Tumgik
#Os Sete Gatinhos
deadteenboys · 7 months
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The Seven Kittens (1980) directed by Neville d'Almeida
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moviesycho · 1 year
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every movie I’ve watched in 2023 [11/?]:
OS 7 GATINHOS (1980) "The Seven Kittens" directed by Neville d'Almeida
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Os Sete Gatinhos (AKA Os 7 Gatinhos) Neville D’Almeida, 1980
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sexybombom · 7 months
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tw: idol!jaemin, light angst(?), eles brigaram, overworked jaemin, fluff, participação especial da luna, lucy e do luke
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Jaemin ouviu você reclamando de como ele estava trabalhando de mais pelo menos umas sete vezes só ontem.
Não era por mal, estava preocupada. Todos os dias ele chegava em casa exausto, com dores, estressado, sem falar nas vezes que ele tinha tonturas pelo treino excessivo.
Você estava endoidando também, sabia que ia ter sua menstruação em alguns dias e o seu humor mudava bastante com isso também.
Então uma junção dos dois estressados e preocupados resultou em uma briga — não muito leve — entre vocês.
Foi difícil pensar e decidir dormir longe do seu Nana, mas pensou ser a melhor opção. Por isso você pegou seu travesseiro e uma coberta quente para ir passar a noite no sofá.
Não conseguiu pegar no sono na hora, nunca havia dormido longe dele. Óbvio, já brigaram antes mas sempre se resolviam. Jaemin foi embora sem te dar o beijinho de despedida habitual, sem te passar aquele amor e carinho pelo olhar dele, ele apenas saiu. E poxa, isso quebrou seu coração.
Se lembrando de tudo que ocorreu, você sentiu os olhos molhados, mas logo os fechou e finalmente sentiu o sono chegando em você.
Jaemin chegou no apartamento.
Hoje o dia foi menos estressante, cansativo mas nada como os dias anteriores. Mesmo assim, ele estava sentindo um peso enorme dentro de si, e sabia que não tinha nada a ver com o trabalho.
Ele foi até o quarto de vocês. Viu a porta fechada então ele a abriu silenciosamente com esperança de te achar embrulhada nas cobertas quentinhas para ele mergulhar no quentinho junto de você e te acordar com um enorme pedido de desculpas.
Porém, a cama deixada como estava de manhã quando ele saiu o deixou confuso.
Foi até o banheiro, onde não teve sinal seu novamente. Começou a se desesperar, sabia que você não estava na cozinha, então onde você estava?
Ele saiu rapidamente do quarto, e no corredor, ele viu Luna sentadinha olhando para ele, como se o chamasse.
"Oi bebê... O que foi?" A gatinha miou respondendo, saindo em direção a sala.
Jaemin a seguiu, chegando na sala ele viu um alto relevo no sofá, de perto ele pôde te ver. E novamente, um coração havia sido partido nesse mesmo dia.
Ele te observou com um semblante triste. Te ver alí encolhida, agarrando uma almofada, com Lucy e Luke deitados sobre você fizeram Jaemin perceber como foi babaca pela manhã.
Tirou Luke e Lucy de cima de você com cautela para não assustar os gatinhos, que o olharam sonolentos.
Ele não perdeu tempo em passar os braços por baixo do seu corpo, te carregando com extremo cuidado até o quarto. Com o sono pesado que tinha não sentiu um único músculo sendo movido.
Ele pousou sua cabeça no travesseiro, arrumou sua posição para uma confortável — para que não acordasse com dores. Te cobriu com carinho, ternura.
Depois de deixar um leve selar em sua testa, ele foi finalmente tomar um banho.
Nesses minutos, você acabou por acordar. Olhou em volta, sabia que foi seu namorado que te levou para o quarto.
Queria voltar a dormir, não queria falar com Jaemin. Talvez seja bobagem, sabia que tinha que falar logo com ele para resolver tudo, mas por algum motivo não se sentia corajosa o suficiente para isso.
Perdida nos seus pensamentos não ouviu Jaemin saindo do banheiro, quando ele deitou do seu lado você se assustou levemente.
Olhou para ele sem pensar, pelo susto tinha esquecido que estavam chateados. Pelos breves segundos em que manteram contato visual, você sentiu seu coração errando uma batida e se não tivesse desviado logo o olhar você sabe que teria começado a chorar.
"Oi princesa..." Você se manteve calada, sua garganta ardia.
"Me desculpa amor. Eu ando tão estressado esses dias com o trabalho que eu acabei esquecendo que você não tinha nada a ver com tudo isso. E sei que isso não é justificativa para nenhum do meu comportamento, mas eu só quero que você saiba que não vai se repetir."
Você odiava estar assim com ele, sentiu seus olhos marejando.
"'Tá tudo bem, Jaemin. Eu também estou errada, eu sabia que você estava estressado e continuei te irritando."
"Ei, ei! Você não tem culpa nenhuma, princesa. Você só estava preocupada comigo e eu agi feito idiota sem razão. Me perdoa."
Você olhou finalmente para ele sorrindo pequeno. Se aproximou dele lentamente e deixou um beijo doce e lento sobre os lábios do moreno.
Ele pousou os braços nas suas costas, te abraçou apertado.
"Eu aceito as suas desculpas Nana. Aceita as minhas também?" Ele ia reclamar sobre não ter o que você se desculpar, mas você o cortou. "Você não brigou sozinho, teimoso. Aceita minhas desculpas."
Ele sorriu. Te deu mais um beijinho.
"Não dormimos separados, hm? Vamos sempre resolver nossos problemas juntos, ok?" Você concordou. "Eu te amo princesa, e sempre será assim." "Também te amo Nana. Muito."
Permaneceram alguns minutos assim, apenas trocando carícias e palavras doces um para o outro.
Os três gatinhos logo se juntaram ao chamego do casal. E o resto da noite foi baseada em você deitada no peito do Jaemin, sendo agarrada pelos braços aconchegantes dele. E claro, as três bolinhas de pelo fazendo companhia para ambos.
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creads · 5 months
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cams hj cedo tava pensando no nosso papo de garotas 💅 sobre os meninos e uma loba peituda e fiquei pensando imagina a reação deles qnd vêem q a mona tem piercing no peito !!!!!!
eu tenho 4 piercings só no rosto e to doida p furar as teta tb então agora sempre q vem o pensamento impulsivo de colocar piercing no peito eu fico pensando no cast SOCORRO
ai diva… eu acho esse cenário tão absolute cinema que eu até já mandei ele pra juju diva aqui e aqui
veyrrr também to muito atentada a furar uma tetinha… só for funsies!!! também pq acho coisa de mulher gostosa ter piercing no peito bem loba mesmo
o matias acho que ele ficar genuinamente curioso com como fica o gosto, e aí um dia de pegação ele vai e tira a dúvida, e quando vê que você ficou toda afetadinha vira o taz mania, começa a te provocar “o gosto é bom igual, já a sensibilidade pra você é maior né, safadinha” puxando seus quadris pra frente pra você roçar contra ele 😭 desculpa vou me matar
acho que pipe, kuku e SIMON!!! sim!!! simon aquariano nato ia perder a postura diante de um piercingzinho. e olha vou falar uma coisa… é a cara dele ter um piercing no mamilo também (que delícia meu deus😭😭😭) então a reação seria principalmente por ser você e pelo fato dele não ter imaginado isso antes (principalmente se for uma lobinha mais tímida e toda pimposinha). mas enfim, esses três iam dar uma babadinha e um pane no sistema, você ia ter até que pegar a mão dele e colocar no seu peito. e a loba ainda ia provocar “tá babando, gatinho”. E DIGO MAIS☝🏻☝🏻☝🏻depois que se acostumasse, o pipe fotógrafo ia tirar uma foto sua de blusa sem sutiã quando o mamilo tá marcando, óbvio que ia guardar essa foto a sete chaves pq é ciumento (e bater uma depois vendo ela ihihiii). e não gente o kuku nunca ia se acostumar ele ia babar toda vez
já fernando, enzo e pardella… não tenho nem o que dizer pois a juju matou a pau. “ay mami…” ME MATEI ME JOGUEI DA PONTE AGORA AS 17:19 DA TARDEEEE
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cinnamonspicevanilla · 8 months
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Oi, vou sugerir uma mídia brasileira coquette: Os Sete Gatinhos (1980). É um humor negro bem pesado e nojento, mas isso é familiar para o filmes do estilo coquette, já que o mais icônico é Lolita. Ele tem várias cenas que me lembram a subcultura Coquette/Nymphet, com coisas como uniformes escolares, catolicismo, e motifs femininos num geral!
EU TO PENSANDO EM FAZER UM POST SOBRE ELE HÁ TEMPOS!!!! mas preciso assistir ele primeiro, pretendo fazer sobre ele e de Das Tripas Coração de 82. vou te marcar quando fizer e muito obrigada!
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amantedosfandons · 1 year
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2 • Nunca aconteceu, até aquele dia...
Sete da manhã, pensar em dormir era até ridículo, então saí para correr, com meus fones de ouvido sintonizados na melhor música, na minha humilde opinião.
I Wanna Be Yours do Arctic Monkeys, minha música favorita desde o lançamento, qualquer outra poderia ser apresentada e jamais mudaria de ideia.
Me acalmava e me fazia pensar em outras coisas.
Não era só um medo bobo do sonho, era assustador de verdade, era quase real, como se eu pudesse sentir o calor das chamas, mas chegava uma hora que virava rotina, já que o sonho era sempre o mesmo.
Sempre me machucava quando acordava, a ponta dos meus dedos roxos não era atoa, era como se eu perdesse a sensibilidade durante o sonho. O real medo era de machucar a Bella.
Era a última coisa que eu queria, e por sorte, nunca gritava durante o sonho, ou falava qualquer coisa, era só o barulho de algo quebrando, como o meu vaso de flor antigo da sala.
Ela me perguntou o que tinha acontecido, e para a minha sorte, era inocente o suficiente para acreditar que um gato selvagem conseguiu entrar e fazer um estrago, perguntou se podíamos ficar acordadas durante a noite e tentar ajudar o gatinho.
Não dava para assustar ela, e nem pensar em machucá-la, o problema, era que se aquilo começasse a piorar, o meu direito sobre ela provavelmente iria embora, se eu enlouquessesse de vez, jamais me perdoaria.
Respirei fundo quando parei na frente de casa, retirei os fones de ouvido e comecei a caminhar pela minha entrada definitivamente bonita e bem cuidada, não que eu fizesse algo, nem tinha tempo, mas o jardineiro era de confiança e aparecia uma vez por mês, limpava toda a neve que caia na varanda da frente.
- Então é aí que você mora.
Parei no meio do caminho, fechei meus olhos fortemente e os abri de novo.
- Droga, vou planejar minha mudança agora mesmo. - Fiz menção de continuar andando.
- Que maldade. - Escutei a voz dele mais perto, então virei rápido.
- Quem te convidou para entrar? - Franzi o cenho.
- Teoricamente isso aqui é a calçada. - Sorriu, debochado.
- Não quando você passou daquela calçada. - Apontei para a rua. - Pode dar meia volta, e sair.
- Não vai me convidar para um café?
Sorri, obviamente não de alegria, apoiei minhas mãos na altura do peitoral, por cima do casaco grosso, ele sorriu, mas logo parou quando percebeu que estava o conduzindo para fora.
Empurrando o corpo dele, para ser mais simples.
- Você está me agredindo. - Último empurrão, e então ele estava fora da calçada da minha casa. - Não pode fazer isso, vou te denunciar.
- Experimenta, e no momento que disser meu nome, eles vão dizer um belo "vai se foder". - Ri. - Deve ser divertido, na verdade, liga, eu quero escutar.
Ele riu, só riu e continuou me olhando.
Era para ele ter me achado a pessoa mais grosseira do mundo, ter dado meia volta e saído dali, mas não.
Só esperava que não fosse o tipo de pessoa que gosta de ser maltratado.
- A quanto tempo mora aqui? - O encarei, respirando fundo.
- O que você quer? Tipo, exatamente. - Sorriu, me olhando de cima a baixo.
- Olha, se eu for sincero, você vai se sentir ofendida, e não quero isso. - Levou a mão ao peito, e depois a colocou no bolso, como a outra.
- Você é doente. - Constatei, e fiz menção de sair.
- Por que é tão difícil falar com você? - Olhei por cima do ombro.
- Não é uma tarefa fácil para qualquer um.
Apenas meus passos foram escutados, leves, e mesmo que não estivesse escutando os dele indo para longe, não olhei para trás.
Subi os três degraus, tirei as chaves do bolso da jaqueta, e de repente escutei a voz bem próxima.
- Eu...não conheço ninguém aqui.
- Mas que porra? Quer parar de invadir o meu terreno?
Riu mais uma vez, debochando, ou mais provavelmente rindo do meu jeito, deu meia volta, correu até a calçada da rua e virou de frente para a casa.
- Eu não conheço ninguém aqui. - A fala alta, pela distância.
Naquele momento tinha duas escolhas, a primeira era só entrar em casa, mas desconfiei que não fosse adiantar muita coisa, já que ele parecia ser do tipo perseguidor.
Não ia desistir, continuaria me procurando, e visto que descobriu que eu morava bem atrás da casa da cunhada dele, iria ser uma tarefa árdua evitá-lo.
E a segunda escolha, era só ir até lá e escutar, com paciência, e então, só talvez ele largaria do meu pé.
Escolhi da segunda opção. Cruzei os braços e fiquei parada na frente dele, esperando que continuasse.
- Não tenho amigos aqui, é novo para mim, e a Michelle disse que você podia me ajudar nesse fim de semana. - Deu de ombros.
- Ajudar com o que?
- Sei lá, talvez me mostrar as coisas. - Cerrei os olhos. - Eu sei que parece uma atitude desesperada de tentar sair com você, e talvez eu esteja mesmo aproveitando, mas isso não vem ao caso agora. - Se aproximou. - Nunca fico aqui, ir para Los Angeles faz parte da viagem anual do meu irmão, e eu tinha uns dezesseis na última vez que vi aquela casa, isso faz...mais de dez anos, não sei. A questão é que preciso tentar me adaptar, para pelo menos sair de casa.
Fiquei pensando no que disse, seria muita ingratidão se eu não o ajudasse, a família dele foi a única que me ajudou quando cheguei na cidade, naquele lado do bairro, grávida, sem conhecer ninguém.
Fizemos a mudança porque o Justin tinha se mudado depois do nosso término, e fizemos um acordo para ficar perto, e como ele já tinha uma faculdade e emprego fixo, e eu não, resolvi mudar.
- Vem.
Foi só o que eu disse, e ele começou a me seguir, sem dizer nada.
Não era exatamente ignorância minha, eu só tinha medo de me relacionar com pessoas novas, por muitos motivos, fosse romântimente ou não.
Quando alguém novo chegava, eu queria correr para longe, fazer de tudo para me odiar e nunca mais querer conversar comigo, o meu mecanismo de defesa era fingir que nunca ligava, mas me importava, todas as vezes que mandei alguém embora.
Todas as vezes foram ruins.
Comecemos pelo primeiro, então. A Bella tinha feito um ano, e resolvi começar a sair com um cara, durou uns três encontros até ele descobrir que eu era mãe de uma criança realmente pequena.
Depois da terceira vez sendo recebida com as mesmas reações, do tipo "não posso fazer isso", ou, "vou ser sincero, não sabia que tinha uma filha, não é nada contra crianças...", ou até "Legal, eu...não sabia", e depois todos eles iam embora para nunca mais voltar.
Péssima ideia ter seguido o conselho do Justin e da minha terapeuta, sobre conhecer pessoas novas. Desde então, comecei a chutar todos, antes que me chutassem.
Entrei na minha padaria favorita, sempre ia lá quando podia, sentei no primeiro lugar vazio que vi, e ele me acompanhou.
Encarei os cardápios, a funcionária nem estava tão perto, mas decidi ser rápida.
- Dois cappuccinos de chocolate, por favor. - Ela sorriu.
- Mais alguma coisa?
- Não, obrigada.
O encarei profundamente, pensando o que eu poderia dizer que fosse suficiente para ele beber o café, levantar, ir embora e nunca mais me atormentar.
- Esse lugar é bem...
- Eu tenho uma filha, sabia? - Sorri com os lábios. - De verdade, ela é minha, biológica, e ela mora comigo, sempre, toda noite, sem exceção, ela dorme comigo.
Falei rápido, e ele me observou atento, provavelmente se perguntando o motivo de eu ter dado aquela informação do nada. Se fosse para se livrar rápido, que fosse espantando ele do jeito que acontecia sempre que me relacionava com alguém.
Pensei mesmo que funcionaria.
Ela não dormia comigo, era mentira, tinha o quarto dela, a ensinei desde pequena a dormir sozinha.
Queria que ele permanecesse sério, calado, mas não, ele precisava sorrir, e sorrir de verdade, não era um sorriso falso.
- Ela deve ter medo do escuro. - Sorriu. - Que idade ela tem?
Me joguei na cadeira, meu sorriso sumiu, dando lugar a um semblante de espanto. Nunca, em um ano e meio, no total de três encontros, um homem quis saber algo a mais além da informação que eu era mãe.
E nenhum deles nunca sorriu de verdade diante da informação, nunca, eu lembraria se sorrissem, nunca aconteceu.
Até aquele dia.
- O quê? - Perguntei sem entender, atordoada.
- Bom, o escuro, deve ser isso. - Continuei boquiaberta, e ele pareceu perceber minha reação. - Ah...quando...sabe? Não tem luz, as crianças ficam com medo. - Engoliu em seco, franzindo o cenho. - Você está bem?
- Não! - O olhei de cima a baixo. - Que tipo de problema você tem?
- O quê? - Riu. - Desculpa, é um costume então? Julguei mal a parte do escuro? - Esqueci até como se falava. - Sabe, quando eu era pequeno, minha mãe colocava uma luz noturna na tomada, brilhava e fazia um reflexo no quarto, talvez se comprar uma para ela...
- Para, por favor. - Pedi, praticamente sussurrando.
- Tá bom, me...desculpe? - Tentou. - Você...tem problemas com ela? Não sei, talvez...
- Não, não há problemas com ela, estamos perfeitamente bem, e ela mora comigo. - Balancei a cabeça levemente, percebendo que já havia dado a última informação. - E... - Respirei fundo, o encarando. - Ela tem dois anos.
- Ela é um bebê. - Sorriu largo. Sorriu de verdade, de verdade mesmo. - Qual o nome dela?
- É Isabella. - Minha voz saiu baixa de novo.
- Claro, a Bella. - Disse como se já soubesse. - O meu sobrinho fala muito nela, eles são super amigos, não é? - Assenti levemente. - Legal, eu gosto de crianças, sabe? Elas são seres de luz, não mentem sobre o que estão sentindo, acho legal você ter a sua própria. - Riu baixo, provavelmente tentando me fazer rir.
Soltei uma risada nasal, olhei para a janela um pouco longe, sem reação nenhuma, e nem era um encontro de verdade, teoricamente era para ele ir embora, aceitar a minha ajuda para conhecer a cidade, no mínimo, e só.
- Você não é normal. - O encarei. - Tipo, nem um pouquinho. - Fiz um gesto com o polegar e o indicador.
- E por que não? - Franziu levemente o cenho, mas sorriu.
- Sabe quantos caras se interessam em conversar com mulheres que são mães jovens? - Inclinou o rosto, esperando por uma resposta. - Nenhum, tá bom? Eu sei disso porque já tentei, não importa se é amizade, ou...sei lá, para sair que seja, a droga que for, às pessoas não curtem mães solteiras.
Ele sorriu com os lábios, me encarando com aqueles olhos verdes que pareciam assustadores. A garçonete chegou com nossos pedidos, e mesmo assim ele permaneceu me encarando, deixou ela sair, e o silêncio já estava ficando constrangedor.
O vi encarar o copo de café, depois me encarar, apoiar os braços na mesa e se inclinar.
- Não sei com que tipo de pessoas você costuma se relacionar, mas tenho certeza que não são homens. - A fala calma até me assustou.
Foi como se dizer o óbvio fosse algo muito engraçado para ele, porque riu, deu de ombros, como se fosse um favor jogar aquilo na minha cara.
- Olha, Kayra, não quero que se sinta ofendida. - Pronto. Pensei. É a hora de ele dar um passo para trás. - Mas...se importa se eu trocar o pedido? Não gosto muito desse, e...pareceu errado te cortar quando falou com a moça. - Apontou para trás como se alguém estivesse ali.
Não tinha como ficar mais em choque, ele queria trocar o pedido, tomar o café, ficar ali comigo, e ainda continuar falando.
Surreal.
- Pode trocar, não tem problema.
Ele sorriu, e chamou alguém, entregou o copo e voltou a me encarar.
- Desculpe, não sabia que não gostava de cappuccino.
- Tudo bem. - Olhou ao redor. - Gostei desse lugar, vem sempre aqui?
- É o meu lugar favorito. - Sorri leve. - Gosto bastante.
- Que bom. - Sorriu. - Se eu te perguntar sobre a sua filha, vai surtar de novo?
- Provavelmente. - Ri, e ele me acompanhou.
- Tudo bem. - Riu. - Você é canadense?
- Sim. - Assenti. - E você?
- Nasci na Inglaterra, mas me mudei quando tinha uns seis anos, então me considero americano. - Assenti. - Olha, se preferir que eu fale francês, tudo bem.
- Oh, meu Deus, está debochando do meu sotaque?
- Não, de forma alguma. - Se defendeu, entre risos. - Mas inglês não é tão predominante aqui, e eu também queria te impressionar com a informação de que falo as duas línguas.
- Você é bem sincero, não é?
- Na maioria das vezes.
Se fosse para ser bem sincera comigo mesma, nada naquele dia me surpreenderia mais.
Tive vontade de chorar por um momento, por pensar que era tão incomum um homem não se importar com a parte da criança pequena, era tão surreal a maneira como as pessoas evitam outras só por serem pais solteiros.
Passamos um bom tempo lá, era um lugar quentinho. Já havíamos passado do mês mais tenebroso em questão de neve, que era fevereiro, em março, já começava a diminuir, e a neve ia embora pela metade do mês de abril.
Um frio horrível, e nunca tinha saído do Canadá, mas sabia que a Califórnia era quente, nem imaginava o quão difícil estava sendo para ele.
O frio foi o motivo da nossa caminhada não durar muito tempo, se começasse a nevar e estivéssemos na rua, algo ruim poderia acontecer.
Em questão de minutos estávamos de volta a faixada da minha casa, sem uma invasão a domicílio daquela vez.
- Obrigado. - Sorriu, levando as mãos ao bolso. - Foi legal, te vejo por aí?
- Com certeza me vê por aí, sou sua vizinha.- Rimos, olhando para baixo por um momento, ambos sem jeito, nitidamente. - Até mais.
Tive a sensação de esquecer de como caminhava, porque talvez ele estivesse olhando, ou não, eu não sabia, então só abri a porta e fechei rápido.
Tirei o casaco, a casa era quente pelos aquecedores, subi as escadas, nem olhei direito para o quarto, só entrei no banheiro e liguei o chuveiro.
Tomei um banho rápido, teoricamente eu precisava fazer meu almoço, mas provavelmente iria me limitar a uma lasanha semi pronta.
Enrolei meu cabelo e meu corpo em toalhas, sentei na cama e abri a gaveta da mesinha de cabeceira, encarei o aparelho preto lá dentro e o peguei.
Foi uma coisa que minha terapeuta disse, sobre fazer um diário, do jeito que eu quisesse, o que eu não levei muito a sério, durou umas três gravações, parei de gravar depois do meu último encontro estúpido a pouco mais de um ano atrás.
Respirei fundo, e apertei o botão para ligar.
- Ah...meu nome é Kayra Chambers, e...eu meio que...decidi voltar com essa coisa idiota de gravar. - Franzi o cenho, olhando para o aparelho. - Acho que o motivo de eu decidir voltar é que...conheci um cara, não românticamente, ele só precisava de ajuda para conhecer melhor a cidade, mas a coisa toda foi que...ele não achou estranho eu ter uma filha, ou ele estava fingindo, eu não sei, mas não tenho ninguém para contar, então talvez gravar seja legal...
Não era exatamente ninguém para contar, e era ao mesmo tempo.
Eu não ia ligar para a minha mãe e dizer aquilo, ela provavelmente iria surtar e pensar que eu estava levando qualquer um para dentro de casa com uma criança pequena. Nem vou comentar sobre o meu pai.
O Justin não precisava exatamente saber, ia se animar demais, querer conhecer ele e praticamente dizer a ele que eu era a melhor pessoa do mundo e estava feliz por um "nós" que jamais existiria, e também, ele sempre foi um pouquinho emocionado.
E a Michelle, bom, ela era a cunhada dele, não era exatamente a pessoa certa para desabafar sobre aquilo.
* * *
Segunda-feira, noite, preparei lasanha, não as semi prontas, eu mesma montei, e fiz suco natural porque pelo menos uma vez alguém precisava ser a prova viva de que eu nem sempre vivia de comida pronta.
Justin batia na porta, mas não esperava, só entrava como se a casa fosse dele, mesmo eu argumentando sobre aquilo ser invasão.
- Mãe!
- Oi, linda! - A peguei no mesmo momento.
- Eu sinto saudade. - Ri baixo, a troca de palavras era até engraçada.
- Sentiu saudade? - Assentiu, animada. - Eu também, muito, muito, muito!
Jus só sorria, nos encarando. Era quase sempre a mesma coisa, eu guardava as coisas dela, colocava o jantar na mesa e os dois me acompanhavam.
Ele me contava sobre o fim de semana, se teve alguma dificuldade, se pediu algo ou disse algo diferente, e nunca mudava, ele esperava ela ir para o sofá assistir televisão para me contar sobre ela não conseguir chamar ele de pai.
- Olha, eu não quero forçar a me chamar de pai, não preciso disso, ela é criança e...na inocência dela, só posso ser o pai se morar com você.
- Ela disse isso? - Sussurrei.
- Disse, me contou que os pais moram juntos, e que na casa dela, são só ela e a mamãe. - Suspirou. - Eu só quero que ela entenda que sou o pai, entende? Não precisa me chamar de pai, só...quero que ela entenda que vou ajudar ela sempre, que pais fazem isso, que nunca vou embora, que entramos em um acordo para criar ela...
- Vou falar com ela. - Assenti. - E com a terapeuta, pode ser que seja melhor.
Ele sempre concordava e sorria, mas sabia que ficava chateado, o mínimo que queria era provavelmente ser chamado de pai, não que fosse uma obrigação dela, mas eu podia imaginar o quanto era doloroso.
Ele foi para casa depois, e eu fiquei na cozinha, arrumando tudo e de olho na sala ao mesmo tempo, olhando na direção dela.
Não gostava de deixar ela pensar que podia ficar sempre acordada até tarde, então tinha um horário máximo que eu deixava para o sono dela ser regulado.
Desliguei a televisão, e ela protestou como sempre, me pedindo por favor, mas o desenho podia esperar.
Um pijama quentinho e cobertores quentinhos, mesmo com todo o aquecedor ainda dava para sentir a temperatura negativa, mas nem se comparava com o lado de fora.
- Filha, a mamãe precisa te explicar uma coisa, tá bom? - Assentiu. - O Justin, ele é seu pai, sabia?
- Eu sabia. - Sorriu com os lábios, assentindo.
- Você sabia?
- Sabia, ele me disse, e a tia Jana também. - A terapeuta, ótimo.
- Tá bom. - Sorri, fazendo um carinho no cabelo dela. - E você gosta de chamar ele de J?
- Gosto. - O sorriso genuíno sempre entregava a verdade. - É o apelido dele.
- E você nunca quis chamar ele de pai? - Negou com a cabeça. - É estranho para você? - Assentiu. - Por que?
- Porque, ele não mora com a gente. - Assenti. - E os pais do Joe ficam lá com ele...
- Oh, entendo. - Sorri, a tranquilizando, para saber que nada estava errado. - O seu pai vai sempre te ajudar, tá bom? Ele gosta muito da gente.
- Precisa chamar o J de pai? - Respirei fundo, olhando nos olhos dela.
- Só quando você quiser. - Beijei a testa dela. - Tudo pronto para dormir?
- Não. - Franzi o cenho. - Falta o Abu!
- É claro. - Ri baixo, me esticando para pegar o coelho dela. - O seu senhor coelho.
- É o coelhão. - Riu, de alguma forma soava engraçado para ela.
- Vou deixar a porta encostada, tá bom? Se quiser ir ao banheiro, me chame.
- Tá bom
- Boa noitinha. - Beijei o rosto dela repetidas vezes.
- Noitinha! - Ri baixo, sentindo o beijo no meu rosto.
Antes de sair, coloquei a luz de borboleta na tomada, e pensei que eu poderia ter dito ao Harry que tinha uma daquelas luzes na minha casa.
Porta encostada e eu deixava a do meu quarto encostada também, caso ela precisasse.
Respirei fundo e fechei os olhos, torcendo para que aquela fosse uma das noites onde eu dormiria até o amanhecer.
* * *
O meu dia começava comigo bocejando, fazendo um café que era basicamente torradinhas, achocolatado e ovos mechidos.
As semanas eram sempre cansativas, acordava e já queria ir dormir de novo.
Eu me arrumava antes de preparar o café, só para ser mais rápido. E a Bella era manhosa demais, não acordava, ficava de olhos fechados mesmo que eu a pegasse no colo, lavava o rosto dela e só parava de ficar brava quando sentava diante da mesa.
Ela ria na maioria das vezes, me mostrando a carinha de geleia que fazia nas torradas.
- Você quer esse, ou esse? - Mostrei os dois sucos, uva e laranja.
Sempre gostei de deixar ela escolher, caso não se agradasse de algo, a culpa não era minha, e também, para ela saber que tinha escolha.
Ela apontou para o suco de uva enquanto comia, depois escolheu morangos, pãozinhos com geleia de morango também e biscoitos de chocolate, e daquela maneira, a lancheira dela ficou pronta.
Depois eu arrumava ela com uma roupa quente, sempre ficava preocupada se ela estava com frio ou não. Minhas coisas geralmente ficavam organizadas no carro, e era só prender ela na cadeirinha, e levá-la até a escolinha.
Se tinha uma coisa que ela gostava, era de ir para a creche, gostava principalmente da professora e tinha uma melhor amiga chamada Kety, porque ela nunca parava de falar nela.
- Quais são as regras?
- Não saia com estranhos, a mamãe vem te buscar às três. - Repetiu as minhas palavras e eu ri.
- É isso aí. - A peguei no colo, depois a mochila. - Se divirta hoje, tá bom? Eu te amo.
- Te amo. - Ela sempre me abraçava, mesmo no meu colo, até chegar na porta.
Ela sempre acenava com uma das mãos, junto da professora, e eu verificava se estava realmente entrando no prédio.
Depois eu ia até o carro e meu trabalho começava de novo.
Ser parte do conselho tutelar da cidade não era aquele drama todo que as pessoas viram na televisão, claro que haviam as queixas, mas com uma boa conversa, a maior parte sempre respeitava.
Não eram todos que tinham acesso às ligações de ajuda, era um grupo específico que passava as informações para nós e então, fazíamos uma visita, ou, em alguns dias, eram como eu sentada na cadeira do próprio escritório, telefonando para os casos de sua responsabilidade para saber se tudo estava certo, ou se tinha alguma reclamação.
Depois de cada ligação, um protocolo era feito, com a data da ligação e descrição da vítima sobre as situações atuais.
Também tinha a pausa para o café, conversas, e mais trabalho, recebíamos algumas visitas da polícia para saber algumas coisas sobre casos suspeitos, mas eram nossos amigos, nada de errado acontecia, estava acostumada demais a ver policiais.
E tinha outra tarefa também, mas aquela era minha em particular.
Fugir da Alice.
Sabia que estava prestes a me convidar para a festa dela, que se intitulou como "o bar da Al", não curti o nome, mas ela parecia tão feliz que soube que seria bem errado dizer.
O problema foi que ela me achou.
- Oi, Kay. - Eu estava prestes a abrir a porta do carro. - Tudo bem?
- Sim, e com você? - Sorri, fechando a porta do carona.
- Tudo bem. - Sorriu. - Sabe que na próxima semana é o meu aniversário, não é? Vai ser na minha casa, estou convidando todo o pessoal.
- Ah, sim, alguém já tinha comentado.
- Imagino, mas nunca te encontrei para convidar pessoalmente. - Riu, sem jeito. - Vai ser no sábado a noite, te vejo lá.
E ela só saiu, sem me dar tempo para qualquer justificativa esfarrapada.
Fiquei parada por uns dez segundos constrangedores e entrei no carro, em direção a outro escritório no centro, mas daquela vez, não para trabalhar.
- É uma evolução?
- Não. - Falei como se fosse óbvio. - Não é evolução, foi horrível.
- Conhecer alguém novo não precisa ser horrível.
Eu me perguntava o motivo de todo terapeuta ser calmo e pleno.
Os verdadeiros fatos escondidos eram que o tal Harry me seguiu nas redes sociais e já era a quarta mensagem dele que eu ignorava, na verdade, nem visualizei.
- E se acontecer de novo?
- O que vai acontecer de novo?
Ela poderia ter o poder de ler mentes, para eu não precisar falar.
- O Justin foi um erro, quer dizer, não um erro, ele é um ótimo amigo, sempre foi, e um ótimo pai também, só que...foi ridículo pensar que eu tinha interesse no meu melhor amigo, olhando para trás, eu consigo ver que nunca foi um amor romântico, e ele também sempre soube que não, e...não é mais como era, entende? Nós estragamos tudo entre nós só por pensar besteira.
Aquela era a verdade, por mais que doesse, na época, eu aceitei porque gostava dele e pensava que poderia passar a gostar mais, e talvez ele pensasse o mesmo, e tudo aconteceu.
- E aí tem a Isabella, ela não foi um erro, eu amo a minha filha, mas sei que ela sofre por ter pais separados e tudo isso foi culpa minha. - Dei de ombros. - E se esse cara também for uma coisa precipitada?
- Por que não está dizendo o nome dele? - Respirei fundo, e olhei para a janela. - Podemos chamar ele pelo nome?
- Tanto faz. - Olhei para ela, percebendo que estava sendo grosseira. - E se o Harry for uma coisa precipitada?
- Não vai saber se não tentar.
- Ser rejeitada dói, sabia?
- É, eu sei. - Assentiu. - Passei por muita coisa antes de conhecer meu marido, pode acreditar...
- Nesse nível?
Ela me analisou, provavelmente pensando em dizer que a paciente era eu e não ela.
- Pior. - Me surpreendi com a resposta. - Saia para jantar com ele.
- Por que?
- Porque nunca vai saber se não sair da sua zona de conforto, Kay, já está na hora, não é por que alguns homens não gostaram da ideia de você ser mãe, que todos vão odiar. - A fala óbvia me irritava de certa forma. - Ninguém nasceu para ser sozinho, se você se encontrar com alguém que esteja disposto a dividir seus sentimentos, pode dar certo.
- Mas e se não der?
- Então não deu. - Disse simples. - Siga em frente, você não é a vítima da história toda, você é uma mulher que trabalha, cria uma criança, e merece amor, como todos os outros seres humanos no mundo.
Olhei para a janela, a neve caindo aos poucos, não o bastante para encher as ruas, mas o suficiente para eu ver.
A encarei de novo, depois o relógio, sabia que a sessão estava acabando.
- Eu posso tentar. - Ela sorriu grande.
- Ótimo, mesma hora na semana que vem. - Pegou o copo de água.
Saí de lá o mais rápido possível, e aquelas cenas dos filmes onde as pessoas entram nos carros e ficam apenas em silêncio, com as mãos no volante e olhos fechados, era real.
Era exatamente como eu estava naquele momento.
- Porra! - Sussurrei, quase gritando.
Percebi que precisava dar o braço a torcer pelo menos uma vez, e talvez, talvez, e somente talvez, me relacionar com alguém poderia mesmo ser considerado "um tempo para mim", onde a minha ansiedade poderia sumir por momentos.
Abri meu celular e em seguida as mensagens da minha rede social, observando a última mensagem do @harrystyles.
Harry: Oi
Harry: Talvez, quando você resolver me seguir de volta, possamos conversar por aqui...
Harry: Ainda não conheço a cidade direito, quando tiver um tempo, podemos conversar de novo?
Aquelas mensagens já tinham um total de três dias, ignoradas, porque nunca as abri de verdade, só as percebi pela barra de notificação.
Seja simpática, Kay. SIMPÁTICA.
Kay: Oi
Que ridículo, que coisa medíocre e ridícula, quem diz "oi" depois de ignorar alguém por três dias?
Fechei meus olhos fortemente, tentando mandar os pensamentos negativos embora, e infelizmente, precisei pensar em uma boa mentira.
Kay: Não entro muito nessa rede, por isso só vi sua mensagem agora, desculpe por isso.
Kay: Ainda quer conhecer a cidade?
Soltei o celular e o deixei no banco ao lado, meu coração começou a acelerar.
É claro que ele não vai responder agora.
O meu único medo era a rejeição, de novo, de novo, e de novo, mas não seria culpa dele se encontrasse alguém melhor para mostrar a cidade, afinal, eu escolhi ignorar.
Liguei o carro, e o meu celular brilhou, seguido da vibração de alguma notificação. Desliguei o carro e olhei assustada para o aparelho.
O peguei rápido e desbloqueei, fosse o que fosse, era só visualizar rápido e desligar novamente.
Harry: Sim, com certeza.
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dhclias · 2 years
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 eu  juro  que  vi  𝘀𝗄𝖾𝗅𝖾𝗍𝗈𝗇  𝟭𝟢  lá  no  píer  de  santa  monica !  𝗱𝖺𝗁𝗅𝗂𝖺  𝗰𝗁𝗈𝗂  é  uma  mulher  cisgênero  de  𝟮𝟦  anos .  pelo  que  eu  soube ,  ela  estuda  𝗽𝖾𝖽𝖺𝗀𝗈𝗀𝗂𝖺  na  universidade  e  trabalha  como  𝗲𝗌𝗍𝖺́𝗀𝗂𝖺𝗋𝗂𝖺  𝖾𝗆  𝗎𝗆𝖺  𝗽𝗋𝖾́-𝖾𝗌𝖼𝗈𝗅𝖺 .  
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               ᘡ   ㅤ۪     𝗴𝗂𝗏𝖾 𝗆𝖾 𝖻𝖺𝖼𝗄 𝗆𝗒 𝗴𝗶𝗿𝗹𝗁𝗈𝗈𝖽 .         ៹    pinterest . playlist . tags    ៹     𝗶𝗍 𝗐𝖺𝗌 𝗺𝗶𝗻𝗲 𝖿𝗂𝗋𝗌𝗍 .  ❜
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a study in ⸻ promotion to parent , the heart & heroic fatigue .
⸻   one    ᘡ   basics
nome dahlia  choi .
apelido  lia .
idade  24  anos , 26  de  abril .
esfj  cônsul .
temperamento melancólico .
alinhamento moral  neutro  e  bom .
ocupação  estudante  de  pedagogia na usc  e  estagiária  em  uma  pré-escola . 
qualidades  passional , metódica , indulgente , franca , tenaz .
defeitos  rigorosa , invasiva , obstinada , geniosa , inquieta .
⸻   two   ᘡ   skeleton 10  .  the designated parent
 a  namorada  perfeita , mom-friend , atenção  redobrada  o  tempo  todo , afeto  que  transborda .  
⸻   three    ᘡ   aesthetics
 livros  e  materiais  de  papelaria  empilhados  em  um  canto  da  sala , noites  em  claro , conselhos  que  nunca  são  seguidos , doses  e  mais  doses  de  cafeína , choro  histérico  no  meio  da  noite , sobrecarga  emocial  mantida  em  segredo  , burnout ,  sorriso  dócil  no  rosto  e  mãos  sempre  estendidas  àqueles  que  precisam , arrumação  quase  obsessiva , stress cooking , origamis , desenhos  feios  pendurados  na  porta  da  geladeira , velas , conforto  no  ronronar  de  um  gatinho .
⸻   four    ᘡ    about
ᘡ    aos  olhos  de  dahlia  ,  os  choi  sempre  foram  sinónimo  de  acolhimento  e  brandura , verdadeiros  filantropos ; sem  a  parte  do  patrimônio  significativo , pois  sempre  viveram  na  linha  do  básico  para  garantirem  o  bem-estar  dos  filhos  —  independentemente  de  serem  biológicos  ou  não . o  altruísmo  e  ímpeto  de  zelar  de  todos  ao  seu  redor  foi  herdado  dos  pais , que  por  anos  também  abriram  espaço  em  sua  casa  e  em  seus  corações  para  servir  de  lar  temporário  para  crianças  presas  no  sistema  de  adoção . o  instinto  de  dahlia  sempre  foi  de  cuidar  ,  assumir  o  papel  de  responsável  na  vida  de  todos , quer  queiram  ou  não ; inconveniente  em  seu  cuidado  mesmo  sem  ter  a  intenção .
ᘡ      o  mais  perfeito  exemplo  de  síndrome  de  irmã  mais  velha  que  sempre  jurou  ser  natural  ,  mas  com  a  idade  passou  a  enxergar  a  influência  dos  pais  …  na  realidade  ,  aprendeu  a  enxergá-los  com  um  olhar  mais  crítico  quando  saiu  de  baixo  de  suas  asas  .  veja  bem  ,  não  eram  pessoas  ruins  nem  nada  do  tipo  !  ao  menos  na  visão  de  dahlia  ,  o  peso  que  colocaram  em  seus  ombros  não  foi  intencional  .  talvez  ,  abusassem  de  sua  boa  vontade  ,  mas  é  preciso  entender  que  lutavam  para  sobreviver  com  os  salários  mínimos  de  trabalhadores  braçais  ,  a  ajuda  do  governo  quando  abriam  suas  portas  para  aquelas  crianças  era  o  que  os  mantinham  quando  os  meses  duravam  mais  do  que  suas  economias  ..
ᘡ       apesar  do  ressentimento  que  esconde  à  sete  chaves  ,  dahlia  não  os  culpa  de  verdade  ,  é  racional  e  complacente  demais  para  não  enxergar  naquelas  ações  a  necessidade  de  uma  família  .  e  ,  que  seja  !  a  personalidade  moldada  perante  os  cuidados  estava  formada  ,  seguia  uma  linha  de  trabalho  pertinente  com  a  pessoa  que  era  e  a  terapia  lhe  ajudava  mais  do  que  um  dia  podia  imaginar  .
⸻   five    ᘡ    extrabits 
001 ᘡ  entrou na universidade com uma bolsa parcial , incluindo housing nos dormitórios da usc , onde mora desde que começou a estudar . nas férias e recessos , no entanto , faz rodízio pelas casas dos amigos . 002 ᘡ  mom friend e também mãe de pet ! tal como seu hábito de adotar jovens adultos perdidos , se rendeu aos encantos de um gatinho de rua e o levou para casa , o nomeando de milo . vive com ela nos dormitórios graças à recomendação de sua psicóloga de usá-lo como animal de serviço 003 ᘡ não tem o costume de beber , o que a torna pouquíssimo tolerante . 004 ᘡ  mantém pouquíssimo contato com os pais — ordens expressas de sua terapeuta — , se pudesse os visitaria apenas no dia de ação de graças por respeito e olha lá ! 005 ᘡ  é uma cozinheira desastrosa , mas sempre tenta ! e faz questão de fazer todos provarem . no entanto , é uma confeiteira de mão cheia . 006 ᘡ tba .
⸻   six    ᘡ    connections
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incorporenari · 1 year
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é possível avistar nari seol pelos corredores de exspiravit, a caminho de sua próxima aula; estando no módulo II, não pode perder nenhuma delas. com vinte e dois anos. possui incorpore como talento, e busca aperfeiçoá-lo até a conquista de seu diploma.
ABOUT
Nari veio de uma família tipicamente coreana, sua mãe veio de Seul depois que o pai “misteriosamente” foi morto em casa enquanto Nari ainda era apenas um bebê – a mãe nunca entrou muito em detalhes sobre isso. A mãe da menina trabalhava com casos paranormais e acabou ensinando a jovem a como tocar aquele negócio desde muito nova, notando, é claro que a filha possuía um talento raro… a própria genitora só tinha a habilidade de visão, necessitando de um ajudante para que pudesse fazer uma caçada bem sucedida, Nari tinha a habilidade de não apenas ver, mas também tocar, escutar e incorporar o fantasma.
Tal descoberta aconteceu quando a garotinha tinha apenas cinco anos e acabou incorporando o fantasma de uma garota que precisava de ajuda e tinha morrido perto da casa onde moravam. Após esse incidente, a mulher decidiu que a filha poderia participar mais ativamente dos acontecimentos… no entanto, durante uma caçada que a garotinha participou aos sete anos, uma tragédia acabou acontecendo. Quando Nari, sua mãe e o assistente colocaram os pés em uma casa assombrada, Nari foi prontamente possuída pelo espírito vingativo do homem que assassinou a família naquele lugar, sua mãe, ao tentar ajudar a filha a controlar-se e focar-se nela, acabou levando sendo jogada longe fazendo com que as chaves que tinha no bolso caíssem, o homem – Nari – acabou pegando-as mais rápido do que o assistente das duas, enfiando a chave na jugular da mãe de Nari.
Foi preciso que seu assistente terminasse de limpar o lugar e Nari acabou bloqueando as memórias daquele dia, criando a ilusão de que outra pessoa entrou no lugar e matou sua mãe. Tal ideia acabou levando a garota a abandonar a vida de caçadora, dedicando-se a polícia para tentar encontrar o “assassino” de sua amada mãe enquanto era cuidada pelo homem que trabalhou com ela a vida toda como se fosse sua filha. Porém, durante uma investigação Nari acabou tendo contato com o sobrenatural novamente, parando para perceber que talvez sua mãe não tivesse sido morta por uma pessoa viva, mas talvez por um espírito.
Decidida a descobrir o que aconteceu, a policial entrou para exspiravit para poder estudar mais sobre e quem sabe encontrar alguém que pudesse ajudar com aquele mistério que lhe assombrava a tanto tempo, assim como o espírito da mãe que acabou ficando preso na casa que moravam porque Nari se recusa a deixar ela ir embora.
CURIOSIDADES
Tem pesadelos com a morte da mãe todas as noites e raramente consegue dormir bem;
É compradora compulsiva sempre que está triste;
Não falou para ninguém que sua mãe ainda está no apartamento em que moraram, porque sabe que vão julgá-la por não querer deixar a mulher ir embora;
Possui um gatinho laranja chamado Mufasa;
INSPOS
Hong Ji-a (Sell Your Haunted House); Sasuke Uchiha (Naruto)
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unknotbrain · 9 days
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Caralho, tô exausta dessa rotina de hospital. Não aguento mais as noites impossíveis de dormir. Toda hora um dos equipamentos apita loucamente, enfermeiros entram no quarto 3 a 4 vezes entre meia noite e sete da manhã. Eu acordo a noite toda com essas coisas. Meu sono é leve e ainda tenho vários rituais para dormir. Não posso com nadinha de luz, não durmo sem fones de ouvido.
Aí abro os olhos, pego o celular e tem mais de dez pessoas perguntando sobre o estado de saúde da minha mãe e eu estou cansada demais para responder.
Hoje saí com as minhas amigas P***** e M***, compramos coisas fofinhas para nós e nossos namorados! Eu precisava de uma tarde tranquila e longe do hospital para ontem. Comprei um plushie de gatinho muito fofo para mim, estou usando de travesseiro porque o travesseiro do hospital é horrível. O colchão também não é dos mais confortáveis.
Ela começou uma nova medicação hoje. Dei uma olhada no nome, e me era familiar. Inclusive eu achava que era uma droga ilícita! Pelo jeito, não é. Ketamina é usada pelo menos nos hospitais. Agora minha mãe precisa usar dois suportes de soro, o que é uma grande merda porque é o dobro do trabalho para levá-la ao banheiro.
Meu estado de ânimo não me permite escrever mais do que isso por hoje apesar de eu ainda ter o que tirar do meu coraçãozinho (e pulmãozinho) cansado. Vou morrer cedo desse jeito, mas, por hoje, eu não me importo.
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bunnymimi · 5 months
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⋅˚₊‧ ୨Sobre mim୧ ‧₊˚ ⋅
૮Ꮚ ⑅ ´ ˘ ` Ꮚა
𝑆𝑢𝑚𝑎́𝑟𝑖𝑜 ૮꒰ ⑅ ˊ ། ິ ` ꒱ა
𝑺𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒎𝒊𝒎 ૮꒰ྀི⁔.⸝⸝⸝⸝.⁔꒱ྀིა
𝑯𝒐𝒃𝒃𝒊𝒆𝒔 ꒰՞ ܸ. .ܸ՞꒱
𝑮𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 ૮꒰ྀི⊃´ ꒳ `⊂ྀི꒱ა
𝑨𝒅𝒊𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔 ૮(ྀི づ 𖥦◝ )ྀིა
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Infos;
Me chamo Mika Félix, sou uma pessoa gênero fluído, sou bissexual e assexual, meus pronomes são ela/dele, tenho um alinhamento ao feminino, tenho um estilo coquette, mas gosto muito da sub kawaiicore. Tenho 15 anos e farei 16 dia 13/09, meu mbti é isfp e sou melancólico-fleumático. Faço parte de alguns fandons, mas eles eu falarei no "Gostos".
Kinnies caso alguém se interesse;
• Fluttershy - Mlp
• Draculaura - Mh
• Natsuki - Ddlc
• Freminet e Barbara - Genshin
• Kitty e Cupid - EaH.
• Menhera-Chan - ...
• Ichigo - Tokyo Mew Mew
• Haru - Beastars
• Hachiko - Nana
• Wirt - OTGW
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Hobbies;
Gosto muito de ler e escrever, escrevo principalmente poemas, tento expressar ao máximo que estou sentindo com eles, tenho certo receio de acharem ruins ou bobos, mas me esforço. Meus livros favoritos são O Colecionador e Coraline, e comecei a ler A Ilha das Sete Luas. Gosto muito de escutar música, minha vida sem ela seria deprimente, eu diria. Laranja e com cores vibrantes, ou seja, tudo que eu odeio. Apesar de saber desenhar, não prático muito, então acaba ficando bem de lado essa "habilidade".
Hobbies que pretendo ter;
Os mais próximos que estou de começar, é a academia, então será já uma evolução. Queria começar a tocar violino, eu já tenho um - ainda não tem nome -, só preciso arrumar as cordas e comprar a cera para começar. De esportes, queria fazer ballet e natação. Sou fascinada em ballet desde que me entendo por gente, então seria um sonho a se realizar. E também desejo começar a fazer crochê.
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Gostos;
Gosto de ver anime, meus favoritos são; Tokyo Mew Mew, Glitter Force, Nana.. tem mais alguns, mas ficaria uma grande lista, também gosto de desenhos animados, como Monster High, My Little Pony, Over the garden wall, Hora de Aventura..
Também gosto de jogar, os meus favoritos são;
Genshin impact, Spore, Roblox, Minecraft, animal Jam(play wild e classic).
Adoro brinquedos, e os meu favoritos são LPS (Little letspet shop) e Sylvanian Families. Quando tiver dinheiro, pretendo ter uma coleção desses.
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Adicionais;
Crio dois gatinhos, Aiko e Oliver, uma fêmea e um macho.
Meus animais favoritos são; coelhos, gatos e hamsters.
Posto muito sobre minha alimentação, então pode ser meio estranho! 𖹭
Redes sociais:
instagram; @/miimomimi
twt - X; @/cogymyun
Pinterest; @/mimiis_
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Fim! ꒰ᐢ. .ᐢ꒱₊˚⊹ ᰔ
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fernwehh-1996 · 7 months
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dez anos
eu lembro de subir a rampa do bloco A naquela quarta-feira de cinzas pensando o que diabos estava fazendo ali. eu vestia um jeans, uma camiseta do Mickey, um moletom cinza com capuz e converse vermelho sem cadarço. o dia estava nublado, tinha chovido e eu estava nervosa. você. que me tirava do sério a medida que me atraía. acho que naquele tempo eu queria tanto desmascarar sua faceta arrogante de menino que sabe tudo, que já viu de tudo, já fez de tudo. me atrair por você me deixava maluca da cabeça, porque eu lembro de te ver no casamento e revirar os olhos numa antipatia alimentada por muitos boatos que me faziam crer que você era um babaca.
você sabe disso, já ouviu essa história um milhão de vezes.
o que eu não esperava era virar a noite em longas conversas com você e falar sobre tudo. e não querer parar de falar. e querer saber mais. e querer te ver. e lembrar de quando percebi que seus olhos eram lindos, quando deitou em meu colo sem ser chamado.
eu lembro de entrelaçar minhas pernas nas suas, lembro de conversar o dia todo, lembro de consolar o diego no meio do date, lembro de deixá-lo no ponto de ônibus e voltar pensando em te beijar.
lembro do beijo (que você tentou emular ontem, me arrancando uma gargalhada). começou com um cafuné, um beijo na testa, que escorregou até a ponta do nariz até achar tua boca. em poucos minutos a gente já estava rolando no sofá.
eu sei tudo de cor, repetindo essas memórias feito um gravador. lamentando ter esquecido pequenos detalhes.
atravessando mais de sete anos na história para o nosso segundo-primeiro-beijo, depois de várias cervejas em um bar que não existe, um convite esfarrapado pra um blood mary improvisado e a certeza de que ia acontecer. você me chama pra dormir contigo. eu subo, meio surpresa com seu quarto, curiosa pra entender tua nova vida, sedenta de todos os detalhes que eu perdi. entro no seu quarto, subo na cama enquanto vc fecha a janela, tiro o tênis e cheiro minhas meias pra me certificar que não estão muito fedidas, você me pega no ato e te arranco um sorriso. de repente a gente não sabe bem o que fazer. você deita na cama, eu deito de frente. não sei quem deu o primeiro passo, mas aconteceu. depois me lembro de como me olhou, lembro de deitar na sua mão. minha cabeça pedia para aproveitar cada segundo antes que virasse uma tragédia. e nem virou.
uma década, gatinho. história pra caralho pra contar. você tá certo, que sorte a nossa.
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htaescreve · 11 months
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CAPÍTULO UM.
Naquele dia em especial, Iris não tinha pensado sobre sua vida ainda. E aquilo por si só a fazia pensar em que momento tudo havia se tornando tão… cinza.
Não que se considerasse uma pessoa que pensasse muito sobre si mesma o tempo todo, gostava de achar que era mais alguém que vivia em uma dimensão própria onde conseguia assistir sua vida como uma boa telespectadora da qual ninguém sentiria falta se se levantasse e abandonasse o show.
Na maior parte das vezes, estava certa.
Íris podia só ficar lá, parada, sentada… esperando que algo acontecesse. Nunca tomava uma atitude, nunca reclamava de nada. Apenas lia o script que davam a ela e encenava como um bonequinho 3D de si.
Porém, precisava ser honesta consigo mesma, até que tinha uma vida razoavelmente confortável. Morava em uma boa casinha de quatro cômodos, com uma varanda incrível e dali mesmo conseguia sentir o cheirinho do mar. Também era um fato louvável que conseguisse pagar com seu próprio dinheiro.
O que mais gostava em sua casa era sem dúvidas o seu quarto, ele era como sempre havia imaginado que queria que fosse um dia. Sua cama com as colchas divertidas que ela adorava comprar, seus sete travesseiros em formatos diferentes: uma estrela e uma folha e uma bola de boliche e um cupcake e um elefante e uma torrada e um livro. As cortinas quase translúcidas recriavam as cores do arco-íris. O pé direito alto que a deixava colocar quadros e fotos na parede, o cantinho de Nick ao lado de sua cabeceira e por fim, o lugar onde ela podia pintar, sua escrivaninha - que guardava tantos segredos quanto folhas de papel.
E tinha também uma das coisas que ela mais gostava sobre morar em Starlight City… a companhia da chuva e de seu gatinho todos os dias quando chegava em casa esgotada.
Em alguns dias, quando buscava refúgio em seu lar, sentia que poderia desaparecer do mundo sem causar qualquer mudança. Sentia que podia desintegrar em pó sem que nem reparassem na nuvem de poeira que subiria ao pisarem nela.
Talvez, aquele fosse um daqueles estranhos dias.
Sentia-se mentalmente exausta por algum motivo. Mesmo que seu corpo físico pudesse fazer uma Iron-Man sem problemas, seu mental… não tinha forças nem para cumprir com todas as funções vitais. Ela ainda se pegava pensando sobre o ato de andar ou respirar de vez em quando, como se lhe custasse muito.
Estava mesmo esgotada.
Nick, seu gatinho preto e branco de olhos amarelos, lhe saudou com o focinho na entrada de casa, como fazia todas às vezes em que ela chegava. Mas naquele dia ela o ignorou, passou reto.
Ignorou porque não o enxergava, porque não se sentia dentro da própria pele e, porque estava encharcada da chuva que havia pego do trabalho até ali. Tinha medo de olhá-lo e fazer com que ele ficasse doente, Nick tinha a saúde frágil e ela não tinha condições de gastar um centavo com ele naquele momento. Então ela deu uma volta de cento e oitenta graus nele e caminhou para o banheiro quase correndo.
Nick miou, em reprovação por ter sido ignorado.
O coração dela apertou, odiava ignorar Nick.
Iris apenas largou a bolsa que trazia consigo no chão e tirou a roupa molhada deixando-a na pia do banheiro. Alguns minutos e um banho relaxante depois, estava com uma camiseta velha de Charlie, uma calcinha limpa e de cabelos devidamente lavados com cheiro de chocolate.
Assim que o corpo se aninhou na cama previamente já aquecida pelo felino, Nick pulou em seu colo ronronando e esfregando o focinho no primeiro pedaço de pele que conseguiu achar. Ele não estava bravo com ela, estava mais aliviada. Dessa vez, Íris o acariciou com vontade embaixo do pescoço como sempre fazia, mas gemeu de dor um pouco.
— Você sempre acerta minhas marcas roxas — resmungou enquanto ainda o alisava. — Inacreditável.
Como se tivesse entendido tudo, Nick miou alto em resposta e se aninhou ao lado do tórax dela, deixando seu focinho apoiado na curva das costelas de Íris. O corpo dele vibrando intensamente em resposta aos carinhos dela. Essa era a parte que ela mais gostava, saber que o Nick a amava e adorava aqueles momentos com ela. Ela encarou os olhos amarelos de Nick e todo amor que encontrava neles. Eram como grandes pedras de calcita encarando-a diretamente, observando-lhe a alma.
Iris o apertou com vontade e ele emitiu um ruído descontente quando ela a soltou.
— Você terá que começar a fazer um regime daqui para frente — ela riu, sem humor.
Nick resmungou de volta, infeliz por ter sido apertado e pela menção ao regime. Ao menos, era o que parecia.
— Pois é, amigão — fechou os olhos e deixou que a cabeça tombasse nos travesseiros secos. — Fui demitida.
Embora aquela fosse a primeira vez que dizia aquilo em voz alta, Íris ainda não conseguia acreditar em si própria. Era a primeira vez em sete anos que era demitida e ela entendia de trabalhar, vinha fazendo aquilo por si mesma há sete anos. Desde que completara quinze anos, se emancipara dos pais e fora morar sozinha.
Era uma longa estrada, uma à qual ela estava acostumada a percorrer sozinha. Irremediavelmente estava frustrada. Quem não ficaria? Tinha começado a segurar seu próprio mundo bem novinha e ali estava ela, lidando com um grande problema da vida adulta sozinha.
Queria chorar.
Acordava todos os dias às cinco e voltava todos os mesmos dias às nove da noite. Nos fins de semana acordava duas horas mais tarde e chegava sempre no meio da tarde. Às vezes antes das quatro e às vezes depois.
Mas estava acostumada ao cansaço, as horas de sono estranhas e a comida sempre requentada por ela. Era uma parte de sua própria vida da qual ela não se ressentia, uma forma de deixar de pensar nas coisas que a atormentavam quando ficava em casa sozinha. Trabalhava mais do que as leis trabalhistas permitiam? Talvez, mas era o que tinha.
Aquela era uma rotina cansativa que levava tudo dela, mas que dava a ela o que sempre quis.
Paz.
Sozinha, Íris tinha paz.
Podia bancar seus salgadinhos e bolachas e lanches e frutas, pagar suas contas e comprar botas novas, ter um gato e decorar sua casa como sempre quis. Conseguia pagar por uma boa casa, conseguia ter uma cama confortável e sua televisão smart tinha mais canais do que ela poderia assistir. A dispensa estava sempre cheia e Nick tinha tudo do bom e do melhor.
Era amiga da solidão, pois aquela era a única forma de ser feliz que ela havia encontrado. Estava bem com aquilo, porque finalmente tinha a paz de que sempre sonhou.
Mas a demissão arriscava tudo para ela.
E se precisasse voltar para a casa dos pais?
E se precisasse mandar mensagem para Darla?
Quem seria se tirassem dela a única coisa que valorizava acima da própria vida? O pânico a dominava sem dó. Todo seu corpo tremia a simples menção de precisar daquelas pessoas outra vez. Ela as odiava, assim como a odiavam. Nada de bom poderia sair de um reencontro deles. Seu corpo sabia que aquilo significava perigo, ficava em ponto de bala para fugir dali o mais rápido possível. E estava sentindo. O suor. A tremedeira. A taquicardia. De repente, sua blusa parecia colada nela a vácuo e tudo parecia diminuir de tamanho.
E como se o destino gostasse de brincar com a cara dela, o nome de Darla apareceu na tela de seu celular. O sobrenome estava estampado ao lado, mas só porque também tinha uma amiga com o mesmo nome - o que era estranho.
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ocombatente · 1 year
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darilto-blog · 1 year
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Como Saber a Idade de Um Gato?
Como Saber a Idade de um Gato Quando se trata de nossos amigos felinos, muitos de nós nos perguntamos: "Como saber a idade de um gato?" Saber a idade exata do seu gato pode ser um desafio, especialmente se você o adotou de um abrigo ou encontrou na rua. Neste artigo, vamos explorar diferentes métodos que podem ajudar a determinar a idade aproximada do seu gato com base em sinais físicos e comportamentais. Aproveite essas dicas úteis para entender melhor a idade do seu felino.
Exame dos Dentes Uma maneira comum de estimar a idade de um gato é examinando seus dentes. Gatinhos têm dentes de leite que são substituídos pelos dentes permanentes à medida que crescem. Aqui está um guia geral para ajudar a estimar a idade do seu gato com base em sua dentição:
Dentes de Leite: Os gatinhos nascem sem dentes, mas por volta das três semanas de idade, seus primeiros dentes de leite começam a aparecer. Aos dois meses, eles devem ter todos os 26 dentes de leite. Dentição Mista: Entre os três e os quatro meses de idade, os dentes de leite começam a cair e ser substituídos pelos dentes permanentes. Durante esse período, é possível que você veja tanto dentes de leite quanto permanentes na boca do gato. Dentes Permanentes: Por volta dos sete meses de idade, os gatos devem ter todos os seus 30 dentes permanentes. A partir desse ponto, a aparência dos dentes pode ajudar a estimar a idade do gato com base no desgaste e acúmulo de tártaro. Desenvolvimento Físico Além dos dentes, observar o desenvolvimento físico do gato também pode fornecer pistas sobre sua idade aproximada. Aqui estão algumas características a serem consideradas:
Olhos: Os gatinhos nascem com os olhos fechados e os abrem completamente por volta das duas semanas de idade. Nos primeiros meses, a cor dos olhos pode mudar à medida que o gato se desenvolve. Pelagem: A pelagem de um gato pode ficar mais densa e brilhante à medida que ele cresce. Gatinhos costumam ter pelagem mais macia, enquanto gatos mais velhos podem apresentar sinais de desgaste ou descoloração. Estrutura Corporal: Gatinhos geralmente têm uma estrutura mais delicada e esguia, enquanto gatos mais velhos tendem a ter uma aparência mais robusta e musculosa. Comportamento: O comportamento do gato também pode dar pistas sobre sua idade. Gatinhos são geralmente mais brincalhões e energéticos, enquanto gatos mais velhos podem preferir momentos de tranquilidade e descanso. Exame Veterinário Um exame veterinário completo é essencial para avaliar a saúde geral do seu gato e obter uma estimativa precisa de sua idade. O veterinário pode realizar uma série de testes e avaliações, como exames de sangue, radiografias e exame físico
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gazeta24br · 2 years
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Espetáculo estreia em 5 de novembro, no espaço BTNK art BAR, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde permanece até 27 de novembro A vida e obra de Nelson Rodrigues (1912-1980) é o mote de Nelson Eterno Retorno, novo espetáculo do dramaturgo e ator, cofundador da Confraria dos Elephantes, Janssen Hugo Lage, que retoma a homenagem iniciada em 2016 com a montagem de Nelson, pela Confraria. No espetáculo, como num patchwork de seus mais famosos textos – como Beijo no Asfalto, A Falecida, Os Sete Gatinhos e outros –, se revela um Nelson bem diferente daquele que estamos acostumados a ver. A partir da relação de Nelson com a filha cega, surda e muda, e seu fascínio inesperado por uma de suas leitoras mais assíduas, seus pensamentos nos levam às lembranças e questionamentos existenciais de sua própria vida cotidiana, até que a misteriosa leitora de sua coluna policial começa a lhe escrever cartas reveladoras. Cartas que tomam conta de sua mente, inspirando algumas de suas mais notáveis obras teatrais: histórias íntimas, ações, sentimentos, delírios, certezas e incertezas sobre a própria existência e sexualidade são alguns dos temas descritos por sua misteriosa admiradora; até que ambos resolvem materializar essa relação de trocas de cartas no mundo real, para o delírio absurdo e festejo de um pornográfico apaixonado. Janssen também estará no palco como ator ao lado de Jorge Mesquitta –  outro cofundador da Confraria – e grande elenco, para guiar o público a uma viagem intimista, lírica e investigativa, que revela as razões que transformaram o jornalista policial e esportivo no mais importante dramaturgo brasileiro, percorrendo histórias íntimas, ações, sentimentos, delírios, certezas e incertezas sobre a própria existência e sexualidade deles mesmos, buscando na movimentação rápida e silenciosa dos atores e atrizes, o “Nelson” que existe em cada um. A Confraria dos Elephantes é responsável, entre outros, pela primeira temporada do espetáculo Nelson, de 2016, sucesso de público, pela trilogia de peças Nelson, Amazônia  e  Há Uma Gota de Sangue Em Cada Poema, em 2017, e pela montagem reveladora de Macunaíma, em 2018, além de outros fenômenos de impacto e  bilheteria de 2021, inaugurando um formato inédito de Arte no Brasil: o Teatro Fractal Cinematográfico, o primeiro em tecnologia XR4D do mundo, que permite ao público uma experiência sensitiva além do 3D, ao combinar elementos  virtuais no mundo real, explorando sensações em um nível extremamente elevado.   CONFRARIA DE ELEPHANTES apresenta Nelson Eterno Retorno Dramaturgia e Encenação: Janssen Hugo Lage BTNK art BAR Rua Tobias Barreto, 779—Belenzinho De 5 a 27 de Novembro Sábados às 21h; Domingos às 19h30 Classificação: 16 anos Duração: 90 minutos Capacidade: 120 lugares (não marcados) Ingressos: R$ 80.00 | R$ 40.00 (meia)   Ficha Técnica: Elenco: Jorge Mesquitta @jorgemesquitta | Alexandra Denardini @aledenardini |Janssen Hugo Lage @janssenhugolage | Adriana Fiorotti @dricafiorotti | Marcelo Frias  @omarcelofrias |Mariana Almeida @marialmeidss | Kelvin Marcenes @kelvinmarcenes | Mirella Khayat  @mirellakhayat Dramaturgia, Direção e Iluminação: Janssen Hugo Lage Diretor de Movimento e Cenário: Jorge Mesquitta Caracterização e Figurinos: Caroline Farias @carolinefariasmakeup Fotografia: Ricardo Sakai @ricardosakai Identidade Visual e Especialista Phygital: Davi Carvalho @davikarvalho Assessoria de Imprensa: Vicente Negrão Assessoria @vnassessoria Trilha Sonora Original: Walther Neto @walthermac Violinista: Superonauta @superonauta Assistente de Direção e Iluminação: Leonardo Marques @marquesontheplace Assistente de Produção: Kelvin Marcenes @kelvinmarcenes Assistente de Maquiagem e Figurinos: Jaqueline Farias @jaque.farias Coordenação de Produção: Renata De Paula @renatadepaulaoficial Direção de Produção e Produtores Associados: Janssen Hugo Lage e Jorge Mesquitta Uma Produção: Confraria de Elephantes @_confrariadee
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