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#“linda” princesa presa na torre do castelo
edsonjnovaes · 2 years
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Touché Turtle 1.2
A Tartaruga Tuchê – Touché Turtle (Syn, 1962): Uma tartaruga espadachim, que duela contra raios, dragões, outros bichos mais e ainda tem que salvar a “linda” princesa presa na torre do castelo, com a ajuda do fiel escudeiro Dumdum. Hanna Barbera. EDSON JESUS – 25 DE AGOSTO DE 2013 LINKS: Download Touché Turtle and Dum Dum (conhecido no Brasil por Tartaruga Touché e Dum Dum) é um dos segmentos…
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mariscando · 6 years
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Portugal de Norte a Sul - Parte 2: Trás-os-Montes e Alto Douro
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“Prá lá do Marão, mandam os que lá estão.” 
O segundo post da série Portugal de Norte a Sul, que comemora meus dois anos em terras portuguesas, trás um pouquinho da querida região de Trás-os-Montes. Terra das castanhas portuguesas, do azeite, dos vinhos excepcionais, da alheira e, claro, da minha família também! 
Trás-os-Montes e Alto Douro é uma província histórica da região Norte de Portugal. O nome já diz muito: é o que está além dos montes do Gerês, da Estrela e do Marão. Tribal e milenar, talvez seja a mais misteriosa região de Portugal.
Trás-os-Montes era uma das seis grandes divisões administrativas em que se encontrava dividido o território de Portugal, desde o século XV. A divisão foi conhecida por Comarca até ao século XVI, passando, a partir daí, a ser conhecida por província. Mas pode-se dizer que hoje Trás-os-Montes corresponda aos atuais distritos de Vila Real, Bragança e um pedacinho de Viseu e Guarda. 
Tradicionalmente, seu território é limitado a norte pela Galiza, a leste por Castela e Leão, a oeste pelo rio Tâmega e a sul, pelo rio Douro. Estes limites, variaram ligeiramente ao longo do tempo, mas apesar disso, seu isolamento secular pela difícil travessia das serras que a rodeiam, permitiu a sobrevivência de tradições culturais muito particulares, que marcaram profundamente a identidade portuguesa naquela zona do país.
Trás-os-Montes é também uma das províncias de Portugal com maior número de emigrantes e uma das que mais sofrem com o despovoamento. E é por isso que quase todo mundo no Brasil (ou pelo menos em São Paulo) tem um parente ou conhece alguém que veio de lá. Não preciso nem dizer que é o caso da minha família, porque vocês que acompanham meus posts há algum tempo, já estão cansados de saber que é a terrinha da minha avó querida.
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Um bocadinho de história...
Muito antes das invasões romanas, por volta de 218 a.c, sabe-se que já habitavam na Península Ibérica povos pré-históricos. Varias teorias relatam que teriam sido eles os criadores da grande cultura megalítica que teve início em Portugal. A seguir, por volta de 1200 a.c, deu-se a expansão das tribos de origem celta, os Celtibéricos ou Galaicos, cujo auge corresponde à Idade do Ferro.
As invasões romanas, influenciaram muito o desenvolvimento da região e culminaram com criação da província da Galécia ou "Gallaeccia" pelo imperador Dioclesiano. Em 406 d.c, período das migrações bárbaras, os alanos e vândalos chegaram à Hispânia e empurraram os suevos e os búrios para noroeste, chegando a ocupar a região transmontana.
Por volta de 409 d.c, os suevos, encabeçados pelo rei Hermerico, deram origem ao Reino da Galiza, que se estendia da atual Galícia, na Espanha, até Coimbra, incluindo toda a zona do nordeste transmontano. Mas foi somente no inicio do condado Portucalense, que deu origem ao Reino de Portugal (história que nós já contamos no post anterior sobre o Minho) é que nasceria oficialmente a Região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Arquitetura tradicional
Assim como o Minho, a Região Transmontana destaca-se pelo uso da pedra. As casas mais tradicionais são construídas, em sua maioria, em alvenaria de pedra aparente, podendo em alguns casos também ser rebocadas. Além do granito, utiliza-se na região bastante o xisto, uma rocha metamórfica com aspecto de lâmina, que é emparelhada de forma desordenada, dando um aspecto rústico muito charmoso, principalmente quando deixado aparente. Em alguns casos as duas pedras são utilizadas em conjunto, criando composições únicas.
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Usa-se muito também a madeira, especialmente em varandas, pórticos e alpendres, assim como na estrutura das coberturas. Mas o que absolutamente não pode faltar em uma casa transmontana é o forno a lenha para assar as castanhas e o fumeiro, onde os enchidos (ou embutidos) ficam expostos para serem defumados.
Belezas Naturais
A Serra do Marão é a sétima maior elevação de Portugal Continental, com 1415 metros de altitude. Situa-se na divisa entre o Douro Litoral e Trás-os-Montes e Alto Douro e é essencialmente constituída por pinheiros. Sua inércia confere ao clima do interior transmontano um caráter mais continental, com baixa umidade, produzindo invernos rigorosos e verões muito quentes. Basicamente, como se diz por lá, são 10 meses de inverno e 2 de inferno. 
Mas é graças a este clima extremo que as vinhas desenvolvem-se de maneira tão especial na famosa região demarcada dos vinhos do Porto, o Alto Douro Vinhateiro. 
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Apesar de estar longe do mar, a região conta com lindíssimas praias fluviais, como é o caso da praia fluvial do Azibo, em Macedo de Cavaleiros. Situada nas margens do rio Azibo, a 40 km de Bragança, a paisagem protegida da Albufeira do Azibo é um verdadeiro oásis em meio à aridez transmontana, com enorme riqueza paisagística e biológica.
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Gastronomia
Trás-os-Montes é também um dos principais territórios produtores de castanha, azeite, amêndoa, mel e enchidos em geral, principalmente as famosas alheiras de Mirandela. Como principais representantes da gastronomia transmontana temos ainda o cabrito assado, a sopa de castanhas piladas e a feijoada à transmontana. Mas certamente é a posta à mirandesa o ex libris da gastronomia de Trás-os-Montes e Alto Douro. As vitelas criadas nas pastagens da região dão carne de muita qualidade, que depois é cortada num naco espesso para grelhar e comer mal-passado. Divino!
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Principais cidades
Vila-Real era capital da província tradicional de Trás-os-Montes e Alto Douro. Localizada num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade se enquadra numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real era conhecida como a "Corte de Trás-os-Montes", devido ao elevado número de famílias com brasões que ali viviam.
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Bragança é capital transmontana localizada mais ao norte. Os celtas batizaram a cidade no século II a.C. com o nome de Brigância, que foi se “latinizando” até chegar a "Bragança". O Castelo de Bragança  é um dos mais bem conservados de Portugal. A construção gótica, que parece saída de um conto de fadas, remonta a meados do século XIII, e dá direito até a uma lenda da princesa presa na torre.
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Chaves, ou Aquae Flaviae, foi uma das mais florescentes cidades romanas da Península Ibérica e era conhecida pelas águas medicinais que brotam da terra a 73º C. Desse tempo imperial, sobreviveram as termas do Imperador Flávio Vespasiano e também a bonita ponte romana sobre o Tâmega, que ainda hoje liga as duas partes da cidade.
Miranda do Douro, localidade rodeada pelo Parque Natural do Douro Internacional, tem raízes celtas e foi ocupada pelos romanos e batizada no século VIII pelos árabes de Mir Andul. As heranças celtas estão presentes não só na cultura local, como no toque da gaita-de-foles e as danças típicas, mas também no edificado. Além disso, o Mirandês é um dialeto único em Portugal, que só se fala nesta região. 
Lamego apesar de pertencer oficialmente ao distrito de Viseu, fazia parte da província tradicional de Trás-os-Montes e Alto Douro. Considerada uma cidade histórica, possui uma grande quantidade de monumentos, como a igreja da Sé e o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, no alto de uma belíssima (e assustadora) escadaria com nada menos do que 686 degraus.
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Situada nas margens do Rio Tua, Mirandela tem um microclima marcado pelo vale em que se insere, com verões muito abafados, que lhe dão o apelido de Terra Quente Transmontana. Além das deliciosas alheiras e da linda ponte românica, é também a terra da minha avó, o que faz dela um lugar tão querido e especial. ~MV
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Portugal de Norte a Sul - A Série completa:
Introdução
Parte 1 - Minho
Parte 2 - Trás-os-Montes e Alto Douro
Parte 3 - Douro Litoral
Parte 4 - Beira Interior
Parte 5 - Beira Litoral
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kiluary-blog · 7 years
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A lâmina da assassina #39
Capítulo 39 Agachada à sombra de uma chaminé no alto de uma linda e pequena mansão na cidade, Celaena observava a casa ao lado. Durante os últimos trinta minutos, as pessoas entravam cobertas com mantos e encapuzadas – parecendo nada além de clientes com frio, ansiosos para sair da noite congelante. Ela estava falando sério quando dissera a Archer que não queria ter nada a ver com ele ou com o movimento. E, sinceramente, havia uma parte de Celaena que ponderava se não deveria apenas matar todos e atirar as cabeças aos pés do rei. Mas Nehemia fizera parte daquele grupo. E mesmo que a princesa tivesse fingido não saber nada sobre aquelas pessoas... ainda eram o povo dela. Celaena não mentira para Archer quando dissera que conseguira alguns dias a mais para o cortesão; depois que entregou o conselheiro Mullison, o rei não hesitou em garantir a Celaena um pouco mais de tempo para matar seu alvo. Um monte de neve foi soprado para cima, cobrindo a vista da frente da casa de Archer. Para qualquer outra pessoa, a reunião pareceria um jantar para os clientes dele. Celaena conhecia apenas alguns dos rostos – e dos corpos – que passavam apressados pelos degraus, pessoas que não haviam fugido do reino ou sido mortas por ela na noite em que tudo deu errado. Havia muitas outras cujos nomes, no entanto, a assassina não conhecia. Reconheceu o guarda que ficara entre ela e Chaol no armazém – o homem que estivera tão ansioso por uma briga. Não pelo rosto dele, o qual estava mascarado naquela noite, mas pelo modo como se moveu, e pelas espadas gêmeas presas às costas. Ele ainda usava um capuz, mas Celaena conseguia ver os cabelos pretos na altura dos ombros brilhando embaixo da roupa, e o que parecia ser a pele de um homem jovem. Ele parou no degrau inferior, virando-se para proferir comandos em voz baixa aos dois homens encapuzados que o flanqueavam. Com um aceno de cabeça, os dois sumiram na noite. Celaena pensou em seguir um deles. Mas tinha ido até lá apenas para ficar de olho em Archer, para ver o que ele estava tramando. Ela planejava continuar observando o cortesão até o momento em que ele pegasse aquele barco e navegasse para longe. E depois que fosse embora, depois que a jovem desse ao rei o cadáver falso de Archer... Ela não sabia o que faria então. Então se escondeu mais atrás da chaminé de tijolos quando um dos guardas verificou os telhados em busca de sinais de problema antes de seguir seu caminho – para vigiar uma ponta da rua, se seu palpite estivesse certo. A assassina permaneceu nas sombras por algumas horas, movendo-se para o telhado do outro lado da rua para observar melhor a frente da casa, até que os convidados começaram a ir embora, um a um, parecendo festejadores bêbados para o resto do mundo. Ela os contou e marcou em que direções seguiram e quem caminhava com eles, mas o jovem com as espadas gêmeas não apareceu. Celaena poderia ter se convencido de que ele era mais um cliente de Archer, até mesmo amante dele, caso os dois guardas do estranho não tivessem voltado e entrado de fininho. Quando a porta da frente se abriu, ela teve o lampejo de um jovem alto, de ombros largos, discutindo com Archer no saguão. As costas dele estavam voltadas para a porta, mas o capuz estava abaixado – confirmando que o homem tinha, de fato, cabelos pretos, como a noite, na altura dos ombros e estava armado até os dentes. Celaena não conseguia ver mais nada. Os guardas do homem imediatamente o flanquearam, evitando que ela pudesse ver melhor antes que a porta se fechasse de novo. Não muito cuidadosos – não muito discretos. Um instante depois, o jovem saiu irritado, encapuzado novamente, com os dois homens ao lado. O cortesão ficou parado sob o portal aberto, o rosto visivelmente pálido, os braços cruzados. O jovem parou na base das escadas, voltando-se para exibir um gesto particularmente vulgar para Archer. Mesmo daquela distância, Celaena conseguiu ver o sorriso que Archer deu em resposta ao homem. Não havia nada gentil ali. Ela desejava estar perto o suficiente para ouvir o que diziam, para entender de que se tratava tudo aquilo. Antes, teria perseguido o jovem estranho em busca de respostas. Mas isso foi antes. Naquele momento... Naquele momento Celaena não se importava de verdade. Era difícil se importar, percebeu ela, ao começar a caminhada de volta para o castelo. Incrivelmente difícil se importar quando não havia mais ninguém com quem se importar. Celaena não sabia o que estava fazendo àquela porta. Embora os guardas ao pé da torre a tivessem deixado passar depois de revistá-la minuciosamente por armas, não duvidava por um momento que a notícia chegaria diretamente a Chaol. A jovem questionava se ele ousaria impedi-la. Se algum dia ousaria proferir mais uma palavra para ela. Na noite anterior, mesmo distante no cemitério iluminado pelo luar, ela vira os cortes ainda cicatrizando na bochecha do capitão. Não sabia se a enchiam de satisfação ou de culpa. Cada gota de interação, no entanto, era exaustiva. Quanto ficaria cansada depois daquela noite? Ela suspirou e bateu à porta de madeira. Estava cinco minutos atrasada – minutos passados debatendo se queria mesmo aceitar o convite de Dorian para jantar nos aposentos dele. A assassina quase jantara em Forte da Fenda. Não houve resposta à batida a princípio, então se virou, tentando evitar olhar para os guardas posicionados no alto da escada. Fora idiota ir até ali mesmo. Celaena acabara de dar um passo para baixo na escada em espiral quando a porta se abriu. — Sabe, acho que é a primeira vez que você vem à minha torrezinha — falou Dorian. Com o pé ainda no ar, Celaena se recompôs antes de olhar por cima do ombro para o príncipe herdeiro. — Eu estava esperando mais fatalidade e escuridão — disse ela, voltando para a porta. — É bem aconchegante. Dorian segurou a porta aberta e assentiu para os guardas. — Não precisam se preocupar — afirmou ele quando a jovem entrou nos aposentos. Ela esperava grandiosidade e elegância, mas a torre do príncipe era... Bem, “aconchegante” era uma boa palavra para descrevê-la. Um pouco caída também. Havia uma tapeçaria desbotada, uma lareira manchada de fuligem, uma cama com dossel de tamanho moderado, uma escrivaninha empilhada com papéis perto da janela e livros. Pilhas e montanhas e torres e colunas de livros. Cobriam cada superfície, cada pedaço de espaço ao longo das paredes. — Acho que precisa de um bibliotecário pessoal — murmurou Celaena, e Dorian gargalhou. Ela não tinha percebido quanto sentira falta daquele som. Não apenas da risada dele, mas da sua própria; qualquer risada, na verdade. Mesmo que parecesse errado rir ultimamente, Celaena sentia falta disso. — Se meus criados conseguissem o que querem, todos os livros iriam para a biblioteca. Eles atrapalham muito a tirar o pó do quarto. — Dorian se abaixou para pegar algumas roupas que tinha deixado no chão. — Pela bagunça, fico surpresa ao ouvir que você tem criados. Mais uma risada ao carregar a pilha de roupas na direção de uma porta. Abriu-se apenas o suficiente para revelar um quarto de vestir quase tão grande quanto o de Celaena, mas a jovem não viu mais do que isso antes que Dorian atirasse as roupas para dentro e fechasse a porta. Do outro lado do quarto, outra porta só podia dar na sala de banho. — Tenho o hábito de mandá-los embora — respondeu Dorian. — Por quê? — Celaena caminhou até o sofá vermelho e surrado diante da lareira e empurrou os livros que estavam empilhados ali. — Porque eu sei onde está tudo neste quarto. Todos os livros, papéis, e assim que começam a limpar, essas coisas são fatalmente organizadas e guardadas, e jamais as encontro novamente. Ele alisava o tecido vermelho da colcha, o qual parecia enrugado o bastante para sugerir que estivera jogado na cama até Celaena bater à porta. — Não tem pessoas para vesti-lo? Achei que Roland seria seu servo devoto, ao menos. Dorian riu com deboche, afofando os travesseiros. — Roland tentou. Ainda bem que ele tem sofrido dores de cabeça horríveis ultimamente e anda afastado. — De certo modo, era bom ouvir aquilo. Da última vez que Celaena se incomodou em verificar, o senhor de Meah tinha mesmo se tornado próximo do príncipe; um amigo, até. — E — continuou Dorian — além de minha recusa em encontrar uma noiva, a maior irritação de minha mãe é a recusa em ser vestido por lordes ansiosos por caírem em minhas graças. Aquilo foi inesperado. Dorian sempre estava tão bem-vestido que Celaena presumira que alguém o fazia por ele. O príncipe foi até a porta para dizer aos guardas que subissem com o jantar. — Vinho? — perguntou Dorian da janela, na qual havia uma garrafa e algumas taças. Celaena fez que não com a cabeça, imaginando onde comeriam o jantar. A escrivaninha não era uma opção, e a mesa diante da lareira era uma biblioteca em miniatura. Como se respondesse, Dorian começou a abrir espaço na mesa. — Desculpe — disse ele, envergonhado. — Eu quis abrir espaço para comer antes que você chegasse, mas me deixei levar pela leitura. Ela assentiu, e o silêncio recaiu entre os dois, interrompido somente pelos estampidos e os chiados de Dorian movendo os livros. — Então — falou o príncipe, baixinho — posso perguntar por que decidiu se juntar a mim no jantar? Deixou bem claro que não queria passar nenhum tempo comigo, e achei que tivesse trabalho para fazer esta noite. Na verdade, Celaena tinha sido horrível com ele. Mas Dorian ficara de costas para ela, como se a pergunta não importasse. E a jovem não soube muito bem por que aquelas palavras saíram, mas ela disse a verdade mesmo assim. — Porque não tenho para onde ir. Ficar sentada nos próprios aposentos em silêncio só tornava a dor pior, ir ao túmulo a frustrava e pensar em Chaol ainda doía tanto que Celaena não conseguia respirar. Toda manhã ela andava sozinha com Ligeirinha, então corria sozinha no parque de caça. Até as moças que certa vez fizeram fila nos caminhos do jardim, esperando por Chaol, tinham parado de aparecer. Dorian assentiu, olhando para Celaena com um carinho que ela não suportava. — Então você sempre terá um lugar aqui. Embora o jantar tenha sido quieto, não foi lacrimoso. Mas Dorian ainda conseguia ver a mudança em Celaena – a hesitação e a consideração por trás das palavras dela, os momentos em que achava que ele não estava olhando e uma tristeza infinita enchia seus olhos. Contudo, ela continuou falando com o príncipe e respondeu a todas as perguntas dele. Porque não tenho para onde ir. Não foi um insulto, não do modo como Celaena falou. E agora que ela cochilava no sofá de Dorian e o relógio acabava de soar as 2 horas da manhã, ele imaginava o que a impedia de voltar para os próprios aposentos. Obviamente, ela não queria ficar sozinha – e talvez precisasse estar em um lugar que não a lembrasse de Nehemia. O corpo da jovem era uma colcha de retalhos de cicatrizes; o príncipe o vira com os próprios olhos. Mas aquelas novas cicatrizes talvez fossem mais profundas: a dor de perder Nehemia, e a perda diferente, mas talvez igualmente dolorosa, de Chaol. Uma parte terrível de Dorian estava feliz por Celaena ter se fechado para o capitão. E ele se odiava por isso. — Deve haver algo mais aqui — disse Celaena para Mort conforme ela verificava o mausoléu na tarde seguinte. No dia anterior, a jovem lera a charada até que seus olhos doessem. Mesmo assim, não oferecia qualquer pista sobre o que poderiam ser os objetos, onde precisamente estavam escondidos ou por que a charada tinha sido tão complexamente escondida no mausoléu. — Algum tipo de pista. Alguma coisa que conecte a charada com o movimento rebelde e Nehemia e Elena e todo o resto. — Ela parou entre os dois sarcófagos. A luz do sol entrava, fazendo com que as partículas de poeira brilhassem. — Está bem na minha cara, sei que está. — Creio que eu não possa ajudar — choramingou Mort. — Se quiser uma resposta imediata, deveria encontrar um vidente ou um oráculo. Celaena reduziu os passos. — Acha que se eu ler isto para alguém com o dom da clarividência, essa pessoa pode conseguir... ver algum significado diferente que eu não consigo? — Talvez. Embora, até onde eu saiba, quando a magia sumiu, aqueles com o dom da Visão o perderam também. — Sim, mas você ainda está aqui. — E daí? Celaena olhou para o teto de pedra como se pudesse ver através dele, até o chão acima. — Então, talvez outros seres antigos possam reter alguns de seus dons também. — O que quer que esteja pensando, garanto que é uma má ideia. Celaena deu um sorriso sombrio para a aldraba. — Tenho quase certeza de que tem razão.
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lisaleaves · 8 years
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A princesa na torre
Os dias são todos iguais. Não, não, são todos diferentes. Mas alguns são parecidos. Acordar, dormir, acordar, dormir, até não acordar. É a espera que é sempre constante. Sempre dia e noite e tarde e madrugada.
Na torre, os servos nem ligam mais. Nem percebem os choros, os gritos, os arranhados na porta, batidas na janela. Uma hora para. Eles sabem uma hora ouvirão a lamúria, a poesia, o canto.
Mais dia, menos dia, ela observa pelas frestas. Os jardins sendo podados, os cavalos selados, jogos ao longe e o labirinto em volta. Eles acontecem e ela assiste. Um erro, uma queda, e ela avisa. Mas ainda sim acontece. A morte do príncipe. E o cavalariço vê nos seus olhos a culpa. Ele tem culpa. Ela julga, ela condena. “Eu avisei”.
E assim o dragão brada. Ele se apaixonou pela princesa. Vai fazer com que ela seja escutada. Respeitada. Honrada. Pega o cavalariço pelas calças e sacode e morde e engole. Ela avisou, e ele pagou pelos próprios pecados.
Assim como todos os outros. Porque ela está presa, mas ainda sim está viva. E tem sentimentos e aspirações e desejos. Ela deseja sair. Ela deseja morrer. Ela quer se suicidar.
Mas ela espera. Esperançosa. E observa. Até que um salvador venha.
Um boçal a serve na torre. Dá-lhe da ambrósia e do carneiro. E não a entende. Ela é fria, mas é linda. Melancólica e divertida. Mas ninguém vem para salvá-la. Talvez ela tenha que salvar a si própria.
Ela julga e condena, mas também premia e provém. Seu castelo é rico e luxuoso e alimenta a corte e a plebe. Do alto, ela e seu dragão governam até onde a vista alcança e todos os amam. E os temem. Ela julga, o dragão executa.
E o idiota a visita diariamente. Às vezes viaja e quando volta ela lá está, tecendo vestidos, lendo livros, cantando trovas e acariciando o seu dragão. Os dias são todos iguais. Não, não, são todos diferentes. Ela está amaldiçoada.
Por vezes o dragão dorme e ela fica desprotegida. Um dos guardas viola as paredes, e ela grita desesperada. E não se lembra de nada, mas acorda estuprada, devastada, quase morta. E o dragão ruge e mata e sofre e ambos servos e corte aguardam até o fim da tempestade. E a tempestade é forte mas rápida e acaba até o próximo dia. Volta a tempestade no meio da tarde e volta o sol no fim da noite. No dia seguinte, chuva e chuva e chuva. Sem sol hoje, o céu coberto de nuvens.
Faz dias que não para de chover. Faz meses que não para de chover. Faz anos... A princesa faz anos.
A rotina não para e o servo para de se importar. Com a chuva, com os gritos, com os cantos. E ascende e ela o agracia com um beijo e com a juventude. Ele gosta. Ele se apaixona, já estava apaixonado.
Ela só conversa com ele quando está sozinho. Sem ninguém por perto, ela confessa. Ela deseja sair, mas ela gosta torre e todos na torre gostam dela.
Ele a agradece e parte. Ele não vai salvá-la, ela não precisa ser salva. A porta está destrancada e aquela é sua casa.
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mariscando · 5 years
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5 destinos alternativos de verão em Portugal para fugir das multidões
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#admomondo #owtravelers
Este mês, a momondo me desafiou a escolher destinos alternativos para fugir das multidões de turistas típicas da alta temporada de verão. Para fugir dos destinos já conhecidos e superlotados para onde convergem todos os turistas, fiz uma seleção de cinco lugares lindos, cheios de história e paisagens incríveis, que fogem do eixo tradicional turístico português. Vamos lá conhecê-los?
1. Viseu
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Logo atrás de Coimbra (e com muito menos turistas), Viseu é a segunda maior cidade da região do Centro de Portugal. De origens romanas e um relevante patrimônio edificado medieval, Viseu é frequentemente associada à figura de Viriato, um herói lusitano que acredita-se ter nascido nesta região. Os deliciosos doces típicos de mesmo nome não nos deixam esquecer disso!
Eu tenho um carinho especial por essa cidade, por ter trabalhado alguns meses no levantamento do centro histórico, no âmbito do Projeto Viseu Património. Foram dias de trabalho intenso, com lindas surpresas e muito aprendizado, por trás de toda a poeira e restos de materiais quebrados na rotina do levantamento arquitetônico. História e cultura não faltarão, eu garanto!
2. Azibo, Bragança
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Bragança é outra boa pedida para quem quer fugir das capitais portuguesas tradicionais e cheias de turistas. Escondida lá no cantinho nordeste do país, a cidade reserva muita história e cultura, além de lindas paisagens para serem exploradas. O Castelo de Bragança é um dos mais bem conservados de Portugal. A construção gótica, que parece saída de um conto de fadas, remonta a meados do século XIII, e dá direito até a uma lenda da princesa presa na torre. 
Apesar de estar longe do mar, a região conta com lindíssimas praias fluviais, como é o caso da praia fluvial do Azibo, em Macedo de Cavaleiros. Situada nas margens do rio Azibo, a 40 km de Bragança, a paisagem protegida da Albufeira do Azibo é um verdadeiro oásis em meio à aridez transmontana, com enorme riqueza paisagística e biológica. Excelente opção para fugir dos turistas da costa e ainda abrandar o calorão transmontano!
3. Manteigas, Serra da Estrela
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Para quem quer fugir também do calor abrasador do verão português, uma boa pedida é se refugiar na Serra da Estrela. Entre as muitas belezas da paisagem serrana da região, vale a pena conhecer o Vale do Zêzere (já falamos dele nesse post aqui, lembra?), um dos mais longos vales glaciares da Europa. No fundo do Vale do Zêzere está a vila de Manteigas, que junto com Covilhã e Seia, partilha o ponto mais elevado de Portugal Continental (a Torre da Serra da Estrela). 
Manteigas vive principalmente da indústria de lanifícios, onde é produzido o burel, um tecido feito de lã de ovelha prensada, característico da região desde os tempos medievais. (também já falamos dele no post sobre a Ecolã.) É um lugar para relaxar e recuperar as energias, respirando um ar puro serrano longe das multidões de turistas. A gastronomia da região também não deixa nada a desejar, com direito a muita carne de caça, enchidos e queijinhos de ovelha maravilhosos! 
4. Arquipélago das Berlengas
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Situado a 10km da costa de Peniche, em Portugal, o Arquipélago das Berlengas esconde belezas únicas em meio ao agitado Atlântico Norte. Para chegar lá, somente de barco! Saindo do porto de Peniche em direção às ilhas, a travessia leva cerca de 40 minutos. Só isso já garante que as hordas intermináveis de turistas fiquem mais longe.
É possível também fazer passeios de barco ao redor da ilha para apreciar de perto as muitas grutas, cavernas e formações rochosas singulares. Mas a grande atração é realmente o Forte de São João Baptista das Berlengas, construído no século XVII em local estratégico, a partir das ruínas de um antigo mosteiro. Seu formato poligonal irregular construído em granito rosa-alaranjado o torna único na paisagem. O acesso é feito por estreitas pontes em arcos de pedra, que parecem flutuar sobre as águas cristalinas lá embaixo.
5. Vila Nova de Milfontes
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Para quem acha que verão só é verão à beira-mar, também tem opção longe das multidões! Vila Nova de Milfontes, na Costa Alentejana, é um excelente destino alternativo. Conhecida como a “Princesa do Alentejo” é uma localidade pesqueira que estabeleceu uma forte ligação com o mar. 
Inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a cidadezinha destaca-se pela beleza de suas paisagem, em que intermináveis e douradas praias desertas se estendem a perder de vista por entre dunas e falésias. Boa comida e artesanato local também não irão faltar! ~MV
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