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«Na nossa cultura, frequentemente falamos da infantilidade com afeto. A verdade é que o menino em cada um de nós — quando ocupa o seu lugar apropriado em nossas vidas — é uma fonte de brincadeiras, de prazer, de diversões, de energia, de uma espécie de liberalismo, que está pronto para as aventuras e para enfrentar o futuro. Mas existe outro tipo de infantilidade que interfere nas nossas interações com nós mesmos e com as outras pessoas quando é necessário ser adulto.»
Robert Moore, em "Rei, Guerreiro, Mago, Amante".
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«É preciso nuncar esquecer que o que nos é oferecido nesse instante não nos será proporcionado de novo. O que em determinado momento omitimos, omiti-lo-emos para todo sempre.»
O trabalho intelectual, Jean Guitton.
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"Eu tinha tanto medo de te incomodar com minha intensidade que preferi te dar espaço e não alimentar essa minha vontade de te conhecer. Pois, eu gosto do reciproco e, parecia que você não tinha o mesmo interesse. Não estávamos na mesma sintonia, página. Dei espaço e, você acabou por me procurar. Talvez acaso, destino ou simplesmente desejo por atenção mas, hoje me senti tão perto de você e isso está me fazendo tão bem. Meu coração se enche um pouco mais cada vez que estou próxima a você. E, nem mesmo eu sei o motivo mas, é um estado de espírito tão bom, um sentimento tão pacífico. Como uma crescente felicidade: quanto mais te conheço e sinto que você quer me conhecer, mais eu me sinto bem."
Giovanna Esciavelli
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«Só superamos as barreiras de trevas quando percebemos ser capaz de compreender e ser compreendido.»
Louis Lavelle
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[...] Só tenho na verdade interesse e esperança em certas pessoas, em conhecer certas pessoas. O mundo me parece uma coisa vasta demais e sem síntese possível.
Clarice Lispector.
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[…] Meus problemas são de uma pessoa de alma doente e não podem ser compreendidos por pessoas, graças a Deus, sãs. Mas fique tranquila, eu tenho levado uma vida como de todo o mundo. E tudo corre bem.
Clarice Lispector.
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[…] Mesmo pessoalmente é difícil conversar. Mil sentimentos atrapalham, seja o amor mesmo, a desconfiança de que se esteja vagamente mentindo, a vontade de convencer etc.
Clarice Lispector.
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[…] Mas eu compreendo bem e sei que às vezes não se tem o que dizer mesmo quando se tem o que falar. Peço-lhe mesmo que não tendo inspiração para escrever, mande-me então apenas um bilhete dizendo como vai.
Clarice Lispector, em carta a Elisa Lispector; 20 de Abril de 1945.
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[…] Você tem o célebre medo de ferir e entristecer diz pouco ou quase nada. Mas eu agradeço do mesmo modo e compreendo muito bem o seu pudor e a sua delicadeza.
Clarice Lispector.
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[…] Querida, eu lhe peço: cuide-se extraordinariamente, pense que isso também é para mim, eu lhe peço. E pelo amor de Deus, veja nas minhas palavras mais do que minhas palavras. Aquela sua carta em que você diz que nós temos a intimidade que deveríamos ter, é certa de algum modo. E se você nas suas cartas não é tão íntima comigo eu no entanto adivinho, perdoo ao acaso e às circunstâncias o fato de termos uma espécie de pudor, uma em relação a outra. Mas leio suas cartas como se você me dissesse tudo, e na verdade é tudo o que você quer dizer.[...]
Clarice Lispector.
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[...] Não tenho a menor confiança em mim, basta uma carinha bonita, um braço de fora, um andar mais gracioso, para eu, por assim dizer, cair em mim. Me sinto como uma pessoa que se não fizer alguma coisa que a reabilite, se afoga. Para não ser tão humilhada e pisada eu procuro me interessar por homens e isso até me cansa, me desvia do meu trabalho que é a coisa mais verdadeira e possível que eu tenho. O resto é sensibilidade ferida, é insatisfação, é absoluta insegurança quanto ao futuro, é incompreensão do presente, é indecisão quantos aos próprios sentimentos. Estou ficando cínica e sem pudor. [...]
Clarice Lispector, em carta a Tania Kaufmann; 1944.
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[…] Eu disse que nunca tinha podido chegar mais perto de seus problemas porque você nunca deixava; que eu, por encabulamento, então, disfarçava minhas perguntas de amizade em perguntas de curiosidade. [...]
Clarice Lispector.
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[...] A verdade é a seguinte: não procurei fazer-me nem enorme e nem inteligente. Apenas eu estava precisando pôr em ordem certas coisas que me preocupavam ligeiramente. Estava precisando de uma teoria. Sem querer, propriamente, aproveitei a ocasião e escrevi aquelas tolices que lhe pareceram terrivelmente "feitas" e que no entanto, agravando o caso, foram muito espontâneas.
Clarice Lispector
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Existe em mim (quando estou só) apenas um feixe de potências que, para se exercer - algo de que sempre me esqueço - precisam de um convite e de uma ajuda. Ser solitário é ser incapaz de exercê-las, porque elas não recebem nenhum chamado.
Louis Lavelle
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O que um amigo espera são atenções, mentiras, consolações, todas as coisas que implicam esforço, trabalho de reflexão, autocontrole. A preocupação permanente com a delicadeza que a amizade pressupõe é antinatural. Viva os indiferentes ou os inimigos para que possamos respirar um pouco!
Cioran
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«[...] em torno de cada um se forma um círculo de claridade cuja amplitude se mede pela potência de seu pensamento e pela pureza de sua intenção. Todos esses círculos se cruzam: possuem certas zonas comuns, que representam, por assim dizer, os meios dos quais as diferentes consciências dispõem para entrar em relação entre si, e certas zonas próprias de cada um, que demonstram irredutibilidade de cada consciência particular.[...]»
Louis Lavelle.
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"[...] sua originalidade mais sublime não pode ser assimilada nem compreendida por niniguém.[...] estamos sempre prontos para responder a nosso amigo mais fiel: 'Neste ponto você já não pode entender-me.'[...]"
Louis Lavelle
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