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#Trio em Lá menor
palimpsesto-editora · 7 months
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Lá vai uma. lá vão duas edições de "Trio em Lá menor & Outros contos musicais", de Machado de Assis. Agora em formato EPUB. Bis? Bravo!
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headlinerportugal · 2 months
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Osees e The Last Internationale arrebatadores em noite de pontuação máxima para o rock barcelense - Dia 3 do Festival Ponte D’Lima 2024 | Reportagem Completa
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John Dwyer dos Osees | mais fotos clicar aqui Ainda com o pensamento nas atuações da noite anterior, concretamente dos Mão Morta, dos !!! (Chk Chk Chk) e pois evidentemente dos Shame segui para o terceiro e último giro de autoestradas entre Guimarães e Ponte de Lima cujo caminho, dessa forma, se faz em cerca de 45 minutos.
Infelizmente não foi possível viajar mais cedo para ver os Youth Yard, banda de Viana do Castelo e que tocou durante a tarde no Palco Náutico cujo acesso foi gratuito. Oxalá tenha em breve uma oportunidade para ver estes jovens vianenses.
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Youth Yard em palco | mais fotos clicar aqui Consegui chegar mesmo a tempo de ver Surma, o projeto bonito da leiriense Débora Umbelino. Ela que estava há poucas horas em território português, regressou ao nosso país vinda de uma tournée realizada nos Estados Unidos da América.
Já sou “cliente” regular dos seus concertos, o anterior tinha sido na edição deste ano do ‘Serralves em Festa’ e efetivamente nessa noite foi uma incrível atuação em formato trio tal como sucedeu no Festival Ponte D’Lima. Os dois músicos que a acompanharam foram João Hasselberg na bateria e Pedro Melo Alves no baixo.
O concerto não teve o seu arranque às 19:30h e quando cheguei, pouco depois, junto do Palco II ainda estavam todos os músicos nas últimas afinações. Esteve pouca gente para assistir a esta performance, dos três dias foi aquele que registou a menor afluência a esta hora.
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Surma em formato trio em palco | mais fotos clicar aqui Ainda em ritmo de soundcheck nos primeiros instantes e dado que não estava tudo ainda a 100% parou e reiniciou o concerto. Já com a devida sintonia lá teve continuação mais uma simpática atuação da artista de Leiria.
Registo para a mensagem antes de "Massai", revelou ser um tema especial e simples tendo sido das primeiras que lançou oficialmente, daí esse carinho bem particular.
A abertura do Palco Principal neste derradeiro dia esteve a cargo dos Glockenwise e o atraso de 5 minutos acabaria por fazer “estragos” no cumprimento da setlist. “Calor”, a última prevista para ser tocada, terminou riscada do alinhamento. Infelizmente, foi pena, porém não foi por isso que a atuação teve menos encanto. A banda oriunda de Barcelos, transpiram esse orgulho, continua em muito boa forma e rubricaram uma excelente performance.
Na voz principal e guitarra Nuno Rodrigues, na voz secundária e guitarra Rafael Ferreira, no baixo Rui Fiusa, na bateria Cláudio Tavares, nas guitarras, teclas e coros Gil Amado e finalmente Sérgio Bastos nos teclados. Há o trio de ataque e há um sexteto de luxo.
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Glockenwise em palco | mais fotos clicar aqui Já mais algum público, a coisa já estava mais composta, quando Nuno pediu para o pessoal se juntar mais à banda, o público estava espalhado pelo recinto antes de tocarem "Lodo".
‘Plástico’ de 2018 e ‘Gótico Português’ de 2023 são os dois incríveis e mais recentes álbuns dos Glockenwise. Ambos totalmente cantados na língua de Camões, parece que ainda foi ontem que tinham a língua de Shakespeare como parâmetro indispensável.
Em alguns temas, nomeadamente do registo do ano passado, foram projetadas imagens no ecrã girante relativas a esse disco. A componente vídeo foi utilizada de vez em quando.
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Rafael e Rui dos Glockenwise em palco | mais fotos clicar aqui O pessoal estava com pica e lá surgiram uns gritos de “Barcelos, Barcelos, Barcelos” como quem incentiva uma equipa de futebol… Talvez estivessem imbuídos do espírito desportivo pois à mesma hora desenrolava-se o desafio da supertaça de futebol masculino.
Eles que estavam pela terceira vez a tocar como banda, já por causa do sarrabulho o vocalista Nuno, por sua conta, começa a perder a conta às viagens limianas, ele que revelou tal antes de tocarem "Natureza". Deu para ver que tinham uns quantos fãs pela plateia ao verificar a quantidade de pessoas a cantarolar as letras deste tema.
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Nuno dos Glockenwise em palco | mais fotos clicar aqui Muita gente a aproveitar para ver o concerto no conforto da verdejante zona lounge ora sentados ou deitados. No final de “Dia Feliz” receberam umas merecidas e bem efusivas palmas.
Nuno estava em modo comunicativo “on fire” e deu uma “bicada” aos grandes festivais portugueses “bom ter bandas portuguesas a tocar em festival sem ser à hora de tomar um cafezinho”. Dia com duas bandas de Barcelos, os Gator, The Alligator iriam tocar mais tarde em horário nobre.
“Gótico Português” e “Besta” foram as duas últimas de uma setlist somente composta por temas dos últimos dois álbuns, por isso, só tocaram musicas em português.
Tiago Martins (voz e guitarra), Eduardo da Floresta (guitarra), Filipe Ferreira (bateria) e Ricardo Tomé (baixista) são o quarteto barcelense Gator, The Alligator e, provavelmente, a banda nortenha que mais temos destacado. Para mim foi a segunda vez que os vi este ano, depois de um concerto no CAAA em Guimarães.
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Eduardo da Floresta dos Gator, The Alligator em palco | mais fotos clicar aqui O ritmo frenético e a pujança demonstrada a cada performance é já selo de garantia de que os seus concertos vão ser bem animados e curtidos ao máximo por quem os assiste. Assim o foi nesta atuação no Palco II, deram um excelente concerto. Eles são sempre assim, mesmo quando há elementos da banda envolvidos na organização Festival Ponte D’Lima, não há cansaço que limite a sua entrega e energia.
"Can’t You See?" e "Life You Dreamed" foram dos dois apontamentos ao vivo acerca de ‘Laminar Flow’, álbum lançado em 2023. Do EP especial lançado em maio deste ano referência particular para “Bonança”, um tema catchy e com uma sonoridade totalmente diferente do som normal dos Gator, The Alligator.
Tiago Martins, acerca dos gritos “Barcelos, Barcelos, Barcelos”, afirmou que era criminoso gritar Barcelos em Ponte de Lima. Com grande certeza estaria no pensamento do vocalista barcelense o esforço que terra limiana e suas gentes dedicaram a levantar este belíssimo festival. Mereciam salvas por isso pois claro.
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Tiago dos Gator, The Alligator em palco | mais fotos clicar aqui Antes de finalizarem o concerto às 22:43h ainda tocaram “Yayaya", tema fenomenal cujo refrão que fica “preso” nas nossas mentes horas e horas. Será daqueles temas que tem de fazer parte da setlist comparável "Cellophane" ou “Gamma Knife” dos King Gizzard & the Lizard Wizard pela sua relevância história nos respetivos percursos musicais.
Delila Paz e Edgey Pires são o duo que compõem os The Last Internationale. Aquele sobrenome Pires denuncia, ele é descendente de portugueses oriundos de Arcos de Valdevez. O músico sempre teve um contacto próximo com Portugal desde a infância, altura em que passava férias no nosso país. Essa ligação tão profunda estendeu-se também à banda pois fizeram sempre questão de passar temporadas e fazer concertos em Portugal.
Eles foram auxiliados por Andrés Malta na guitarra e Pierre Belleville na bateria.
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The Last Internationale em palco | mais fotos clicar aqui Este concerto iniciou-se às 22:37h com Delila a plenos pulmões a gritar "Ponte de Limaaaaaaaa", logo ali a quebrar o gelo com tanto entusiamo. Edgey esteve igual a si mesmo, com o seu habitual ritmo frenético e Paz sempre enérgica e vestida de branco. Eles que fazem questão de passarem mensagens políticas por isso não foi de admirar a bandeira da Palestina pendurada em amplificadores.
A seguir a “Hero” lá dizia Delila "Ontem à noite tocamos em Atenas e está quase o mesmo calor". Esta vaga é universal e foi incrível vê-lo em palco depois da odisseia que tiveram para chegar a Ponte de Lima diretos da Grécia.
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Delila dos The Last Internationale em palco | mais fotos clicar aqui A adesão era semelhante à da noite anterior em termos de número de público e pelo recinto tivemos fãs dos The Last Internationale devidamente equipados. O ponto de rebuçado para alguns fãs foi quando subiram a palco e participaram no concerto. O pessoal foi participativo, até com coros como em "Wanted Man".
Delila além de cantar tocou piano em "Soul On Fire" num dos vários momentos bonitos do concerto que teve alma Soul e poder Rock.
Ela é de Nova Iorque e relevou que acha que lá o amor não é tão caloroso como por cá em Portugal. Foi uma revelação curiosa, Delila Paz já tem uma afinidade enorme com Portugal, são já bastantes passagens e estadias prolongadas no nosso país.Outra curiosidade foi a presença como roadie da baterista Helena Peixoto que já andou em tournée com os The Last Internationale pela Europa.
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Edgey dos The Last Internationale em palco | mais fotos clicar aqui Um dos grandes momentos da atuação foi quando Paz veio para meio do público e pediu para todos se baixarem. A coreografia foi bem-sucedida pois o público fez questão de seguir as indicações. Já Pires fez crowdsurf. Provavelmente estavam um pouco cansados e mesmo assim fizeram questão de dar tudo e serem fiéis a si mesmos. "Freedom Town" foi a última e teve direito a foto de família.
John Dwyer com os seus Osees eram os mais esperados de toda a noite e realmente não defraudaram expetativas. A entrada em palco é que saiu de um sketch de comédia. Os músicos estiveram em palco a preparar os últimos detalhes e saíram por instantes. Parecia que iam antecipar a entrada em palco, a hora prevista eram as 0:15h. Dwyer entra, olha para o público e começa a “pegar” com o pessoal a dizer que o que queriam eram ver os anúncios... Na altura a dar vídeo a divulgar as datas do próximo ano. Dwyer saiu mesmo de palco e 2 minutos regressa com o resto da banda.
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John Dwyer dos Osees | mais fotos clicar aqui Foi aí que entramos num universo muito próprio, aquele dos Osees no qual ocuparam a zona central do palco duas baterias asseguradas por Dan Rincon e Paul Quattrone tendo o vocalista/guitarrista John Dwyer ficado do lado esquerdo, do lado contrário o outro guitarrista e atrás das baterias o músico encarregado dos teclados.
Logo ao segundo tema, em "The Static God", o crowdsurf começou logo em todo o seu esplendor e os seguranças no fosso nunca mais tiveram descanso. Sentiu-se uma grande vibe e que permaneceu até final. "Obrigado Portugal" disse o vocalista em inglês e pelas suas expressões parecia estar a desfrutar. Pude vê-los na zona do backstage e deu para perceber que foram muito bem recebidos por Ponte de Lima.
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Perspetiva do palco e público em Osees | mais fotos clicar aqui A "Tidal Wave" foi dedicada ao Jeremy, o técnico de som, que fazia o seu aniversário. Já em “A Foul Form” uma das baterias desmontou-se obrigando o concerto a ficar em modo de pausa por alguns momentos.
A pujança dos bateristas a tocarem sincronizados e da atitude musculada de John Dwyer são os pontos referenciais para a dinâmica sonora traduzida num hipnótico punk que soa muito mais combativo ao vivo do que na versão de álbum. Essa é a mais-valia dos concertos dos Osees e que leva a que tenham fãs um pouco por todo o mundo.
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Dois bateristas dos Osees alinhados | mais fotos clicar aqui O concerto foi bastante intenso para ambos os lados do fosso, com um ponto curioso de uma invasão de um tipo durante "Withered Hand" que surgiu em palco vindo do nada tendo sido retirado prontamente.
"Não sei porque não voltamos mais vezes a Portugal" lamentava Dwyer. Nós também caro John disso podes ter a certeza. "Animated Violence" e "Intercepted Message" foram duas das últimas tocadas. Esta performance que fica para a história do Festival Ponte d’ Lima e que terminou pelas 1:26h. Soou a pouco porém foi tudo o que poderíamos querer.
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O inevitável crowdsurf em Osees | mais fotos clicar aqui De seguida foi rumar ao Palco II para ver Omar Souleyman pela primeira vez e confesso não ter ficado fascinado. Foram servidos temas de batida eletrónica inspirados nas sonoridades do médio oriente. Omar esteve acompanhado por um DJ e durante perto de uma hora mostraram alguns dos seus temas tais como "Bent Elarab", "Anty Habybh Qlby" ou "Matlub Ziaratan".
Souleyman com o seu inconfundível estilo a bater palminhas e ora estando de um lado do palco ora estando no outro… Já o DJ esteve mais interessado em filmar o público do que outra coisa qualquer…
A voz de Omar fica um bocadinho escondida pelos efeitos, certo é que no "pacote musical" a coisa funciona, isto é, tendo em conta a forma como o público aderiu imediatamente ao apelo do artista.
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Perspetiva do palco durante a atuação de Omar Souleyman | mais fotos clicar aqui Vi um festival bem organizado, com muito potencial num espaço bastante adequado para o efeito. Pontos muito positivos: - uma zona de parqueamento bastante extensa mesmo à porta do recinto. - a vila fica a "dois passos" do recinto. - o acesso a partir da saída da autoestrada dista penas uns 3km, se tanto. - zona de restauração bem simpática e acolhedora. Por outro lado, a parte menos boa. - o nível de público não atingiu, com toda a certeza, a expetativa da organização. Direi infelizmente pois tivemos excelentes concertos e uma vibe muito boa. - os WC têm de ser melhorados e ampliados, se a adesão de público tivesse atingido os números esperados iria ser um problema. Um festival constrói-se com o tempo e perseverança. Provavelmente por anteceder no calendário o SonicBlast e o Vodafone Paredes Paredes de Coura, todos realizam-se em semanas consecutivas, pode ser uma situação um pouco problemática pois os interesses musicais dos fãs cruzam-se. Todos estes festivais navegam em ondas musicais não muito distantes uns dos outros. Em todo o caso, oxalá o Festival Ponte D’Lima tenha vindo para ficar. A próxima edição está garantida, em 2025 acontecerá nos dias 31 de junho, 1 e 2 de agosto.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui (por Aitor Amorim)
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui (por Nuno Coelho)
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Primeira fila a vibrar intensamente com Osees | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: - Aitor Amorim @ torstudio (Instagram) - Nuno Coelho @ iam_noizze (Instagram)
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veleiro-karina · 5 months
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Chegamos em Figueira da Foz em 9 de abril de 2024, por volta das 3 horas da manhã. O horário de sono desregrado fez com que acordássemos tarde. Pulamos o café da manhã e fomos direto para o almoço: pizza.
Em seguida, caminhamos um pouco pela cidade afim de conhecer as praias, o comércio e lugares interessantes para visitarmos depois.
Figueira da Foz tem uma ótima infraestrutura ao longo da praia. É possível encontrar pista de caminhada, academia ao ar livre, campo de futebol de areia, pista de skate e até mesmo piscina pública aquecida - que infelizmente não estava aberta. A cidade tem por volta de 60 mil habitantes e o que justifica o grande aparato são os turistas que visitam Figueira da Foz no auge do verão. Afinal, a maior praia urbana da Europa fica justamente em Figueira.
Entretanto, chegamos cedo, a cidade não estava lotada de turistas e nessa época do ano o movimento é menor. O que não é de todo ruim. Figueira da Foz nos ofereceu a calma e o descanso necessário após uma travessia de oito horas. Sol, praia e atividade física foram nossos passatempos nos três dias que ficamos atracados por lá.
A frase "todos falamos a mesma língua... a do amor", escrita num dos vários murais que existem na cidade, foi a epígrafe para nossa viagem. O sentimento de amor por todas as coisas, pequenas e grandes, inaugurou a nossa jornada.
E foi mais feliz ainda descobrir que Figueira da Foz sediou a Sri Chinmoy Oneness-Home Peace Run, uma corrida internacional pela paz mundial criada pelo atleta, poeta, filósofo e artista Sri Chinmoy em 1987.
Deixamos Figueira da Foz na manhã de 12 de abril de 2024, nosso próximo destino era a cidade de Nazaré, capital das ondas gigantes.
🌊⛵Veleiro Karina: Da Costa de Portugal às Ilhas Gregas
Saudações, amigos aventureiros e entusiastas do mar! Somos um trio de navegadores determinados a explorar os mistérios do Mediterrâneo. Siga nossa página para acompanhar nossas aventuras e faça parte desta viagem única. Curtir e compartilhar nos dá uma mãozinha na divulgação do nosso projeto e ajuda nossa comunidade a crescer ainda mais! Junte-se a nós nesta travessia e espalhe o entusiasmo pelo horizonte azul 💙
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plot: play dead
Neo veio de uma das famílias mais tradicionais de Ventura, sobrinho do pastor da igreja Fear to God. Cresceu rodeado de regras e cuidados. Quando conheceu Florian, garoto um pouco mais velho vindo de uma rica família mexicana para estudar em Ventura, logo se identificou e viraram melhores amigos. Por muito tempo Neo teve Florian como seu exemplo. Os pais de Neo sempre aprovaram muito essa amizade, Florian era responsável - cuidade de seu irmão menor desde que ele era um bebê, não bebia ou saía a noite, e os acompanhava nos cultos do pastor Lewis.
Já na escola, Florian não era tão bem-visto assim: tido como nerd e estranho pelos colegas de classe e clube, Florian e Neo passaram a andar mais sozinhos. E para Florian, não havia nenhum problema nisso, já Neo começou a se incomodar com a zoação e a exclusão. Até que um dia Yan, a alma mais caótica da VHS e um dos principais responsáveis pelo bullying que os amigos sofriam, intimou a dupla no refeitório "Quero ver os virgenzinhos bem soltinhos amanhã no Mike, ouviram?", Neo respondeu "Estaremos lá!" surpreendendo o amigo.
Mesmo a contragosto e argumentado todos os motivos para que Neo não fosse na tal festa na casa do capitão do Direwolves, Florian acabou encobrindo o amigo, que avisou que passaria a noite na casa de Florian. O resultado da noite foi Neo chegando às 4h da manhã totalmente bêbado e vomitado. Florian lavou suas roupas, deu banho no amigo e bravo, avisou que a essa situação ia voltar a se repetir. Mas voltou… Várias vezes.
Primeiro, Neo começou a sair à noite com Drake, que costumava rir e zoar das tentativas de Florian para impedi-los. Depois, veio a relação estranha com o professor Louis. Cada vez Neo parecia mais perdido, e se recusava a falar com Florian, ainda que ele ameaçasse parar de cobri-lo e entregar tudo que andava fazendo para seus pais - Neo sabia que o amigo não faria isso e apenas o ignorava. Ou pior - brigava com ele, dizendo que precisava se libertar também. Definitivamente Neo parecia outra pessoa, nem de longe lembrava o garoto tímido e doce que vivia com ele antigamente. O resto da escola também notava a mudança, tanto que no auge dos ataques de rebeldia de Neo, ele acabou levando uma surra de Yadiel na hora do recreio. Florian não conseguiu arrancar do amigo os motivos da briga, mas pelos corredores ouvia que "foi por macho". Com o passar das semanas, Florian passou a ver Neo com Karl e a turma de traficantes da escola, assim como com os trios inimigos dos times Direwolves e Brave Bears. Virou rotina, o mais novo avisava para que o outro o cobrisse se os pais ligassem e sumia durante toda a noite, aparecendo no outro dia completamente chapado, com as roupas pra lavar - gerallmente gozadas ou com sangue. Neo passou a sumir por períodos de um ou dois dias, em que Florian corria para inventar justificativa para seus pais e os professores, sem saber como resolver a situação ou para quem pedir ajuda sem complicar ainda mais a vida do amigo.
A situação ficou definitivamente insustentável na manhã em que Florian chegou na escola e estava rolando um vídeo em todos os smartphones. No vídeo, Neo estava ajoelhado mamando Yan, que rindo agarrava o cabelo do loiro e socava violentamente, xingando-o e dando tapas em seu rosto enquanto ria. Não fosse humilhante o bastante, na sequência Yan chamava os amigos Mike e Nico, que haviam ido chama-lo, para que Neo também pagasse um boquete para eles. os dois amigos, ainda que surpresos com o chamado, acabam aceitando participar, e acabaram gozando na boca de Neo, enquanto Yan, que o havia colocado de quatro, o fez em seu cu. A imagem da câmera - ainda que em um local escuro - era boa o suficiente para horrorizar toda a escola com todos os detalhes daquela putaria toda.
Sobre a publicação do vídeo, alguns falavam no Insider da escola. Outros davam certeza de se tratar de uma vingança de Jimmy, Ellijah e Alejandro: os rivais de Yan, Mike e Nico. Alguns achavam se tratar de obra de Jeremy, primo de Neo com quem tinha certa rivalidade velada, ou de Omari, que cobiçava o posto de capitão do time de Mike. Ainda haviam especulações sobre Yadiel, que dera uma surra em Neo dias antes - e que conhecidamente fazia coisas parecidas, que nunca haviam vazado. E mesmo Yan, ainda que não fizesse muito sentido, Yan parecia exibicionista e caótico o bastante para vazar o próprio vídeo por diversão. Já para MIke, capitão do time de futebol, e para Nico, filho do dono do cinema Mirage, as consequências do vazamento poderiam ser mais sérias. Mas nem de longe tão sérias quanto para Neo.
Florian entrou em pânico ao pensar o que o pai de Neo faria com o filho se ficasse sabendo desse vídeo. Correu para ligar para o amigo - pensariam em algo juntos e depois finalmente faria Neo tomar jeito. Mas, diferente das outras vezes em que sumiu, ele não atendeu o telefone. Quando chegou em casa para tentar novamente, percebeu que o celular tocou no bolso da calça que deixou para que o amigo lavasse da última vez - mas, bloqueado. Sem saber como desbloquear o telefone que poderia ter a informação de onde encontra-lo, Florian precisaria da ajuda daquelas pessoas que mais o importunaram e que mais odiava, inclusive por considerar que colocaram Neo nessa situação. Pessoas como Drake, Alejandro, Jimmy, Ellijah, Yadiel, Yan, Nico, Mike, Karl, ou mesmo o professor Louis.
E assim começamos…
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deliriumdosonhar · 2 years
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23/11/2022
O sol já está no meio do céu, o dia está quente e seco no camping, a melhor forma de aplacar isso é um banho de cachoeira. Essas férias entre amigas tem sido uma tentativa de reconciliação; nosso trio não é mais o mesmo, nossa intimidade está cada vez mais morta, mas ainda guardo comigo boas lembranças do tempo em que erámos confidentes.
Ao entrar na água sinto o frio adentrar as camadas da minha pele, é uma sensação reconfortante durante um dia quente, sinto meus músculos relaxarem ao tocar na pedra que uso para apoiar as costas. Pela visão periférica vejo as meninas se aproximando, estão falando sobre suas faculdades e novos empregos, eu sei que é errado, mas nesse momento eu só queria ficar sozinha ali, curtir a natureza crua que está ao meu redor, ouvir o som das folhas e dos animais ao fundo e me afogar naquela fria imensidão de água gelada.
Ficamos uma hora ali conversando, quando decido que ficou frio demais para mim, me encaminho até a borda para estender uma canga e aproveitar o sol, elas decidem ficar mais um pouco, internamente sinto um alivio em poder ficar sozinha. Antes de chegar na extremidade da cachoeira vejo um homem saindo do chalé do lado oposto ao nosso e fico surpresa de não ter visto ele antes, ele vem em minha direção com a toalha pendurada nos ombros, usando uma sunga verde musgo com listras em mostarda que combina com sua pele levemente queimada de sol.
— Ei, o que você está fazendo aqui? - Diz ele com um sorriso no rosto.
Eu tento lembrar da onde conheço aquele rosto e me dou conta que é o Guilherme, trabalhamos juntos na empresa onde ele era a via de contato entre a minha equipe e a equipe que estava em outro país. Ele me da a mão e me ajuda a sair da água, me puxa contra seu peito e me abraça.
— Quanto tempo! Ainda está trabalhando na Wester? - Pergunto a ele meio sem graça por ter molhado ele todo depois do abraço.
— Tive uns desentendimentos com o Lucas e acabei pedindo demissão. E você ainda está por lá? - Disse Guilherme
— Também saí, consegui uma vaga em uma empresa internacional e estou morando na Noruega, vim passar as férias aqui no Brasil. - Respondo
— Caramba menina, sempre soube que você iria longe.
Ele estava tão diferente da primeira vez que nos vimos, tinha raspado a cabeça e já podia ver fios brancos aparecendo em sua farta barba, os dentes continuavam lindos, brancos e levemente assimétricos, sempre foi a parte que mais admirei nele, nunca tinha reparado como ele era alto, seu corpo com o tom rosado por conta do sol estava lindo e eu podia reparar a marca que a sunga havia deixado após dias de exposição ao sol.
Sentei e ele me perguntou se teria problema sentar junto na minha canga, passamos alguns minutos conversando, então, ele parou abruptamente no meio da frase e disse:
— Meu deus, eu te encontrei e me esqueci completamente o que estava indo fazer, estou indo buscar folhas de laranjeira para fazer um chá gelado, você me acompanha? Antes que o sol se ponha e eu não consiga mais encontrar a árvore nessa escuridão da mata.
Aceitei, levantamos, recolhi a canga e fomos em direção a floresta. Foi fácil achar as laranjeiras, estavam cheias de frutos e muitos pássaros cantando em sua volta, pegamos alguns ramos e aproveitei para pegar algumas laranjas. Quando voltamos a cachoeira ele falou que iria deixar as folhas no chalé, me ofereci para ir com ele e passamos por um caminho de terra batida conversando.
Chegamos no chalé e ele colocou a água para ferver, me ofereci para ir lavando as folhas enquanto ele separava uma jarra. O chalé era menor que o meu, ideal para uma ou duas pessoas, não tinha mesa nem cadeiras então sentamos na cama para aguardar a água ferver, pude sentir uma tensão entre a gente, naquele momento ele colocou a mão em cima da minha e comentou:
— Quando eu falei que sempre soube que você seria uma mulher incrível, não falei pensando só no âmbito profissional, te acho incrível de todas as formas. - Disse ele, olhando nós meus olhos, com o rosto mais vermelho do que estava antes, .
Eu não soube como reagir, sempre achei ele um homem muito simpático, bonito e bem humorado, mas nunca tinha visto além do lado profissional, nossos trabalhos se cruzaram em uma empresa por acaso, tínhamos profissões e histórias de vida totalmente diferentes. Eu o olhei e uma vontade súbita de beija-lo me tomou como uma porrada no fundo do estômago, não tentei reprimir, não tentei esconder, ele percebeu e juntos deixamos que nossos lábios se encontrassem. Jamais imaginei que teria coragem de tomar uma atitude dessas, a voz dele ecoava na minha cabeça, eu sentia o calor de suas mãos fortes milimétricamente em minha cintura e deixava um rastro quente por onde passava.
— A gente ta sendo inconsequente, sabia? - Disse ele ao parar o beijo, ofegante.
— Isso é ser inconsequente? Não sabia que era tão bom - Respondi
Voltamos a nos beijar intensamente, eu sabia o que ele queria e ele sabia que eu iria corresponder, nesse momento não foram necessárias palavras de afirmação, nossos corpos conversavam em silêncio e o desfecho era óbvio para os dois lados.
Nossos corpos cada vez mais próximos, quentes, úmidos, gritavam por mais, pude sentir ele dentro de mim, pulsando, enquanto seu rosto se transfigurava em diversão, prazer. Ele me envolvia em seus braços longos e eu cruzava minhas pernas em volta de sua cintura. Minhas pernas tremiam a cada toque seu, o cheiro de nós dois juntos era inebriante e tomou conta do chalé. Tudo naquele momento parecia se encaixar perfeitamente.
Algumas horas depois, o sol estava se pondo, estávamos deitados, podia sentir o lençol macio tocando minha pele e do outro lado as mãos dele repousadas em volta de mim. Naquele momento, a luz alaranjada do sol entrava pela janela, iluminava a cama e tornava aqueles segundos dourados, especiais, por um segundo o tempo pareceu parar, eu não queria sair daquele momento, ele me olhou e pude perceber que ele sentia o mesmo.
Essa foi a última vez que nos vimos, algumas mensagens foram trocadas com o passar do tempo, mas não nos encontramos mais. Nos amamos naquela tarde, naquelas horas e isso bastou.
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(Resenha) Segredos do Vento
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INFORMAÇÕES
Segredos do Vento || Autor: Eduardo M. C. || Páginas: 200 || Disponível: Amazon
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SINOPSE
As menores cidades guardam os maiores segredos. Depois de se mudar, Marina logo percebeu que Santa Clara do Bosque não era um lugar normal. Seu pai está à beira da morte por causa de uma doença misteriosa, e as finanças da família estão em ruínas, então ela sabia que não tinha muita escolha senão se mudar para a velha fazenda abandonada de sua avó. O que ela não poderia imaginar, no entanto, é que as histórias de sua família e de Santa Clara do Bosque são profundamente entrelaçadas. Seu antepassado, o poderoso Barão de Santa Clara, é uma figura conhecida por lá, mas não só por ter sido o fundador da cidade. Os moradores mais velhos ainda se lembram de uma lenda que diz que todos os descendentes homens do barão são amaldiçoados por causa de uma promessa não cumprida. Correndo contra o tempo, Marina vai tentar quebrar essa maldição para salvar a vida de seu pai. Grandes segredos estão prestes a serem desenterrados em Santa Clara do Bosque.
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RESENHA
Santa Clara do Bosque esconde vários segredos. Mistérios do passado que ainda perpetuam no presente, afetando a vida das pessoas da pequena cidade, principalmente a vida de Marina.
Marina tinha diversas coisas para se preocupar, desde os seus pesadelos nítidos e perturbadores, até a inexplicável doença de seu pai. A estranha enfermidade que havia atacado Fernando, era um grande mistério. Os médicos poderiam encontrar diversas explicações, mas nenhuma solução, levando-o a definhar dias após dia. As dívidas que vinham devido aos tratamentos, exigiram que a família se mudasse para as terras que a avó de Marina havia deixado, em Santa Clara do Bosque. E mesmo que não gostasse muito da mudança, ver seu pai sorrir em muito tempo valia qualquer preço do mundo.
Uma antiga lenda vai se tornar a esperança que Marina precisa para salvar o seu pai, no entanto, para os perigos que vem à frente, a ajuda de Roberta e Carol vai ser mais do que essencial para conseguir quebrar a maldição.
Tenho que admitir, não sou uma pessoa que lê muitos livros de suspense, mas Segredos do Vento foi uma obra que fisgou a minha atenção. Eduardo M. C. tem uma escrita divertida que não cansa facilmente, narrando os acontecimentos de maneira que o leitor entra no mundo de Marina e Santa Clara do Bosque.
Uma das coisas que mais gostei, foi a amizade entre Marina, Roberta e Carol. Marina com sua determinação de salvar o seu pai, Carol com sua enorme descrença e comentários afiados, e por fim, Roberta com seu conhecimento e amor por mistérios. São um trio divertido e surpreendente, que demonstram o quão longe pode-se chegar com a amizade. Mesmo que Carol inicialmente tivesse repreendido qualquer mínima ligação com Roberta.
Segredos do Vento é uma história envolvente e divertida, que mostra que nunca devemos perder a fé, e como seus amigos podem ser capazes de fazer loucuras por você. Também fala de como a verdade nunca permanece escondida para sempre.
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Resenha Instagram
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Trio em Lá Menor, publicado no livro Várias Histórias, em 1896.
Ana Clara Rezende Borges
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ladymary1994 · 3 years
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SH memes #7
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É como diz o ditado: você só conhece verdadeiramente uma pessoa quando uma criança chora perto dela 😂😂😂
Não entendeu nada? Nem sabe quem são essas pessoas do meme? Então, não fique por fora! Comece a ler SOBREVIVENDO EM HOGWARTS, disponível apenas no Spirit Fanfics e Histórias.
Ou, se não tiver nada melhor pra fazer, leia a nossa detalhada explicação (e conheça um pouco esses personagens).
TENTAM FAZER RIR: Lizzie, Louis, os gêmeos Scamanders e James
A protagonista e principal narradora da história, Lizzie Daniels, é marcada por sua irreverência e tiradas certeiras e sarcásticas. Meio atrapalhada, a garota não iria se abalar tanto ao ver uma pobre criança aos prantos e iria usar de seu arsenal de brincadeiras, piadas e trapalhadas para ao menos tentar fazer essa criança dar um risinho. Seu namorado, Louis Weasley, pode até bancar o sério de vez em quando, mas também é do time da zoeira, principalmente quando se junta com seus melhores amigos, James Potter, Lorcan e Lysander Scamander. Só haveria o perigo do Louis acabar convertendo essa criança para a torcida dos Chudley Cannons, seu time de coração. Ou do James irritar a criança com sua constante mania de ser o centro das atenções. Ou dos gêmeos tentarem fazer essa criança virar torcedora dos Ballycastle Bats ou fazer alguma idiotice que traumatize esse pobre fedelho para sempre...
TENTAM BRINCAR: Kendra, Sandy, Teddy, Victoire e Helena
Kendra Abbey, a melhor amiga e colega de quarto da Lizzie, seria outra que tentaria de tudo para acalmar a criança, usando seu jeito fofo de sempre. A garota, marcada por sua doçura, iria até mesmo apelar para seu talento como cantora para fazer a criança relaxar. Outra amiga, Sandy Miller, também agiria de maneira semelhante, embora não seja lá uma grande cantora, mas ela contaria histórias até a criança dormir. E Teddy e Victoire, como pais da pequena Doris (que nasceu bem no começo da 7ª temporada) usariam de sua experiência como pais e babás das crianças das famílias Weasley e Potter para fazer essa criança ficar quieta em pouco tempo. E Helena McLaren, que tem um irmão menor, o Cedric, também usaria sua experiência para sossegar a criança.
DÃO INSTRUÇÕES AOS PAIS: Eu Cameron, Rose, Hugo, Newton
Cameron Fingal é o melhor amigo de Lizzie e Kendra, e é conhecido por ser o mais sério (e rabugento) do grupo. E ele é o monitor da Sonserina, né, amores? Ele não teria sido escolhido se não fosse bom com crianças. Muito menos se não fosse capaz de fazer um bom relatório para autoridades competentes. Mas talvez Rose, Hugo e Newton Keating sejam ainda mais prodigiosos nisto. Os três estão entre os mais inteligentes de sua geração, e os irmãos Granger-Weasleys são monitores também (com Rose sendo eleita monitora-chefe no final da sexta temporada). Sem contar que Hugo e Newton são da Corvinal, né? Dar instruções é com eles mesmos! Esse quarteto não faz corpo mole quando é chamado para explicar algum tópico complicado para quem quiser saber, e a própria Lizzie apelou para eles quando precisou de ajuda ou quis descobrir mais detalhes sobre determinado assunto que ela desconhecia. Só tem um probleminha: Rose pode soar antipática e pretensiosa às vezes (o Keating é ainda pior, acredite), e Hugo e Newton volta e meia se alongam demais no tema e se o interlocutor não se cuidar, pode acabar dormindo durante a palestra deles. O que pode ser péssimo para os pais que precisarem de instruções desses dois...
CHORAM JUNTO: Fred, Damon, Cedric, Albus
Não, eles não fazem isso por mal. Eles até têm boa vontade em tentar acalmar a criança, mas nem sempre eles conseguem segurar as lágrimas e a vontade de chorar pode acabar sendo mais forte do que eles. Fred Weasley II choraria por ser extremamente sensível e compreender que os motivos da criança estar chorando são tão sinceros e verdadeiros que ele acaba chorando junto, por compreendê-la como uma igual. Damon Lioncourt, o namorado do Cameron, choraria por ter uma autoestima baixa e se julgar incapaz de fazer uma criança ficar calma. A insegurança também seria um fator dominante entre Cedric McLaren e Albus Potter, embora o irmãozinho da Helena fosse ficar furioso caso alguém o visse chorando e o provocasse por isso.
IGNORAM PROPOSITALMENTE: Lucy, Ben, Harper
Lucy Weasley, Ben Kiddell e Priscilla Harper são três dos personagens mais controversos e menos queridos de Sobrevivendo em Hogwarts. A primeira fez algumas armações para prejudicar a Lizzie, enquanto posava de boa amiga. Talvez ela até acalmasse a criança se visse vantagem nisso, mas se não tivesse ninguém olhando, ela seria a primeira a ignorar. Outra que teria atitude parecida seria Priscilla Harper, que ignorou muita coisa errada em seu curto mandato como monitora da Sonserina. E Ben Kiddell, o ex-namorado babaca da Lizzie, seria outro que passaria reto caso alguma criança chorosa trombasse em seu caminho. Apesar de ser monitor e ter ambições (frustradas) em ser monitor-chefe, ele não faria tanta questão de ajudar se entendesse que isso não faria diferença em sua jornada para ser o escolhido da direção (bom, dá pra entender porque ele não conseguiu, né?)
MOTIVO DA CRIANÇA CHORAR: Scorpius, Jolie, Dominique, Lily
Não é surpresa pra ninguém que leu Sobrevivendo em Hogwarts encontrar Scorpius Malfoy e Dominique Weasley nessa categoria. Scorpius é conhecido como o maior delinquente da escola, é capaz de tudo para conseguir o que quer e chega a ameaçar e a azarar quem atravessa seu caminho. Lizzie que o diga, afinal, como sua ex-namorada, ela foi perseguida por ela por um bom tempo. Dominique, a irmã do meio de Victoire e Louis, é famosa na escola por ser uma espécie de abelha-rainha do mal. Junto com suas primas e amigas Roxanne e Molly, ela formava um trio famoso e temido: as primas Weasleys. E na qualidade de líder desse trio, Domi, como era chamada pelos mais íntimos, fazia de tudo para se impor perante seus colegas, incluindo alguns atentados, azarações, chantagens e ameaças. Lizzie (novamente) é quem tem muita propriedade no assunto, afinal, Dominique aprontou todas quando ela e Louis começaram a namorar. Agora, encontrar por aqui alguns personagens tidos como "bonzinhos", como Jennifer Jolie e Lily Potter, pode ser surpreendente para alguns leitores incautos, mas não se enganem: Jolie e Lily podem ser crueis com quem elas acharem que merecem. Jennifer Jolie, uma ávida ativista social, pode ser virulenta na defesa de suas opiniões, e não hesita em entrar numa briga se for benéfico para suas causas. E Lily... Bom, no começo, quando ela era aquela garotinha ingênua que sonhava em entrar para Hogwarts e ser selecionada para a Grifinória, ela poderia ser até meio chorona, mas agora, que foi para a Sonserina, se envolveu com Scorpius e aprendeu uma série de azarações secretas, ela é simplesmente a garota mais temida da escola. Se alguém faz piadinhas com ela por Lily ser uma Potter e estar na Sonserina, ela vira o demônio. E ai de quem aprontar com ela!
E agora, entendeu? O que achou dos personagens? Quer saber mais sobre eles?
Leia agora a série Sobrevivendo em Hogwarts e veja essa turminha em ação!
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obordelencantado · 4 years
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Portas discretas com um pequeno letreiro florescente com as seguintes palavras "Bordel Encantado" ali era o local onde as noites costumam ser mais duradouras banhadas à bebidas, drogas, música e promiscuidade. A fachada do local é sempre mantida por dois homens atraentes porém nada amistosos e uma mulher bem elegante igualmente atraente. Sempre estavam vestidos num conjunto rústico de roupas pretas, onde suas camisetas geralmente cobria até o pescoço e suas mangas eram compridas. Esse trio é o responsável por administrar a entrada e eventual expulsão de pessoas de dentro da boate. Se você quiser adentrar o local, terá de encarar a fila dependendo do dia e do evento, obviamente, passar por um processo de revista com os seguranças e finalmente adentrar o hall com a chapelaria e bilheteria do local. Assim que se coloca os pés na parte interna, a sensação de grandeza do local te toma, o que antes apenas parecia uma boca de rato numa rua mal iluminada (o que era utilizado para tornar o ambiente mais discreto), se tornava um verdadeiro antro vintage. As decorações do local, todas remetiam à temática, a bilheteria e chapelaria possuíam placas sinalizando aos ingressantes qual dos guichês serviam para qual finalidade. A chapelaria possuía fichas com o número dos armários e estes por sua vez eram todos vermelhos e mantidos em forma de prateleiras, quem quisesse deixar seus pertences ali, deveria pagar uma taxa para obter a chave numerada e então não havia preocupações.
Na parede acima do guichê de ingressos, existia outro letreiro escrito "Bordel Encantado" e apoiado a letra "B" da palavra bordel existia um formato de uma taça de martíni, que parecia brilhar como se fosse mágico.
Uma vez com os ingressos comprados as pessoas podiam adentrar o corredor principal que levaria ao ambiente que realmente interessava. Esse corredor possuía algumas mesinhas com flyers de baladas e shows que ocorreriam futuramente na casa, e também uma quantidade relativamente grande de espelhos de ambos os lados. Claro que ali também daria acesso à sala da dona do Bordel e à sala de equipamentos de vigilância, mas por serem locais privados, poucas pessoas saberiam descrever. Ao fim do corredor, havia uma porta corta fogo que daria acesso ao salão principal, e acreditem, ali era onde o inferno começava, claro, depende da perspectiva de quem olha.
No meio do grande salão, pode avistar acima de tudo que há no ambiente, 3 postes de pole dance, pertenciam não só as estrelas que tinham seus shows agendados mas a clientes corajosos que estivessem dispostos a revelar seus dons. Em cada um dos quatro cantos do grande salão você podia ver réplicas de árvores que alcançam o teto e folhas brilhavam mais tanto que você poderia ficar momentaneamente cego pelas luzes neons que deixam a aura do lugar em um tons de roxo, rosa e azul. Ao pé das árvores iluminadas você poderia encontrar mesas redondas com bancos circulares de veludo roxo que envolviam a mesa, capaz de comportar até 10 clientes por vez. Sem falar das mesas bistrô de alumínio, que acompanhavam três bancos altos cada para comportar grupos menores de amigos e ficavam afastadas o suficiente para que todos pudessem dançar durante ou após as apresentações. A música ambiente era sempre sensual, variado de um r&b a um trap suave que te deixava sempre no clima de que algo fantástico estava prestes a acontecer, o som vinham de trás do grande bar com prateleiras de vidro lotadas de bebidas do chão ao teto com bebidas importadas e nacionais capazes de agradar qualquer público e embriagar qualquer ser humano, mesmo os de grande resistência alcoólica. O bartender devidamente trajado, era sempre gentil, tão gentil que parecia estar sempre flertando com quem quer que seja, tinha como grande especialidade escolher a bebida certa para acabar com qualquer acanho dos clientes com o primeiro drink.
Na parede leste do grande salão, você poderia ver em neons que pareciam escritos a mão a sinalização para a área dos toilet, com espelhos enormes e puffs no hall de entrada além de uma área afastada para uma pausa, eram muitas vezes usados para realizar mais do que as necessidades básicas. Se aventurar, se permitir e se descobrir era o lema que movia o bar, mais do que trazer diversão o Bordel tinha o poder despertar seus desejos profundos e te fazer acessar seu verdadeiro eu. Para dar a liberdade que muitos precisavam o segundo andar ofereciam quartos privativos inspirados nas 7 maravilhas do mundo, cada quarto possui sua própria identidade e ao adentrá-los era como desembarcar em outro país e muitos clientes faziam questão de dar a volta ao mundo, visitando cada um dos quartos para usufruir de tudo que os mesmos poderiam oferecer.
Se você ainda não ouviu, vai ouvir muitas histórias que aconteceram entre aquelas paredes de tijolos antigos mas eu posso te assegurar que a melhor maneira de conhecer o "Bordel Encantado" era estar lá e escrever a sua própria história.
Bordel Encantado - O RPG
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notasdanena · 4 years
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Nós vamos salvar o mundo – E ao redor deles a cidade queimava
Ou o Apocalipse!AU
(É bem longo, vou logo avisando)
O mundo acabou
É, eu sei, tamo no caminho já
O mundo acabou numa chuva de bombas e ondas de fogo. Começou no Estados Unidos, apenas porque tudo começa lá.
Os países participantes da ONU vinham discutindo isso faz um tempo, mas foi numa reunião rotineira que tudo deu errado. Os Heróis estão ganhando muito poder, seu vínculo com a Associação de Heróis não é forte suficiente para controlá-los, temos que tomar novas medidas, o embaixador da China anunciou. Bobagem, os Heróis estão bem, é você que não sabe como mantê-los na coleira, o embaixador dos Estados Unidos retrucou.
E começou assim. Vozes levantaram, mesas viraram, seguranças tiveram que separar os dois à marra, alguns embaixadores tomaram partido, outros apenas observavam a cena.
Uma semana depois a China foi atacada, e começou assim.
O Japão não demorou para virar um alvo, apesar de ter alianças com os Estados Unidos e Heróis excepcionais, a China ainda era maior, e menos piedosa. Em alguns meses o Japão tinha sido invadido e dominado pela outra nação, All Might foi inútil, ele não estava no país durante a invasão, e seus afiliados nos EUA não o deixaram voltar.
A guerra não durou muito, quando praticamente todas as cidades do planeta foram reduzidas a pó, as duas nações pararam com as bombas nucleares e as chuvas de ácido, mas não houve um cessar fogo completo. Bombas de menor escala ainda eram jogadas em acampamentos, militares ainda marchavam em vilas e destruíam plantações, tendas, matavam, estupravam, arrastavam as crianças para se tornaram soldados. Mesmo com o documento constatando a paz entre as duas nações, o dano já estava feito, outros países que sobreviveram também começaram a atacar, era eles ou os outros, e os Governos não estavam dispostos a sucumbir
Izuku lembra do começo com uma clareza mórbida e um peso no coração. Tinha doze anos, um futuro incerto e uma vida triste (antes diria miserável, mas ah, ah pobre pequeno Izuku, descobriria o que miséria).
Quando a guerra começa, Inko passa a ensinar tudo que ela sabe sobre medicina para o menino. Izuku começa a ler livros no assunto que Inko lhe dá. Chame de Intuição Materna, mas Inko tem um bolo em sua garganta que se recusa a desmanchar. Ele nunca vai embora.
Quando o Japão é invadido Izuku para de ir à escola. Ansiedade rasteja sob sua pele. Com a promessa de a qualquer momento uma bomba cair em sua cabeça, a rotina escolar faz seu estômago pesar, ele vomita no banheiro quase duas semanas depois, uma tensão se formou na sala, nas ruas, nas lojas. Ele começa a estudar em casa, indo à instituição apenas para provas e outros afins
Inko o leva em seus turnos agora, acompanhando a enfermeira fielmente, segurando a bile que o sufocou a primeira vez que viu uma mulher chegar com o estômago aberto. De noite ele pega uma mochila velha e a enche com itens de kits médicos, a violência aumentou nos últimos dias, e esse é o único jeito que ele consegue pensar em ajudar ao menos algumas pessoas.
Depois da primeira vez que ele é esfaqueado ele começa a usar uma cruz vermelha na frente de sua camisa branca. Ele ainda é cuspido e empurrado, mas agora a maioria das pessoas o deixam em paz, a maioria não quer ver mais gente morta.
Quando Musutafu é bombardeada Izuku não sabe o que pensar, ele não estuda mais. Inko o acompanha nas ruas agora, de dia e de noite, o hospital não existe mais.
Inko não sobrevive dois meses.
Agora, mais do que nunca, sua Individualidade era tudo, se você seria acolhido por um grupo, se você seria tomado pelos militares, se você seria deixado para apodrecer após ter sido despido de todos seus pertences, por que Você vai morrer rápido de qualquer forma, a gente merece isso mais que você. Não é difícil saber em qual grupo Izuku encaixou.
Katsuki sumiu duas semanas após os primeiros bombardeiros, um mês e meio antes de Inko— Izuku tenta ignorar os pesadelos de olhos vermelhos, cabelo loiro, uniforme camuflado e explosões estourando em palmas manchadas de sangue. 
Após a morte de Inko, Mitsuki o acolheu por um tempo. Izuku não suportava.
Ele fugiu antes de uma semana completar. 
Izuku aprendeu a sobreviver de um jeito que ele nunca precisou antes. Pelo menos fugir de bullys o ajudou a fugir de armas e tiros raspando em sua bochecha. Izuku tenta ignorar os pesadelos de sorrisos irônicos e Por que você não morre logo? e olhos vermelhos queimando sua pele e Ele vai me matar Elevai me matar Ele vaimematar Elevaimematar. Izuku aprende a fazer fogo rápido, e esconder seus rastros, e a evitar pessoas, mesmo que não usem o traje camuflado, Eles não querem um inútil como você, que não tem nada a oferecer e só vai atrasar o grupo. 
É quase um ano depois que ele fugiu de Mitsuki e Masaru que ele ouve os sussurros (Izuku sabe que já vai fazer um ano por que tem uma caneta velha e um caderno quase destruído, chamuscado e com letras borradas que ele anota as datas, pelo menos isso, pelo menos isso. As folhas estão acabando, a tinta também.). Os sussurros entretanto, os sussurros não param, um lugar inatingível pelo exército. Izuku ri a primeira vez que ouve. 
Mas os rumores continuam, Perto do mar, eles sussurram, Estão construindo um acampamento. Izuku faz de tudo para massacrar a esperança crescendo em si. 
No outro dia ele já está a caminho da costa.
Eles não te querem lá. Sua cabeça zomba. Eles só devem aceitar pessoas úteis, com Individualidades boas, que podem ajudá-los. Izuku tenta ignorar tudo. 
Naquela noite ele sonha com mãos em volta de seu pescoço, olhos vermelhos queimando sua pele e o traje camuflado. 
Após meses ele chega, nem sabe como. Um grande muro de concreto parece o encarar, o atrevendo a fazer alguma coisa. Izuku dá meia volta entrando no matagal que acabou de sair. Impossível que eles me deixem entrar.  
Dias depois ele ajuda um trio a se livrar de uma pequena tropa. Um deles é baleado mesmo assim. Os outros dois se recusam a deixá-lo pra trás, não que Izuku fosse. Ele faz uma oração para sua mãe, a única pessoa que ele ainda direciona fé, e a agradece, mais uma vez, por todo conhecimento médico que ela lhe deu. O trabalho é sujo e meio desajeitado pela falta de recursos na hora, mas é suficiente para parar o sangramento e evitar uma infecção severa até eles voltarem para o acampamento. Izuku congela na hora que eles param na frente de um portão, muros de concreto dos dois lados. 
[Ele entra.]
Izuku vira um dos três médicos da pequena vila, eles dizem que é trabalho suficiente, mas Se você não fizer nada eles vão de expulsar, afinal, você— Izuku acaba ajudando nas lavouras, nas construções e em qualquer coisa disponível quando pode. 
Izuku descobre que foram três famílias que se uniram para criar o acampamento, uma tinha Individualidade medicinal, um dos médicos era descendente dela, infelizmente falecida, a Individualidade pode curar qualquer machucado, tirando anos de vida do usuário, Muita gente chegava aqui com casos irreversíveis, Yuuma explica, a morte dos membros faz mais sentido. Outra família, a de Yuuma, tinha uma linhagem de Individualidades relacionadas a velocidade, Yuuma diz que não achava muito útil antes, mas depois de certo… Eventos, ele passou a apreciar. E a última, a que traz segurança a esse lugar, esse pequeno paraíso, a última família tinha diversas mutações de uma espécie de telecinese, permitindo a construção de um escudo invisível ao redor da vila, eles não pode sair por muito tempo, ou fazer trabalhos pesados que os cansem, o escudo fica em pé quando eles dormem, mas sempre fazem turnos durante a noite por precaução. Izuku quase chorou quando uma bomba explodiu acima deles, mas causou apenas um brilho roxo no céu e uma dor de cabeça em Himari.
Quando eles perguntam qual sua Individualidade, Izuku pensa em mentir, inventar alguma coisa relacionada a medicina, ele pode não ser o melhor médico do mundo, mas tem conhecimento suficiente para passar por um pelo menos decente. 
Mas ele nunca foi um bom mentiroso, foi?
Ele conta.
[E fica] 
Mais um tempo passa, Izuku não tem certeza quanto, um anos talvez? Mais? As folhas de seu caderno acabou, a tinta da caneta também, e essas duas coisas são luxúrias que ele não pode induzir, não tem como. Parece que faz uma eternidade que tudo isso começou, mas não parece que passou tanto tempo assim 
Mas um dia, um dia os portões abrem em gritos, um trio de reconhecimento e coleta trazendo uma pessoa semiconsciente e uma pequena frota armada, a frota carrega diversas mochilas e quatro deles um palete com caixas empilhadas. Izuku tem um mini ataque cardíaco quando vê os uniformes camuflados, ele não é o único, mas Calma Izuku, calma, a patrulha da Borda tem armas, se eles fossem uma ameaça já estariam mortos, né? É Izuku acha que está se acalmando, mas é tudo em vão quando ele vê Cabelo loiro, olhos vermelhos queimando sua pele e o traje camuflado— Seu cérebro trava, bem, não exatamente. Quando eles passam por Izuku, entrando na casa que serve de ala hospitalar, Izuku apenas entra em modo automático. Eles colocam o menino— Menino? Céus, ele, ele é quase um jovem adulto agora! Izuku ignora seus pensamentos, apenas, apenas faz o que ele tem que fazer. No final de algumas horas o loiro está numa cama, estabilizado e sendo vigiado por Shinji, e todo mundo se reúne para entender o que está acontecendo. 
Os soldados são desertores, eles trouxeram suprimentos como barganha para um lugar na vila. Katsuki se feriu ao despistar outros soldados que tentavam os impedir. Yuuma chama por um Conselho, os soldados são levados para outro lugar. 
 No final, eles ficam, algumas pessoas aceitam logo de cara, estar no exército deve ser um pesadelo, outras se convencem aos poucos, outras saem com a promessa de que vai ter vingança de houver uma traição. Não é ideal, Izuku pensa, conflitos são complicados, principalmente com pessoa de fora, Izuku assistiu muitas séries antigas sobre isso.
Katsuki acorda quando Izuku está checando nele. Izuku percebe imediatamente quando o corpo dele endurece e sua respiração falha. Izuku faz nada mais a não ser piscar, neste momento ele é um médico, e Katsuki é seu paciente. Ele empurra memórias de Olhos vermelhos queimando em sua pele, gosto metálico em sua boca, sangue em mãos que explodem—
– Sua condição tá estável por enquanto, você ficou quase uma semana inconsciente, e terá que ficar mais um tempo de cama – Izuku dita, se sente clínico, impessoal, mas… Não é como se ele pudesse clamar algum tipo de relação com Katsuki, não mais.
– Izuku – O tom fraco, quase sussurrado toma o outro de surpresa, a dor e alívio também – Você, você tá vivo… ? – Katsuki parece descrente, mais uma pergunta do que afirmação.
Izuku hesita por um momento, pesadelos de olhos vermelhos ainda o assombram. Mas, Katsuki parece tão pequeno? nesse momento, tão… Quebrado e perdido. 
– Katsuki – Izuku começa, para logo parar com o recuo que causa no loiro, como se alguém tivesse lhe dado um soco – … Kacchan? – Izuku tenta relutantemente, o apelido deixa um gosto estranho em sua língua, loiro respira fundo, okay okay, Izuku consegue fazer isso – Eu, hm, eu cheguei aqui um tempo atrás, não sei direito quanto tempo, ãnh, dois anos? Eu acho? E-eu—
– Vai fazer cinco anos
– Ãnh? 
– Vai fazer cinco anos que eu entrei no exército – O loiro explica.
– O-oh – Izuku responde inteligentemente, então, então deve fazer quase três anos que ele tá no acampamento? Não… Não parece tanto assim – Hm, Kat— Kacchan, você… Você foi levado, não? Quer dizer, um dia você sumiu, então… – Izuku descontínua ansioso.
– Não – Katuski suspira – Eu, eu pedi – As palavras parecem causar dor física no loiro – Eu achei— E-eu achei… – Sua voz treme, uma mão sobre para bagunçar seu cabelo, curto, e mesmo após ver Katsuki por vários dias a vista ainda é estranha, o corte padrão do exército não encaixa muito bem nele – Eu pensei que faria uma diferença, que, que se eu fosse para a linha de batalha eu seria um herói – Ele cospe as palavras – Ha, eu era tão ingênuo, tão— Tão burro e idiota
– Kacchan— – Izuku tenta tocá-lo
– NÃO! – O loiro bate na mão dele – Você não entende, eles— Eles colocaram armas na minha mão e jogaram em patrulhas! Eles e-eles disseram Faça o necessário, use sua Individualidade se for preciso, mas não deixe ninguém escapar, e eu fiz! Eu fiz Izuku! – Katsuki é recebido com silêncio, sua respiração irregular após os gritos – Eu fiz – Ele sussurra – Eu matei eles, Izuku, eu matei…
Soluços enchem o quarto. Katsuki cobre seu rosto com suas mãos, lágrimas escapando por entre seus dedos, e suspiros trêmulos por sua boca. Izuku sente suas bochechas molhadas, mas não faz nenhum som. 
– Você devia ter me deixado morrer – Katsuki murmura, mas Izuku apenas fecha seus olhos – Me perdoa – E sai do quarto.
Eles não falam muito depois daquilo. Izuku dá algum tempo antes de avisar que Katsuki acordou, os seus companheiros da tropa vão juntos com Yumma, Shinji e Yua, irmã de Himari.
Eles saem tempos depois e somem dentro da casa de Haruto. O ex-psicólogo entra minutos depois. 
As coisas não voltam ao normal por um tempo, uma tensão ainda presente por ter ex-soldados andando em seu paraíso, é difícil, mas depois de… Bem.
Uma traição acontece.
Surpreendentemente não foi um dos ex-soldados. Ada, uma mulher que tinha sido acolhida semanas antes da tropa estava infiltrada. Ela chegou na Borda e pediu abrigo, e eles deram. Ela fazia parte de um grupo relativamente grande, eles queriam tomar a vila.  
Izuku não gosta de pensar muito sobre esse acontecimento. Principalmente por que algumas vezes eles teve que deixar o bisturi improvisado para pegar outro tipo de faca. Não foi bonito, nem limpo, nem nada. Mas no final, eles venceram, Izuku só esperava que não fosse às custas de outras vidas. Seus pesadelos agora eram cheios de cabelos verdes, olhos vermelhos, uma arma em suas costas e sangue em suas mãos.  
Após esse fiasco os ex-soldados foram finalmente reconhecidos em meio a vila, mesmo os mais relutantes pareciam contentes em deixá-los agora. Lutar por sua vida lado a lado faz isso com as pessoas
Eles criam um código Que a paz que contigo vai, faça-te retornar para mim, não é muito, mas apenas pessoas que que sabem podem entram, o que quer dizer que eles tiveram que encontrar com alguém da Borda, que os confiou a mensagem. As pessoas ficam mais desconfiadas de forasteiros.
Ele e Katsuki não estão… Normais. Izuku acha que nunca vai ser, ele reconhece a desculpa que o loiro faz de joelhos, e reconhece seu esforço em ser melhor, mas Izuku acha… Ele acha que não quer aceitar. É cruel, é egoísta e é imbecil, mas se apegar ao pequeno ódio que sente por Katsuki às vezes parece ser a única coisa o mantendo são, a única coisa para se lembrar no passado.
Tempo é difícil de contar, Izuku desistiu quando seu caderno acabou. Eles tem um relógio do sol na vila, e essa é a única perspectiva que ele tenta seguir. Então depois de algum tempo, que ele nunca sabe dizer quando, Izuku larga um pouco as ataduras, se junta com mais duas pessoas mais experientes e os três entram na rotação de coletores. Izuku estava em treinamento, após uma certa quantia de missões e a autorização dos outros dois ele é permitido a sair sozinho. Os trios com os treinados não vão muito longe, os com três experientes chegam a ir para outras cidades. Mas são as missões de estado que Izuku almeja, para sair do estado é só uma pessoa, é arriscado, mas os outros estados são mais vigiados por soldados, tem mais pessoas dispostas a matar, a área perto da borda é a mais segura, alguns nômades e pequenos acampamentos espalhados, mesmo que tenha seus bombardeamentos vez ou outra. As missões para outro estado são sozinhas, pela regra silenciosa de que é melhor que uma pessoa morra do que três ou duas. Se a pessoa voltar viva, ela passa tudo que viu para o grupo, e juntos formam um grupo maior para ir buscar mantimentos se for viável.
Então Izuku ganha suas missões solo, e mesmo que ele passe semanas, e uma vez quase um mês, fora, Izuku sempre volta, sempre.
Foi em uma dessas missões que ele encontrou a menina, Eri
Izuku não sabe como ela sobreviveu tanto tempo, ela estava sozinha e apavorada, quando Izuku perguntou ela não respondeu suas perguntas, então Izuku trata seus machucados o melhor que pode ignorando, por enquanto, as cicatrizes que dizem de coisas que Izuku não quer nem pensar.
Eri não fala sobre seu passado, Eri não fala muito, ponto. Quando se conhecerem ela disse seu nome, não sabia sua idade, e apenas. Izuku acha que ela deve ter uns sete? Mas como está desnutrida e não parece ter tido a melhor infância pode ser que seja mais velha e seu crescimento foi interrompido. De qualquer forma, Izuku vai aos poucos humanizando a menina, ensinando coisas do mundo, contando sobre o Mundo Antigo quando ela pergunta, mesmo que doa, ela merece. Quando ela dá uma imitação estranha de um sorriso, Como se ela não soubesse a cabeça de Izuku xia, pela primeira vez ele quase cai chorando, apenas não faz por que assustaria a menina. 
Izuku distantemente percebe que ela não gosta de tocar e ser tocada.
Mas o passado dela vem a tona quando eles encontram uma dupla falando sobre ela, se ela sobreviveu, se o chefe acabou com ela. Eles não os veem, mas é por pouco. Após isso, eles preparam um acampamento no segundo andar de um prédio e ela sussurra sobre o que lembra.
Eri sussurra de quando era mais nova e esse Homem ia desfazê-la e refazê-la de novo, dizendo como ela era terrível, e todos eram doentes e ele tinha que achar a cura. Conforme ela descreve, Izuku vagamente liga os pontos, alguém que odeia Individualidades e quer acabar com elas? Amarga ironia queima em sua garganta, isso ou bile. Eri fala de quando alguma coisa mudou, o Homem ficou mais agitado e agressivo, até que, até que um dia pegou ela para mais uma das consultas, como ele chamava, tudo parecia normal, mas depois daquela vez ele só voltou uma vez, pra dar uma vacina para ela, dizendo que agora ela estava curada e todo mundo ia ser também, depois disso ele nunca mais voltou. Mesmo assim, mesmo ela estando curada Eri tem medo de tocar nas pessoas, por que, e se eles de alguma forma pegassem a doença dela? E se ele se enganou e ela ainda está doente e a doença dela machucar mais alguém e—
– Eri – A menina para, os olhos cheios de lágrimas, as mãos, tão pequenas, apertando os braços – Eu vou te tocar, okay? – Izuku espera uma confirmação. 
– Na-não – Ela balança a cabeça freneticamente. 
– Eri, eu tenho certeza que você não vai me machucar, eu tenho uma ótima saúde! Aliás, duvido que você esteja doente – Ela olha duvidosamente para ele, Izuku lhe lança um sorriso que ele espera que seja encorajador – Eu vou te tocar, tá bom? 
Dessa vez ela aperta a boca e lentamente acena com a cabeça. Izuku a puxa para um abraço, ele quer dizer que ela não está doente, nunca esteve, que ela não é horrível, que Eri é uma menina maravilhosa e muito forte, mas não agora, agora ele precisa saber o que aconteceu, para saber o que fazer.
Eri não lembra de muitos detalhes, ela era muito nova, e Izuku suspeita de memórias suprimidas por trauma, mas o que ela diz com o conhecimento prévio de Izuku o ajuda a construir uma história mais ou menos linear.
Ela diz que após a vacina tudo era muito silencioso, ela sentia tremores no chão e paredes, e rachaduras se formaram no teto. Ninguém vinha mais lhe dar água ou comida, e quando ela achou que seu estômago se comeria um estrondo forte trouxe o teto à baixo, por sorte ela sobreviveu (Izuku não acredita em Deus, ou deuses, Izuku acredita em sua mãe, e ela nunca deixaria uma criança em perigo, ele agradece à ela, e apenas ela). Quando Eri saiu do buraco o mundo estava em chamas e ela não sabia o que fazer, ela comeu algumas coisas que achou jogadas e as que cheiravam menos pior, bebeu a água de poças até que Izuku a achou.
Izuku a aperta mais forte em seus braços, seu coração aperta. Eri não devia estar vivendo isso, Eri devia ter uma família que a amasse, que a desse sorvete e brinquedos, deixasse ela assitir desenhos, que ela fosse uma criança como qualquer outra.
Eles dormem abraçados, e no outro dia eles começam a viagem de volta para a Borda. Izuku conta sobre o lugar para Eri, das pessoas, das coisas engraçadas. Izuku começa a ensinar pequenas coisas que ele aprendeu antes, ele não lembra muito, mas o que ele conta faz os olhos de Eri brilharem, então Izuku vasculha e vasculha sua memória a procura de tudo que consegue lembrar.
Eles se aproximam, Eri ainda não sorri muito, mas quando faz o peito de Izuku se enche de amor de um jeito que ele nunca sentiu antes além de sua mãe. Ah, ele pensa, Eu queria que você tivesse aqui mãe, você ia amar ela, ele chora uma noite. A cada dia que passa Eri é se encaixa mais na irmã mais nova que ele não teve e nem sabia que queria.
Então é claro que tudo ia dar errado, e eles estavam tão perto.
Quando os dois chegam na cidade antes da floresta que dá na Borda, um ataque começa. Como dito, apesar de raros, eles ainda acontecem, então é claro que quando Izuku está voltando com uma criança e mil e uma promessas ele é baleado múltiplas vezes.
Então, encolhidos num canto, com a melodia de tiros e acampamentos nômades queimando, Eri mancha suas pequenas mãos com o sangue de Izuku.
– We were playing in the sand – Izuku cantou baixinho, a primeira música que lembrou que era calma o suficiente - And you found a little band - Trazendo a garota mais próximo de si, Izuku abraçou a menina, escondendo os olhos da criança em seu peito - You told me you fell in love with it, hadn't gone as I'd plan—
Um soluço o interrompeu. Ele podia sentir sua camisa molhando e tremores assombrando o corpo da menina.
– I-Izuku – Ela choraminga, agarrando a blusa outrora branca com mais força. Depois de tantos dias correndo e caindo e rolando e tentando apenas sobreviver… é, a blusa já teve dias melhores.
– When you had to bid adieu – Izuku ignorou a própria garganta trancada e o jeito que sua voz falhou, apenas apertou mais forte a garotinha em seus braços e passou a afagar seu cabelo gentilmente – Said you'd never love anew – Fechou os olhos, apoiando sua cabeça em uma das únicas parede restantes, atrás de si, ignorou a ardência em seus olhos ou o molhado escorrendo por suas bochechas – I wondered if I could hold it, and fall in love with it too
Uma bomba explodiu mais perto, o som dos tiros cada vez mais alto apesar do ruído ensurdecedor dos zeppelins. Eri se encolheu mais ainda em seu colo, suas pequenas pequenas mãos meladas de sangue, sangue dele. Uma onde de tosse ameaçou partir seus lábios, um gosto de bile-metálico subindo-lhe à garganta.
Começou a hum'eiar a melodia, quase podia imaginar sua mãe cantarolando na cozinha enquanto fazia a janta, cheiro de curry apimentado invadindo seus sentidos. Por um momento, se deixou levar, cantarolando a canção, imaginando que o calor que sentia era do sol e não do mundo queimando ao seu redor, imaginando que ele, Inko e Eri eram uma família. Mas tiros o despertou do encanto, um bolo impossível de engolir alojou-se em seu peito.
– Izuku… – Eri parecia implorar, mas ele a tinha falhado, já não sentia suas pernas e o movimento de seus braços eram cada vez mais lentos e desajeitados.
– Eri – Suprimiu mais uma tosse, a garota apenas balançava a cabeça em negação, sua testa causando uma pressão desconfortável em seu peito – Eri, você pode olhar pra mim? Hm? – Um soluço escapou por entre os lábios da menina, lágrimas caindo mais rápido – Por favor? 
Relutantemente a garota se afastou, lentamente subindo seu olhar, as mãos ainda firmementes entrelaçadas na blusa do menino. Apesar do sangue secando em sua boca e os rastros de lágrimas em suas bochechas ele a direcionava um sorriso gentil, em outra situação borboletas voariam no seu estômago, seu peito esquentaria na noção de ter alguém que se importasse com ela. Agora, o sorriso só fazia algo frio se formar no fundo de sua garganta.
– Eri você tem que ir— 
A menina já balança a cabeça em negação, um coro de nãos rolando por sua língua, mais lágrimas brotando de seus olhos, as sobrancelhas franzidas, a bochecha manchada, as roupas sujas, o sangue em seus pequenas pequenas mãos.
– Eri, Eri por favor – Sua voz falhou, lágrimas ressurgindo em seus olhos, Pelo menos ela, por favor, pelo menos ela tem que sobreviver – Você tem que sair daqui.
– Não, não sem você – A voz dela era tão pequena.
– Você tem que ir Eri, por favor, se você— 
Um soluço o interrompeu, não sabia dizer se era seu ou dela. 
– Se você correr até a Borda você vai estar segura, ainda dá tempo – Mãos trêmulas se levantaram até o rosto da menina, acariciando gentilmente. 
– Mas e você—?
A fala foi cortada por uma bomba, tão próxima que o coração fraquejante de Izuku pareceu pular em sua boca. A menina se encolheu, mais uma vez grudando desesperadamente em Izuku. Eri tinha que sair dali agora.
– Eri – Forçou suas mãos a segurarem os pequenos pequenos braços da menina – Eri, vá, corra o mais rápido que puder, corra até não aguentar mais e depois corra mais um pouco – Respirou fundo tentando estabilizar um pouco seu pulso e braços – Diga, quando chegar lá, diga que me conhece, diga que eu te mandei – Mais um suspiro trêmulo – E se duvidarem, diga, diga Que a paz que contigo vai, faça-te retornar para mim – Tirou um pouco de cabelo do rosto dela, um desejo súbito de trançar as mechas, tentou limpar a mancha na bochecha dela mesmo sabendo ser inútil – Pode repetir pra mim?
– A-a – Eri engoli um soluço, suas mãos mexendo nervosamente. 
– Que a paz que contigo vai, faça-te retornar para mim, eu sei que é grande, mas você consegue, você é muito inteligente.
– Que-que a paz que conti-go vai, f-façate retornar pra mim…? – Ela repete em meio a lágrimas e soluços. 
– Bom, bom – Izuku a aproxima, braços circulando a forma pequena pequena da menina, um dois, três segundo ele a afasta, dando um beijo desajeitado em sua testa – Agora vá – Eri começa a balançar sua cabeça, Izuku a segura, olhando eu seus olhos – Por favor, por mim? – Ele a solta, relutantemente tão relutantemente Eri se levanta e começa a dar passos hesitantes pra trás, soluços tremendo seu corpo todo, o rosto distorcido em agonia e medo – Eu te amo – Izuku diz, dando um último sorriso encorajador para a menina.
– Te amo – Ela sussurra de volta, antes de mais um passo tímido e se virar correndo na direção da floresta, lágrimas infinitas queimando seus olhos, apertando seu peito, congelando sua garganta.
Izuku mais uma vez encosta sua cabeça na parede.
– You told me to buy a pony but all i wanted was you – sussurrou com uma risada triste – hmmm-mmm – Os olhos fechados, ele sonha em um sol num dia de verão, uma família de três, ele sentado no sofá com um desenho colorido na tevê, sua mãe rindo enquanto faz katsudon, uma garotinha com longos cabelos brancos trançados e sorriso tão raro que ele—
Ah, Izuku pensa, Eu não lembro do seu sorriso.
E ao mesmo tempo que lágrimas incontáveis caiam de seu rosto, uma bomba caiu do céu. 
—————
Um dia de madrugada eu tava escutando Hidden in the Sand e eu pensei “Uh, seria legal uma cena do Izuku cantando essa música pra tentar acalmar Eri por que eles iam morrer”. 
E como eu já tinha programado de fazer um AU de apocalipse eu pensei “HM” e daí foi ladeira abaixo e eu escrevi todo aquele backstory só pra poder colocar a cena do Izuku cantando pra Eri.
Eu escrevi isso bem no comecinho da pandemia, mas tamo aí né
( Extra 1: Eri não queria soltar Izuku no final por que ela estava tentando fazer a Individualidade dela voltar, por que ela sabia, de certa forma, que ia ajudar ele.)
( Extra alternativo: Overhaul não levou em consideração que como a vacina foi criada com o DNA da Eri ela não teria o mesmo efeito. A Individualidade dela nunca foi embora, mas quando Overhaul disse que a ‘curou’ ela acreditou e subconscientemente a suprimiu. Quando ela chega no acampamento ela começa a ter visitas com Haruto, o ex-psicólogo, numa dessas sessões ela destranca alguns traumas e usa sua Individualidade sem querer. Então ela começa a se culpar, porque ela podia ter salvo Izuku.)
:)
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headlinerportugal · 7 months
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Quem resiste em riste diz Oub’Lá e persiste | Reportagem Completa
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800 Gondomar ao vivo no CAAA | mais fotos clicar aqui
O Oub'Lá é um simpático e acolhedor bar em pleno centro histórico de Guimarães no qual têm acontecido concertos e DJ Sets desde 2018. Foi nesse ano que iniciei uma relação de proximidade com o Oub'Lá e a ser visita frequente do bar, não somente em alturas de eventos.
Em 2019 aconteceu a primeira festa de aniversário com as bandas Cosmic Mass, Indignu e os britânicos Italia 90 cujo espaço ocupado foi o São Mamede CAE  (reportagem aqui).
Nesse mesmo ano, num espaço menor: o CAAA, realizaram outro evento no qual receberam os Solar Corona e os japoneses Minami Deutsch (reportagem aqui).
Estes são dois bons exemplos de eventos de sucesso na diferenciação da oferta na cidade de Guimarães, algo que em 2024 continua a ser ainda uma emergência cultural.
Vi também no próprio bar concertos de bandas bem interessantes. Por exemplo, os dinamarqueses Mythic Sunship (reportagem aqui), os espanhóis FAVX (reportagem aqui) ou os portugueses Jesus The Snake (reportagem aqui). Por diversos motivos, já não acontecem concertos no bar.
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Público atento aos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui Chegamos à conclusão de que as propostas do Oub'Lá são aliciantes e bem animadas, especialmente quando são festas do seu aniversário. A pandemia não deixou celebrar em 2020 e 2021 e quebrou um pouco a onda em crescendo, é certo.
Em 2022 sob o lema “Oub’Lá Di, Oub’Lá Dá ou um aniversário que vale por três” proporcionaram concertos dos portuenses Fugly e dos britânicos Snapped Ankles no Salão do GD Unidos do Cano naquela que foi uma aposta bastante arrojada. Arrojada a todos os níveis, mesmo no ponto financeiro, ao ponto de não ter tido o retorno esperado (reportagem fotográfica aqui).
Já em 2023, outro ritmo já nas veias sem resquícios da pandemia, a festa dividiu-se: fim de tarde no Ramada com concerto dos Grand Sun e noite no São Mamede. Nesta mítica sala vimaranense atuaram Marante e os Fogo Fogo, (reportagem completa aqui).
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Público atento aos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui Efetivamente foi o regresso aos bons momentos e a uma felicidade reencontrada por entre amigos e gente que é frequentadora assídua do bar. Nota-se perfeitamente que é mais do que apenas um estabelecimento, é também um local de (re) encontro de amigos e onde se vive um espírito familiar.
Mais uma vez, no passado sábado dia 17 de fevereiro de 2024, tal convivência amistosa foi o ponto alto da jornada de aniversário do Oub’Lá dividida entre a tarde no bar situado no centro histórico de Guimarães e o CAAA onde se desenrolou a parte principal da programação.
Nesta edição, já vou perdendo a conta às festas de aniversário, as circunstâncias mudaram: a celebração foi antecipada para fevereiro para não colidir com outros eventos, normalmente aconteceria em meados de março. Aconteceu num modo mais reduzido, teve apenas a atuação de uma banda: concerto protagonizado pelos 800 Gondomar. A restante noite foi preenchida por dois DJ sets: por Axel Moon e Botafogo.
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Alô Farooq dos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui A comunicação do Oub’Lá durante o sábado anunciou o início do evento nocturno para as 23 horas, certo é que só arrancou depois das 23:30 horas, quando a “família” estava toda presente. Com convívio dentro ou fora de portas, por entre um copo e outro, o tempo foi passando normalmente sem qualquer ponta de stress.
Rui Fonseca (bateria e voz), Alô Farooq (guitarra e voz) e Frederico Ferreira (baixo e voz) são o trio de Rio Tinto conhecido como 800 Gondomar. Banda de culto da cena alternativa nacional, regressaram ao ativo em 2023 após 5 anos de hiato. Foram 3 datas em 2023 e trouxeram consigo novos temas em estreia total para esta performance no CAAA.
Após uma longa e lenta introdução por entre míseros acordes, o trio lá compareceu na sua plenitude em palco. “Boa noite. O Vitória ganhou carago. Boa noite!" uma pura provocação, depois de um empate do clube da cidade para a principal competição futebolística portuguesa. Foi o pontapé inicial das (boas) hostilidades.
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Rui Fonseca dos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui Maioritariamente a três vozes, com o baterista Rui Fonseca a liderar os processos vocais, o punk rock libertino e pujante dos 800 Gondomar prosseguiu marcha a toda a velocidade.
‘S​ã​o Gun​ã​o’, o segundo LP da carreira cuja edição terá lugar no próximo dia 4 de março, foi foco de atenção privilegiado tendo a banda estreado alguns dos novos temas. Escolheram, por exemplo, tocar “uma canção de amor”, um slow rockeiro bem giro e ir igualmente a assuntos mais sérios como um tema sobre “uma overdose da estação de São Bento”. Este último lançado recentemente e tem o título de “Mataram o Fábio”. Outro dos singles recentes “Ax Gti” teve também o seu momento de apresentação, na parte inicial da atuação
Alô Farooq, foi elemento mais expansivo da banda, por diversas vezes desceu do palco para arrebitar o ambiente e puxar pelos corpos dançantes dos fãs mais espevitados. Já Rui Fonseca ia debitando alguns comentários mais pertinentes, aparentemente a feijoada do Oub’Lá não causou demasiada mossa.
Por entre o acelerado ritmo das batidas e guitarradas houve um breve medley de homenagem a “Solo Se Vive una Vez” das Azúcar Moreno.
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Frederico Ferreira dos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui ‘Linhas de Baixo’, irreversível álbum da história recente do punk nacional datado de 2017, foi devidamente repescado com temas como “Coração”, teve direito a uma interpretação bem resistente.
O público esteve mais animado na parte frontal do palco, mais para trás o pessoal estava mais morno. Eventualmente mais quente, por estar mais perto do bar…
O pedido de encore surgiu por entre gritos de “Gondomar, Gondomar, Gondomar” a que a banda cedeu um encore: resposta "metralhada" de 2 minutos. A atuação soube a pouco, ficou-se com um sentimento misto.
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800 Gondomar ao vivo no CAAA | mais fotos clicar aqui Seguiram-se os DJ sets rumo pela madrugada adentro, primeiro atuou Alex Moon. O francês esteve de regresso a Guimarães depois da atuação no ano passado com a sua banda Ko Shin Moon.
Sons com claras influências arábicas foi o forte das suas escolhas musicais com musicalidade vindas de diversas zonas do globo. Houve ainda tempo para incursão em batidas com vibe parisiense de inspiração planetária.
Para fecho de festão foi tempo para a sessão de DJ set pela dupla da casa conhecida como Botafogo.
A noite foi um sucesso na qual o Oub’Lá teve as merecidas reverências. Para finalizar resta dar os parabéns ao Oub’Lá e ao seu staff. Parabéns pelo vosso sexto aniversário! Será que alguém ainda está a contar? Agradecimentos ao Oub'Lá, em particular ao Diogo Coelho e ao Jorge Lopes pela ajuda e atenção para com o headLiner. Uma palavra final de encorajamento a ambos: pela persistência e resistência em prol da cultura musical na cidade de Guimarães.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
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800 Gondomar ao vivo no CAAA | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: Jorge Nicolau
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mllstcne · 4 years
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𝐑𝐎𝐌𝐄𝐎 𝐓𝐀𝐓𝐄 𝐌𝐈𝐋𝐋𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄 * / 𝖜𝖆𝖓𝖙𝖊𝖉 𝖈𝖔𝖓𝖓𝖊𝖈𝖙𝖎𝖔𝖓𝖘
❛ i'm not a 𝚋𝚊𝚍 𝚐𝚞𝚢 so don't treat me bad if ( i'm feeling sad ) alright ? please don't be mad if i don't 𝓼𝓶𝓲𝓵𝓮 back, alright ? if i fuck up my words, don't think i'm ABSURD, alright ? a l r i g h t ? ❜
❛ 𝐒𝐔𝐂𝐊𝐄𝐑 𝐏𝐔𝐍𝐂𝐇 ❜ ( 𝐦 ) ( 𝟐/𝟐 )
                   romeo tem bastante dificuldade de controlar a sua raiva. apesar de demonstrar um jeito dócil na maior parte do tempo, cresceu sem aprender a canalizar sua ira, sofrendo severas consequências ao longo dos anos por conta de condutas imprudentes. ao conhecer 𝖙𝖞𝖑𝖊𝖗 e 𝖉𝖊𝖑𝖔, encontrou uma forma de aliviar seu estresse e se divertir. os três formam uma trio de encrenqueiros que se metem em confusão por onde passam. quando estão juntos, são uma combinação como fogo e gasolina, comprando briga nas áreas mais afastadas da cidade e sendo expulsos de bares e boates só para sentir a adrenalina correndo nas veias.
❛ 𝐂𝐋𝐀𝐒𝐒 𝐅𝐈𝐆𝐇𝐓 ❜ ( 𝐦/𝐟  ) ( 𝟏/𝟏 )
                   ao serem sorteados como uma dupla para o trabalho que vale metade de suas notas, os dois são obrigados a conviver e aprender a lidar com o jeito um do outro. nunca foram próximos e até trocavam farpas durante as aulas por terem personalidades conflitantes. todavia, agora precisam passar por cima das diferenças em prol da trabalhosa pesquisa que os aguarda. como será o desenrolar dessa atividade junto com 𝖉𝖎𝖒𝖎𝖙𝖗𝖎𝖆?
❛ 𝐖𝐈𝐒𝐇 𝐘𝐎𝐔 𝐖𝐄𝐑𝐄 𝐒𝐎𝐁𝐄𝐑 ❜ ( 𝐦/𝐟  ) ( 𝟎/𝟏 )
               todo mundo tem aquele contato que o dedo pressiona automaticamente depois de algumas doses. no caso de 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕮, esse número corresponde ao de romeo. o fato de estar namorando não parece ser um empecilho para elx, pelo menos não sob o efeito do álcool. as chamadas no meio da madrugada podem até acordar o atleta, mas ele nunca as ignora. pelo contrário, tenta retribuir a atenção mesmo que a relação não vá passar daquilo, conversando por alguns minutos com a voz embriagada do outro lado da linha.
❛ 𝐅*𝐂𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐎𝐍𝐄𝐘 𝐌𝐀𝐍 ❜ ( 𝐦/𝐟 ) ( 𝟑/𝟑 )
                   muitas mansões em san diego não tem moradores, servindo apenas como modelo de grandes construtoras ou ainda estando a venda por imobiliárias da cidade. contrariando a lei, o maior passatempo de romeo com 𝖒𝖆𝖙𝖙𝖊𝖔, 𝖘𝖆𝖞𝖚𝖗𝖎 e 𝖆𝖗𝖆𝖒𝖎𝖓𝖙𝖆 é invadir essas propriedades, levando algumas bebidas e se divertindo dentro de piscinas vazias. se tiverem sorte, acabam entrando ema casa de férias com frigobar cheio e camas king size. as noites que dividem são inesquecíveis e valem o perigo.
❛ 𝐁𝐎𝐘𝐒 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐁𝐄 𝐁𝐎𝐘𝐒 ❜ ( 𝐟 ) ( 𝟏/𝟏 )
                 casal queridinho pelos corredores de armstrong, o envolvimento dos dois não teve um desfecho nada amigável. romeo acabou traindo 𝖑𝖊𝖝𝖎, atitude da qual se arrependeu na mesma hora, e contou toda a verdade para a namorada. o resultado foi discussão, término e afastamento por meses. apesar do tempo ter se passado, o atleta ainda pisa em ovos quando se trata dela, mas não há nenhuma mágoa da parte dele. 
❛ 𝐓𝐇𝐀𝐍𝐊𝐒 𝐈 𝐆𝐄𝐓 ❜ ( 𝐦 ) ( 𝟎/𝟏 )
                quem não conheceu os dois no passado, dificilmente acredita que eles já foram melhores amigos. depois de uma briga que causou o afastamento, olhar para a cara de 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕳 é ao máximo evitado pelo millstone. seus encontros se resumem a confrontos e alfinetadas, alguns mais acalorados seguidos por socos e olhos roxos. 
❛ 𝐋𝐎𝐎𝐊 𝐀𝐓 𝐇𝐄𝐑 𝐍𝐎𝐖 ❜ ( 𝐟 ) ( 𝟎/𝟏 )
                  quando ainda tinham dentes de leite, romeo e 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕴 costumavam namorar, o que significava andar de mãos dadas no recreio e fantasiar sobre um futuro juntos. o tempo passou e hoje os dois não passam de velhos amigos, cujo carinho e cumplicidade ainda é mútuo. contam tudo um para o outro e aconselham na vida amorosa alheia, passando tardes debruçados sobre álbuns de fotos revivendo o jardim de infância enquanto compartilham seus relacionamentos.
❛ 𝐋𝐔𝐍𝐂𝐇𝐁𝐎𝐗 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 ❜ ( 𝐦/𝐟 ) ( 𝟎/𝟑 )
                 se estiver equilibrando sua bandeja de almoço enquanto procura por uma mesa no refeitório, vai avistar romeo ao lado de 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕵, 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕶 e 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕷, sentados bem no centro. o intervalo é sagrado para o grupo que aproveita cada minuto para descontrair da rotina atarefada. quando o sinal toca, podem até não se falar com tanta frequência, mas sabem que no dia seguinte sentarão juntos para comer novamente.
❛ 𝐓𝐄𝐄𝐍 𝐈𝐃𝐋𝐄 ❜ ( 𝐟 ) ( 𝟎/𝟏 )
                𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕸 foi coroada a rainha do baile ao lado do millstone. dançaram valsa, desfilaram suas faixas de braços dados e passaram o resto da noite como um belo par. muito se comentou da relação de ambos após o ocorrido, afinal, formavam um casal e tanto. mas ninguém realmente sabe o que aconteceu entre eles.
❛ 𝐃𝐈𝐄 𝐀 𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐁𝐈𝐓 ❜ ( 𝐦/𝐟 ) ( 𝟐/𝟑 )
               era uma noite como qualquer outra. festa com direito a muita bebida e drogas. é claro que 𝖆𝖓𝖌𝖊𝖑𝖔, 𝖆𝖓𝖓𝖊, e 𝖒𝖚𝖘𝖊 𝕹 estavam lá, assim como romeo. o que nenhum deles esperava é que a polícia chegaria no meio da madrugada para acabar com a farra. todos os jovens conseguiram escapar, exceto por eles. foram levados até a delegacia e por serem menores de idade, pagaram uma multa e foram penalizados com serviço comunitário. agora são obrigados a cumprir horas catando lixo nos parques de san diego aos finais de semana, se aproximando ainda mais e cometendo eventuais fugas.
𝖔𝖙𝖍𝖊𝖗𝖘
fizeram intercâmbio juntos ;
companhia de festa ;
colegas de detenção ;
parceiros do time ;
dividem a cena no clube de teatro ;
bros before hoes ;
mutual hate ;
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kristaltimes · 5 years
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Clichês
Existem clichês em casamentos. A pessoa que vai invejar e falar mal de tudo depois, a que fala gritando com todo mundo para chamar atenção, a que tenta ir com um vestido mais chamativo que o da noiva, a que chora o casamento todo, é por ai vai. E meu desejo hoje é ser um deles: o bêbado.
Estou aqui no meu quinto copo de alguma bebida alcoólica desejando que essa palhaçada acabe. Casamentos são chatos, cansativos, longos e somos obrigados a ser simpáticos com pessoas que não gostamos e pessoas que não conhecemos. E não tem como eu aguentar isso sóbrio, principalmente por ser um casamento hétero.
Nada contra, tenho até amigos que são e um deles é o noivo, mas precisamos concordar que já deu de casal hétero nesse mundo, é preciso inovar esses casamentos. Casa uns gays, umas lésbicas ou até mesmo um trio, por que não? Existem muitas regras em uma cerimônia que é realizada para celebrar o amor, parece muito mais uma fechada de negócios ou um novo contrato de empresa, então por isso que não a levo tão a sério. Pode ser também inveja, pois eu nunca terei isso por eu ser um homem que somente namora homens? Sim, pode ser. Mas não ligo.
Muitas vezes ouvi dos meus amigos “Seonghwa, você tem certeza que você quer viver a sua vida toda sozinho?” E eu concordava como se fosse verdade, mas por dentro pensava “Eu só queria um benzinho pra chamar de meu.”
Meus pensamentos foram cancelados abruptamente quando um homem se aproximou de mim, oferecendo-me um copo novo de bebida, já que o meu estava vazio há alguns minutos na minha mão.
– Vejo que casamentos não estão entre uma das suas coisas favoritas.
– O que? Não, quer dizer, tanto faz. Mas de onde você tirou isso?
– Estava te observando e você fazia cara de deboche no meio dos votos dos padrinhos.
– Eram votos estranhos, era difícil não fazer essa cara. O homem contando que eles transaram com as mesmas garotas na mesma festa no dia que se conheceram em um casamento, não acho que seja considerado romântico, somente se fosse algum conto de internet onde eles se descobrem futuros namorados.
O homem desconhecido riu, dando um gole na sua bebida. Ele se vestia de modo diferente dos outros, digo, existia um padrão, que era o terno, mas o dele estava com a gravata um pouco frouxa e tinha uma bandana amarrada na cintura, e seu cabelo terminava em mullets onde tinha algumas mini tranças, como se ele fosse contratado pra fazer um show vestido de algum personagem do piratas do caribe.
– Noivo ou a noiva? – perguntou o moço para mim.
– Que?
– Você veio por quem?
– Ah, noivo. Trabalhamos juntos.
– Você é hétero também ou só finge?
Engasgo-me com a bebida após a pergunta, fazendo o outro rir enquanto batia de leve nas minhas costas como se me ajudasse a parar de tossir.
– Pelo jeito finge. Enfim, sou Hongjoong, prazer. Você?
– Seonghwa. E sobre a sua pergunta...eu...não sei...só...
– Tudo bem, relaxa Seonghwa. Não vou contar pra ninguém e muito menos precisa se explicar pra mim.
Eu não disse mais nada, eu sempre era acostumado a deixar claro que sou hétero, não só no meu trabalho mas como em todos os eventos sociais que eu ia e tinha algum desconhecido. Mas, estranhamente, eu não me sentia na obrigação de fazer isso com Hongjoong, agora.
– São engraçadas as roupas de casamento, você sabe que as pessoas gastaram muito para usar essa peça apenas uma vez e ainda assim escolhem roupas horríveis.
– Começa pela noiva, parece um burrito enrolado em uma guardanapo.
– Seonghwa, – Hongjoong disse calmamente – a noiva é minha irmã.
Parabéns, Seonghwa. Uma estrelinha de bom menino pra você.
– Quer dizer, não de um modo negativo, particularmente eu gosto de burritos, é um prato típico mexicano muito gostoso.
– Ta dizendo que quer comer minha irmã?
– Não! Meu deus, não!
Hongjoong começou a gargalhar enquanto eu olhava pra ele com medo, será que é daqueles homens que ri antes de socar a cara de alguém?
– Você está suando de nervoso e mesmo assim continua fofo. Relaxa, eu concordo com você, minha irmã está parecendo um burrito. E não do jeito positivo. Eu falei pra ela escolher outro vestido, ela parece que deitou no chão e foi rolando pela sala até terminar o tecido e aí costuraram nela. Mas bem, ela nunca foi boa em escolher roupas, então não tem como salvar, é um histórico de péssimas escolhas, contando também com o marido. Nada contra, porém não é alguém que pode se chamar de charmoso.
Ele disse que eu sou fofo?
A madrinha estava agora mais chorando do que falando sobre a amizade de anos com a noiva, pelo que entendi é 6 ou 16, ela chorava muito enquanto dizia os anos e sua voz já estava fanha com o nariz lotado de catarro além de uma dicção impossível de se entender em um dia normal. Deus salve essa alma.
– Ela já quis ficar comigo. – Hongjoong comenta aleatoriamente como se fosse uma conversa que já existisse naquele espaço em vez do silêncio desde que ele me chamou de fofo.
– Quem?
– A madrinha. Ela dava em cima de mim quando ia visitar minha irmã.
– Vocês já ficaram?
– Não, meu deus não.
– Não gosta de mulheres? – Não podia perder essa oportunidade.
– Não quando elas são menores de idade, né? Minha irmã é dois anos mais nova que eu, quando a amiga dela dava em cima de mim não tinha nem 18.
– Ah, mas gosta de mulheres. – Afirmo demonstrando sem querer minha tristeza. Não que eu esteja afim dele, mas ter imaginado alguém afim de mim era algo interessante. Apenas isso.
– Sim. De homens também, caso seja isso que você esteja tentando saber.
Não falei nada, apenas dei mais um gole na minha bebida. Depois de tanta gente chata falando, chegou a hora da dança dos noivos e depois do pessoal chegar pra dançar. E eu estava torcendo pra nenhuma mulher me chamar pra dançar porque o álcool já estava fazendo efeito e eu seria muito grosso dizendo "não, prefiro rola".
– Vem? – De repente uma mão apareceu na minha frente, lotada de anéis e unhas pintada de preto. Vejo que pertencia a Hongjoong que sorria pra mim, esperando a minha resposta.
– O que?
– Dançar, uma dança comigo, o que você acha?
– Para, parece que você está convidando uma princesa para uma dança no Palácio real.
– Não, para a princesa a gente faz assim. – Hongjoong se abaixou, se reverenciando pra mim e ainda de cabeça baixa e mão estirada perguntou se eu daria a honra de uma dança, me chamando de Príncipe. Naquele momento eu olhava para os lados, rindo de nervoso, procurando se alguém observava a gente.
– Ok, ok! Mas só para você parar de fazer eu passar vergonha nesse lugar.
Hongjoong me puxou quando eu peguei em sua mão e entrelaçou seus braços pela minha cintura.
– Precisa disso?
– Você precisa se permitir mais, Seonghwa.
– Eu ter saído de casa para isso é me permitir demais.
– Precisa falar e fazer mais coisas que pensa. Exemplo, o que você está pensando agora?
– O que? Não sei, nada. – Mentira, estava pensando em como era bom estar nos braços dele e como eu estava bravo por assumir isso.
– Viu, se reprime muito.
– Ah é, o que você está pensando agora?
Hongjoong aproximou mais seu rosto do meu, sussurrando:
– Estou pensando em como você é um homem bonito e eu estou louco pra beijar sua boca e arrancar suas roupas desde que te vi na festa, mas, ao mesmo tempo, quero te levar em um encontro romântico antes de tudo isso.
– Você pensou tudo isso agora?
– Sim, quando eu cheguei perto de você estava pensando coisas do tipo “Quais serão as fantasias sexuais que esse homem tem?”.
– Você é ridículo. – comentei, rindo.
– Quer me beijar?
– Você é muito abusado e convencido.
– Não sou, eu perguntei, não afirmei. Só queria saber de você quer mesmo antes que eu beije você na frente de todo mundo e leve um tapa.
– Não, por favor aqui não, meu chefe ta logo ali.
Hongjoong me puxou pra fora do salão, levando para o jardim atrás da festa. Ele se encostou na parede e segurando minha mão, fixando o olhar em mim de uma forma sugestiva.
– E então, você está longe do seu chefe. Você quer me beijar ou não?
Eu não sabia o que falar. Provavelmente travei por alguns minutos naquele momento. Não queria falar sim e ter que arriscar ser pego por alguém naquela hora, mas também não queria falar não e perder a oportunidade de beijá-lo.
Ele continuava me olhando, esperando uma resposta minha com toda a calma que pudesse existir no mundo.
Eu me aproximei dele, colocando a mão em sua nuca, cada vez que chegava mais perto de sua boca eu me afastava como se tivesse levado um choque. E tentei isso mais duas vezes, até que Hongjoong começou a rir..
– Relaxa, não precisa se obrigar a me beijar só para provar algo pra mim. Fica tranquilo---
Antes dele terminar a frase eu puxei ele pra perto de mim e o beijei. Nossos lábios se encontraram de um jeito desesperador, mas continuaram de um modo lento e delicado. Hongjoong beijava muito bem e eu estava agradecendo por ter feito essa escolha. Ficamos nos beijando por mais alguns minutos até ele interromper.
– Acha que vão sentir sua falta lá dentro?
– Duvido, alguém deve ter pensando que dei um perdido para fugir e voltar pra casa.
– Ótimo, minha irmã deve estar pensando a mesma coisa de mim, que fugi daqui para qualquer outro lugar. Então Seonghwa, tenho uma outra pergunta para você...na minha casa ou na sua?
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dbskbrazilgallery · 5 years
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#Legend feat. Jaejoong [TRADUÇÃO]
A revista #Legend de Hong Kong voou para a Coréia ao escolher Kim Jaejoong para sua edição de capa, em uma sessão de fotos de cair o queixo e uma entrevista profundamente inspiradora.
 Chegando à fama global como vocalista original de um grupo pioneiro de K-pop há meia vida, o galã coreano Kim Jaejoong (Jaejoong), e começou a lançar material solo em 2013, tem feito um esforço constante para mostrar sua vasta gama de encantos. Agora com 33 anos e já com 16 anos de carreira, ele ainda é humilde, espirituoso e carismático como sempre - cativando a atenção de todos quando entra no estúdio.
 Em 2003, aos 15 anos, Jaejoong estreou como vocalista original de um grande grupo de K-pop que abriu o caminho para o Korean Wave (hallyu) global; eventualmente, Jaejoong e outros membros formaram um trio em 2010. Tremendamente popular por seus vocais e looks excelentes, ele foi um pioneiro nos primeiros dias da cena do K-pop. Felizmente, ele não parou por aí, mas ampliou seu escopo para atuação e reality shows. Atualmente, ele ainda está em movimento, enfrentando todos os novos desafios que surgem em seu caminho.
 Jaejoong tem sido um ícone para muitas estrelas do K-pop que perseguiram seus sonhos de estrelato. Reverenciado por muitos, ele sempre ficava assustado e nunca ficava complacente, sempre aspirando a fazer coisas novas. Bem conhecido por se comunicar diretamente com seus fãs através das mídias sociais, seu afeto por eles é claramente evidente. Durante nossas filmagens, Jaejoong foi ousado, ansioso para experimentar uma variedade de roupas e fazer uma variedade de poses, sempre com o objetivo de obter os melhores resultados. Sorrindo durante tudo isso, ele trouxe uma vibração positiva para o estúdio que era absolutamente infecciosa. Igualmente carismático no palco e fora dele, sua personalidade alegre é um verdadeiro reflexo de seus muitos encantos.
 Faz 16 anos desde a sua estreia. Como você está hoje em dia?
 16 anos... Faz muito tempo, mas não faz muita diferença para mim. É verdade que estou neste setor há muito tempo e que houve alguns desafios. Mas, em vez de fazer as mesmas coisas repetidamente, estou focado em me esforçar para tentar coisas diferentes. O número de anos tem pouco significado para mim, pessoalmente.
 O que você costuma fazer hoje em dia?
 É a mesma rotina - apenas trabalhando. Hoje em dia, tenho mais trabalho e é quase o mesmo que eu tinha quando estudei. Desde o sexto ano da minha carreira até alguns anos depois, eu realmente não tinha tanto trabalho quanto agora. Parece que voltei aos primeiros dias.
 Qual é a coisa mais difícil de estar nesse setor há tanto tempo?
 Não ser capaz de comer quando eu quero! Eu ganho peso facilmente quando como e também perco tudo quando não o faço também. Malhar para não perder muito ou observar minha dieta para malhar tem sido um pouco difícil. Comer traz muita alegria na minha vida diária - e desistir disso é bastante difícil.
 “Quando terminei meu serviço militar, pensei que não haveria nada mais frio do que isso, mas agora parece que está ainda mais frio. Eu sempre penso nesses momentos difíceis para superar o que estou enfrentando agora."
- Jaejoong
  Da música à atuação e aos programas de variedades, você atua em muitos campos do entretenimento. Qual é o próximo passo para você?
 Eu acho que será o mesmo - acho que não haverá uma grande mudança. Mas haverá uma diferença no tipo de trabalho que posso fazer na minha idade. Por exemplo, no próximo ano, no ano seguinte e em três anos, mesmo se eu ainda estiver fazendo o mesmo tipo de trabalho, tenho certeza de que terei uma mentalidade diferente e meu ambiente também não será o mesmo.
 Qual é o seu maior charme?
 Acho que meu charme é que pareço uma celebridade, mas, ao mesmo tempo, não sou uma. Sou muito sensível e cauteloso com o que as outras pessoas pensam e também sou muito autoconsciente. Por isso, recebo muito apoio de meus fãs, que dizem: "Faça o que quiser e seja livre". Já que me importo tanto com o ambiente, a partir de agora planejo ser mais livre e aproveitar o que faço.
 Ouvi dizer que você é um bom cozinheiro. Quando você começou a cozinhar?
 Quando eu era jovem e meus pais não estavam em casa, tive que cozinhar para mim - e isso se tornou um hábito. Minha mãe também possuía um restaurante, então peguei algumas coisas de lá, o que acho que contribuiu para as habilidades culinárias que tenho agora.
 Se você pudesse cozinhar uma refeição especial para o Natal, o que seria?
 Eu não cozinho no Natal. Eu definitivamente peço comida por delivery ou saiu para comer em algum lugar.
 Você também está interessado em moda. Que tipos de estilos você gosta?
 Geralmente jeans. Hoje em dia, eu realmente não gosto de roupas que se destacam demais. Prefiro estilizar com jeans, talvez com um item atraente.
 Você é um seguidor de tendências ou um criador de tendências?
 Para ser sincero, não sigo nem defino tendências atualmente. Eu apenas uso um estilo próprio. Talvez eu já tenha sido pioneiro antes - por exemplo, provavelmente fui o primeiro cara na Coréia a usar botas Ugg, botas longas ou jeans skinny.
 Se você pudesse fazer um feat com outro artista em qualquer tipo de projeto que quisesse, quem e o que seria?
 Atualmente, existem muitos artistas famosos, mas pessoalmente acho que seria incrível fazer um feat com alguns dos talentosos novos artistas para criar uma capa criativa e estética do álbum. O tipo típico com caracteres simbólicos é muito bom, mas eu nunca fiz algo com meu rosto nele. Eu acho que seria algo que vale a pena tentar.
 Além do trabalho, qual é a sua maior paixão atualmente?
 Eu realmente não me importava muito em dormir antes, mas hoje em dia faço o possível para ter um sono de qualidade. Antes, era bom dormir um pouco e ir trabalhar. Agora, se eu for dormir tarde, parece que isso acaba com o dia - como se o dia inteiro desaparecesse. Então, eu acho que dormir com qualidade é realmente importante. Eu também tinha o hábito de tomar uma bebida antes de dormir, mas estou tentando consertar isso.
 Qual é a maior coisa em sua mente ultimamente?
 Para encontrar um hobby para se manter e realmente desfrutar, você precisa manter um estilo de vida regular. Mas meu trabalho em si é tão imprevisível que, quando tenho tempo, não sei o que fazer. Ainda ontem, saí do trabalho mais cedo e tinha algum tempo livre, mas não fazia ideia do que deveria fazer. Então, fui para casa, deitei na cama, assisti TV, acordei e fiz isso de novo - repetindo. Parecia um desperdício. Mas tive uma boa noite de descanso, e é provavelmente por isso que estou me sentindo tão bem hoje. Então acho que vou sair e ter um bom final de dia assim que terminar esta sessão!
 O que você está planejando fazer?
 Amanhã é realmente o meu dia de trapaça - é o dia em que posso comer e beber o quanto quiser. Mas se eu fizer isso, poderá arruinar depois de amanhã, então mudarei um dia antes para hoje.
 Como você lida com o estresse?
 Comer é minha maior alegria, mas meu estômago encolheu para um tamanho muito menor do que antes. Quando eu pesava entre 59 e 60 kg, embora parecesse realmente magro, eu podia expandir o tamanho do meu estômago pressionando meus outros órgãos para comer mais. Agora que estou mais pesado do que antes, não posso comer mais porque meu estômago está menor, o que me deixa triste. Hoje em dia, aproveito o tempo para apreciar a comida enquanto assisto a shows de muk-bang no YouTube e sinto mais satisfação ao ver outras pessoas comendo.
 De que tipo de artista você quer ser lembrado?
 Um artista que come muito? [risos] Estou brincando. Quero me tornar um artista que faz as pessoas pensarem: “Ele teve tantos anos de experiência?” Mesmo quando chegar ao 20º aniversário desde minha estréia, quero que as pessoas se perguntem: “Realmente faz tanto tempo desde a estréia dele?” É por isso que continuo tentando coisas novas e nunca paro de me desafiar. Quero continuar sendo alguém inocente e ingênuo, e gostaria de poder adiar para me tornar "um adulto". Nos dias de hoje, eu acho que tem uma conotação negativa, mas quero ser alguém que se parece com uma cebola - com novas camadas após camadas, ou basicamente alguém que transmite um novo sentimento mesmo depois de conhecê-los por um longo tempo. Eu quero ser alguém como uma cebola - em um bom sentido.
 Você tem alguma lembrança de infância desta época do ano?
 Quando eu era jovem, meus pais eram bastante rigorosos. Se eu tivesse problemas, eles me repreendiam me colocando para ficar fora de casa e refletir sobre mim mesmo. Hoje em dia, coisas assim não acontecem, mas quando eu era jovem - e especialmente no campo onde morava - era bastante comum. Enfim, eu morava no campo e nevava muito no meio do inverno. E eu lembro de tremer do lado de fora da minha casa. Era tão frio naquela época - mas quando entrei no exército, essa foi a coisa mais fria que já senti na minha vida. Quando terminei meu serviço militar, pensei que não haveria nada mais frio do que isso, mas agora parece que está ainda mais frio. Eu sempre penso nesses momentos difíceis para superar o que estou enfrentando agora.
 Qual é o seu lugar favorito na Coréia?
 O primeiro seria o rio Han - e o segundo está aqui. Por dois anos ou mais, este estúdio é o lugar que eu mais venho para o trabalho. Realmente me sinto em casa.
 Como você se descreve em uma palavra?
 Dong-ppa - um oppa [irmão mais velho] que é como um dongsaeng [irmão mais novo]. Muitas vezes as pessoas me respeitam como artista, mas desejo seriamente que às vezes meus fãs e outras pessoas possam me tratar um pouco mais relaxado. É claro que tenho anos de experiência e posso ser mais velho que eles, mas gostaria de poder ser apenas um irmão mais velho ou mais velho que é como seu amigo, ou talvez até um irmão mais novo.
 Algum plano de ano novo?
 Se eu tiver mais tempo para mim, quero me exercitar mais e viajar um pouco - mas acho que é bem difícil no momento e provavelmente no próximo ano também. Acho que é por isso que não é fácil encontrar alguém ou casar... De qualquer forma, nos últimos dois anos, minha pele ficou muito ruim. Sinto que preciso cuidar melhor e dormir melhor para voltar ao normal. Então, em geral, manter a forma e cuidar melhor de mim.
 Algo que você quer dizer para seus fãs?
 Cuidem-se bem! Quando a exaustão aumenta, vocês envelhecem mais rápido e ficam mais estressados. Acho muito importante tirar férias pelo menos uma vez por ano ou apenas descansar um pouco. Eu realmente quero descansar. De qualquer forma, continuarei trabalhando duro e depois viajarei para algum lugar agradável para relaxar, para que eu possa voltar para mostrar a todos uma versão melhor de mim. Sou muito grato por ter tido a chance de tirar essas fotos incríveis para Hong Kong e adoraria ver todos vocês em breve. Obrigado!
 EN-PT: DBSK brazil
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sixteenfourblog · 5 years
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Verão- capítulo 2
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Outro dia começou e o primeiro pensamento na minha cabeça foi o de incapacidade. Lembrei da noite anterior que quase falei como menino que achei lindo mas desisti por conta da minha insegurança. Provavelmente não o veria de novo, mas mantive uma certa esperança. Levantei mais cedo que o normal e consegui pegar minha mãe e meu pai na mesa do café. Geralmente eu acordava tarde demais e não conseguia ver minha mãe, que trabalhava na farmácia, ela saia de casa por volta das sete e meia da manhã. Interrompi a conversa que estavam tendo e perguntei do que se tratava, me explicaram que um empresário havia chegado a cidade e que pretendia construir um tipo de centro comercial onde vários restaurantes e opções de entretenimento estariam reunidos em um lugar só, não me importei muito com isso mas sim com a informação que viria depois, ele estava no restaurante do meu tio um dia antes com a família e pela descrição dele percebi que era exatamente a mesma família do garoto. Fiquei tão empolgada com a história que resolvi acompanhar minha mãe até o trabalho para ela me fornecer mais detalhes.
-Lisa eu não sei muita coisa, só o que sua tia me contou. Ele é um empresário muito rico e está investindo em novos negócios pela região, parece que quer se candidatar a senador e isso é uma ótima propaganda até lá. Quem estava com ele ontem era a irmã e os filhos, ela têm depressão desde que o marido morreu há uns anos. Ele era daqui de Flores do Campo e ela está interessada em mostrar a cidade do pai para os filhos, por isso vai ficar um tempo por aqui.
A esperança que plantei estava germinando, eu teria outra chance com ele. Como ainda tinha mais duas horas até abrir a sorveteria, resolvi ir até o rio nadar, aproveitar que estava vazio pois era muito cedo. Gosto de ir lá quando não tem ninguém e ler um pouco, pensar, escutar música, é um ótimo passeio. Depois de voltar do mergulho, comecei a ler e coloquei meus fones de ouvido, Dancing on my own da Robyn tocava. Uns minutos depois percebi uma movimentação no local e dei uma olhada no que estava acontecendo. Era o tio do menino acompanhado de vários homens, todos bem vestidos, não entendi muito bem o que estavam fazendo ali na beira de um rio de roupa social mas consegui escutar algo sobre ‘demolir’ e ‘construção’. Sai dali o mais rápido que pude e fui para casa me trocar para ir para o trabalho. Cheguei em casa e meu pai me diz que posso tirar o dia de folga – que alívio – mas a cara dele estava pálida, perguntei se estava tudo bem e ele disse que sim, não acreditei mas deixei passar pois ele já estava saindo. Resolvi sair para a feirinha que estava acontecendo, era o último dia e podia ser que tivesse alguma coisa que me interessasse por lá, então fui para meu quarto, tomei banho e vesti a primeira roupa que vi. Chegando na feirinha fui para as barracas de acessórios e comprei alguns. A essa altura já tinha esquecido dele e de ontem, estava mais preocupada com meus problemas reais, do que com essas ilusões. Bem, óbvio que estava mentindo pois se o encontrasse agora mesmo iria me tremer toda de nervosismo. Infelizmente isso aconteceu. Enquanto estava lá parada na barraca de roupas o vi de longe com uma menina ruiva com o vermelho do cabelo bem artificial e forte, parecia sangue, ela era muito bonita, toda estilosa e parecia simpática. Podia ser uma prima quem sabe. Fiquei encarando de maneira obsessiva sem querer e só fui interrompida por causa de Victória.
- hmm já sei o que tanto observa hein – disse ela ri com desconforto - ele é um gatinho mesmo, pena que namora a prima
-OI?
- sim, aquela ruiva ali é prima de 2° grau dele, bizarro né, isso é coisa de gente doida
- como tu sabe disso?
- minha mãe conhece a mãe dele, se mudaram pra cá pra conhecer melhor a cidade do pai deles, meu deus Lisa você é muito desatualizada dos acontecimentos da cidade
-eu sei, eu sei, como to dando um tempo de rede social não faço a menor ideia das fofocas
- tá, você é um pouco estranha também. Enfim, te atualizando do mais importante então. O nome dele é Jonathan, tem 18 anos mas não vai fazer faculdade, as irmãs mais novas dele são gêmeas e se chamam Laila e Laura, 10 anos e duas pestinhas. Semana que vem vai ter uma festa na casona deles e parece que vão chamar a cidade toda. Fica atenta que vai ter bebida grátis. Ah, o tio deles é um ricaço e quer construir tipo um shopping aqui e o pai dele morreu há uns 3 anos atrás em um acidente de carro.
- essa última informação eu já sabia, mas e a parte da prima? É real mesmo?
- sim, desde cedo foram prometidos para se casarem e parece que deu certo né, pois não se largam. Enfim, vou indo, te vejo mais tarde na festa né?
- Sim, claro.
Chocada com as informações que acabei de receber. Só pra deixar claro, Victoria é uma amiga muito antiga e já formou um trio de amizade comigo e com a Lina, mas nos afastamos e agora nós falamos pouco e ela sempre sabe de tudo, então acho que ela está correta nas informações que passou. Me deu uma pontada de decepção por ele ter namorada mas não fiquei tão surpresa, já imaginava que um menino lindo desses teria sim uma namorada, e como pensei, linda. Deixei essa dor de cotovelo de lado e terminei minhas compras, depois fui bater na porta de Lina. Informei a ela todas as novidades que Victoria me disse e ela ficou mais chocada que eu, “COMO PODE PRIMOS SEREM PROMETIDOS PRA CASAR?” “ELA DEVE SER UMA COBRA NÃO SE CONFIA EM QUEM É RUIVA ARTIFICIAL”. Deixei ela surtar a vontade e tentei procurar o instagram deles, pedi pra Vic me mandar pois não sabia nem o sobrenome. Infelizmente o dele era trancado mas o da menina era aberto, não só o instagram mas a vida dela toda. Ela postava tudo que acontecia com ela, não foi difícil saber onde ele estudou, onde morava, pra onde viajou, na verdade não tinham muitas fotos com ele pois ele parecia tímido, dava um sorriso desconfortável com cara de quem queria sair dali. Enquanto ela tinha umas mil fotos e várias declarações pra ele, no dele tinham três e duvido que tenha alguma declaração romântica pra ela. Não é ciúme mas eles não combinam. Passado o assunto Jonathan, conversamos um pouco sobre nossos planos para o próximo ano, vamos fazer faculdade em outra cidade, ainda não sei qual meu curso mas Lina já se decidiu em Arquitetura, estamos juntando dinheiro para fazer um intercâmbio para a Europa daqui dois anos, queremos passar pelo menos um ano lá então estamos economizando faz três anos, por isso aceito trabalhar na sorveteria, só assim pra ganhar dinheiro dos meus pais. Fomos nos arrumar para a festa, não estava a fim de ir mas fui forçada. Quando chegamos lá tinha muita gente e me deu aflição, mas nada melhor que bebida pra me fazer esquecer qualquer coisa. Depois de um tempo que já estava lá e um pouco alterada, vi de longe Jonathan e a namorada, ah o nome dela é Raquel, e estavam brigando, cheguei mais perto para entender o que eles estavam falando e escutei algo parecido com “você é um inútil, deveria procurar um psicólogo pra ver se cura sua demência” fiquei em choque, sabia que essa menina não era boa coisa mas pelo visto não era só por conta de ciúme. No outro dia acordei com muita dor de cabeça e felizmente estava na casa de Lina, em casa eu tinha uns vizinhos fazendo reforma e de manhã têm um barulho insuportável de construção. Tomamos café e fomos fofocar sobre a noite anterior, quando falei pra ela o que ouvi da boca da Raquel ela ficou tão chocada quanto eu, por isso a cara dele de vazio, as vezes o observava e ele tinha uma expressão triste.
Passado alguns dias, eu o vi alguns vezes pela cidade, stalkeei o instagram da namorada psicopata dele e meus dias foram normais como qualquer outro, minha queda por ele estava indo embora quando do nada ele resolve tomar um sorvete durante meu turno. Revirei os olhos pois estava estressada por estar ali e de TPM, mas obviamente tentei atendê-lo bem. Ele estava mais alegre que qualquer outro dia e sorrindo, ele fica lindo assim radiante, eu pensei.
-Hoje quero o melhor sorvete que você tiver, no maior tamanho e com as melhores coberturas.
- OK então, não posso entrar no pote mas posso tentar.
Opa, isso realmente saiu da minha boca? Eu enlouqueci. Estou temendo. Quero correr e me enfiar num buraco.
- Haha humor de Campos Belo – falei quase sem abrir a boca e fiquei muito vermelha.
Enquanto isso ele deu um sorrisinho sem graça e pareceu não se importar com minha falta de noção
- Humor intrigante esse, mas não tem problema, me vê um leitinho trufado
Dei uma risadinha por que esse nome é muito broxante, não sei o que tinham na cabeça quando criaram esse nome pra sorvete.
- É mesmo um nome intrigante de sorvete. Enfim. Qual seu nome mesmo? -Melissa mas só me chamam de Lisa -Prazer, sou o Jonathan e só me chamam assim mesmo. Me diz o melhor rolê que tiver nessa cidade.
Por que ele tava puxando assunto comigo? não conseguia pensar direito, só quis ser o mais simpática possível e tentar não parecer muito doida depois do que falei.
-Olha não temos nada de muito interessante se você não é acostumado com o lugar, mas eu gosto de ir no rio nadar e ir pro centro a noite para comer. Sinto muito, é só isso que temos, se quiser algo mais selvagem procure a próxima cidade.
- Ótimo, pois estou livre para fazer o que quiser pelos próximos dias.
- Haha como assim?
- Minha ‘amiga’ está fora da cidade, enquanto ela está aqui eu não posso nem ir na padaria sozinho, então quero fazer alguma coisa bem legal por conta própria.
Fiquei pensando no por que ele usou 'amiga' e não namorada e que provavelmente o relacionamento deles era uma merda mesmo.
- Bem, vá até Milagres Divinos que está tendo uma festa bem legal por lá - falei como quem não queria nada e nem parecia que queria pular em cima dele.
- Tudo bem, obrigado Lisa pela sua ótima dica. - Depois pagou pelo sorvete – Ah mas uma coisa, você tem instagram? Só pra tirar mais dúvidas sobre rolês legais nesse lugar parado.
Quase gritei, quase pulei mas me controlei e disse para ele me seguir. Agora que não vou mais dormir em paz sem pensar nele.
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sabot-sabot · 5 years
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Estreia: The Parking Lots - All The Things (single)
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“Mas como é que monta uma banda sem nunca ter se encontrado pessoalmente, um morando em São Paulo e o outro em Goiânia?!”. A resposta: é DIY (o velho e bom faça-você-mesmo) e internet. O Felipe e o Heitor se conheceram no Facebook porque um curtia a banda do outro. Então, em 2018, depois de uns dez anos sem compor nada, o Felipe escreveu uma música - depois outra, e outra e um monte delas. Aí ele gravou uma demo com a câmera de selfie e mandou pro Heitor. Ele também mandou uma indireta sobre os dois montarem uma banda juntos, sem ter a menor ideia de como fazer o projeto rolar. O Heitor não só entendeu o recado como deu a letra de como seria: “você manda uma demo como essa, eu gravo bateria e baixo na minha casa e te mando de volta, pra você pôr as vozes e os violões na sua casa. Eu completo a música com guitarras e teclados, e a gente manda pra um engenheiro de som mixar e masterizar”. Feito. Nascia The Parking Lots, o duo que nunca se encontrou.
“Tá, o conceito é legal, mas o som é bom?”. Se você curte punk rock com harmonias vocais, folk, indie rock ou country, tem uma grande possibilidade de você curtir. Se você gostar de mais de um dos estilos acima, melhor ainda. The Parking Lots é tipo um Me First and The Gimme Gimmes ao contrário: é como se você pegasse punk rock songs, tirasse a distorção e um pouco da velocidade, e fizesse uma levada no violão acompanhada de umas guitarras incrivelmente bem tocadas. Eles estão no meio do caminho entre o Bad Religion e o Simon & Garfunkel, se você quiser nomes. Ou você pode fazer como eles e chamar de folk punk, pra encurtar a história.
Até agora, eles lançaram um single e um clipe, da música Modern Revolutions. A música abaixo/acima é o segundo single deles, chama All The Things e fala sobre envelhecer e abrir mão de algumas coisas pra ter outras. Como eu sei que eles gostam muito do Hüsker Dü, acabo achando que essa música lembra um pouco a fase do Warehouse: Songs and Stories, só que levada em um violão de aço, com mais licks de guitarra e um solo de teclado lindão - é, isso mesmo - no meio. Mas eu posso estar enganado. Seguindo a tradição de fazer as coisas à distância, a arte desse single e de todos os lançamentos do The Parking Lots é assinada pelo George Schall, quadrinista e ilustrador que mora em Barcelona.
Em agosto, eles lançam pela Milo Recs o EP Something New, com 5 músicas e participações do Henrike Baliú (Armada, ex-Blind Pigs) e do Bruno Peras, Dan Pereira e Caio Saad (Running Like Lions). E no dia 15 de junho, o Felipe (o núcleo paulistano do duo) se junta ao Caio e ao Roberto Salgado (a cozinha do RLL) pra tocar na Fenda 315 como The Parking Lots Trio. De graça, junto com o Chalk Outlines, às 18h. Nos vemos lá.
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