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#As mentiras do movimento ambientalista
petfilho · 3 years
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Dia da Terra: 5 jovens explicam por que decidiram lutar pelo meio ambiente
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Enquanto o mundo celebra o Dia da Terra e o presidente dos EUA, Joe Biden, começa seu evento virtual de dois dias com 40 líderes mundiais para discutir a crise climática, cinco jovens manifestantes explicam por que o ativismo é importante para elas. Shaama Sandooyea realizou a primeira ‘greve’ subaquática do mundo em março TOMMY TRENCHARD/ GREENPEACE Este é um grande ano para se falar sobre o meio ambiente. O dia 22 de abril marca o Dia da Terra e o início da Cúpula dos Líderes sobre o clima — um evento virtual de dois dias convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com uma lista de convidados que inclui 40 líderes mundiais. O evento contará também com participação do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Bolsonaro promete reduzir emissões e pede ‘justa remuneração’ por ‘serviços ambientais’ prestados pelo Brasil Veja repercussão do discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima Mas é a tão esperada conferência COP26 das Nações Unidas (ONU), em novembro, que provavelmente terá o maior impacto, estabelecendo novas metas de longo prazo para enfrentar a crise. Na expectativa desses eventos importantes sobre clima, cinco jovens manifestantes explicaram para a BBC por que o ativismo é importante para elas, o que elas fazem para promover mudanças no mundo e suas esperanças para o futuro. ‘Eu tive que agir’ Shaama Sandooyea realizou o primeiro protesto subaquático do mundo em março, como parte de sua luta para proteger um dos maiores prados de ervas marinhas do mundo. Segurando um cartaz que dizia “Greve dos Jovens pelo Clima”, a jovem de 24 anos mergulhou no Oceano Índico no banco de Saya de Malha, a 735 km da costa de Seicheles. Shaama tem trabalhado com o Greenpeace para aumentar a conscientização sobre sua causa TOMMY TRENCHARD “Esta área tem uma rica biodiversidade, mas agora está passando pelas mudanças da crise climática”, diz Shaama, que é cientista marinho. “Descobrimos que os corais estão crescendo muito perto das ervas marinhas [que] não se adaptariam ao aumento das temperaturas.” A erva marinha é um dos maiores coletores de carbono em alto mar. É um ambiente natural capaz de absorver muito mais dióxido de carbono da atmosfera do que a mesma quantidade da floresta amazônica. Os cientistas dizem que é crucial proteger essas áreas se quisermos evitar um aquecimento perigoso acima de 1,5°C. Milhares de espécies marinhas, incluindo tartarugas verdes, golfinhos e peixes-coelho ameaçados de extinção, dependem das ervas marinhas para se alimentar e também para seu habitat. Shaama, que é de Maurícia, pesquisou a área com uma equipe de cientistas e ambientalistas em um navio do Greenpeace. Ela diz que ficou maravilhada com o que viu no fundo do mar — “como um prado na água”. Prados de ervas marinhas no banco de Saya de Malha ajudam o oceano a absorver carbono Greenpeace O objetivo de seu protesto era exortar os líderes globais a “se comprometerem com uma rede de santuários oceânicos protegendo pelo menos 30% de nossos oceanos”. “Se os peixes estão migrando para outro lugar por causa do aumento da temperatura do mar, isso afetará diretamente a biodiversidade em Saya de Malha”, diz Shaama, enfatizando a importância da existência de oceanos saudáveis “não apenas para o nosso clima, mas para os bilhões de pessoas no hemisfério sul que dependem deles”. Maurícia compartilha jurisdição sobre o fundo do mar circundante com as Seicheles. Mas, embora a distância dos campos de ervas marinhas a centenas de quilômetros da costa tenha fornecido alguma proteção até agora, Shaama teme que isso possa mudar se os oceanos ficarem mais ocupados, destacando a pesca ilegal como outra preocupação. O tráfego marítimo global quadruplicou entre 1992 e 2012, com o Oceano Índico registrando um dos maiores aumentos, de acordo com um estudo de 2014 publicado no periódico Geophysical Research Letters. “Estou realmente esperançosa de que esta [greve] trará mudanças radicais para proteger Saya de Malha”, disse Shaama. “Estamos sentindo as mudanças. Precisamos resolver isso agora.” Shaama não está apenas conclamando os governos regionais, mas também as pessoas que vivem na área, a proteger seu meio ambiente. “Muito em breve os líderes mundiais estarão tendo uma reunião sobre um tratado global da ONU [COP26]. Esse tratado é capaz de proteger o alto mar (…) ao empregar os recursos para monitorar e garantir que não haja pesca ilegal”, diz. “Agora é responsabilidade de todos proteger Saya de Malha. Precisamos que todos se unam e exijam ação.” ‘Eu falo sobre a destruição que vejo’ Bhagya Abeyratne disse que lutaria para salvar seu ambiente com seu “último suspiro” BBC Bhagya Abeyratne ganhou as manchetes no Sri Lanka quando revelou na versão do país do programa Show do Milhão que acredita que o ecossistema da reserva florestal de Sinharaja está sob ameaça de desmatamento e projetos de construção. A residente de Rakwana, de 19 anos, um vilarejo adjacente à reserva florestal, que é Patrimônio Mundial da UNESCO, fez a crítica quando participava do programa de TV. Defensores e ativistas ambientais desde então vêm aplaudindo suas ações. Mas as autoridades governamentais a acusaram de falar mentiras. A polícia e funcionários do departamento florestal visitaram sua casa e a questionaram. O ministro encarregado em proteger a vida selvagem disse que Bhagya citava fatos incorretos, segundo a imprensa local. Apesar disso, ela não se intimidou. “Falo da destruição ambiental que vejo com meus próprios olhos, todas as manhãs e todas as noites”, disse ela à BBC. “Se essa tendência no país continuar, os desertos se espalharão por todo o país”. Negando as acusações em uma recente reunião pública, o presidente Gotabhaya Rajapaksa insistiu que é necessário haver um equilíbrio entre proteger o meio ambiente e permitir que os agricultores cultivem suas safras. Ele disse que instruiu as autoridades regionais a tomarem medidas imediatas caso detectem algum desmatamento. “O governo não permite que ninguém corte árvores ou destrua o meio ambiente”, acrescentou. “A oposição tem espalhado falsidades.” Bhagya, que se tornou uma estrela nas redes sociais e muitas vezes aparece na imprensa do Sri Lanka, onde foi comparada a Greta Thunberg, diz que continuará a fazer campanha e proteger as “árvores e animais que me fornecem ar para respirar”. Ela está pedindo a todos os jovens do Sri Lanka que relatem qualquer coisa que virem que destrua o meio ambiente em suas áreas. Do contrário, avisa, “amanhã não haverá país para nós”. ‘Vai muito além de ursos polares e calotas polares’ Katie Hodjetts se interessou pelo ativismo climático quando estava na universidade HANDOUT Katie Hodjetts tinha 18 anos quando percebeu que a crise climática não era apenas algo que acontece longe de sua casa em Bristol, no Reino Unido. “Quando eu era adolescente, a imagem do urso polar nas calotas polares derretendo me fazia pensar que isso não tinha nada a ver comigo ou com meu estilo de vida”, diz ela. Isso mudou quando ela foi para a universidade e estudou uma cadeira chamada Política das Mudanças Climáticas. “Foi então que percebi que a crise climática ia muito além dos ursos polares: era uma história de política, injustiça e capitalismo”, diz ela. Katie juntou-se ao grupo UK Youth Climate Coalition e coordenou sua campanha anti-fraturamento em 2018, que envolveu o bloqueio de um local de fraturamento hidráulico por três dias. No ano seguinte, ela se tornou uma das primeiras organizadoras do movimento Clima Bristol Youth Strike 4, mobilizando milhares de jovens para protestar contra a expansão do aeroporto da cidade e falando para multidões de até 30 mil pessoas ao lado de Greta Thunberg. Em 2020, ela fundou o Projeto Resiliência, que oferece cursos no Reino Unido explorando temas como ansiedade ecológica, burnout e organização climática sustentável. No final deste ano, ela estará trabalhando com outros grupos de jovens antes, durante e depois da COP26. “Pela minha experiência nos últimos cinco anos de trabalho com jovens, percebi que a saúde mental está sofrendo e não existe nenhuma iniciativa dos jovens para ajudar outros jovens”, explica Katie, que tem 25 anos. “É por isso que comecei o Projeto Resiliência. É um programa para capacitar os jovens em suas próprias ações (…) para orientá-los a percorrer seus próprios caminhos de resiliência.” Katie diz que “conviver com a culpa e o fardo de viver um estilo de vida de carbono zero” é difícil para as gerações mais jovens, então ela se concentra mais em tentar promover uma mudança sistêmica do que uma mudança de comportamento individual. “Meu foco é desenvolver a capacidade dos jovens de exigir que os governos ajam agora. Trata-se de reformular o que é a ‘vida boa’ para pessoas como eu nos países ocidentais.” “Quero comunicar a eles que você pode viver uma vida plena e abundante, mas ainda com baixas emissões de carbono. Por exemplo, você pode não acreditar em mim, mas um feriado na Escócia pode ser tão mágico quanto um feriado nas Bahamas.” ‘Foi horrível para a saúde deles’ Sophia Kianni espera educar as pessoas em todo o mundo sobre o impacto das mudanças climáticas HANDOUT Sophia Kianni aprendeu sobre mudanças climáticas na sexta série, mas foi durante uma viagem a Teerã, quando tinha 12 anos, que a jovem, que tem dupla cidadania do Irã e dos EUA, percebeu o quão grave era a crise. Uma noite, ela olhou para o céu e não conseguiu ver nenhuma estrela devido à poluição do ar. “A poluição lá era terrível, mas percebi que meus parentes não entendiam nada sobre isso.” “Eles disseram que Teerã era uma cidade importante, e que a qualidade do ar era assim por causa da indústria. Eles eram muito indiferentes, aceitando tudo sem perceber como isso é horrível para sua saúde.” De acordo com o site Carbon Brief, o Irã foi o oitavo maior emissor de gases de efeito estufa em 2015. Em novembro de 2019, todas as escolas em Teerã foram fechadas devido à poluição do ar. Mas um estudo recente no jornal Acta Medica Iranica afirma que quase 95% de estudantes universitários no Irã não sabem explicar corretamente os efeitos das emissões de gases do efeito estufa. Sophia formou o Climate Cardinals para educar as pessoas em todo o mundo sobre o impacto da mudança climática. Em vez de distribuir informações em inglês, ela percebeu a necessidade de serem produzidos materiais nos idiomas locais. “A ONU fornece material apenas em seis idiomas, então eu queria expandir esse alcance”, disse Sophia. “Com mais de 8 mil voluntários trabalhando em mais de 40 países, traduzimos material [em mais de] 100 idiomas.” A iniciativa começou explicando os conceitos básicos de mudança climática e gases de efeito estufa, mas desde então começou a traduzir documentos e relatórios emitidos pela ONU. Como resultado, Sophia foi escolhida como membro do Grupo de Aconselhamento Juvenil do Secretário-Geral da ONU sobre Mudanças Climáticas. Ela representa os Estados Unidos e o Oriente Médio e está entre os membros mais jovens. “Meu objetivo é aumentar a alfabetização climática no mundo, quero que as pessoas entendam o que é a mudança climática, para que possam pressionar os governantes eleitos a agirem sobre a legislação climática.” “Isso inclui participar de manifestações, fazer doações para campanhas de candidatos que apoiam a legislação climática e, acima de tudo, votar em candidatos que afirmam que as mudanças climáticas são reais e que vão fazer algo a respeito disso.” ‘Os líderes mundiais não estão fazendo o suficiente’ Sarah Goody está incentivando os jovens de todo o mundo a participarem da conversa sobre o clima HANDOUT Sarah Goody tinha 12 anos quando uma aula de ciências sobre as mudanças climáticas teve um grande impacto em sua vida. “Naquele dia percebi como é importante proteger o clima”, diz ela. A turma então passou um mês estudando as mudanças climáticas e seu impacto na vida selvagem, na natureza e na raça humana. “Foi a primeira vez que comecei a entender o quão grande era o problema do aquecimento global e comecei a fazer conexões entre minhas experiências de vida e os desastres climáticos. Comecei a assistir documentários, lendo e fazendo minhas próprias pesquisas.” Aos 14 anos, ela fundou a Climate Now, uma organização internacional liderada por jovens com foco na educação e capacitação de jovens para que realizem ações climáticas. A entidade tem 30 jovens voluntários de todo o mundo e já fez apresentações para 10 mil alunos. No ano passado, Sarah foi uma das ganhadoras do Prêmio Princesa Diana, que reconhece jovens por ações humanitárias. A organização a descreveu como “fortemente comprometida com o movimento climático liderado por jovens” e creditando-a por inspirar “milhares a entender melhor a crise climática, ajudando-os a agir e começar a criar um futuro melhor”. A adolescente, que sofre de depressão clínica e é asmática, mora em São Francisco, onde os incêndios florestais do ano passado contribuíram para níveis perigosos de qualidade do ar. Ela preside o Comitê de Ação Climática de Corte Madera da cidade e teve seu trabalho sobre mudança climática publicado na revista Teen Vogue. Ela faz campanha por meio de seminários e eventos. “Acho que os líderes mundiais não estão fazendo o suficiente. Em primeiro lugar, [eles] precisam declarar uma emergência climática”, diz Sarah. “Em segundo lugar, [eles] precisam se unir e colocar em ação um plano para reduzir drasticamente as emissões globais de carbono. As conversas sobre a mudança climática precisam ser sustentadas além da COP26.” Ela diz que todos podem contribuir para reduzir sua pegada ambiental ao compreender como as ações pessoais contribuem. “É difícil prever o futuro, mas veremos mais jovens se juntarem a nós, trazendo urgência à situação. Esperançosamente, juntos, seremos capazes de reduzir a pegada ambiental.” VÍDEOS: Natureza e meio ambiente
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Acidente? Não me façam rir de uma tragédia
 Raio não cai duas vezes no mesmo lugar?
Esse mote não vale para o Brasil e muito menos para a Vale.
É difícil ficar calado diante deste horror.
Horror! Crime! Crime horroroso!
Não é a primeira, nem a segunda tragédia de proporções causadas pela Vale. Depois de privatizada, diga-se de passagem.
Acidente? Não me façam rir de uma tragédia. Crime! Usura!
Cadê a magnifica eficiência da empresa privada que nos vendem pela TV e pelos jornais todos os dias e o dia todo?
Cadê a superioridade técnica e operacional das empresas em relação ao poder público?
Cômico, se não fosse trágico.
A usura, somada à autossuficiência e à arrogância, dá nisso.
Claro, tendo como pano de fundo a falta de consciência ambiental e falta de cidadania, agravadas pela promiscuidade e pela cumplicidade entre poder público e o mundo empresarial.
Estado mínimo é o nome do liberou geral que querem impor no Brasil.
Se não conseguirmos interromper esse retrocesso político, vamos viver a tragédia da terra sem lei. Para os “amigos”, tudo! Para os inimigos, a lei!
No mundo inteiro, pelo menos na sua parte desenvolvida e capitalista, EEUU e Europa, o poder público tem plenos poderes para regular, fiscalizar as atividades empresariais, especialmente as potencialmente perigosas e punir rigorosamente em caso de descumprimento. As coisas funcionam razoavelmente bem, por isso.
Regulação rigorosa, regras técnicas com forte caráter preventivo; Estado com poderes e capacidade técnica e administrativa, capaz de representar de fato os interesses da sociedade; fiscalização rigorosa e punição drástica para desestimular a negligência e o crime.
Crimes ocorrem, óbvio, mas não com a frequência e a impunidade que vemos aqui.
Se fosse lá, empresas que agem como a Vale estariam fechadas e seus responsáveis presos.
Esse não é o primeiro nem o segundo crime ambiental cometido pela Vale. E, se depender do governo e da omissão da sociedade, não será o último.
Cadê o movimento e as organizações ambientalistas? É preciso levantar a sociedade para defender os interesses mais elementares. O direito à vida e a um meio ambiente saudável!
Quantos crimes mais para nos levantarmos?
Ê, ê, vida de gado, diria Zé Ramalho.
Estou desconfiando de que querem nos transformar em um país de eunucos. Todos bem-comportados, passivos e cordatos em frente da TV, vendo Faustão, Ratinho ou o JN, com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar e a próxima tragédia acontecer.
A moda no Brasil, neste momento, é a mentira. E o estado mínimo a meta a ser alcançada. O governo e os grupos econômicos que interromperam nossa vida democrática e que tomaram o poder no Brasil sabem que, se não agirem rápido na implantação do seu projeto neoliberal, o povo pode acordar. Alarmes não faltam.
“Somos o país que mais preserva o meio ambiente”, afirmou Jair Bolsonaro em Davos. Preciso dizer que é mentira?
O atual presidente está apresentando um projeto de lei que é demanda dos setores empresariais agrários, mineradores e madeireiros para desregulamentar em definitivo as atividades ambientalmente perigosas.
Eles pretendem acabar com o Eia-Rima, a análise prévia de ameaças potenciais. Autorregulação, dizem.
Já liberaram os agrotóxicos mais perigosos para o meio ambiente e para a saúde das pessoas. Não importa, parecem dizer…
Eles nos adoecem para nos oferecer a cura depois. E assim vai crescendo a economia predatória…
O que hoje é escândalo, descontrole total, abuso desmedido, crime hediondo, amanhã estará devidamente legalizado. As mortes e a devastação ambiental serão apenas efeitos colaterais do modelo predatório que estão tentando implantar no Brasil. Tudo dentro da lei e da ordem.
Nhotim fica na região atingida por esse crime. É muito forte simbolicamente a arte sendo soterrada ou inviabilizada pela lama da atividade empresarial predatória.
Não precisa ser assim. Mas assim é neste momento no nosso país. E, se não agirmos logo, em breve será ainda pior.
 Ø  A sirene novamente não tocou: a Vale precisa ser interditada. Por Maurício Angelo, no Miniver
 Brumadinho não deixa dúvidas: a Vale precisa ser interditada. Todos as suas atividades paralisadas, seus processos revistos, seus sistemas de monitoramento analisados, suas barragens vistoriadas. Ou isto é feito ou a empresa comprovará que seu poder de influência pelo lucro é infinitamente maior do que a importância das vidas humanas, do meio ambiente, de políticas públicas que precisam ser revistas. Tudo isso que Mariana vem martelando dia após dia nas nossas cabeças. E que temos denunciado sistematicamente, sem nenhuma ação concreta de quem deveria agir.
Em Brumadinho, a sirene novamente não tocou. Ao contrário de Mariana, que sequer contava com um sistema simples de alerta para a população, em Brumadinho o sistema não funcionou. Não se trata de erros, é negligência criminosa. Estamos falando da segunda maior mineradora do mundo que sequer consegue instalar e manter funcionando um sistema de alarme que pode, em alguns casos, evitar a perda de algumas vidas. É de se imaginar se a Vale consegue monitorar e manter em segurança todas as suas estruturas. Aliás, não carece imaginação: Mariana e Brumadinho são respostas contundentes.
Falar em “não foi por falta de aviso” soa como um carinho na cabeça de executivos muitíssimo bem pagos para manter seu discurso alinhado contra tudo e contra todos. O maior crime ambiental da história do país e o maior crime com barragens registrado na história da humanidade – sim, é isso que Mariana representa – não foi suficiente. Em 3 anos, a Vale acumula leniência da justiça, descaso com os atingidos e, não satisfeita, enquanto sua barragem ruía, tenta subornar prefeitos das cidades atingidas para desistir de ações judiciais no Brasil e no Reino Unido.
É assim que a Vale age. É isso que a Vale é. É dessa maneira que o grande capital atua. Fabio Schvartsman, atual presidente da Vale, disse que a empresa adotaria o lema “Mariana nunca mais”. Entre mero discurso para investidores e a prática, fica a realidade. Em abril, afirmou que o estado das barragens da Vale era “impecável”, que pediu “uma revisão das condições das estruturas e o resultado foi bastante positivo”. As barragens estavam em “estado impressionante” para Schvartsman. Parece escárnio, e é. Estimativas mostra que mais de 400 pessoas perderam as suas vidas em mais um empreendimento que contou com inúmeras análises avisando sobre o risco iminente de rompimento.
Repetindo Mariana, a empresa diz que “não sabe o que aconteceu”. Mas 3 anos foram suficientes para nos ensinar exatamente o que aconteceu: nenhuma barragem no mundo rompe sem uma série crônica de negligências e atropelos em função do lucro desde o início do projeto. As barragens que se romperam em Brumadinho são parte desse contexto. Minas Gerais é um estado conflagrado pela mineração. E pela mineração acima de tudo, feita atendendo a exigência única do lucro para as empresas. Sabe quem foi o executivo mais bem pago do Brasil em 2017? Murilo Ferreira, o presidente da Vale na época do rompimento da barragem em Mariana. Ferreira embolsou mais de R$ 58 milhões. É bônus por crime. O mesmo bônus milionário que os executivos da Vale vem levando ininterruptamente, não importa quantas pessoas morram e quantos barragens rompam.
Repito: a Vale precisa parar. A sua coleção de violações socioambientais é grande demais para ser ignorada. São décadas a fio de crimes, negligência e impunidade.
A pressão para liberar ainda mais o licenciamento ambiental sem restrições culmina na “autodeclaração” que o novo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defende. Para o ministro, que foi empossado com direitos políticos cassados, acusado de favorecer mineradora quando era secretário em SP, basta que o empreendedor, esse abnegado, se declare em conformidade com a lei. Depois o estado fiscaliza. Daquele jeito.
Em 2015, logo após o rompimento em Mariana, mostrei aqui que, em MG,  228 barragens são de alto risco, 42 não tem estabilidade garantida e, destas, 25 são da Vale. Ou seja: 25 barragens da Vale em MG não tinham sequer estabilidade garantida em 2015. As que se romperam em Brumadinho tinham. É de se imaginar o estado geral das estruturas. A Vale precisa ser interditada.
Em 2017, analisei o relatório da Agência Nacional de Águas e mostrei que  85% das barragens no Brasil não são corretamente fiscalizadas e não possuem responsável legal. 85%. De lá pra cá, a situação piorou ainda mais. Em 2016, também destrinchei como o Plano Nacional de Mineração 2030 contribuía – e muito – para esse quadro.
Ainda em 2015, mostrei como no Senado, no Congresso e na Assembleia de MG os políticos encarregados pela regulação do setor de mineração são financiados pelas próprias mineradoras. que Leonardo Quintão (PDMB-MG), relator da Comissão que discutia o novo código de mineração, recebeu em 2010 R$ 400 mil das mineradoras e em 2014, mais de R$ 2 milhões. Em MG, da comissão encarregada de fiscalizar o crime da Samarco/Vale/BHP,  nove deputados receberam quase R$ 600 mil das mineradoras.
Não por acaso, um parecer que criava novas restrições para barragens foi rejeitado por comissão da Assembleia de MG em 2018. Romeu Zema, governador de MG eleito pelo Novo, se reuniu recentemente com representantes da Vale e se comprometeu a acelerar a retomada de atividades da Samarco. Zema também disse que quer agilizar licenças para mineradoras.
O maior crime ambiental que o Brasil já viu não foi suficiente. Brumadinho não deixa mais brechas para adiamentos, discursos oficiais, soluções paliativas e pressão da mídia que certamente diminuirá a cada dia. Já vimos esse filme. Estamos vivendo esse roteiro. A Vale precisa ser interditada. E não só ela. Sem isso, continuaremos colecionando a destruição irreparável do meio ambiente e a morte de centenas de trabalhadores. Não é questão de escolha.
 Fonte: Por Juca Ferreira, na Fórum
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Ao decorrer dos dois dias de congresso 2 mil pessoas compareceram ao evento que ocorreu na capital paulista
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CPAC Brasil – Com o sucesso do congresso conservador que reuniu 2 mil pessoas em São Paulo o movimento conservador se consolida no Brasil, demonstra sua força e dá sinais de que veio para ficar, já programando o próximo encontro em 2020 em terras verde e amarelas.  Por consequência dos movimentos de rua, dos ativista mobilizados, o movimento conservador começou a se levantar e a se organizar no Brasil. Mundialmente o movimento conservador busca se organizar e expandir suas bases de apoio.
A abertura do evento, que ocorreu na noite do dia 11, foi realizada pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro e pelo presidente da União Conservadora Americana (ACU- sigla em inglês). Em sua palestra Matt Schlapp, defendeu a necessidade de união entre os conservadores ao redor do mundo para evitar o avanço do socialismo e do comunismo. Segundo ele, apenas com o trabalho conjunto será possível avançar nessa agenda. Matt ainda defendeu que a direita precisa se mobilizar cada vez mais para ocupar espaços na política. “Se motivarmos as pessoas a de fato trabalhar na política, venceremos. Temos que trabalhar juntos, aprender uns com os outros, usar as melhores ferramentas”, disse o estrategista político americano.
Já Eduardo Bolsonaro, que foi aclamado pelo público em sua subida ao palco, iniciou sua fala agradecendo e exaltando a importância da realização do CPAC no Brasil. Em seguida ele repetiu o gesto de Donald Trump abraçando a bandeira brasileira e ainda ressaltou que o CPAC não é o Foro de São Paulo invertido “A nossa sede não é de poder, a nossa sede é de saber quem somos, saber nos organizar”, pontuou. E lembrou que  em 1964 os militares impediram o comunismo no Brasil “sem dar um tiro” , disse o Deputado Federal que fez um apanhado histórico até a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, lembrando da tomada cultural ensinada pelo italiano Antonio Gramsci.
O Segundo dia do congresso conservador foi marcado por muita animação do público que lotou o espaço até às 22h. O evento iniciou às 8h45 com a exibição de um vídeo produzido pelo Brasil paralelo sobre a independência do Brasil com a leitura de um carta de José Bonifácio, um dos maiores nomes conservador da história do país. Em seguida o ministro Ernesto Araújo proferiu sua palestra onde criticou a atuação da ONU e pontuou que “O totalitarismo é o oposto de conservadorismo”, disse o Chanceler que ainda que firmemente rechaçou palavras proferidas contra a soberania do país “A esquerda diz, nossa casa está em chamas. Em primeiro lugar não é a sua casa! Em segundo, não está em chamas”. Quem o sucedeu no palco foi o professor e historiador Rafael Nogueira que lembrou da atuação da esquerda em sua época de estudante universitário. Coube a ele conceituar o que é ser conservador e a contar a história do conservadorismo e do partido conservador no Brasil que foram enterradas com o advento da República em 1889.
Em seguida subiu ao palco o Ministro Onyx lorenzoni que lembrou a história do Brasil desde o fim do período militar, passando pela era petista em 2003 até a eleição de Bolsonaro. O Ministro que emocionou muitos na plateia ressaltou que “Nós não somos obra do acaso” lembrando do atentado sofrido pelo atual Presidente e terminou dizendo que Jair Bolsonaro era o presente e Eduardo o futuro. A Amazônia foi tema do Príncipe Dom Bertrand, autor do livro “Psicose ambientalista”, que chegou a chamar o atual Presidente francês de “Micron”, e disse que “Há sim uma ofensiva contra a nossa soberania na amazônia, essa é a realidade” pontuou. Ele ainda falou sobre a questão indígena “Nós não queremos viver num zoológico humano” disse, relatando a fala de um índio brasileiro.
A Bernardo Kuster coube expor o sínodo da amazônia e o movimento comunista dentro da Igreja Católica. Ele ressaltou a importância dos youtubers dizendo que a internet é superior a mentira da mídia. Quem o sucedeu no palco foi o Deputado Fernando francischini, que fez um análise histórica dos direitos humanos e dos índices de criminalidade, lembrando que esquerda se apropriou dos direitos humanos com o discurso de defender as minorias. O Deputado Luiz Phillippe de Orleans e Bragança participou junto com o comentarista da Fox News, Walid Phares, de um painel onde falaram sobre a crise na Venezuela e sobre as questões que estão ocorrendo no oriente médio. Kassy Dillon que é comentarista política e criadora do movimento conservador Lone Conservative que atua em universidades norte-americanas, fez uma comparação entre EUA e Brasil sobre o que tem acontecido nas universidades e na mídia dos dois países e falou sobre o conservadorismo na visão jovem. Ela lembrou que foi a primeira a escrever um artigo justo sobre Bolsonaro nos EUA. Kassy colabora com veículos como FOX News, The Wall Street Journal e Daily Wire.
A Ministra Damares Alves fez uma explanação sobre a luta dos conservadores no Brasil, desde quando este era um grupo pequeno que batalhava no congresso nacional revelando o chamados “jabutis” contidos em diversas leis que tramitavam, “Nós vamos precisar ser inteligentes e articulados, e trabalhar com estratégias muito bem elaboradas” disse a Ministra. A seguir os alunos do professor Olavo de Carvalho: Rafael Nogueira, Taiguara, Filipe Martins e Flávio Morgenstern, falaram numa mesa redonda sobre como estão aplicando seus ensinamentos em suas ações. “Nós temos um Presidente que o povo ama e que o establishment odeia” disse Filipe Martins.
Um dos painéis mais aguardados do público sobre Fake News, composto por Charles Charles Gerow, que é brasileiro, chamado de “O conservador mais bem relacionado politicamente de Harrisburg” e assessorou Ronald Reagan por 25 anos, por Mercedez Schlapp que atuou como Diretora de Comunicações Estratégicas da Casa Branca no governo Donald Trump e atualmente é estrategista da campanha de reeleição do Presidente norte-americano e por Matt Schlapp presidente da ACU. Mercedes falou sobre a batalha com a mídia que presenciou quando trabalhava na Casa Branca. Sem se atentar aos fatos reais os repórteres eram agressivos e distorciam aquilo que acontecia e as falas do Presidente Americano e ressaltou a importância das mídias sociais, lembrando a relação do Presidente Trump com o twitter “Ele realmente entende a importância de conversar diretamente com as pessoas” ressaltou a estrategista. Eles também falaram sobre a relação da família com o Presidente Trump e como lidam com o dia-a-dia sendo ambos muito atarefados e pais de 5 filhos.
Em seguida subiu ao palco o Senador Americano Mike Lee, que é advogado e cientista político. “Estou convencido de que o movimento conservador tem um futuro brilhante no Brasil”, o Senador ainda convidou a todos para irem ao CPAC em Washington DC “Precisamos do que vocês têm aqui” disse o Senador que falou sobre conservadorismo, patriotismo e sobre a luta contra o comunismo. Christine Wilson que é comissária da Federal Trade Commission desde 2018, nomeada pelo Presidente Donald J. Trump falou sobre a situação econômica do EUA durante o governo Trump. Já o especialista em Liberdade Econômica e Crescimento, editor da seção Estado de Direito e Liberdade Monetária do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, James M. Roberts, falou sobre liberdade econômica e as perspectivas para o novo governo Brasileiro.
Bene Barbosa que é considerado um dos maiores especialistas em segurança do Brasil falou sobre a política de desarmamento, comparando Brasil e EUA. Lembrando que Martin Luther King teve o porte negado. Ana Paula Henkel, conhecida como Ana Paula do vôlei, abordou a questão da ideologia de gênero no esporte “no esporte o gênero é biológico”, disse a ex-jogadora de vôlei. Coube a professora e Deputada Estadual Ana Campagnolo abordar o feminismo e a doutrinação nas escolas. Campagnolo fez um abordagem histórica da revolução sexual desde a revolução francesa “não precisávamos do movimento feminista se tínhamos o liberalismo” disse. Segundo ela o que o socialismo quer é contestar a natureza humana, o socialista quer sempre construir o novo homem, já o feminismo quer construir a nova mulher, ou seja acabar com a identidade da mulher. Ela ressaltou que o divórcio não é uma conquista feminista, lembrando que Moisés já concedia carta de divórcio “Não existe sofrimento pior na vida de uma mulher que se casou, do que o divórcio” disse. “Nós conservadores gostamos do sexo oposto, não os entendemos como inimigos, queremos construir família e por isso é necessária a identidade de gênero.”, abordou Campagnolo.
Quem encerrou o dia de palestras foi o Ministro Abraham Weintraub. Antes de sua palestra foi exibido um vídeo produzido pelo Brasil Paralelo sobre a desconstrução da sociedade ocidental iniciada na década de 60. O Ministro, conhecido por politicamente incorreto, fez um balanço do aparelhamento, feito pela esquerda, da educação no Brasil. Ele falou sobre o monopólio e  afirmou que poucas famílias controlam segmentos inteiros da economia e estão ligadas a movimentos totalitários de esquerda a fim de fazer mudanças culturais “ a classe média é inimiga desse grupo” disse ele, lembrando da fala de Marilena Chaui, que disse odiar a classe média.
O evento também contou com um segundo auditório, a sala interativa, onde o jornalista Allan dos Santos entrevistou vários palestrantes. O ponto alto dessa sala foi o bate-papo com a Ministra Damares Alves que empolgou a plateia que lotava o local naquele momento. Também ocorreu uma mesa de debate com representantes da mídia independente.
Durante palestra Matt Schlapp disse que “Organismos internacionais não podem dizer ao povo americano o que devem ou não fazer”, acrescentando que veio ao Brasil para ver “o que está acontecendo” aqui. “Eu quero que os brasileiros tomem suas próprias decisões”, afirmou. Ele ainda ressaltou que países como Japão, Austrália, Coreia do Sul e Reino Unido enfrentam riscos.
Eduardo Bolsonaro, Charles Gerow, Matt Schlapp assinaram o termo de cooperação, que garante o intercâmbio de conhecimento e apoio para a realização do CPAC no Brasil. Após a assinatura, o Deputado Federal anunciou a realização do CPAC Brasil em 2020 o que levou o público ao êxtase.
  Confira a galeria de fotos do CPAC Brasil 2019
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Rafael Nogueira
Bene Barbosa
Matt Schlapp
Taiguara
Conservadores
Abraham Weintraub e Eduardo Bolsonaro
Mercedes Schlapp
Mercedes Schlapp
CPAC Brasil 2019
Sala Interativa – Walid Fares e Allan dos Santos
Matt Schlapp
Senador Americano Mike Lee
Damares Alves
Assinatura do termo de adesão
Abraham Weintraub
Ernesto Araújo
Assinatura do termo de adesão
Abraham Weintraub
Damares Alves
Eduardo Bolsonaro
Assinatura do termo de adesão
Bene Barbosa
Ana Paula do vôlei
Eduardo Bolsonaro
Charles Gerow
Assinatura do termo de adesão
Sala Interativa
Ana Paula do vôlei
CPAC Brasil 2019
Ana Campagnolo
Senador Americano Mike Lee
Onyx Lorenzoni e Eduardo Bolsonaro
Walid Fares
Kassy Dillon
Luiz Phillippe de Orleans e Bragança
Abraham Weintraub
Bernardo Kuster
Onyx Lorenzoni
Com edição confirmada em 2020 CPAC Brasil consolida movimento conservador no Brasil Ao decorrer dos dois dias de congresso 2 mil pessoas compareceram ao evento que ocorreu na capital paulista…
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