Tumgik
lettersfromviolet · 4 years
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Criança.
Palavra que me faz levantar as orelhas igual um cachorro que aguarda impacientemente seu dono chegar em casa
É interessante e fascinante o mundo delas e
o olhar que eu tenho para esse mundo
É fascinante
São os filhos que não tive, mas pretendo ter
Os irmãos e irmãs que nunca pude ter
Os primos que não consegui conviver porque a distancia era muito longa
e nosso fusca não aguentava viajar longas distâncias
Sorrisos que brotam por coisas simples, sem muitas exigências
Amor incondicional que cresce com o tempo
Dias... Meses...
Até o momento que se firma uma amizade
É esse momento pelo qual eu vivo
Quando os olhares já se conhecem
Quando meu nome possui outro significado
Não sou apenas a tia, sou a amiga
A amiga que ganha sorrisos
Abraços e beijos melados de Danone
A amiga que se suja e corre por entre a poeira do campinho
A eterna tia que não é de sangue mas de coração.
V, 2019
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lettersfromviolet · 4 years
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É preciso abraçar o que não gostamos
Aquilo que não há como mudar
Que faz parte de nós
Cravado como metal
Deixar sua marca no mundo
Algo que quase todos almejam
Porém dificilmente conseguem
Porque deixar sua marca é mais do que uma foto
É bem mais do que milhares de corações
distribuídos em uma foto que talvez não tenha significado nenhum
É ser você, única e exclusivamente
Inteira ou quebrada
Tuas falhas e sofrimentos
O retrato da humanidade
Como sol e chuva
V, 2020
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lettersfromviolet · 4 years
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Existe culpado?
Eu admito que a sensação de te rever foi boa, quase como a sensação da tua boca na minha, essa foi melhor, sem duvidas. Tem alguns detalhes que prefiro deixar pra mim, é algo meu, seu, talvez até nosso, se existisse um “nós” aí. Afinal, durou pouco, no tempo espaço e na sua cabeça, aposto. O que foi mais um beijo no meio de tantos que você já deu? Mais uma para a lista, correto? Uma que você pode respirar aliviado quando se deitou e pensou: “atrás de mim, não corre mais.”. Porque na sua cabeça isso é o suficiente, você mais uma vez, é de alguém que não sou eu. É dela. E eu mais uma vez, me perdi.
Achei que sobreviveria bem, não é a primeira vez, mas estava errada. Sempre estive. Não existe eu e você, existe Violet e existe James, separados por um longo espaço, que só eu penso em preencher. Você já preencheu com ela.
Por que não sou ela? Qual é o problema comigo? É inútil pensar a essa altura do campeonato. Eu escrevo, mas ela pode escrever, cantar, argumentar e ser melhor em absolutamente tudo. Ela tem o que eu não tenho, não só o seu amor, mas a sua amizade. Suas mensagens de bom dia, sua mão quando chegam em algum lugar tumultuado ou à noite, quando tudo é mais difícil de enxergar.
E me enganei por cinco anos. Achei que o nosso - ou o meu - vai e vem era obra do destino para algo maior, talvez digno de se contar em uma história, um filme, “quem espera, sempre alcança”, não é mesmo? Balela, era o tempo me traindo, me requisitando apenas para ele. Tua vida seguiu, a minha não. Li sobre buracos no peito, sobre dores de amor, acreditei que não seria possível sofrer por algo que não se teve, mas é melhor sofrer por isso do que por algo que você acreditou ter e que poderia ter.
Como culpar alguém por não sentir?
V, 2020
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lettersfromviolet · 4 years
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presa
Eu estou presa. No seu olhar, no seu jeito, nos seus olhos. Eu estou presa. Não consigo parar de afastar meu olhar curioso de você e as palavras não saem. O silêncio reina sobre nós. Será que realmente precisamos delas? Não vai ser agora, talvez nunca seja. Talvez nunca existirá o “nós” que canso de procurar por cada esquina. É bom às vezes sentir meu estômago cheio de borboletas. Me faz lembrar que eu estou aqui. Que estou viva. Como uma borboleta, que carrega as mágoas e alegrias em suas pequenas asas e ainda sim, consegue voar. Cada vez mais alto na imensidão do céu azul. Imenso e infinito céu azul. Eu estão tão presa a você que chega a ser ridículo. É ridículo. 
V, 2016.
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lettersfromviolet · 4 years
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pacotinho
Dizem que você me olhou. Eu não te olhei. Evitou o que eu mais temia, o que eu mais temo. Sou da seguinte opinião, descobrimos através dos olhos de alguém, os sentimentos que não podem ser ditos. Maioria das vezes funciona comigo, afinal, é assim que eu descubro como você está, sem ter que te perguntar nada. Sentimentos e coisas que não podem ser ditas em voz alta. Os olhos dizem muito. Não quero que você leia os meus, nem que os veja. Mas você olhou. E eu olhei para ela. Aqueles enormes olhinhos que me fitavam como se soubesse, como se sentisse e por um milagre, ela sorria. Me agarrei no sorriso daquela criaturinha como quem se agarra a ponta de uma pedra para não cair no abismo. O abismo que eu teria prazer em me atirar se a situação fosse diferente. Ela não deixou.
Você talvez tenha me olhado. Seus olhares voltados para aquele pacotinho, que me segurava muito mais forte do que eu segurava ela. Porque temos isso em comum, nós amamos o pacotinho. Você olhou porque eu carregava uma parte de você. A única parte que tenho certeza que posso ter, que posso amar livremente. E como não gostar de uma parte de você?
Violeta Dale - “Não bastam rosas, eu quero teu coração.”
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lettersfromviolet · 4 years
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estupidamente bom
Sentir algo por você é ridiculamente bom… E errado.
Eu me permitir te encarar em todas as oportunidades só me faz mal. Me deixa pior ainda quando você olha de volta. Porque eu sei que você olhou só por olhar. Te ver, conviver com você, ouvir o som da sua voz, da sua risada… Realmente, é um problema para mim, porque você é dela e ela te faz bem.
O pior de tudo é não saber o que sentir. Não gosto de você. Não amo você. Mas definitivamente sinto algo, senão não estaria indo embora, afastando meus pensamentos e meu corpo para longe. Ah, como dói as vezes. Como o inferno. Saindo da sua vida aos poucos para que eu possa viver a minha, sem julgamentos, ilusões e tentando descobrir o que é. Esperando não ser amor.
É errado, é proibido, mas é estupidamente bom.
V, 2016.
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lettersfromviolet · 5 years
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online
Checo uma, duas, até mesmo três vezes o círculo verde embaixo do seu nome. Online. É estranho pensar que eu conheço parte da sua rotina mas não conheço você. E vice-versa, porque caso lhe perguntem, minha cor favorita pode ser qualquer uma, menos preto. Eu quero, do fundo do meu coração, sentir que existe uma conexão e procuro por ela em tantos lugares que já perdi a conta, inclusive no online. Mas não existe nada que possa nos conectar e se já existiu, eu perdi de vista. 
Sei que existem barreiras, milhares delas ao nosso redor, colocadas por mim e por você. Uma combinação que só é perfeita na minha cabeça, imaginada e idealizada e sem nenhuma chance de comprovação porque, novamente, não te conheço. São quatro anos esperando e cabe somente à mim, cortar a linha ou acreditar que ela está em nós para sempre. 
Cortá-la seria tentar, mais uma vez, seguir em frente quando eu mesma sei que não funcionaria. Apenas deixe-me saber: funcionou para você? 
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lettersfromviolet · 5 years
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seu beijo é a minha ruína
Corri, num impulso, para te mandar uma mensagem. É estranho como atualmente nos comunicamos só assim. Sabemos o que sentimos mas não expressamos, a não ser claro, que seja online e com emojis. Lá fui eu tentar recuperar o que tivemos em um passado distante. Ingênua, claro. Nada volta a ser como antes.
Fui respondida com sinceridade. Coração palpitou. Maldito sentimento, infelizmente nutrido por sentenças esporádicas. Tão esporádicas que quando nos encontramos não sabíamos o que dizer, o que pensar. Preferi pensar que você me chamou para contar causos. Ingênua, claro.
Não posso. Não quero.
Tocar você ou seus lábios não é algo que eu quero, que eu precise, é exatamente o contrário. Sejam abençoadas as vozes inconvenientes que nos dão conselhos quando mais precisamos. Elas não falham. Um beijo seria minha ruína. Seria relembrar o quanto eu te quis e como sofri quando percebi que não podia te ter. Você era dela, ela era sua e eu não era de ninguém. Mais tarde descobri que eu era de mim mesma, só não sabia.
A firmeza no “não”, a quebra da sua expectativa, de braços abertos me esperando, não doeu como eu imaginava. Me deu a certeza de que mais do que eu te amei, eu me amo. Não posso sofrer por você porque eu me importo comigo. Meu coração, meu eu, é o que existe de mais valioso. Eu quis tanto você que esqueci de me querer. E agora que provei do gosto doce do amor próprio, viciei. Quem sabe em alguns anos a gente não se encontra, ri desse dia, das frases incompreendidas, dos porquês exclamados e se lembra com ternura, do que nós sempre deveríamos ter sido. Amigos.
V, 2018
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lettersfromviolet · 5 years
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Não era para ser ele
Ele era novato. 
Não tinha convivido com aquela selva que era a nossa sala de aula, a sala onde eu e ela passávamos praticamente nossa manhã inteira, infelizmente. Nem a gente estava acostumada com as coisas que aconteciam nela, ainda ficávamos surpresas, ele então... Mas pra ele tudo era engraçado.
Ele chegou quieto, recuado, parecia ser aquele cara que mudaria os meninos antigos, aquele cara maduro. Talvez, ele fosse o novo exemplo. Talvez. Mas depois de um tempo ele foi mostrando que não queria nada, nada de faculdade, nada de estudos... Poker. Tudo se resumia a isso. Frequentava a escola mais cara, mas não queria estar nela. Eu suspeitei. Não julguei. Tentei não julgar.
Ela? Ela encantou, ele era diferente, ficou impressionada. Eu entendo, já tive esses fascínios. E lá foi ela, foi fazer amizade. Foi. Fez. E tudo aconteceu mais rápido que o metrô. Sim, ela se apaixonou... Eu sabia. Sabia que isso ia acontecer. Também sabia que não ia prestar. Não prestou.
Ele ficou com outro alguém, alguém que não era ela. Contou o ocorrido como se não fosse nada, não percebeu a feição triste que ela aparentava. Machucou ela, talvez tenha até quebrado ela... Ele não vê o que fez, mas eu vejo.
Nós vemos as lágrimas silenciosas que caem dos seus olhos, o jeito que ela passou a falar. Ele fez o que eu mais temia, fez com que ela não se achasse capaz e eu realmente o odeio por ter feito isso com ela. Com a minha amiga. Ele tirou a capacidade dela de acreditar nela mesma, na sua beleza. Exterior e interior. 
Ele, não é o amor da vida dela, não é o futuro dela. Não será o presente. Não era pra ser ele, não vai ser ele.
V, 2016
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lettersfromviolet · 5 years
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Nós saberemos.
Vou começar esse texto citando aquele famoso discurso da Jéssica em Eclipse. O texto de formatura, que fechava um ciclo e que não poderia ter sido usada na minha colação, nós eramos especiais demais para copiarmos. Fizemos o nosso próprio. "Quando tínhamos cinco, nos pediram que disséssemos o que queríamos ser quando crescêssemos. Nossas respostas foram coisas como astronauta, presidente, ou no meu caso, princesa. Quando estávamos com dez anos, eles perguntaram novamente. Nós respondemos: a estrela de rock, cowboy, ou no meu caso, medalhista de ouro. Mas agora que nós crescemos eles querem uma resposta séria. Bem, quem diabos sabe? Este não é o momento de tomar decisões duras e rápidas, esta é a hora de cometer erros. Pegar o trem errado e ficar preso em algum lugar. Apaixone-se...muito. Se interesse por filosofia, porque não há nenhuma maneira de fazer uma carreira além disso. Mude sua mente e mude de novo, porque nada é permanente. Então, cometa muitos erros, como você pode. Dessa forma, algum dia, quando voltarem a perguntar o que queremos ser, não teremos de adivinhar. Nós saberemos." Isso me faz recordar aquela época boa do terceiro ano, que eu tinha absoluta certeza de que iria continuar na minha cidade, estudar aqui, fazer faculdade e quem sabe, montar um consultório, afinal, eu tinha escolhido psicologia. Vocês já pararam para pensar no que motivou vocês a escolherem o curso que vão prestar? Eu só parei para pensar nisso agora. Vamos voltar um pouquinho no tempo, talvez uns 7 anos atrás. Chegar em uma escola nova foi bem complicado na época, se você já está por aqui faz tempo me acompanhando, sabe que por um bom tempo eu sofri bullying e tive que sair do meu antigo colégio. A gente quer se misturar, quer ter amigos novos e no meu caso, tentei recuperar amigos antigos. O resultado disso foram anos de escuta no intervalo, de um ombro amigo, ouvindo os infinitos causos e aflições dos meus colegas. Paixões mal resolvidas, problemas com notas e até mesmo familiares. Era a Anita quem ouvia, era a Anita quem aconselhava. Aquele titulo de psicologa da sala me destacava de qualquer um, me dava a confiança de quem eu quisesse e a sensação de poder era infinita. Porra, eu sabia (e até hoje sei) de segredos valiosos, que estragavam relações e que poderiam tanto ajudar alguém quanto atrapalhar. Sorte deles que eu permaneço até hoje com a ética do "o que você me conta, fica aqui". Sabe o que eu desconfio? Que essa ideia foi mais longe do que devia, ficou cravada e eu não sabia fazer mais nada exceto, escutar o problema dos outros. Eu amo moda, amo escrever (ah, jura?) e eu faço coisas de decoração, incríveis. Não sou bonita, seria até demais dizer isso e sou uma péssima fotógrafa. Porém eu sei fazer muito mais do que apenas sentar e ouvir e vamos combinar, são raras as pessoas que aguentam os dramas adolescentes. Eu ainda vivo esses dramas ai pô. Como eu iria ajudar alguém a passar por essa fase se nem eu, a pessoa que vos fala, conseguiu ter uma adolescência plena e legal? Com 17 anos (nem parece que eu tenho 17, né?) eu quero me aventurar, descobrir o que o mundo oferece e mexer com meu blog. Escrever histórias mega românticas, dançar só de calcinha e sutiã em frente ao espelho e desfilar pela casa com asas falsas me sentindo a própria Josephine Skriver. Eu quero viver e a ideia de ficar trancafiada em uma sala, escutando algumas coisas que talvez eu não vá usar, me aborrece. Me aborrece saber que você tem que decidir o que quer ser agora, nesse exato momento, quando eu nem sei decidir qual é minha cor favorita ou o que levar de lanche pro cursinho. Foram 2 meses de faculdade engordando e me perguntando onde diabos eu tinha me enfiado. São menos de 12 meses para escolher um novo curso e pasmem, eu tive menos de um dia para decidir se queria ir para o cursinho ou não. Gente... Como a gente vai fazer uma escolha e tomar uma decisão se nem autonomia para ir no banheiro nós temos? Ai vai outra indagação para vocês; como vamos nos tornar adultos com 17 se nem saber calcular o IPVA a gente sabe? Eu nem sabia que tinha esse monte de imposto, para começo de conversa. Por que vocês, pais, mestres e todo mundo desse mundo, nos ensinaram a calcular o PI (que eu decorei; 3,14) MAS NÃO ENSINARAM A FAZER UM ARROZ? Eu não estou preparada e aposto que maioria também não e amigo, amiga, você sabe o quão chato é não ter um curso definido. Vamos de novo me usar de exemplo; 5 anos "programados" e ai do nada eu mudei o rumo, dá para imaginar o nó na cabeça dos meus pais? E para ser bem sincera, nem sei se eu estou afim de fazer faculdade, PRONTO, FALEI. Ô mania que o povo tem de colocar quem fez faculdade em um pedestal... O sacrifício que a gente tem que fazer, tem que querer muito e se você não quiser, vira aquela catástrofe. Resumindo, o fim do mundo. Será que você está pronto para sacrificar as festinhas, a boa vida de sair a tarde sem hora para voltar e andar bem plena, porque sabe que teve tempo para se arrumar? Hmm... Será realmente que sair do terceiro direto para a faculdade é assim tão bom? Agora que já plantei a sementinha da dúvida na cabeça de vocês e já assumi o que vários queriam saber (sim, eu larguei a faculdade e estou no cursinho) vamos deitar a cabeça no travesseiro e pensar no tipo de pessoa e profissional que queremos ser. No tipo de mundo que queremos construir e se realmente, você está tomando a decisão certa. Pesquise, não tenha medo de pedir um ano para pensar e se preparar e saiba que eu to aqui e se você quiser me mandar um e-mail, eu continuo sendo a psicóloga da sala; só que dessa vez. eu não terei diploma, hehe. Anita Borges, 2017.
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