Tumgik
#Conversa com o presidente
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Lula: "Eu Tenho Pressa. Não Há Tempo a Perder. É Isso o Que Eu Falo Para os Ministros"
Olá pessoal, A partir desta terça-feira, teremos a oportunidade de encontrar o presidente Lula para um bate-papo descontraído. Ele recebeu muitas informações e documentos para revisar, já que há inúmeras coisas acontecendo com os 37 Ministérios, tanto em nível nacional quanto internacional. São muitos assuntos para abordar, mas, é claro, não podemos falar sobre tudo em um único programa.…
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kyuala · 5 months
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♡ só de raiva ♡
par: santi vaca narvaja x leitora | palavras: 4.1k | notas da autora: já tava pensando bastante num santi presidente da atlética e da dualidade humana e queria agradecer à universidade pública pela festa insalubre que me proporcionou esse cenário, à @imninahchan pelo incentivo para escrever ele e à @creads pela contribuição com sua mente de titânio. espero que gostem! <3 | avisos: linguagem adulta, consumo de drogas lícitas e ilícitas, sexo explícito (asfixia, masturbação fem., conversa suja, penetração vaginal, puxão de cabelo, tapas, degradação; não interaja se for menor de idade) e sem proteção (não façam!), santi é meio que um cuzão (desculpa, santi), uma pequena dose de rivalidade masculina 💖
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sabe, no momento em que bate os olhos nele, que não vai ter um pingo de paz sequer essa noite.
de longe reconhece os cachinhos dourados brilhando sob a luz da festa, tão perfeitinhos sem esforço algum que parecem zombar de você, contribuindo para a imagem angelical do rapaz que não suporta. perde a noção do tempo - não sabe se pelos goles que já deu nas bebidas duvidosas dos amigos, pela raiva que sente ou qualquer outra coisa - reparando em como ele ri despreocupadamente na rodinha de amigos pouca coisa afastada da tua, dos quais você quer alertar a todos que aquele ali não é flor que se cheire. percebe que o encara demais assim que os olhos azuis se viram de volta para você, fazendo teu sangue gelar quando o vê te cumprimentar com um sorriso que mantém o baseado pendurado nos lábios fechados, os olhinhos brilhando em duas meias-luas e uma das mãos acenando para você, a outra ocupada segurando o kit fumo escuro. devolve teu melhor sorriso forçado para o teu maior desgosto em forma de gente, não tendo nem tempo de se sentir mal pela suposta falsidade quando vê que o sorriso do próprio rapaz já não era genuíno, imediatamente se esvaindo do rosto dele e dando lugar ao olhar viperino que te lança agora, antes de ser puxado de volta para a conversa e retornar aos amigos com a mesma simpatia de sempre. ninguém percebe, como sempre; só você.
"não acredito," você começa, murmurando entre dentes apenas alto o suficiente para as três amigas da roda ouvirem. "olha quem 'tá ali."
"o santi!" exclama a amiga oposta a você, se virando para cumprimentá-lo de longe também e as outras seguem a deixa. o sorriso que ela dá te revira o estômago quando completa: "um querido."
"ai, ele é mesmo..." concorda a amiga à tua esquerda, intercalando os goles no drink com um trago no cigarro mentolado, "até demais."
todas as três meninas riem, concordando, enquanto você assiste a cena como se fosse um esquete de humor absurdo no tiktok.
"tipo assim, eu gosto dele," a última amiga, à tua direita, começa, já se defendendo pelas próximas palavras, "mas às vezes é tão bonzinho que perde até a graça."
"isso!" ouve a exclamação à tua frente. "às vezes é bom ser um pouquinho mais bruto, sabe?" apesar de concordar mentalmente, você está atônita demais para reagir ao que ouve. "e quando fiquei com ele o beijo foi gostoso, mas era respeitoso demais pra dar aquela pegada que a gente gosta."
já sabia que as amigas - todas, como se não bastasse uma só - já tinham ficado com santiago em uma festa ou outra, um rolê aqui e ali, assim como metade da galera do curso de vocês. é prática comum o "pega e não se apega" nos círculos sociais que frequentam e você sabe que as meninas até trocam figurinhas em relação às experiências que tiveram, mas sempre faz questão de não querer saber nada sobre santiago - tudo o que já sabe sobre ele é suficiente.
sabe que santi vem de família rica, por isso tem todo o tempo do mundo para se dedicar às atividades extracurriculares da faculdade sem se preocupar em ter um emprego para se manter - seus pais cuidam de tudo para que possa exercer a função de presidente da atlética do curso, que geralmente inclui uma enxurrada de jogos e eventos atléticos e, de alguma forma, ainda mais festas e rolês nos quais já é figurinha carimbada, sempre parando para falar com todos os presentes tal qual um vereador, coletando amizades e arrasando corações por onde passa. e é isso que o salva, pois se dedica tanto a tudo relacionado à faculdade que acaba deixando de lado o mais importante: a faculdade.
também sabe que santi tem um hábito enfurecedor de faltar às aulas para comparecer a eventos da entidade estudantil e passa tanto tempo organizando e curtindo rolês nos finais de semana que acaba não finalizando os trabalhos a tempo da entrega, dependendo dos colegas de classe - apaixonados pela personalidade de bom moço - para salvá-lo, realizando os exercícios por ele ou adicionando seu nome a trabalhos em grupo dos quais sequer participou. também é comum não deixar um tempo para estudar para as provas, sempre precisando de uma "ajudinha" dos professores na forma de trabalhos de recuperação - que sempre são garantidos a ele graças ao charme e aos olhinhos claros, irresistíveis até para os funcionários da instituição.
"nossa, comigo foi exatamente assim também!" a amiga ao teu lado volta a concordar, sinalizando positivamente com a cabeça e arregalando os olhos, a boca ocultada pela mão livre. "quando a gente transou ele foi super romântico, parecia até que a gente tava completando um ano de namoro... tipo assim, foi uma delícia e tal, mas mete fofo total" dessa vez as quatro riem; você entra na brincadeira, apesar de ter certeza que a expressão no rosto ainda é de incredulidade e desgosto.
"a tua cara já diz tudo, amiga," ouve a primeira amiga soprar num riso, fazendo as outras duas te encararem. "a gente já entendeu que você tem péssimo gosto e detesta o gostoso do santi."
"detesto mesmo," você concorda, trazendo o copo à boca para mais um gole. "odeio."
"ih, quando a gente odeia muito assim...", começa a amiga à esquerda, levando o cigarro de volta à boca. "cuidado que pode ser tesão."
as outras duas dão risada e concordam, enquanto você bufa: "deus que me livre e guarde, tá doida? mas nem morta eu faria aquele folgado."
"não era o que você dizia antes da picuinha de vocês," a terceira amiga rebate.
só tudo que sabe de santi já seria motivo suficiente para não ir com a cara dele, mas pior do que tudo isso para você, pessoalmente, foi quando foram selecionados como dupla para um projeto de uma das matérias que tinham em comum no semestre anterior. tudo começou do mesmo jeito que sempre começa com santiago, você veio a perceber: a simpatia e o sorriso fácil do rapaz te conquistaram primeiro, nutrindo tua quedinha por ele enquanto faziam planos e mais planos para o projeto; se aproximaram intensamente em pouco tempo e até chegaram a dividir alguns beijos aqui e ali quando deveriam estar trabalhando; tudo isso para, por fim, santiago ir deixando o projeto - e, consequentemente, você - de lado ao longo das próximas semanas, dando mais prioridade aos eventos e responsabilidades da gestão da atlética do que à parte acadêmica.
cada semana sem a presença dele na aula ou sem as partes que jurava que iria entregar aumentavam mais e mais tua raiva, até que a gota d'água foi quando ele perguntou se teria como você "quebrar o galho" dele e finalizar o projeto para os dois, pois estava ocupado demais com as coisas da entidade para dar a devida atenção a ele, te oferecendo logo em seguida uma entrada grátis para uma festa open bar que iriam realizar na sexta seguinte como forma de barganha. veja bem, já não bastasse as prioridades claramente desorganizadas do rapaz que nunca tinha trabalhado um dia na vida, ele sabia que você tinha um emprego que precisava para poder se sustentar e se manter na faculdade - emprego esse que te faria trabalhar no sábado seguinte à noite da festa, efetivamente te impedindo até de curtir isso. era muito desaforo. tua paciência havia se esgotado e você explodiu com santiago, jogando na cara dele todas as verdades que estavam entaladas na garganta havia semanas.
no final das contas, você foi até a professora responsável pela matéria e explicou toda a situação, pedindo a ela que te permitisse finalizar e apresentar o projeto sozinha, não mais em dupla com uma pessoa que você mal podia suportar olhar na cara. mesmo que um pouco contrariada, pois havia sido amiga do pai de santiago na época de faculdade dos dois, a professora te concedeu a permissão e você excluiu santiago do projeto - teve todo o trabalho de terminar sozinha que já teria de qualquer forma, mas valeu a pena pelo sabor de não dividir a nota máxima que alcançou com ninguém, muito menos com um peso morto que achou que poderia se aproveitar de você.
porém, porque nem tudo é rosas, por mais injusto que fosse, a professora concedeu também uma extensão no prazo de entrega para o rapaz, que acabou apresentando seu próprio projeto de última hora e novamente conseguiu se safar - apesar disso, ficou com tanta raiva que te bloqueou em tudo e vocês dois, sempre se encontrando por ironia do destino e pelas amizades em comum, nunca mais tiveram uma interação que não fosse completamente baseada na troca de farpas pela mais pura implicância, sempre afastados dos olhares alheios, claro; santi jamais colocaria em risco sua imagem de bom moço assim. as amigas em comum já haviam até tentado te fazer entender a situação pelo lado dele, que talvez ele não tivesse feito por mal e estivesse realmente ocupado cuidando da experiência universitária de outros estudantes, mas não tinha jeito - o ranço já havia sido instaurado e estava lá para ficar.
se lembra de tudo isso num piscar de olhos, como se tivesse sido ontem, antes de responder.
"ih, esquece essa porra, vai. já faz tempo isso," você tenta desconversar, já de saco cheio de, além de ter avistado o mau elemento, ter que passar uma parte da tua noite falando sobre ele. e, para piorar a tua situação, o vê caminhando em direção ao grupo com um sorriso no rosto, olhando especificamente para você. revira os olhos e resmunga: "falando no diabo..."
"e aí, minhas lindas?" a voz de santi é animada e ele faz questão de cumprimentar cada uma da rodinha com um beijo amistoso no rosto; menos você, que, além do beijo, recebe junto um aperto na cintura com a mão gelada que segurava até então a caneca cheia de bebida do rapaz, te fazendo sentir contra si o abadá colorido e já colado de suor no torso masculino. tenta expulsar o pensamento sobre o que a peça de roupa mal esconde por baixo para bem longe da mente enquanto o escuta continuar: "curtindo a festa? bom demais ver vocês por aqui."
as três amigas soltam variadas frases para comunicar que estão curtindo, sim, que também estão felizes de vê-lo e até que estavam com saudades. você se segura para não soltar um riso de escárnio ou simular o som de ânsia de quem está prestes a vomitar com toda a cena que se desenrola na tua frente, santiago claramente satisfeito pela atenção que nunca deixa de receber das meninas.
"ah, que ótimo! fico muito feliz," o sorriso adorável não deixa o rosto do rapaz, que dá mais um trago no baseado já para finalizá-lo. "bom, vou dar mais uma volta por aí, ver se estão precisando de ajuda com algo, mas qualquer coisa vocês podem me procurar, viu?" suas amigas concordam e agradecem e você sente tua espinha formigar quando os olhos azuis recaem sobre você ao dizer: "a gente se vê mais tarde," e sai andando, já avistando mais pessoas conhecidas e indo em direção a elas, sendo recebido calorosamente por mais um grupo de estudantes.
"viu só, amiga? e depois você fala que ele fica te atacando," ouve uma das amigas dizer; agora já não tem mais tanta certeza de qual porque não consegue se impedir de seguir as costas de santiago com os olhos, como se pudesse fazê-lo sentir o calor do teu ódio lhe queimando a pele só com a mirada. "ele é sempre um fofo com você."
não responde o que ouve - já não tem mais paciência para esticar esse assunto e por isso apenas concorda, quase implorando por favor, quando alguém tem a brilhante ideia de saírem do fundo da festa e irem mais em direção ao palco, ao meio da muvuca insalubre típica de festas universitárias que vocês tanto amam. só quer curtir tua noite em paz.
aproveita o grave de estourar os tímpanos vindo do paredão de caixas de som para esvaziar a mente dos pensamentos negativos e enchê-la apenas com o álcool barato que bebe da caneca. dança com as amigas e se diverte, indo até o chão e voltando com o bumbum empinadinho, chamando a atenção de quem curte a festa ao redor. recebe um toque no ombro e logo sente braços fortes envolverem tua cintura quando se vira para ver quem é, dando de cara com o moreno que esperava encontrar nessa noite.
"'cê 'tá tão gostosa hoje..." ouve a voz do rapaz colada no teu ouvido, a proximidade entre os dois corpos necessária para se entenderem em meio à música alta; mas mesmo que não fosse, sabe que estariam coladinhos de qualquer maneira. "e dançando desse jeito tu vai me deixar louco, mami..."
"ai, simón..." você dá risada, laceando os braços ao redor dos ombros largos e já se entregando às graças que ouve. "louca vou ficar eu se tu ficar me enrolando e não me der nem um beijinho."
sente a mão de simón te puxar para mais perto pela nuca, selando os lábios juntinhos, e aprofunda o beijo na primeira oportunidade que tem. se aproveitam da luz baixa, do calor da pista e da distração de quem está ao redor pela música ou pelos entorpecentes variados para se pegarem com gosto, de forma que nunca fariam em um local mais público.
tua graça acaba, ironicamente, assim que começa tua parte preferida com simón: é só ele abaixar a cabeça para distribuir selinhos molhados pelo teu pescoço que seus olhos quase que magneticamente são atraídos por um outro par a metros de distância de onde estão, do outro lado da pista, onde fica o posto da comissão organizadora da festa. sente as irides azuis de santi te queimarem com fervor, te observando por cima da caneca que leva a bebida de sabor amargo à boca. teu corpo paralisa e, sem tua mente mesmo entender por quê, afasta simón de si num ímpeto.
"'tá tudo bem, gatinha?" o moreno pergunta, preocupação clara no semblante quando ele estica a mão para pegar a tua, deixando ali um carinho com o polegar.
aproveita que a silhueta de simón cobre a imagem que acabou de ver atrás dele para tentar reorganizar os pensamentos. respira fundo e, sem sucesso, decide que precisa sair um pouco da multidão. joga um 'tá, 'tá tudo certo, sim em direção ao rapaz e comunica rapidamente às amigas que vai só tomar um pouco de ar, e se retira da pista de dança.
sai andando meio sem rumo pela festa, subindo as escadas que levam ao mezanino escuro do lado do qual tinham começado a noite, no fundo do espaço. agradece mentalmente pelo lugar se encontrar quase vazio agora, salvo por duas pessoas que conversam junto ao parapeito de onde observam a festa acontecendo lá embaixo, e se escora na parede, as costas sentindo o cimento gelado e repassando a sensação de calma para o resto do corpo. suspira fundo e logo é puxada dos pensamentos de volta à realidade.
"'tá tudo bem?" ouve a voz da qual queria a maior distância nessa noite e abre os olhos, encarando a figura à tua frente com ódio.
"desde quando isso te interessa?" rebate, raivosa.
mal ouve o riso soprado, debochado, de santiago mas vê o sorrisinho que ele deixa escapar antes de dar mais um trago no fiel baseado que sempre traz consigo. "sou da comissão organizadora, tenho que ficar de olho se está todo mundo bem."
a dupla que conversava se vira para se retirar do local, recebendo um sorriso extra amigável e um boa festa de santi. agora é tua vez de rir sarcasticamente.
"você é um dissimulado, santiago," afirma, depositando o máximo de veneno que consegue na voz.
"será que eu sou?" o loiro rebate prontamente, atirando o resto do beck ao chão gelado e se aproximando perigosamente de você até estarem praticamente separados apenas pela grossura de um fio de cabelo entre as pontas dos pés. "na frente dos outros é toda sorrisos, mas fiquei sabendo que você não tira o meu nome da boca..." ele aproxima seus rostos ainda mais, inclinando o queixo para frente como quem quer te cutucar mais fundo, pontuando ainda mais a pergunta: "será que é por que 'tá querendo outra coisinha aí?"
"vai se foder, narvaja," você sussurra, desacreditada e viperina, diminuindo ainda mais a distância entre os rostos como se fosse de alguma forma fazê-lo sentir ainda mais o tanto de intenção que você deposita na frase. "você fica me tratando diferente dos outros porque não consegue superar uma coisa que aconteceu há tempos atrás," e faz tua melhor carinha de dó fingida, quando continua, condescendente: "tudo isso porque não quer admitir que foi tua culpa? ou que sente tanta saudade do meu beijo assim?"
sente teu cérebro parar quando percebe o quão próximos estão agora, tua mente dando um nó; foram se aproximando pelo calor do momento e você não sabe se por causa da discussão ou de outra coisa. acaba recebendo a resposta que menos espera quando santi praticamente elimina a distância entre vocês, encostando os lábios nos teus mas ainda sem te beijar. a respiração quente batendo no teu rosto faz teus ouvidos tinirem e você imagina que não seja mais pelo som ensurdecedor que vem do andar de baixo. nota agora que os olhos do rapaz já não encaram mais os teus com o tipo de fervor que só se acha na linha tênue entre o tesão e o ódio; agora apenas focam para baixo, as pálpebras quase cerradas, como se quisessem tanto fixar na proximidade das bocas que fossem perder a visão a qualquer momento. você sente a quentura subindo ainda mais pelo teu corpo, te levando a tentativamente se aproximar ainda mais, na intenção de acabar com toda essa tensão finalmente, mas é bruscamente impedida pela mão que te cerca o pescoço, te mantendo parada no mesmo lugar.
"ou talvez eu só trate você assim porque só você merece," ouve a voz do rapaz soar mais grave, mais carregada de tensão como se estivesse utilizando toda a força que não te segura pelo pescoço para se conter, para não te devorar inteirinha ali mesmo. sente os lábios se movendo contra os teus, a pontinha do nariz queimando de quente e roçando na tua bochecha. "porque só eu sei o quanto você gosta de ser maltratada."
e então, só então, ele te beija, colando os lábios nos teus com uma delicadeza que grita em contraste com a força que deposita no teu pescoço, quase te tirando o ar completamente. o beijo é calmo, lento, composto apenas por selares castos e contidos; sabe que o rapaz se esforça para não passar do ponto porque sente a respiração pesada, quente e ofegante com apenas alguns beijinhos. o problema é que você quer que ele passe, quer que ele faça um estrago em você maior do que deixou na relação de vocês.
"santi..." recita o nome do loiro, uma mão apalpando-o por cima do abadá enquanto a outra puxa o tirante estampado que o adorna o pescoço quase como uma súplica silenciosa por aquilo que não consegue dizer: não precisa se conter. eu quero que você me destrua. apenas geme novamente, dessa vez mais manhosa: "santiago..."
é aí que santi perde o resto da paciência e sanidade que lhe restam, colando a parte de trás da tua cabeça de volta ao cimento frio da parede, a mão no pescoço ainda te mantendo onde ele te quer. sente a mão livre do loiro te esfregar no caminho inteiro até a bunda, onde aperta com mais força do que imaginaria pelos contos das amigas. os lábios quentes perdem todo o senso de sua força e intensidade, devorando os teus num beijo agressivo, profundo e o pior de tudo: que ainda se encaixa do mesmo jeitinho que meses atrás, como nunca mais se encaixou com outra pessoa - nem com simón, que se tornou teu contatinho favorito após os ocorridos.
as bocas alternam numa dança entre o ósculo desesperado e babadinho, tornando-se vermelhas e inchadas com o tempo, e o mais lento e molhadinho, regado a selinhos e chupadinhas na língua para resgatarem o fôlego perdido e se recomporem. uma das coxas do rapaz se ajeita no meio das tuas, te oferecendo o suporte que precisa para se aliviar um pouco, roçando tua bucetinha ainda vestida e carente de atenção por cima dos shorts dele e notando o volume delicioso que te pressiona a parte superior da coxa. logo o sente descer para tua clavícula, lambendo e marcando o caminho até teus seios, facilmente liberando-os do top faixa nada modesto que você usa, circulando um dos teus biquinhos eretos com a língua quente, experiente e desejosa. o outro é apertado, puxado e beliscado sem pudor algum pela mão que sobe pelo teu corpo, o seio recebendo um tapa nada discreto antes de voltar a ser apertado.
"santiago..." você tenta advertir, se esforçando para se concentrar em alguma outra coisa que não seja o prazer que sente agora e a calcinha já encharcada que piora de estado a cada segundo que teus quadris seguem o movimento de vai-e-vem; sabe que o mezanino do local é raramente frequentado, os estudantes preferindo ficar no meio do fervo da festa do que apenas observando de cima, mas também sabe que não seria impossível e nem mesmo difícil alguém chegar e acabar se deparando com a cena, principalmente um casal com intenções semelhantes. "a gente não pode aqui..."
"por que não?" o loiro retorna o rosto à frente do teu e você pode jurar que, por baixo do desespero com o qual faz a pergunta, também há um quê de preocupação contigo. ele observa teu rostinho suado, tua boca maltratadinha e os olhinhos quase fechados de tanto tesão e logo sorri, perverso. "eu sei que você quer me dar, princesa."
você ri sem fôlego, envergonhada por não conseguir rebater esse argumento em específico. "é muito público... alguém pode ver a gente."
santiago imediatamente se desgruda de você, caminhando em direção à porta de entrada do mezanino e tirando um molho de chaves do bolso dos shorts temático da atlética; identifica a que precisa e logo a coloca na fechadura, girando e trancando vocês dois para o lado de dentro e qualquer um que possa atrapalhar o que ele está prestes a fazer com você do lado de fora.
se vira para caminhar de volta a você e sorri, sacana, ao se deparar com a tua imagem, com os seios de fora e o top faixa esquecido abaixo, ao redor das tuas costelas, e da tua mão brincando com a tua bucetinha por cima das roupas, a fim de se dar um alívio à vontade e ao tesão que sente. o vê passar o tirante e o abadá por cima da cabeça, lançando-os ao chão de cimento e revelando o torso magro decorado com uma barriguinha nada chapada ou trincada - que você imediatamente acha um charme - e o ouve soltar um e era eu que queria tanto, né? e morde o lábio, incapaz de argumentar e completamente desinteressada em discordar dele ou fazer qualquer coisa para arrumar uma briga como de costume; a única coisa que se passa na tua cabeça é levar pau, como a boa vagabunda que é.
"agora vira pra mim que eu vou te foder até você não aguentar mais e sair daqui com as perninhas escorrendo porra," santiago abaixa teu shorts e tua calcinha num movimento único quando você o obedece e empina o rabinho para ele. o loiro sorri com perversidade ao perceber o fio molhado de excitação que liga tua fendinha à calcinha, denunciando o quanto você já está molhada com ele brincando contigo por apenas alguns minutos. "quero ver se vai ter coragem de voltar pro teu namoradinho depois que eu acabar com você," ele alerta, abaixando as próprias roupas de baixo e guiando o caralho duro e latejante até a tua entrada.
santiago bate algumas vezes no teu clitóris, te deixando ainda mais desesperada, e te penetra primeiro com a cabecinha babada de excitação até te preencher por completo, alargando tua bucetinha de uma forma que não te deixa outra escolha a não ser jogar a cabeça para trás e abrir a boca em um círculo perfeito, deixando um gemido arrastado e manhoso escapar por entre os lábios.
"e fica quietinha que eu tenho uma reputação," ele enrosca a mão no teu cabelo, te puxando ainda mais para perto para passar a mão livre por cima da tua boca e abafar teus sons, aproveitando a situação para deixar um tapa ardido na tua bunda. "e não quero que fiquem sabendo que 'tô comendo puta."
masterlist principal | masterlist de lsdln
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suuhzie · 4 months
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The Purge — Kim Doyoung
misericórdia, a quanto tempo eu não posto? Me desculpa por essa demora, eu realmente esqueço que tenho uma conta aqui 😫 e como ainda não sei mexer no site, fica um pouco difícil também...
Sinopse: “Isso não é um teste! É o sistema de transmissão de emergência, anunciando o início da purificação anual aprovada pelo governo. Ao toque da sirene, todo e qualquer crime, incluindo assassinato, será permitido durante 12 horas contínuas. A polícia, os bombeiros e os serviços médicos de emergência estarão disponíveis amanhã, às 7h (sete) da manhã, quando a purificação estará encerrada.
Abençoados sejam os nossos novos fundadores, e o nosso país, uma nação renascida. Que Deus esteja com vocês.”
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「 Você conheceu uma pessoa nova, alguém que realmente gostou e chamou sua atenção, além do fato de ser extremamente bonito e atraente. Kim Doyoung era o nome dele, sempre estava com você esperando o metrô para o trabalho. Quando vocês se conheceram, era uma tarde chuvosa, havia terminado o expediente e esqueceu o guarda chuva em casa, pois não estava chovendo quando saiu. Ele estava fazendo o mesmo trajeto com você, e vendo seu desespero, resolveu dividir o guarda-chuva. Você ficou agradecida e iniciou uma conversa agradável com ele. Algo que durou o caminho todo até sua casa, já que desceu primeiro. Aparentemente, ele parecia ser uma pessoa legal, gostava de quase as mesmas coisas que você e tinha uma empresa não muito longe. Vocês gostaram do começo da conversa. E nos outros dias, sempre estavam se encontrando, seja na hora que saía de casa, ou quando voltava. Estava virando tão rotina que você achava estranho quando não se encontrava com ele, nos raros momentos que aconteciam.
Já faz quase um mês que vocês estavam conversando e se conhecendo, tudo parecia normal até então. Ele era solteiro, morava sozinho, não tinha filhos e completaria vinte e oito anos. Mesmo tendo uma diferença de idade de seis anos, ambos pareciam interessados em algo a mais. Dava-se para notar o tamanho interesse dele em você, assim como também deixou nítido o seu. Tudo seguia conforme imaginado, ambos não tinham pressa e ele parecia esperar o seu momento, sem querer apressar nada. O que foi bom, levando em consideração que você também queria deixar acontecer naturalmente. Entretanto, você parecia notar a diferença de comportamento dele de uns dias em diante, Doyoung estava bastante preocupado com a noite do expurgo, comentando sempre com você que esse ano cairia em uma sexta-feira, ou que estava se aproximando e o que você costumava fazer nessas doze horas. Você comentou que sempre passava em casa, esperando acabar e vendo nos noticiários todas as atrocidades. Doyoung já imaginou que você era assim, então te desejou boa sorte e pediu para você tomar cuidado.
Uma vez por ano, todo e quaisquer tipos de crime, incluindo assassinato, eram permitidos na Coreia do Sul, pelo período de doze horas seguidas. Desde o novo mandato de presidente, o expurgo, nova lei do país, permitiu que usassem uma noite do ano, para as pessoas cometerem seus crimes. Foi por isso que o novo presidente do país ganhou as eleições, os anarquistas ficaram ao seu lado, apoiando a lei e sancionando o mandato. Esse seria o seu terceiro ano lidando com todos os tipos de violência, se trancando em casa e esperando aquelas malditas horas acabarem. Esse ano, entretanto, você passaria com os seus amigos, em casa — aparentemente, ali era mais seguro e maior —, e assistindo alguns filmes. Uma noite apenas de curtição, aproveitando o final de semana no dia seguinte.
Quando o dia do expurgo chegou, você foi trabalhar normalmente, escutando das pessoas como estavam ansiosas para chegarem logo em casa. Pelas ruas, não se falava de mais nada senão isso. E você não teria uma reação diferente, fez tudo tão apressadamente que terminou no horário e voltou para casa no seu horário normal. Entretanto, hoje você não teve a sorte de encontrar com Doyoung, provavelmente sabendo que ele estava organizando sua empresa para terminar mais cedo e dispensar seus funcionários. Antes de voltar para casa, você passou no supermercado, comprando suas coisinhas para a noite de hoje e ansiosa para chegar logo. E quando isso aconteceu, resolveu tomar um breve banho, vestir suas roupas e arrumar sua casa brevemente, enquanto esperava a campainha tocar.
Seus amigos chegaram às cinco e meia (17:30h) e logo trataram de guardar o carro na sua garagem e trancar todas as portas de sua casa. Não foi uma segurança tão forte, mas um pouco razoável, dava para aguentar até às sete da manhã do outro dia. Não que isso fosse algum problema, a sua casa foi a escolhida justamente por parecer mais segura, e além do fato de quase nada acontecer no seu bairro. Tudo o que eles precisavam fazer era passar a noite toda acordados, rindo, brincando, fofocando e não fazendo muito barulho. Apenas isso, não seria tão difícil assim, certo?
E quando vocês sentaram no sofá, ligando a televisão e ficando um pouco tensos, já sabiam o que iria acontecer. Aquele som assustador saindo pela televisão enquanto o anúncio do começo do expurgo estava começando:
“Isso não é um teste! É o sistema de transmissão de emergência, anunciando o início da purificação anual aprovada pelo governo da Coreia do Sul.
Armas de classe 4 (quatro) foram autorizadas para uso durante o expurgo, o uso de qualquer outro armamento é restrito. Funcionários governamentais têm imunidade durante a purificação e não poderão ser feridos.
Ao toque da sirene, todo e qualquer crime, incluindo assassinato, será permitido durante 12 horas contínuas. A polícia, os bombeiros e os serviços médicos de emergência estarão disponíveis amanhã, às 7h (sete) da manhã, quando a purificação estará encerrada.
Abençoados sejam os nossos novos fundadores, e o nosso país, uma nação renascida. Que Deus esteja com vocês.”
Era assustador escutar aquelas sirenes disparando pelo país e na televisão, mas agora era a realidade de onde escolheu morar. Depois desse novo mandato, muitas coisas mudaram, incluindo o dia do expurgo, aprovado por muitas pessoas do parlamento e principalmente pela população sul coreana. Mesmo sendo contra, a grande maioria ganhou e com isso, agora estava convivendo com o dia da purificação, expurgo, noite de crimes, seja qual for o nome escolhido, ainda era algo difícil de conviver. Ver pessoas mortas nos noticiários, crimes brutais que não teriam culpados, pessoas matando por prazer, tudo isso era demais. Nunca imaginou que uma noite tão aterrorizante poderia se tornar real.
Pegando seu celular, você mandou uma mensagem para sua mãe, sabendo do enorme fuso horário, quis lembrá-la de que o expurgo estava começando e que você estava em casa, segura com seus amigos. Também aproveitou para enviar uma mensagem a Doyoung, avisando para ele se cuidar e falar com você quando pudesse. Ele ficaria bem, não é?
— O que vamos assistir? — você desligou o celular, prestando atenção na pequena discussão que suas amigas faziam. Você riu fraco, deixando que elas escolhessem o filme desejado. Não tinha pressa, tampouco preferência do que assistir, sua única preocupação era com a pipoca e a comida já pronta. Não sabia se daria para todos os cinco, mas iria implorar para nenhum deles se importar com isso.
Seus amigos, dois grupos de casais, sempre fizeram parte da sua vida desde que chegou em Seul. Conheceu primeiro Ah-ri e seu namorado, Jongho, eles eram seus vizinhos durante um ano. Depois se mudaram para outro bairro e casa maior e melhor. Depois, conheceu Yuri e Jay no antigo trabalho que você tinha. Ambos ainda não namoravam, mas se gostavam bastante, então você deu uma ajudinha nisso e conseguiu juntar os dois. Depois de tantos encontros e saídas, ambos casais se tornaram amigos também, e você gostou disso. Agora estavam aqui, todos passando o dia do expurgo juntos pela primeira vez, confiantes de que teriam como passar essa noite vivos.
Todos ficariam bem, afinal.
A noite parecia tranquila, as sagas de filmes passavam rapidamente, vocês estavam tão concentrados que mal viam as horas passando. Os filmes realmente entreteram todos vocês. Quando você ficou curiosa para saber das horas, percebeu que ainda era uma da manhã, logo ainda teria muito mais coisas pela frente. Sua rua parecia tão silenciosa que achou seriamente que todos estavam dormindo ou apenas saíram para curtir a noite onde tudo era permitido. Sua casa estava escura e provavelmente um pouco silenciosa, logo não teria como alguém notar.
Suas amigas estavam cochichando, enquanto você e os meninos eram os únicos acordados assistindo concentrados ao terceiro filme. Você aproveitava para responder sua mãe constantemente, já que pelo fuso horário ela estaria acordada no momento. Mas você ainda estava um pouco preocupada com Doyoung, ele não te respondia desde manhã e você não tinha noção se estava tudo bem. Ele costumava passar essa data em casa ou sair do país? Seja como for, esperava que ele estivesse bem.
— Ainda tem pipoca? — Você bloqueou o celular, levantando do sofá para pegar um pouco de pipoca na cozinha. — Você é a melhor, _____.
— Não por isso. — rindo, você pegou outra vasilha e entrou para eles, que agradeceram com um sorriso. — Vocês não estão achando tudo muito silencioso?
— Sim, mas é a primeira vez que ficamos no seu bairro. Não é sempre assim no dia do expurgo? — Jay olhou para você curioso, juntando as sobrancelhas.
— Costuma ser, mas não assim. Algumas vezes eu escutava pessoas gritando, carros passando, motos fazendo barulhos. Até agora, não escutei nada disso. Está tudo tão estranho.
— Relaxa, vai ver as pessoas só estão trancadas dentro de casa. Ou vai ver esse bairro não faz muita diferença. Sinceramente, aqui é bem esquecido.
— Tem razão, pode ser isso… — você ligou o celular, mas nada de alguma notificação dele. Já estava começando a ficar preocupada com isso, Doyoung sempre te respondia no mesmo minuto.
— E como vão as coisas com seu novo pretendente? Vocês ainda se falam? — Jongho perguntou, vendo quando Ah-ri acordava do seu cochilo.
— Estão indo bem, devagar, mas da forma como eu gostaria. Ele ainda parece bastante interessado em mim, assim como estou nele.
— Eu disse para Jongho que agora daria para convidar ele para sair com a gente, assim você não fica sozinha como de costume. — você revirou os olhos, escutando as risadas deles. — Onde ele costuma passar o dia do expurgo? Ele fica em casa, não é?
— Aparentemente sim, ele me disse que não costuma fazer nada nesse dia. Mas até agora não me respondeu, estou sem contato desde de manhã. — você respirou fundo, novamente olhando a tela do celular.
— Será que está tudo bem com ele? — Ah-ri olhou-a, vendo quando você pareceu ainda mais preocupada.
— Ou melhor, será que ele está matando alguém? Ou perseguindo alguma pessoa?
— Jay! — Você chutou-o do sofá.
— Estou falando sério! Ninguém conhece alguém realmente, nunca se sabe o que ele pode tentar fazer.
— No final, Jay realmente tem razão. Mas, vamos ser otimistas, talvez ele apenas tenha saído do país. Não precisa se preocupar, ele deve estar bem.
— Eu… — você paralisou alguns segundos quando escutou a campainha tocando. Ninguém esperava por isso.
Yuri acordou com o barulho e olhou para os demais, vendo como todos estavam sem reação, não era algo esperado. Você olhou na direção da porta, sem saber o que exatamente fazer. Esse era o pior momento para alguém aparecer, principalmente em uma noite como essa. Você não sabia como reagir porque isso nunca tinha acontecido antes, e quando tocou pela segunda vez, foi quando você começou a se desesperar.
— Fiquem aqui. — Jay falou, levantando lentamente do chão, junto de Jongho. — A gente vai lá. — você confirmou, ficando ao lado de Ah-ri e Yuri, que também estavam preocupadas.
Quando os homens chegaram à porta, Jongho olhou pelo olho mágico para ver a pessoa, mas não resolveu muita coisa. Logo, Jay também olhou para saber do que o amigo falava. Quando a campainha tocou a terceira vez, você resolveu caminhar até eles, olhando para cada um. Nem eles sabiam o que te falar.
— Não sabemos quem é. — eles sussurram, dando espaço para você olhar também. Quando fez isso, viu não só uma pessoa, mas no mínimo quatro, todos fantasiados, usando máscaras no rosto e o pior, eles estavam armados. O que tocava a campainha agora começou a bater com força na sua porta, você se afastou com medo. — Vamos desligar a televisão e subir, qualquer coisa ficamos no seu porão.
Os dois homens ficaram próximos das garotas, segurando a mão de cada uma. Quando Jongho pegou o controle para desligar a televisão, ele também travou no lugar, escutando quando um deles resolveu falar.
— Abra a porta, princesa. Eu sei que você está acordada, consigo ver sua sombra e a iluminação da casa. — Você congelou mais uma vez, agora com um misto de emoções. A voz era extremamente parecida com a de Doyoung, principalmente os apelidos carinhosos, ele adorava te chamar de princesa. Você olhou novamente pelo olho mágico, vendo ainda todos parados na porta. As metralhadoras nas mãos, facões grandes e machados. Agora, o número de pessoas aumentou, no mínimo oito. — Eu vou ser generoso e esperar sua boa vontade, mas quando me cansar vou acabar invadindo e matando seus amigos. Você quem escolhe.
Jongho desligou a televisão, falando com as garotas para subirem até o porão, onde era o local mais seguro no momento. Jay foi quem segurou seu braço, puxando você para trás.
— Vai para o porão, ______.
— Não adianta se esconder, princesa, eu vou te achar do mesmo jeito. Vai ser divertido, mas no final vou te encontrar. A propósito, se alguém te tocar, vai morrer. — você engoliu a seco, tinha quase certeza de que era Doyoung por trás daquela máscara, pelo menos a voz era extremamente identidade. Mas como poderia ser ele? Não sabia onde morava, só conhecia a sua estação, mas de restante não. — Você não vai nem me perguntar como eu te encontrei? — Jay te olhou.
— Você conhece ele?
— Eu acho que seja o Doyoung. — ele arregalou os olhos, quase dizendo “está brincando?”. Realmente você queria fingir que não era ele, mas estava ficando real a cada palavra.
— Não é difícil encontrar as pessoas quando se é o dono do país. — ele riu, colocando a metralhadora nos ombros, ainda esperando sua boa vontade. — Mas então, como vai ser? Você vai ser a minha boa garota e abrir a porta? Ou eu vou ter que fazer do jeito mais difícil? — você se soltou do aperto de Jay e caminhou novamente até o olho mágico.
— Doyoung, é realmente você? — sua voz ficou trêmula, o rosto pálido e a pressão quase caindo.
— Em carne e osso, amor. Estou aqui para te levar comigo, vamos ser felizes juntos agora.
— Porque você está fazendo isso? Você não é assim!
— Você ainda não me conhece, amor. Deixe-me entrar e então eu te mostro quem realmente sou. Agora, se fizer do jeito mais difícil, tenho certeza de que vai se arrepender.
— Vai para o porão, agora! — Jay te puxou outra vez, agora quase te jogando pelas escadas. Com lágrimas nos olhos, você subiu desesperada até lá, pegando as chaves e trancando as portas reforçadas.
Encontrou suas duas amigas, também desesperadas pelo acontecido e abraçando você. Quando você pensou em falar alguma coisa, escutou os muitos barulhos de tiros sendo disparados contra sua casa. Você sabia que agora seria o seu fim, iria morrer de forma trágica nas mãos de uma pessoa que jurou conhecer. Ou melhor, que confiava e gostava. Nunca em todos esses dias você iria desconfiar ou acreditar que Doyoung fosse esse tipo de homem. Ou melhor, se alguém te contasse isso dele, você n��o acreditaria nunca. Agora ele está aqui, entrando na sua casa, querendo matar todo mundo e provavelmente vai conseguir. Por sua culpa.
Isso tudo foi sua culpa! Se não tivesse conhecido ele, não aceitando sua ajuda, começado um assunto… Tudo isso teve uma consequência, mas não imaginou que seria tão forte. Doyoung fazia parte dessas pessoas que queriam purificar o mundo, como poderia? Logo ele, você jamais imaginaria isso. Mas então, porque ele estava atrás de você? Porque estava aqui? O que você tinha feito para ele? Doyoung iria te matar e tudo isso era sua culpa.
— Eu sinto muito. Sinto muito! Não queria colocar a vida de vocês em risco. — você chorava muito, as mãos trêmulas, corpo fraco e gelado. Era um verdadeiro colapso. Ah-ri foi quem te abraçou, alisando suas costas. — Ele vai matar a gente, todos nós.
— Não é sua culpa. — Era sim, tudo isso foi culpa sua, acreditar e confiar em uma pessoa desse tipo. Doyoung era completamente oposto de tudo o que tinha imaginado sobre ele.
Tudo foi sua culpa…
Você podia escutar os gritos, risadas, tiros e barulhos de motores tanto de carro quanto de motos. Nessa altura, já imaginou que eles tinham entrado aqui, portanto, não tinha mais para onde correr, você iria morrer em alguns minutos. Não só você, mas suas amigas também. Todos. Isso tudo era um pesadelo, achava que ficaria tudo bem, mas se enganou.
— Oi, amor. — você parou de chorar quando a voz dele veio detrás da porta, junto de duas batidas. — Eu sei que você está aí, não precisa se esconder novamente. — Yuri te olhou, em seguida trocou outro olhar com Ah-ri, todas sem saber o que fazer, principalmente você. — Você vai vir abrir a porta para mim? Ou eu vou ter que fazer da mesma forma?
Se você realmente fosse esperta, saberia que abrir seria a melhor opção, principalmente poupando tanto a sua vida quanto de suas amigas. Doyoung parecia extremamente sério enquanto te dava uma opção.
— Vou esperar dez segundos, caso não abra eu farei isso, mesmo que demore. — você engoliu o choro e soltou as mãos de suas amigas. Seguiu até a porta e acabou destrancado, abrindo lentamente. Doyoung ainda estava usando aquela máscara de Led, com um X nos olhos e a boca costurada. Você viu também quando ele sorriu, entrando cada vez mais no porão. — Ah, eu sabia que estavam faltando mais duas. Mas não importa, quem eu realmente quero está bem na minha frente. Tão pequena e inofensiva.
— Por que, Doyoung? — ele tirou a máscara e você finalmente pode ver aquele lindo rosto, seu sorriso magnífico e as roupas em perfeito estado. — Você vai me matar agora?
— Matar? Porque eu te mataria? Quero te ver viva. — Você juntou as sobrancelhas, caminhando ainda mais para trás. Nessa altura, Yuri e Ah-ri estavam atrás de você, se protegendo, mas esperando por Jay e Jongho retornarem.
— Eu não entendo…
— Você terá todo o tempo do mundo para entender melhor. — ele estendeu a mão para você, mesmo assim, algumas pessoas fantasiadas também entraram no porão e caminharam até vocês. Você ficou com medo, mas eles nada te fizeram, pegaram suas amigas enquanto arrastavam elas para fora. Ambas gritavam em desespero e você ficava ainda mais, tentando trazê-las de volta, mesmo Doyoung te segurando. — Calma amor, elas não vão se machucar se você cooperar, tudo bem?
— Deixe elas em paz, Doyoung. Nenhum deles não tem nada haver com isso.
— Tem razão, não tem, mas se você não se comporta eles vão sofrer as consequências. — você parou de tentar sair dos braços dele, começando a escutá-lo melhor. — Se você não se comportar, eu mando matar todos eles. Você quem escolhe. — Ele cheirou o topo de sua cabeça, aproveitando para deixar um beijo.
— O que você quer de mim?
— Quero que venha comigo, fique comigo na nossa futura casa, eu e você. Seremos felizes juntos, prometo a você. — Você não sabia qual era o nível de psicopatia dele, mas sabia que provavelmente já era algo bem avançado. Isso te fez chorar mais ainda.
— E se eu recusar?
— Já nesse caso, então eu terei que matar seus amigos e te trazer a força. Qual você escolhe?
Qual poderia ser a pior delas? Não era justo seus amigos perderem a vida por sua culpa, tampouco para algo que não estavam esperando. Mas também não viver mais sua vida parecia ser ruim, só que nunca pior do que a opção dos seus amigos. Doyoung levantou sua cabeça, olhando no fundo dos seus olhos.
— Eu vou com você, mas por favor, deixe os meus amigos vivos. — Doyoung sorriu, passando as mãos pelos seus lábios.
— Prometo te dar proteção, carinho e cuidados. Mas te peço uma coisa, sua submissão. Não para atos ou práticas, mas quero que você me respeite e obedeça, faça isso e teremos uma vida tranquila e pacífica. Você não terá com o que se preocupar. Entretanto, se fizer algo que eu não goste, farei algo que você também não gostará. Ações geram consequências, você entende? — você assentiu. — Você vai gostar da nossa casa, fica no campo, uma mansão completamente apta aos seus gostos. Teremos uma vida tranquila e segura afastados dos outros, sem ninguém para nos atrapalhar. — você se soltou dele, ainda tremendo e chorosa. Então olhou para o mesmo, vendo que esse não era mais aquele Doyoung que você se encontrava todos os dias.
— Porque você está fazendo isso? Não poderíamos ser duas pessoas normais apaixonadas?
— Jamais existiriam duas pessoas normais quando eu não sou. Querida, eu não queria te assustar de começo, estávamos se conhecendo e queria ter a certeza de que seria você. Eu me encantei tanto por você que esperei o momento certo. — ele colocou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. — Você é tão linda, chamou tanto minha atenção que foi impossível resistir, estou tão obcecado ao ponto disso. Agora, terei você apenas para mim.
— Quem são essas pessoas com você?
— Ah, é verdade, a melhor parte. Eu sou líder de uma organização criminosa e esses são meus funcionários. Todos os anos aproveitamos o dia do expurgo, acredito que você já tenha visto alguns. — ele sorriu. Mas então, tudo o que você conseguiu fazer foi chorar, tanto que quase não saia mais lágrimas. — Não chore, não precisa disso! Nenhum mal chegará até você se depender de mim. — lógico que não chegaria, levando em consideração que ele era o mal em pessoa. Sua vida estava completamente acabada, sem chances de escapar ou tentar, viveria com um criminoso a partir de agora.
— Você mentiu para mim, Doyoung! Disse que tinha uma empresa e trabalhava. O que você estava fazendo no metrô naquele dia?
— Eu não menti para você, realmente tenho minha empresa, mesmo sendo uma fachada para meus negócios, não deixo de trabalhar. Naquela tarde, eu estava esperando por uma pessoa bastante trabalhosa, estava me deixando com dor de cabeça, então fui resolver com minhas próprias mãos.
— E você resolveu? — ele assentiu, enxugando suas lágrimas. Segurando sua mão, ele te levou para a sala novamente, agora tendo a surpresa de ver seus amigos com uma arma apontada na cabeça, apenas esperando as ordens do líder. Jay e Jongho pareciam bastante feridos. — Doyoung…
— Ah, o expurgo. Não é uma maravilha? Poder matar qualquer coisinha insignificante sem sermos presos. Brincar de presa e predador enquanto imploram por suas vidas. A melhor coisa desse governo foi esse dia. — você via o desespero no olhar de cada um deles, esperando que você pudesse fazer alguma coisa para salvá-los. E por mais que tentasse fazer algo, não sabia o que esperar de Doyoung, afinal ele era um psicopata, tendia a mentir e fazer promessas. Ele te puxou para mais perto, segurando sua cintura com força. — Deixe-me provar dos seus lábios. Beije-me e então soltarei eles, prometo a você.
— Você promete mesmo, Doyoung? Vai soltar eles seriamente?
— Dou minha palavra a você.
Você ficou na ponta dos pés, passando as mãos pelo pescoço dele enquanto Doyoung cuidava do restante. Ele apertou sua cintura enquanto pousava os lábios nos seus, liderando aquele beijo vagaroso e sem pressa. A língua dele entrou na sua e te deixou completamente fraca, felizmente ele estava te segurando. Mesmo não sabendo que Doyoung estava mentindo para você todo esse tempo, e não sabendo sua real personalidade, você não poderia esconder a atração que sentia, como estava ansiosa para sentir seus beijos e carinhos. Então agora que estava tendo isso, ficava difícil lutar para não acabar gostando, quando claramente estava amando. Não só você, mas ele também estava muito animado e desesperado por esse beijo, tanto quanto você.
Foi você quem precisou parar quando ficou sem fôlego, puxando todo o oxigênio que conseguia enquanto ele sorria para você. Doyoung parecia satisfeito com o beijo, o que foi ótimo, assim não correria o risco dele matar seus amigos.
— Você é perfeita meu amor. Me escute, não sou o tipo de homem que quebra promessas, eu as cumpro sempre que possível. Mas seus amigos viram o meu rosto e sabem meu nome, facilmente conseguirão me denunciar. Minhas promessas perante a você não estarão valendo para essa, mas garanto que farei por você em dobro.
— Não, Doyoung! Por favor, não. — ele te virou, colando suas costas contra seu abdômen, apertou com força sua cintura e te levantou do chão.
— Podem matar todos.
Doyoung te arrastou a força para fora de casa, mesmo com toda sua violência e tentativas de fugas, foi impossível sair do aperto dele. As coisas só pioraram quando você escutou os tiros e gritos, ficando completamente desesperada para voltar e ajudar seus amigos. Ele mentiu para você, não ajudou nada seus amigos, e ainda por cima matou todos. Tudo isso foi culpa sua e aquela maldita hora em que sua vida se cruzou com a de Doyoung.
Havia um carro esportivo parado na frente de sua casa, um dos homens mascarados abriu a porta para o passageiro. Doyoung te jogou naquele lado, passando o cinto pelo seu corpo e travando, mesmo recebendo alguns golpes seus ou sendo difícil. Quando ele fechou e ainda travou a sua porta, você não conseguiu ao menos abri-la de volta, mesmo batendo ou tentando quebrar o vidro. Essa merda era blindada. Ele entrou no lado do motorista, fazendo a mesma coisa enquanto travava seu carro.
Doyoung agia naturalmente perante seus gritos e desesperos para sair, olhou para seu rolex no braço e viu que ainda eram três da manhã. Mas mesmo que ainda houvesse bastante pessoas para matar, isso não importava agora, ele já tinha conseguido seu maior feito do expurgo.
— Já chega disso! — ele puxou seu rosto com força, apertando suas bochechas com as unhas. — Você não vai sair desse carro, tampouco ver seus amigos. As coisas agora serão diferentes, você terá uma vida melhor, um recomeço. Então aproveite disso para esquecer o que ficou no passado e apenas viver seu futuro ao meu lado. Esqueça tudo e foque apenas em mim, pelo seu próprio bem. Você entendeu, meu amor? — Mesmo com medo e sem saber como reagir, você assentiu, desidratada de tanto chorar. — Minha boa agora.
Doyoung ligou seu carro, dando jogo de luz para os outros dois na frente que seguiram fazendo sua escolta. Você foi embora da sua casa, seguindo pelas ruas agitadas e violentas da noite, estava indo embora com um psicopata e viveria em um inferno a partir de agora.
— Seremos felizes juntos, meu amor. — Tudo isso foi culpa sua.
Maldita hora que conheceu Kim Doyoung. 」
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Favoritos, re-blogs e comentários sempre vão me ajudar bastante a continuar postando. Obrigada por quem leu até o final, espero que tenham gostado e até a próxima 🥰😘
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unknotbrain · 10 days
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Fui colocar Linkin Park no meu Spotify e me deparei com a nova vocalista na foto principal da banda. Desde que anunciaram uma nova pessoa no vocal eu fiquei um pouco revoltada. Sei que várias bandas trocaram de membros ao decorrer do tempo, mas dada a história do Chester e do LP achei um desrespeito à memória dele. Poderiam ter feito outro projeto ao invés dessa tentativa tão falha e idiota de (tentar) substituí-lo.
Já tive essa discussão filosófica sobre pessoas serem substituíveis várias vezes. Minha posição nunca mudou. Para mim, papéis são substituíveis, mas as pessoas não. Você pode encontrar um novo amigo ou amor, mas a relação nunca se dará da mesma forma. Cada relação é um choque de dois particulares constituídos pela personalidade, pelo passado e vivências das pessoas envolvidas. Com o tempo, novas referências, piadas internas, linguagem são construídas e que só fazem sentido para as pessoas dentro dessa relação. Não adianta tentar reproduzir em outras relações, porque apesar de uma pessoa ocupar o mesmo papel de outra, se trata de um universo diferente.
É muito interessante ver que por mais parecidas que duas pessoas possam ser, a relação com elas não se dará da mesma forma. Nossa tendência é sempre buscar pelo mais familiar, se aproximar do outro pelas similaridades. Eu, por exemplo, tenho muitos amigos com gostos e personalidade parecidas com a minha, mas é simplesmente impossível me relacionar com eles da mesma forma. Todos possuem uma história de vida, contexto e limites diferentes. Não digo que sou uma "pessoa diferente" com cada um, mas é até uma questão de respeito se adaptar às relações. Alguns amigos não entendem certas referências ou são mais sensíveis a piadas.
Acho que todo mundo já passou pela experiência canônica de perder amigos ou parceiros e sentir uma certa frustração porque os que vieram depois parecem não conseguir completar o lugar do outro. Sempre sobra ou falta alguma coisa. Começa com uma comparação inconsciente, porque o luto se trata de algo muito dolorido para trazer à consciência. Outro sentimento que pensar nesse tema me traz é culpa. Culpa de comparar duas pessoas, de admitir preferir um ao outro.
Essa é a primeira vez que estou num relacionamento com alguém significativamente diferente de mim. Temos alguns gostos em comum, ambos não temos irmãos e nossas mães não batem bem da cabeça. Mas ele é extrovertido, tem muitos amigos na vida real, era presidente da atlética do curso e é o tipo de pessoa que puxa conversa com qualquer um. Era o tipo de pessoa que eu desprezava e eu fazia de tudo para ficar longe de mim. E ele também admitiu que eu era o tipo de pessoa que ele tirava sarro e infernizava.
O que nos juntou foram as coisas que temos em comum, e que nem ele sabia. Por eu ser uma pessoa muito introvertida e que gosta de ficar imersa no próprio universo, decifrando os próprios pensamentos e sentimentos eu, de certa forma, equilibrei uma característica dele que era não olhar pra si porque sempre estava muito preocupado em socializar com os outros. O que eu falava sobre o meu universo, fez sentido no dele também.
Apesar de eu achar que temos mais diferenças do que similaridades, nossa relação dá certo. Mas assim como ele verbaliza as frustrações dele em relação a mim, eu também tenho em relação a ele. A frustração dele é que eu não sou sociável, e a minha são os gostos dele, principalmente musical. Era meio que um sonho meu poder ficar ouvindo música e olhando para o teto juntos. Mas ele não gosta das minhas músicas e eu não gosto das dele. Só que para uma relação dar certo, é necessário abrir mão de algumas coisas, alguns sonhos. Tenho consciência de que a "pessoa perfeita" para mim e nem para ninguém existe. Sempre vai haver faltas e excessos. Fulano é sempre muito daquilo e muito pouco disso.
Gosto que somos muito sinceros um com o outro. Mas admito que tenho um pouco de dificuldade de verbalizar as coisas, sempre foi mais fácil dizer o que eu precisava através da escrita. Ele diz tudo o que eu preciso escrever. Apesar da minha dificuldade de comunicar verbalmente, ele é muito paciente comigo. Me incentiva e me apoia muito. Foi um desafio também equilibrar a necessidade de afeto físico que ele gostaria x o que eu consigo proporcionar. Não estava muito acostumada a receber afeto físico com tanta frequência. Tive que reaprender a aceitar cuidado e carinho nesse relacionamento.
Eu amo uma frase do Lacan que diz que "amar é dar o que não se tem". Muitos relacionam "amor" com completude, tudo é "preencher" através do outro, quando na realidade é justamente aceitar as faltas do outro e as próprias.
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thejvstice · 2 months
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⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 :  O INTERROGATÓRIO   ››   
  rundown.     ⸻     12 de julho de 2024, 16h. Delegacia de Des Moines.      ⸻
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Não era surpresa que Valentin tivesse chegado à delegacia acompanhado do pai. sendo este um juiz de tamanha importância na cidade, era de se esperar que acompanhasse de perto o caso, especialmente por envolver seu único filho. Valentin é quem estava visivelmente desconfortável com o som dos passos do pai se misturando ao seus. Sabia que seria assim, mas tentou evitar. Evitá-lo. ignorou ligações, emails e mensagens por quanto tempo conseguiu, mas só podia ir até certo ponto.
Tinha passado por um interrogatório previamente, um vindo do Sr. de Lioncourt que queria todas as respostas antes que o filho pudesse dá-las à polícia. Como sempre, ele queria estar um passo a frente. Queria ter o controle da situação. Não era difícil para o homem dizer não a quem quer que fosse. A exceção era ele, seu pai. A pessoa que quis agradar durante toda vida.
Com a naturalidade de quem já percorreu aqueles corredores diversas vezes anteriormente, Valentin nem mesmo tirou os óculos escuros do rosto depois de passar pelo enxame de jornalistas na porta da delegacia. Seus passos era firmes, sua expressão era limpa. Livre de emoções. Ele sabia que teria de passar por isso, já sabia o que esperar e já tinha planejado todas as possibilidades. Inclusive, sabia que os policiais sabiam que ele estaria fazendo isso. Valentin era de dentro, sabia como o sistema funcionava e sabia quais eram suas brechas. Eles estariam preparados para tudo. E Valentin também.
Apesar da insistência do pai, recusou a companhia de um advogado. Tinha o direito de advogar em causa própria e preferia assim. Era bom no que fazia, tinha se tornado especialista em casos difíceis. Que caso seria mais difícil do que o seu próprio? Havia receio na ideia, mas também uma pontada de animação pela possibilidade. Se desse tudo certo ou tudo errado, a culpa seria exclusivamente sua.
Entrou na sala de interrogatório com o delegado e a oficial Gabrielle Allard, introduzida por ele. Só ali que tirou os óculos e guardou-o no bolso do terno. Apesar de ocupar um lugar a mesa, apenas a policial acompanhou-o no gesto. O delegado apoiou as mãos na mesa e suspirou de cabeça baixa. Parecia frustrado. Os olhos de Valentin moveram-se para a mulher e ela parecia determinada, firme, preparada. Isso o fez sorrir por dentro.
Dada a parte formal que precedia o procedimento, o interrogatório teve seu início:
"Onde você estava na data da morte de Victor?"
❛ 2 de julho foi uma terça-feira. Estava no escritório, trabalhando. ❜ Os dedos entrelaçados sobre a mesa. As costas aprumadas. Os olhos voltados para o delegado.
"Você o conhecia? Como era a relação de vocês?"
Valentin balançou a cabeça positivamente para a primeira pergunta. ❛ Não tínhamos qualquer relação. Nos víamos constantemente porque morávamos sob o mesmo teto e isso implicava em compartilhar tarefas ocasionalmente, ou ter conversas casuais em áreas comuns, mas não tínhamos muita proximidade. Era uma relação cordial que não se estendeu depois da faculdade. ❜ Deu de ombros ao final da fala. Simples e direto. Talvez direto demais. A policial Allard anotou algo em bloco de notas. O delegado franziu o cenho.
Compreensível. Não imaginava que muitos chegariam ali dizendo tão pouco sobre sua relação com o presidente da Kappa Phi na época em que eram estudantes. Reconhecia o quanto Victor era brilhante, mas era Valentin quem tinha limites, quem tinha dificuldades em lidar com pessoas expansivas como ele era. E quem sempre ficava pensando no que seu pai acharia. De todo jeito, optou por não explicar essa parte. Ninguém poderia puni-lo por não ser amigo de Victor.
"Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurado por ele?"
Daquela vez balançou a cabeça em negativa para a primeira pergunta. ❛ Era visível que ele ficou mexido pelo acidente de Fiona. As mudanças em seu comportamento foram quase drásticas… Mas não, não sabia que ele estava conduzindo uma investigação por conta própria. ❜ Completou verbalmente. ❛ E, não, nunca fui procurado por ele. ❜
A mulher voltou a rabiscar algo em seu caderno. O Delegado assentiu vagarosamente e deu um gole curto no café que havia trazido para a sala. Ele suspirou de novo, impaciente.
Valentin permanecia com a expressão limpa e os olhos fixos em cada movimento das duas pessoas à sua frente. Aquela pequena pausa o fez ter tempo para uma autoavaliação: estava nervoso. Batimentos cardíacos um pouco elevados, uma sensação de frio na barriga. Por sorte, tinha muito controle sobre as próprias emoções e podia passar por cima de tudo isso.
"Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente?"
Foi a vez de Valentin suspirar. Pela primeira vez mostrando uma rachadura em sua expressão impassível. Sabia que voltariam a isso, mas estava cansado de retomar o acidente de Fiona. Era cruel pensar daquela maneira, mas era inevitável não pensar que as coisas podiam ser mais fáceis de deixar para trás se ela tivesse morrido. ❛ Fraternidades têm competição. Nós, membros da Kappa Phi, tínhamos nossos 'rivais' e eles tiveram problemas com um dos trotes deles, se não me engano. Nós demos uma festa para comemorar aquele fracasso. ❜ Valentin riu brevemente por entre as palavras. Era engraçado o quanto aquilo era superficial agora. Ridículo. Mas na época foi um evento que exigiu comemoração. A pergunta seguinte o fez pensar por um segundo ou dois. Imaginava que a maioria deveria dizer que sim, tinha sido apenas um acidente. Resposta fácil. Valetin tinha dito isso em 2015, inclusive. ❛ Não. ❜ Respondeu finalmente. ❛ Ouviram brigas naquele dia. Pode ter sido uma reação que foi longe demais… Mas também pode só ter sido um acidente. Muita gente estava altamente alcoolizada naquele dia. ❜
"Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente?"
❛ De novo: ouviram brigas Falaram muito sobre isso nos dias depois do acidente, especularam o que podia ter acontecido. ❜ Valentin fez uma pausa para umedecer os lábios com a ponta da língua. ❛ Se Victor decidiu iniciar uma investigação, deve ter descoberto alguma coisa que desse embasamento para isso. Ou… Ele mesmo pode ter visto alguma coisa aquele dia. ❜ Era uma possibilidade, mas precisava ser levantada.
"Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido?"
❛ Eu vi a Fiona um pouco antes do acidente. Esbarrei nela sem querer enquanto procurava minha namorada. ❜ Contou, puxando aquela memória de um lugar que ele não gostava de visistar. ❛ Mas eu estava muito bêbado. Não lembro de detalhes… ❜ Crispou os lábios em um evidente lamento. ❛ Não lembro o que falei para ela, não lembro se ela parecia bem ou não. Não lembro se Victor estava perto e talvez presenciou isso e criou alguma suspeita. Mas eu só esbarrei nela enquanto passava. ❜
"Você foi procurado por Victor nos últimos anos?"
Novamente, Valentin balançou a cabeça em negativa. ❛ Como eu disse, não tínhamos nenhuma proximidade. ❜
Outros suspiro do delegado. Por fim, ele assentiu. Deu-se então o encerramento da sessão com o agradecimento por sua colaboração e as instruções que ele já conhecia. Valentin apertou a mão dos dois policiais e deixou a sala. Seu pai não demorou a encontrá-lo, ansioso aos olhos do filho que o conhecia bem demais, mas composto. Ele perguntou sobre o acontecimento em um sussurro urgente, mas Valentin não respondeu.
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devilindisguisc · 4 months
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Starter fechado com @xvthevil Baile de 100 anos da Kappa Phi
Com um copo de bebida nas mãos, Angélique tinha acabado de ser abordada por um dos vice-presidentes da fraternidade, tendo precisado conter o virar de olhos quando ele começou uma conversa totalmente tediosa sobre a decoração da festa. Os olhos escuros da mulher correram pelos lados, como se estivessem analisando a decoração que ele falava, mas na verdade estava procurando alguém com quem pudesse colocar um fim naquele falatório irritante.
Optando por não ser mais tão educada, Angel simplesmente virou os olhos para o homem que falava - mesmo que concordasse com ele e gostasse muito da decoração, não queria ficar a noite toda ouvindo aquilo. - Don't flatter yourself, a fifth-grader could've done this as well. - o tom de voz foi calmo, como sempre, quase que angelical enquanto curvava levemente a cabeça em um pedido de desculpas e se afastava na direção de uma figura conhecia - ou que pelo menos achava que conhecia, visto que não tinha contato com tantas pessoas da época da faculdade. - Wonsik? Lee Wonsik? Faz um tempo que não o vejo... não mudou muito, eu vou admitir. - o sorriso doce curvou os lábios femininos.
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nascifabiano · 30 days
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Em resumo
Nesta audiência Eu estou diante de meus colegas membros do Departamento dos Poetas Torturados Com um resumo das minhas descobertas Um interrogatório, uma rebobinagem detalhada Com o propósito de alertar Pelo bem de lembrar
Como todos vocês podem infelizmente lembrar-se Eu fui atingido por um caso de uma humanidade restrita O que explica meu apelo aqui hoje de insanidade temporária
Veja, o pêndulo balança Oh, o caos que isso traz Leva a fera enjaulada a fazer as coisas mais curiosas
Amantes passam anos negando o que é um mau destino Ressentimento apodrecendo as galáxias que criamos
Estrelas colocadas e coladas meticulosamente à mão ao lado do ventilador de teto
Tentei desejar aos cometas Tentei diminuir o brilho Tentei orbitar seu planeta Algumas estrelas nunca se alinham E em uma conversa Eu destruí o céu inteiro
A primavera surgiu com tons de liberdade deslumbrantes Então um estrondo da claraboia estourando Alguma coisa velha, alguém sagrado, que me disse que ele poderia ficar novinho em folha
E então eu estava fora do forno e dentro no micro-ondas Fora da prisão e dentro do maremoto Quão galante foi salvar a imperatriz de sua torre dourada Balançando uma espada ele mal poderia levantar Mas a solidão atingiu naquela fatídica hora Frutas penduradas em seus lábios manchados de vinho
Ele nem sequer arranhou a superfície de mim Nenhum deles fez isso
“Em resumo, não foi caso de amor!” Eu gritei enquanto colocava meus punhos em minha mesa manchada de café Foi uma fase maníaca mútua Foi automutilação Era a casa e depois parada cardíaca
Um sorriso se insinua no rosto desta poeta Porque é sobre os piores homens que eu escrevo melhor
E então eu entro com evidências Meu brasão manchado Minhas musas, adquiridas como hematomas Meus talismãs e encantos O tique, tique, tique de bombas de amor Minhas veias de tinta preta
Vale tudo no amor e na poesia…
Atenciosamente, presidente do Departamento dos Poetas Torturados
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renhy6ck · 2 years
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🚧 headcanon!!! 🚧
avisos: (todos os personagens são maiores de idade) ; dumbfication, renjun¡hard dom, jaemin¡soft (e mean) dom, leitora submissa, conversa suja, degradação e uso de pet names (nomes de animais de estimação).
gênero: inimigos/adversários para amantes, literatura implícita e erótica, literatura feminina, oneshot e ambientação quase total em uma universidade.
Na sua faculdade, a cada dois anos é eleito ou reeleito um novo presidente do grêmio estudantil.
E agora, nesse momento, você podia sentir, graças a gota de suor que escorria da sua têmpora, que aquela era definitivamente uma das suas tardes mais importantes naquele colégio. Juntando as mãos devido o nervosismo desenfreado invadir todo o seu corpo, os seus olhos permitiram rodear toda a sala de teatro, repleta, cheia de alunos.
Seus lábios tremiam e você repetiu mentalmente algum mantra ridículo sobre auto-confiança; da última vez que você checou os dois rapazes sentados cada um do seu lado, eles zombavam de você apenas com os olhares, acreditando fielmente no seu fracasso.
Jaemin acabou de se sentar ao seu lado esquerdo com um sorriso branco escancarado no rosto fino, em uma cadeira de ferro branca descascando assim como você. O uniforme vermelho e dourado, conhecido por indicar os alunos que pertenciam ao grupo de xadrez estava amassado. Contudo, ao mesmo tempo parecia impecável em meio a um broche que indicava o seu nome e a quantidade de vezes em que a universidade tinha sido campeã em que se encontrava brilhando, preso no blazer; é difícil simplesmente se esquecer de mencionar o cabelo castanho mal arrumado e com um cheiro reconhecível de shampoo feminino.
Já Renjun, o seu outro concorrente, se sentou ao seu lado direito. Verde escuro é a cor de seu blazer alinhado e cinza é a camisa social por trás dele, o cabelo preto estava bem penteado com gel e anéis aparentemente caríssimos de prata enfeitavam seus dedos finos. Ele, ao menos, fazia questão de os deslizar entorno dos dedos em ansiedade. O broche indicando a informação de que era presidente estava preso em seu blazer mas o nome dele não estava visível em lugar nenhum.
“É sua vez” O menino magricelo de óculos e gravata borboleta se virou em sua direção, o microfone entre sua mão grande se estendia em sua direção. “Você é a última”
Você balançou levemente a cabeça para que assim evitasse os pensamentos auto destrutivos que você fazia para si mesma. Não se sentia capaz, o que de certa forma era engraçado já que, se sentia incrivelmente superior aos seus adversários. Renjun, controlador demais; Jaemin, despojado demais.
“Boa tarde, alunos e alunas!” Sua voz suave escorregou pra fora com facilidade, apertando os dedos ao redor do microfone para disfarçar as mãos trêmulas. “Posso começar sendo sincera e falando sobre como é ridícula as ideias de campanha de Na Jaemin?”
Você soltou uma risadinha que instaurava obviedade, se virando levemente para trás apontando sua mão para o rapaz logo atrás de você. Ele acenou em sua direção, fingindo um lisonjeio. Os olhos se cerrando e o fogo brilhando nos olhos escuros e asiáticos dele.
“Ou melhor... Vou começar sendo uma pessoa decente e prometendo que não teremos mais os capangas de Renjun por aí sugando vocês como dementadores quando vocês estiverem passando no corredor para chegarem à aula, logo depois do intervalo” Você o alfineta diretamente de forma admirável, deixando que um sorriso mostrasse seus dentes.
Renjun era, até agora, o presidente estudantil. Ele ocupava o cargo há quatros anos e meio, se você não estiver enganada. Ele era simplesmente o sobrinho da então reitora do faculdade, tendo prioridade seletiva em todas as eleições que se seguiram desde que ele foi eleito – não só por seu parentesco mas também por ser do curso mais concorrido e importante de toda a universidade: o de direito.
Ele não é nem de longe uma boa opção pra ser votada. Detestado por cada alma viva que perambulava pelos corredores, Renjun era um pé no saco. Se incomodava com absolutamente tudo e não propunha nenhum tipo de melhorias para a universidade, nem de forma acadêmica e nem por sua estrutura. Priorizava as regras mais estúpidas e rígidas e por isso, advertências foram recorrentes em seu mandato. Não perdoava nada que ocorresse fora do esperado – algo admirável na verdade, mas você sabia muito bem da má reputação que ele possuía entre os alunos. Ele acabou, você sabia como, vencendo novamente.
Você tinha o observado desde que entrou como caloura. Você é tecnicamente uma novata. Oito meses sendo uma estudante dessa universidade, cursando o meio do seu segundo período de ciências sociais graças a conquista de uma bolsa integral que cobria a mensalidade caríssima. Entretanto, graças ao seu rosto bonito e sua gentileza, você já havia conquistado algumas amizades com a maioria do eleitorado estudantil, o que te fez chegar até aqui.
“E Jaemin... como poderíamos eleger um aluno como Jaemin? Vamos lá, galera! Vão se deixar levar por um rostinho bonito e frases de efeito?”
Jaemin a observou com a testa levemente franzida, pulando de sua cadeira e ocupando agora a que antes você estava sentada. Próximo a Renjun, ele sorri brincalhão ao levar a mão ao rosto para que seus lábios não entregassem os seus sussurros.
“Então você me acha bonito?!” Sorriu.
Na Jaemin se tratava de um coreano da área da saúde, medicina para ser mais exata. Com seu jeito exageradamente doce e flirtivo, conseguia ser reconhecido pelas garotas e mulheres que conviviam no campus; desde as alunas até às faxineiras ou secretárias. O homens de todas as áreas também gostavam dele, sempre ajudando a trazer bons títulos pro time de hockey e por ser responsável pela vitória federal do campeonato de xadrez. Não tinha uma alma viva que não o adorava.
Para acrescentar uma informação a mais em seu currículo: Jaemin era simplesmente filho de um dos políticos mais importantes da Coréia do Sul. E vencer a eleição estudantil era uma forma de averiguar a fama que seu pai possuía e além de tudo, traria um status quo diferente do que ele estava acostumado – diversas advertências vindas de Renjun por o encontrar beijando diversas garotas nas salas não utilizadas do campus. Mas nada acontecia, afinal, era de interesse da reitora que um garoto com uma família como a dele permanecesse ali.
Já você... você detestava os dois. Talvez fosse as roupas caríssimas de alta costura que Renjun vestia, no estilo mais puro do old money, ou até o sorriso galanteador de Jaemin direcionado a você toda vez que trocavam poucas palavras, mas, definitivamente, você os detestava.
“Ela é uma estraga prazeres, cara” Ele pontua com a diversão deslizando na voz falsamente animada, por dentro ele era capaz de sentir o coração em chamas, pulsando em puro ódio. “Você consegue acreditar no que ela diz? Ela tá acabando com a nossa reputação”
“Jaemin não se importa com essa universidade, ele não se importa com vocês. Ele só se importa em alegrar o paizinho dele. E Renjun quer orgulhar a reitora, que todos sabemos que é a sua tia.” Você mordeu os lábios, suspirando. “Eu não me importo com nada, não sou importante nesse lugar, não tenho uma reputação a manter, não tenho nada. Mas eu realmente queria poder trazer um ambiente confortável pra mim e pra vocês também. Fazer com que isso aqui fosse melhor até do que a nossa casa!”
Renjun deu um sorriso de canto ao descer os olhos por toda a sua silhueta. Ele era muito bom em disfarçar, estando com os olhos grudados na forma que o vento do ventilador preso nas laterais do palco levantavam a parte traseira da sua saia azul marinho. Ele deslizou o anel do dedo médio até a ponta, mais como um ato inconsciente do que qualquer outra coisa. Os lábios rosados dele estavam meio abertos e os olhos semi-cerrados enquanto focavam em você.
“Ela se leva a sério demais” Ele solta de maneira leve, os ombros relaxados e a ponta da língua deslizando pelo lábio inferior enquanto tombava levemente a cabeça para analisar mais a calcinha. Bonitinha, ele pontuou, mas não combinava com a imagem que você tentava passar ali. ele riu consigo mesmo. “Mas é uma gracinha, de fato.”
Você deixa o microfone em cima do púlpito, o barulho alto e incômodo da caixa de som zumbindo no ouvido de todos os que estavam presente enquanto você se vira e busca a sua bolsa estilo carteiro no chão, próxima da cadeira que agora Jaemin está. Você a cruza em seu corpo, os analisando com um ar levemente superior.
Você sentiu que pelo menos naquela rodada havia vencido e a sensação... Cada vez que a ponta da sua língua batia no céu da sua boca, você sentia aquele alívio possuir você.
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Ao empurrar os seus livros para o fundo do seu armário localizado na sala do grupo de Atlética de CS, você tratou de encaixar a chave prata na fechadura para que o fechasse logo. Ao se virar, você se dá conta com os dois rapazes atrás de você. Jaemin estava com as mãos dentro dos bolsos frontais da sua calça preta, enquanto Renjun estava com uma mão encostada no armário próximo ao seu armário, um pouco acima da sua cabeça.
“As vezes você precisa calar a boca, sabia?” Jaemin sorriu despreocupado, balançando o corpo pra frente e pra trás com uma voz melodiosa, quase se estivesse cantarolando. “Sabemos que vale tudo nessa disputa mas tem coisas que você não precisa falar. Me magoa.”
Ele inclinou o rosto em sua direção, verificando o seu rostinho pequeno e as bochechas grandes. Seus lábios se mexeram em um muxoxo e sua testa franziu, mudando sua atenção para Renjun que ainda permanecia em silêncio.
“Eu quero vencer.” Você diz firme, deslizando a mão na alça da sua bolsa.
“Eu também quero vencer, boneca” Jaemin diz divertido, finalmente puxando uma das mãos do bolso, levando os dedos até o seu rosto, acariciando a sua bochecha com delicadeza. “Mas não jogo sujo com você”
“Ela não jogou sujo, Jaemin” Renjun pontua, a ponta da língua deslizando pelo lábio inferior para umidecê-lo. “Ela tá usando as cartas que ela tem... O que é até fofo”
“Fofo...” Você repete como se testasse o sabor daquela palavra. Fofo. Você não queria que soasse assim. Renjun ri, deixando um selar rápido nos seus lábios; o gosto de hidratante labial sabor morango contaminou você por completo.
“Você não vai conseguir, anjinho” Ele dá um pequeno peteleco no seu queixo, a voz extremamente devagar como se a ensinasse algo. “Eu vou vencer. De novo.”
Jaemin gargalhou, encostando-se ao seu lado. Suas mãos agora tocavam você de alguma forma ou outra, alguns dedos deslizando entre os fios escuros do seu cabelo enquanto a mão livre brincava com a sua cintura, a apertando e afrouxando em uma tentativa de se distrair da conversa que o causava desinteresse.
Era verdade, mesmo que soasse o mais absurdo possível. Você estava ali, no meio dos seus dois adversários brincando com você, com seus lábios e com a sua cabeça, a fazendo se sentir estúpida. Eles gostavam assim, era uma sensação divertida observar toda a sua confiança e palavras bonitas no palco, nas reuniões e até nas provocações públicas que você direcionava a eles, mas a graça... A graça era a tratar como algo patético, descobrindo novas oportunidades, brincando com algo novo onde seus cuidadores (no caso, eles) deixavam que você descobrisse as consequências sozinha.
Você até que gostava do jeito que eles falavam com você.
“Nenhum de vocês vai” Jaemin dá de ombros se virando em sua direção, ele estava bonito, na verdade, ele era extremamente bonito. Os olhos pequenos, o nariz menor ainda e os lábios rosadinhos e levemente cheios. Ele era maior em estatura comparado ao chinês arrogante ao seu lado, o corpo era atlético, marcando levemente no uniforme; diferente de Renjun, um magricelo. “Vou vencer vocês e vou acabar te fodendo até você perder essa cabecinha, menina linda. Boa sorte!”
“Me encontra no meu carro na saída. Espero não ter que desenhar pra você.” Renjun apenas avisa com uma expressão fria e neutra antes que saísse da sala. Com um beijo estalado em sua bochecha, Jaemin se afasta e logo caminha para o caminho aposto.
Você limpa com a palma da mão o local que ele deixou o beijo, fazendo uma careta. Em seguida, o sinal toca indicando a troca de horários e você observa como seus colegas adentram a sala, sentando nas cadeiras próximas as grandes mesas redondas.
Você percebe que o quadro negro está com dizeres de incentivo a sua candidatura. Com puro divertimento, todos seus colegas de curso ali presentes esperam para que a reunião sobre a sua candidatura iniciasse. E assim você fez.
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Os olhos de Renjun saltaram em direção ao sutiã bem marcado em seus seios, a blusa com estampas floridas rasgada em seu corpo, expondo todo seu abdômen e a cor escura do seu sutiã. A sua saia quadriculada estava enrolada até a cintura, a calcinha de ursinhos brilhando em frente ao rosto dele. Os dedos longos tocando com uma pitada de desespero a barra do tecido, o descendo pelas suas pernas, deixando que seu ventre estivesse nu.
“Quem diria que você é tão obediente assim?” Ele diz com aspereza, deslizando a língua pelo lábio inferior ao buscar mentalmente o gosto dos seus. “Diz o que eu sou mesmo? Um tipo de Voldemort?”
Você pisca algumas vezes, inclinando seu corpo em direção a ele, tocando o rosto dele com suas mãos buscando deslizar sua língua adentro da boca dele. As duas mãos masculinas te impedem, envolvendo seus pulsos, os levando e os encostando no couro do banco do carro. Ele estava tão perto, o banco traseiro maior do que o de qualquer carro que você já havia entrado, as janelas com filme para que ninguém os enxergasse de fora; nenhum sinal de Jaemin até agora.
“Eu deixei que você me beijasse? Você ao menos pediu, menina estúpida?”
Um biquinho aparece nos seus lábios, o cenho franzido em meio o começo das sobrancelhas se juntando com os olhinhos brilhando em algum tipo de tristeza. Renjun sorriu, segurando seus dois pulsos acima da sua cabeça com uma só mão, usando a outra para apertar seu rosto com certa força.
“Diz pra mim...” Ele começa, a ponta da língua batendo no céu de sua boca. Você suspira, o rosto dele tão perto do seu que as respirações se misturavam entre si. “Você acha que uma boa garota deve dizer aquele tipo de coisa?"
Um leve tapa foi deixado em seu rosto, você sabia que ele não queria uma resposta e sim, apenas admirar com um sorriso a sua expressão indefesa. Renjun gostava de interpretar esse papel quase cruel, usando todas as coisas que você falava sobre eles contra você. Sendo naturalmente o menino de ouro da escola, ele precisava esquivar todos seus desejos mais profanos em seu interior; nunca se envolvendo com alunas, nunca cedendo em alguma regra quebrada. Ele era um exemplo, e usava toda sua frustração contra você. Você sabia que ele não queria que você vencesse... Você não podia e nem iria tirar a única coisa que o mascarava de toda essa coisa dele.
“Vamos lá, Renjun" A voz de Jaemin soou após a porta do motorista ser aberta e fechada rapidamente, em um milésimo de segundo. “Não trate nossa menininha assim... Ela usa o que ela pode usar, não podemos culpa-la”
Renjun resmunga, olhando no fundo dos seus olhos antes de se aproximar. Um selar foi depositado nos seus lábios levemente inchados, um olhar de cima a baixo foi dado antes que ele apontasse o indicador em sua direção; você escondia seus braços no meio das suas coxas, as marcas dos dedos dele fervendo em sua pele.
“Não acabamos ainda!”
“Claro que não...” Jaemin sorri. “Vem pro meu colinho, anjo. Deixe que o Nana cuida de você, hum”
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dreenwood · 10 months
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MEUS PÊSAMES ARGENTINA!
O maluco que quer ser Presidente da Argentina, tal de Milei, diz que conversa com seu cachorro morto. Milei acredita que o cão foi reencarnação de um leão das arenas romanas, e diz q ele lhe dá conselhos de como gerir a Economia do país.
Quem vota num louco desse merece o quê?
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666mork · 4 months
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‼️ AVISO DE CONTEÚDO ‼️
Esta fanfic é destinada a maiores de 18 anos e contém os seguintes temas sensíveis:
- Estupro (não condenado)
- Sexo explícito
- Abusos sexuais/assédio
Se algum desses temas for desconfortável ou desencadeante para você, recomendamos não prosseguir com a leitura.
Relacionamento: Satoru Gojo x Você, Você x Personagem Original
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Capítulo 1:
À Beira da Mudança
...
Dentro dos escritórios modernos e elegantes da ExcelAdmin, [Nome] sentava-se em sua mesa, cercada por pilhas de papéis e relatórios. Como assistente administrativa, ela estava acostumada a lidar com o frenesi do ambiente corporativo, mas naquele dia algo estava diferente. O ar estava carregado com uma energia nervosa, e os sussurros ansiosos dos colegas indicavam que algo estava errado.
Os rumores de demissões iminentes pairavam no ar, deixando todos apreensivos sobre o futuro de seus empregos. [Nome], com seu olhar determinado e postura confiante, tentava manter a calma e continuar com suas tarefas diárias, mas a incerteza sobre o que estava por vir era perturbadora.
Enquanto ela revisava mais um relatório financeiro, seu telefone tocou, interrompendo seus pensamentos. Era seu marido, Hiei.
[Nome] pegou o telefone ao ver a ligação de Hiei, seu marido, aparecendo na tela. Com um suspiro tenso, ela atendeu.
— Oi, Hiei. O que há?
— Oi, querida. Como está o seu dia?
— Está sendo um pouco complicado. Os rumores de demissões estão ficando mais fortes aqui na empresa, e a atmosfera está tensa.
Hiei estava preocupado com a situação delicada descrita por você e queria oferecer palavras de conforto.
— Sinto muito ouvir isso.  Estou aqui para você, não importa qual seja o resultado. — ele disse, com compaixão. — Tenho certeza você vai dar um jeito meu amor.
— Obrigada, Hiei. Suas palavras sempre me acalmam.- murmurou [Nome] com gratidão.
— Entendo, meu amor. Preciso desligar agora. Tchau, te amo, te amo, te amo. - disse Hiei com um suspiro de despedida.
— Eu te amo mais que tudo.- [Nome] respondeu suavemente, sentindo o calor reconfortante de suas palavras preencher seu coração.
¡!BIP¡!
[Nome] sorriu enquanto colocava o telefone de volta no gancho, encontrando o olhar curioso de seu amigo de trabalho, Ryota.
— Sim, era o Hiei.- respondeu ele ainda sorrindo com o brilho de amor nos olhos.
Ryota inclinou-se para a frente, intrigado. — E como está o maridão? Vocês pareciam bem animados na conversa.
— Está bem, Hiei ligou pra perguntar se estava tudo bem comigo.
— Hummm, fico feliz. Aliás, Tenho ouvido rumores sobre possiveis cortes de custos.
[Nome] assentiu, sua expressão refletindo a preocupação de Ryota.
—Sim, Os números do último trimestre não foram tão bons quanto esperávamos, e a diretoria está considerando algumas medidas para melhorar a situação financeira.
Ryota suspirou enquanto seu olhar percorria o escritório, absorvendo a atmosfera tensa que pairava no ar. De repente, seus olhos encontraram os da assistente do presidente, Ayumi, que estava circulando pelo ambiente.
Rapidamente virou-se para sua mesa e continuou seu trabalho. Ele não queria dar a impressão de estar fofocando ou se distraindo dos seus afazeres diários.
[Nome] fez a mesma coisa rindo do neversimo do amigo.
— Nome.- chamou a assistente, capturando a atenção de todos os funcionários. — Por favor, acompanhe-me. O CEO está aguardando para uma reunião importante.
Os olhares se voltaram instantaneamente para [Nome], enquanto ela se levantava de sua mesa e seguia a assistente em direção à sala de reuniões. A curiosidade e a expectativa pairavam no ar, deixando todos se perguntando qual seria o motivo dessa reunião com o CEO.
Caminharam ligeiramente para do presidente. Uma inquietação mortal.
Ao entrar na sala de reuniões, [Nome] viu o CEO, Haruki Nakamura, sentado à cabeceira da mesa, sua expressão séria e concentrada. Ela cumprimentou-o com um aceno de cabeça, antes de se sentar em uma das cadeiras dispostas ao redor da mesa.
— Como você deve estar ciente, os resultados financeiros do último trimestre não foram como esperávamos. Enfrentamos alguns desafios significativos, incluindo uma queda nas receitas e aumento nos custos operacionais.
[Nome], com uma expressão séria, assente em compreensão.
— Bem, possa ser que eu tenha arranjado a solução. Mas por enquanto vamos aplicar aquela ferramenta administrativa PDCA. Creio que sabe o que é.
Sobressaltando-se levemente, [Nome] assentiu. — S-sim, Planejar, Executar, Verificar e Agir.
— Isso mesmo.- confirmou o CEO —  Mas bem, chega de enrolação. Quero dizer que recebi um convite para o Gala Anual de Beneficência Empresarial, um evento de grande importância para nós. Quero que a ExcelAdmin esteja representada lá da melhor forma possível.
— Certo, o senhor quer que eu me responsabilize quem fará isso?
— Bem, pensei em enviar uma equipe para representar a empresa no evento, e você é uma das pessoas que gostaria de convidar para fazer parte dessa equipe.
[Nome] ficou surpresa, estava lisonjeada. Mas não era menos, [Nome] era uma das mais que contribuía naquela empresa. Seu desempenho profissional era notável e muito admirado pelos seus colegas.
— É uma oportunidade importante para fazer networking e fortalecer as relações com nossos clientes e parceiros de negócios.
— Tudo Bem, CEO. Obrigada pela confiança. - seu sorriso foi de orelha a orelha tremendamente alegre e saltitante por dentro, querendo contar o quanto antes para Ryota.
— Vou enviar mais detalhes sobre o evento e os preparativos em breve. Pode se retirar.
O CEO permaneceu sentado, analisando seus documentos enquanto você se dirigia à porta para sair. No entanto, antes de você se retirar totalmente, ele falou com frieza e autoridade na voz, sem levantar os olhos dos seus documentos.
— Espera. — ordenou.
Suas costas estremeceu, um calafrio percorreu toda sua espinha, o suspense e a curiosidade tomaram conta de você. Você parou imediatamente e virou-se para trás, encontrando o olhar do CEO que mudou drasticamente.
— Deus... como pude me esquecer.
O clima tenso que antes tomava a atmosfera subitamente mudou, agora um leve acalmar invadiu o ambiente. O CEO observava você com uma atenção redoblada, suas bochechas assumindo um tinteiro rosado.
— Oh, perdão, não quis surpreender você assim. — disse ele suavemente, um sorriso brando adornando seu rosto geralmente impassível.
Ele se levantou da cadeira e caminhou lentamente até você, a elegância e a graciosidade que emanavam com cada passo.
[Nome], surpresa com a mudança de clima e a atenção intensificada do CEO, sentiu uma mistura de curiosidade e nervosismo. Ela ergueu o olhar para encontrar os olhos do CEO, tentando decifrar suas intenções por trás daquele sorriso brando.
O CEO parou diante dela, mantendo um espaço respeitoso, mas ainda assim próximo o suficiente para que ela pudesse sentir sua presença imponente. Ele estendeu a mão, como se fosse tocá-la, mas hesitou por um momento, deixando a eletricidade do momento pairar no ar.
— Você é uma profissional excepcional, [Nome]. - continuou ele, sua voz suave e cativante. — Sua dedicação e competência não passaram despercebidas por mim ou pela empresa. Estou verdadeiramente impressionado com o seu trabalho aqui.
[Nome] sentiu-se lisonjeada com as palavras do CEO, seu coração batendo um pouco mais rápido. Ela sabia que essa era uma oportunidade única de se destacar ainda mais na empresa, e estava determinada a aproveitá-la ao máximo.
No entanto, enquanto o CEO falava, [Nome] não pôde deixar de perceber a intensidade do olhar dele sobre ela, uma sensação desconfortável se formando em seu peito. Ela engoliu em seco, tentando manter a compostura.
— Oh, obrigada, CEO.- respondeu ela, forçando um sorriso educado. —É um grande elogio vindo de você.
Ele sorriu ainda mais amplamente, seus olhos brilhando com uma expressão que [Nome] não conseguia decifrar completamente.
— A propósito, [Nome], tenho uma ideia para melhorar ainda mais a eficiência do nosso departamento. Seria ótimo se pudéssemos discuti-la mais tarde, talvez em um ambiente mais... relaxado.
O coração de [Nome] deu um salto em seu peito. Ela sabia que a proposta do CEO estava indo além dos limites profissionais, e uma onda de desconforto a invadiu. Mas ela também não queria criar atritos no ambiente de trabalho, especialmente considerando sua posição e a reputação do CEO.
— Claro, CEO. respondeu ela, tentando manter um tom neutro. — Estou disponível para discutir qualquer ideia que possa beneficiar a empresa.
O CEO assentiu, satisfeito.
— Ótimo. Mal posso esperar para nossa conversa.- Ele se afastou lentamente, deixando [Nome] com uma sensação perturbadora de inquietação e incerteza sobre o que o futuro reservava.
***
Durante o horário de almoço, [Nome] e Ryota estavam sentados juntos em uma mesa do refeitório da empresa, desfrutando de suas refeições enquanto trocavam conversas casuais.
— O que!? — Ryota exclamou, quase cuspindo um pedaço de arroz ao ouvir a revelação de [Nome].
— Shh, fala baixo! — [Nome] sussurrou, olhando ao redor para garantir que ninguém mais ouvisse. Ela notou os olhares curiosos de alguns colegas de trabalho e abaixou ainda mais o tom de voz. — Sim, foi isso mesmo que aconteceu.
Ryota arregalou os olhos, incrédulo. — Mas isso é completamente inapropriado! O CEO não pode simplesmente... Você sabe, fazer esse tipo de coisa!
[Nome] assentiu, sentindo-se desconfortável com a situação. — Eu sei, Ryota. Fiquei chocada quando ele sugeriu discutir ideias em um ambiente mais "relaxado".
Ryota balançou a cabeça, visivelmente perturbado. — Devíamos relatar isso para o departamento de recursos humanos. Não podemos deixar que ele se aproveite da posição dele.
[Nome] hesitou, preocupada com as possíveis repercussões. — Eu sei que deveríamos, mas... E se isso afetar minha carreira na empresa? E se eu perder meu emprego?
— Ele está usando esse convite como uma desculpa para ficar mais próximo e... quem sabe o que mais.
Um arrepio percorreu a espinha de [Nome], enquanto ela processava as palavras de Ryota.
— Pensei que tinha sido chamada pela minha capacidade, não por interesse.- murmurou ela para Ryota.
[Nome] soltou um suspiro profundo, seus olhos expressando uma mistura de incredulidade e desapontamento. Ela se sentia perplexa com a revelação sobre as verdadeiras intenções por trás do convite para o evento de gala.
Ryota assentiu compreensivelmente, compartilhando a frustração e preocupação de [Nome].
— Agora a preocupação é você sair dessa situação, não pode deixar que fique assim. Conte para seu marido
[Nome] suspirou, sentindo-se sobrecarregada com a complexidade da situação. Ela olhou para Ryota com uma expressão cansada, suas preocupações pesando em seus ombros.
— Eu não sei, Ryota. Essa gente é tão poderosa.-confessou ela, sua voz carregada de incerteza e apreensão. — Vou tentar evitar e resolver o problema sozinha. Quem sabe ele me esquece, deixar bem registrado na mente dele que eu sou casada.
Ryota balançou a cabeça, discordando.  — Isso não importa, ele sabe que você é casada. Ele já é um mal caráter por estar dando em cima de você, se fosse solteira não faria diferença, casada ou não.
— Ah, Deus... isso sempre acontece. — [Nome] disse em descontentamento, deixando escapar um suspiro pesado.
Ryota franziu o cenho, preocupado com a expressão de S/n. — Já aconteceu antes?
S/n balançou a cabeça, seus olhos refletindo uma mistura de frustração e resignação. — Sim, parece que não consigo escapar desse tipo de situação. Já aconteceu antes, em meus trabalhos anteriores. Por mais que eu tentasse me concentrar no meu trabalho, sempre tinha algum chefe que via além da minha aliança no dedo.
Realmente, [Nome] irradiava uma beleza magnética, capaz de capturar a atenção de todos ao entrar em uma sala. Seus traços pareciam ter sido cuidadosamente esculpidos, combinando suavidade e fascínio de maneira única. Seu sorriso, uma verdadeira obra de arte, convidava irresistivelmente as pessoas a se perderem em seus encantos. Ela era completamente envolvente.
Foi somente quando Ryota a viu desabafando sob a mesa, envolta em frustrações, que ele finalmente percebeu a verdadeira profundidade de sua beleza.
Mesmo em um momento de vulnerabilidade, ela continuava a emanar uma aura de fascínio irresistível, deixando Ryota sem palavras diante de sua presença cativante.
Ele nunca notou e olhou pra amiga com esses olhos, tanto por estar focado no trabalho e ela ter um marido.
Enquanto suas bochechas coravam, Ryota percebeu que havia ficado tempo demais observando [Nome], e rapidamente desviou o olhar, constrangido. Ele se perguntava como não tinha percebido antes a verdadeira magnitude da sua beleza e presença.
Aquela cena, tão simples e humana, revelou-lhe uma nova faceta de [Nome]. Mas rapidamente recusou esse pensamentos percebendo que amiga voltou a encará-lo.
— Acho que atrair a atenção indesejada dos homens se tornou um padrão na minha vida profissional. Ainda bem que você não é assim Ryota. - [Nome] sorriu gentilmente que foi retribuído pelo seu amigo.
...
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cilinsights · 1 year
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Amazon atualiza Alexa para falar como humanos com apoio de inteligência artificial
A Alexa entrou no mundo da inteligência artificial (IA) generativa e agora "fala como um humano". A novidade foi compartilhada nesta quarta-feira (20) durante o evento global de dispositivos da Amazon.
Dave Limp, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, explica que a "IA generativa está focada em criadores, não em consumidores", por isso a atualização chega com grandes expectativas.
A proposta é simples: você inicia uma conversa com a Alexa e ela responde mais rapidamente, e de forma mais natural. O modelo de linguagem da Amazon é baseado em Speech-to-Speech (fala-para-fala, em tradução livre). Com ele, a Alexa também deve aprender diretamente com as conversas e interações de usuários individuais.
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Esse novo grande modelo de linguagem (LLM), que traz uma função chamada "Alexa, let's chat", unifica as interações de texto para fala, que depois faz a "tradução" para o áudio com as respostas, explica Rohit Prasad, vice-presidente e head de ciência na Amazon Artificial General Intelligence.
Com a atualização, a Alexa também deve soar mais como humanos a partir de suas interações. Por exemplo, a assistente poderá dar gargalhadas, se mostrar surpresa e até incluir pausas com "hum…" durante uma conversa.
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rhanything · 2 years
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O que há no amor de quem fere?
(contém paradoxo)
Quem confere?
Se não me falha a memória havia uma roupa
Uma roupa imprópria e uma sacola amassada
Cuja velha estrada a levava num tronco a noite
Amassada e a velha entrada o vento guiava no colo
E o vento uivara à noite
E no colo da estrada a entrada pequena era à noite
Sem sua saia das nuvens, é normal que num corte; aqui entre
Entre aqui e outro corte
No meio..
É normal que não note
Ou só note o sorriso indigente, amassado, qnd pronto o sorriso riscado
Maquiado..
E anotou como escorre na gente?!
Como escorre na pele
Se não dor, o cansaço insistente
A não ser pela porta
Pela orta, a não ser
Pelo quarto da frente
Pêlo corta..
Só na quarta crescente..
Se não dor, o prazer esperando... inocente...
Pra ser
Ainda escorre.. e não sente
Ou finge
Se não dou seu recado dou 20
E continua sentada, contando os tons de cinza
Elouquecendo jovens
Pois percebem.. pelo gosto da roupa
Do verso à vice
Até a calvície
O nariz da esfinge
Num segundo Da 20
De versa, do ex-presidente
Arrancado.
E meu tio agora, parece culpado
Deixando o timbre de lado
Espera o clima escuro e o cabelo grisalho
Escondendo a pupila e a ruga
De baixo da roupa
Em piadas mal postas
de novo ele usa
Com o rei na barriga
Somando as horas, e o que fez com o dia
Ou pior.. o que podia
E a estrada, a entrada onde o pente não passa
Sei que em tudo não passa...
E o arroz fere a mesa
Na falta
Servindo a massa
E a maçã envenenada
Esperando de pressa me encara com raiva
Eu encaro com nojo, esperando conversa
Esperando meu beijo
Um arranjo, um arcanjo
O que fez com a peça, ode a noite, ardente
Em vez disso me explica o que há com o passo..
Apertado..
Me mostrou o marca-passo no braço
O que é nosso?
O coração fere a mente
Pois só tende e não entende cair
Ainda em pulso, não me aceita
Expulso
Me destrói num poço de ego, elegante, e garante, esperando platéia
Condição já sem luz, sem idéia
Não produz
Tirem tudo o que tem dessa aldeia
Como induz
O que o fogo não diz
Mas consome..
E devoram seus livros
E saqueiam as suas esposas
E suas orquídeas.
O que o tempo desfez
E refaz
Outra vez
Dessa vez um pouco mais forte
Missigenado
Desde a primeira guerra
À primavera, e assim outra luz
Qse apagada, inóspita, ritimando o concerto ou parte
E proclamam o meu anarquismo
E reclamam o seu vitimismo
Embaralham em suas apostas, meus vícios
Esperando outra arte
Outra face do abismo, sem brilho
Esperando um gatilho
Confiando um vacilo
No espelho, meu
Piso em falso, quase caio assistindo
Distraído... Digo...
No ponto de buso, lotado, esperando quem gosta
Desesperando o que odeia
Ou a almeja
Com frescor de colônia
Marejando de longe
Outra Anni tirando sua roupa, quando dão-lhe as costas
Quando dão-lhe as rosas
No começo da cura não passa
Só quer engolir logo..
Esquecendo os espinhos
Instável
E meu lado sensível, ilimitável, se apaga, e escurece metade da vista
E esquece da bula a parte
A morte..
A moldura da arte..
Que de maço a revolta, ao meu lado...
Vem.. em caixa
E se encaixa, pois não é meu o problema
O meu lado invisível, em coleira, inevitável quanto à cólera, colateral
Ignorando a louça suja, num esboço de um mundo jaz descartável
Onde perco uma hora, um pedaço da trilha, as migalhas... Era joão ou maria, perdido em ilha
E uma hora explode..
Eu olhando pra lua
Onde afoga-se
E foda-se
Onde? Foda-se..
Lá de cima onde lia, é q eu ganho uma lua..
Não.. não a lua
Não.. Na ilha de creta, em pedaço, um analfabeto funcional
Pois não tem quem entenda
As vezes quem leia
O poder da conquista
Dai a ele a cifra, de César.
Como todo monarca, romano, impostor
Lavando suas mãos..
E quando dia.. eu não sei qual memória
Ela cresce e me esquece, é sinal de lembrança
Ou é só esperança...
Depois volta e procura
Aparece..
"Sim, há lua"
E seu lado distante
Escuro.. digo...
O restante distante
Me empresta pra sempre, num paradoxo
E eu pensei que não fosse
Difícil
Tão fóssil
Mais fácil
Escavar...
Ou cravar que esqueça..
A bandeira estrelada me testa
Onde até o sol nasça
E alcança
Hoje o norte hora sul...
Seu cabelo amanhece jogado
Em tranças, diminui o volume
De um lado maior
De outro encantado no interior.. não te serve de nada
Não escuta palavras
Não houve...
E reclama, enquanto o piercing no septo separa
Quem é ela
É bruxa
Queimem ela
O céu noturno me mostra um braço da via
De leite
Sem poluição noturna
Ou poluição sonora
E logo manhece..
Eu fui mais pra que? Pra lá, de tanto lembrar
Mas, pra que?
Fui eu, e não sou..
Tão sol
De tanto voltar
Entao diga, pra que?
O motivo, o orgulho, o prefixo reflexo, salvo a isso, o início da onda
Se é hiper ou anti à crista, ela cresce e aparece em cima de mim, em cima da onda
Corcunda, no corcovado
Depois cai ao meu lado
E o surfista apontando o culpado
Prateado(a)
Com a prancha no braço
E sem nada no pulso
Expulso, de novo
Em pedaço
Alegando amar
Alagado amor..
Quase cai sem querer
Sem saber
Elegendo o peso de ser
No mar
Ou só sai como um breve suspiro... o ar
Me inspira...
E assim vai mais fácil
Por um pouco me salva...
E a sacola parada na beira esperando um rosto, recém nascido ...
Possuído...
Chutar.
"fulano nasceu de novo"
Pensava ter vindo do ar
Outro vinho e lugar
Assim vou...
Da fome, nao nascera morto..
Inocente...
E não sabe o valor da revolta
Mas dá valor a vida
O peso..
Não sabe voltar, porque ainda não foi
Morre na praia, criando medos e se afogando neles
Sem saber o valor da bolsa, a aposta, querendo meu globo, ocular
Enxergar
Liquidificador, no meu pulso
Meu líquido ah mini óptico
Esperando uma hora ou outra
Sem roupa...
Estourar
Usar
Escutar
E assim produzir
E ver
O que esconde de alguns, num mirante
A outros parece tão longe, um berrante equidistante tocando no pêlo, um pedaço da onda
Mostrando o lugar
O luar
Mas nunca a hora
Nunca há..
Nunca ouve, seu coração marcado
Dividindo o que é tempo e espaço, compassado, geralmente em maca
E o futuro importa, deveras em pranto quanto ao rebanho tomado
É que eu sei o que é meu, mas não sei o culpado
E sempre volta...
E eu percebo o verbo no fim..
da semana passar
Pra ser
To be
Sentir a Voltagem
A vertigem
A fuligem
Meia volta volver
Voltar..
E a sacola em peso segurando outra onda
Segurando uma roupa
toda meia noite comprada na 25
Eu não sou reciclável
Isso é indiscutível
Só a noite me encontram num bar
Só a noite a encontram pra usar
Só a noite me encontra, escrevendo o que quero
Era a pista e a dança, uma moça e a sacola vagando, no ar
Ar de moça, criança, arde em chamas
Soluçando um golpe desferido
E não tem outra escolha, aguentar
Pede alguem que te rasgue a sacola, posta em sua cabeça.
E ele troca de roupa
De lugar..
Mas nunca troca de traço
Como troca de passo
E aperta..
Tentando explicar a si mesmo
Mas não consegue
Porque há uma eterna vontade de ferir o que já está morto, ao seu lado.
~rhanything
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agroemdia · 10 months
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“O mundo está exigindo muito cuidado na questão ambiental", diz Lula
Segundo o presidente, o verdadeiro empresário do agronegócio sabe que tem que cuidar da imagem dos seus produtos, se não vai vender, porque hoje tudo é rastreado"
Do Brasil 247 O presidente Lula (PT) voltou a mencionar o agronegócio nesta terça-feira (5), durante o podcast ‘Conversa com o Presidente’, após ser atacado por ruralistas depois de criticar, na COP28, a intenção de parte do Congresso Nacional de derrubar o veto presidencial relativo ao Marco Temporal. “Todo verdadeiro produtor rural, que produz, que faz negociação com o mundo inteiro, que quer…
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blogoslibertarios · 1 year
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Com Lula no G7, Brasil fica de fora de conversas da Ucrânia sobre “fórmula da paz”
  Durante o encontro da cúpula do G7, sediado em Hiroshima, no Japão, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve a oportunidade de se reunir com um grupo seleto de líderes mundiais, incluindo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, não teve a chance de se encontrar com Zelensky devido a conflitos de agenda. Essa…
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haileybieberbrs · 1 year
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Hailey Bieber para FILA - Edição de 50 anos.
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Fila anuncia Hailey Bieber como embaixadora global da marca e coleções colaborativas de roupas esportivas. A modelo e empreendedora firmou uma parceria plurianual com a marca.
A Fila nomeou Hailey Bieber como sua nova embaixadora global da marca. A modelo estreou em uma campanha publicitária da marca no outono de 2022 e agora firmou uma parceria plurianual na qual colaborará com a Fila para criar coleções exclusivas de roupas esportivas. A primeira oferta colaborativa será lançada antes do outono de 2024.
“Estou grata por expandir meu papel na Fila, uma marca que sempre se destacou por sua qualidade, elegância e designs ousados ​​e bonitos”, disse Bieber em conversa. “Aprecio a herança italiana da marca e as épocas da moda Fila onde posso continuar a inspirar-me. Estou animada para trazer meu próprio ponto de vista sobre os estilos icônicos da Fila, enquanto trabalhamos para criar algo especial juntos.”
Logo após o anúncio, a Fila lançou uma nova campanha apresentando Bieber ao lado do tenista patrocinado Reilly Opelka enquanto a empresa comemora o 50º aniversário de seu logotipo F-Box.
O logotipo foi introduzido em 1973, quando a Fila trouxe cor pela primeira vez para a quadra de tênis. O uso de cores de marca registrada, marinho e branco, inovou na época o padrão do código de vestimenta estritamente todo branco para o tênis.
A nova campanha foi fotografada por Renell Medrano e estilizada por Hailey e Dani Michele. Bieber é vista em uma variedade de estilos da Coleção de Aniversário da F-Box, a nova variedade global da marca de roupas femininas e masculinas. As peças inspiradas no tênis incluem camisas polo, agasalhos, jaquetas e gola redonda. Alguns estilos são adornados com uma estampa gráfica de raquete de tênis e listras clássicas, principalmente nos tons vermelho, branco e marinho característicos da Fila. Reilly também aparece na nova campanha, vestindo uma variedade de conjuntos masculinos combinando.
“O estilo Fila é icônico e os formadores de opinião e os revolucionários expressam seu talento artístico e individualismo através de nossos designs”, disse Gene Yoon, presidente global da Fila, em comunicado. “Hailey tem apoiado a marca e estamos ansiosos para continuar nosso relacionamento juntos. Seu impacto na moda e na cultura é inegável e ela traz uma nova perspectiva fresca e sem esforço para a marca.”
A coleção F-Box já está disponível em fila.com
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semmaisdelongas · 1 year
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DEMOCRACIA, a forma romantizada e legítima de manutenir as ditaduras oligárquicas brasileiras.
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Consideremos: Oligarquia é um sistema político no qual o poder está concentrado em um pequeno grupo pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico.
Os oligarcas são as pessoas que pertencem a este pequeno grupo, que controlam as políticas sociais e econômicas em benefício de interesses próprios. A palavra oligarquia tem origem no grego “oligarkhía”, que significa literalmente “governo de poucos”.
A Democracia, tal qual se apresenta em nossa sociedade atual, longe do romantismo filosófico dos estudiosos e doutrinadores, tem a essência ditatorial! Pelo menos a nossa democracia, ou seja, a brasileira, vem sendo construída dessa forma. Tentarei explicar! Para início de conversa e reflexão, em uma análise quase que elementar de um preceito básico da nossa democracia, não temos nem o direito de não exercer o direito de voto por qualquer motivo que seja, cabendo à deliberação de cada qual. 
A possibilidade de justificar a ausência do voto não necessariamente expõe o reconhecimento democrático ao direito de não querer votar, sendo, na verdade, uma ferramenta para os casos excepcionais aonde determinadas pessoas por algum motivo não conseguiram comparecer às urnas. Ah! Quanto a justificativa vale destacar que faz-se necessário ter que comprovar o alegado para que deliberem sobre aceitá-la ou não! Muitas são as restrições para aqueles que ousarem não exercer o direito ao voto! Logo, tecnicamente falando, somos "obrigados" a votar e essa situação tem um papel imprescindível na manutenção de todo mecanismo aqui explanado!
A noção de Ditadura nos remete popularmente e historicamente à regimes militares ou militarizados partindo do pressuposto de atuação do Poder Executivo, ou seja, da figura de um Presidente ou líder. Pois bem, narram por ai que a nossa Carta Magna instituiu dentre outras coisas a “democracia” ou o “Estado Democrático de Direito”. Vale reconhecer que,  pelo menos tecnicamente, essa afirmação não é errônea, mas as coisas não são tão românticas e libertadoras assim pois o que vemos é a maquiagem de um sistema ditatorial e ele fica lindo e super atraente com ela. 
Continuemos...
Ocorre que, em uma reflexão quase que empírica, é possível aferir que nunca deixamos de viver sob um regime ditatorial  ou autoritário, porém, de uns anos pra cá esse regime veio travestido de uma sensação de liberdade, legalidade e legitimidade, digamos, universalmente aceita, muito em razão das belezas da ideia da democracia, uma vez que, o sistema, sob o combustível do Poder econômico e Oligárquico traveste os interesses de pequenos grupos com a maquiagem democrática. 
Uma coisa não podemos negar: isso é de uma genialidade!
Alguns pontos, vale refletir, são a base dessa tirania e maquiagem democrática: o poder econômico que essas oligarquias possuem e a conveniente – para eles – ignorância e pobreza do seu povo. E é pautado nesses critérios que “eles”, os tiranos, manipulam como querem os tentáculos do “jogo democrático”.
Ah, mas e a dicotomia quase que mortal entre Esquerda e Direita?! Consideremos! A relevância dessa questão para a presente reflexão, pelo menos em uma análise de Brasil, está no sentido de que, claramente, esquerda ou direita são óculos de como cada grupo oligárquico ou qualquer pessoa que se identifique com um ou outro, enxerga como deve ser as diretrizes de atuação e governança da sociedade, com suas pautas libertárias ou conservadoras e tudo mais que tem direito. 
No fim das contas, essa “guerra” ideológica que se estende desde a Guerra Fria e suas ramificações pelo mundo, como no caso do Brasil em 64, não compromete a reflexão, uma vez que, as oligarquias sejam de esquerda ou de direita alternam sua atuação nos moldes do jogo do Poder atual. Ou seja, cada qual representa uma ótica de atuação diferente de como fazer o jogo democrático funcionar, levando em consideração, é claro, aqueles pontos quase que basilares da tirania democrática que foram supracitados, a lembrar: Poder econômico, Ignorância e pobreza do povo. 
Apesar de tudo, é possível perceber que quando oligarquias que representam um lado não estão no Poder, ou seja, em tese, são oposição, assim se fazem sem deixar de participarem das engrenagens do Poder, uma vez que, a sistemática do jogo, levando em consideração toda divisão e subdivisão administrativa do país, assim permite. Logo, ser oposição, seja meramente em termos de gestão ou até mesmo em termos ideológicos, não significa não estar no Poder, pois as fontes do Poder são muitas, mas, sim, significa apenas não ser o protagonista do momento.
Recordemos...
Foi citado aqui que a noção popular e histórica de tirania e ditadura está amarrada ao militarismo ou militarização sob o comando de um líder do Poder Executivo, certo? Então, a nível de Brasil essa explanação se faz necessária porque o nosso modelo de Poder a partir da Constituição Federal foi dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário e a questão é que historicamente, num determinado momento e contexto da Sociedade, ainda que não haja hierarquia entre os Poderes e que sejam independentes e harmônicos entre si, é possível notar que um Poder fica, digamos, com mais relevância de atuação que os outros, como se fossem ciclos de importância dentro de um contexto. Aplicando a ótica proposta nesse texto, é possível enveredar os esforços cognitivos e reflexivos no sentido de se tratar de uma subdivisão ou departamentos de ditaduras dentro do jogo democrático, aonde cada qual, dentro de um momento de atuação, representa os interesses de determinados grupos oligárquicos. 
Assim sendo, pode-se dizer que do ponto de vista das oligarquias (esquerdistas ou direitistas), frente ao povo, independente da face ora em relevância dentro da divisão de Poderes no jogo democrático, se considerarmos o ciclo acima citado, num regime em tese democrático ou até mesmo não, não há fusão, a separação é nítida. Ou seja, ainda que haja conflitos de interesses no meio oligárquico e do Poder, o povo, ainda que defensor de um ou de outro, jamais participa do verdadeiro banquete. 
E é exatamente o que vemos em nosso País hoje, uma guerra entre os interesses supostamente ideológicos dessas oligarquias, ou seja, que transcende a efetiva atuação e até mesmo entendimento da grande massa do povo (mas não o exclui, muito pelo contrário, porque o povo atua como soldado dessa batalha, guerreando entre si, e tudo em nome de seus senhorios que assistem sentados e juntos em suas cadeiras de ouro apreciando o banquete); é uma guerra de gigantes que, quando na situação (e não oposição), fazem da Constituição ou qualquer lei e norma que seja, apenas um pedaço de papel e em nome dos seus interesses mais escusos (hoje em dia nem tanto assim), claro, travestidos frente ao povo com a melhor das intenções sempre em favor da população, colocam sua tirania democrática em prática.
Observando toda a engrenagem democrática do nosso país funcionando, é nítido que talvez tenha chegado a vez do Judiciário estar na parte mais alta da roda gigante e, claro, ele representa algumas oligarquias. Agora, reflitamos! Se assim considerarmos essa consideração como uma verdade, dentro do jogo democrático de direito, a quem poderemos recorrer do ponto de vista jurídico? Ora, se entre eles é possível notar que não há qualquer pudor ou receio e respeito às normas quando da defesa de seus interesses, o que poderemos esperar deles frente a nós, povo?
“O poder emana do Povo! Todos são iguais perante a lei”, (risos), perdão, mas, pura balela! São aquelas frases prontas, dentre tantas outras nas mais diversas esferas, ecoadas do topo da pirâmide para manobrar e ludibriar a massa base dessa pirâmide e, assim, o sistema se manter sempre em harmonia conforme e na defesa dos interesses das oligarquias. Volto a repetir: é uma engrenagem genial! Ora, como não reconhecer a genialidade em diante de um jogo democrático, romântico e libertador, atribuir ao povo (pobre e ignorante) a posse do suposto e por que não fictício Poder e, usufruindo da força e poder de compra do Poder econômico e atuando convenientemente e pontualmente frente às necessidades do povo (pobre e ignorante) manutenir o verdadeiro Poder na posse de si? Esquerda e Direita tem os seus métodos e discursos prontos para jogar o jogo na alternância de Poder entre eles.
Resumindo ou trocando em miúdos: a democracia pode ser – e na prática da nossa realidade é – se percebida e manipulada em suas variáveis de meios de manuseio sistêmico por uns grupos oligárquicos, um perfeito e legitimado mecanismo ditatorial, ou seja, de manutenção dos interesses/poder de alguns – quase sempre os mesmos oligarcas – e o melhor de tudo é que, em tese, não deixa de ser a democracia e toda magia que traz consigo. 
“Ah! A democracia pode não ser a melhor, mas é a menos pior dentre os meios disponíveis!” Bem, talvez sim, não se está negando. O objetivo do presente texto não é abominar a democracia, mas, sim, em se tratando de Brasil, refletir a forma como a democracia é conduzida e propor que é possível sim o exercício de regimes ditatoriais por alguns grupos oligarcas quando esses têm os meios e mecanismos necessários para manipular e fazer da Democracia uma bela maquiagem das suas perpetuações no Poder. 
Claro, deve-se considerar que vez ou outra tem uma “exceçãozinha” e tal no alcance do “Poder” e fica ainda mais fácil e nítido de perceber quando o interesse é no ingresso ao Poder Legislativo tendo em vista a quantidade de cadeiras disponíveis nas mais diversas esferas. “Cá” entre nós, talvez tenha de ter, pois deve se tratar da gotícula de parcela necessária para manutenção da legitimidade do sistema, fora o fato de que esse pessoal “novato” tem que se ajustar ao sistema ou...
Enquanto isso, você, eu, nós, átomos nesse corpo manipulado chamado povo, temos que ser éticos, termos moral, bons costumes, boas práticas, sermos romanticamente esperançosos, afinal, tá escrito num pedaço de papel que o poder emana de nós! Que alegria! Ditaduras e perpetuações no Poder nunca mais!
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