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O surrealismo é um movimento artístico e literário que surgiu no início do século XX, especificamente na década de 1920, como uma resposta ao contexto cultural e social da época. Foi influenciado pelas consequências da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o conflito devastador deixou muitos intelectuais e artistas desiludidos com as normas sociais, os governos e a racionalidade que haviam levado à guerra. O surrealismo, assim, propôs uma ruptura com a lógica convencional, procurando formas mais livres e imaginativas de expressar a realidade. O Surrealismo também foi muito influenciado pelo movimento de vanguarda juntamente com movimentos como o futurismo, o cubismo e o dadaísmo, o surrealismo buscava desafiar os limites da arte e renovar as formas de expressão.

O movimento nasceu como uma extensão e reação ao dadaísmo, outro movimento de vanguarda que questionava os valores culturais estabelecidos e buscava a ruptura com as formas artísticas convencionais. Enquanto o dadaísmo se concentrava no absurdo e no caos, o surrealismo procurava explorar os aspectos mais profundos da mente humana, como os sonhos, o inconsciente e as emoções reprimidas.

O marco oficial do movimento foi o Manifesto Surrealista, publicado em 1924 por André Breton, considerado o principal teórico do surrealismo. Nesse manifesto, o autor define o surrealismo como "automatismo psíquico", ou seja, a expressão espontânea do pensamento sem a interferência da lógica, da moral ou das convenções sociais.

As principais características do surrealismo são: Exploração do inconsciente e dos sonhos, uso o do automatismo (escrita ou desenho espontâneo), combinação de elementos realistas com cenas fantásticas ou absurdas, temas de desejo, erotismo, medo e simbolismo. Um artista que retrata muito bem o surrealismo e foi destaque no movimento foi Salvador Dalí com a obra “persistência da memória”.

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Nascido em 1904, Salvador Dalí foi considerado um dos maiores pintores de influência no movimento artístico Surrealismo. Nascido em Figueres, na Catalunha, Salvador Dalí teve destaque por sua imaginação fora da curva e por suas habilidades em técnica de combinação com temas do subconsciente, dos sonhos e da realidade distorcida. Suas obras eram espelhos da vertente do surrealismo, que é um movimento que surgiu na década de 1920, com o objetivo de promover a liberdade criativa humana, rompendo com as normas da lógica e da razão e incentivando uma exploração profunda do inconsciente, influenciada pelas teorias do psicanalista Sigmund Freud.

As obras mais famosas de Dalí foram: A Persistência da Memória, uma obra emblemática para a carreira do pintor que retrata muitos detalhes específicos, como os relógios de bolso derretidos, que aparentam estar derretendo sobre diversos objetos, como a árvore e a superfície plana, além do rosto presente na tela, que demonstra estar derretido ou como se estivesse por trás de uma máscara, entre outros. A Última Ceia foi uma pintura na qual Dalí demonstrou elementos religiosos sob a visão do Surrealismo. A obra, em questão, é redefinida com elementos marcantes, como a dramaticidade e a distorção visual.

Sua influência no Surrealismo até hoje é lembrada por suas habilidades e representações do inconsciente e distorções da realidade. Ele foi um experiente artista nas técnicas de exploração dos sonhos e medos, criando obras com imagens impossíveis e fantásticas que revelavam os sentimentos mais intensos do indivíduo.

Salvador Dalí, falecido em 1989, deixou um legado de extrema importância para a humanidade, com suas obras que retratavam o surrealismo em sua forma mais bonita e sentimental. Suas obras e técnicas estão marcadas nos livros de história da arte, exibidas nos museus mais famosos do mundo e utilizadas como aprendizado e inspiração para as futuras gerações.

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"A Persistência da Memória" (1931), de Salvador Dalí, é uma obra surrealista que explora a ideia de tempo de forma única e intrigante. A pintura é mais conhecida pelos relógios derretidos, que parecem escorrer como se fossem feitos de algo maleável. Isso simboliza a fluidez e a relatividade do tempo, desafiando a ideia de que ele é fixo e imutável.

O cenário é uma paisagem desértica, com montanhas distantes e um céu claro, que cria um contraste com os relógios e sugere a imutabilidade da natureza. No centro da cena, há uma figura humana distorcida, quase sem rosto, que pode representar o próprio Dalí ou o subconsciente humano, em um estado de transformação ou perda de identidade.

Uma árvore seca na pintura é outro símbolo de decadência, refletindo a transitoriedade da vida e do tempo. Detalhes como um inseto sobre um relógio derretido reforçam a ideia de deterioração e morte. A iluminação suave e as cores quentes, como o amarelo e o laranja, criam uma atmosfera onírica e inquietante.

A obra foi inspirada por um sonho do próprio Dalí e também reflete influências das novas descobertas científicas, como a teoria da relatividade de Einstein, que sugeria que o tempo não é algo fixo. Assim, Dalí cria uma representação visual de um mundo onde o tempo é maleável, desafiando as percepções tradicionais da realidade e oferecendo uma reflexão profunda sobre a fragilidade da nossa experiência com o tempo.

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“A Persistência da Memória,” de Salvador Dalí, criada em 1931, é uma das obras mais conhecidas do Surrealismo e teve grande impacto em sua época. A pintura mostra relógios derretidos em uma paisagem que refletia a vista da sua casa em Barcelona, desafiando a rigidez do tempo como algo absoluto. Esse conceito capturou o espírito de questionamento e transformação das ciências e da filosofia no início do século XX, especialmente influenciado pela Teoria da Relatividade de Einstein, que propunha uma nova visão sobre a flexibilidade do tempo e do espaço.

Para uma Europa que ainda sofria os efeitos da Primeira Guerra Mundial e enfrentava uma crise de identidade e propósito, Dalí canalizou uma visão sonhada e crítica do mundo. A obra reflete a incerteza do período entre guerras, mostrando como as ideias e estruturas que antes eram inquestionáveis, como o tempo e a realidade objetiva, estavam sendo redefinidas. Por meio da distorção dos relógios, Dalí expressou o sentimento de instabilidade da época e a busca por uma nova ordem mental e espiritual.

Assim, “A Persistência da Memória” não só desafia as noções convencionais de tempo e realidade, mas também espelha o clima cultural da época, com seu foco em questionamento e mudança. Ela tornou-se um símbolo do Surrealismo ao explorar como o inconsciente influencia a nossa percepção do mundo.