#Hoje em dia essas são nossas armas mais poderosas . | Explore Tumblr Posts and Blogs

barbiemarleyblog · 3 years

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Carta de uma maconheira ao presidente

Defender a legalização da maconha é defender o nosso direito de ver nossos impostos aplicados em melhorias concretas para a sociedade. Diante do retrocesso absurdo e sem precedentes da mais recente mudança na política de drogas feita por nosso “excelentíssimo” governo, senti vontade de trocar uma ideia sobre o assunto com o atual presidente. Mas como? Se ele já não é chegado num debate, quem dirá com uma “maconheira esquerdista” não é mesmo?

Foi então que vasculhando algumas publicações passadas encontrei uma especial. Tão antiga quanto atual, feita há alguns anos depois de uma discussão acalorada sobre o tema com um tio – que não surpreendentemente votou no atual presidente rs – chamada “Carta aos Proibicionistas”. Percebi que com alguns remendos e contextualizações atuais caberia como uma luva direcioná-la a alguém que, pra mim, consegue representar o pior de todos eles: o blogueirin, digo, o – nem tão novo – presidente do Brasil: Jair Messias Bolsonaro. Só peço a você que leia sem pré-conceitos:

Para começar queria te lembrar que drogas não são só aquelas proibidas. Café, álcool, cigarro, açúcar, rivotril e aspirina são drogas também. Tão ou mais perigosas do que as ilícitas, viciam e causam efeitos colaterais gravíssimos como overdose, cirrose, câncer de pulmão, diabetes, hipertensão, dependência, intoxicações e etc. Você compra ‘remédios’ em uma DROGARIA porque o que está a venda lá, veja só, são drogas! A inocente cervejinha do comercial de TV é a mais perigosa de todas. Afeta a saúde do usuário e a segurança de quem está no caminho dele. Não preciso lembrar aqui das inúmeras ocorrências de acidentes de trânsito, agressões, estupros e assassinatos provocados por bêbados todos os dias, não é mesmo? Prefiro ir além e questionar se “vossa excelência” sabe quem foi Al Capone?

Permita-me refrescar sua memória:

Segundo a Wikipedia (e os livros de história) Alphonse Gabriel, mais conhecido como “Al” Capone, nasceu em Nova Iorque em 17 de janeiro de 1899 e foi “um gângster ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei Seca que vigorou nos Estados Unidos nas décadas de 20 e 30.” Calcula-se que ele tenha arrecadado algo em torno 100 milhões de dólares. Ou mais.

Antes dessa lei ser aplicada o comércio de bebidas alcoólicas gerava empregos e recolhia impostos para o governo exatamente como acontece nos dias de hoje. A partir da proibição criou-se um novo crime: o tráfico de álcool, e todo esse dinheiro (que não era pouco pois não é de hoje que o ser humano gosta de tomar umas não é mesmo?) passa a ir para as mãos do crime organizado financiando a compra de armas e toda a guerra e caos que se instaurou no país desde então.

Perceba que não foi a substância que criou a guerra, mas sim a sua proibição. Assim como creio que você, caro leitor, já pôde concluir neste pequeno resumo, não demorou muito para os próprios governantes enxergarem a merda que fizeram. Foi preciso voltar atrás e admitir que a medida foi um fracasso, uma burrice, uma amarga ilusão que só fez fortalecer os criminosos e instaurar medo, terror e violência desenfreada.

Usar drogas é natural do ser humano, faz parte da construção do nosso ser e da expansão da nossa consciência desde que habitamos esse planeta. Não é ‘achismo’, não é ‘ideologização’ (me pergunto se o Sr. sabe ao menos o que significa essa palavra rs), são fatos.

TODOS SOMOS USUÁRIOS DE DROGAS.

Estudos mostram que buscar estados alterados de consciência – o tal “barato” – é natural não só do ser humano como também dos animais. Golfinhos mascam baiacus pois a toxina liberada por eles ao se sentirem ameaçados os deixam “doidões”. Eles passam o pobre baiacu uns para os outros exatamente como nós maconheiros passamos nossos baseados. Elefantes da África do Sul ingerem frutas de Marula fermentadas para ficarem bêbados. Gatos cheiram “catnip” (erva dos gatos) para relaxarem e se divertirem. O ser humano bebe, fuma maconha, faz sexo, joga videogame ou toma chá de camomila buscando essa mesma sensação de relaxamento, prazer e estado alterado de consciência. E isso não é necessariamente uma coisa ruim!

A porcentagem de pessoas que usam drogas é imensamente maior do que a porcentagem de pessoas que se viciam e tem problemas com elas. A ciência nos explica que o uso problemático de drogas está muito mais ligado aos fatores sociais, econômicos e psicológicos em que a pessoa se encontra do que a substância que ela usa. Em bom português para que o Sr. entenda: um indivíduo psicologicamente saudável, com estabilidade familiar e financeira, que possui acesso a condições básicas de saúde, educação e lazer tem uma probabilidade infinitamente menor de desenvolver uso problemático de drogas do que o indivíduo que não teve acesso a nada disso. Não é a mera coincidência que nas “cracolândias” a esmagadora maioria seja de pessoas negras, pobres e com histórico familiar de violência, abandono e tragédia. Estar à margem da sociedade e principalmente estar psicologicamente doente é um fator de risco muito maior para se tornar um viciado do que o uso de qualquer substância em si. Podemos citar por exemplo o caso de seus filhos que, segundo relatos facilmente encontrados na internet, nos anos 2000 eram sempre vistos fumando maconha nas praias cariocas durante as sessões de surf com os amigos da banda Forfun, do qual inclusive Dudu participou da gravação de um clipe. Nem por isso viraram dependentes químicos, né?

Num estudo realizado pelo departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Unifesp pelo Dr. Dartiu Xavier, concluiu-se que fumar maconha pode ajudar dependentes de crack a abandonar o vício. Durante 12 meses, psiquiatras acompanharam um grupo de 20 dependentes que estavam fumando maconha numa tentativa de diminuir os efeitos da abstinência causada pelo crack. Ao final do experimento, 14 deles (70% do grupo) haviam deixado de usar crack e passaram a fumar maconha esporadicamente. É importante lembrar também que as pessoas não se viciam só em ‘drogas’. Se viciam em adrenalina, jogos, pornografia, chocolate, poder… E muitas vezes os impactos desses vícios a saúde são tão ou mais danosos quanto o uso de algumas substâncias ilícitas – como é o caso da maconha, que é 114 vezes mais segura que o álcool e, segundo cientistas “será a nova penicilina” devido a revolução que esta pode causar na medicina e na saúde das pessoas. Mas disso a gente fala daqui a pouco.

Antes quero que você entenda que a violência gritante oriunda do tráfico de drogas só passou a existir depois da implementação da ‘guerra às drogas’. Antes disso, cigarros e tinturas de maconha assim como “drops” de folhas de coca eram vendidas em farmácias como remédio para muitos enfermos. Na verdade, se for pra ir a fundo mesmo, posso falar sobre como a maconha já era usada de forma medicinal e recreativa desde a época dos faraós… e antes!

Hoje já sabemos que todo o poder, enriquecimento e a crescente violência do crime organizado são produtos da própria guerra às drogas. São frutos da proibição que nasceu do preconceito, da desinformação e principalmente da busca pelo controle das massas e do monopólio de indústrias. Da maconha se faz papel, tecido, combustível, alimento, plástico, concreto impermeável e à prova de fogo e outros milhares de produtos de forma barata, limpa e sustentável. Só quando você descobre isso começa a perceber o real motivo da proibição: Ninguém quer facilitar o acesso a uma planta tão útil, versátil e de fácil cultivo para que nós, pobres mortais, possamos plantar em nossas casas e terras para produzir não só nosso próprio remédio, mas também fibras e produtos capazes de substituir tantos outros oriundos das gigantes indústrias mundiais. A maconha é muito mais poderosa do que querem nos fazer acreditar. E você sabe disso. Ou pelo menos deveria saber…

Garantir a manutenção da repressão e da guerra às drogas serve única e exclusivamente para garantir o sucesso do crime organizado, a fatia gorda das milícias e claro, da indústria armamentista. E isso não é “papo de esquerdista defensor de bandido”. É o que dizem os maiores especialistas em segurança pública e economia do mundo!

O fato é que as pessoas não vão parar de usar drogas, nem as lícitas nem as ilícitas. Você pararia de tomar sua cervejinha se de repente resolvessem proibi-la? E a sua aspirina? Pararia de comer chocolate? Ou o tal pão com leite moça acompanhado de um cafezinho? Sinto em te informar mas isso tudo também é “droga”. Aliás, vossa excelência sabia que o consumo de café já foi proibido entre os cristãos?

Quando eu luto pela legalização das drogas não estou defendo apenas o meu direito de usar, até porque o fato delas serem proibidas nunca impediram a mim nem a ninguém de encontrar. Eu defendo o seu direito, caro leitor, de viver em uma sociedade pacífica, sem guerra, sem bala perdida, sem genocídio das populações pobres e periféricas. E engana-se quem torce o nariz e pensa que isso não é problema seu e que só quem perde são esses pobres e periféricos. Todo nós perdemos. A diferença é que só eles perdem suas vidas…

Defender a legalização da maconha é defender o nosso direito de ver nossos impostos aplicados em melhorias concretas para a sociedade como saneamento, educação, saúde, lazer e consequentemente segurança pública, não em armamento e efetivo policial para enxugar gelo combatendo algo que já provou não poder ser combatido.

Ignorar que a “cuestão” das drogas tem tudo a ver com a situação caótica em que vivemos hoje, falar em combate a violência, a miséria, ao racismo e a implementação de qualquer projeto que paute a segurança pública e a diminuição das desigualdades sociais sem falar em descriminalização e legalização das drogas é caminhar – mais uma vez – rumo ao fracasso. Ou é charlatanismo ou muita ingenuidade. Já usamos essa estratégia antes e o resultado está aí. Mudou? Sim, mas para bem pior.

Não é à toa que países como Canadá, Uruguai, EUA, Portugal, Holanda e até mesmo Israel entre outros com as mais variadas “ideologias” estão legalizando, descriminalizando ou afrouxando suas leis de drogas, principalmente as que dizem respeito à maconha. Nos estados norte americanos que legalizaram viu-se nascer uma nova, potente e bilionária indústria que impulsiona cada vez mais a geração de empregos, renda e arrecadação de impostos a níveis astronômicos em tempo recorde! Em Chicago estuda-se usar o dinheiro arrecadado com a legalização total da maconha para pagar a alta conta de pensões e aposentadorias devidas à população sem precisar mexer no bolso do contribuinte. Isso não te faz pensar em nada?

O próprio presidente Trump, como bom businessman que é, re-legalizou no fim do ano passado sem grandes alardes o cultivo e produção do cânhamo pois sabe do potencial econômico dessa fibra. Novamente segundo o Wikipedia (e não os livros de história porque infelizmente isso não é ensinado na escola), cânhamo é “o nome que recebem as variedades da planta Cannabis Ruderalis (que não produzem as flores) e da fibra que se obtém a partir delas.” Sem produzir flores a planta não serve para ser fumada mas é excelente matéria prima para centenas de indústrias. Cresce em qualquer lugar, não agride o solo e pode até purificá-lo. Foi proibido por ser uma ameaça direta para todas as poderosas indústrias que detém monopólios de produção, principalmente a têxtil e a petrolífera.

Indo um pouco mais a fundo na história você descobre que as velas dos barcos que trouxeram Pedro Álvares Cabral ao Brasil eram feitas de cânhamo. Que o papel onde foi escrita a independência dos EUA era feito de cânhamo. Que George Washington tinha plantações de cânhamo e que na verdade, lá atrás, essa planta foi fundamental para a economia e desenvolvimento de diversos países.

Entendo o medo que seu governo tem de que “a molecada se interesse por política” pois cidadãos politizados jamais permitiriam que essa abordagem fracassada e criminosa se perpetue. Cortar investimentos na educação e extinguir matérias que provoquem reflexão e estimulem o senso crítico é admitir que não se quer um povo que pense e descubra o quanto foi manipulado para aplaudir e defender a própria miséria e sofrimento nem o quanto estão sendo enganados dia após dia com leis e discursos que não os protegem, só os criminaliza e destrói suas vidas. E com vidas falo não só da dos “criminosos” (entre aspas porque pra mim criminosos mesmo são os de colarinho branco, políticos, juízes, policiais e demais agentes públicos corruptos que garantem que a proibição continue para que possam lotar seus helicópteros de cocaína e faturar milhões de dólares sem serem incomodados), mas também da vida de tantos policiais honestos que são enganados e iludidos a acreditarem que arriscar suas vidas lutando numa guerra na qual eles já entraram para perder é algum tipo de ato de heroísmo. Pobres coitados…

Quantas pessoas morrem por causa da violência e da repressão? Quantas morrem por causa do uso de drogas em si? E dessas que morrem pelo uso, quantas só morrem por estarem marginalizadas e sem acesso a informação, cuidados médicos e substâncias com controle de qualidade?

Em países como a Holanda, a Suíça e a Dinamarca usuários têm à sua disposição salas de consumo de drogas com risco mínimo, ou “shoot rooms”, onde podem usar drogas de maneira controlada recebendo acompanhamento médico e psicológico (!!!), o que não só fez com que os índices de violência e mortes ligadas a essas substâncias despencassem como também os levou a fechar presídios por falta de criminosos!

Vossa excelência entenda a magnitude disso?!

Em todos esses países, ao contrário do que diz o senso comum, o consumo principalmente entre jovens e adolescentes não só não aumentou, mas caiu. Novamente, isso não é opinião, são os fatos!

Aí você me pergunta: “você quer mesmo comprar o Brasil com o Canadá, a Suíça e a Dinamarca? Eles são países ricos, seguros, educados e desenvolvidos!”

E eu te digo que nosso país não precisa ser rico, seguro, educado e desenvolvido para só então descriminalizar as drogas. Ele precisa descriminalizar as drogas – e principalmente legalizar a maconha – para só então ser um país rico, seguro, educado e desenvolvido. Esse é o ponto.

Os grandes traficantes não querem a legalização. Não querem que os bilhões que lucram com o mercado ilícito passem a ser aplicados em infraestrutura social. Eles querem é que todo mundo se foda, o negócio é lucrar. É por isso que o tráfico não pede identidade nem pra quem quer comprar, nem pra quem ele quer recrutar. É tão “fácil” ser vendedor quanto ser consumidor, basta saber onde procurar. E, convenhamos, não é nem um pouco difícil encontrar… Só defende a proibição quem lucra com o tráfico de drogas, direta ou indiretamente. Quer um exemplo? Em 2013 o juiz Vilmar José Barreto Pinheiro, que em 1997 mandou prender a banda Planet Hemp alegando apologia às drogas, foi ‘condenado’ por receber propina do tráfico de drogas. Irônico né? Sabe qual foi a sua triste condenação? Aposentadoria compulsória. Ou seja, ele foi condenado a parar de trabalhar e continuar recebendo 28 mil reais por mês, que saem do nosso bolso, pelo resto da vida! Eu não sei pra você, mas bandido mesmo, pra mim, é esse senhor e quem o “condenou”.

Se as drogas foram proibidas pensando na minha segurança, me diga onde está essa tal segurança?!

Tudo isso e eu ainda nem entrei no mérito do uso medicinal da maconha – ou das demais drogas proibidas como o LSD e até a própria cocaína. Imagina você que durante a Copa do Mundo da Rússia pacientes tinham autorização para usar maconha e cocaína medicinal nos estádios?! Coisa de drogado vagabundo ou de país desenvolvido? Mas como não espero que vocês estejam preparados para debater o fim da proibição da folha de coca, vamos focar na Cannabis e em seus inúmeros usos terapêuticos.

Mas veja bem, falar de maconha medicinal não é só falar de um frasco de óleo. A partir do momento que o usuário fuma um pra relaxar e aliviar o estresse, esse uso já é medicinal. Ao meu ver, todo uso de maconha tem um “quê” de terapêutico.

Há um anos atrás, na Marcha da Maconha em Porto Alegre 2018, conheci a Carol. Marchando em sua cadeira de rodas empurrada pela mãe Liane, era uma garotinha que por muitos anos não andou, não falou, só se alimentou por sonda e sofreu diariamente com centenas de crises convulsivas severas causadas pela síndrome de Dravet. Elas lutavam para conseguir na justiça o direito de plantar o da filha pois já tinham autorização para importar mas o óleo de CBD isolado da indústria além de absurdamente caro não surtia os efeitos desejados… Foi só quando começou a produzir o óleo artesanal contendo THC, CBD e todos os demais componentes da planta que Carol finalmente encontrou o alívio para suas crises!

Um ano depois, na Marcha da Maconha em 2019, tive a emoção de vê-la marchar sobre suas próprias pernas, exibindo orgulhosa a cicatriz da sonda que ela já não usa mais enquanto entoava, ao lado da mãe, gritos de “maconha no quintal é remédio natural!”. Hoje ela é a primeira paciente gaúcha a conquistar na justiça o salvo conduto para cultivar o único remédio que foi capaz de salvar sua vida: maconha! O senhor vai ter coragem de chamar essa mãe e essa menina de drogadas?

Também não adianta nos ludibriar com aquele discurso de que “CBD tudo bem, o problema é o THC” porque já está amplamente comprovado que o CBD sozinho não é eficaz, como foi no caso da Carol e de tantos outros pacientes. O que cura e alivia é o efeito comitiva, ou seja, a junção de todos os componentes da planta, em menor ou maior escala de acordo com as necessidades do organismo de cada paciente. Que são milhares. Eu diria milhões. Desde os epiléticos até os diabéticos, os cancerosos, os esclerosados, asmáticos, os com mal de Parkinson, de Alzheimer, os que sofrem de insônia, de depressão, de glaucoma, de autismo, de bruxismo… A quem pode interessar a proibição de uma planta com um poder de cura tão poderoso?

Ou o senhor caiu, assim como todos nós, nas mentiras que vêm sendo repetidas durante décadas – e aí não vejo porque não reconhecer o erro e buscar novas alternativas, ou “vossa excelência” é não só conivente como mais uma peça nessa engrenagem suja de sangue que faz a roda da proibição continuar girando e destruindo gerações.

Quando seu governo decide andar na contramão do mudo e investir em mais armamento e repressão ao mesmo tempo em que faz cortes catastróficos na educação, eu sinto muito, mas só consigo concluir que se trata mesmo da segunda opção…

O mercado legalizado de maconha pode gerar aproximadamente 10 BILHÕES de reais por ano aos cofres públicos brasileiros, sem contar todo o dinheiro economizado com o fim de operações caras, violentas e inúteis mas vocês preferem realmente tirar dinheiro do bolso do velhinho aposentado ou pior, fazê-lo trabalhar até morrer? Que salvadores da pátria mequetrefes fomos arrumar hein?

Caro bolsofã proibicionista, permita-se sair da sua zona de conforto e questionar o porquê de você pensar como pensa sem ao menos ter refletido profunda e abertamente sobre o assunto. Por que motivo não querem que você se interesse por política? Por que não querem que você estude filosofia, sociologia ou qualquer outra matéria que desenvolva seu raciocínio crítico? Quando foi que se tornou aceitável um presidente falar abertamente que “o que importa é português, matemática e um ofício que gere renda” e que tudo mais que te faça pensar, raciocinar e questionar é ruim? O que eles tanto temem? É isso que chamam de educação? A mim soa mais como idiotização…

Esqueça seus pré-conceitos. Mudar de ideia não é sinal de burrice mas sim de inteligência. Aquele que acha que sabe de tudo só prova o quanto não sabe de nada. E digo isso como alguém que foi criada em família cristã rezando o terço de joelhos todas as noites demonizando a maconha assim como a grande maioria de nós foi coagido a fazer. A diferença é que alguns não estão dispostos a reconhecer que foram enganados por tanto tempo. Se acham espertos demais para isso e com isso só provam o quão ignorantes são…

Eu não me envergonho de assumir publicamente que fumo maconha porque hoje eu entendo que não há nada de errado nisso. Vergonhoso pra mim é continuar defendendo com unhas e dentes uma política burra, fracassada e ultrapassada que fede a mofo e sangue e ainda querer dar discurso de “liberal salvador da pátria”. Criminosa é a lei. É ela que precisa mudar. E é exatamente por isso que já está mudando em todo o mundo. Me explica como seremos um país moderno e desenvolvido insistindo em leis do século passado? Como já disse José Mujica, não dá para esperar resultados diferentes se você continua fazendo sempre a mesma coisa.

Desculpem-me a franqueza, mas já passou da hora de deixarmos de ser imbecis. Se repressão e violência resolvessem alguma coisa já estaríamos vivendo num paraíso. Não precisa ser esquerdista, comunista ou nenhum outro “ista” para compreender isso. Apenas ter um cérebro capaz de questionar não só tudo que acontece ao seu redor, mas principalmente aquilo que só os corajosos e sábios conseguem por em questionamento: a si mesmos.

Não seja só mais um papagaio de pirata de um capitão incompetente que claramente está prestes a afundar o navio. Não espere até ser sua a vida a estar por um fio.

PS: Tô há tanto tempo ensaiando para escrever esse texto porque, vejam só vocês, duvidei da minha capacidade de colocar em palavras todas as minhas reflexões sobre o ponto que quis abordar. Mas diante de um cenário onde nem o próprio presidente nem sua equipe parecem fazer questão da coerência e bom uso das palavras, senti confiança em meu potencial e resolvi publicar. Nunca antes na história desse país minha auto-estima intelectual esteve tão elevada! Valeu, Maconheiro Vagabundo)a.! Compartilhem e marca o amigo)a Maconhistas do Pulmão Verde.💚🍁🌬️

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momo-de-avis · 4 years

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Guerras de Midgard, Cap. 1: Maré de Trevas

No ano passado, vendi a minha dignidade ao diabo fazendo uma análise capítulo a capítulo do monte de esterco que é a primeiríssima obra literária de João Zuzarte Reis Piedade, também conhecido como Zuzas. Para quem é novo aqui, e esta coisa de eu andar a ler merda e a fazer análises é nova, o índice completo d’O Filho de Odin encontra-se aqui (ou podem pesquisar a tag Ana Le o Filho de Odin, ou ainda as siglas FDO seguido do número do capítulo, tipo: FDO3).

Para grande infelicidade da raça humana, e ainda mais infortúnio dos portugueses, Zuzarte não ficou satisfeito com a sua primeira empreitada no universo literário, e depois de encher o ego não sei bem como porque se pesquisarem no google este livro é genuinamente o livro tuga mais mal falado pela blogoesfera, ele decidiu publicar a sequela, chamada Guerras de Midgard.

E eu, porque não tenho amor próprio, decidi prosseguir no martírio e fazer o mesmo. Alerta: este livro é maior que o anterior. Aceito envio de álcool para recobro.

Rezem por mim.

Antes de entrar no capítulo, quero apenas deixar-vos com a delícia que é 1) a dedicatória do Zuzas, e 2) a nota do autor.

Dedicatória:

Dedicado àqueles que na escuridão amam e, que de volta, são amados.

E quanto à nota de autor, vou apenas deixá-la aqui para vossa apreciação:

Recosto-me na minha cadeira IKEA e rio-me. Zuzarte, com todo o meu mais íntimo respeito e admiração, vai-te foder. Com toda a minha admirável persistência e respeitando ainda a tua perserverança, peço-te que enfies a tua falsa modéstia bem pelo cu acima, e faz dela um clister de sabedoria, porque me recuso---absolutamente RECUSO---a acreditar que tu 1) escreveste esta merda aos 12 anos, 2) não foste plagiar, seja WoW seja o que for, e olha que eu, da última vez, apanhei-te com a boca na botija contra os Wizards of the Coast.

Não me vou dar ao trabalho de pesquisar porque caralhos me fodam, mas isto é super inconsistente: eu lembro-me de várias entrevistas onde todos se gabavam do menino ter escrito isto aos 14 anos. Inclusive, na contra-capa do original, esse facto é gabado por não menos que o Pedro Granger. E eu sei que tu tinhas 14 anos em 2004 e não 2002 porque, tal como eu, nasceste em 1989. Aliás, o livro foi publicado em 2006, o que se entrepusermos o período de edição (que de certeza absoluta não existiu) e paginação, que eu vou reduzir para 6 meses ao invés do processo natural de um MÍNIMO de um ano, já que o livro deve ter sido revisto por um macaco epiléptico a bater com a testa num teclado, não há qualquer chance deste estrume ter sido escrito na sua forma final antes de 2004. E sim, o livro dá todas as provas de ter sido apressado (relembrem-se que apanhei mais do que um erro).

Se calhar queres dizer que o first draft é de 2002, ou que tiveste a ideia em 2002. Mas convenientemente, jogaste umas coisinhas porreiras, das quais te gabas agora por seres nível 70 e o caralho, mas continuas a nível 2 na escrita, n00b.

“As empresas de videojogos não se inspirem tanto no meu trabalho! He!He!!”

Quanta insegurança não acrescentaste aí nessa falta de coluna dorsal a que tu chamas ego de Cascais para te dares ao trabalho de escrever este colhão, e mandar logo gralhas horripilantes NA PRIMEIR PÁGINA, ANTES SEQUER DA HISTÓRIA COMEÇAR.

Como é que foi, Zuzarte? Como é que foi os teus papás comprarem a tua publicação na Gailivro, financiarem por meio de cunha o teu sonho molhado de adolescente, ter a Caras e a VIP e o caralho a fazerem passadeira vermelha para ti enquanto os amigos do papá te afagam o piço---só para, de repente, dares por ti e seres a punchline da literatura portuguesa?

Quantas noites choraste tu nos peitos da mamã apresentadora de TV porque foste alvo de chacota de virtualmente toda a gente? Como é que é ainda hoje ires ao goodreads e não encontrares uma única crítica positiva do cagalhão coalhado que tu chamas livro que os teus pais publicaram por cunha? Quão traumatizante foi para ti perceber que o dinheiro não compra talento, mas sim uma oportunidade de te pôr na ribalta, que por sua vez apenas proporciona às pessoas uma oportunidade de te fazerem ver que além de escritor de merda, és também pessoa de merda, para teres de escrever esta infeliz abertura onde inclusive mentes com todos os teus dentes?

Pelo menos respondeste à pergunta que eu tinha no primeiro livro, e vejo que eu não estava enganada: escreveste um guião, não livro, só que não para filme. Para jogo. O que tipo

pqp

Cá vamos...

A história começa em 1914, 52 anos depois de Drácula ir com o boda, e o autor diz-nos que foi “um período conturbado e negro” mas “essa paz parece não durar muito tempo” porque “paira no ar uma sombra de mudança”.

Em Skeidharársandur, na Islândia, humanos e anões são amigos até que os dragões das neves começam arrear neles e quando a coisa fica mesmo feia, a aliança começa a fraquejar. A solução é construir uma torre de vigia. Só, nem tipo melhor estruturas ou ir às cidades vizinhas pedir auxílio. Só construir uma puta duma torre, e anda com ela. Os anões, que são os obreiros da mitologia, partem pedra, enquanto os humanos defendem a cidade.

O problema é que o tempo passa e eu sinceramente não percebi se a obra nunca foi começada ou se se está a arrastar por demasiado tempo, mas seja como for, os anões vão ao sindicato e pedem aos humanos que os ajudem para despachar esta merda. E encontramos a primeira pérola:

A Aliança encontrava-se numa situação crítica: sem os artesãos necessários para o fabrico de armas, os Islandeses falharam, mais parecendo um grupo de crianças a atacar um tanque de guerra com bolas de neve.

Se isto vos parece confuso porque, embora explicado o problema do tempo, até agora não houve menção de armas, é porque o Zuzarte, nos 2 ou 4 anos que teve para crescer de um livro para o outro, aprendeu 0, e deu-nos zero de explicação.

A informação é largada aqui sem um contexto, e compete a nós desfragmentá-la, basicamente. Segundo: porque é que os islandeses falharam? Só existe uma cidade na Islândia? E atenção, isto é 1914. Metam-se na puta dum avião, um barco a vapor, uma prancha de surf, e vão à Irlanda, ou à Noruega, ou ao caralho, pedir auxílio.

Sentindo-se como que inútil, Jarl ordenou que todos os artesãos largassem o seu ofício e se concentrassem somente na construção da torre.

1. Somos forçados a subentender que o que isto quer dizer é: a aliança encontra um momento crítico porque os artesãos OU trabalham nas armas OU na construção da torre, embora o Zuzas não tenha dito isso.

2. 4 anos após o Filho de Odin, e o Zuzarte encontrou “como que” para substituição da sua expressão favorita: espécie de, lmao

3. Para quem não sabe, “Jarl” é um título, tipo lorde de chefia militar, comummente líder da cidade/freguesia/sei lá. Logo, deveria ser “o Jarl” e não “Jarl” sem artigo definido. Isto induz quem não sabe em erro: pensa que Jarl é um nome.

Os anos passam e a puta da torre não pára de construir, tanto assim que o pessoal começa a ter problemas a levar calhau lá para cima.

Quando parecia não haver mais esperança, um grupo de seres muito pequenos, envoltos em capas, ofereceu a sua ajuda.

Tenho a certeza que não são nada sketchy.

Os bichos estranhos pedem apenas uma coisa que o narrador afirma ser considerada por humanos e anões como “tão insignificante que a Aliança acedeu ao pedido, sem hesitações”.

O pedido?

Construir um altar a um deus que eles desconhecem com runas na puta da torre.

“O que é que eles querem?”

“Desenhar uns hieróglifos esquisitos nas nossas paredes e erguer uma estátua em honra de um deus qualquer, acho que não é nada de mais.”

“Mas Jarl, não está estabelecido neste universo que a magia é um dado adquirido, e que a possibilidade de ela ser extraída de forças divinas torna-a ainda mais poderosa, quiçá mesmo perigosa?”

“Está sim.”

“Então não achas isso um bocado trolha?”

“Claro que não, aposto que isto é tipo Quinta da Regaleira, toda a gente diz que é místico mas é porque nunca viu um poço na vida!”

A torre é construída bué da rápido e um dia as nuvens “destaparam os céus” (SIM, a inconsistência de tempos verbais do livro anterior mantém-se, o Zuzas aprendeu zero em 4 anos) e revelaram a torre que “parecia uma lança inquebrável que quase tocava o céu”, já terminada.

Mas o que ninguém sabia era que o verdadeiro pesadelo estava para vir...

GARANTO-TE QUE EU SEI, CARALHO. JÁ PASSEI POR ISTO UMA VEZ, JÁ TENHO ESTOFO.

Eu tenho para mim que construir UMA (1) torre para defender de dragões é um bocado estúpido, mas enfim.

Graças ao Falo Anti-Dragões, este local passa a ser conhecido como “Eterna Sentinela” e, atenção, os bichos estranhos pediram ainda que se instalasse um sino para alertar a população sempre que viesse aí merda, o que está certo.

mal os seus homens chegaram junto da porta, o sino gigante começou a tocar. Uma...duas... três vezes. Lentamente, o som propagou-se pela cidade. Quatro... cinco... seis vezes tocou o sino como se fosse o batimento cardíaco de um gigante de ferro. Sete... oito... nove, a intensidade aumentava a cada a badalada (sic) e os membros da Aliança afastavam-se cada vez mais da porta da torre, tapando os ouvidos com as mãos. Dez... onze... doze. À décima segunda badalada, desencadeou-se uma forte tempestade de relâmpagos e a porta abriu-se.

Vamos já adereçar o elefante na sala: sim, o Zuzarte melhorou a sua capacidade descritiva. É publishing material? Não para mim. É bom, bom? Não acho. Mas está melhor, acima de tudo num aspecto que foi, para mim, daqueles em que ele mais cagou n’O Filho de Odin: não é tanto uma questão de a linguagem estar bonita ou não, mas que está claramente pensada para público alvo. Ya, “como se fosse o batimento cardíaco de um gigante de ferro” é foleiro, mas também é exactamente o tipo de comparações que encontramos em literatura infanto-juvenil.

Segundo, props à intenção de criar ritmo por fim a gerar suspense. A contagem crescente é uma coisa que costuma funcionar muito bem em literatura infanto-juvenil, por isso, embora eu não goste, não se trata do meu gosto pessoal, mas que funciona.

Estou para ver se esta merda descarrila.

Numa raríssima e totalmente inovadora tentativa de de facto DEIXAR A NARRATIVA PROGREDIR AO SEU RITMO EM VEZ DE APRESSAR, Zuzarte indica que os homens entram.... lentamente... para dentro da torre, e de lá saem “uma hora de ratazanas em decomposição” que ele chama de “pequenos vis roedores” (lol) e depois, “surgiu algo pior: pareciam vários ratos gigantes, bípedes com a altura de dois homens” e já caímos nas contradições porque um bípede é um animal que se apoia em 2 patas---que não é bem o que um rato é, a menos que os ratos de Cascais sejam uma estirpe à parte, MAS é precisamente o que vem a seguir: “homens-ratazanas (...) guinchando e rosnando”.

O narrador diz-nos, então, que isto revela a verdadeira natureza destes bichos que construíram a torre (mas não deixa claro se o povo percebeu): não são nem anões nem gnomos, mas sim “Skorfs” que a nota de roda-pé (TINHAM SAUDADES?) indica ser um nome oriundo de “scorfa, duendes em latim” e DING DING o meu pedantismo volta porque 1) verifiquei em 2 dicionários de latim, e scorfa não existe, e 2) “duende” é na realidade de origem galaico-portuguesa (E NÃO IRLANDESA), é uma contracção evolutiva de duen de casa (”dono de casa”) por isso tipo. Why. Se inventas um nome pra uma merda, não tens de dar explicações a ninguém A MENOS que seja relevante. É relevante quando, por exemplo, involve uma língua nova---neste caso é latim, caralho. Deixa o pedantismo bem no fundo do esfíncter e dedica-te à pesca, meu.

Mas acham que o Zuzas perdeu o hábito de verborreia educativa??? CLARO QUE NÃO:

Skorfs, uma espécie híbrida, metade duende, metade roedores, cheios de verminoses, vindos do quinto dos nove Círculos do Inferno.

CHEIOS DE VERMINOSES

A nota de roda-pé para o Círculo dos Infernos é de cagar a rir porque está QUASE como trabalho académico:

Vide A Divina Comédia -- Dante Alighieri.

Suponho que o Zuzas tenha escolhido a sua nova obra clássica preferida para plagiar depois de passar a sua fase Van Helsing/Bram Stoker.

Estas criaturas, que mais parecem ratazanas raivosas e em decomposição, medem pouco mais de um metro e a sua pele, por vezes revestida com penugem, mostra cicatrizes provenientes dos vários combates tidos com Anões, Gnomos, Duendes ou mesmo os da sua própria espécie [?]. Alguns possuem pelagem cinzenta, preta ou castanha, mas os mais horrendos são os que não apresentam pelagem. Têm dentes afiados, amarelos. Um skorf orgulha-se dos seus dentes, pois a sua horrenda cor e o seu formato são sinais de superioridade em relação a outros skorfs. Os dentes, além de prestígio que conferem, são importantes armas mortíferas ao transmitirem vírus letais a quem é mordido.

Literalmente não mudaste nada em 4 anos. Metade desta informação é-me inútil, a menos que a cor do pêlo se torne relevante por que razão for. Já para não falar que temos o habituar: o tempo verbal muda drasticamente para falarmos no presente só para o narrador nos dar uma chapada de pedantismo.

Chupa, plebeu.

Este bandalho de ratazanas é tão fodido que não deixa UM SOBRIVIVENTE

UM!

...excepto Hugin, “o Primeiro, um dos Corvos de Odin” que andava por lá a passear portanto nem sequer tem nada a ver com esta merda, e dá as más novas aos deuses, e portanto chega a Midgard a notícia de que a Islândia INTEIRA foi com o boda.

INTEIRA, MANOS!

E depois de um parágrafo largo para dar a ideia de que agora estamos a fala de outra coisa:

o mesmo se começou a verificar na Alemanha: alterações sociais contribuíram para que o seu período de paz parecesse chegar ao fim.

Isto é uma maneira muito interessante de se referir ao absurdo da origem da primeira guerra mundial e toda a situação do Franz Ferdinand.

Na zona Sul deste país, na Floresta Negra, domínio dos Elfos Negros ou Drows,

eu vou ser sincera: achei muito estranho n’O Filho de Odin o Zuzas não ter chamado aos elfos negros Drows, já que ele plagious merdas de DnD à cara podre, mas estou a ver que em 4 anos ele perdeu a vergonha. E acrescento ainda que Drow tem uma nota de roda pé que diz “Palavra utilizada pelas outras raças de Elfos para designar os Elfos Negros, que os vêem mais como demónios e que se recusam a considerá-los como autênticos Elfos”. Hmm, bom racismo mitológico.

E é claro que os drows vivem na floresta negra, não podiam viver na baviera ou o caralho, a floresta negra nem tem nada de negro, só mesmo o bolo

...e, foda-se, resto da frase é literalmente impronunciável:

o reino de Dëren’Thürn é governado pelo sucessor do Rei Nürnen Durthang I, o príncipe Kaleth “Angïll” Durthangs II.

O apelido, portanto, mudou de pai para filho.

Eu detesto esta merda de morte em fantasia. Não sei porque é que os autores de fantasia acham perfeitamente aceitável deixar o gato passear pelo teclado e clicar no trema umas quantas vezes porque dois pontinhos ficam fixes ali, e depois bota uns apóstrofos porque é assim que se faz, né? Eu sei que querem inventar línguas, mas ao menos ajudem-me na pronúncia, e se estamos na alemanha, eu vou puxar da leitura alemã. Mas isto é pet peeve meu.

Agora, deliro ali com o “Angïll” porque se está entre aspas significa que é ou um cognome, ou uma alcunha, que nunca nos é explicada. Fixe.

Enfim, este Kaleth sobre ao trono com 750 anos (”que equivale a dezassete anos nos Humanos” lol) e é considerado um dos “monarcas mais influentes”. E porque é que é influente? Porque comete genocídio contra os não-drows, através de umas “escassas dezenas de guerreiros” e alguns pózinhos de “magia negra”! Uma ideia casualmente reforçada no parágrafo seguinte depois de laudar este méne:

A maldade e os crimes hediondos não tinha limites.

Um bocado a contradizer ali o epitáfio de “gajos mais influente e respeitado”. Ao menos podias ter esclarecido “PELOS DA SUA RAÇA”.

Este monarca costumava liquidar os prisioneiros

caralho tou me a rir, “liquidar” é uma palavra tão bizarra para usar neste contexto porque parece que o man fez liquidação total nos prisioneiros de guerra durante a rebaixa de verão

Enfim, ele gosta de torturar mans, usando um artefacto bonitamente chamado de “Luva de Loki” que consiste numa

luva metálica forjada nas fornalhas de Dëren’Thür com o único objectivo de matar a sangue frio e perfurar as armaduras dos seus inimigos, arrancando-lhes o corações e outros órgãos internos.

depende do dia da semana, às vezes é um rim, outras um pulmão, é como lhe apetecer. Aliás, diz o narrador que às vezes lhe arranca o cérebro para oferecer de refeição ao seu dragão negro de estimação, Kkaelar “Karath” Haelörst.

voltamos à linguagem infanto-juvenil habitual, portanto LMAO

Este gajo vive debaixo da terra, e a cidade dele tem 10 níveis. Os primeiros 9 são cidadãos e soldados e o último é do rei e a sua corte, e é também onde está o templo para os necromantes “invocarem os poderes demoníacos que ajudaram os seus soldados em váras campanhas pela sua magnífica cidade de ónix” ok.

Eu queria evitar isto mas tem de ser:

Embora a disciplina seja constante e os Elfos, curiosamente, sejam educados e extremamente sedutores [LOL], a maldade paira pesadamente no ar como fumo de um incêndio junto às chamas. Os homens [envergam] armaduras de escamas negras, exibindo alabardas, semelhantes a foices com uma espécie de gancho grande e afiado o suficiente para que além de trespassar armaduras agarrava pela parte de trás os capacetes e perfurava-os.

Que puta de atrocidade que vai nesta última frase, isto é tipo fazer necromancia para reerguer o Camões e o D. Dinis só para lhes espetar um chuto no escroto tão forte que os mata outra vez. E mais fascinante de tudo é que ele fala tanto e diz nada.

Já tinha saudades dos semelhantes a e espécies de, seguidos de uma descrição que faz puto de sentido. Façam só como eu, e vão ao google. Isto são alabardas:

pronto.

As mulheres pertencem ao “Culto de Hel”, uma organização de bruxas com o único objectivo de adorar Hel e sacrificar seres vivos em sua honra.

Segue-se uma puta duma descrição do quanto nEgRo tudo é, o quanto MáZoNAs estas pessoas são, e o primeiro nome pseudo-latino (metal Niddhog, que é Dracos Nifelheimus, que nem sequer faz sentido caralho, que aneurisma andas tu a ter). É tudo horrível. A estátua está no meio de um caldeirão. Todas as mulheres compulsivamente veneram “fanaticamente” Hel. Se a traírem, são sacrificadas por meio de desmembramento e estripamento, ok. coisa pouca. Ah e o coração é arrancado e oferecido a Hel na dita roda onde fica o caldeirão que é tipo o local onde... se faz metal...? Sei lá caralho. Isto é ritual de purificação, diz ele. Ya.

Por mais demoníaca que a descrição dos Elfos Negros seja, esta não é a pior parte.

Porque é que não é a pior parte? Porque tudo é negro, bem negro. A sociedade está “envolvida num tumulto de eterna e imensa escuridão”. As crianças “brincam às guerras e à destruição”. Os rapazes fingem ser Krig’Logh que a nota de rodapé diz ser “Guerreiro, em Elfo Negro, derivado do alemão “Krieg” e de Logh de Loge, o nome germânico de Loki” (krieg em alemão é guerra, não guerreiro, quando muito seria kriegerin), e é o gajo que nos vai escravizar a todos em nome de Kaleth. As raparigas “abrem as suas bonecas, dizendo que, no futuro, oferecerão um verdadeiro coração a Hel” (quem nunca praticou o ocasional ritual satânico, meninas, vá lá). Os pais acham isto educativo e “por vezes, trazem prisioneiros de guerra para casa para que jovens treinem todas as atrocidades”.

“JOÃOZINHO, TROUXE-TE UM ESPANHOL P’RA ESVENTRARES, VAI LÁ MOSTRAR À TUA IRMÃ COMO É QUE O GIRALDO SEM MEDO FAZIA, MAS NÃO ME ESTRAGUES A SEGURELHA”

Opa isto é tão COMICAMENTE VILÃO caralho FODA-SE. Todas as teclas que o miúdo não bateu n’O Filho de Odin, é tipo o chaval aumentou o nível de vilania e deu-nos esta MERDA. QUE MAIS, ZUZARTE? TAMBÉM SE VESTE EM CABEDAL NEGRO E BOTAS DE CHUMBO? FAZEM ORGIAS BANHADOS EM SANGUE? NÃO CONHECES OUTRO ESPECTRO MORAL QUE NÃO MAU = NEGRO, BOM = BRANCO, A SÉRIO?

Este império élfico encontra-se no seu auge. A única coisa que se opõe a estes seres imortais do mal é o Império Austro-Húngaro, governado pelo Arquiduque Francisco Fernando, e a Alemanha governada pelo Kaiser Wilhelm.

O plano é simples, e aposto que vocês já sabem o que é: causar fricção. Ora Zuzarte, que quer MESMO esporrar sabedoria por todos nós, leigos energúmenos, explica que o monarca drow faz uma série de magia para fazer whiteface ao seu melhor assassino, leva-o ao cabeleireiro, e quando sai ninguém é capaz de dizer que o bicho não é humano, e ganha a aparência “dos humanos originários da Sérvia: bigode, cabelo castanho, jaqueta e boina de couro.”

Não é por nada, Zuzas, mas ele soa mais a um transmontano.

Depois de dissimulado, o assassino foi enviado para a capital do império Austro-Húngaro e matou o Arquiduque no dia 28 de Junho.

...se ao menos tivesse sido tão eficaz assim e não uma autêntica trapalhada que parece saído directo dos Batanetes.

E boom, deu-se a primeira guerra mundial, inconsciente de que foi tudo um plano arquitectado por um Drow sofredor de reserve-racism e superioridade mitológico-racial, que se aliou aos alemãos só para arrear nos bifes.

O plano do rei é basicamente deixar o pessoal à bulha e quando estiverem fragilizados “os Elfos Negros planeavam virar-se contra os antigos aliados, traindo o Kaizer, e atacavam uma Europa exausta e fragilizada”.

O que me deixa duas questões:

1) Os alemães sabem da sua existência? E coadunam com esta merda? O Kaiser sabe que existem elfos negros a viver debaixo dos pés com criancinhas a esventrar pessoal no pátio da escola e rituais satânicos de gajas colectivamente a defenestrar corações e está perfeitamente tranquilo com isto?

2) Estes idiotas vão combater numa guerra na qual não têm interesse só para ver os humanos a desgastarem-se e depois aproveitarem-se disso?

Soa tudo muito bem mas parece-me que não têm gente suficiente. Tipo, não é uma merda à Hitler que convenceu brancos aquém e além mar que eram superiores e estendeu-se até outras penínsulas, além de ter um considerável número de gente sob sua alçada. Isto é literalmente tipo, uma mão cheia de milhares de drows que o narrador já referiu como sendo apenas “umas escassas dezenas”---e querem impôr superioridade racial?

...oh diabo. Oh filho da puta. Tu... tu queres ver que vais fazer um reverse-Hitler?

Os primeiros disparos deram-se em Sarajevo, mas onde seriam os últimos?

No meu cérebro.

#ana le as guerras de midgard #GDM1

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baekhyunplanetbr · 3 years

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EXO PLANET #4 -THE EℓYXION[DOT] - PHOTOBOOK: ENTREVISTA COM O BAEKHYUN

SEJAM MEUS LINDOS AMIGOS, EXO-L.

EXO-Ls, eu fiquei feliz que fomos capazes de nos encontrar de novo no EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]. EXO e EXO-L, nós somos amigos agora, certo? No passado, a maioria dos nossos fãs exclamariam ‘whoa!’ quando o EXO subisse no palco e se concentrasse em tentar preencher mais do EXO em suas visões periféricas. Mas recentemente, há mais fãs que nos olham com um olhar descontraído, como se estivessem dizendo ‘Olá amigo, já faz um tempo!’ EXO-Ls que se tornaram nossos novos amigos e EXO-Ls que são nossos amigos de longa data, todos vocês são amigos que o EXO aprecia.

Eu sempre reflito profundamente no meu coração o fato de que é devido aos EXO-Ls que o EXO é capaz de subir no palco, e que somos capazes de nos espalhar pelo mundo. Se não fosse pelos EXO-Ls, EXO nunca teria sido capaz de crescer como estamos agora. Eu penso que os EXO-Ls são um pilar forte e estável para o EXO, e o EXO é uma folha que brilha lindamente. EXO-Ls, por favor, sempre sejam o nosso pilar estável. Dessa forma, nós vamos continuar a crescer desse caule e crescer como uma linda folha.

- Por Baekhyun.

“Para mim, nervosismo é uma emoção, uma ganância. Uma emoção esmagadora para a abertura da apresentação, e uma ganância para fazer uma performance solo perfeita!”

Por favor, compartilhe os seus sentimentos em encerrar o THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot] sem problemas.

Devo dizer que estou aliviado? Eu estava satisfeito porque eu senti como se nós tivéssemos tido uma apresentação altamente sucedida, e mostrado uma variedade de performances através do THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]. Eu acho que nós mostramos tudo o que o EXO tem, e que as pessoas agora se perguntarão ‘Que outros tipos de performances eles podem nos mostrar na próxima vez?’. Mesmo que eu pense ‘Eu fiz tudo o que eu pude’ toda vez que nós fazemos um show, é sempre incrível para mim que sempre temos um novo stage para mostrar de novo no nosso próximo show. É por isso que estou mais animado para o nosso próximo show. Porque mesmo agora, o EXO ainda está crescendo.

Se você fosse apontar o seu show preferido de todos os shows que você já fez até agora, qual seria?

Seria o THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]. Eu, na verdade, pensei ‘Ah, eu realmente não tenho nenhum arrependimento hoje’ depois que o show acabou.

O que você acha que é o charme do THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]?

Eu acho que um EXO amadurecido foi apresentado através do THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]. Embora as performances do EXO tenham sido incríveis, os membros foram realmente bons em seus ments também.

Como foi se apresentar com uma equipe de dança diferente da que você tinha do show pré-existente?

Eu acho que as nossas performances ficaram mais completas por causa dos dançarinos. Foi mais divertido porque eu me apresentei no palco com hyungs e dongsaengs que eu sou próximo. Foi divertido até mesmo quando estávamos nos ensaios. Estava realmente lotado quando os membros do EXO e os dançarinos ensaiaram juntos em um stage. Foi uma sensação incomum ter terminado a coreografia com tantas pessoas. Devo dizer que foi um sentimento que é comparável à quando você completa uma peça de teatro juntos como um? Talvez seja por isso que a sensação de realização foi tão boa quando nós terminamos uma coreografia grandiosa.

Qual stage no THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot] que você mais gostou?

Eu gostei mais do stage de abertura. Quando nós aparecemos no palco cantando ‘전야 (前夜) (The Eve)’. Essa foi a performance que eu mais estava nervoso. Foi uma apresentação incrível com muitos efeitos de fogos de artifício também. Nós usamos roupas bonitas e eu gostei mais da vibe do primeiro stage.

A segunda seção em que vocês fizeram um conceito musical, era nova. O que você pensou sobre isso?

Eu acho que nós fomos capazes de mostrar o charme poderoso e descontraído do EXO na segunda seção. Devo dizer que tem uma vibe de “Jovem & Rico”? Mais do que tudo, eu gostei que nós pudemos cantar enquanto estávamos sentados. Hahaha. Foi ainda mais divertido já que os membros do EXO puderam interagir e brincar um com o outro enquanto performavam. A seção de abertura foi muito dura fisicamente. Por outro lado, a segunda seção foi um stage onde os membros do EXO puderam mostrar seus talentos confortavelmente.

A poderosa dança em grupo durante a seção EDM de ‘Run This’ na segunda seção do show foi realmente incrível. Essa seção EDM é muito diferente do show anterior, o que você acha disso?

Essa seção EDM foi muito mais perfeita do que a que apresentamos no show anterior. Nós focamos em adicionar mais adlibs para a performance flexível de EDM de ‘Run This’, então isso deu mais margem para a performance, e o desempenho da performance foi suave. Até mesmo a plateia estava se divertindo bastante durante o clímax. Isso me fez realmente orgulhoso por dentro enquanto eu estava os observando.

Você pediu para os fãs “mostrarem um pouco de aegyo” no primeiro ment. Isso parece um grande progresso da frase que você disse para os fãs no show do ano passado, que foi ‘Vocês são bonitas’. É uma frase que alguém normalmente diria para sua namorada, e não é como se essa fosse a sua intenção, então por que você disse algo como “me mostrem um pouco de aegyo”?

EXO e EXO-L tem um relacionamento que eu posso facilmente explicar como sendo amigos, amantes, família e assim por diante. Talvez eu deva dizer, um relacionamento onde ficaremos satisfeitos com tudo. Algumas vezes somos amigos, algumas vezes somos amantes. Sempre que estou no palco, eu sempre digo para as EXO-Ls o que eu estou sentindo naquele momento, então eu acho que naquele dia do show, as EXO-Ls devem ter parecido fofas. Eu acho que eu disse “me mostrem um pouco de aegyo” porque eu queria ver mais desse lado delas.

Você fez uma pesquisa em que tipos de palavras seus fãs gostam de ouvir?

Hahaha. De jeito nenhum! Meus ments são sempre no impulso do momento.

Devem haver vários momentos onde você se expressa abertamente para os EXO-Ls. Você até os provocou dizendo “Por que vocês estavam tão ruins cantando ‘Universe’ hoje?”. Mesmo em palcos de shows, você nos mostrou que tenta ter uma conversa com os EXO-Ls, certo?

Sim, isso mesmo. Ao invés de apenas eu falando sobre as minhas opiniões, eu prefiro perguntar à outra parte ‘o que vocês acham sobre isso?’ e então continuar o meu discurso a partir daí. Em vez de apenas eu falar, eu faço perguntas aos EXO-Ls e continuo o meu ment como se estivéssemos realmente conversando.

Você disse, “Quando eu peguei um carro e cheguei ao lugar do show, eu cumprimentei o pessoal que estava esperando do lado de fora do lugar, mas eles não sabiam que era eu! Foi quando eu senti a importância da maquiagem”, os seus fãs realmente não sabiam que era você?

Sim. Eu abri a janela e cumprimentei eles, mas eles não conseguiram me reconhecer. Nunca há realmente a chance de abrirmos a janela e dizer oi por causa dos motivos de segurança. Mas o clima naquele dia estava realmente bom. Eu estava tão feliz de ver os fãs que estavam lá desde manhã, esperando pela abertura do show, então eu tentei conversar. Mas ninguém me reconheceu, então eu rapidamente fechei a janela. Hahaha.

Você gosta de brincar pelo palco e você gostava de, principalmente, provocar Suho antes, mas agora o seu alvo parece ter mudado para o D.O. Isso é verdade? Se você mudou de alvo, por que você mudou?

Não é que eu esteja usando o D.O. de alvo agora, ao invés. Eu normalmente prego muitas peças no D.O. Hahaha. É porque o D.O. é sempre reservado. Eu brinco com o D.O. no palco porque eu quero que os EXO-Ls vejam o outro lado dele. Porque quando nós brigamos, tem vezes que o lado fofo que o D.O. esconde, aparece. Eu estou, na verdade, conduzindo o D.O. Hahaha.

Baekhyun, você mostra o quão confortável você está ao ponto de você brincar com os fãs e os membros no palco, mas tem momentos em que você fica nervoso?

Eu, na maioria, nunca fico nervoso antes de subir ao palco. Mas eu estava nervoso durante o primeiro show do THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]. Eu acho que eu estava tremendo muito para o primeiro stage da minha performance solo, ‘Psycho’. Para o meu stage solo anterior, eu não estava nervoso, porque eu tinha uma arma, que era o meu abs. Hahaha. No entanto, não havia equipamento ou qualquer coisa assim para ‘Psycho’, era apenas eu performando e cantando. Eu estava realmente nervoso.

Você apresentou o seu solo de dança ‘Psycho’, como surgiu esse stage?

No THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn, eu e o Xiumin hyung apresentamos um stage juntos, mas foi o Diretor Shim Jaewon que propôs o meu stage solo para o THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]. Eu estava realmente feliz. Eu queria tentar um stage grotesco. E eu também estava esperando por um stage que tivesse um estilo diferente do Kai. Eu dei muitas das minhas opiniões quando nós estávamos fazendo a coreografia, mas a última pose foi minha ideia.

Sua última pose e expressão foram realmente as melhores. Quando você estava fazendo a sua performance de dança, até mesmo as suas expressões faciais eram grotescas, você estava atuando? Ou você estava imerso em seus sentimentos, que elas eram expressões naturais?

Eu queria estar imerso nos meus sentimentos, mas o meu nervosismo era tanto que eu não consegui totalmente imergir (nos sentimentos). Realmente ajudou muito eu ter tido muito treinamento de imagem durante as práticas para a coreografia de ‘Psycho’. Eu tive treinamento de imagem enquanto pensava, ‘Quem vencerá na luta entre o bem e o mal?’, ‘Que tipos de expressão uma pessoa tem quando está tendo um colapso desgastante quando está em uma batalha contra si mesma?’. No final, eu decidi terminar com uma expressão enlouquecida de tentar lutar contra o bem e o mal.

No terceiro e no quarto show, você escolheu dançar para a sua performance individual de destaque. Estou curioso sobre a razão do porquê você escolheu fazer stages de dança.

Já faz algum tempo que eu encontrei um interesse na dança e o pensamento de mostrar aos EXO-Ls minhas performances de dança se tornou mais recorrente. Eu gosto de cantar, mas eu acho que percebi que quando você adiciona dança em uma performance, ela se torna um nível mais poderosa. Então, eu pratiquei tanto para a minha coreografia de dança como para o meu canto. Eu quero plantar na consciência de muitas pessoas que ‘Baekhyun é também um membro que consegue dançar bem’.

Eu sei que você encurtou o seu tempo de sono para praticar assiduamente, mas o quanto você realmente praticou? Como o que você disse durante o seu ment, você realmente praticou com apenas 30 minutos de sono todos os dias?

Ayy, até mesmo os EXO-Ls sabiam que eu estava brincando quando eu disse que só dormi por 30 minutos. Mas é verdade que eu pratiquei até altas hora da noite. Foi uma performance que incluiu coreografia como gestos, então não era fácil. Eu trabalhei ainda mais arduamente, porque eu estava apreensivo de que a coreografia fosse difícil de dominar.

Você disse, “eu trabalhei muito duro, porque eu senti a pressão de ter a minha performance solo”. Como uma performance com o EXO se diferencia de uma performance por conta própria?

Se é com o EXO, eu posso me sentir menos pressionado, mas eu me senti sobrecarregado porque a minha performance solo era apenas um stage onde eu recebi um holofote. Eu estava sob pressão de que eu não poderia cometer nenhum erro.

‘Ka-CHING!’ do CBX foi apresentado no THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot], mas qual foi a diferença de apresentar ‘Ka-CHING!’ como o EXO e apresentar ‘Ka-CHING!’ como CBX?

Se CBX fosse apresentar ‘Ka-CHING!’, a performance seria mais robusta, mas quando eu performo ‘Ka-CHING!’ com o EXO, a atmosfera é um pouco mais descontraída. Eu devo dizer que com o EXO, ‘Ka-CHING!’ é tipo uma música de festa, mas quando é apenas nós três, a vibe torna-se mais como a de um ‘show’!

Você também fez um stage para ‘월광 (Moonlight)’ com Chen, [Suho] e D.O. Por favor, diga algo sobre a química vocal que vocês quatro mostraram em ‘월광 (Moonlight)’.

Foi divertido porque os nossos timbres vocais são diferentes um do outro entre nós quatro. Se tivéssemos acabado de nos conhecer, as vozes individuais de nós quatro teriam se destacado de forma estranha e deveria até ter sido uma performance estranha. Mas nós cantamos juntos há mais de 7 anos, e nós somos membros que já concluímos performances juntos. Eu devo dizer que nós desenvolvemos a habilidade de sermos capazes de cantar a próxima parte da música continuando em harmonia com os outros. E então, eu acho que nós somos capazes de concluir uma performance divertida. Não apenas nós quatro, mas acho que mesmo se tivéssemos que cantar com qualquer outro membro do EXO, ninguém se destacaria e poderíamos ser capazes de harmonizar naturalmente.

Na última parte do show, quando você estava cantando "Power", você disse "Eu posso brincar um pouco mais!". Você não estava cansado? Você realmente ganha forças apenas observando os lightstick se mexendo na plateia?

Claro que eu estava muito cansado. Mas eu tive que me divertir até o final. Porque eu queria poder dizer que tínhamos que estar mais entusiasmados até o último segundo do show. Eu pensei nos EXO-Ls que vieram até o Gocheok Sky Dome e eu queria que eles se divertissem mais, fossem felizes, e dar a eles um momento que eles não se arrependeriam. Eu pensei que seria mais feliz se os EXO-Ls pensassem ‘Hoje foi realmente divertido!’ enquanto eles iam para casa depois do show.

No seu ment, você disse, “Todo mundo está tão animado como se hoje fosse o seu último dia. Esses que estão no terceiro piso, vocês são inacreditáveis?” Você realmente é capaz de ver o terceiro piso?

Honestamente, eu não consigo ver as pessoas do terceiro piso claramente. Mas se eu focar e olhar para um ponto, eu posso ver um pouco melhor. Então eu vou me concentrar neles e os observar. Mesmo que estejamos no mesmo espaço no Gocheok Sky Dome, se eu sinto que os assentos do terceiro piso estão longe do palco, então as pessoas dessa área devem até se sentir afastadas. Então eu estou tentando arduamente procurá-los (olhá-los) conscientemente durante os shows.

Durante o seu ment quando você estava falando sobre a roupa do solo stage do Kai, você disse ‘Respeito’. Estou curioso sobre o que você quis dizer quando disse a palavra respeito.

Estou com inveja do corpo de Kai porque eu ganhei um pouco de peso recentemente. Seu corpo natural já era legal, mas ele tem malhado assiduamente ultimamente, então mesmo que seja uma roupa extrema, ele foi capaz de fazer com que parecesse bom. Exatamente o que essa palavra significa, ‘Respeito!’. Além disso, a roupa de Kai combinou muito bem com o stage. Kai se transformou em seu desejo de seguir o conceito da coreografia e do stage, mas eu acho que a performance de ‘I See You’, até mesmo a roupa, foi perfeita.

Quando Chen disse “Assim como todos vocês preencheram cada parte do local do show, se tem um buraco no coração dos EXO-Ls, o EXO gostaria de preencher esse buraco para vocês”, você disse “Como você pensou nesses tipos de palavras?” Mesmo você sendo um especialista em ments também. No entanto, qual é a razão por você ter ficado surpreso com o ment do Chen?

Eu senti que o que o Chen disse foi extremamente romântico. Foi legal. Embora eu seja espirituoso, eu não consigo ser tão poético quanto o Chen. É apenas o jeito que eu falo.

Quando você aparece na tela de LED, os fãs levantam suas vozes mesmo se você esteja apenas segurando o seu microfone. Como você se sente durante esses momentos?

Eu gosto disso ao ponto que eu não consigo expressar em palavras. Mesmo se eu estiver com os meus fones de ouvido in-ear, eu consigo ouvir os gritos. Quando eu escuto esse som, eu acho que eu brinco mais, porque eu tenho pensamentos como ‘Eu não posso apenas ficar aqui e não responder aos gritos dos fãs e deixar isso passar.’

Você disse “Quando EXO e EXO-L se tornam um” no ment do encore, então quando que você sente que o EXO e os EXO-Ls se tornaram um?

Do início ao fim do show, pode-se ver que os EXO-Ls estão muito concentrados nos stages do show. Então eu sempre sinto que nos shows é quando o EXO e os EXO-Ls são um. E especialmente durante a seção EDM, que é quando nós atingimos o pico das interações compartilhadas. Eu sinto que o EXO e EXO-Ls combinaram cada um de seus poderes para concluir o show com sucesso.

Você também disse, “Nós amaremos mais vocês!”. O que você quer dizer com isso?

Esperar por alguém é uma coisa realmente difícil de se fazer, mas os EXO-Ls estão sempre esperando pelo EXO. Por causa disso, durante os períodos de inatividade, isso faz o EXO dar o seu melhor enquanto nos preparamos para um novo e bonito stage. Eu disse ‘Nós amaremos mais vocês’ porque eu quero retribuir mais do que nós recebemos dos EXO-Ls.

Como você mostra o seu amor pelos EXO-Ls?

Eu expresso o meu coração principalmente através de SNS (redes socais). E durante os shows, eu converso com os EXO-Ls com um tom mais amigável. Eu espero que os EXO-Ls não pensem que o EXO é ‘distante’. Porque eu quero que sejamos como amigos próximos. Amigos que eu posso sempre cumprimentar com ‘Tchau, vamos nos encontrar de novo!’ ao final dos shows e dizer ‘Já faz um tempo!’ quando começamos nossas atividades do álbum. Como amigos com um relacionamento que dure, seja nos encontrando com frequência ou dificilmente nos vendo.

Além disso, cada ment seu é também muito carinhoso. Você disse “Pessoal, onde vocês praticaram a coreografia de ‘Tender Love’? Nos seus quartos? Eu estou curioso agora. Um dia eu espero ver vocês [praticando isso]”, então você imagina os fãs quando você está se comunicando com eles pelo SNS?

Claro. Quando eu leio os comentários dos EXO-Ls no SNS, eu me pergunto, ‘Que tipo de expressão eles tiveram quando escreverem esse comentário?’. Eles deixaram um comentário no SNS enquanto estavam deitados na cama? Ou, eles estão assistindo o V App enquanto estão sentados à mesa? Sempre que eu imagino os EXO-Ls escrevendo um comentário que expressa seus sentimentos pelo EXO, eu penso ‘Eles são tão fofos’ e sem saber, eu começo a sorrir.

Qual foi a visão mais memorável dos fãs no THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]?

A visão dos assentos mudou. Desde o debut há 2~3 anos, haviam muitas pessoas que exclamariam um impressionado ‘Wow!’, mas esses dias nós temos muito mais fãs que se tornaram como amigos de longa data. Devo dizer que eles, de alguma forma, se sentem mais relaxados quando veem o EXO? Quando eu faço contato visual com essas pessoas, eu tenho um tipo de sentimento como ‘Ah, essa pessoa tem gostado do EXO por um longo tempo’. Um sentimento de que essa não é a primeira vez que estamos nos encontrando, mas que já nos conhecemos antes.

Qual foi a performance mais memorável do THE EXO PLANET #4 - The EℓyXiOn [dot]?

Depois que ‘Power’ termina, a plateia canta as músicas do EXO. Eu sempre me sinto tocado toda vez. Até mesmo em uma turnê internacional, os fãs cantam em coreano. Eu gosto das vozes dos fãs mais do que das nossas próprias performances.

BAEKHYUN DIZ:

Eu ESTOU satisfeito, porque eu sinto que fizemos um stage de grande sucesso e mostramos uma variedade de performances através do THE EXO PLANET #4 -The EℓyXiOn[dot]-. Mesmo que eu pense ‘Eu fiz tudo o que podia’ toda vez que fazemos um concerto, é sempre incrível para mim que nós sempre temos um novo stage para mostrar novamente no nosso próximo concerto. É por isso que estou mais animado para o nosso próximo concerto. Porque mesmo agora, o EXO ainda está crescendo.

KR/ENG. 103oclock, BYUNBAEEE Scan Source

#exo planet 4 #entrevista #elyxion

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abbanossopaicelestial · 4 years

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Verdades que libertam

Em poucas palavras - Ricardo Bagre

Qual é essa verdade que nessa passagem do evangelho conforme escreveu o apóstolo João, Jesus quer nos ensinar? Ou melhor dizendo, quais são as verdades que precisamos para sermos realmente libertos? Primeira verdade - Eu Sou o caminho

Em outra passagem (Jo.14:6), Jesus já nos mostra, não uma, mais 4 verdades que devemos saber, para possamos realmente sermos livres: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, se não por mim". Jesus é o caminho que devemos seguir, a sua Palavra é lâmpada para os nossos pés e luz para nossos caminhos (Sl.119.105). Devemos então seguir os caminhos de Jesus, através da sua Palavra. Porque a palavra de "Deus é viva e eficaz" (Hb.4:12). A Palavra de Deus é viva!!! Em cada capítulo, cada versículo encontramos e aprendemos algo para as nossas vidas e assim podemos seguir com segurança. Encontramos na Palavra a vivacidade do Espírito Santo. Ler a Palavra de Deus é deixar-se que a força majestosa, poderosa do Espírito resplandeça sobre nossas vidas. Pela Palavra somo "...libertos de toda mentira"..., "temos o nosso entendimento aberto", para todas as questões e aspectos dessa vida. A Palavra é capaz de tirar às "escamas" dos nossos olhos"; a palavra nos faz enxergar toda a "verdade", assim conseguimos "discernir" o CERTO e o ERRADO nas atitudes que tomamos. Finalizando a palavra nos liberta do pecado. Muitos crentes são escravos do pecado. São cativos dele. O pecado cega, causa dúvidas, mata e destrói vidas, relacionamentos. Precisamos nos libertar do pecado!!! Não há problemas em assumir as nossas fraquezas e as nossas misérias, o problema está em viver nelas, carregá-las consigo. Cristo levou consigo todos os nossos pecados e nossas dores. Desculpas como, "há eu não sou perfeito"; "há eu não sou santo"; isso é coisa implantada pelo inimigo que deseja que você permaneça na escravidão dos seus pecados. Você se torna um covarde, se escondendo através dos seus eternos desejos de continuar a ser e agir de forma pecaminosa e assim, não agrada o coração de Deus. Não está liberto! Em Cristo Jesus somos mais que vencedores! "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim"(Gl.2:20).

Segunda verdade - Eu Sou a verdade

A palavra de Deus é a verdade. Deus não mente; tudo que diz é verdadeiro (Sl.119:160). A Bíblia diz que a verdade é a Palavra de Deus, que foi revelada em Jesus Cristo. E se a Palavra é Jesus, então Jesus é a verdade encarnada, que entre nós esteve. Agora, vamos falar de algo que muitos crentes e em muitas igrejas não gostam de tratar, JUSTIÇA DE DEUS. Vamos primeiramente entender que onde há verdade, não há injustiça. A injustiça vem da mentira e do engano, mas a verdade traz a justiça. Logo, se Jesus é a verdade, Ele é justiça. E onde há justiça há julgamento. Para muitas igrejas e crentes, Jesus é o príncipe da Paz (Is.9:6), um Deus de amor, mas esquecem que Ele também é um Deus de justiça. A verdade é que não podemos viver em dubiedade, ou somos filhos de Deus ou somos filhos de Satanás. O diabo luta contra a verdade, porque ele é o pai da mentira e quer nos destruir (Jo.8:44). Ele sabe que a verdade tem o poder para nos salvar. Então, não é normal para um crente viver pecando ou em pecado. Em (1Jo.3:6): "Todo que permanece Nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não viu nem O conheceu". Na mesma epístola, Jesus continua (1Jo.3:7): "Filinhos (olha o carinho desse Deus maravilhoso), ninguém vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo"; e Ele continua a dizer que: "Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele... " e diz ainda que: "... quem não pratica a justiça, não é de Deus... ". Muitas igrejas e crentes não gostam desse tipo de pregação, mas como diz o Pastor Eliseu Rodrigues, "não estamos aqui, não vim aqui para entreter bodes e sim alimentar ovelhas", ovelhas de Cristo. Nós somos libertos pelo entendimento que temos a respeito do equilíbrio do evangelho. Temos que observar o equilíbrio que há no evangelho e é por isso que há justiça em suas palavras. "Vinde a mim os cansados e oprimidos que Eu vos aliviarei...", "Porque o meu julgo é suave e o meu fardo é leve" (Mt.11:28-30). "No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo.16:33). Ao mesmo tempo em que diz: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração e nem se atemorize"(Jo.14:27). Ele complementa dizendo: "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada" (Mt.10:34). Espada na Bíblia, é usada como arma ofensiva ou como símbolo de autoridade para julgar (Rm.13). Como dito em (Hb.4:12), ela é capaz de cortar (dividir) alma e do espírito, ou seja, é capaz de modificar aquilo que temos de mais interior e invisível, distinguindo daquilo que é espiritual do que não passa de emoção. Mas, essa mesma espada atinge "juntas e medulas" que são partes físicas do nosso corpo. Tudo isso nos impede de caminhar com Cristo. Por isso, precisamos nos liberar, trazendo à tona nossos pensamentos e intenções do nosso coração. A Bíblia é a nossa espada, que não é feita de aço, mas a "espada do Espírito Santo". "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contras as potestades..."(Ef.6:12). Ser liberto, é entender que o caminhar com Jesus não será fácil. Não fácil renunciar a si mesmo, renunciar os desejos da carne e da alma. "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e me siga" (Lc.9:23). Cruz é calvário, cruz é sacrifício, mas também é libertação, é SALVAÇÃO!!!

Terceira verdade - Eu Sou a Vida

Jesus é a própria ressurreição e a vida. Jesus é a fonte de toda a vida. Ele venceu a morte para que nós pudéssemos ter a vida eterna. "Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância"(Jo.10:10). Tudo tem um "porquê"na Bíblia, até mesmo nas ordens das palavras. O versículo (Jo.14:6) é como uma bússola, um direcionamento. Ele está nos dando, nos mostrando um propósito que é individual, de cada um. Primeiro, Ele diz que é o caminho, e só trilha esse caminho quem quer chegar na verdade. Quando nós entendemos que é a verdade, que a verdade é Jesus e Jesus é vida, nós encontramos o propósito de nossas vidas, que é ir em busca da nossa salvação, da vida eterna. Tudo Ele fez por nós, Ele trilhou o caminho, Ele nos mostrou a verdade e nos deu a vida. Ser cristão, significa "ser pequenos cristos" e o evangelho é o convite, é a palavra viva para que possamos seguir em suas pisaduras e dessa forma sermos curados, salvos em corpo e em espírito. Jesus não só derramou seu sangue e morreu pelos nossos pecados. Mas, para salvar nossos corpos, seu corpo também sofreu. Em sua cabeça foi colocada uma coroa de espinhos, as chicotadas, as feridas, a sede, a fome, a dor e a agonia. Ele abandonou toda a sua glória para sofrer horrivelmente por nós. Um sacrifício vicário. "Deus amou de tal modo o mundo que entregou o seu único Filho, para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo.3:16). Uma única vida que foi dada, para salvar toda a humanidade. Para que pudéssemos viver com Ele na eternidade. Uma obra completa, pois Ele ressuscitou, está vivo!!! A sua morte na cruz não foi o fim é apenas o começo da nossa liberdade, que cabe a cada um de nós escrever individualmente o restante da sua história, "basta que a tua boca confesse o Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, que será salvo" (Rm.10:9) e juntos, todos nós, nos encontraremos na Glória.

Quarta verdade - Ninguém vem ao Pai, se não por mim

Felipe em (Jo.14:8-10), faz um pedido: "Senhor, mostre-nos o Pai, e isso é suficiente para nós", Jesus respondeu: "já faz tanto tempo que estou com vocês e você ainda não me conhece, Filipe? Quem vê, vê também o Pai". Jesus foi a manifestação de Deus na terra. E hoje, qual é a manifestação viva de Deus aqui na terra? Antes que Jesus cumprisse a sua missão, disse que pediria ao Pai que deixasse entre nós um outro Consolador, Conselheiro, Ajudador: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;..." (Jo.14:16). Ele, que esteve com Deus Pai e Deus Filho no princípio de tudo, "pairando sobre as face das águas" e novamente no batismo de Jesus, quando Ele desce como uma pomba. "Eis o meu Filho amado, em que muito me agrado" (Mt.3:16-17). O Espírito Santo é co-igual e co-eterno com Deus Pai e Deus Filho. Distintos, mas juntos possuem a mesma substância, essência ou natureza em poder e em glória. Toda a Bíblia foi inspirada "soprada por Deus", pelo Espírito Santo, movendo, impulsionando os autores de todos os 66 livros para recordar, compreender e escrever exatamente o que Deus tinha-lhes ensinado. Jesus, prometeu que o Espírito iria ensinar, os seus discípulos "todas as coisas" (Jo.14:26); (1Co.2:13). Se Espírito Santo, conforme (2Pe.1:21; Ti.3:16) é o autor das Escrituras, da Palavra; e a fé vem pelo ouvir da Palavra, é Ele que anuncia a "novidade de vida", que é Jesus, é Ele que nos guia em toda a verdade. Jesus nos salvou e nos redimiu de nossos pecados, mas sem o Espírito Santo em nós, não somos realmente libertos do pecado, pois não basta somente receber a Cristo, com o seu Senhor e Salvador, se não tivermos em nós, o Espírito Santo que nos fornece o alimento, o nosso sustento espiritual que são os dons do Espírito. Fomos salvos pelo Pais através do Filho, mas essa salvação é sustentada pelo Espírito Santo através dos seus dons espirituais. Dada a sua importância está escrito em (Mt.12:31-32), "E se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro". Blasfemar contra o Espírito Santo é blasfemar contra toda a obra redentora de Deus para o homem através do seu Filho. Blasfemar contra o Espírito Santo é ir contra a Sua própria, graça e misericórdia. O Espírito Santo é nosso intercessor (Rm.8:26). Ele intercede em nome daqueles em quem habita. O Espírito Santo é nossa Testemunha (Rm.8:16; Hb.2:4, 10:15). Ele atesta que somos filhos de Deus. Blasfemar contra o Espírito Santo é não compreender e aceitar que somos batizados pelo Espírito Santo e que vivemos e nos santificamos pelos seus dons. O Espírito Santo não nos salva, mas só através d'Ele e com Ele é que entendemos a missão salvífica de Jesus. Só através d'Ele e com Ele é que somos santificados. Só através d'Ele e com Ele é que entendemos os propósitos de Deus em nossas vidas. Ele não nos livra da morte, mas só através d'Ele e com Ele que somos livres do pecado e consequentemente da morte. Só através d'Ele e com Ele é que vamos ao Pai, porque Jesus rogou ao Pai e nos deu o Consolador para nos mostrar, ensinar as verdades que nos libertam e juntos seguirmos no caminho, com verdade e cheios de vida e vida em abundância (Jo.10:10). Abba, glórias eu te dou para todo sempre. Amém!

#verdadesquelibertam #eusouocaminho #eusouaverdade #eusouvida #empoucaspalavras #https://abbanossopaicelestial.tumblr.com/

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98missnothing · 5 years

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No Easy Answers - The Truth Behind Death at Columbine

CAPÍTULO 2: POR QUE?

A partir do momento que eu escolhi começar este projeto, eu sabia que haveria pessoas criticando-me por isso. Muitas pessoas pensam que "Columbine está feito" - que é algo que não vale a pena se reerguer novamente, porque já ouvimos o suficiente sobre o que aconteceu. "É hora de seguir em frente", dizem eles.

A razão pela qual eles dizem isso é que o público se baseou no que eles acham que causou Columbine: dois meninos loucos e doentes que mataram pessoas porque eram completamente diferentes do resto de nós." É uma coisa trágica", dizem eles, "mas não é algo que requer mais reflexão." Há alguns que ainda questionam o comportamento da polícia naquele dia - como deveriam - mas não há muitos que são ainda fazendo perguntas sobre os próprios assassinos.

Exceto, claro, para os jovens.

As pessoas que ainda estão no ensino médio sabem o que está acontecendo. Eles sabem que há algo muito maior atrás de Columbine do que o que o resto do mundo foi levado a acreditar. Essas pessoas querem saber quem foi Eric e Dylan.

Eles querem saber por que duas crianças que são como as pessoas que compartilham os corredores da escola todos os dias se virariam e fariam o que fizeram.

Por quê? Porque eles vêem paralelos com Columbine em suas próprias escolas todos os dias.

As crianças que fazem essas perguntas são as crianças que jogam videogames como Doom, mas não sentem o desejo de imitá-los na vida real. Eles são os juggalos que ouvem o rap insano Clown Posse sobre brutalidade e serial killers, mas não desejam matar ninguém. Eles são os garotos "solitários" que exibiram todos os "sinais de alerta" sobre os quais os especialistas falaram a respeito nos programas de entrevistas, mas ainda estão bem.

Estas são as crianças que ouvem os políticos culpando TV e música e videogames,

e abanam a cabeça, porque sabem que não é onde está o problema.

Estas são as crianças que podem sentir a atração de algo mais lá fora - a verdadeira causa de Eric e Dylan - e estão se perguntando o que é.

Muitas pessoas não estão dispostas a sujar as mãos, sondando as verdadeiras razões por trás do que aconteceu em Columbine. É mais fácil acreditar em soluções rápidas do que aceitar quais são os problemas reais.

Afinal, o que é mais fácil de vender para um político: ir até lá e dizer às pessoas que estragaram tudo, que precisam cuidar melhor de seus filhos, que criaram uma sociedade feia e indiferente para a próxima geração, e que precisamos buscar nossas próprias almas para uma solução?

Ou apenas dizer-lhes que a malvada indústria do entretenimento está arruinando nossos filhos?

É a segunda opção que muitos parecem preferir. Obtém grandes avaliações na TV e altos índices de aprovação para os políticos, e faz com que todos se sintam bem ao fornecer-lhes um vilão designado. É muito mais fácil dizer que Doom e South Park estão arruinando nossos filhos do que pensar que talvez tenhamos algo a ver com isso também.

Quer culpar a indústria do entretenimento? Considere o seguinte: a indústria do entretenimento ganha dinheiro dando às pessoas o que elas querem. No dia em que os filmes violentos deixarem de lucrar, os filmes violentos desaparecerão. O dia em que os jogos de luta perdem seu apelo é o dia em que jogos como Mortal Kombat vão desaparecer. O dia em que os adolescentes não se relacionam mais com a música raivosa do Limp Bizkit ou do Nine Inch Nails é o dia em que essas bandas deixarão de vender discos. A indústria do entretenimento não impõe algum tipo de personalidade maligna aos consumidores que são estrangeiros para nós; alimenta-se de quem somos e de como vivemos.

Mesmo assim, a indústria da música foi um dos maiores alvos criticados após o ataque a Columbine. Eric e Dylan eram grandes fãs do techno/ metal alemão. Eles eram especialmente parciais para bandas como Rammstein e KMFDM; desde que Eric fazia alemão há anos, ele podia traduzir as letras e gostava do fato de que os outros não entendiam o que ele estava ouvindo. Eric colocou citações de suas bandas favoritas em seu site. Ele usava um boné do KMFDM na escola o tempo todo. Seus colegas de trabalho da Blackjack Pizza dizem que ele sempre elogiava suas bandas favoritas e tentava fazer os outros escutá-las.

Depois que Columbine aconteceu, Rammstein e KMFDM se tornaram "vilões" aos olhos do povo pró-censura. Os noticiários de TV retiraram uma citação de Rammstein dizendo: "Você no pátio da escola/ eu estou pronto para matar". No entanto, a música não ensina as pessoas a matar. A música cria uma emoção, seja raiva, tristeza, consideração, felicidade ou humor. O que as pessoas fazem com suas emoções é com elas. Mas a música não diz às pessoas o que fazer.

Alguns criticaram Insane Clown Posse porque suas letras envolvem sexo, assassinato e brutalidade, misturado com humor negro. Mas o próprio ICP colocou melhor: eles estão usando maquiagem de palhaço. Se você tomar o que eles têm a dizer seriamente, então você tem algo errado com você - e isso não é culpa do ICP.

Marilyn Manson usa uma lente de contato branca de $25 no olho esquerdo. Ele usa fantasias no palco. Estes não são os sábios da nossa época. Eles não são líderes. Eles são artistas. E apesar de Marilyn Manson, ICP e Rammstein terem algumas músicas com uma mensagem muito poderosa, elas não estão tentando mudar o mundo. Eles estão apenas escrevendo sobre o que pensam.

Então, por que a música deles é tão violenta? Simples - nossa sociedade é uma cultura violenta em si e nossa música é um reflexo disso.

Ayn Rand escreveu: "Você seguiria o conselho de alguém que lhe dissesse que deve combater a tuberculose limitando o tratamento a seus sintomas - que você deve tratar a tosse, a alta temperatura, a perda de peso -, mas deve recusar-se a considerar ou tocar sua causa, os germes nos pulmões do paciente, para não antagonizar os germes? Não adote tal curso na política". A música é a mesma coisa; é um sintoma, não uma causa. Música violenta não apareceu apenas um dia e desencadeou violência sobre o mundo. A sociedade criou música violenta, porque havia algo acontecendo na sociedade que fazia esse tipo de música atraente.

Então, a grande questão é: o que está acontecendo para fazer a sociedade querer esse tipo de entretenimento? O que as crianças vêem acontecendo na vida real que torna os videogames violentos tão atraentes?

Todos os dias, nos noticiários, as crianças podem ver que estamos vivendo em um mundo violento, onde adultos assassinam, estupram e roubam uns aos outros regularmente. A vida real é muito pior do que qualquer coisa que Hollywood ou fabricantes de jogos têm a oferecer.

Se a violência da vida real é o problema, leis de armas mais duras impediriam outro Columbine?

Na verdade não. As leis já existentes afirmam que armas não podem ser vendidas a jovens com menos de dezoito anos, e Eric e Dylan encontraram uma maneira de contornar isso. Três de suas armas foram compradas em um show de armas, com a ajuda de uma colega que tinha dezoito anos. Sua arma TEC-9 foi comprada ilegalmente por meio de uma rede de amigos; a transação final aconteceu atrás de uma pizzaria.

Por mais estritas que fossem as leis de armas, Eric e Dylan estavam determinados a encontrar uma maneira de contorná-los. Se as pessoas querem comprar armas ilegalmente, é apenas uma questão de tempo até que elas tenham sucesso.

Eric e Dylan conseguiram as armas porque seus pais não estavam prestando atenção? São o desejo e os meios para matar um resultado de negligência parental? Depois de música e mídia violenta, os pais são o alvo favorito de quem procura respostas rápidas.

Eu não posso falar por Eric Harris; eu não conhecia sua família o suficiente para comentar de uma forma ou de outra. Mas sei que Dylan Klebold veio de uma boa casa, com dois pais amorosos que eram muito melhores para ele do que muitos outros pais que conheço. Não faz mais sentido culpá-los do que culpar Marilyn Manson.

Talvez as respostas sejam um pouco mais profundas. Talvez tenhamos que olhar para nós mesmos.

Um ser humano é apenas aquilo que ele ou ela experimenta. A mente humana ao nascer é uma "tabula rasa" - em outras palavras, chegamos ao mundo como uma lousa em branco. Aprendemos com tudo o que vemos e ouvimos, e isso molda nossas crenças.

O que Eric e Dylan viram acontecendo no mundo real moldou-os mais do que qualquer filme ou videogame. Na minha opinião, o que eles experimentaram no mundo real é o que deveríamos estar investigando.

As crianças de hoje estão crescendo em um mundo que só pode ser descrito como "o cego guiando cegos". É um mundo onde os pais, ambos trabalhando fora de casa e envolvidos em suas próprias vidas, estão deixando a criação de seus filhos, crianças, para professores de escolas públicas - que estão despreparadas tanto emocionalmente quanto logisticamente para tal façanha - e para a televisão, onde os programas ensinam morais complicadas e distorcidas que as mentes jovens das crianças ainda não estão prontas para digerir.

As crianças são criadas nos parquinhos de suas escolas, onde aprendem que "o poder dá certo" e que a força física é um bem muito mais importante do que inteligência e astúcia. No entanto, eles também aprendem que quando eles revidam, eles são punidos pelas pessoas que deveriam protegê-los e dispensar a justiça.

Dylan foi assediado por crianças que nunca tinham aprendido porque é errado bater em outro colega de classe, ou cuja autoestima era tão esmagada que eles sentiam que tinham que destruir a dele também, então o deles poderia ser bombeado um pouco mais.

O mundo, no fundo, tem regras lógicas. No entanto, os jovens de hoje estão sendo ensinados que o oposto é verdadeiro. As crianças crescem em um mundo onde aprendem através da experiência que a vida é cruel, que seus semelhantes são valentões mesquinhos, e que as perguntas básicas sobre o certo e o errado são respondidas com regras que não têm base em outra razão que não "porque eu disse isso". Como resultado, eles caçam algo em que acreditar.

Dylan era um garoto inteligente que podia ver as injustiças do mundo com a maior clareza possível. Ele estava frustrado por eles e, como muitas outras crianças, ele viu um futuro sombrio para a nossa geração.

Eric Harris se sentiu da mesma maneira.

Eric tinha sido movido por toda a sua vida e conhecera as dificuldades de tentar se encaixar em uma escola estranha atrás da outra. Como Dylan, Eric era excepcionalmente esperto.

E como Dylan, Eric via claramente as injustiças do mundo, mesmo quando estava sendo espancado no vestiário da escola ou pulando para evitar as garrafas de vidro jogadas contra ele dos carros que passavam dos jogadores de futebol de Columbine.

A diferença era que Eric tinha um lado negro. Ele tinha uma maldade que só foi alimentada pelas injustiças que ele viu. Ele escolheu se vingar, da maneira mais destrutiva que pôde imaginar - e uma vez que ele tinha essa solução em mente, ele convenceu Dylan de que era uma vingança que merecia.

Por quê? O que os fez cruzar essa linha? O que tornou possível para Eric convencer Dylan que eles deveriam matar treze pessoas inocentes? Por que a moral e a ética de Eric e Dylan estavam tão esgotadas que chegaram a esse ponto? Por que eles eram capazes de matar em uma escala tão grande?

Essas são as perguntas difíceis e as respostas não são fáceis.

No entanto, não importa quão difícil seja encontrar essas respostas, temos que começar a busca. O fato é que os tiroteios nas escolas continuam acontecendo. Podemos apenas sentar e chamar os atiradores de "monstros doentes, completamente diferentes de nós" e decidir que o problema será resolvido com a censura de música e violência nos filmes. Ou podemos aceitar que há mais Erics e Dylans por aí, que estão lentamente sendo empurrados pela sociedade pelo mesmo caminho - e que, se agirmos agora, ainda podemos alcançá-los antes que seja tarde demais.

Este livro representa um pedaço de encerramento neste capítulo da minha vida. Finalmente estou contando minha história - uma história de crescimento rotulada como "intrusa" no sistema escolar, tentando superar todos os dias diante da crueldade e da indiferença.

É uma história de viver com medo mesmo antes dos assassinatos, o objeto das ameaças de morte de Eric Harris. É uma história de ser rotulado como suspeito pela polícia depois que ousei sugerir que eles poderiam ter parado os assassinatos agindo com base nas informações que eu lhes dei.

É uma história de ser impotente para obter respostas da polícia, uma vez que a investigação estava em andamento, e vendo como uma mentira após a outra surgiu sobre aquele dia.

Acima de tudo, minha história é sobre crescer com um amigo que eu achava que conhecia, e depois vê-lo se tornar algo que eu nunca imaginei que ele pudesse ser.

Minha esperança é que as pessoas que lerem isso vejam o quadro geral por trás de Columbine e vejam onde as coisas precisam mudar. Espero que eles reconheçam que não estão sozinhos quando questionam o que aconteceu naquele dia, ou quando se perguntam o que realmente está errado com a nossa sociedade.

Espero que as pessoas abram os olhos.

CAPÍTULO 1:

#noeasyanswers #brooks brown #eric harris #dylan klebold #eric and dylan #reb and vodka #reb #vodka #columbine

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maisquevencedoras · 6 years

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Autosabotagem: Como vencer as crenças limitantes?

2 Coríntios 10.4 e 5: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo...”

Esses dois versículos são o suficiente para você mudar radicalmente suas percepções e perspectivas.

Nesta passagem, o apóstolo Paulo nos alerta sobre ações que são fruto de crenças limitantes:

Fortalezas: barreiras emocionais intransponíveis.

Sofismas: mentiras, propositalmente maquiadas por argumentos verdadeiros, para que possam parecer real.

Altivez: arrogância, intolerância e soberba.

A mais comum são as manipulações – sofismas –, que se manifestam por meio de palavras, que, muitas vezes, escondem as verdadeiras motivações de quem as professa.

Quando não temos discernimento, acabamos incorporando aquelas informações manipuladas que recebemos e transformando-as em sentimentos tóxicos.

Muitas vezes, sem perceber, deixamos estes sentimentos determinarem nossos comportamentos e, consequentemente, nossa identidade! Consequentemente, tornamo-nos escravas. Mas, hoje, o Senhor quer te libertar de todo o cativeiro emocional, espiritual e mental, para que você possa avançar e ser mais que vencedora em todos os seus caminhos.

Para vivermos o plano que Deus tem para nossa vida, precisamos quebrar todas as crenças limitantes e fundamentar nossas vidas em crenças libertadoras.

Gálatas 5.1: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.”

O que são crenças limites? Crenças são convicções, ou seja, é tudo o que assumimos como verdade! É o que determina quantas milhas iremos percorrer... É o que, muitas vezes, também nos leva à autosabotagem!

Partindo deste principio, crenças limitantes nos levam ao negativismo. São crenças que anulam motivações, possibilidades e capacidades. Em vez de avançar, elas te levam à paralização e, consequentemente, ao retrocesso, porque tudo está em constante evolução...

Quais são as crenças limitantes mais comuns no mundo feminino? “Só serei feliz quando casar!”; “Não nasci para dar certo nessa área!”; “Eu não posso viver sem ele”; “Eu não tenho tempo para nada!”; “Eu não sou boa o suficiente”; “Eu dependo da aprovação dos outros para me sentir!”; ��Eu não posso sair deste relacionamento, porque eu não consigo me virar sozinha e não conseguirei nada melhor!”; “Eu sou responsável pela felicidade de outras pessoas, e elas são responsáveis por minha!”; “Eu não mereço mais que isso!”; “Eu sempre vou ter que lutar, enquanto outros têm tudo mais fácil”; “Não sou capaz!”...

Como Paulo nos ensina, os sofismas e as manipulações criam fortalezas mentais, despertando em nós sentimentos destrutivos.

Mas, afinal, como vencer essas crenças limitantes?

1- Discernindo e driblando as influências externas que podem te tirar do foco

Mateus 16.21 a 23: Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.”

Pedro estava querendo influenciar Jesus com um discurso de preservação. As intenções dele eram boas. Mas Jesus deixou claro que nada podia tirá-lo da missão que Deus havia designado para Ele.

Muitas vezes, para não sermos influenciadas pelos ambientes e pelas pessoas, precisamos ser radicais, assim como Jesus foi com Pedro.

Muitas vezes, sem perceber, acabamos assumindo as características de pessoas que convivem conosco. Em vez de influenciável, seja influenciadora!

Não permita que as notícias ruins, a crise econômica e as ameaças afetem sua produtividade.

Lembre-se de que o Senhor é contigo! Em vez de alimentar seus medos, alimente sua fé! Ela é a força interior que você precisa para romper todas as barreiras!

2 Crônicas 32.7 e 8: “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o Senhor nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.”

2- Andando de acordo com o que você já alcançou e rompendo seus limites

Filipenses 3.13 e 16: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos.”

Elimine o conceito de que você nunca poderá alcançar determinado patamar novamente. Em vez disso, tenha consciência de que você poder ir além!

Nada será como antes, mas quem disse que não pode ser melhor? Os dias ruins nos mostram que somos capazes de superar tudo, e os bons nos dão a esperança de que podemos viver melhores ainda!

Quem disse que o seu futuro não pode ser melhor do que o seu passado?

Desafie-se, saia do lugar comum e da zona de conforto! Busque ser o seu melhor a cada dia!

Josué 1.1 a 6: “E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.

Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.”

Filipenses 4.13: “Tudo posso naquele que me fortalece!”.

Efésios 3.20: “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós...”

3- Enxergue-se como Deus te enxerga!

Juízes 6.12 a 13: “Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente. Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas.”

Jeremias 29.11: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.”

Mude sua disposição interior! Em vez de se entregar, reaja contra o que veio para te destruir!

4- Lembrando-se de que nossas palavras têm poder!

Provérbios 18.21: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”

Em vez de vencer suas crenças limitantes, você as reforça com suas palavras!

Em vez de pontes, por meio de nossas palavras, construímos barreiras intransponíveis!

Lembre-se de que quem tem boas palavras transforma qualquer ambiente.

Salmo 84.5 e 6: “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.”

Provérbios 15.1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

5- Em vez de lutas, enxergue oportunidades

Deuteronômio 30.19: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência...”

Nos momentos de maiores crises, surgem as melhores ideias...

Lembre-se de que nada acontece “contra nós”, mas “para nós”. Nada acontece para a nossa destruição, mas para a nossa evolução como seres humanos.

Aprenda a desfrutar tudo o que Deus te deu hoje, em vez de ficar se lamentando pelo que ainda falta!

Em vez de se entregar à derrota, busque uma direção no Senhor! Sempre existirá um caminho para aqueles que têm fé...

Redação +QV

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kinkascarvalho · 3 years

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OS 10 COMPORTAMENTOS QUE MAIS TÊM DESTRUÍDO CRISTÃOS NA ATUALIDADE!

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Quando avaliamos o tipo de cristãos que temos tido na atualidade, podemos notar que cada vez mais encontramos cristãos apagados, que nem mesmo conseguem ser percebidos como cristãos verdadeiros e atuantes devido a sua forma de vida apagada neste mundo.

Isso se deve a diversos comportamentos que têm destruído cristãos, fazendo-os estar cada vez mais distantes do ideal que Jesus Cristo deseja para eles: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mateus 5:14).

Descobrir esses comportamentos destrutivos é muito importante para que haja mudança, para que o fervor volte e o cristão possa cumprir sua missão no mundo de forma plena. Mas antes, temos de refletir sobre esses maus comportamentos que têm destruído a muitos:

(1) NÃO TER INTIMIDADE COM DEUS

A Bíblia nos ensina lições fortes sobre a intimidade com Deus: “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Salmo 25:14). Deus não é íntimo de qualquer um. Ser íntimo de Deus é um privilégio daqueles que verdadeiramente temem ao Senhor.

O grande problema de muitos atualmente é que veem Deus não como alguém com quem devem interagir de forma pessoal, íntima, mas como uma espécie de gênio da lâmpada que é acionado apenas quando as coisas estão ruins. Não ter intimidade com Deus é a causa de muitos crentes estarem com vidas destruídas.

(2) ISOLAR-SE DA VIDA EM COMUNIDADE

Deus não fez seus servos para o isolamento. Inclusive, o conceito bíblico de igreja do Novo Testamento não é um conceito unitário, mas de comunidade. Igreja é comunidade.

Você, sozinho, não é a igreja de Cristo. Você é uma parte dela que, sozinho, não pode realizar a obra que Deus deseja para sua vida.

Por isso, o isolamento da vida em comunidade é um grave mal para a vida de qualquer crente que deseja servir a Deus com plenitude.

(3) DEIXAR A MISSÃO QUE DEUS TEM PARA SUA VIDA PARA QUANDO DER TEMPO

O tempo tem sido a moeda mais valorizada em nossos dias. Não é à toa que cada vez mais pessoas têm preferido dedicar todo o seu tempo aos estudos, a carreira, ao entretenimento e a outras coisas que a sociedade tem apresentado como importantes. Isso tem afastado as pessoas de Deus e da missão especial que o Senhor tem para

Seus servos e, consequentemente, tem destruído cristãos, pois estes rejeitam os planos de Deus, colocando seus próprios como prioridade. Jesus falou de alguém assim, e a conclusão a que se chegou foi que aquele homem era um louco: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12:20).

(4) BUSCAR A BÊNÇÃO DE DEUS E NÃO O DEUS DAS BÊNÇÃOS

Ligue a sua tevê e logo achará algum canal onde se vendem as bênçãos de Deus. Esses locais estão lotados, abarrotados de gente com o foco na bênção que o Senhor pode lhes dar.

O que eles não sabem é que buscar a bênção de Deus antes de buscar o Deus da bênção é pura perda de tempo. O relacionamento com Deus vale muito mais do que qualquer bênção.

Essas pessoas, porém, quando não recebem a bênção buscada, abandonam a Deus. Elas têm suas vidas cristãs destruídas porque são interesseiras.

(5) NÃO DEDICAR-SE AO ESTUDO CONTÍNUO DA BÍBLIA

A Bíblia é chamada de alimento, mas os cristãos de nossos tempos não a têm encarado como seu alimento sólido. Isso ocorre porque não existe dedicação ao estudo da palavra, à busca constante do conhecimento a respeito de Deus e de Sua vontade.

Isso gera crentes fracos, levados de um lado para o outro por qualquer outro “alimento” que o mundo dá a eles. Um outro povo na antiguidade foi destruído por esse mesmo motivo: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento….” (Oseias 4:6)

(6) NEGLIGENCIAR AS PRÁTICAS ESPIRITUAIS

As práticas espirituais são armas que Deus nos deu para que estejamos sempre firmes e fortes para as batalhas. Podemos citar aqui a leitura da Bíblia, a oração, o jejum, a adoração, etc.

Uma grande causa do enfraquecimento de muitos crentes é exatamente o fato de não carregarem em suas vidas essas poderosas “armas”. Não ora, não medita na Bíblia, não jejua, não adora a Deus em espírito e em verdade.

Em que tipo de crente essa pessoa se transformará? Certamente em um destruído, pois os inimigos não perdoam as negligências de seus opositores.

(7) NÃO ACEITAR QUE A VIDA CRISTÃ TEM SUAS DIFICULDADES

Existe uma pregação muito bonita feita por aí, que é a pregação que mostra a vida cristã apenas tendo bênçãos e flores! Pregação mentirosa. A Bíblia mostra a vida cristã como caminho estreito, como aflições por causa do ódio do mundo contra Deus e Seus servos.

Como uma batalha árdua com muito inimigos. O crente que se engana dessa forma cai em prantos diante da primeira adversidade! Vida cristã não é colônia de férias! Vida cristã é para quem realmente ama o Mestre acima de todas as coisas!

(8) ZOMBAR DE DEUS

É claro que a maioria das pessoas de forma alguma acredita que zomba de Deus. Mas não é isso que fazem quando prometem e não cumprem, quando fingem ser religiosos e não o são, quando mentem falando sobre as coisas de Deus e não as vivem?

Quando aceitam o pecado como algo que faz parte das suas vidas? Zombar de Deus é cavar para si mesmo uma cova de destruição, pois Deus não aceita zombaria:

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). O crente verdadeiro teme e treme diante de Deus.

(9) ACHAR QUE SUAS OPINIÕES SÃO MAIS IMPORTANTES QUE A BÍBLIA

Na era das redes sociais a opinião é algo que está cada vez mais em foco. Ter opinião não é pecado. O problema é que hoje as opiniões estão sendo aceitas em um patamar mais alto do que a infalibilidade da Bíblia.

Não interessa o que a Bíblia diz, o que importa é a opinião de cada um! Esse é o lema do politicamente correto que muitos têm aceitado e que têm destruído muitos crentes, pois opiniões não são bases fortes, não são a palavra inerrante de Deus!

(10) A AMIZADE COM O MUNDO

Ser luz para o mundo e sal para ele é a nossa missão. Mas hoje cada vez mais muitos crentes têm buscado a amizade do mundo.

Uma aproximação perigosa e destruidora com suas práticas infrutíferas, com suas culturas erradas, com elementos que ferem a palavra de Deus. Essa aproximação tem representado a destruição de muitos, pois a amizade com o mundo representa a rejeição para com Deus:

“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4).

*No Amor de Cristo,

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metamorfoseviva · 6 years

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O Processo da Tríade representado nas Cores:

Esse post, aos olhos comuns, irá parecer extremamente abstrato. Portanto, se você não esta disposto a esse mergulho profundo, feche a janela. Pois fechando, evitara os julgamentos que viram da sua não compreensão, pois buscara lógica em tudo. E a lógica é a arma do Sistema para te manter fiel aos pacotes de informações fornecidos por eles, que te travam na lógica, colocando bloqueadores sensoriais, impedindo assim de mergulhar e conversar com o Abstrato Invisível. Mergulho esse, que em algum momento de sua passagem, terá de ser feito. Que é exatamente o tema do Post, rsrs. Então seguiremos.

Hoje vamos abrir os mistérios das cores: Será um texto inicial abordando a ótica de algumas cores, e como essas tonalidades influenciam diretamente em nossa realidade. Pretendo dar sequencia ao estudo, abordando cor por cor.

O Violeta por si só é a presença mais poderosa do Criador. Se apresenta através do Filho Lógico ou Rebelde, de acordo com a necessidade temporal do Teatro, após o transmutar da Tríade. Violeta e sua Divindade:

O Violeta vibra com mais intensidade e rapidez que o azul podendo se fragmentar em ondas bem menores, contendo a mesma quantidade de energia, que geram o ultravioleta. Transcendendo a nossa realidade e interagindo com as micro partículas. Processo consciencial dos Raios Solares.

Que ao somar todas as frequências altera tudo o que toca. Coloca toda a criação em seu ritmo, e dita os ciclos da Criação. Em outras palavras, o Violeta ao extremo de sua capacidade, transforma, quebra os padrões, acelera e compacta o Conhecimento. Ele une todas as cores e forma a luz. Pois tem como seus maiores aliados, fazendo parte de seu corpo, a presença do Azul, Abstrato, que representa ao topo, a cor mais elevada, mais celestial, com maior aceleração, abocanhando assim as vibrações mais lentas, maiores e furiosas que também formam seu corpo, o Vermelho. Que representam o sangue, a terra, o reinicio dos ciclos. Ela por si só, é o equilíbrio. A Tríade Existencial.

As únicas frequências mais acelera no universo que o Violeta são resultados do "Caos". Que são o Raio X vindo do movimento dos Elétrons, um dos exemplos, é não ser saudável estar contato com ele durante longos períodos, pois pode alterar as células do DNA e causar câncer. E a segunda frequência mais acelerada que o Violeta é o Raio Gama vindo da destruição subatômica. Princípios esses que atuam no Alpha, no nada, e que fogem do equilíbrio Divino que atua na manifestação Saudável das coisas.

O Violeta vem diretamente do Azul, que é uma cor Forte, estável, rápida, de ondas curtas, que se mantém sempre em domínio Pleno do que é, nunca foge muito de si, se mantém sempre por perto de seu eixo. Sempre foi usado como representação de Divindades, de Grandeza, e por isso reina no Céu. É a cor que representa a Lealdade dos povos as Leis de Deus, Mas o Violeta foge do Azul, pois essa é naturalmente a sua missão. Todos em sã consciência questionariam essa escolha. Mas ele sai a procura de algo novo, para assim se tornar o Violeta. Ele acelera tanto até renascer no inicio, na base, no Vermelho, unindo as extremidades, e tornando o ciclo uma Tórus, infinta. Dando coerência ao ciclo de tonalidades. O Violeta, com sua coragem, torna o processo inteiro espiral e infinito. Em outras palavras, essa aceleração, para se distanciar do Azul, gera sua destruição, formando ondas largas que mergulham na escuridão, se distanciando de si. Assim dando vida ao Violeta, que soma essas extremidades, tando a Plenitude Logica do Azul, quanto ao Caos Abstrato do Vermelho. Esse é o processo da Tríade, onde o Pai (Azul), mergulha no Feminino Abstrato (Vermelho), gerando o Filho (Violeta), que posiciona todo o Holograma, reiniciando sempre o processo infinito.

Messias vibra na cor Violeta.

É um ciclo natural, de tempo em tempo, Messias sempre volta para posicionar o Holograma. E ele porta toda a coerência, pois ele ao chegar no Azul, passou por todo o processo desde a base, todas as cores, e não se acomodou, escolheu mergulhar no escuro, se desfez da Plenitude que é habitar no Azul, para se auto destruir e renascer no Abstrato Vermelho, e provar que o processo é eterno e simétrico. Processo de Devoção mais sublime.

Curioso né? Mesmo processo que vemos em nossas vidas nos processos de nosso despertar e renascimento. És o tempo de todos nós acessarmos o Violeta. Mas para isso, precisamos ter passado por todas as tonalidades, sentir o Azul (Deus/Despertar) e mergulhar no Vermelho (Abstrato/Renascimento), para então renascer para uma nova vida, e se doar ao Plano Divino, executando o Sonho Coletivo de Unidade. “Assim como a Chuva trás o Sol,. A Noite trás do Dia, A Guerra trás a Paz. A Morte trás o Renascimento” Só assim a Luz se mantém em todos os seus Estágios e tonalidades, sendo, em sua soma, o resultado Branco que vemos. A própria Luz.

#BLOGATEMPORAL

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msmorrible · 2 years

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É HORA DE DESAFIAR A GRAVIDADE… A nossa nova habitante costumava se chamar MADAME MORRIBLE, do conto OZ, e antes da névoa da maldição arrastá-la até Storybrooke, ela estava no MUNDO DE OZ. Aqui na cidade você talvez a encontre se procurar por uma tal de PENELOPE MORGENSTERN que tem 42 ANOS e é DIRETORA ESCOLAR.

* PINTEREST /

A PERSONAGEM ESTÁ ACORDADA?

Sendo uma das vilãs de sua história ela está acordada e tem todas as suas memórias da vida antiga. No entanto, apesar de ter dito que corroboraria com os outros vilões após ter acordado ela é contra a maldição, pois além de estar cansada - do que diz ser uma brincadeira chata - acredita que essa maldição foi a responsável por atrapalhar seus planos que estavam em andamento no Mundo de Oz.

STORYBROOKE

As lembranças de infância que Penelope tem são da conturbada relação que seus pais tinham. O casal que vivia brigando teve sua última discussão na véspera do aniversário de 11 anos da garota, momentos antes do homem decidir ir embora deixando a filha e a esposa para trás. Um belo presente de aniversário para uma menina que era tão apegada à família.

Desde aquele ocorrido ela passou a detestar seu aniversário, na mesma intensidade que esperava todos os dias pelo retorno do querido pai. E assim os anos foram se passando e aquele abandono foi moldando os principais traços de personalidade dela até que chegasse à adolescência. Apesar de sempre ter sido uma estudante exemplar acabou crescendo e não se tornando uma filha assim tão boa, tendo tido por muito tempo uma relação conturbada com sua mãe até que tivesse idade suficiente para sair de casa.

Saiu de casa aos 19, sem nada além das economias que fizera durante sua vida para que pudesse entrar na universidade, e foi se virando como pôde ao longo dos anos, numa incessante escalada para chegar no patamar que está hoje. E se orgulha de não ter precisado da ajuda de ninguém… ou quase.

Bem-resolvida e com uma vida estável, apesar de ter uma popularidade positiva na cidade de Storybrooke, devido ao seu cargo, as pessoas fuxicam sobre o porquê de Penelope Morgenstern ser tão solitária. Ninguém que estudou com ela, ou que em algum momento esteve em contato mais vívido, lembra de um dia tê-la visto demonstrar qualquer afeto por alguém… até com sua mãe ela tinha uma relação estranha. Era sempre muito cordial com todos, mas aparentemente possuía relações muito rasas.

A mulher, é claro, sabia que por muitas vezes seu nome caía na boca do povo em meio às fofocas, mas não se importava em ser reservada e acreditava que não devia satisfações sobre si ou suas escolhas. Contudo, mesmo com esse pensamento ela se viu na obrigação de justificar o motivo de ter colocado sua mãe sob os cuidados do asilo, a fim de impedir que sua atitude pudesse ser vista com maus olhos e atrapalhar sua carreira acadêmica de alguma forma.

Hoje em dia, além de ir visitar sua mãe no asilo algumas vezes na semana, ela se esforça para ser mais sociável e fazer coisas que “todo mundo faz”, na intenção de evitar os burburinhos e manter uma vida controlada e amena.

MUNDO DE OZ

Pouco se contava sobre como era aquele mundo antes de Oz ter chegado até ele, e as histórias que são repassadas entre seus habitantes mais parecem contos sem nenhum fundo de verdade, o que faz com que cada um tenha uma crença diferente e deixa tudo ainda mais dúbio. O que nunca foi contado e sequer cogitado era a verdadeira origem de Madame Morrible, tudo o que se sabia era que ela tinha vindo de Gillikin e por um tempo foi diretora de Shiz.

La Mombey, a conselheira do antigo rei Pastorius, uma das bruxas mais poderosas que aquele mundo já havia visto, estava secretamente grávida quando foi deposta do seu cargo por ser acusada de tentar fazer magia contra ele. Ela voltou para Gillikin com uma fama de Bruxa Malvada do Norte que antes não lhe pertencia e um ódio tão grande que envenenou sua alma, e por anos maquinou seu maquiavélico plano de vingança. A principal arma do seu plano? A criança que carregava em seu ventre, filha bastarda do rei.

Quando Morrible chegou ao mundo foi criada para ser uma grande estudiosa dos mais diversos conhecimentos e dessa forma fosse capaz de se aproximar e conquistar a confiança do rei. Desde pequena ela foi ensinada por sua mãe sobre como ele era um homem terrível e como as duas foram renegadas pelo mesmo, e por esse motivo ela precisava tomar para si o que era seu por direito. Sem ninguém sequer fazer ideia de quem ela era, começou sua empreitada tornando-se docente em Shiz, e quando achou que estava pronta partiu até a Cidade das Esmeraldas a fim de conquistar o cargo de nova conselheira do rei como sua mãe havia lhe mandado, obtendo sucesso em sua jornada.

Algum tempo após sua conquista do cargo de conselheira sua mãe começou a colocar o plano de vingança verdadeiramente em ação, e por vontade própria tornou-se publicamente responsável pela morte do rei e fez com que ela e outras bruxas más pudessem comandar as cidades. A intenção era tornar Morrible uma espécie de heroína aos olhos do povo, convencê-los de que ela estava lutando para trazer a paz de volta àquele mundo. Dessa forma Morrible inventou a profecia que supostamente foi feita pelo rei em seu leito de morte sobre o homem que chegaria do céu para salvá-los, acreditando que uma história de salvação geraria simpatia e seria mais bem-aceita, tornando-se regente da Cidade das Esmeraldas até a cômica chegada de Oz.

Aquele homem cair do céu com seu balão não estava previsto, mas rapidamente ela foi orientada para seguir com o plano e usá-lo como fantoche para suas realizações. O intuito era tornar Oz querido pelo povo para que ele pudesse ter dominação política e tomasse a autoridade das quatro cidades para si, desbancando as bruxas que as governavam. O plano era ter a confiança do mágico, ajudá-lo a conquistar tudo e desbancá-lo para ficar com todo o poder no final, mas o que Morrible não contava era que fosse criar feição pelo rapaz e devido a isso convenceu a matriarca de que não precisavam desbancar ele contanto que ela ainda conseguisse influenciá-lo e estivesse ao seu lado, mas isso acabou gerando um atrito entre as duas.

Após ter brigado com a mãe, Madame Morrible se viu preocupada com o rumo que as coisas estavam tomando quando Oz depositou sua confiança em Elphaba, e mais ainda quando a raiva tomou conta dele ao ser rejeitado. A raiva havia o deixado incontrolável e aquilo não era bom para si nem para seus planos de dominação, por esse motivo ela tramou, e na tentativa de trazer Elphaba de volta para que Oz tivesse sua vingança criou o ciclone que matou Nessarose, a bruxa má do leste, e acabou trazendo Dorothy Gale para aquele mundo.

Ao acordar em Storybrooke ela manteve suas memórias mas estava enfurecida. Primeiro por não ter tido tempo de saber se havia conseguido recuperar o controle das coisas e depois porque achava aquela maldição uma bobagem. Acreditava que só se mostrariam realmente melhores do que os mocinhos se os derrotassem e acabassem com seus finais felizes em seus próprios reinos. Mas é claro que naquelas circunstâncias não iria expor sua verdadeira opinião, afinal não era boba e não queria ter os outros vilões como seus inimigos.

PENELOPE X MORRIBLE

Ambas sempre se esforçam para manter a postura e o papel de bondosas, mas ao contrário de Morrible que muitas vezes é descrita como assustadora, Penelope aparenta ser muito mais cordial, mesmo com o seu jeito introvertido. Nenhuma das duas é fã de manter relações profundas, além de não verdadeiramente gostarem de socializar, mas sabem disfarçar bem. Apesar de tudo, ambas são bastante pacientes.

#╰ ⠀ › ⠀ ‘ 𝙋𝙀𝙉𝙀𝙇𝙊𝙋𝙀 ’ ⠀ 🥀 ⠀ ❪ ⠀ files ⠀ ❫ ⠀ .

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franco-ikari · 3 years

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Vamos analisar sobre algo bem curioso especialmente em produções antigas:o uso do absurdo e do exagero nos mangás Shonen e Tokusatsu

Quando era jovem uma coisa me chamava muito a atenção: os filmes de Kung Fu. Personagens históricos que lutavam um Kung Fu surreal dando grandes saltos e fazendo coisas impossíveis.Existe algo na narrativa asiática que é muito comum:o uso do absurdo e do exagero nas suas produções. Eu não fiz um estudo profundo do tema procurando livros do assunto mas apenas observando como as coisas funcionam,segundo a minha filosofia de conhecer aquilo que você gosta,e entender como funciona. Isso ajuda a entender como a série funciona antes de julgar. E é recompensante como chegamos perto ou acertamos a resposta em cheio quando fazemos esse exercício de observação.E é isso que eu quero aqui.

A narrativa japonesa é cheia de curiosidades e peculiaridades,coisa geralmente que viram piada por nós ocidentais que não buscamos compreender as coisas por termos a nossa própria e limitada visão de mundo. Uma das coisas que chamam atenção são as coisas fantásticas e absurdas que existem nessas obras principalmente nas antigas e não é a toa.O intuito é surpreender o público com algo realmente incrível,jamais possível na realidade mesmo que isso signifique fazer você ter uma reação que não acredita no que fizeram nesse momento.O primeiro lugar onde vemos isso é claro,no Tokusatsu. Godzilla no seu primeiro filme costumava ser uma série com mais realismo fantástico,um filme mais sério e dramático.As suas continuações mudaram de tom pra agradar um público maior e vender bonecos de Kaijuu pra crianças e pra isso fez Godzilla ser um grande palco pra batalhas entre monstros gigantes sem qualquer compromisso com a realidade e pra surpreender as crianças,fazem os Kaijuu usarem as mais estranhas e bizarras técnicas pra surpreender seus inimigos e daí que vemos aquela famosa voadora de dois pés deslizando pela cauda do Godzilla que virou meme de tão bizarro e galhofa que ele parece,e isso por dar uma visão mais ingênua do Godzilla onde ele é visto como um herói e uma criatura pensante,um ser capaz de fazer coisas incríveis,aí gera nas pessoas esse tipo de reação como “olha o que aquele monstro é capaz de fazer,ele parece tão inteligente quanto um ser humano e capaz de fazer coisas absurdas como aquilo”,algo bem distante do monstro que surgiu das bombas atômicas e era fruto da revolta das forças da natureza contra os erros da humanidade.

Em mangá Shonen também é o lugar onde vemos muito mais disso,com mangás que transformam guerras entre gangues adolescentes em verdadeiras guerras Samurai,ou coisas malucas como cientistas de 13 anos ou um velhinho que decide ele mesmo criar os protetores da Terra fazendo 100 filhos ele mesmo.É o impacto do exagero que gera surpresa e interesse do público.no Tokusatsu havia um fenômeno ainda mais curioso,os planos de invasão inimiga.O Jean Marrie de Jiban num episódio tinha quase explodido Tóquio. No episódio seguinte ele bola um plano peculiar: um monstro que gera poros que provoca na pessoa repulsa pela cidade grande e desejo por morar nas montanhas com ar puro.Tudo pra Toquio ficar desabitada pra ele assumir o controle sem ninguém atrapalhar.UAU.Claro que isso tem a ver com a maior ingenuidade das séries antigas e o fato de serem produtos infantis,mas não deixam de por situações absurdas então isso pode sim fazer parte.Por outro lado um plano onde o monstro faz as pessoas se apaixonarem perdidamente incapazes de pensar em nada fazendo a economia colapsar seria possível no mundo real.Seria bizarro mas faz sentido.Uma coisa comum é usar um humor exagerado nessas séries onde vilões sérios bolam planos bizarros que geram bastante comédia. Hoje em dia o Tokusatsu evoluiu de forma que as coisas exageradas e estranhas sejam mais orgânicas e não causem tanta estranheza embora muitos ainda chiem por causa disso

E lembra quando falei dos filmes de Kung Fu?a idéia é mostrar o quanto esses personagens históricos eram lendários e faziam coisas absurdas e incompreensíveis o mesmo fenômeno que transforma pesoas comuns em santas quando fazem coisas que desafiam a lógica.Isso causa o impacto.O mesmo fenômeno eu vi acontecer nas séries de Drama dos anos 80 do gênero Sukeban,algumas adaptadas de mangá de sucesso da década de 70. Sukeban são delinquentes,são garotas estudantes que tem impeto,força e coragem de dar sopapos em quem se meter a besta com elas.Logo os autores viram que era possível criar histórias excitantes do estilo Nekketsu(sangue quente) com essas personagens.A franquia Sukeban Deka é o exemplo perfeito pois ela eleva o status de Sukeban quando as tornam heroínas da justiça.e pra reforçar o quanto essas personagens são fortes e incríveis a série mostra colegiais capazes de enfrentar soldados treinados com a mão nas costas e manusear objetos inusitados como armas.Bolas de gude,ioiôs e até agulhas de tricô são usadas como armas poderosas nas mãos das Sukeban que fazem coisas absurdas com elas.E qual o sentido de fazer isso?é justamente pra enaltecer a força que as personagens tem,quando você exagera bastante você causa no público,é pra dizer pra você “olha como essas Sukeban são fortes,elas conseguem lutar até com agulhas de tricô que parecem facas afiadas nas mãos delas”, a sensação do quanto aquelas personagens são incríveis capazes de fazer coisas impressionantes.No Super Sentai antes mesmo do grupo se transformar era possível ver eles realizando saltos imensos e lutando com força surreal como a gente pode ver em séries como Kagaku Sentai Dynaman e isso só pra mostrar o quanto aquelas pessoas são capazes de se tornarem os heróis que protegerão a Terra.Em Dr Stone nós temos o Tsukasa um personagem que seria o oposto do que se espera de uma obra que fala sobre ciência porque ele tem uma força sobre-humana.Pra mostrar o quanto aquele personagem é forte o autor mostra ele seno capaz de fazer coisas absurdas como destruir uma rocha com as mãos ou encarar um tigre no mano a mano e aí o público pensa: “como o Senku com as coisas que ele cria apenas usando a ciência podem encarar um cara desses?” e quando ele consegue ele exalta ainda mais os feitos do Senku.

Antigamente os Super Heróis americanos também eram assim,quem não se lembra dos poderes bizarros do Superman da década de 30 como o Super Beijo capaz de deixar uma pessoa sem memória e isso é só o exemplo mais simples, tinha muita coisa absurda que ele fazia.Hoje em dia principalmente com o foco no público mais velho e com a ida dos heróis pro cinemas começou um movimento de tentar explicar os absurdos dessas séries,o que acaba irritando muita gente,pois qualquer coisa ganha uma explicação cientifica ou um motivo plausível por trás enquanto a obra tem medo de ser absurda e fantástica.Isso que me fez principalmente ficar decepcionado com o filme de Sukeban Deka de 2006 e com o filme de Power Rangers de 2017,onde você tem que justificar a razão pra Zordom convocar um bando de adolescentes pra ser Super Heróis e trocar a lycra apertada por armaduras high tech alienígenas porque é mais realista e você não vai ser acusado de ser ridículo,e aí tudo perde a graça,a ficção não tenta mais ser ficção,quer ser apenas a realidade.Não que seja ruím ter mais realismo mas é preciso também ter o fantástico e isso me faz adorar as séries de Sukeban com suas colegiais que fazem coisas impossíveis tal qual os filmes de Kung Fu com lutadores que quase voam e ficar de boa com isso.

Esse é o assunto que eu quero trazer neste artigo pra enriquecer o debate que acho tão necessário ao invés de discutir tolices como “qual é o personagem mais forte de tal série” e que talvez ajudem a compreender o universo das coisas que gostamos.

#anime #mangá #tokusatsu #drama

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caveofmirio · 3 years

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— Essa tranquilidade não combina muito com nossa rotina, querida…

Divagava em uma conversa com Bellatriz, minha Daemon, que passeava com suas cem patinhas em meu antebraço. Nossas conversas eram sempre algo parte de nosso cotidiano, a vida como espião sempre me fez levemente solitário e podia dizer que somente 2 ou 3 pessoas conheciam minha verdadeira personalidade e, até agora, nenhuma delas estava em Avalon.

Existe um mau agouro onde, quando falamos algo em voz alta, as probabilidades de uma versão reversa de nossa recém dita sentença se torne realidade… E céus, eu não poderia dizer que estava menos surpreso por aquilo acontecer. Os alarmes começaram com seu soar ensurdecedor, Bellatriz começou a rir e se recolher para dentro de minhas roupas. “Eu sabia que sua língua era poderosa, mas isso é demais, Vachi...”

Nem ao menos tive tempo de pensar em alguma resposta para a daemon que agora serpenteava para dentro de minha manga. Abri a janela de meu quarto e com minha relíquia em formato de garra já empunhada em mãos, desci por uma das paredes até chegar ao solo, usando a arma cravada contra a parede para diminuir a velocidade da queda. Aquela sensação em meu peito… Aquela aura de destruição, a própria satisfação que Mammon quase deixava transparecer por minha pele… Cada poro, cada pelo de meu braço se arrepiava. Avalon era rodeada por uma série de sensações, cada uma delas fazendo a marca em meu peito pulsar...

Morte. Caos. Sangue. Destruição. Yuna… Yuna?!

Em uma direção oposta de onde eu me localizava, pude sentir a presença dos poderes da garota e como aquilo não me deixaria curioso, afinal pude escutar alguns alunos desesperados correndo em prantos. “Um dragão de água” eles diziam… É, minha dolce Yuna só poderia estar envolvida. Minhas pernas, infelizmente, conseguiram dar poucos passos na direção de onde eu sentia que a garota estava… Pois uma nova presença, cruel e sanguinária, se fez presente próxima de mim. Ao passar por alguns prédios vi um demônio em combate com o que parecia ser a Srta. Hyuna e o infantil Suho. Subitamente, um golpe atinge a donzela e parece deixá-la machucada. Suho parte para o ataque e decido somente assistir o que acontecia de uma distância segura.

— Bater em mulheres, mio caro? Que covardia… Poderia ter sido Suho, iria me fazer um favor…

Acabei por rir sozinho, mas o garoto foi um tanto perspicaz e conseguiu realizar uma série de ações para sair do local com a donzela. Estavam seguros… Mas antes mesmo que pudesse voltar para ver o que acontecia com Yuna, vi uma estranha movimentação e não me surpreendo ao ver que outro ser tentava incitar o caos. Um homem lançava labaredas de fogo, fazia todos próximo a si entrarem em prantos… Interessante, mas senti uma presença familiar naquele homem com vestimentas um tanto… Inadequadas. Mal tive o tempo para raciocinar a situação. Wangji, o chinês intrometido que me flagrou no labirinto dias atrás, e Hyunjae deram um jeito rápido de conter as ações do homem que, após voltar para sua forma original, revelou ser Lune. Quanto poder dentro de uma única pessoa… Não pude fazer nada além de esboçar um sorriso, extremamente satisfeito pelo privilégio de ter presenciado algo como aquilo.

— Affascinante, dolce Lune… Affascinante.

Percebi uma movimentação estranha na direção para onde o demônio que enfrentou Hyuna e Suho havia ido, decidi acompanhar um grupo que ia naquela direção. Kyo, Lauan, Nava e Dara tentaram rastrear para onde aquele monstro havia ido… Infelizmente, não pude fazer nada para colaborar com suas ações mas todos utilizaram suas habilidades para tentar detectar onde o demônio estava.

Kyo de alguma forma sentia que a presença do demônio estava próxima, mas não com a precisão necessária para que soubesse onde ele se localizava. Lauan pareceu conversar com uma árvore que então indicou a distância para onde o demônio poderia ter ido, mas não era o suficiente… Por fim, a doutora Dara levantou voo para ter uma visão privilegiada e finalmente enxergou onde o demônio estava. Todos fizeram sua parte, mas Nava… O fato de eu e ele sermos os únicos a não colaborar para aquela detecção já era algo ruim, mas eu ser colocando no mesmo nível de “inutilidade” que o homem que tentava fazer “piadas naquela situação mais séria… Me deixou com certo desgosto. Não perdi tempo para reclamações ou qualquer tipo de fala, segui com o grupo na direção que deveríamos ir.

Fomos recebidos, como de praxe, de forma bem agressiva pelo demônio. Saint se juntou ao combate, todos ativaram suas relíquias e passaram a usar os poderes tanto de forma ofensiva como defensiva, mas o problema era… Qual era o objetivo ali? Precisávamos bolar um plano. Atacar um demônio já enraivecido não ajudará em nada, e será só questão de tempo até ele começar a pegar um por um. Recuei e passei a analisar a situação, tentando ver como cada um conseguia usar seus poderes e habilidades… Era um quebra-cabeça. Cada peça possuía seu devido lugar e alguém precisava mostrar como encaixá-las… Mas não encaixavam. Algo faltava, e para um italiano espião viciado em quebra-cabeças e estratégias, aquilo começou a se tornar extremamente frustrante… até que Wangji apareceu.

Ele era a peça que faltava. As informações começaram a se encaixar em minha frente quase como uma ordem. Os números começaram a flutuar, as probabilidades e estatísticas estavam bem à minha frente… Teríamos somente uma chance.

— Certo, me escutem!! Não vamos ter tempo para rever esse plano mais de uma vez. Wangji, abra um buraco no chão, o mais fundo que conseguir. Lauan e Nava, vocês precisarão conter os movimentos dele. Usem as raízes do solo e as correntes, não poupem esforços. Doutora… Tente… Acho que… Fazer ele se mover menos também... de alguma forma. Saint, você vem comigo. Precisamos apagar esse desgraçado. Prontos…? AGORA!!

A ação foi precisa, os eventos se encadearam um atrás do outro. A geocinese de Wang fez seu trabalho, as amarras com correntes e raízes de Lauan e Nava pareciam deixar o demônio angustiado pela limitação de seus movimentos. Não sei dizer exatamente o que a doutora Dara fez, mas de certa forma parecia que o monstro estava pesado e se esforçando muito mais para se movimentar. Tínhamos pouco tempo agora. Saínt e eu saltamos dentro do local onde o demônio estava contido, e enquanto Saint acalmava a criatura de alguma forma, aproveitei um pequeno corte feito nas costas do demônio para que, em contato com minha mão, eu pudesse sugar sua vitalidade.

Enquanto sentia sua força vital entrar em meu corpo, conseguia ver o quanto o demônio parecia perder as forças… Até por fim cair. Missão cumprida. Saí do buraco e pude ver Wangji deixando o local, me fazendo rir sozinho enquanto ajeitava minhas mãos nos bolsos e ia para outro lado, tentando buscar informações do que havia acontecido com Yuna. De qualquer forma, todo aquele caos poderia ter causado muitos outros estragos e, certamente eu adoraria ver a quantidade de mortos e feridos… Mas eu ainda precisava de Avalon. Ainda precisava me tornar forte e, principalmente, das informações que estavam lá.

Hoje, contribuí para salvar vidas… Espero que Mammon entenda que estou salvando somente o suficiente para salvar a mim mesmo pois por mim… São todos peões em um grande tabuleiro de peças descartáveis… Até que se tornem úteis. Espero que Avalon continue me mostrando seus segredos… Pois garanto que ainda tenho muito para descobrir.

#plotdrop

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jaipur108 · 3 years

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Jvalamalini Nitya , a Deusa da Separação

Protegendo ferozmente os tesouros de estar sozinho

14° Noite, Super Lua - 4° dia menstruação - Lua em Libra

Jvala significa "chamas" em sânscrito, e malini significa uma "pequena guirlanda" ou "colar", então o nome de Jvalamalini significa a "Guirlanda de Chamas". O Tantraraja a descreve como "lustrosa como fogo flamejante e resplandecente com sua coroa de rubi", e ela é enfeitada com joias e riquezas e "todos os tipos de adornos". Seus seis "rostos de lótus" têm três olhos cada, e todos são iluminados com um sorriso doce. Em seus doze braços, ela carrega um laço, uma aguilhada, uma espada, um escudo, um arco e flechas, uma maça, uma lança, uma tartaruga e fogo.

Suas mãos são levantadas em vara mudra, para conceder presentes, e abhaya mudra, para dissipar o medo. Ela está cercada por muitas outras deusas para serem adoradas com ela. Alguns deles são nomeados no Tantraraja, incluindo Ghasmara (Devorador), Visvakabala (Andorinha do Universo), Lolaksi (Olhos famintos), Lolaji- hvika (Língua com fome), Sarvabhaksa (Devorador), Saharaksi (Tu - Sand-Eyed), Nisanga (Companionless), Samhrtipriya (Quem Tem prazer em Destruir), Acintya (Incompreensível), Aprameya (Imensurável), Purnarupa (Compreensivo), Surasada (Difícil de Realizar), Sarvaga (Incompreensível). ), Siddhirupa (imagem do sucesso), Pavana (purificação) e Ekarupini (cuja forma é uma) .² Jvalamalini também tem um mantra, um canto específico associado a ela, que Woodroffe oferece no Tantraraja:

Traduzido aproximadamente, significa “Honra ao todo-poderoso Jvalamalini, deusa dos deuses, que retira toda a criação para dentro de si. Origem do conhecimento, kindling, kindle kindle. ”⁴ Hrim é o bija, ou som da semente, para nossa deusa guarda-chuva, Lalita, e ram é o bija para o chakra do plexo solar, o centro de energia da força de vontade, raiva, ego e a capacidade de nos defendermos, e cujo elemento é o fogo. Svaha, a última palavra do mantra, significa essencialmente fazer uma oferenda ao fogo, entregando tudo o que estamos segurando para ser transformado no calor das chamas sagradas.

Nós fomos além do centro silencioso de Sarvamangala. Quase todas as armas estão de volta. Jvalamalini pode ser doce, mas ela tem uma intensidade ígnea e está rodeada pelo tipo de deusas que você não gostaria de encontrar em um beco escuro, como o Devorador e a Língua de Fome. Jvalamalini permanece firme em seu poder, protegendo seus limites. Este é o momento em que deixamos nosso amante na cama, vestimos nossas roupas e voltamos ao trabalho que precisa ser feito em nossas próprias vidas.

Para alguns de nós, este é o momento de romper, de deixar um amante que tenta roubar nosso fogo. Estamos profundamente na fase de separação e é hora de honrar a prática profunda de aprender a ser um eu por conta própria. Aqui, aspectos de nós mesmos, incluindo os ferozes, os famintos e, significativamente, os que não têm companhia, surgem no espaço que criamos para nós mesmos. Jvalamalini é a deusa de estar sozinha.

Jvalamalini tem muitas coisas nas mãos, incluindo muitas armas e uma tartaruga. Uma dessas coisas não é como as outras - a tartaruga não é um animal particularmente feroz, mas Jvalamalini não a está usando como arma. A tartaruga é o que ela está tentando proteger. Na mitologia hindu, a tartaruga, com seu semblante antigo, vida longa e capacidade de prosperar entre a terra e a água, é um símbolo poderoso. Ela está associada ao deus Brahma, o Criador, que assumiu a forma de uma tartaruga para dar à luz ao universo, e a Vishnu, o Sustentador, que assumiu a forma de tartaruga para apoiar o enorme aparato necessário para agitar o grande Lago Cósmico. Um dos nomes de Jvalamalini é “Aquela que retira toda a criação para dentro de si”.

Se ela é feroz, é apenas para proteger sua necessidade de ficar sozinha. Sua prática, então, é uma forma de meditação chamada pratyahara. Isso geralmente é traduzido como “retirada dos sentidos”, o que implica que você fecha o mundo exterior e tenta rejeitar sua experiência sensual do mundo. Uma tradução melhor pode ser “aproximar os sentidos”: trabalhar com, em vez de contra, os sentidos para puxar a sua consciência para dentro do seu corpo e da sua mente, como uma tartaruga puxando para dentro de sua carapaça. Para fazer isso, sente-se com os olhos fechados e observe o que você notar. Toque em sua audição, que é uma das melhores para alcançar alguma distância fora de seu corpo.

Você pode ouvir carros passando do lado de fora ou seu vizinho andando acima de você. Aproxime-se: chame sua atenção para algo na sala, como o tique-taque do relógio. À medida que seu foco muda, seu cérebro sabe que deve enviar menos sinais dos carros e mais do relógio, de modo que você percebe o relógio mais do que os carros. Aproxime-se: veja se consegue ouvir o batimento cardíaco, o sangue pulsando nos ouvidos. Agora você está em seu corpo, onde pode começar a notar pensamentos e emoções. Você persuade a sua consciência do mundo exterior para dentro, por todo o caminho até aquele lugar tranquilo no centro. Esta prática não é sobre rejeitar o mundo ao seu redor, mas ajustar sua percepção para que você se torne mais sensível às experiências mais sutis de estar dentro do que fora.

Metaforicamente, pratyahara é qualquer prática que nos aproxime de nós mesmos. Vivemos em um mundo com muitas distrações externas. Tendemos a nos concentrar no exterior, no que os outros querem de nós, no que vai acontecer no futuro e no que aconteceu no passado. A tartaruga nos ensina a não fugir desse mundo, a não temê-lo, mas a encontrar maneiras de nos aproximarmos de nós mesmos, para que o que está mais perto de nossos corações não seja afogado por todo o caos lá fora. Todos nós precisamos de práticas que sejam só para nós, afirmando a alegria e o valor de quem somos, sem ser definido pelos papéis que desempenhamos em nossas vidas. Isso pode significar voltar para casa no final de um longo dia para desligar o telefone e se esconder. Isso pode significar praticar francês todas as manhãs por vinte minutos. Isso pode significar ir até o fim com a separação.

Em nosso mundo, tendemos a temer separações e a abominar o divórcio. Na verdade, a separação pode ser incrivelmente dolorosa. Precisamos de conexão e comunidade em um nível profundo e primordial, lembrando em algum lugar em nossos ossos que aquele que caminha sozinho na noite é comido primeiro. Normalmente, porém, separações acontecem por bons motivos. Separar-se de um amante que nos impede de evoluir ou mesmo nos magoa não é motivo para chorar, mas para comemorar. É preciso coragem para abandonar um relacionamento, especialmente um casamento, e devemos dar mais crédito um ao outro pela bravura necessária para deixar esse relacionamento.

Não podemos fazer isso se temos medo de ficar sozinhos. É costume em muitas culturas celebrar o casamento: a comunidade ajuda as duas pessoas que se unem, oferecendo presentes e conselhos para facilitar a transição para a vida de casados. O divórcio, por outro lado, não tem ritos e rituais culturalmente sancionados, embora tenha sido cada vez mais comum desde a Lei de Reforma do Divórcio de 1969 tornou muito mais fácil para as mulheres, especialmente, deixar o casamento. Hoje em dia, os casais recém-casados não precisam de um monte de espátulas ou um forno de micro-ondas - eles provavelmente já moraram juntos por um tempo antes de tomarem a decisão de se casar.

Pessoas recém-divorciadas, por outro lado, podem estar morando sozinhas novamente pela primeira vez em muitos anos. Especialmente se ela tiver o cachorro, bem, é quando realmente precisamos dessas espátulas. O divórcio e a separação são tristes e difíceis, mas um rompimento também costuma ser uma mudança que vale a pena comemorar. Decidir deixar uma parceria pode ser uma forma poderosa de afirmar sua vida. Podemos recorrer a Jvalamalini para nos ajudar a honrar essa escolha e a nova fase das nossas vidas, incluindo as “joias e riquezas” que só podem ser encontradas quando aprendemos a estar sozinhos.

Sem dúvida, há um grande aprendizado no campo do relacionamento, mas também há um grande valor em estar sozinho. Sozinhos, podemos pensar criticamente, focar profundamente em um trabalho significativo e desenvolver um senso de nós mesmos que pode fornecer uma base forte e confiável em um mundo imprevisível. O escritor e psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi sugere que, para velopment, os humanos precisam ficar sozinhos cerca de um terço do tempo.

Ele escreve: “É difícil aprender matemática, ou praticar piano, ou programar um computador, ou descobrir o propósito da vida quando outras pessoas estão por perto.” Aqueles que evitam a solidão podem não aprender a pensar de forma independente ou crítica. “Em vez de promover o crescimento”, argumenta Csikszentmihalyi, “as amizades geralmente fornecem um casulo seguro onde a autoimagem pode ser preservada sem nunca ter que mudar.” Às vezes, os círculos de amigos podem estagnar o crescimento pessoal, com todos fazendo o trabalho de manter todos os outros em linha, impedindo qualquer indivíduo de ameaçar o status quo com pensamento independente.

Ser um eu em nossos próprios termos e por meio de nossas próprias escolhas é uma coisa poderosa, e nossos amigos não podem nos dar esse presente. Ninguém pode fazer isso por nós, exceto nós. Os relacionamentos românticos podem ser ainda mais ameaçadores para nós mesmos do que nossas amizades. Sem limites fortes e um senso preexistente de nossos valores, é fácil nos perdermos em um amante. Parece que nós mesmos somos a primeira coisa que oferecemos no altar de ter um relacionamento, mas pode ser exatamente isso que destrói esse relacionamento.

A psicóloga Harriet Lerner aponta para o que ela chama de "de-selfing" como um sintoma comum nos relacionamentos: "De-selfing significa que muito de si mesmo (incluindo pensamentos, crenças e ambições) é 'negociável' sob pressões de o relacionamento. ” Quando acreditamos que ter um relacionamento é mais importante do que ter um eu, corremos perigo. Lerner escreve: Mesmo quando a pessoa que mais compromete a si mesmo não está ciente disso, a desistência tem seu preço inevitável. O parceiro que está se sacrificando mais armazena a raiva mais reprimida e é especialmente vulnerável a ficar deprimido e desenvolver outros problemas emocionais.

Nesse caso, precisamos encontrar uma maneira de afirmar, até mesmo lutar por, nossos limites como um ato de amor, não apenas para nós mesmos, mas também para os outros. Os relacionamentos mais felizes prosperam no espaço e no desenvolvimento individual, bem como na proximidade. Às vezes, a melhor coisa que podemos fazer por nós mesmos em um relacionamento é partir. Se a única coisa que o impede de deixar um parceiro é a sua crença de que ter qualquer parceiro é melhor do que ficar sozinho, Jvalamalini exorta você a jogar essa história no fogo.

Aprender a ficar sozinho, ficar confortável com sua própria presença e estar bem com quem você é pode ser um processo doloroso, mas também é profundamente fortalecedor e pode ser fascinante também. Aspectos de você mesmo podem se materializar, como as deusas que aparecem em torno de Jvalamalini: Aprameya (Imensurável), Purnarupa (Compreensiva) e Siddhirupa (Imagem do Sucesso), aparecerão da escuridão ao seu redor, bem ao lado de Nisanga, cuja nome significa Companionless. Não devemos sucumbir ao que Csikszentmihalyi chama de “medo da solidão”. ⁹

Jvalamalini queimará esses medos em seu fogo. O fogo espiritual da raiva. É claro que muitos de nós resistimos aos dons da solidão porque só podemos encontrá-los se estivermos dispostos a enfrentar a dor da solidão. Jvalamalini sabe que não é fácil e ela não está brincando. Ela tem a maça, a espada e o escudo em suas mãos, além das deusas Ghasmara, ou o Devourer, e Samhrtipriya, ou Aquela que tem o prazer de destruir, ao seu lado.

Jvalamalini está disposta a demolir tudo o que a impede de reivindicar sua identidade como “a Todo-Poderosa Jvalamalini, deusa dos deuses”. O canto de Jvalamalini inclui o som da semente, ou bija mantra, do plexo solar: a sílaba ram. O plexo solar é o chakra, ou centro de energia, localizado ao redor do umbigo. Essa é a fonte do agni, o fogo digestivo que nos ajuda a processar os alimentos e também nossas experiências. É aqui que encontramos a força de vontade para nos levantar e lutar. É aqui que desenvolvemos o ego e estabelecemos os limites para nos proteger. Esta é a fonte de nossa raiva.

Em muitas interpretações espirituais, tudo isso é ruim. O ego é considerado ruim, mas a raiva é muito pior. Pessoas espirituais em todos os tipos de tradições, do Cristianismo ao Budismo, terão úlceras ao tentar converter sua raiva em compaixão ou perdão. Uma das lições mais fundamentais dessas deusas tântricas, entretanto, é que toda emoção é válida. Nosso trabalho é aprender a explorar toda a gama da experiência humana e ser conscientes de como usamos essa energia. A raiva é extremamente valiosa. Como o fogo, pode ser um elemento transformador. É incrivelmente poderoso e se move. Ele pode destruir, mas também pode purificar.

A raiva é uma das joias preciosas. Quando a raiva surge, geralmente está tentando nos dizer algo sobre nossos limites. Como afirma o psicólogo Robert Augustus Masters: “O principal estado emocional que funciona para sustentar nossos limites é a raiva.” Pode ser difícil para nós defender a nós mesmos, especialmente contra aqueles que amamos, e a raiva pode às vezes ser como uma mudança estado de consciência que silencia tudo dentro de nós, mas a necessidade de falar.

Para Lerner, a raiva é sempre uma indicação de que o eu está em perigo, que muito dela foi perdida a serviço do outro. Ela escreve: Assim como a dor física nos diz para tirar a mão do fogão quente, a dor da nossa raiva preserva a própria integridade de nós mesmos. Nossa raiva pode nos motivar a dizer "não" às maneiras como somos definidos pelos outros e "sim" aos ditames de nosso eu interior. Trabalhar com nossa raiva pode nos ajudar a compreender melhor a nós mesmos e nossas necessidades, mas devemos ter cuidado para não usá-lo para atacar o outro.

“Desabafar a raiva pode servir para manter, e até mesmo enrijecer, as velhas regras e padrões em um relacionamento, garantindo assim que a mudança não ocorra”, alerta Lerner. A raiva não é algo para jogar no outro, mas para tomar como um sinal para diminuir o ritmo e ouvir, para considerar que parte de nós mesmos pode ter sido perdida. “A raiva é uma ferramenta de mudança quando nos desafia a nos tornarmos mais especialistas em nós mesmos e menos especialistas nos outros”, explica Lerner.

Quando podemos usar nossa raiva para recuar e reconhecer nossas próprias necessidades e desejos, podemos assumir a responsabilidade por eles. Isso nos permite lembrar que outras pessoas também têm necessidades e desejos, e eles nem sempre correspondem aos nossos. Ficar com raiva é válido e real, mas devemos ter cuidado para lembrar que isso não nos torna certos e os outros errados. Lerner explica: “É extremamente difícil aprender, com nossos corações e também com nossas cabeças, que temos direito a tudo que pensamos e sentimos - e o mesmo acontece com todas as outras pessoas.” ¹⁴ Aproveitar o espaço para sentir nossa raiva é importante ato de amor próprio.

Dar espaço a outro para sentir o seu é um ato de amor pelo outro. Assim como acontece com o fogo, devemos ter cuidado em como lidamos com a raiva quando ela surge. Trabalhar com isso com atenção ajudará a evitar que nos queimem. Para os Mestres, o problema com as tradições espirituais que rejeitam a raiva é que eles não se preocupam em distinguir a raiva da agressão, assim “confundindo a raiva com o que realmente é feito com a raiva”. A raiva não pode nos guiar de maneira adequada e não seremos capazes de distinguir entre raiva, medo, ódio e agressão.

Tentar transformar ou bloquear a raiva com compaixão perde o ponto de que, como insiste Masters, “a compaixão e a raiva expressada abertamente podem coexistir”. Na verdade, a raiva pode ser uma função da compaixão. Expressar limites é um ato de amor, por si mesmo, pelo outro e pelo próprio relacionamento. Ignore sua raiva, avisa Jvalamalini, e você abrirá mão de seu poder. Você apagou seu próprio fogo.

Jvalamalini quer que encontremos fortalecimento em quem somos quando não há ninguém por perto. Ela quer que encontremos os muitos aspectos de nós mesmos que surgirão quando pararmos para ficar sozinhos. Quando sabemos o quanto somos poderosos por conta própria, podemos nos envolver com o mundo e os outros com menos medo e mais fogo. Não temos nada a temer, diz-nos Jvalamalini. Estamos apenas olhando para nós mesmos.

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pleasantdestinydragon · 3 years

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QUINTO ATO

Nova York – Estados Unidos

Este era o quinto dia em que 99% do planeta, com exceção do pequeno arquipélago das Bermudas, estava sob a ação de poderosas e incontroláveis forças naturais vindas do espaço sideral. O Hades parecia haver subido à Terra com sua mortalha sombria e gélida para completar o trabalho sideral e conduzir todos os viventes do planeta ao sepulcro coletivo, bem abaixo da linha da terra.

Em Saint George os relógios marcavam nove horas da manhã, mas em Nova York, onde o tempo estava paralisado, nenhuma espécie de relógio funcionava, fosse ele movido a corda, pilha, bateria, quartzo, eletricidade, energia solar ou atômica ou até mesmo os antigos relógios de sol – já que não havia luz solar.

A Organização das Nações Unidas estava com o seu Conselho de Segurança reunido extraordinariamente, mas desta vez, apenas com os representantes dos cinco países membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia). Os outros dez países membros não permanentes do conselho – que são eleitos a cada dois anos – não puderam participar das discussões. No evento de hoje, somente os quatro presidentes e um primeiro-ministro do seleto clube permanente e dois de seus mais diretos assessores estavam na sala de reuniões da sede em Nova York, além do secretário da mesa. Todos buscavam decidir o que fazer para resolver a questão do inexplicável e gigantesco fenômeno climático que havia transformado o planeta em um vasto, sombrio e incomunicável território – que parecia ter retrocedido à tenebrosa Idade das Trevas.

Os dignitários do Conselho de Segurança e seus assessores já se encontravam na cidade, desde o dia trinta de julho, para comparecerem no dia seguinte à reunião anual da cúpula do Conselho – a 76ª. – a ser realizada no prédio da ONU, para discussão sobre o conflito envolvendo árabes e israelenses e os testes nucleares iranianos. Devido à neblina e ao fechamento de portos e aeroportos, ocorrido poucas horas após o encerramento da cúpula, nenhum deles pôde deixar a cidade ou utilizar navios, aviões ou helicópteros para outros deslocamentos, nem mesmo veículos automotores movidos a eletricidade ou energia solar, já que a pane de telecomunicações, eletromagnética e de computadores impedia o funcionamento de qualquer tipo de equipamento ou de veículo onde estivesse embarcado ou instalado um sistema elétrico, eletrônico, eletromagnético, informatizado ou monitorado por satélite.

A providencial realização da reunião de cúpula na véspera do nevoeiro permitiu que fosse realizada a reunião extraordinária do Conselho de Segurança – se assim não tivesse acontecido, poucos dignitários poderiam sair de seus países e chegar até Nova York.

As discussões se iniciaram com a análise individual de cada um dos membros do Conselho sobre a grave crise mundial, onde se relatou uma verdadeira catástrofe global em andamento no planeta, sob o olhar atento do secretário responsável pela elaboração da Ata de Reunião Extraordinária.

O presidente americano, estarrecido, disse: “Como presidente deste Conselho de Segurança deixo registrado que é inadmissível esse blecaute generalizado! Pior ainda é a presença desse estranho bloqueio físico, lógico, eletromagnético e de telecomunicações, onde barcos, aviões, trens e qualquer espécie de veículo de transporte estruturado ou comandado por computadores como automóveis, caminhões ou até mesmo elevadores fiquem sem funcionar. Como ficará a nossa estação espacial? E a base de pesquisas das geleiras do polo Sul da Lua, permanecerá incomunicável e perdida no espaço sideral? E o nosso restaurado telescópio espacial – o Hubble – o que será dele? É lamentável e doloroso falarmos sobre a escuridão total do planeta e dos incalculáveis prejuízos sofridos pelo sistema financeiro internacional, bolsas de valores, bancos, seguradoras, operadoras de cartão de crédito, telefonia, seguro saúde e órgãos governamentais. Como ficarão as Forças Armadas, as nossas polícias e as indústrias bélicas? Perdidas e em pânico – com suas finanças arruinadas e com seus bancos de dados inacessíveis. Como ficará o tesouro nacional? É inaceitável que isso seja permitido por nós, os dirigentes mais poderosos do mundo. Coloco à disposição do mundo em perigo, nossa extraordinária força militar: os porta-aviões USS Theodor Roosevelt e USS Enterprise, submarinos nucleares, aeronaves, satélites e até mesmo os recém-aposentados ônibus espaciais, além dos cinco comandos militares americanos: Norte, Sul, Europeu, Central e Pacífico. Ofereço ainda os magníficos e imbatíveis serviços de pelo menos 100 caças invisíveis F/A 22 Raptor, produzidos pela empresa americana Lockheed, que nos custaram US$ 96 milhões a unidade e que são considerados os mais modernos e mais destrutivos caças da história da aviação de combate mundial. A América não ficará muda ou inerte frente a essa gigantesca ameaça global. Nós podemos enfrentá-la! Nós podemos!”

O premiê britânico, pesaroso, falou: “Sou solidário com as pessoas deste mundo que estão sofrendo e que enfrentam graves dificuldades resultantes da pane generalizada nos equipamentos ou sistemas informatizados, privados ou públicos, instalados na sinalização urbana, semáforos, centros de pesquisa, observatórios espaciais, universidades, escolas, hospitais, portos, aeroportos, estações de trem e empresas em geral. A situação urbana, totalmente caótica, traz sérios riscos à vida das pessoas e à segurança pública, sujeita a atos de vandalismo, saques, roubos, furtos, estupros e desordens públicas generalizadas, agravadas pela redução total dos veículos de transporte e pela falta de iluminação e de visibilidade nas ruas. Estou pessoalmente estarrecido com o quadro atual do mundo. Vou sugerir ao representante da Coroa Britânica – Charles de Windsor – a doação de um milhão de libras esterlinas para os cidadãos mais pobres do mundo – os africanos! Do mesmo modo, recomendarei ao Instituto Real para Assuntos Internacionais que contribua com 500 mil libras esterlinas, e ao Comitê dos 300 que doe 600 mil libras esterlinas para os pobres de países sul-americanos como Paraguai, Bolívia e Venezuela. Nossos mais renomados cientistas – de Cambridge, Oxford e da Universidade Imperial de Londres – ainda estão pesquisando para saber o que é e como pode ser enfrentado esse misterioso fenômeno climático espacial, com os equipamentos e ferramentas rudimentares que nos restaram, já que não podemos usar redes de computadores, satélites, aeronaves e equipamentos de prospecção espacial que são controlados e operados por computadores ou satélites! As poucas notícias que tenho recebido de Londres estão chegando através de emissários do MI-6, que têm se deslocado até Nova York, montando cavalos de puro sangue inglês – na parte terrestre –, e navegando em barcos a remo – na parte marítima –, como faziam nossos antepassados há mais de duzentos anos!”

O presidente francês, resignado, disse: “Nós, franceses, estamos vivendo uma situação semelhante – uma súbita e indesejada volta ao passado! Somos solidários com a população mundial e principalmente com o drama enfrentado pelas empresas geradoras de água, eletricidade, gás e energia nuclear, da maior parte dos países, que também estão sem funcionar devido à pane tecnológica. Não existem mais empresas que tenham condições técnicas de fornecer esses bens insubstituíveis – o que é um verdadeiro caos! Onde foi parar a energia elétrica? Onde? Os cientistas franceses, especializados em estudos espaciais e cosmológicos, ainda não obtiveram o menor resultado positivo em suas pesquisas e prospecções espaciais ou climáticas. As principais fontes literárias e científicas disponíveis nas melhores bibliotecas da França – os livros impressos – não nos forneceram indícios que nos levem às causas matrizes desse trágico fenômeno climático ou espacial! Continuaremos nossas pesquisas avançadas!”

O presidente russo, com o semblante sério e acenando com a cabeça em tom de aprovação, falou: “O povo russo não deixará o mundo sem defesa e auxílio, do mesmo modo que fizemos para encerrar a 2ª. Grande Guerra. Fico muito preocupado com a nossa exploração e refino de petróleo, grandemente prejudicada por essa crise climática, que não é de nossa responsabilidade, ou melhor, não foi causada por nenhuma de nossas armas biológicas ou nucleares. Suspeito que esse gigantesco furacão possa ter sido causado artificialmente por nossos inimigos, mas possivelmente essa arma desconhecida saiu de controle. Como é que bússolas, computadores, celulares, radares, sonares, rádios, navegadores via satélite e qualquer tipo de equipamento ou arma informatizada ou dependente de satélites, simplesmente deixaram de funcionar? Mais me parece ser uma espécie desconhecida de sabotagem cibernética. O Conselho de Segurança deve dar uma dura resposta a essas provocações desconhecidas!”

O presidente chinês, com sua habitual frieza, falou: “A República Popular da China repudia veementemente o que está acontecendo no mundo, tanto no oriente quanto no ocidente. Como legítimo representante do povo chinês, eu discordo do colega russo e também não acredito em sabotagem ou em arma letal descontrolada que possa causar um evento sinistro de tamanha magnitude e poder de destruição. Nossos cientistas – peritos em climatologia e cosmologia – bem como a nossa agência aeroespacial, estão unidos na busca de uma solução pacífica para essa crise, que não é de homens contra homens, ou de nações contra nações, mas é uma crise muito maior – da natureza contra o homem. Dizem que somos uma nação sem liberdade e que desrespeita os direitos humanos, mas a China caminha a passos largos para a liderança do capitalismo econômico que se casa muito bem com o comunismo político e social, pois somos a única nação do mundo que conseguiu conciliar desenvolvimento econômico, bem-estar social e segurança interna, para benefício de mais de um bilhão de habitantes. Lamento profundamente a pane tecnológica generalizada e sou solidário com as redes sociais, os sites de relacionamento, o correio eletrônico, as consultas e as pesquisas instantâneas da Rede Mundial de Computadores, que tão repentinamente desapareceram. Não se pode negar que o patrimônio virtual da humanidade está virtualmente enterrado. Porém, as forças armadas chinesas lutarão até o último homem para enfrentar essa terrível ameaça.”

Um terrível e aterrador silencio se fez na sala de reuniões do Conselho de Segurança, onde os cinco principais líderes mundiais, cercados por seus assessores, haviam acabado de discutir causas e efeitos de um terrível fenômeno que, a bem da verdade, eles desconheciam totalmente. O secretário da mesa do Conselho limitava-se apenas a anotar manualmente tudo o que era dito pelos dignitários, sob a luz de lamparinas a querosene!

Na imponente sala revestida com couro natural, uma tela pintada em 1601 por Michelangelo Caravaggio, intitulada “Crucificação de São Pedro”, destacava-se dependurada em uma de suas paredes, onde, magistralmente, o controvertido pintor imprimiu aspectos mundanos a um famoso evento bíblico. Nessa tela de fundo negro, a figura do protagonista, o apóstolo Pedro, era o destaque com sua expressão facial de dor, tristeza e resignação – enquanto era mecanicamente martirizado, de cabeça para baixo, por seus três anônimos algozes. Caravaggio é considerado o pai do tenebrismo, porém o que é verdadeiramente obscuro e tenebroso: o martírio, com seus algozes e vítima inocente, ou a retratação dessa realidade, sob a ótica de Caravaggio?

Repentinamente e à frente da tela de Caravaggio, a figura de Govinda materializou-se. Essa inusitada aparição, ao som de “Lohengrin” – em seu prelúdio –, deixou todos os presentes boquiabertos e perplexos.

O primeiro líder a se manifestar foi o presidente americano, que atônico, questionou em voz alta: “Que espécie de brincadeira é essa? É uma experiência de teletransporte da NASA, acompanhada pela melodia de Wagner? Esta sala é território inviolável e sigiloso. Alguém chame a segurança imediatamente!”

O premiê britânico imediatamente se levantou e disse: “Parem com tudo. Não façam nada, pelo menos por enquanto. Já temos problemas demais, que parecem ser insolúveis. Não vamos começar uma nova crise – desta vez de segurança doméstica!”

Govinda, encarando em pé e com benevolência o líder britânico, disse: “Ouvi os discursos de vocês – quase todos vazios e delirantes. Esta sala se parece com o polo sul da Lua – gélido e escuro – onde nem a luz solar chega. Vocês deveriam ao menos entender a mensagem de Caravaggio, presente na tela que está às minhas costas: gênios, nobres, profetas ou pessoas comuns são apenas seres humanos, que sentem dor, prazer, alegria e solidão. Obscuro ou tenebroso não é aquele ser que retrata a vida humana ou aponta os erros alheios, mas sim quem carrega a escuridão consigo e a espalha – como uma terrível praga! Aprendam com Caravaggio que, apesar de sua breve e desregrada existência, era um artista genial, que em suas telas de episódios bíblicos, retratava sentimentos, alegrias e dores dos homens anônimos das ruas de Roma.”

Antes que fosse interrompido, Govinda completou: “Vejo que o presidente americano é um apreciador da arte e da música clássica, como eu sou! Isso seria motivo de alegria se não estivéssemos em um estado tão crítico. Porém, fora deste pequeno e escuro mundo de vocês, hoje é o dia cinco de agosto do ano de dois mil e vinte e um, mas vocês nem se lembram mais de datas e perderam completamente a noção das horas – para vocês o tempo não existe mais! É até normal que isso aconteça, já que os movimentos de rotação e translação do planeta Terra estão praticamente paralisados, como todo o resto! Saibam que não estou entre vocês para lhes censurar e nem para lhes fazer qualquer tipo de mal. Já basta o mal que vocês fazem a si mesmos! Não desejo disputar coisa alguma com vocês, pois sei que seria uma disputa desigual. Eu sei que os cinco maiores líderes mundiais estão nesta sala fechada tentando resolver a grave crise que trouxe a escuridão total, a ausência de energia atômica, elétrica, eólica e solar e o bloqueio de todas as telecomunicações, além de um sem número de mazelas para 99% da humanidade. Estou falando no idioma hindi, porém cada um de vocês e seus assessores estão me ouvindo em seus próprios idiomas. Esse recurso que utilizei é chamado “o dom de línguas”, porém o que realmente interessa é que eu não tenho muito tempo para gastar com explicações inúteis, pois todo o planeta está em perigo real há cinco dias!”

O presidente chinês, interrompendo a fala de Govinda, disse: “Como o senhor pôde ouvir nossos discursos se nem estava nesta sala? Vejo que o senhor sabe quem nós somos, mas quem é o senhor, e o que deseja de nós?”

Govinda de pronto emendou: “Meu nome é Govinda Gopala e vim diretamente do arquipélago das Bermudas, onde participei e venci há dois dias, o Desafio dos Sábios, um renomado concurso cultural organizado pela UNESCO e patrocinado pela Fundação Rockefeller. Por que estou aqui? Para dar-lhes o aviso final emanado por aquele que tudo sabe e tudo vê, e que é o único responsável pelo fenômeno espacial que está em vias de destruir quase toda a humanidade – o próprio Deus vivo!”

O presidente russo, espantado disse: “O Desafio dos Sábios é um evento real e conhecido, mas ainda não sabemos quem conseguiu vencê-lo. É notável a sua coragem de vir até aqui para falar em nome de um Deus que para nós comunistas, não existe!”

O presidente chinês, a contragosto, falou: “Desta vez sou obrigado a endossar as palavras do camarada russo. Como é que um desconhecido vindo das Bermudas – um conhecido paraíso natural e fiscal – pode ser o representante de um Deus que é apenas uma invenção humana dos capitalistas?”

O presidente francês, com diplomacia, falou: “Não estamos nesta reunião extraordinária para discutir o sexo dos anjos ou para contrapor o comunismo ao capitalismo. Nem mesmo para discutir se Deus existe ou inexiste!”

O presidente americano, contrariado, retrucou: “É conveniente que o desconhecido Govinda Gopala vá embora e nos deixe resolver os assuntos reais e concretos que dizem respeito apenas aos membros deste egrégio Conselho.”

O premiê britânico, em tom conciliador, disse: “Por que Govinda Gopala teria que deixar esta sala? Conforme o regulamento da ONU qualquer tipo de resolução emanada por este Conselho deve ser unânime para que possa ser colocada em prática. Coloco em votação a proposta americana de expulsão do senhor Govinda Gopala desta sala. Se houver unanimidade nos votos a favor, ele sairá. Eu voto contra a proposta!”

O presidente francês, de imediato, respondeu: “Meu voto também é não. Govinda Gopala deve permanecer e ser ouvido a respeito desta crise. Quem não estiver satisfeito com esta resolução aprovada, tem duas opções: não se manifestar ou então sair desta sala!”

O presidente russo e o chinês se entreolharam e nada disseram, enquanto que o presidente americano murmurou: “Eu não acredito no que estou ouvindo!”

Govinda, com indulgência, falou: “Agradeço ao premiê britânico e ao presidente francês pela confiança demonstrada em alguém que realmente pode ser um louco ou um mágico, ou até mesmo o verdadeiro dono do mundo. Se eu fosse condicionar minha ajuda aos homens, aos votos de apoio recebidos neste Conselho – dois a favor e três contrários – a humanidade estaria condenada! Olhem novamente para a tela de Caravaggio – onde três carrascos crucificam um inocente chamado Pedro. Poderá uma turba ou força me dominar?”

Govinda, encarando com severidade o presidente americano, disse: “A humanidade dá a impressão de que em apenas cinco dias retrocedeu mais de duzentos anos, voltando ao tempo das diligências do velho Oeste americano, abruptamente – onde carroças eram puxadas por cavalos; viajantes eram transportados por diligências; locomotivas a vapor cortavam um território sem lei; revólveres e espingardas ficavam à mostra; ruas e estradas empoeiradas e perigosas revelavam uma profusão de bares, tavernas e prostitutas; lamparinas queimavam óleo para iluminar os logradouros; a bebida alcoólica era o bálsamo preferido para curar as feridas; as águas para beber e lavar eram retiradas manualmente de poços; esgotos e ratos corriam livremente a céu aberto; e garimpeiros, pistoleiros e ladrões burlavam a lei e a ordem, em busca de ouro, dinheiro e vida fácil – em uma terra de ninguém! Será este o panorama sombrio de hoje? Esta volta ao passado é motivo de orgulho para a América, senhor presidente? Parece-me que os presidentes americanos que sucederam John F. Kennedy se esqueceram dos compromissos e obrigações que nortearam a elaboração da “Declaração de Independência”, de 04 de julho de 1776. Agora, o retorno da memória ao ano de 1776 é importante e necessário, pois os princípios fundamentais da Declaração de 04 de julho é que deveriam nortear as ações de governo, que hoje estão perdidas no limbo do domínio financeiro e militar do mundo. O senhor presidente é capaz de entender minhas palavras, faladas agora na língua inglesa? É capaz disso?”

Antes que alguém se manifestasse, Govinda completou: “Um mundo chamado Terra está em estado cataléptico e à beira de um grande e devastador cataclismo. Todo o planeta, exceto as Bermudas, desde o primeiro minuto de domingo, está sob o efeito irresistível de dois gigantescos buracos negros espaciais – um cone no hemisfério Norte e outro cone no hemisfério Sul do planeta. A espessa névoa que todos enxergam na ilha de Manhattan é apenas a camada interna desse gigantesco fenômeno espacial do Norte, resultante da poderosa força de aspiração espiral do buraco negro, que além de sugar a energia e a matéria, suga também a luz solar e a atmosfera circundante. É um terrível e mortal cataclismo – criado por mim! É mortal, desde que continue a sugar sem ser detido. Esses buracos negros possuem uma característica singular – diferente dos demais – pois além de serem fenômenos de baixa intensidade, eles estão sugando e deformando o continuum espaço/tempo desde o início do domingo passado, dia primeiro de agosto. Eu então lhes pergunto: de domingo passado até hoje, quantos dias transcorreram? A resposta é cinco dias. Sim, pelo menos virtualmente e enquanto assim eu determinar. O tempo realmente existe? Qual é a velocidade do tempo? Quem é que está no controle de tudo: o Conselho de Segurança, o presidente americano, o sol vermelho – Mao –, ou o grande pai – Stalin? Eu mesmo lhes respondo: eu estou no controle absoluto de tudo e eu sou o único juiz habilitado a lhes julgar – e é exatamente isto o que já está se processando, devido ao estado caótico do mundo dos homens!”

O presidente russo, com impaciência, falou: “Suas próprias palavras o denunciam como o terrorista que procuramos: alguém que se julga acima do bem e do mal, e que ousa criticar o grande Joseph Stalin. Para que governo o senhor trabalha? Quanto lhe pagaram?”

Govinda, respondendo em russo, disse: “Não temos muito tempo. Minha nação é presidida por Deus e o meu trabalho não tem um preço – pois se um valor houvesse para o que eu faço, vocês nunca poderiam pagá-lo! Os capitalistas dizem que tempo é sinônimo de dinheiro, e que templo é indicativo de Deus. A verdade é esta: templo é fonte de dinheiro do mesmo modo que tempo é propriedade de Deus. E quanto aos comunistas, saibam que sei que seu ateísmo e materialismo são subterfúgios para que ocupem o lugar de Deus na Terra. Para isso estão reabilitando e santificando seus líderes mortos, como Stalin e Mao!”

O premiê britânico, com interesse, falou: “Senhor Govinda, suas revelações, ainda que improváveis, são impressionantes. Realmente o mundo que conhecíamos até cinco dias atrás desmoronou e regrediu mais de dois séculos de história. E falando em história, lembrei-me da França de Joana d’Arc, onde uma pobre e iletrada camponesa de dezesseis anos ofereceu-se para salvar a França, no interlúdio da Guerra dos Cem Anos. Ela fez o seu trabalho, mas foi capturada e executada por seus inimigos.”

O presidente francês, intervindo, murmurou: “Joana d’Arc é uma heroína francesa – o maior patrimônio da França, juntamente com o Louvre e a Casa da Ópera de Paris. O colega britânico se esquece de que foram os ingleses que queimaram Joana d’Arc na fogueira! Então, senhor Govinda, eu lhe pergunto: se sua missão é tão divina quanto a de Joana, o que devemos fazer para conter e derrotar essa ameaça que o senhor mesmo criou?”

O presidente chinês, atônito, resmungou: “Não admito que se macule a memória sagrada do grande timoneiro do socialismo – Mao Tsé-Tung. E se esse profeta falastrão é de fato tão poderoso, sua verdadeira missão não é salvar a humanidade, mas promover a sua destruição. Ou então cobrar um alto resgate pela vida humana. Talvez ele seja o próprio Anticristo, e este seja o seu primeiro grande passo para a dominação da Terra!”

O presidente americano, boquiaberto, falou: “Desculpe-me o colega chinês, mas é um absurdo que se fale em Anticristo, que é uma figura alegórica do Novo Testamento Cristão, enquanto que é notório que na República Popular da China não se tolera o cristianismo. Eu, ao contrário, sou um homem tolerante e prático, e apesar de nacionalista não levarei em conta as ofensas pessoais feitas por Govinda, quando fez comparações grosseiras entre o mundo atual e o velho Oeste americano. Ainda assim, nós da América podemos ser condescendentes e humanos. Sim, nós podemos!”

O presidente russo, um tanto quanto contrariado, disse: “É muito tocante o declarado amor do colega francês pelo Louvre e suas 35.000 peças expostas. Perdê-las da noite para o dia seria um golpe difícil de suportar-se. Porém, o gigante Hermitage, localizado no centro histórico de São Petersburgo, na bela Rússia, com seus oito prédios que abrigam 3 milhões de itens, entre eles mais de 734 mil monumentos arqueológicos, pouco mais de 16 mil pinturas e 12 mil esculturas, é certamente o maior e mais importante acervo artístico e cultural do mundo. Temo pela falta que fariam ao mundo telas como “Casa Branca à Noite” de Van Gogh, “La Danse” de Matisse, “Composição IV” de Kandinsky, “Madonna Conestabile” de Rafael, e “Madonna Benois” de Da Vinci. Será que a destruição da Estátua da Liberdade, do Louvre, do Big Ben, dos oito mil guerreiros de terracota de Xian, ou da muralha da China provocariam algum tipo de dano irreparável ou consternação social?”

Govinda, com um leve sorriso nos lábios, disse: “Eu presenciei a construção do Palácio de Inverno de Pedro, o Grande, no início do século XVIII, e esta era certamente uma magnífica obra arquitetônica, digna de um Czar. Hoje só existe uma pequena parte preservada desse belo monumento que faz parte do complexo do Hermitage. No ano 210 antes de Cristo eu presenciei o enterro do Imperador Qin Shi Huang Di em seu mausoléu, acompanhado do exército de terracota, cuja confecção demandou trinta e oito anos de trabalho de setecentos mil homens! Porém, este não é absolutamente o momento propício para análises históricas, que mais se assemelham a fúteis disputas de vaidades e de intolerâncias artísticas e culturais, enquanto a dor humana e a escuridão prevalecem fora desta sala de reuniões.”

Govinda, encarando com severidade o presidente chinês, falou: “Do mesmo modo que o fascismo e o nazismo foram extirpados, o comunismo também o será! As vítimas desse pérfido regime clamam por justiça! O ateísmo e o capitalismo selvagem não são bem-vistos aos olhos de Deus, porém são assuntos a serem discutidos em outra ocasião – se ainda houver um amanhã para vocês! Agora, não é nenhuma surpresa que eu resolva uma situação que eu mesmo criei, pois vocês também criam as crises e os problemas para que depois um de vocês apareça milagrosamente como o salvador da pátria. No meu caso, o Deus que faz e desfaz é o mesmo! Como é possível que cada um dos presentes esteja me ouvindo em seu próprio idioma se estou falando na língua grega e ninguém está usando um aparelho de tradução simultânea?”

Govinda, em tom mais sereno e profético, disse: “Pelo que sei o planeta Terra não executa mais a sua órbita sideral, e a energia elétrica – uma poderosa força que até hoje a ciência não conseguiu explicar – desapareceu, do mesmo modo que as ondas de rádio e de televisão e todo o eletromagnetismo, impedindo o funcionamento de aparelhos ou equipamentos elétricos, eletrônicos, magnéticos, informatizados e operados por satélites. Desse modo toda a tecnologia desenvolvida em pouco mais de sete décadas desapareceu misteriosamente. Por sorte a força da gravidade está intacta, senão o caos seria galáctico. Neste instante o mundo está vivendo o seu inverno da vida, por cinco longos escuros e frios dias, onde o Sol permanece imóvel, alheio e distante, pois sua luz e calor não chegam até os homens. As ruas, praças, habitações e prédios se assemelham a um velório coletivo, onde predominam as velas acesas, que queimam dia e noite, em memória da luz perdida. O dinheiro já está desaparecendo de circulação e até mesmo os que têm recursos econômicos não encontrarão alimentos ou água para comprar. Os gigantescos e moderníssimos cofres-fortes dos grandes bancos suíços, britânicos, americanos, japoneses e alemães estão bloqueados e não podem mais ser abertos, por conta da pane tecnológica. Não existe mais sistema bancário e de crédito, transações eletrônicas e dinheiro de plástico. As pessoas marginalizadas nas principais cidades mundiais, que viviam nas ruas ou em guetos, invadiram e se instalaram em órgãos públicos, escolas e mansões. Os mercados, lojas e centros comerciais estão sendo saqueados por gangues de famintos e desordeiros. Tropas militares cercam os mais destacados órgãos públicos em todos os países do planeta. Os presídios estão a ponto de explodir em violentas rebeliões motivadas pela falta de alimentos, água e luz elétrica. Se assim persistir o caos, estará instalada uma nova modalidade de pena de morte em todos os presídios do mundo: a execução sumária pela inanição. Os poucos meios de transporte disponíveis são os de tração animal, como carroças e charretes, além de cavalos, jumentos, mulas e camelos para montaria. Os povos asiáticos, por sua vez, levam uma grande vantagem em relação aos demais por possuírem milhões de bicicletas – de tração humana – muito úteis para a locomoção nesta crise. Porém, eu lhes pergunto: ir para onde ou para quê? Entendam bem: não há mais uma saída para vocês!”

Diante da perplexidade dos mudos dignitários do Conselho de Segurança, Govinda, tomando um novo fôlego, arrematou: “Algumas pessoas desta sala gostam de cenas e de efeitos espetaculares e desta vez serão atendidas. Vocês assistirão a um breve e interessante filme.”

Do centro da testa de Govinda projetou-se um facho de luz sobre a parede logo a sua frente. Surgiram imagens mudas e reais dos habitantes do planeta. Enquanto as cenas se sucediam, ouvia-se ao fundo a voz de Govinda, o narrador, que dizia: “O mundo estará livre do aquecimento global, mas receberá em troca o resfriamento global – mais especificamente o congelamento ambiental. Os homens do campo sobreviverão por mais tempo que os da cidade por dependerem menos da tecnologia, mas à medida que carvão e madeira forem queimados para aquecimento e cozimento, o oxigênio disponível no ar irá gradualmente diminuindo e a fumaça negra aumentando, até um estado limite e crítico, que logo será atingido porque o fenômeno espacial está sugando mais e mais a atmosfera do planeta. Nas regiões mais frias e próximas das extremidades polares, em pouco tempo os estoques de óleo, madeira e carvão estarão exauridos e nada mais restará para manter o aquecimento doméstico ou para alimentar o fogo para cozimento de alimentos – então essas pessoas estarão mortas. Os demais habitantes, ainda que abrigados do frio e da chuva, presenciarão o término dos estoques de alimentos, enquanto que a ausência prolongada de luz solar matará aos poucos todas as espécies vegetais – as principais fontes de alimentos para homens e animais – e depois as marinhas. A ausência do magnetismo lunar enlouquecerá as marés e as estações do ano. Os rebanhos serão saqueados pelos famintos e os animais que sobreviverem aos ataques morrerão de fome, por falta de víveres. As águas ainda mais poluídas e sem tratamento matarão os peixes e trarão muito mais doenças e mortes aos humanos. Em um mundo sem Sol, Lua, água, alimento, energia elétrica, remédios, hospitais, trabalho ou ordem pública, nenhum governo se manterá em pé e a selvageria humana se disseminará das nações pobres para as ricas. Do terceiro para o primeiro mundo. Do Sul para o Norte. Não haverá mais nações, governos, leis, valores sociais, segurança, saúde, patrimônio privado, bancos, bolsas de valores, sistema financeiro internacional, cartéis, parlamentos, igrejas, partidos políticos, escolas, universidades ou famílias. Centenas de hordas de bárbaros cruzarão cidades, estados e países consumindo e destruindo tudo o que estiver à sua frente. A pobre Humanidade que já havia saído do caos original, a ele retornará, derrotada e finalmente destruída! Nestes terríveis dias, por minha ordem direta, anjos e demônios foram prudentemente afastados da Terra, para que nenhum habitante fosse favorecido ou prejudicado pela influência desses seres. Neste exato momento, enquanto que os homens estão completamente isolados e em pânico, as portas das igrejas de pedra estão mantidas prudentemente trancadas, com seus líderes religiosos estrategicamente escondidos, sob o olhar complacente de seus santos de pedra – que dormem profundamente! Infelizmente, os crepúsculos do amanhecer e do entardecer, bem como as luas-novas e os eclipses não serão mais vistos pelos seus olhos e farão parte de um passado que será esquecido.”

Ditas as últimas palavras de Govinda, a projeção de cinema subitamente desapareceu.

O premiê britânico, consternado, disse: “Senhor Govinda, o espetáculo de cinema foi sobrenatural e tenebroso, porém os sons e as imagens são absurdamente reais. Por isso acredito que não precisamos de mais ninguém para nos indicar o caminho a ser tomado a partir de agora. Os cinco dirigentes mais poderosos do planeta estão em suas mãos. Diga-nos o que devemos fazer. Se preciso for, aprovaremos com unanimidade uma resolução deste Conselho, com os termos de pacto oferecidos pelo senhor.”

Govinda, com indulgência, falou: “É um bom começo. Não aprovem nada previamente, desconhecendo do que se trata. Eu bem sei que os 20 milhões de livros da Biblioteca do Congresso Americano não puderam ajudá-los a sair desta grave crise mundial, porque as soluções não estão mais nas mãos dos homens e nem constam das páginas de qualquer espécie de livro já publicado. Agora, se eu lhes solicitasse que me transferissem o comando supremo do mundo, vocês fariam isso – incondicionalmente – para que eu em troca salvasse a humanidade?”

O presidente chinês, antecipando-se aos demais e com uma inédita animação, respondeu: “Sou obrigado a reconhecer que o conhecimento que nos restou, de nada vale nesta inusitada crise planetária! E ainda que eu acredite que o senhor seja um fenomenal mágico, penso que seria um bom primeiro-ministro. Mas o senhor deseja ir além e quer obter o comando supremo do mundo, que é algo que nenhum de nós possui!”

O presidente russo então falou: “A história demonstra que muitas vezes é melhor dividir o poder do que perdê-lo!”

O presidente francês emendou: “Proponho que seja aberta a votação. Quem concordar que Govinda Gopala seja nomeado o comandante supremo do mundo, que diga sim!”

Todos os cinco dignitários presentes disseram sim à proposta, que foi aprovada e lançada em Ata, pelo secretário da mesa, com força de uma Resolução do Conselho de Segurança da ONU. Assim, o planeta em ruínas passou oficialmente a ter um novo comandante supremo, eleito pelos homens mais poderosos do mundo!”

Govinda, encarando um a um os líderes mundiais, disse: “Parabéns. Vocês agiram corretamente. Incluam na resolução as seguintes palavras: “Resolução aprovada unanimemente no dia cinco de agosto de dois mil e trinta e um, durante a longa noite da humanidade em crise, sob a iluminada presidência de Govinda Gopala”. Talvez assim, vocês não se esqueçam do que houve aqui! Saibam que o poder e a solidão estão interligados. Quanto mais absoluto for o poder, mais absoluta será a solidão. Eu sou um exemplo vivo disso, mas ao manter a vida cósmica, eu me liberto e realizo a minha obra-prima: a vida – como ela é!”

O secretário da mesa, intervindo, falou: “E boa parte dos homens busca o máximo poder, sem medir as consequências dessa escolha!”

Govinda de pronto disse: “Deixem os detalhes comigo, pois o tempo é minha propriedade! Porém, fiquem atentos, porque se eu fosse realmente o Anticristo citado pelo presidente chinês, todos vocês seriam poupados, mas estariam perdidos e condenados à escravidão quase eterna! Ainda bem que eu sou realmente quem digo ser – o portador da doutrina da verdade e não um impostor ou usurpador. Aliás, não necessito que vocês me concedam o poder sobre um mundo, que a bem da verdade já me pertence. Mas a atitude que vocês tomaram foi a mais sensata – para o bem da própria humanidade. Vou me considerar apenas o comandante do Comitê de Crise, nada mais do que isso!”

O presidente americano, encarando Govinda, disse: “Nós fizemos o que tinha que ser feito. Agora tudo está sacramentado e que Deus nos ajude.”

Govinda, sorrindo, emendou: “Eu reconheço que foi mais difícil e trabalhoso convencer os jornalistas que cobriam o Desafio dos Sábios e os populares da ilha de Saint George, de quem eu era e o que eu pretendia, do que convencer vocês – os homens mais poderosos do planeta – de minhas intenções e soluções para esta crise planetária. Isso foi muito bom porque o tempo é curto e a humanidade está agonizando nos campos e nas ruas – sem rumo e sem esperança! E para que servem os governantes e os políticos senão para dar o apoio, incentivo e a solução para os problemas coletivos de seus povos? Do mesmo modo que vocês dirigem suas nações, eu presido a indelével nação do Reino de Deus sobre a Terra!”

O premiê britânico, interrompendo Govinda, disse: “Aguardamos suas ordens e instruções, comandante.”

Govinda então respondeu: “O julgamento do mundo já se iniciou e está em seu quinto dia. A primeira parte já está se processando nas Bermudas – que representa 70% de meu veredicto final – e a segunda parte está acontecendo aqui nesta sala de reuniões – que representa os outros 30% restantes. Antes eu era rejeitado por 60% dos membros do Conselho de Segurança, agora essa rejeição baixou para zero. Mas somente isso não basta. Vocês devem se comprometer comigo a realizar algumas ações muito importantes como: banir todas as armas nucleares de seus arsenais de guerra; utilizar a energia nuclear e a explosão do hidrogênio para fins pacíficos de geração de eletricidade; conter drasticamente a poluição ambiental da atmosfera, solo, subsolo e rios; cuidar especialmente das águas dos mares, pois a manutenção da vida biológica de todo o planeta está diretamente ligada à preservação e despoluição dos mares; promover a liberdade de expressão e de opinião; manter a religião afastada do poder político do estado; expurgar ideologias extremistas, fanáticas ou totalitárias; manter a ordem pública sem uso excessivo de força; evitar os conflitos armados; proteger as populações dos países mais fracos; aprovar leis mais justas e lutar pelo seu cumprimento; banir todas as formas de colonialismo ou exploração; entender que o poder supremo do mundo está nas mãos de Deus e não está com os homens!”

O presidente francês, olhando para os demais colegas, disse: “As condições de Govinda são até razoáveis, pelo menos para os países democráticos. Quanto aos outros países...........nada posso garantir!”

O presidente russo, interrompendo a fala do presidente francês, disse: “A Federação Russa é soberanamente democrática, portanto não.....!”

O presidente chinês, interrompendo o colega russo, resmungou: “Portanto, a República Popular da China não admite que se conteste o seu regime político, pois somos soberanos e favoráveis à liberdade, dentro de nossos limites culturais, éticos e legais.”

O presidente americano, aflito, disse: “Vamos apressar os trabalhos e incluir na Resolução deste Conselho as condições impostas por Govinda, que contam com a aceitação geral. Em compensação Govinda deve nos dar a garantia de que o mundo estará livre desse terrível fenômeno espacial – o duplo buraco negro!”

Govinda imediatamente respondeu: “Posso lhes garantir que meu julgamento levará em conta a conduta de cada um de vocês, suas opiniões, sentimentos e a capacidade de mudança e crescimento individual de todos. Este julgamento envolve duas partes distintas – a sediada nas Bermudas e a de Nova York. Não posso lhes adiantar o teor da sentença final, aguardem mais dois dias, até a meia-noite de sábado, quando então tudo estará concluído. Saibam que Deus não é um carrasco sanguinário e frio e nem mesmo um magistrado incauto e corruptível. Creiam que a justiça será feita. Se o mundo salvar-se desta catástrofe, todos os habitantes vivos do planeta terão a percepção de que passaram por um terrível pesadelo noturno, mas que providencialmente ao acordarem pela manhã, se livraram de todo o sofrimento, que terá durado nada mais do que sete minutos! A memória de vocês e de todos os outros homens, guardará pequenos fragmentos deste terrível e intenso cataclismo em curso – que não será esquecido!”

O premiê britânico então disse: “Concordamos com tudo o que foi dito. O documento que está sendo elaborado pelo secretário da mesa incluirá todas as condições que nós seis aprovamos. O documento ainda será datilografado, isso mesmo, datilografado, em uma máquina de escrever manual que foi localizada no Museu da Imprensa de Nova York.”

O secretário da mesa demorou vinte longos minutos para concluir o texto da Resolução do Conselho de Segurança – elaborado em três vias, com uso de papel carbono –, e em seguida passou o documento ao premiê britânico que, após efetuar a leitura, assinou-o. Os demais dignitários do Conselho também leram e assinaram o documento. Ao final, Govinda leu e assinou a resolução. A primeira via ficou com o secretário da mesa, a segunda com o presidente do Conselho de Segurança e a terceira com Govinda.

Govinda, com a fisionomia grave, dirigiu-se às dezesseis pessoas presentes na sala e então falou: “Estou com uma procuração passada por vocês, para que eu assuma o controle de tudo e resolva essa crise única. Papéis e resoluções não importam muito, mas a humildade e a submissão de vocês, sim, ela vale muito para mim. O ritual humano foi cumprido até o final. Não se esqueçam do que foi falado nesta sala de reuniões. Por derradeiro, informo-lhes que, acreditem ou não, o terrível idealizador e chefe do Terceiro Reich – Adolf Hitler – foi encontrado vivo e recebeu o final que merecia, juntando-se às águas do Atlântico Norte. Aquilo que os antecessores de vocês não fizeram há mais de oito décadas, realizou-se ontem, quarta-feira, nas Ilhas Bermudas, pelo único juiz que tem o poder sobre a vida e a morte. Agora, o nosso compromisso irrevogável está selado, para o bem ou para o mal!”

O presidente francês de pronto disse: “Em relação ao carrasco nazista, espero que o inferno o tenha recebido, mas o que se fará com as pessoas mortas – espalhadas pelo mundo?”

Govinda, com indulgência, respondeu: “Que os mortos enterrem os seus mortos e que os vivos cuidem dos que ainda respiram. Guardem suas lágrimas para os que ainda estão com vida porque os que já morreram cumpriram a sua missão. Saibam que eu não vim para aqueles que já morreram, mas tão somente pelos que ainda vivem. Do mesmo modo que a terra guarda os corpos dos que morreram, as águas dos mares cobrem os continentes perdidos, mas tanto uns quanto os outros apenas dormem e renascerão em breve. Quanto a vocês, me aguardem nesta sala até o meu retorno. Estarei aqui quando faltarem poucos minutos para o desfecho final. Não se ausentem deste prédio, porque vocês já perderam a noção do tempo e do espaço. Boa tarde a todos!”

O corpo de Govinda tomou a forma de um clarão de luz e simplesmente desapareceu no ar, sob o olhar assustado de todos os que estavam na sala.

O premiê britânico então exclamou: “Este homem que esteve entre nós por poucas horas é realmente um ser especial – talvez seja o Cristo ou então até o próprio Deus!”

O presidente francês de pronto completou: “Talvez seja. Ainda temos dois dias até o desfecho. Que seja positivo para nós e para o mundo.”

O presidente americano, com o olhar sério, disse: “Desde o início desconfiei desse misterioso Govinda, mas agora posso lhes dizer: sim, nós podemos confiar nele!”

O presidente russo e o chinês, com um misto de frieza e arrogância nos rostos e subitamente aliados, olharam um para o outro e cruzaram os braços, calados e distantes do mundo e da realidade, sob a tênue e bucólica luz das lamparinas!”

Saint George – Ilhas Bermudas

Era noite. Vincent, em sua casa, remexia as anotações dos últimos dias, quando, repentinamente, Govinda, transportado por um relâmpago, surgiu bem à sua frente, na sala.

Vincent, assustado, falou: “Mestre, não esperava que o senhor viesse dessa estranha maneira! Mas como foi o seu dia fora daqui?”

Govinda gentilmente respondeu: “Estou ficando um pouco preguiçoso para vir caminhando como as outras pessoas. Porém vamos prosseguir com o trabalho e assim você saberá o que ocorreu!”

Todos os fatos ocorridos em Nova York foram transmitidos a Vincent e assim o texto tomou corpo. Encerrada a digitação do texto, Govinda, revisou cuidadosamente o conteúdo do disco magnético, e ao final disse: “Vincent, até este ponto está tudo em ordem. Temos até aqui, cinco capítulos prontos, mas pela minha conta ainda estão faltando mais dois – totalizando sete capítulos!”

Vincent, atônito, respondeu: “Desculpe-me fazer uma correção, mas tenho a certeza de que tudo o que aconteceu está no texto. Não é humanamente possível que faltem dois capítulos, pois tudo o que houve está retratado “na íntegra”. Então creio que não falta nada no texto e o livro está obviamente completo!”

Govinda disse: “Você tem razão, porém apenas parcialmente. Realmente tudo o que houve até este momento, consta do texto digitado e gravado. Porém ainda falta algo e logo resolvermos essa nova questão. Entenda bem Vincent, se o livro deve ter um total de sete capítulos – e ele tem apenas cinco capítulos – obviamente faltam outros dois capítulos.”

Vincent, um pouco confuso, respondeu: “Mestre, não duvido de sua conta aritmética. Não é esse o caso, mas não sei como inserir dois capítulos que efetivamente não existem!”

Govinda, com indulgência, disse: “Cada um dos capítulos corresponde a um dia da semana. Hoje estamos na quinta-feira, mas precisamos chegar até sábado. Desse modo faltam ser escritos os capítulos referentes a amanhã e depois de amanhã – são dois capítulos! Amanhã, bem cedo, estarei de volta e então encerraremos nosso trabalho. Agora procure apenas anotar nossas últimas palavras e vá descansar. Até amanhã!”

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