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#Com a degradação desse bioma
edsonjnovaes · 6 months
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Dia Mundial da Água
A água é essencial para todos os seres vivos na terra. Nas aulas de Ciências e nos livros da escola você já deve ter aprendido que 70% do planeta Terra é feito de água. Existem muitas teorias sobre como os oceanos se formaram ao longo dos últimos 4,6 bilhões de anos. Uma delas é a de que gases terrestres se condensaram e começaram a cair em forma de chuvas intensas, que deram origem a grandes…
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ambientalmercantil · 8 months
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rodadecuia · 1 year
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gazeta24br · 2 years
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Depois de ganhar o céu do Brasil com a pintura do avião mais colorido da América do Sul, enormes grafites e pinturas de prédios históricos, o projeto Ararinha-Azul, uma parceria entre a AkzoNobel/Tintas Coral, a Azul Linhas Aéreas e a Embraer, chega às telas. A iniciativa criada para celebrar o retorno das aves no Brasil e fomentar a conscientização sobre a preservação da biodiversidade agora inclui um curta-metragem de 11 minutos lançado dia 10 de junho, na véspera da data em que as ararinhas começaram a ser soltas gradualmente em seu habitat natural. Em 3 de março de 2020, 52 exemplares de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) retornaram ao seu lar: a caatinga baiana. As aves vieram da Alemanha, por meio da organização não-governamental alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) que, em parceria com o Governo Federal (representado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio e Ministério do Meio Ambiente), as repatriou para o Brasil. A ararinha-azul é uma espécie exclusiva do Sertão do São Francisco, especificamente do munícipio de Curaçá (BA). Agora, depois de um período de adaptação em sua terra natal, onde um centro de reintrodução e soltura foi construído pela ACTP para receber as ilustres habitantes, as aves serão soltas em uma área monitorada – algo excepcional, considerando-se que, em 2000, a espécie foi classificada possivelmente extinta na natureza, restando apenas indivíduos em cativeiro, de acordo com o ICMBio. A presença das ararinhas-azuis em seu habitat original tem grande importância na educação e preservação da biodiversidade no mundo – e mais especialmente nessa região de bioma único, lar dessas aves e onde também ganha relevância na vida cultural, artística e turística local. Pensando nisso, o Projeto Ararinha-Azul se uniu ao Projeto da Tita Ararinha, criado pelo ambientalista sertanejo Victor Flores e desenvolvido ao lado de artistas locais, com apoio cultural da AkzoNobel, Azul, Embraer e máster da Bayer. O objetivo é desenvolver, por meio da literatura e do audiovisual, uma consciência ambiental, sobretudo de preservação da ararinha-azul e da valorização desse bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga. O projeto tem incentivo Fiscal Federal pela Lei Rouanet, através do Ministério da Cidadania e Secretaria Especial da Cultura. A Tita, garota capaz de se transformar em ararinha-azul, alçará voos através do curta-metragem As Aventuras de Tita (PRONAC 204811). Na produção, a chegada de um grupo de ararinhas azuis repatriadas da Europa para o Brasil é interrompida quando a caixa de transporte, misteriosamente, é roubada. Cabe à Tita e aos amigos Timbum (o peixe-pintor) e Dudé (o bode aventureiro) investigarem o ocorrido e encontrarem uma solução para salvar os animais e proteger a caatinga. Dirigido por Eduardo Padrão e baseado na obra de Victor Flores, o curta é uma forma de mostrar às crianças do Brasil e do mundo a importância de preservar esse bioma tão fundamental ao país e ao planeta. A obra tem versão em português, inglês e espanhol e foi produzida pelo estúdio pernambucano Viu Cine. O curta pode ser visto no canal do YouTube Victor Flores e a Tita e também será exibido durante os voos da Azul. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=W-Kd-O7l4Ww[/embed] “A caatinga sofreu historicamente com narrativas de que é tudo seco, tudo morto, e isso potencializou a degradação velada e, infelizmente, a extinção na natureza da ararinha-azul. O projeto ‘As Aventuras de Tita’, que engloba quatro livros infantis, músicas e agora o curta-metragem, surgiu com a missão de despertar nesse público um sentimento de pertencimento e valorização desse bioma, que é exclusivamente brasileiro. Agora, com a parceria de empresas que compartilham desses valores de preservação, a ararinha mais simpática do Brasil irá alçar voos ainda maiores!”, destaca Victor Flores, criador do projeto. Relembrando – No final de 2020, a fim de promover a reflexão sobre a importância da preservação ambiental
por meio da celebração da volta das ararinhas-azuis ao Brasil, uma ação de co-branding entre a AkzoNobel/Tintas Coral, a Azul e a Embraer levou para os céus do Brasil o avião mais colorido da América do Sul, com 58 cores, sendo 28 delas desenvolvidas pelo laboratório de aeroespace da AkzoNobel exclusivamente para a ação. O grafiteiro, diretor de arte do mercado publicitário e designer paulistano Luiz Antônio Ferreira da Silva, mais conhecido como Pardal, com curadoria da Dionisio.AG e a convite da Tintas Coral, deu cor e vida à arte do Embraer 195 E2 da Azul, aeronave batizada Ararinha-Azul, homenagem à fauna e flora brasileira que pode ser vista em diversas rotas pelo país. O mesmo tema também ilustrou, em 2021, pelas mãos do Pardal, a empena de um prédio da famosa Avenida São João, na capital paulista, em uma ação do Movimento Tudo de Cor, da Tintas Coral, com apoio de pintores profissionais convidados pela Coral, que até hoje é um convite para a reflexão sobre a importância da proteção da biodiversidade brasileira para quem passa nos arredores do conhecido Minhocão. “Ararinha-Azul é uma das aeronaves mais belas da nossa frota. Temos um orgulho imenso de voar com esse avião totalmente brasileiro, com a pintura mais colorida do país. Ela é uma homenagem da Azul à fauna e à flora do Brasil. Junto com a AkzoNobel e todas as instituições envolvidas neste projeto, celebramos o retorno dessas aves ao seu hábitat natural, ampliando a conscientização sobre a preservação da biodiversidade”, destaca Daniel Bicudo, diretor de Marketing da Azul. Paralelamente, o Movimento Tudo de Cor também levou sua experiência de mais de 10 anos de história e 2 mil projetos, com 19 mil imóveis renovados, à Curaçá. Em parceria com a prefeitura local, o projeto realizou a revitalização de duas edificações de inestimável valor para a cidade, preparando o local para receber as ararinhas de volta. Um dos locais revitalizados foi o Teatro Raul Coelho, o segundo mais antigo da Bahia em funcionamento, datando de 1895, e o único teatro centenário no território do Sertão do São Francisco. O local oferece à população, além de cultura, lazer e entretenimento, a possibilidade de exploração turística, devido à sua idade, história e localização. Ao longo de todos esses anos, foi e ainda é o palco de eventos e de manifestações culturais e nunca deixou de ser um espaço central usado pela comunidade de Curaçá e cidades vizinhas. Outro espaço de cara nova é a Igreja Bom Jesus da Boa Morte, que tem cerca de 200 anos de história. O povoado de Pambu, hoje conhecido como Curaçá, se formou ao redor dessa igreja, que é o patrimônio religioso mais antigo do local. Além disso, a convite da Coral, o grafiteiro Pardal foi à Curaçá pintar, com a ajuda de artistas e moradores locais, um mural em uma casa centenária do centro histórico, um mural inspirado na arte do avião Ararinha-Azul. “A volta das ararinhas-azuis para o sertão baiano nos motivou a realizar muitas ações para chamar a atenção para a importância da preservação ambiental nesses últimos dois anos. Estamos honrados em levar mais cor à cidade que é guardiã dessas aves, apoiar o audiovisual e participar de toda essa movimentação em prol da conscientização e necessidade de proteger nossa flora e fauna, assim como fazemos em diversas outras frentes”, comenta Elaine Poço, diretora de Pesquisa & Desenvolvimento e Sustentabilidade da AkzoNobel para a América do Sul.   *Todos os artigos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não expressam a linha editorial do portal e de seus editores.
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edrosunit · 3 years
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Fauna do Cerrado
Quando se pensa em animais do Cerrado, certamente, o Lobo Guará será lembrado. Esse animal, com sua pelagem laranja-avermelhada, desperta atenção, por ser o maior canídeo da América do Sul. Em geral solitário, se alimenta de pequenos animais e de frutos variados do Cerrado – como a “lobeira”, que é assim denominada por ser apreciada pelo lobo. O lobo guará é somente um, dentre muitos da fauna do Cerrado, capaz de encantar quem o vê. Esse bioma possui uma fauna bastante diversa, cujas estimativas apontam a presença de 199 espécies de mamíferos, 864 de aves, 180 de répteis, 210 de anfíbios e 1.200 de peixes, somando 2.653 espécies de animais vertebrados. O bioma é o terceiro com mais diversidade de fauna, depois da Amazônia e da Mata Atlântica.
Não é muito comum entrar numa área de Cerrado e se deparar com mamíferos, pois em sua maioria estarão abrigados (ou refugiados) em áreas bem conservadas, onde podem manter o seu sustento. Alguns poucos podem também ser encontrados com uma frequência maior, como o saruê, a capivara e até mesmo o mico-estrela. Dentre os mamíferos mais conhecidos, além do lobo guará, há onça pintada, tatu-canastra, veado-mateiro, raposa-do-campo, gato-do-mato, macaco-prego, tamanduá bandeira, lontra, catitu, queixada, paca, dentre muitos outros.
Uma espécie de mamífero considerada extinta no Brasil, que chama a atenção, é o rato-candango (Juscelinomys candango). Esse roedor foi descoberto quando Brasília estava em construção, mas provavelmente devido à degradação ambiental causada pelas obras, nunca mais foi visto. Infelizmente, esse é só mais um exemplo, uma vez que o Cerrado é o segundo bioma brasileiro com maior número de mamíferos ameaçados de extinção: são 41 espécies, das quais 12 são endêmicas – nesse rol, estão, por exemplo: a catita, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, o veado-campeiro e o lobo-guará.
As aves compõem com muitas cores o cenário do Cerrado, onde podem ser encontrados carcarás, tucanos, araras, maritacas, seriemas, udus-de-coroa-azul, joões-de-barro e araras-azuis. Dentre as espécies de destaque, está o pato mergulhão, uma das aves mais ameaçadas das Américas e uma das mais raras do mundo. Embora não seja uma espécie exclusiva do Cerrado, as maiores populações que se têm conhecimento estão localizadas dentro e no entorno de unidades de conservação em Minas Gerais, Tocantins e Goiás.
O Cerrado é o bioma brasileiro com pouco conhecimento dos répteis que compõem sua fauna, portanto, é provável que a quantidade indicada anteriormente seja inferior ao que de fato existe. Nesse grupo, pode-se encontrar cobras, como a jararaca, cobra-coral, cobra-capim e a cascavel; jabutis; lagartos e jacarés, incluindo espécies como o jacaré-de-papo-amarelo. No Cerrado é comum se referir a lagartos pequenos como calangos –que também fazer parte do imaginário popular contemporâneo, de onde surgiu o mito do Calango Voador.
Já no campo dos anfíbios, há uma diversidade relativamente alta, que pode estar associada com a heterogeneidade de habitats, ocasionada pelos diferentes tipos de vegetação, o que acaba também por influenciar na alta taxa de endemismo, onde mais de um terço das espécies são exclusivas do bioma. Uma delas, a pequena perereca nativa Phyllomedusa oreades, chega a três centímetros e meio de comprimento. Essa espécie possui uma substância na pele, a dermaseptina, que vem sendo estudada para uso no combate à doença de Chagas.
Embora a quantidade de peixes no bioma seja grande, visivelmente pode passar despercebido para muitos, com exceção daqueles que se aventuram na prática da pesca ou que dela se utilizam para sua sobrevivência. Um dos principais pontos turísticos para a pesca no país, o Rio Araguaia, localizado em área de Cerrado, pode dar um bom demonstrativo da diversidade desses animais, onde podem ser encontrados desde lambari, bicudo, traíra, piranha, pacu, sardinha, dourado, tainha, tucunaré, pirarucu, arraia, até a piraíba, conhecida como tubarão-do-rio.
Dos insetos, as abelhas nativas são de grande importância para a conservação do Cerrado e para as populações humanas que não somente fazem uso, mas também geram renda com a comercialização de seus produtos, como mel, pólen, própolis e cerume. Abelhas como as jataís, mandaçaias, tiúbas, limão, uruçú, puxá, são alguns exemplos que podem ser encontrados no bioma.
E essa foi uma pequena amostra da riqueza da fauna do Cerrado, muitas vezes não conhecida e nem valorizada. Adentrar nos meandros do bioma, é perceber que existe mais do que árvores contorcidas e flores secas, existe uma diversidade enorme de animais, seja no céu, na terra ou nas águas.
Fonte: https://ispn.org.br/biomas/cerrado/fauna-e-flora-do-cerrado/
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rodriguesrafael · 4 years
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Qual será o destino da chapada dos veadeiros? - Chapada dos veadeiros corre perigo e está nas mãos do governador Ronaldo Caiado.
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                                                                                Foto de acervo pessoal, 2018.
Atualmente um dos maiores parques nacionais, recinto de preservação do pouco que nos resta do bioma cerrado, encontra-se ameaçado pelas aves de rapina que estão dispostas a destruir tudo em prol do deus dinheiro. Trata-se do parque nacional da chapada dos veadeiros que a pouco tempo foi entregue a iniciativa privada. Estive no parque a pouco tempo e posso garantir que a situação é delicada. Atualmente em nosso país criou-se uma falsa ideia de que o “turismo” seria uma forma de dar viabilidade econômica para as riquezas naturais, digo que é falsa porque tal ideia de “turismo” propagada, em grande medida, não pesa os riscos e danos que uma onda turística desenfreada poderia desencadear sobre nossos biomas.
             Não sou contra o turismo, desde que ele seja sustentável e esteja atrelado a uma política que reverta as verbas adquiridas em prol da promoção, conscientização e uso sustentável de nossos biomas, apresentando a sua importância dentro da complexa relação do ciclo de reposição da aguá, da fauna e da flora etc. Algo que está bastante distante da realidade, atualmente o que estamos vendo é uma verdadeira queima dos recursos, não existe minimamente uma forma sustentável de se pensar a utilização das reservas, verdadeiras máfias buscam se apropriar desse bem que é patrimônio de todos para gerar lucro para grupos minoritários.
             Vejam, a utilização dos recursos naturais é um debate sério e de interesse público, não podemos tratar a questão com um quê “bucólico” que pensa a “natureza” como algo apartado da vida humana, muito pelo contrário, a utilização dos recursos é sim algo para a ordem do dia, no entanto, a forma predatória, instrumental e irracional de gestão que desenvolvemos nos últimos dois séculos só aponta para uma desenfreada marcha para um abismo de escassez. A sustentabilidade que deve ser aplicada sobre a produção econômica não deve ser aquela que visa a produção excessiva e predatória, mas aquela que tem em seu horizonte a reutilização e otimização máxima de tudo que produzimos. Isso é um primeiro passo para pensar dentro da lógica da sustentabilidade, em relação aos biomas é preciso que exista uma expansão da compreensão destes por parte da sociedade, de modo a ampliar a conscientização sobre a sua importância para nós, mas sem que isso esteja dentro da exploração desenfreada e desmedida.
               O caso da chapada dos veadeiros é claro, o discurso do “turismo” é um simulacro que esconde algo mais profundo, na esteira da flexibilização da lei vem a tona a ânsia pela extração bruta, no caso em questão, de minérios como o ferro. Essa guerra contra a proteção ambiental só pode resultar em: primeiro, uma política que não compreende a necessidade de uma melhor gestão dos recursos naturais, e consequentemente reforça o desperdício e o descaso; segundo, não leva em consideração o bem comum e a vida das comunidades ao redor da chapada, já que não atrela a política de exploração do bioma a distribuição de renda com os habitantes; e, terceiro e mais grave, permite a prática da “vista grossa” com a forma de exploração desmazelada e pouco prudente, em um país que vive todo dia a sombra de bombas relógios de lama em forma de barragens como as realizadas pela Vale do Rio Doce, esse tipo de política só pode levar a tragédias anunciadas.
               Mas para além de tudo isso, é preciso que façamos um debate que também transita na esfera ética. Será que o ser humano deve continuar vendo a natureza como sendo algo “fora” dele? Devemos manter uma lógica instrumental e violenta para com a vida? Será que o avanço social, filosófico e político que acumulamos nos últimos séculos não apresenta a nós algo mais sublime e amplo em relação aos delicados processos da “natureza”, e mais, será que é tão apagado o fato de que o ser humano no limite é também um animal e faz parte também do processo de renovação natural? Ou seja, antes de pensarmos numa destruição da “natureza” abstrata devemos por na balança o fato de que uma catástrofe ambiental só pode resultar no perecimento da vida humana enquanto forma vivida através da civilização.
               Todas essa questões apontam para uma coisa: ou a humanidade modifica a forma como utiliza os recursos naturais ou não existirá mais humanidade da forma como conhecemos hoje. Ainda temos tempo para modificar nosso modo de produção, mas a insensatez e a ignorância parecem galopar numa marcha frenética rumo ao aprofundamento bestial e insano da degradação e da catástrofe. Medidas urgentes e radicais necessitam ser tomadas.
                Em relação a chapada seu futuro é incerto, atualmente a gestão do estado de Goias está entregue às mãos de Ronaldo Caiado (DEM), homem ligado aos interesses do agronegócio e da exploração mineral - para se ter uma ideia, seu tio, o ex-deputado federal e ex-senador Emivaldo Ramos Caiado, é um dos donos do grupo Rialma cuja atuação se dá sobre os setores de energia, agropecuária e mineração -, a julgar pelas orientações do ministro do meio ambiente Ricardo Salles cuja ótica é a orientação para a destruição e exploração brutal de nossos biomas mais a “visão” que o sr. Jair Bolsonaro têm em relação aos recursos naturais, o destino da chapada está inteiramente nas mãos do governador Ronaldo Caiado. Resta-nos saber se Caiado está disposto a arcar com a destruição da chapada e ter o nome da sua família manchado diretamente por isso, ou algum surto de sanidade irá pairar sobre si e a manutenção do parque se manterá. Em todo caso, para nós resta apenas a luta pela conservação e utilização sustentável de nossos biomas, mas para isso é preciso que realizemos a difusão da informação em relação ao meio ambiente e como uma má gestão de nossos recursos pode voltar-se contra a vida dos seres humanos de um modo nunca antes visto.
              Não podemos permitir que o avanço da destruição acabe de vez com o pouco do que resta de cerrado, não se trata de uma conservação contemplativa e bucólica, mas racional e sensata, o cerrado funciona como a « caixa d’água » do Brasil, é o principal responsável pela absorção da água e distribuição pelas principais bacias hidrográficas de nosso território, já está mais do que na hora de superarmos a arcaica visão de que as reservas naturais são um mero instrumento de nossa vontade e compreender que a vida humana depende da conservação e utilização racional dos recursos pra poder se manter em um nível de civilização. Em outras palavras não se trata de « preservar a natureza » mas de evitar que a humanidade sofra a pior catástrofe climática de sua história com carestias de alimento, solo e água. A natureza não precisa ser preservado porque ela não é passível de ser destruída, a única natureza que pode ser destruída é a frágil e recente vida da espécie humana!
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sertaocerrado · 3 years
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Um quarto da cobertura florestal da Mata Atlântica está preservado. 
O dado, inédito, foi obtido pelo MapBiomas a partir do mapeamento de imagens de satélite entre 1985 e 2020.
 O mapeamento das transformações da Mata Atlântica indica que a cobertura florestal passou de 27,1% em 1985 para 25,8% em 2020. Atualmente, outros 25% são ocupados por pastagens; 16,5% por mosaicos de agricultura e pastagens; 15,% pela agricultura; 10,5% por formação savânica e outras naturais.
 A cobertura florestal manteve-se praticamente estável nos últimos 30 anos, após um período de alto desmatamento ocorrido entre 1985 e 1990. Por trás dessa estabilidade, no entanto, esconde-se a perda de florestas maduras e a regeneração de matas jovens. Entre 1985 e 2020 a perda de vegetação primária foi de 10 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a área de vegetação secundária ganhou 9 milhões de hectares. 
Mas o que isso tem a ver com a água?
Mesmo reduzida e fragmentada, a mata exerce influência direta na vida de cerca de 80% da população do país: nas cidades, áreas rurais, comunidades caiçaras ou indígenas, protege o clima, regula o fluxo dos mananciais, a fertilidade do solo, a proteção de encostas, entre tantas outras funções.
As grandes capitais brasileiras, por exemplo, - São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG) – são completamente abastecidas pelos rios que afloram desses remanescentes. E, segundo a WWF-Brasil,  calcula-se que a Mata Atlântica garanta o abastecimento de mais de 120 milhões de pessoas, abrigando rios do porte do Paraná, Tietê, Doce, Paraíba do Sul, São Francisco, Paranapanema e Ribeira do Iguape.
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Mas é na relação complementar entre a floresta e a água que a importância desse bioma pode ser melhor compreendida. Os remanescentes regulam a vazão dos rios, atenuando as enchentes, e após as chuvas permitem que a água escoe gradativamente. Também filtram sedimentos, retidos na chamada mata ciliar, e melhoram a qualidade da água. O armazenamento da água da chuva, em mananciais de superfície ou reservatórios subterrâneos, ocorre ainda pela infiltração paulatina no solo, garantida pela folhagem, pelo tronco das árvores e suas raízes. E muitos dos processos erosivos são evitados por ação da cobertura florestal.
A poluição e escassez da água são determinantes para a degradação das florestas.
Da mesma forma que algumas matérias-primas possuem valor financeiro, os serviços prestados pelos ecossistemas, como a manutenção do equilíbrio hidrológico ou a capacidade de produção de água, precisam cada vez mais de instrumentos como a cobrança pelo uso da água ou a comercialização de créditos de carbono, como forma de reconhecer sua importância e proteger a floresta do qual são parte.
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Recuperação Florestal
Uma parte desse processo já está em curso: as imagens de satélite mostram recuperação em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) em torno dos rios, principalmente no interior de São Paulo e do Paraná, onde o pasto foi substituído pela agricultura, como cana de açúcar. As áreas de pastagem ocupavam até a margem dos rios, favorecendo a erosão e o assoreamento dos cursos d’água. Com a substituição pela agricultura, a APP na borda dos rios foi respeitada e se recuperou naturalmente ou com plantio de nativas. Essa vegetação, principalmente no entorno das nascentes, é fundamental para a qualidade e quantidade da água.
Apesar disso, a situação de importantes bacias hidrográficas para o abastecimento de água desses estados, onde se concentram grandes centros urbanos, é preocupante. Muitas têm baixa cobertura vegetal e isso afeta a produção de águas. 
A bacia do Paraná, por exemplo, teve sua cobertura nativa reduzida de 24% em 1990 para 19% em 2020. A do Rio Grande também teve uma leve oscilação negativa, de 21% (1990) para 20% (2020). A bacia do Tietê passou de 19% (1990) para 20% (2020). Paranapanema permaneceu estável em 23% nas duas datas. A bacia do Paraíba do Sul oscilou levemente para cima (de 27% em 1990 para 29% em 2020).
Nos últimos 36 anos, 12 estados perderam vegetação nativa. A Bahia foi o campeão em perda (com 9.642 km2), seguido pelo Rio Grande do Sul (6.899 km2), Santa Catarina (6.359 km2) e Paraná (com 3.744). A década de maior recuperação de áreas florestais ocorreu entre 2000 e 2010, quando a Mata Atlântica ganhou 5.754 km2 de florestas. Por duas décadas, desde 2000, o estado de São Paulo manteve o crescimento da área de florestas.
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Da mesma forma que algumas matérias-primas possuem valor financeiro, os serviços prestados pelos ecossistemas, como a manutenção do equilíbrio hidrológico ou a capacidade de produção de água, precisam cada vez mais de instrumentos como a cobrança pelo uso da água, sobretudo das grandes empresas e latifúndios, ou a comercialização de créditos de carbono, como forma de reconhecer sua importância e proteger a floresta do qual são parte.
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petfilho · 3 years
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Dia da Mata Atlântica: de cambuci a uvaia, conheça 5 frutos em risco de extinção no bioma
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Consumo e preservação dessas frutas esbarra em sua valorização e em desconhecimento das pessoas, diz pesquisadora. Cambuci vira símbolo de preservação da Mata Atlântica Globo Rural A Mata Atlântica é a segunda maior floresta em extensão do Brasil, mas também um dos biomas que mais sofrem com o desmatamento. Originalmente, a floresta ocupava 1,3 milhão de quilômetros quadrados — hoje restam apenas 7% da cobertura original, distribuídos em 17 estados. Sob ameaça constante, provocada principalmente pela exploração descontrolada, o bioma tem diversas frutas nativas em ameaça de extinção. A BBC News Brasil selecionou cinco dessas frutas que, embora sejam de alta produtividade, correm o risco de desaparecer das matas brasileiras. Para Ligia Meneghello, Coordenadora de Programas e Conteúdo da Associação Slow Food Brasil, um dos principais empecilhos para o consumo dessas frutas nativas — e sua preservação — é a falta de valorização dos produtos nacionais e a padronização da alimentação. “A gente acaba comendo banana, maçã, manga, laranja e conhece pouco sobre as nossas frutas, valorizamos mais o que vem de fora em vez dos frutos da nossa terra. Acho que tem um pouco a ver com a colonização da nossa alimentação também”, diz. Ela ainda reforça que isso faz com que muitas pessoas não saibam como consumir esses produtos. “É preciso ensinar como usar e os potenciais gastronômicos de cada uma delas”, afirma. Para Meneghello, há ainda outro obstáculo para as frutas nativas: seu curto período de viabilidade germinativa. “Todos eles são de alta produtividade, mas muitos possuem rápida degradação e isso é um complicador para a comercialização da fruta in natura. Apesar disso, seguem ótimas congeladas e para polpas”. Desmatamento da Mata Atlântica cresce mais de 400% no estado de SP entre 2019 e 2020, diz estudo Como infecções por vírus altamente mortal podem cair com reflorestamento da Mata Atlântica Ela afirma que o consumo desses frutos é essencial para a manutenção do bioma e para evitar sua contínua degradação. “A gente consegue ajudar a fomentar a cadeia alimentar e manter essas espécies existentes quando a gente as conhece, quando olha, prova, se vincula, entende as dinâmicas territoriais e culturais das quais elas fazem parte. Tudo isso contribui para que a gente se engaje em ações de conservação.” Conheça cinco frutos que estão sob ameaça de extinção na Mata Atlântica. Cambuci Cambuci: de sabor bastante ácido, o fruto é rico em vitamina C e uma excelente fonte de antioxidantes Glenn Makuta via BBC Primo da goiaba e da pitanga, o nome do fruto dá uma dica sobre o formato: vem do tupi kamu’si, que significa vaso ou pote de argila, geralmente usado para armazenar água. O fruto, de cor esverdeada, tem o formato de uma vasilha, mas também lembra o de um disco voador. Quando está no ambiente nativo, serve de alimento para aves, roedores e macacos, mas suas sementes têm tempo curto para serem germinadas, o que dificulta a reproduç��o dos cambucizeiros e prejudica a manutenção da espécie nas matas. De sabor bastante ácido, o fruto é rico em vitamina C e uma excelente fonte de antioxidantes. Apesar da acidez, o agricultor Junior Magini, do Recanto Magini, especializado na plantação de frutas nativas, afirma que a fruta tem grande potencial para a gastronomia. “Pode ser usado na cachaça, como geleia, licores, vinagres, compotas e muitos outros fins”, afirma. A região de Paranapiacaba, na Serra do Mar, é conhecida pelas cachaças feitas com cambuci – uma prática que remonta aos tempos coloniais. A fruta também já chegou a batizar um dos bairros da capital paulista pela quantidade de árvores presentes na região do Cambuci. Hoje, poucos exemplares restaram, pois muitas árvores apodreceram ou foram cortadas na cidade, e também nas florestas. Juçara Juçara é considerada a “rainha da Mata Atlântica” Recanto Magini via BBC Espécie chave para o bioma, a palmeira juçara, muito procurada pelos animais, é considerada a “rainha da Mata Atlântica”. Apesar disso, a extração ilegal do seu palmito a colocou no rol das espécies em risco de extinção. Isso porque, ao contrário do seu parente açaizeiro, ela é uma planta de tronco único – e portanto, é preciso derrubar a árvore para retirar o palmito. Mas, assim como o açaí, a juçara também dá um fruto de cor roxa, em formato de coquinho – e sua extração e consumo garantem a manutenção das árvores em pé. Pela semelhança com o fruto amazônico, tanto no formato como no sabor, a fruta da juçara está sendo chamada de “açaí da Mata Atlântica”. Diversos projetos tentam preservar as palmeiras remanescentes e explorar o potencial comercial e gastronômico de seus frutos. Para o agricultor Douglas Bello, do Sitio do Bello, especializado na produção e comercialização de frutas nativas, o uso é parecido com o do açaí. “Pode ser usada em vitaminas, batido, e também como geleia”. Além disso, ele reforça que a juçara também tem os mesmos princípios estimulantes procurados no açaí e é rica em ferro. Uvaia Uvaia se transforma em sucos, sorvetes e geleias Kenia Bahr via BBC “Fruta ácida” é a tradução do nome “uvaia” em tupi. Da família das Mirtaceas, como muitas outras frutas do bioma, é parente da jabuticaba e da pitanga e é polinizada principalmente por abelhas. Muito perecível, seu transporte deve ser feito com cuidado para que a fruta não estrague. De sabor intenso, o fruto é bastante suculento, por isso seus principais usos gastronômicos são os sucos, sorvetes e geleias. Pela acidez e textura, também é utilizada em doces, e para compor vinagres, vinhos e kombuchas. Um preparo bem conhecido na região da Serra do Mar é o chamado “uísque tropeiro”, que mistura a uvaia com o Cambuci, curtidos em cachaça. Araçá Araçá vermelha: além da fruta, a árvore, muito comum nos pomares domésticos da região da Serra do Mar, também é procurada pela madeira e sua casca usada para curtir peles Slow Food Brasil via BBC Parente próximo da goiaba, o araçá dá nome a diversas espécies: há o verde, vermelho, amarelos e roxo, todos eles do gênero Psidium. As árvores do araçazeiro podem chegar a até seis metros, dependendo do tipo. Assim como a goiaba, os frutos possuem muitas sementes, mas são menores, de tamanho semelhante ao das jabuticabas. Rico em vitamina C, os araçás costumam ser agridoces, misturando acidez e doçura. Além da fruta, a árvore, muito comum nos pomares domésticos da região da Serra do Mar, também é procurada pela madeira e sua casca usada para curtir peles. Cereja do Rio Grande Cereja do Rio Grande tem sabor doce e intenso Beatriz Bello/ Sítio do Bello via BBC Também conhecida como “falsa cereja” ou “cereja do mar”, a fruta é mais oval que a cereja tradicional, mas tem a aparência semelhante, e também é composta de uma semente única e grande. Suas flores, brancas e numerosas, são bastante usadas na indústria de perfumes. A árvore pode chegar a 10 metros de altura e é procurada para fins ornamentais, pela beleza das flores e dos frutos e também usada em reflorestamentos e recuperação de áreas degradadas pois os frutos atraem muitos pássaros. Os frutos têm sabor doce e intenso, e têm as cores como a da cereja tradicional, que variam do vermelho intenso ao roxo. Podem ser ingeridas in natura e no preparo de caldas, doces e licores. Veja VÍDEOS sobre natureza e meio ambiente:
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alimentoseguro · 4 years
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Frutíferas nativas: cambuci, cabeludinha grumixama e uvaia
Presentes em todas regiões e biomas brasileiros, as frutas nativas são fontes de nutrientes e sabores únicos, que têm tudo para conquistar paladares brasileiros e de outros países
Você já ouviu falar em cambuci, cabeludinha grumixama e uvaia? Pois bem, para alguns podem dar margens a muitas especulações e adivinhações, mas para outros são nomes ligados à alguma planta. E quem pensa dessa forma está certo: são árvores nativas do Brasil, que espelham a riqueza da flora do País, expressa em sabores diferenciados de frutas ricas em nutrientes, potencial comercial e conservação do meio ambiente. Algumas frutas nativas já ganharam o mundo. É o caso do açaí, levado pela onda fitness que descobriu sua potência energética. O cupuaçu é outra que vem conquistando mercado. Mas a grande maioria ainda é desconhecida até mesmo no Brasil, com exceção da jabuticaba, do maracujá e da goiaba, frutas as quais são encontradas facilmente nas gôndolas de mercados, feiras e em outros pontos de comercialização, in natura ou na forma de sucos, sorvetes ou como ingredientes de pratos doces e salgados. "As frutas atualmente com comércio consolidado, encontradas com frequência e praticamente o ano todo, são em sua maioria exóticas, ou seja, originárias de outros países. Como exemplo podemos listar os citros (laranja, limão e tangerina), originários principalmente das regiões subtropicais e tropicais do sul e sudeste da Ásia, incluindo áreas da Austrália e África; a banana, originária do sul e sudeste do continente Asiático; a maçã, oriunda da região do Cáucaso, cadeia de montanhas da Ásia e do leste da China; a uva, dos continentes Europeu, Asiático e Americano; o abacate e o mamão, originários da América Central. Enfim, a maioria das frutas que consumimos no dia a dia. Mas temos uma riqueza de frutas nativas que precisam ser conhecidas e colocadas à disposição da população, não só do Brasil como de outros países; também para que sua exploração comercial responsável se torne fonte de renda e emprego, principalmente para os pequenos produtores rurais", explica Ednei Antonio Marques, engenheiro agrônomo e diretor do Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí, unidade da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, ligada à Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS). O agrônomo explica que a gama de plantas frutíferas nativas é grande e pode ser dividida pelos biomas brasileiros. "Algumas são bem conhecidas e apreciadas regionalmente, como é o caso do pequi na região Centro-Oeste e do umbu no Nordeste". A seguir, alguns exemplos: 
• Mata Atlântica ‒ ameixa da mata, araçá (amarelo, vermelho, roxo, goiaba), cabeludinha, cambuci, cambucá, grumixama, guariroba, pitanga, pitangatuba, jabuticaba, uvaia, entre outras. • Cerrado ‒ buriti, araticum, murici, pequi, baru, cajuzinho do Cerrado, bocaiuva, guavira, baru, mangaba etc. • Floresta Amazônica ‒ maracujá, açaí, cupuaçu, camu-camu, cubiu, abiu, inajá, bacuripari, guaraná e outras. • Caatinga ‒ licuru, umbu, caju, maracujá da Caatinga, entre outras. • Campos Sulinos ‒ araucária, espécie dominante de florestas ombrófilas mistas, no Sul do País, também denominadas de matas de araucária. E na região dos Pampas, a feijoa, também conhecida como goiaba serrana.
Segundo Ednei, a diferença entre as frutas "comerciais", encontradas facilmente nas cidades, e as frutas nativas encontradas principalmente em matas, quintais e pomares domésticos, é que as nativas não passaram por um processo consolidado de seleção e melhoramento genético, sendo que algumas já começam a se tornar raras. "Alguns estudos apontam evidências de que as populações indígenas faziam a seleção de algumas plantas, mas com a Colonização e a chegada das frutas exóticas, não se consolidou um eixo de trabalho com essas frutíferas". Atualmente, existem trabalhos pontuais sendo realizados sobre o potencial das frutíferas nativas. No Estado de São Paulo, um desses estudos está sendo realizado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), tendo como foco a propagação, a colheita e o processamento de quatro frutíferas da Mata Atlântica: cambuci, grumixama, cereja do Rio Grande e uvaia. De acordo com os pesquisadores, a pesquisa é relevante pois abre a oportunidade de criação de materiais que podem ser adaptados em diversas regiões, proporcionando o cultivo comercial dessas frutas, que podem ser excelentes alternativas de renda e diversificação em áreas de outras atividades agrícolas. Os estudos estão sendo conduzidos no âmbito do projeto temático Frutas da Mata Atlântica potencialmente funcionais: caracterização, multiplicação de plantas e conservação pós-colheita, coordenado pelo professor Angelo Jacomino. Segundo Bruna do Amaral Brogio, que integra o grupo de pesquisadores, no âmbito da pesquisa, o projeto voltado à área de propagação vegetativa dessas espécies está sendo desenvolvido por três métodos convencionais: estaquia (retira-se um ramo da planta matriz ‒ estaca ‒ e o coloca em um meio apropriado para enraizar); alporquia (técnica de enraizamento na própria planta matriz, por meio de um anelamento coberto por substrato em um determinado ramo selecionado da árvore); enxertia (junção de partes de plantas, porta-enxerto e enxerto, de forma que irão se unir e formar uma única planta). "O objetivo é aprimorar o método de propagação clonal para obter mudas comerciais de frutíferas nativas, com plantas uniformes e que preservem as características de interesse agronômicos. Hoje, esse processo é feito por semente, o que gera uma variabilidade muito grande, pois nenhuma muda é igual à outra, o que resulta em respostas de crescimento, produção e qualidade de frutos desiguais em campo. Em testes iniciados com a uvaia e a grumixama, houve algumas dificuldades para formar as mudas de forma clonal, mas estamos em continuidade com as pesquisas". A contribuição da Secretaria de Agricultura à produção de frutíferas nativas Por meio da CDRS e de seus Núcleos de Produção de Mudas localizados em Itaberá, Marília, São Bento do Sapucaí, Pederneiras e Tietê, há décadas a Secretaria de Agricultura produz e comercializa mudas de frutíferas nativas, como cambuci, araçás (amarelo, vermelho, roxo, goiaba), cereja do Rio Grande, uvaia, pitanga, grumixama, cabeludinha, jaracatiá, juçara, jerivá e jabuticaba. "A nossa produção de nativas, com exceção das que já são produzidas em escala comercial (citadas anteriormente), é feita a partir de sementes, tendo cada uma seu tempo e processo de formação. Contando com o conhecimento e a prática de nossos técnicos e equipe de campo, temos uma metodologia que garante qualidade e rusticidade das mudas. Além disso, as parcerias com instituições de pesquisa e as universidades, como as com a Esalq, para a qual fornecemos mudas e trocamos experiências, têm permitido que novos caminhos de produção se abram", explica Ednei, informando que, anualmente, apenas em São Bento do Sapucaí, são produzidas e comercializadas entre 10 e 12 mil mudas de frutíferas nativas (com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 8,00). Para obter a lista de mudas produzidas, os preços e os contatos dos Núcleos da CDRS, acesse: www.cdrs.sp.gov.br. O contato do NPM de São Bento do Sapucaí pode ser feito pelos tels.: (12) 3971-1306 (WhatsApp) /3971-2046 e pelo e-mail: [email protected]. Lembrando que, por conta da pandemia, o atendimento tem sido feito pelos canais digitais e por telefone, e a retirada mediante agendamento prévio. Sítio do Bello: onde a produção se harmoniza com o meio ambiente Aliar recuperação ambiental, produção agrícola e geração de renda é possível? Com o trabalho realizado no Sítio do Bello, localizado em Paraibuna, cidade encravada na Serra da Mantiqueira, distante pouco mais de 120 km da capital paulista, Douglas Bello, que adquiriu a propriedade há mais de 20 anos, demonstra que sim. Fruto de um projeto pessoal, a propriedade concentra duas vertentes: recuperação ambiental de uma área de pasto degradado e formação de uma agrofloresta com produção de frutíferas nativas, as quais são beneficiadas e transformadas em uma gama de produtos comercializados para todo o País. Além disso, mantém os seus 10 hectares, onde estão plantadas mais de seis mil árvores de cerca de 50 espécies de frutas, com as "porteiras abertas" para a ciência, a educação ambiental, o incentivo à produção sustentável e as trocas de experiências com produtores, pesquisadores e interessados de forma geral. "A recuperação de uma área degradada é um processo difícil e oneroso, principalmente para os pequenos produtores. Sempre tive o desejo de ter uma área produtiva integrada com a conservação ambiental e mostrar a viabilidade de se combater a degradação por meio de um empreendimento economicamente viável. Quando adquiri o sítio, em 1999, era uma área de pasto degradado. Eu sou químico de formação e meu segmento de atuação é a indústria, então busquei conhecimento e apoio técnico sobre o sistema agroflorestal. Passadas duas décadas, temos uma área recomposta, com retorno de animais e pássaros - estes aliados na disseminação de sementes que geram novas árvores - e disponibilizamos no mercado frutas típicas de nosso País, in natura ou na forma de sucos, polpas congeladas, doces etc. Tudo em um processo sustentável dos pontos de vista econômico, social e ambiental, com geração de renda e emprego, tanto na área produtiva no campo como na comercial, por meio da empresa instalada em São Paulo", conta Douglas, acrescentando que no site do Sítio, além de adquirir as frutas e os produtos, as pessoas têm à disposição informações técnicas e botânicas sobre cada fruta. "Entendemos que é preciso fazer um resgate cultural dessas frutas, pois o seu conhecimento está restrito a pessoas de mais idade, comunidades tradicionais e alguns ciclos gastronômicos. É preciso apresentá-las às pessoas, principalmente às crianças". O produtor faz questão de tomar como referência, em todo processo, o trabalho dos extensionistas da Secretaria de Agricultura. "Há 20 anos, quando iniciei os primeiros plantios, adquiri as mudas nos Núcleos de Produção de São Bento do Sapucaí e de Tietê. O trabalho que os técnicos da CDRS fazem é de excelência e as mudas de muita qualidade. Além disso, o respaldo técnico que dão aos produtores é fundamental para que a produção tenha sucesso. É um trabalho que precisa ser divulgado cada vez mais", salienta Douglas, destacando também as ações de pesquisa. "É fundamental que cada vez se invista em estudos que viabilizem a seleção de mudas e diversificação de variedades. Por isso, estamos sempre abertos e contribuindo com os pesquisadores, como é o caso da nossa parceria com a Esalq". http://www.sitiodobello.com.br/ Cambuci: publicação da Secretaria de Agricultura é incentivo da extensão rural paulista para a produção e o consumo dessa fruta nativa
Relatos históricos apontam que o cambuci foi muito utilizado pelos bandeirantes e tropeiros, os quais tinham a tradição de consumir a cachaça curtida com o fruto. Mas estudos mostram que o fruto do cambucizeiro já era conhecido pelos indígenas, que o chamavam kãmu'si, cujo significado é pote d'água em tupi-guarani, por conta de seu formato. Atualmente, para grande parte das pessoas que conhecem o fruto, principalmente as crianças, ele é descrito como uma fruta que parece um disco voador; o que se deve ao seu formato arredondado e achatado na extremidade, com cerca de cinco centímetros de diâmetro e cor predominantemente verde, que pode variar para verde-amarelada. Nos últimos anos, passou a ser uma fruta cada vez mais comentada em relação a conversas, quando o assunto é gastronomia. Nessa trajetória de sucesso, além de dar nome a um conhecido bairro da capital paulista (o qual tem como ponto turístico, em sua praça central, um cambucizeiro), o cambuci ganhou status e se tornou a fruta símbolo da Mata Atlântica, sendo encontrada, principalmente, nos trechos que compreendem as Serras do Mar e da Mantiqueira, no Estado de São Paulo. Ganhou uma Rota Gastronômica, que inclui várias cidades do Vale do Paraíba e o entorno da capital, dedicada à exploração do seu potencial na fabricação de licores, cachaça, geleias, doces, sorvetes, molhos, além das mais variadas receitas doces e salgadas. Como também ganhou espaço na mídia, o cambuci vem sendo redescoberto e explorado por pequenos produtores rurais que estão vendo na fruta a oportunidade de diversificar atividades, aumentar a oferta e garantir uma maior renda. "As demandas dos agricultores vêm aumentando e a Secretaria de Agricultura não poderia ficar alheia. Por enquanto, a maioria dos cambucizeiros são nativos, mas podem ser plantados; e nesse sentido, o trabalho dos nossos Núcleos na produção e comercialização de mudas de qualidade com preço acessível tem sido fundamental. Mas, como extensionistas, entendemos também que era necessário pesquisar, desenvolver, adaptar e testar receitas variadas, para oferecer aos produtores e consumidores uma amostra do imenso potencial dessa fruta, que só não dá para ser consumida pura ao natural, por conta de seu sabor que é ácido, intenso e forte, chegando, inclusive, a ser adstringente quando ainda verde. Então fizemos a opção pela elaboração da Instrução Prática Cambuci", explica Beatriz Cantusio Pazinato, nutricionista da Divisão de Extensão Rural (Dextru)/CDRS, que coordenou a publicação, produzida e editada pela instituição. Com informações importantes sobre manejo, conservação dos frutos e Boas Práticas de Fabricação, a publicação traz uma grande lista de receitas. Os interessados podem fazer o download no site da CDRS: www.cdrs.sp.gov.br. Produção de mudas No âmbito do projeto da Esalq (já referido), o cambuci está no centro das pesquisas do doutorando Marcelo B. Santoro, que relata os principais resultados preliminares. "Ao longo de nossos estudos, têm sido grandes os desafios para estabelecer uma metodologia para a seleção e produção de mudas por multiplicação vegetativa, que garantam a manutenção das características das plantas e a uniformização do pomar. Hoje, com a multiplicação via semente isso não é possível, além de ter um impacto negativo no manejo e nos tratos culturais, pois com plantas desuniformes é difícil estabelecer podas, adubação etc. de forma adequada. Os testes realizados com as técnicas de alporquia e estaquia não tiveram sucesso, mas no que diz respeito à enxertia, a técnica de enxerto por fenda lateral apresentou resultados animadores, então estamos intensificando os experimentos para confirmar os resultados. Outro ponto observado, que pode contribuir com a propagação por meio de sementes, foi a identificação de novas formas de semeadura e de que sementes parcialmente secas não tem seu potencial de germinação afetado (o que vai contra a sabedoria popular); então aumenta a oferta para a formação de novas mudas. Nosso objetivo é intensificar os experimentos para selecionar materiais superiores. Nesse contexto, enaltecemos a parceria com a Secretaria de Agricultura, pois o trabalho dos extensionistas da CDRS é excepcional e com eles temos feitos trocas de experiência e mudas, que têm sido fundamentais no desenvolvimento das pesquisas e na aproximação com as necessidades do campo", comenta o pesquisador, ressaltando que o cultivo de cambuci e outras frutas nativas pode realmente ser sustentável. "Com o contato estreito com os técnicos da CDRS, nos aproximamos da realidade dos produtores, principalmente dos agricultores familiares, que precisam de novas alternativas de renda aliadas à conservação ambiental. Nesse cenário, as frutíferas nativas são uma opção extremamente viável, pois podem, inclusive, ser plantadas em Áreas de Preservação Permanente (APPs), possibilitando renda com a extração responsável das frutas", continua Santoro. Anualmente, somente no Núcleo de Produção de São Bento do Sapucaí da CDRS são produzidas e comercializadas cerca de três mil unidades de mudas cambuci. Cambuci na alimentação e o seu valor nutricional Na esteira do reconhecimento gourmert, os valores nutricionais da fruta também foram sendo descobertos. "O cambuci contém vitaminas, minerais e fibras que ajudam a regular algumas funções do corpo humano, com destaque para a grande concentração de vitamina C. Cada 100g da polpa do cambuci maduro contém, em média, cerca de 16mg de vitamina C, enquanto que na fruta verde o teor é mais do que o dobro, em torno de 40mg/100g de fruto. Portanto, as necessidades diárias de vitamina C (45 a 80mg/pessoa/dia) podem ser supridas com o consumo de cerca de três a quatro unidades (tamanho médio) dessa fruta por dia", explica a nutricionista Beatriz, dizendo que, seja em pratos doces ou salgados e toda uma gama de bebidas, o cambuci oferece um sabor diferenciado e refrescante. Ela informa também que, hoje, a fruta, considerada parente da goiaba, da pitanga e da jabuticaba, pode ser encontrada em hortifrútis, empórios e feiras especializadas - principalmente de produtos orgânicos, além de locais em que produtores fazem vendas diretas, inclusive pela internet. Receitas Sorvete de cambuci Ingredientes 8 cambucis médios 1 lata de leite condensado (395g) 1 lata de creme de leite (300g) Preparo • Bater todos os ingredientes no liquidificador, até ficar uma mistura homogênea. • Despejar em um pote ou em tacinhas e levar ao freezer para congelar. • Servir como sobremesa ou lanche.
as, out/20. com Ascom Agricultura.SP -- [email protected] 
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fefefernandes80 · 4 years
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Sem provas, Bolsonaro acusa ONGs de comandarem crimes ambientais no Brasil
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Presidente também reclamou do que considera uma “imposição de regras internacionais injustas” que desconsideram “conquistas ambientais” no país Reprodução/YouTube Sem provas, o presidente Jair Bolsonaro acusou ONGs de comandarem crimes ambientais no país, em discurso durante conferência da cúpula de biodiversidade da Organização para as Nações Unidas (ONU). Na fala, em vídeo gravado e reproduzido nesta tarde, Bolsonaro também reclamou do que considera uma “imposição de regras internacionais injustas” que desconsideram “conquistas ambientais” no país. Ao mesmo tempo, se comprometeu a intensificar ações para combater ilícitos na Amazônia e a devastação no Pantanal. “Na Amazônia, lançamos a ‘Operação Verde Brasil 2’, que logrou reverter, até agora, a tendência de aumento da área desmatada observada nos anos anteriores. Vamos dar continuidade a essa operação para intensificar ainda mais o combate a esses problemas que favorecem as organizações que, associadas a algumas ONGs, comandam os crimes ambientais no Brasil e no exterior”, disse, sem citar nomes das organizações que supostamente teriam participação nos ilícitos. Bolsonaro garantiu que seu governo está atuando de maneira coordenada para contornar focos de incêndios no Pantanal e afirmou que a pandemia de covid-19 ampliou o desafio. “Temos a obrigação de preservar nossos biomas e, ao mesmo tempo, precisamos enfrentar adversidades sociais complexas, como o desemprego e a pobreza, além de buscar garantir a segurança alimentar do nosso povo. Em 2020, avançamos nessa direção e, mesmo enfrentando uma situação difícil e atípica devido ao coronavírus, reforçamos ações de vigilância sobre nossos biomas e fortalecemos nossos meios para combater a degradação dos ecossistemas, a sabotagem externa e a biopirataria”, acrescentou. O presidente voltou a afirmar que há uma “cobiça internacional” pela Amazônia e que o Brasil não abrirá mão de sua soberania. “Nas últimas décadas, o setor agropecuário brasileiro obteve aumentos expressivos de produtividade e comprovou sua capacidade de ampliar sua produção e alimentar o mundo, ao mesmo tempo em que reduz seu já irrisório impacto sobre o meio ambiente. Rechaço, de forma veemente, a cobiça internacional sobre a nossa Amazônia. E vamos defendê-la de ações e narrativas que agridam os interessem nacionais”, disse. Para Bolsonaro, “informações falsas e irresponsáveis” estão servindo de pretexto para a “imposição de regras internacionais injustas, que desconsiderem as importantes conquistas ambientais que alcançamos em benefício do Brasil e do mundo”. “É preciso que cheguemos a um consenso e que saibamos combinar sustentabilidade com desenvolvimento e preservação ambiental com inovação econômica. Nesse sentido, recordo que a Convenção sobre Diversidade Biológica consagra o direito soberano dos Estados de explorar seus recursos naturais, em conformidade com suas políticas ambientais, e é exatamente isso o que pretendemos fazer com a enorme riqueza que existe no território brasileiro”, pontuou. O presidente garantiu que o país prioriza a “exploração racional e sustentável dos incomensuráveis recursos presentes no território brasileiro”; disse que as discussões da Cúpula da Biodiversidade poderão determinar o futuro desses recursos; e que o governo está ciente “do enorme potencial da bioeconomia”. Bolsonaro finalizou o discurso cobrando compromisso dos líderes internacionais em um esforço comum de combate a ilícitos ambientais. “É preciso que todos os países cumpram com suas responsabilidades, arquem com a parte que lhes cabe e se unam contra males como a biopirataria, a sabotagem ambiental e o bioterrorismo. Estaremos sempre abertos a contribuir para um debate fundamentado no respeito aos três pilares da Convenção de Diversidade Biológica: a conservação, o uso sustentável e a repartição de benefícios. Espero o mesmo compromisso por parte dos senhores”, afirmou.
Leia o artigo original em: Valor.com.br
Via: Blog da Fefe
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ambientalmercantil · 1 year
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lovacedon · 4 years
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Sem provas, Bolsonaro acusa ONGs de comandarem crimes ambientais no Brasil
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Presidente também reclamou do que considera uma “imposição de regras internacionais injustas” que desconsideram “conquistas ambientais” no país Reprodução/YouTube Sem provas, o presidente Jair Bolsonaro acusou ONGs de comandarem crimes ambientais no país, em discurso durante conferência da cúpula de biodiversidade da Organização para as Nações Unidas (ONU). Na fala, em vídeo gravado e reproduzido nesta tarde, Bolsonaro também reclamou do que considera uma “imposição de regras internacionais injustas” que desconsideram “conquistas ambientais” no país. Ao mesmo tempo, se comprometeu a intensificar ações para combater ilícitos na Amazônia e a devastação no Pantanal. “Na Amazônia, lançamos a ‘Operação Verde Brasil 2’, que logrou reverter, até agora, a tendência de aumento da área desmatada observada nos anos anteriores. Vamos dar continuidade a essa operação para intensificar ainda mais o combate a esses problemas que favorecem as organizações que, associadas a algumas ONGs, comandam os crimes ambientais no Brasil e no exterior”, disse, sem citar nomes das organizações que supostamente teriam participação nos ilícitos. Bolsonaro garantiu que seu governo está atuando de maneira coordenada para contornar focos de incêndios no Pantanal e afirmou que a pandemia de covid-19 ampliou o desafio. “Temos a obrigação de preservar nossos biomas e, ao mesmo tempo, precisamos enfrentar adversidades sociais complexas, como o desemprego e a pobreza, além de buscar garantir a segurança alimentar do nosso povo. Em 2020, avançamos nessa direção e, mesmo enfrentando uma situação difícil e atípica devido ao coronavírus, reforçamos ações de vigilância sobre nossos biomas e fortalecemos nossos meios para combater a degradação dos ecossistemas, a sabotagem externa e a biopirataria”, acrescentou. O presidente voltou a afirmar que há uma “cobiça internacional” pela Amazônia e que o Brasil não abrirá mão de sua soberania. “Nas últimas décadas, o setor agropecuário brasileiro obteve aumentos expressivos de produtividade e comprovou sua capacidade de ampliar sua produção e alimentar o mundo, ao mesmo tempo em que reduz seu já irrisório impacto sobre o meio ambiente. Rechaço, de forma veemente, a cobiça internacional sobre a nossa Amazônia. E vamos defendê-la de ações e narrativas que agridam os interessem nacionais”, disse. Para Bolsonaro, “informações falsas e irresponsáveis” estão servindo de pretexto para a “imposição de regras internacionais injustas, que desconsiderem as importantes conquistas ambientais que alcançamos em benefício do Brasil e do mundo”. “É preciso que cheguemos a um consenso e que saibamos combinar sustentabilidade com desenvolvimento e preservação ambiental com inovação econômica. Nesse sentido, recordo que a Convenção sobre Diversidade Biológica consagra o direito soberano dos Estados de explorar seus recursos naturais, em conformidade com suas políticas ambientais, e é exatamente isso o que pretendemos fazer com a enorme riqueza que existe no território brasileiro”, pontuou. O presidente garantiu que o país prioriza a “exploração racional e sustentável dos incomensuráveis recursos presentes no território brasileiro”; disse que as discussões da Cúpula da Biodiversidade poderão determinar o futuro desses recursos; e que o governo está ciente “do enorme potencial da bioeconomia”. Bolsonaro finalizou o discurso cobrando compromisso dos líderes internacionais em um esforço comum de combate a ilícitos ambientais. “É preciso que todos os países cumpram com suas responsabilidades, arquem com a parte que lhes cabe e se unam contra males como a biopirataria, a sabotagem ambiental e o bioterrorismo. Estaremos sempre abertos a contribuir para um debate fundamentado no respeito aos três pilares da Convenção de Diversidade Biológica: a conservação, o uso sustentável e a repartição de benefícios. Espero o mesmo compromisso por parte dos senhores”, afirmou. Sem provas, Bolsonaro acusa ONGs de comandarem crimes ambientais no Brasil
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carolinagoma · 4 years
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Pesquisadora de Oxford alerta para risco de normalização de incêndios na Amazônia
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Bióloga Erika Berenguer afirma que mesmo com aumento de registros de queimadas e desmatamento em alta, destruição da Floresta Amazônica não recebe a devida atenção. Fogo e desmatamento na Amazônia causam preocupação em todo o mundo. Reuters via BBC Um grande risco para a Amazônia nos próximos anos é a normalização dos incêndios no bioma, alerta a bióloga brasileira Erika Berenguer, pesquisadora das universidades de Oxford e Lancaster, ambas no Reino Unido. A especialista, que estuda os impactos do fogo na Amazônia, ressalta que neste momento as atenções sobre as queimadas estão voltadas para o Pantanal, que enfrentou a seca mais intensa das últimas décadas e o pior período de incêndios em sua história recente. Apesar de reforçar a importância de se falar sobre a situação do Pantanal e de cobrar ações rápidas das autoridades para a região, Berenguer pontua que não se deve esquecer dos problemas vividos na Amazônia. "É muito perigoso normalizar a situação na Amazônia e não se chocar mais, tratar simplesmente como coisa de rotina", diz a pesquisadora. Bióloga estuda os impactos do fogo na Floresta Amazônica. MARIZILDA CRUPPE/REDE AMAZÔNIA SUSTENTÁVE via BBC Os registros de focos de calor (que costumam representar incêndios) na Amazônia em 2020 superam os do mesmo período nos dois últimos anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De janeiro a esta quinta-feira (24/9), foram registrados 72,2 mil focos de calor, conforme o Inpe. Somente nas duas primeiras semanas de setembro, os números de incêndios na Amazônia cresceram 86,1% em comparação ao ano passado. Enquanto em 2019 foram registrados 11 mil focos de calor, neste ano foram 20,4 mil. Estudos apontam que o fogo que atinge o bioma está diretamente relacionado ao desmatamento. Entre 2000 e 2018, a Amazônia perdeu 269,8 mil km² de florestas — área superior, por exemplo, à extensão do Reino Unido. Segundo esse dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cobertura florestal da área total do bioma caiu de 81,9% para 75,7%, em 18 anos. Pouco mais da metade das alterações da terra foi para converter áreas em pastagem. No governo Jair Bolsonaro, o desmatamento na região atingiu níveis preocupantes, segundo levantamentos. Em julho do ano passado, 2.255 km² do bioma foram desmatados, recorde desde 2015. No mesmo mês, em 2020, foram 1.658 km² da floresta, segundo o sistema Deter, do Inpe. "Antes do governo Bolsonaro, a gente só teve um mês com mais de mil km² desmatados desde 2015, em agosto de 2016. Depois do começo da gestão dele, esse número se tornou comum", diz a pesquisadora. O desmatamento na Amazônia já passou de mil km² em seis meses, desde o início do governo Bolsonaro. Os dados são do sistema Deter, que há cinco anos analisa o desmatamento na floresta tropical mensalmente. "Os levantamentos apontam que há uma grande proporção da área desmatada no ano passado que foi queimada somente neste ano. Esse é um dos possíveis motivos para justificar o aumento do fogo em 2020, em comparação ao ano passado", diz Berenguer. 'O desmatamento está virando normal' Em 2019, houve um grande movimento em defesa da Amazônia. "A sociedade civil organizada fez uma mobilização, principalmente após o mês de julho, quando foram desmatados mais de 2 mil km² a floresta", comenta a especialista. Porém, Berenguer afirma que neste ano não notou a mesma reação diante dos incêndios e do desmatamento intenso no bioma. "O problema é que parece que muitos passaram a aceitar e normalizar as queimadas e o desmatamento na Amazônia. Tenho a impressão de que as pessoas sabem que as coisas não estão muito bem (no bioma), mas não entendem a real dimensão do quanto as coisas estão ruins", declara. "A gente está vendo picos de desmatamento que eram raríssimos alcançar. Parece que isso está virando normal", diz a especialista. Berenguer avalia que há pouca repercussão sobre o fato nas redes sociais e as autoridades optaram por focar no Pantanal. "É como se tivessem se acostumado com a barbárie. Essa normalização diminui a pressão em órgãos que deveriam estar fiscalizando. Uma sociedade anestesiada diante desse cenário acaba não fazendo pressão para que essa tendência do desmatamento e queimadas mude", declara. "É inaceitável termos mais de mil focos de calor por dia e mais de mil quilômetros quadrados desmatados com frequência. É inaceitável", declara. Área de desmatamento na Amazônia JN A cientista ressalta que, além do aumento de queimadas no Pantanal, a pandemia do coronavírus pode ter colaborado para diminuir a reação ao problema na Amazônia. "Mas percebo que o fato talvez não tenha ganhado muita atenção neste ano porque não teve um dia negro em plena tarde de São Paulo", diz, em referência a 19 de agosto do ano passado, quando partículas de incêndios, associadas a uma massa de ar frio, fizeram "o dia virar noite" na capital paulista. Desmonte de órgãos de fiscalização Um motivo para o aumento de incêndios e desmatamento, aponta Berenguer, é o desmonte feito pelo governo Bolsonaro a órgãos de fiscalização ambiental. A especialista salienta que o fato transmite a sensação de impunidade. Mesmo com o atual cenário de queimadas, o governo cortou recursos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, o Ibama teve corte de 4% para o próximo ano. O instituto terá recursos de R$ 1,65 bilhão — destes, R$ 513 milhões dependem de aprovação do Congresso. Ainda segundo a mesma reportagem, o corte de verba no ICMBio foi correspondente a 12,8%. A entidade terá, no próximo ano, R$ 609,1 milhões — destes, R$ 260,2 milhões estão sujeitos a aprovação do Congresso. Além do desmonte, Berenguer aponta que críticas do governo Bolsonaro ao Inpe tentam desacreditar os dados do Inpe. "Preferem culpar o mensageiro, em vez de se preocupar com a mensagem", diz a pesquisadora. O discurso de Bolsonaro Um dos principais fatores para que os incêndios na Amazônia sejam normalizados, segundo a cientista, é a postura de Bolsonaro em relação ao meio ambiente. Um exemplo, aponta a pesquisadora, foi o discurso do presidente na Assembleia Nacional da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (22). Em vídeo apresentado na cerimônia, Bolsonaro disse que o Brasil é vítima de "uma das mais brutais campanhas de desinformação", ao se referir às notícias que citam o descaso dele com o meio ambiente. Segundo o presidente, a Floresta Amazônica é uma área úmida, que não permite a propagação do fogo. "Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas", disse Bolsonaro. As afirmações de Bolsonaro durante seu discurso na ONU têm pouco ou nenhum respaldo. Sobre as áreas atingidas pelos incêndios na Amazônia, especialistas nacionais e internacionais têm afirmado que as queimadas frequentes no bioma contribuem para o fenômeno da degradação, que avança em toda a região e deixa a floresta mais seca e vulnerável aos incêndios. Estudos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) revelam que a alta nos incêndios está diretamente relacionada ao desmatamento. "Não existe fogo natural na Amazônia, porque ela não evoluiu com o fogo", declara Bereguer. "Os estudos já apontaram que os incêndios em terras indígenas ou causados por caboclos foram minoria. Isso desmente os argumentos do presidente", diz a bióloga. Em entrevista à BBC News Brasil, na terça-feira (23/9), o pesquisador Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo e presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, ressaltou que monitoramentos do Inpe e da agência especial americana, a Nasa, mostram que mais de 80% das queimadas na Amazônia são causadas por grandes propriedades. "É o famoso e tradicional processo de expansão da área de agropecuária", declarou Nobre. Em meados de julho deste ano, o governo federal publicou um decreto em que proibiu queimadas em todo o território nacional por 120 dias. A medida, porém, é considerada ineficaz por especialistas, pois não há intensa fiscalização. O governo federal afirma que tem tentado combater o fogo na floresta por meio do emprego de militares em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), realizadas pelas Forças Armadas na região amazônica — a medida teve início no ano passado, após intensa pressão sobre as queimadas no bioma. Berenguer destaca que as ações adotadas no combate aos incêndios na Amazônia são insuficientes. "Mesmo com o incômodo e toda a pressão internacional que o governo federal sofre com o desmatamento e as queimadas, a gente não vê medidas efetivas que mudem a situação. Os números comprovam que as coisas não melhoraram em comparação ao ano passado", declara. Para a bióloga, o discurso do presidente reforça a normalização dos problemas enfrentados pela Amazônia e pelos outros biomas brasileiros. As consequências das queimadas e do desmatamento A pesquisadora de Oxford comenta que há diversos problemas que podem ser causados pelas queimadas e pelo desmatamento na Amazônia. Ela explica que uma área atingida por um incêndio nunca mais volta a ser como antes. "Na Amazônia, logo após o fogo há uma perda de 50% das árvores, que morrem porque possuem cascas finas." "Mas os impactos não são apenas imediatos. Há um estudo, ainda em fase de revisão, que aponta que há um excesso de mortes em árvores, por causa do fogo, nos primeiros três anos após o incêndio", detalha a bióloga. Depois de ser afetada pelo fogo, a floresta é tomada por clareiras, que facilitam a entrada de sol e vento e deixa a área mais seca. "Várias árvores não conseguem rebrotar nesses ambientes extremos, muito quentes. Por isso, começam a nascer árvores pioneiras, que crescem rápido em qualquer lugar", explica a bióloga. Entre as consequências da alteração das árvores no local estão, por exemplo, menos armazenamento de carbono — porque as árvores pioneiras costumam ser mais finas e guardar menos carbono em seus troncos — e prejuízo à fauna local, pois costuma haver menos frutos disponíveis na região. Berenguer comenta que, com a normalização dos incêndios e do desmatamento, pode haver um ponto em que a floresta perca a capacidade de se regenerar. "Quando você queima uma área mais de uma vez, ela fica totalmente descaracterizada. A cada vez em que é queimada, ela fica mais diferente do que já foi um dia, até o momento em que pode não conseguir mais se recuperar", diz a especialista. A população sente as consequências dos incêndios de diferentes formas. Uma delas é por meio do aumento de internações por problemas respiratórios — situação que se torna comum em períodos de queimadas nos Estados da Amazônia Legal. "Além disso, a Amazônia tem um papel fundamental de combater as mudanças climáticas, porque é um grande reservatório de carbono. Mas quando há o desmatamento, esse carbono é queimado, aumentando a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera e colaborando para acelerar as mudanças climáticas", detalha Berenguer. A pesquisadora frisa que os incêndios afetam também a capacidade da floresta levar chuva a outras regiões do país. "Um dos papéis mais importantes da Amazônia, para o Brasil, é a geração de chuva. Ela bombeia água do solo, por meio de suas árvores, para a atmosfera, gerando os famosos "rios voadores", que levam chuvas a regiões como Centro-Oeste e Sudeste. Essas precipitações são fundamentais, por exemplo, para a sobrevivência do agronegócio e para as nossas hidrelétricas", diz a estudiosa. "Além disso, a Amazônia é a floresta mais biodiversa do mundo. Há uma série de compostos que podem ser descobertos ali (para diferentes finalidades), mas que podem nunca ser encontrados, caso a floresta seja derrubada", declara. Ao avaliar o atual cenário das queimadas no Brasil, Berenguer pontua que um risco para o próximo ano é que os incêndios no Pantanal, mesmo que permaneçam com altos índices como nos últimos meses, sejam normalizados, da mesma forma que ela tem notado em relação à Amazônia atualmente. "Não podemos passar a aceitar isso em nenhum lugar. Precisamos estar atentos. É uma situação que precisa ser combatida", declara a pesquisadora. Initial plugin text Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo
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salveopantanal · 4 years
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Petições
O Pantanal importa! Precisamos acabar com as queimadas!
Link: https://www.change.org/p/o-pantanal-importa-precisamos-acabar-com-as-queimadas?recruiter=994734030&recruited_by_id=5a3dd660-c39b-11e9-b27a-9323da11fd74&utm_source=share_petition&utm_medium=copylink&utm_campaign=psf_combo_share_abi&utm_term=psf_combo_share_abi 
O Pantanal está em chamas! Desde o início deste ano, um dos mais importantes biomas do mundo, santuário da biodiversidade, está queimando. Fauna e flora estão sendo devastados! Já são mais de 1 milhão de hectares de mata destruídos pelo fogo nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Não podemos fechar os olhos para esta que é a maior tragédia ambiental em décadas no Pantanal. Um desastre sem precedentes, nunca tiveram queimadas como essas que estão acontecendo. Foram mais de 7 mil focos de incêndio até agora, um aumento de 211% em relação ao mesmo período de 2019.
A região enfrenta uma das maiores secas da História, o rio Paraguai está com o menor nível em 50 anos! E nos próximos meses a situação deve ficar ainda pior, pois agosto e setembro são meses mais secos.
A junção da seca com outros fatores, como o aumento do desmatamento, os incêndios causados pela ação humana e a diminuição da fiscalização geraram essa calamidade que presenciamos. Mais de 90% dos incêndios são provocados pelo homem, apenas 3,5% de toda a região tem unidades de conservação para garantir proteção e, somente neste ano, 11 mil hectares foram desmatados para dar lugar ao crescimento do agronegócio na região. Além disso, a degradação da Amazônia também interfere no que está acontecendo no Pantanal. Pois com o aumento do desmatamento lá, o fenômeno dos “rios voadores” tem sido afetado, diminuindo as chuvas e aumentando as secas na região central e sudeste do País.
Os danos dessa situação catastrófica são inumeráveis. Muitos animais, como jacarés, macacos, cobras, antas e tatus, estão morrendo carbonizados por causa dos incêndios. Os especialistas já contam com redução de espécies.
Precisamos que as autoridades olhem para os incêndios que DEVASTAM O PANTANAL há 7 MESES, se importem mais e tomem as devidas providências com urgência e assertividade para que os incêndios cessem!!!
O mundo vive hoje um cenário ambiental sem precedentes. O Brasil não se exclui disso, com sua política bárbara de proteção à maior planície alagada do mundo e à própria Amazônia. A queimada anual é cíclica, mas, cada vez mais, se eleva, até consumir toda a parte que restou!
Ajude, assinando este abaixo-assinado para que possamos ter visibilidade nacional e da própria cúpula executiva. Onde estão eles? ASSINE JÁ!
Pantanal está queimando
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O Pantanal é um dos biomas mais importantes de todo o mundo e ele está pegando fogo desde o início do ano.
Mais de 10% de todo o Pantanal brasileiro, cerca de 17.500 km quadrados (área equivalente a mais de 10x a cidade de São Paulo), já foi completamente consumido pelas chamas (SOSPantanal).
A cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, registrou, desde o mês de janeiro de 2020, 3.967 focos de incêndio (BBCNews).
Mais de 90% das queimadas que ocorrem no Pantanal são provocadas pela ação humana e somente 3,5% de toda a região é protegida por unidades de conservação (DeutscheWelle).
A vegetação, os animais e o solo estão morrendo.
Há bombeiros e organizações lutando contra o fogo e para resgatar os animais, mas vá atrás de notícias e perceba que pouco se fala a respeito.
Pela exoneração imediata do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
Link: https://www.change.org/p/pela-exonera%C3%A7%C3%A3o-imediata-do-ministro-do-meio-ambiente-ricardo-salles?recruiter=994734030&recruited_by_id=5a3dd660-c39b-11e9-b27a-9323da11fd74&utm_source=share_petition&utm_medium=copylink&utm_campaign=psf_combo_share_abi
O Ministro Ricardo Salles tem demonstrado a sua falta de compromisso com o Meio Ambiente, favorecendo os interesses de empresas e do agronegócio, ao invés de priorizar a preservação da Amazônia e dos diversos biomas brasileiros.
Nos vídeos da polêmica reunião ministerial de 22 de abril, ficou ainda mais claro que o meio ambiente não faz parte das preocupações de Salles, que trabalha em uma agenda antiambiental. O ministro defendeu que se aproveite a pandemia para “ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”, avançando, assim, na desregulamentação ambiental. As ações de Ricardo Salles só reforçam o que todos já sabíamos: ele quer o desmonte da legislação e fiscalização ambiental e patrimonial para uma facilitação da exploração da área.
O dever de Ricardo Salles como ministro é o de proteger e zelar pelo meio ambiente, dever este que está sendo violado, já que ele está promovendo a desregulamentação do Direito Ambiental pátrio, oportunamente no período da pandemia do coronavírus.
O Ministério Público Federal recomenda que Salles seja investigado por crimes de responsabilidade e de improbidade.
O atual ministro do Meio Ambiente já foi condenado pela Justiça de São Paulo a ter seus direitos políticos suspensos por improbidade administrativa, quando ocupava o cargo de Secretário Estadual de Meio Ambiente de São Paulo. Ricardo Salles foi acusado pelo Ministério Público de fraudar processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê.
Portanto, seria razoável que Ricardo Salles não tivesse sequer assumido o Ministério do Meio Ambiente. Diante desses fatos e do desastroso cenário que enfrentamos com a atuação do Ministro do Meio Ambiente, pedimos que Ricardo Salles seja exonerado do cargo imediatamente!
O Pantanal está queimando!
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O Pantanal é um bioma importante para a diversidade biológica no nosso país, centenas de animais e plantas estão sendo carbonizados com a queimada ilegal. Precisamos cobrar mais ação do governo federal, pois eles insistem que está tudo sob-controle em relação às queimadas.
As queimadas são algo natural no Pantanal, porém as ilegais, ou seja, as que são ocasionadas pelo ser Humano estão destruindo o bioma, este ano já foram registradas mais de 330% de focos de incêndio que no ano passado.
PRECISAMOS AGIR!
Queimadas no Pantanal
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O Pantanal de Mato Grosso do Sul sofre com um ano de queimadas. Apenas do início de 2020 até este domingo (19), foram registrados 3.179 focos de incêndio no bioma do estado, o maior número já mapeado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no período desde 1998, ano em que o monitoramento começou a ser realizado.
O número registrado apenas nestes sete meses já é maior do que o monitorado em todo o ano de 2018
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apoloniotemporada · 5 years
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Aumento de 10% nos ecossistemas de mangue
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O Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) realizou um estudo para monitoramento das áreas de manguezal no Espírito Santo e constatou um aumento de 10% nos ecossistemas. De 2007 a 2015 foram realizados monitoramento em 20 bacias hidrográficas e a iniciativa mapeou os manguezais considerando essas bacias. “O estudo indica que iniciativas de preservação são importantes, sobretudo nas unidades de conservação. Ao preservar o manguezal, conseguimos o aumento da restinga e da Mata Atlântica, pois tudo é um conjunto. Na verdade, o manguezal e a restinga são ecossistemas do bioma Mata Atlântica. Isso significa que estamos contribuindo para a Mata Atlântica, com aumento da cobertura florestal do Estado”, avalia Pablo Merlo Prata, da Coordenação de Gerenciamento Costeiro e Territorial (Cogest-Iema). Com imagens dos manguezais entre 2007 e 2015, foi possível constatar o período de uma grande seca no Estado, que ocorreu entre 2012 e 2015. “Quando há seca, os manguezais se expandem. Se temos baixas vazões do rio, todos os propágulos, que são as sementes do mangue que o rio pode lançar para fora do estuário, vão para o mar e, posteriormente, seguem para onde tentarão colonizar. Pelo fato do rio estar com a vazão reduzida, os propágulos tendem a ficar dentro do estuário. É a partir daí que há a expansão do mangue nessa região”, explica o coordenador do Cogest-Iema. Prata informou, ainda, que o rio Mariricu, em São Mateus, quase dobrou a quantidade de mangue por estar numa região muito plana e ter vários canais de drenagem. Expansão “No período da seca, o mar entrou nessa região e o manguezal expandiu com força. Houve maior expansão na região norte capixaba, mas em alguns lugares foi registrada a perda de manguezal, como no caso do Rio Itabapoana, no extremo sul do Estado, que perdeu 40% de mangue por causas que ainda desconhecemos. Mas, nesse caso, estamos fazendo uma conferência em campo”, acrescentou Prata. Aterro, ocupação desordenada e poluição são algumas das causas que contribuíram para a redução do manguezal. Já no caso dos manguezais que tiveram um crescimento significativo, acima de 1%, a maioria está dentro de Unidades de Conservação e isso mostra a importância dessas áreas no contexto da preservação. “O Parque Estadual de Itaúnas, por exemplo, não é todo constituído por manguezal, mas a parte que existe o sistema de manguezal houve incremento. Isso é verificado em 80% dos casos onde existe proteção integral. Nas áreas com uso sustentável, como no caso das Áreas de Proteção Ambiental (APA), a gente verificou que houve problemas devido à ocupação irregular”, identificou o responsável pela Coordenação de Gerenciamento Costeiro e Territorial do Iema. Mangues estáveis As áreas que ficaram estáveis com relação ao tamanho do manguezal são áreas em que o mangue, geologicamente, é antigo e contou com alterações humanas. É o caso do manguezal do Piraquê-Açu, em Aracruz, do Rio São Mateus e do Rio Itapemirim, que não tiveram alterações significativas, pois estão bem estabilizados. “O manguezal de Barra Nova, que faz parte do Rio Mariricu, em São Mateus, apresentou quase o dobro da quantidade de manguezal, muito em virtude de ser um local que tem muita drenagem e pouca vazão. Dessa forma, o mar entrou nos canais de drenagem onde havia muita superfície para o mangue colonizar. Assim, muitas plântulas começaram a ocupar as margens desses canais”, complementou o coordenador. Outras questões relacionadas aos mangues, como poluição hídrica, aterros, lixo, resíduos sólidos e assuntos sobre degradação do meio ambiente, estão sendo avaliadas no trabalho desenvolvido pelo Iema. Fonte: Governo ES Read the full article
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petfilho · 3 years
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Pagar por serviço ambiental para conservar a Amazônia será eficaz se invasões de terra acabarem, dizem especialistas
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Lei sancionada que cria a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais depende de regulamentação. Pagamento consiste em transação voluntária, quando alguém paga para se colocar em prática atividades que ajudem a recuperar, melhorar e manter o ecossistema em funcionamento. Floresta amazônica vista do alto da torre, em São Sebastião do Uarumã, na Amazônia Bruno Kelly/Reuters Financiar a preservação da Amazônia através do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é visto por especialistas como uma importante ferramenta para que produtores e fazendeiros usufruam de uma economia verde mantendo a floresta em pé. Porém, o chamado PSA faz parte de uma equação maior de projetos de conservação, sendo que de nada adiantará se as invasões de terra e as atividades grileiras no bioma continuarem. “Um público prioritário deve ser os povos indígenas e os nativos da floresta, quilombolas e extrativistas, pois sabem como usar muito bem a floresta. Vivem da floresta, já conhecem, têm capacidade de colher produtos novos, e, portanto, já fazem serviços ambientais e sabem como fazer. Mas nada disso vai adiantar se continuar havendo invasão dentro dessas terras indígenas. São atividades incompatíveis. Para parar a invasão da terra não é PSA, mas sim aplicação da lei. Precisamos dosar mecanismos de punição com de indução, de premiação à atividade correta”, explicou Raul Valle, diretor de Justiça Socioambiental da WWF Brasil. Inserido no Código Florestal Brasileiro em 2012, o pagamento por serviços ambientais ganhou força este ano ao ser sancionada a lei federal nº14.119/2021, que designa a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA) e trata da implementação de uma política de incentivo à preservação. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou alguns artigos do então projeto de lei, mas foram derrubados no Congresso Nacional. A lei ainda depende de regulamentação. Esse tipo de pagamento, conforme a norma, consiste em uma transação voluntária, pois a pessoa paga para alguém colocar em prática atividades coletivas ou individuais com objetivo de recuperar, melhorar e manter o ecossistema em contínuo funcionamento. Para André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o PSA ajuda a criar incentivos para impulsionar a produção agropecuária sem perdas econômicas, estimulando, em paralelo, a conservação do meio ambiente. PSA ajuda a criar incentivos para impulsionar a produção agropecuária sem perdas econômicas, diz diretor executivo do IPAM. Reuters/Amanda Perobelli ‘”Assim, você harmoniza melhor as atividades humanas com a natureza para permitir que se continue, no futuro, promovendo aquela atividade na mesma região com o mesmo regime de chuva, qualidade de solo e produtividade”, disse. “(O PSA) é um arcabouço jurídico que cria incentivos para que os usuários da terra continuem utilizando de forma racional as áreas já abertas, mas que também invistam e se dediquem a conservar os ativos ambientais que ainda existem”, reforçou André Guimarães. O diretor executivo do IPAM avalia a derrubada dos vetos pelo Congresso Nacional como positiva, um marco legal. Esse novo passo, segundo ele, permite que os debates sobre PSA ganhem maiores escalas e pulso jurídico, o que auxiliará, por exemplo, na expansão do serviço entre empresas de estados diferentes ou de um grupo do exterior com um brasileiro. “A oferta existe, mas há pouca demanda por causa da falta desse arcabouço jurídico. Não é que não existam pessoas, países que queiram investir nos serviços ambientais, mas não temos estrutura jurídica que torne essas transações mais transparentes e formalizadas. Vejo esse processo legislativo com muita esperança, de que não será só uma lei, mas sim grande alavanca para que os negócios dos serviços ambientais tomem proporção e que saiam da escala de projeto ou ações pontuais para uma escala nacional”, complementou André. “A lei vai aproximar quem esteja precisando de uma brigada de incêndios para proteger mais a sua área com alguém que está buscando projetos para investir em ações dessa natureza. A economia verde passa por essa valorização de serviços e ativos e em formas extrativistas que protegem a floresta”, declarou o advogado Rômulo Sampaio, da Fundação Getúlio Vargas. Conforme Rômulo, o pagamento por serviços ambientais pode ser visto como um instrumento adicional para corrigir uma falha de mercado. Ou seja, quando se produz algo que causa impacto em um terceiro que não faz parte dessa relação de produção. “O típico caso de danos ambientais. Quando uma indústria se desenvolve, precisa utilizar o meio ambiente para processar os seus resíduos. Então, joga fumaça no ar, joga reagentes tratados no rio e isso precisa ser controlado, senão causa essa falha de mercado”, disse. Iniciativas de mercado Um dos exemplos de PSA é o mercado de crédito de carbono. Com a premissa de diminuir os impactos ambientais e mitigar as mudanças climáticas por meio da compensação dos gases de efeito estufa, esse tipo de mercado pode ser mais uma soma a favor da conservação dos ecossistemas, pois conta com repasse econômico para que se haja uma atitude positiva ao meio ambiente, como sequestrar carbono ou deixar de desmatar. Porém, na prática, ainda não é regulamentado no Brasil e segue uma linha voluntária no país. Os debates sobre uma possível regulamentação estão previstos para ocorrer na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26) em novembro deste ano, na Escócia, quando representantes das nações se reunirão para tentar chegar a um consenso sobre o artigo sexto do Acordo de Paris. Fumaça das queimadas na Amazônia. João Laet/AFP O mercado de crédito de carbono funciona assim: uma organização que emite os gases paga outra que gera créditos para neutralizá-los. Assim, o carbono emitido é compensado. A cada uma tonelada métrica de CO2 não emitida é gerado um crédito. As regras desse mercado, entretanto, dependem da gestão de cada país. “O Brasil tem todas as possibilidades de ser um dos principais beneficiários de um mercado de carbono internacional. Se bem estruturado, pode sim ser uma ferramenta importante e positiva para se reduzir desmatamento e induzir a restauração florestal”, explicou Raul Valle, da WWF Brasil. Outra frente de iniciativa ao mercado de pagamento de serviços ambientais é o desenvolvimento de projetos para reduzir as emissões oriundas da degradação ambiental em áreas de preservação. O instrumento que reúne tais projetos é chamado de Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD +). A ideia é o pagamento por resultado. Países em desenvolvimento detentores de florestas tropicais fazem a redução das emissões e, em troca, recebem compensação financeira internacional. Além do recuo das emissões, o REDD+ trabalha com a condição de aumentar as reservas florestais de carbono, além de promover a gestão sustentável das florestas e mantê-las de pé. “O Brasil é um país dependente de serviços ambientais para o sucesso econômico. Praticamente todos os nossos grandes ciclos econômicos, desde o pau-brasil, no século XVI, passando pelo cacau, borracha, café e agora no ciclo recente do agronegócio, são todos ciclos econômicos que dependem dos serviços ambientais. Dependem da chuva, da qualidade do manejo do solo, de se fazer uma boa gestão dos recursos naturais”, reforçou André Guimarães, diretor executivo do IPAM. Papel do governo federal Com intuito de consolidar o pagamento por serviços ambientais no Brasil e fomentar o conceito de uma nova economia verde, o programa “Floresta+”, do governo federal, foi instituído em julho do ano passado. A ideia é que o projeto consiga abranger todos os biomas brasileiros, com primeiro passo dado nos estados que compõem a Amazônia Legal. O foco é em áreas de vegetação nativa e engloba terras indígenas, unidades de conservação, assentamentos e propriedades privadas. Recentemente, por exemplo, um novo eixo do programa entrou em vigor. Batizado de “Floresta+ Empreendedor”, o objetivo é conectar pagadores e prestadores desses serviços. Para colocar em prática trabalhos como orientação técnica aos interessados em aderir ao mercado de pagamento por serviços ambientais, o governo federal firmou cooperação com o Sebrae. O secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Joaquim Leite, explicou que o maior desafio é fazer com que o programa seja relevante aos que protegem a floresta, especialmente produtores rurais. “O desafio é fazer com que a gente crie e consolide o mercado de serviços ambientais em um país onde 67% do território é preservado com a floresta nativa. O desafio do programa é que atualmente há uma grande possibilidade de que esse mercado seja relevante para todo mundo que protege floresta, tanto aos que protegem floresta em áreas rurais, especialmente áreas rurais, produtores rurais com um volume de área de aproximadamente 218 milhões de hectares de remanescente de vegetação nativa nas propriedades e esses produtores rurais prestam essas atividades e deveriam ser reconhecidos e remunerados”, explicou o secretário. No contexto do programa, as atividades de serviços ambientais incluem reflorestamento com árvores nativas, conservação de solo, água e biodiversidade, combate e prevenção de incêndios, entre outros. Parcerias com órgãos e entidades, sejam eles públicos ou privados, nacionais ou estrangeiros, poderão ser firmados para desenvolver essas iniciativas. “O programa Floresta+ inspirou a lei brasileira de pagamentos por serviços ambientais e é um dos caminhos para que a gente possa receber recursos de países estrangeiros mesmo antes de que o artigo sexto do Acordo de Paris esteja regulamentado. Já é uma forma do Brasil receber recursos e essa forma pode ajudar muito não só na preservação da floresta amazônica, mas de todos os nossos biomas”, reforçou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O advogado Rômulo Sampaio cita que o governo federal está disposto a aceitar outros mecanismos para conseguir atingir objetivos que ajudem a preservar o meio ambiente. “Esses instrumentos já vinham sendo usados por países desenvolvidos e o Brasil anda agora mais nessa direção. O Floresta+ é um programa muito curto em que o governo diz que estamos dispostos a ir para esse caminho de valorar serviços ambientais proporcionados por essa floresta com um novo conceito de economia verde, partindo de um pressuposto de que se precisa levar dinheiro à floresta, porque tem pessoas que vivem lá”. Veja vídeos mais assistidos de natureza e meio ambiente
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