação e, olhando agora, não acho que ficou nem um pouco mais facil. Só consigo encontrar a paz, por vezes, quando estou dormindo, e a perspectiva de acordar e ter que viver mais um dia sobre as mesmas contingências tiram a minha vontade de continuar, dia após dias. Hoje, conversando com uma amiga, me peguei pensando no quanto ja perdi por essa condição, por medo. Perder por medo de perder. Não chega a ser cômico ? E frente a isso tudo só consigo pensar em voce... Ah Ane, como eu sinto sua falta... é tragico pensar que voce tinha razão, não era nosso relacionamento, nao era voce, mas uma vez que o peso da minha loucura, dos meus medos, caíram sobre o que nos tínhamos, eu nao suportei, nao suportei passar por isso com voce, sempre julguei isso como um fardo que devia carregar sozinho. Achei que iria acabar te atrasando, de alguma forma, contaminar com isso. Não tem um dia que nao me recordo do nosso passeio a cachoeira, me senti livre naquele dia ao seu lado, livre e bem com o mundo. Sinto falta de voce, falta de como éramos, sinto falta do seu cuidado e de como você era gentil, comigo e com o mundo. Não acredito que voce me daria uma segunda chance, não acho que a vida seja boa e poética assim, mas se um dia ler isso, queria que soubesse que nunca amei alguém como voce, por isso que quando aquilo que me assombra teve o que tínhamos como plano de fundo eu nao suportei. Sigo tentando me resignar, tentando conversar uma boa memoria do que tivemos, de cada momento doce que passamos juntos, de quando seus lábios tocavam os meus e quando eu podia ouvir sua respiração ao meu lado a noite, são momentos grandes demais na hora e agora, sem voce aqui, parecem ainda maiores, e insubstituíveis. Sem voce tudo ficou mais cinza do que já era antes de voce chegar. Me lembrei de um dia que voce me disse "Se passarmos por isso eu sinto que vamos ficar juntos pra sempre, eu sei", ouvir isso me atravessou de uma forma que nao consegui compreender na hora, mas me lembrei da foto dos seus pais e vi como seu referencial era bom, bom demais. Me sinto quebrado quando penso nisso, me sinto quebrado a muito tempo, mas é como se dessa vez os cacos tivessem ido parar mais longes um do outro de forma que não consigo juntar de novo, tem sido muito dificil. Eu gostaria de te dizer tudo isso, gostaria de te pedir perdão pelas minhas falhas e de ter sido um companheiro melhor pra voce, por que pra mim voce foi a melhor. Por algum tempo eu achei que quebrar certas coisas fosse dificil, mas hoje eu vejo que o que é dificil de verdade é consertar alguma coisa, é como se entre os cacos pequenos fragmentos, aqueles que faziam ser o que era, ja nao existem mais, tornando a retomada do que era impossível. É isso, por um momento me enganei e achei que poderia ser feliz e ter paz... esse sonho tem se apagado, juntamente com a minha fé em dias melhores, dia após dia. Acho que essa é uma das várias facetas da miséria humana.
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Saída de emergência
Hoje eu comprei a lamina , na esperança de sentir algo além de culpa e medo.
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Sufoco.pt2
Não me sinto no direito de estar bem, assim como não sinto que mereço as coisas boas que me acontecem. Quando estou em algum momento bom, de forma quase inocente minha mente dispara uma série de cenários, todos com temáticas destrutivas, onde as coisas dão errado pra mim no final, onde perco quem eu amo e por elas passo a ser detestável. Sinto vontade de morrer constantemente, o descontrole da mente, os cenários, a culpa e o medo, me oprimem todos os dias, desde os primeiros momentos da manha aos últimos da noite. Me sinto cada vez mais perto de dar o passo derradeiro, usar a saída de emergência, de me desligar. Uma morte inglória? Sim, mas talvez me traga alguma paz. Estou preso dentro da minha cabeça e meu corpo mais uma vez se mostra uma jaula.
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Uma nota sobre religião.
     Lembro-me bem, que desde os momentos mais ternos de minha infância, tive certo contato com a religião e seus ritos, lembro de minha mãe e minha avó me levarem a missa, me lembro de dos clamores, me lembro das músicas, da expressão nos rostos das pessoas, e do cheio de incenso que levemente percorria todo o ambiente. Me foi ensinado que era preciso ter temor e adorar a Deus, que nele toda a verdade estava contida, e também todo o amor. Olhando para trás eu percebo que de fato sempre questionei tais questões, mas devido a primeiro ensinamento sempre tive medo de quais os males poderiam se abater sobre mim caso ousasse duvidar e questionar de forma jocosa, por isso muito do que pensava não ousava externalizar.          Um pouco mais velho, por uma série de fatores ainda mantive uma fé, bem questionável e facilmente abalável, devo dizer, mas uma fé de que alguém realmente estava ali, observando e zelando por mim. Nessa época não era incomum que, por vezes, tanto minha mãe quando familiares mais próximos impusessem o “ir a missa” como uma condição para que eu pudesse realizar outras atividades, atividades essas que, devo dizer, me eram muito mais interessantes e que pelas quais eu nutria muito mais estima, estou falando do simples brincar. Veja, pela pouca idade, carência de argumentos e entendimento, simplesmente aceitava tal imposição, mas isso nunca me impediu de questionar o que era dito e o que era feito. Sendo assim, mesmo cumprindo todos os ritos ascéticos que a cerimônia exigia, aquilo me parecia incompreensível, olhava para aquelas pessoas que de olhos fechados, que por vezes lacrimejavam, confiavam seus maiores segredos e angustias nas mãos do nosso salvador, daquele que tudo via tudo sabia e que de forma amorosa e cálida ouvia. Ouvia? Eu sinceramente nunca soube, por vezes, mesmo nos momentos de maiores turbulências, quando me impus acreditar, pois quando fechava os olhos, além de não receber um chamado maior, também não me sentia acolhido, pelo contrário, me sentia mais sozinho e insignificante do que nunca.          Em um dado momento, acredito que as dúvidas e suas ramificações eram tão fortes e vastas, que suas raízes começaram a se alastrar em minha mente, até que por vezes da minha boca saiam, em forma de piadas e questionamentos afiados. A repressão dos mais ascéticos era imediata, o que me causou medo no início, como se estivesse desafiando uma força e um propósito muito além da minha compreensão. Nesse momento minhas relações com o religioso já estavam fortemente abaladas, tanto no sentido cultural, quando em sua representação em minha vida, a ruptura era, e foi, inevitável.         Um pouco mais velho, próximos dos meus vinte anos acredito, e em alguns dos anos seguintes, talvez aqueles que comigo convivessem poderiam dizer ter sido meu momento de maior soberba, ou ignorância, acreditava ter sido emancipado das amarras religiosas através do conhecimento, e me orgulhava disso, de certa forma me achava até mesmo especial. Porém, mesmo assim, vaguei desejante por outras religiões, diferentes da minha de batismo. O que eu buscava? Bom, acredito que o que todos buscam, abrigo, amor, compreensão e uma prova de que eu estava errado. Por um tempo algumas me prenderam, instigaram e me bastaram, mas não tardou para que fossem sufocadas pelas críticas, ceticismo e arrogância. Eu já não mais conversava com Deus nos momentos de necessidade, não acreditando que receberia qualquer ajuda, pensava até que se ele realmente estivesse lá a minha de conexão comigo já havia sido revogada, se é que um dia ela existiu.          Porém, em meio a tudo isso, o que mais me angustia é ter tomado conhecimento sobre minha dualidade psíquica no que diz respeito a religião. Assim como na obra de Hermann Hesse, “O Lobo da Estepe”, por detrás do homem cético e de pensamento erudita que sou hoje, mora a criança, e também o homem, que cheio de temores, queria ter o que aquelas pessoas tem, os ascéticos, queria aquele olhar lacrimejante, aquele dialogo e confissão com Deus, aquela certeza que seus anseios seriam remediados, que suas preces seriam atendidas. Enquanto a maldade e a injustiça do mundo capital têm como um dos efeitos em nos homens fazer com que nos aproximemos daquilo que acreditamos poder nos salvar, Deus ou demais figuras messiânicas, devido a falência e a castração, em algum nível, de todas as nossas instituições e ideais, acredito que o efeito em mim tenha sido o reverso, significativamente reverso, se me permitem dizer. É com certo ressentimento comigo mesmo que digo que tenho dificuldade em acreditar em qualquer tipo de salvação.          Atualmente, voltei me submeter ao convívio dos homens ascéticos em seu lugar de louvor e reafirmação do credo através de rituais cíclicos, nas missas, fundamentais para que o ideal perdure pelas épocas, que permaneça robusto e não vacilante. Para aqueles que me perguntam o porquê, bom, tenho por habito dizer que vejo certa beleza, que para mim, que almejo a erudição, tem um viés de observação antropológico. Porém nem eu mesmo colocaria a mão no fogo por isso, acredito que na verdade esteja dando pra outra parte de mim, a criança e o adulto carentes da certeza algo de mais, em que se apegar além da velha lógica e do pensamento crítico ácido que infla meu ignóbil ego de homem.
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Glass
Tenho me cortado nas extremidades, nas barreiras que prendem meu pensamento, é como se fossem paredes internas cravejadas de vidro e o simples movimentar me faz colidir com elas. Meu pensamento nao fica sentado na cadeira com o sinto de segurança, por isso cada solavanco de percurso causa tanto deslocamento e estrago. Da onde veio todo esse vidro? Por vezes achei que foram outras pessoas que cravejaram as paredes internas antes de me inserirem dentro desse corpo para me prender, mas hoje vejo que são meu próprios pedaços que se desprendem toda vez que eu me quebro, e incapazes de voltar para a posição inicial que ocupavam antes do impacto, e também sem a possibilidade de se lançarem no vazio, eles formam um arcaico sistema de segurança que nao permite que nada saia. Muitos desses cacos parecem tão antigos em suas posições que as vezes sinto medo do que posso encontrar num nível mais interno ao remove-los, mas é necessário saber.
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Liberte-me
Se alguém tiver a chave, por favor, liberte-me, liberte-me da prisão que é minha mente. Certa vez ouvir uma musica que dizia “Meu corpo é uma prisão” e que a mente tem a chave dessa prisão, gostaria de perguntar ao autor se é possível ter acesso a essa chave. Me encontro novamente no poço da mais profunda angustia, engolido pelo medo, perdido em pensamentos desconexos e dando vida as minhas neuroses que vem a mente como o rompimento de uma barragem que nao pode ser contida, ela vai me levar, vai levar tudo, todos os bons pensamentos, todas as possibilidades do “não ser tão ruim”, do “não ser real”. Tenho medo de que dessa vez seja a pior de todas, assim como tive nas vezes que a precederam, medo de estar perdendo o controle. Lembro-me de um psicanalista que disse que não somos senhores nem em nossa própria casa, referindo-se a nossa mente, e cada vez mais penso que ele estava certo. Tenho tentado buscar qual o cerne dessas questões, desse medo, pois caso contrário apenas continuarei me digladiando com meus sintomas, uma tarefa inglória, pois é como arrancar a cabeça de uma cobra e mais duas crescerem no lugar, pois o coração da criatura ainda bate. Sigo como um peregrino que irrompe com sua tocha na mais profunda escuridão, a escuridão da mente, tão profunda e tão densa que parece ser solida, mas deve haver uma saída....
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Sufoco
É assim que me sinto toda vez que ela me toma. Muitas pessoas ja me pediram para para explicar como é sofrer com ansiedade, e mesmo tentando fazer o uso das melhores palavras para tentar externalizar o que sinto, tentar projetar no outro toda a angustia que ela trás consigo, acredito que seria impossível, de fato, faze-las entender em totalidade. Quando ela vem, sinto que estou me afogando em mim mesmo, me afogando em algo tão viscoso que parece ser impossível nadar e voltar a superfície . Estou sufocando, e é sempre assim, raramente estou bem, mesmo nos momentos mais ternos, alegres e cálidos ela continua ali, latente, como um vírus a espera de uma baixa nas defesas imunológicas, pronta para me engolir, me devorar por inteiro, sem qualquer oportunidade, sem chances de me desvencilhar. Dizem que “O medo tempera o almoço do lobo”, então acredito que ela sempre se banqueteia comigo, e uma vez que devora todas as minhas certezas, aquelas que me trazem uma fagulha, um lampejo de que estou seguro, ela veste a minha pele, e a partir dai apenas consigo ver o mundo com seus olhos, tudo me causa medo, tudo parece estar a ponto de me machucar, de me fazer mal, um mal inexorável. O coração acelera, o cérebro dispara linhas de pensamentos com possíveis finais trágicos no qual o temor da vez ira culminar, e todos eles me parecem tão reais, tão palpáveis. Acho que ja perdi essa luta, mais uma, de uma batalha que parece infindável. 
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Homem moderno
Os conflitos começam
Quando se tenta entender
As oscilações do eu
E o peso da duvida
No ato de manipular
No descobri-se manipulado
Recolho-me 
E busco o entendimento
Me recuso a aceitar
Minto para mim mesmo
Na intenção de acalmar 
As vozes da insegurança
Grito no silêncio 
O que me infere a alma
São palavras furiosas
De quem não esta mais aqui...
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