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#dica gay
laparosdivinos · 2 years
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LGBT +60: Corpos que Resistem. - Websérie documental - Dicas gays - YouTube #2
GBT +60: Corpos que Resistem. - Websérie documental Por Projeto Colabora.
Link direto da playlist: https://youtube.com/playlist...
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Romance, emoção, histórias chocantes, vidas, corpos e espíritos marcados. Essa playlist deveria ser obrigatória, ainda mais o vídeo sobre vivência LGBT na ditadura. Cada palavra e memória dessas pessoas são verdadeiros tesouros para gente.
O movimento LGBT atual me parece muitas vezes excessivamente capitalizado e inocente. Há uma falta de foco e prioridades além de um certo ar de achar que estamos mais "de boas" do que realmente estamos. Muitos Gays, Lésbicas e Bis agem como se a vida estivesse ganha para nós e como se nossos poucos direitos conquistados não fossem reversíveis (e ainda são MESMO). Ainda sofremos homofobia física, psicológica, profissional, religiosa, parental, familiar, social, etc. Todo mundo diz, sofre, mas parece que muitos não entendem o real peso disso.
Essas pessoas viveram e vivem lutas que não imaginamos, mas que podemos ter que passar a lutar a qualquer segundo.
Onde está a política de saúde para pessoas LGBTs? Como cuidamos do envelhecimento gay, lésbico, Bi, trans, etc (e saibam que realmente cada letra tem muitas especificidades)? O que é a volta para o armário forçada que fazem conosco (principalmente em casas de acolhimento ou em família) quando somos idosos? Onde está a sexualidade LGBT de pessoas mais velhas? Para ser um idoso LGBT minimamente válido, temos que ser velhos brancos, barbudos, hipsters e malhados de academia? O que acontece quando ficamos viúvos e quais processos de luto são únicos para nós? Quem cuida do idoso Gay? Como a pobreza e a velhice LGBT se inter-relacionam? Onde estão essas pessoas para falar nos eventos LGBTs? Onde estão todos esses debates no mainstream do movimento LGBT atual? Eu lembro uma parada LGBT que foi televisionada e vi vários Youtubers mega ignorantes falando merda e apresentando o evento, quando podiam ter chamado pelo menos um/uma desses/dessas sábios/sábias para roda de conversas. Ter alí alguém que realmente tem muito o que contar e ensinar faz TODA a diferença.
Uma das milhares de coisas que aprendi com essa série foi que NADA está ganho e que ainda temos realmente muito o que fazer. Além disso, não pude deixar de pensar na ingratidão e arrogância com a qual muito do Mov LGBT atual trata NA PRÁTICA os idosos LGBTs. Eles são nossos sábios Xamãs que detém segredos ímpares da nossa luta social, dos nossos corpos e mesmo da nossa espiritualidade.
Não adianta pagar de místico e queer desconstruído se você não busca e não respeita esses tesouros tão específicos e tão necessários. Somos carentes de encontrar nossos mestres e semelhantes mais velhos. O Sagrado Ancião LGBT+ é algo raro e precioso que devemos cuidar com todo o carinho. Quantas vezes você teve a chance de interagir e conversar de verdade com um vovô ou vovó LGBT+? Como você será enquanto um idoso LGBT+? Quais ensinamentos e mistérios específicos nossos a ancestralidade e o arquétipo do ancião LGBT+ carregam em si mesmos? Como podemos honrar esses verdadeiros heróis que lutaram e morreram para vivermos com um pouco mais de liberdade hoje em dia?
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Sirius Cor Leonis.
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conatus · 2 years
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Traumas do passado se entranham em um relacionamento que tenta se solidificar em "Cicada"
Traumas do passado se entranham em um relacionamento que tenta se solidificar em “Cicada”
Ben é um jovem bissexual que em meio a uma fase hedonista, conhece e desenvolve um relacionamento intenso com Sam, um homem de cor que luta com feridas e traumas da sua vivência enquanto negro e gay. À medida que o verão avança e a intimidade do casal aumenta, o passado de ambos os personagens retorna. A sensação ao assistir a “Cicada” é de que ele quer lidar com muitos problemas. Aqui…
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Pra quem tá de #férias dos estudos, recomendo ler meu romance gay chamado THEUS: Do fogo à busca de si mesmo aqui amzn.to/3NZxDQB Ele é gratuito pra quem tem Kindle Unlimited. Meus outros livros (alguns LGBTs e outros premiados) no link da minha bio! #livro #livros #dica
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imninahchan · 5 months
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ó sócias vamos aí estar fanficando com todos esses gostosos nos próximos dias ó quero escrever com
wagner moura (EU PRECISO
quero escrever de novo com o pedrito pascal, o nosso emo cillian, o nosso vó mads, o cara de pscicopata bill skarsgard, o nosso solteiro mais cobiçado michael b
temos q fazer umazinha com o dev pq ele merece
quais outros br que vocês gostam??? precisamos tb dar valor aos produtos nacionais hein
richard rios
aquele playboyzinho lá com cara de atentado charles leclerc pq eu descobri que ele tem 1,80
tem alguém aí que tb ama daniel kaluuya?? pq eu acho ele TÃO
gay falem cmg sobre gostosas que não sejam idols e não sejam de meia idade
alguém mais? aceito dicas (quero que vcs falem exatamente todos os outros nomes q estão na minha cabeça agr e eu não escrevi aqui por vergonha
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crazy-so-na-sega · 10 months
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Il prof. Marco Revelli, noto relitto del bolscevismo giurassico, bolla con sdegno come inaccettabile, offensiva ecc. la lista di sinonimi per 'gay' sciorinata dal gen. Vannacci nel suo libro. Perché mai, si domanda il gen., dobbiamo per forza ricorrere all'inglese? L'italiano, osserva Vannacci, non ha forse termini adeguati per tutte le sfumature e tutti i livelli stilistici? E dà l’elenco, rigorosamente attinto ai più autorevoli dizionari. Checché ne dica, con plumbea intransigenza da Politburo, lo scandalizzato ‘politologo’.
Il modello-lista è illustre: rileggetevi il Belli, «Er padre de li Santi» e «La madre de le Sante» (poi scimmiottato da Benigni). Il gen. non è un fine prosatore, d'accordo; ma la denuncia dell'ipocrisia e - posso dirlo alla fiorentina? - della bischeraggine insite nel politically correct è meritoria indipendentemente dall’eleganza stilistica. Il vostro discorso ha un tono sostenuto? C’è ‘omosessuale' : un po’ lungo, ma corretto. Tono familiare, ironico ma non particolarmente ingiurioso? In Toscana si usava fin..x..e così via, di volta in volta scegliendo a seconda del contesto e delle circostanze. Ora no: gay e solo gay, imposto dalla cretineria anglo-neopuritana subito fatta propria dalle compunte pinzochere nostrane, egregiamente rappresentate dal prof Revelli.
E allora vi citerò uno che beghino politicamente corretto non era di sicuro: un uomo di rara cultura, raffinatissimo critico musicale e scrittore di un’eleganza, avrebbe detto Contini, da Jockey Club della prosa. Parlo di Paolo Isotta, notoriamente omosessuale. Una volta che un intervistatore gli chiese conferma della sua gayezza, Isotta rispose: «Io gay? Io? Io so’ ric….one». Ma come, l’arbiter elegantiarum della più sofisticata critica musicale era caduto nella ‘rozzezza omofoba' del gen. Vannacci? No: Isotta, semplicemente, era - all'occorrenza - provocatore e derisore della stupidità conformista come sapeva esserlo un suo caro amico (e mio caro amico, con cui ho condiviso per anni lo studio alla fac. di Lettere di Firenze dove lui, saggiamente, non mise mai piede), il critico Luigi Baldacci.
-Lucia Lazzerini 08
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omarfor-orchestra · 8 months
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comunque per me surreale che abbiano lavorato alla s2 senza neanche pensare di iniziare anche a muoversi per la s3, non riesco a credere che non si aspettassero tutto questo successo per la s2 (perché al di là della qualità la serie ha avuto davvero tanto successo, riuscendo a guadagnarsi sia la grande fetta di pubblico interessata a gassman che l'engagement sui social - diciamolo soprattutto grazie alle ship - e anche se alla fine se ne sbattono dell'opinione dei social si è parlato davvero tanto della s2 e a loro fa solo comodo perché porta più persone a conoscere la serie) e se davvero non si aspettavano minimamente questi risultati sono doppiamente incapaci. alla fine è davvero un peccato, perché con il cast pieno di talento e le basi di partenza che si ritrova sta serie poteva uscire un prodotto davvero fatto bene, e invece ci ritroviamo con temi trattati con superficialità e troppe storyline incoerenti o senza senso che non sanno gestire con rari picchi di qualità, spesso grazie agli attori. io ringrazio davvero tanto damiano, nicolas e domenico perché è grazie a loro se sono riuscita ad affezionarmi così tanto prima ai simuel e poi soprattutto ai mimmone (che per me rimangono veramente la punta della s2). comunque secondo me sicuro cercheranno di far tornare domenico, e a questo punto spero davvero nei mimmone endgame, ma visto come è andata fino ad ora ho già paura non mi fido per niente di questi. mamma mia scusa per lo sfogo lunghissimo !
Allora secondo me non vogliono accettare il fatto che sta cosa dei gay funziona. Cioè oggettivamente funziona, l'abbiamo visto qui, anche mezzo in marefuori, un po' nelle miniserie. Eppure i vertici non vogliono accettarlo perché significherebbe fare più prodotti così e non vogliono tirare troppo la corda. Allora si trovano altre motivazioni per le quali la serie potrebbe aver funzionato e ci si buttano a peso morto, tanto lo share e le interazioni gli arrivano comunque (pure se 3/4 sono insulti)
Onesto secondo me purtroppo i simuel sono una barca colata a picco (checché ne dica Petraglia), anche perché se dovessero fargli avere una sorta di storia dovrebbero praticamente reinventarsi tutta la S2, anche se non è che qui abbiano ripreso la S1, anzi
Per i mimmone io dirò una cosa un po' catastrofista, ma per me alla fine non li faranno stare insieme. Spero di sbagliarmi
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chiesovic · 2 years
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twittare una roba del genere non solo è di pessimo gusto, ma rivela anche una sottotraccia angosciante. scrivere quella cosa ironicamente, dando cioè per scontato che nessuno possa prenderla seriamente, implica che il pensiero sottostante sia: è impensabile che un calciatore sia gay e che lo dica pubblicamente
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littlepaperengineer · 7 months
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Un po' sono d'accordo, ed un po' no, con i discorsi sul patriarcato.
Io mi schiero dalla parte delle donne, a volte perché mi sento un uomo sbagliato, un uomo non uomo. E infondo non aderire al modello maschile è già in parte la soluzione: se nessun uomo aderisse al modello di uomo (arrogante, che fa il primo passo, che tiene decisioni importanti in famiglia, che sceglie di dare priorità al lavoro invece della famiglia, che non sa cosa siano le emozioni, i sentimenti, specialmente quelli altrui) allora non ci sarebbe alcuna altra persona oppressa. Fine.
E in questo discorso ci voglio mettere anche le donne, perché serve che anche una donna non dica "l'uomo è così, deve essere così, lo voglio così". E dunque non esisterebbe neanche l'esigenza di dire "noi uomini e voi donne" o "noi donne e voi uomini". Individui siamo, tutti, nel senso individuale del termine, con caratteristiche ed esigenze diverse.
Cosa manca da dire? Che se il maschio lo vogliamo "così", lo vogliamo così proprio tutti (gli altri uomini, e le donne): che deve fare il primo passo, che deve essere forte e senza fragilità, che deve essere deciso, beh allora "gioca ruolo attivo". E non c'è da stupirsi se non sa accettare il rifiuto di un partner. Sa che deve muovere lui il gioco, non accetta decisioni altrui! Bizzarro no? Ecco la violenza di genere. Il "maschio" quindi quando si sentirà sbagliato? Quando arriveremo ad accettare uomini fuori modello, quando li sceglieremo come partner, come amici, come veri alleati. Invece accade il contrario, e siamo tuttə responsabili.
E se vogliamo l'altro in quelle parentesi di modello, allora ci stiamo accomodando, vogliamo che la donna lavi i piatti, ci fa comodo! E ci fa comodo che l'uomo vada a lavoro, per forza, che sia lui a portare lo stipendio a casa. Mai sentire che voglia stare con i bambini, mai sentire che la donna scelga di non volere figli. Così dobbiamo essere, vogliamo che sia così! Altrimenti oh, quello è proprio strano, magari è gay! E quella? È piena di se, insensibile, una vera merda.
Ora, detto tutto questo, io i danni li ho ricevuti da una donna. Che anni fa ha scelto di usarmi per i suoi bisogni, mi ha messo in casini enormi, mi ha messo contro un sacco di persone, compresa un'amica che ha giocato anche lei contro di me. Io cosa ho fatto? Niente. Mi sono difeso, con un avvocato, non ho alzato un dito verso nessuno come mi sembra ovvio che sia. Posso dire che l'uomo comanda? Chi uomo scusate. Io dico che comanda l'arrogante, chi sceglie di avere il potere.
Onestamente? Io in questa lotta contro il "patriarcato" non ci trovo una logica. Perché si, è vero che la donna vive subendo tantissime ingiustizie ogni giorno, ma non è "l'uomo" a crearle, è inutile dire che la donna è sottomessa all'"uomo", perché non è vero. E mi sembra giusto che io mi senta offeso, e come me tanti altri. Perché chi è onesto non è maschio e non è femmina, è un individuo che sa cos'è il rispetto, e spesso subisce il volere di chi ha potere, che se lo prende, senza alcun rispetto.
Vogliamo dirlo? Vale la pena lottare per essere ciò che si sente dentro, contro tutti e tutto. Sento di non voler essere arrogante, irrispettoso, non fragile, senza sentimenti, a costo di non trovare una compagna! Voglio non aderire al modello che mi è stato imposto, di uomo che non piange mai. La lotta la faccio io con tuttə. Ma smettete tutti di vedermi come il nemico perché ho il pisello.
Smettiamo tutti di vederci come due fazioni diverse, è stupido, tremendamente stupido, e non si va da nessuna parte. Serve promuovere la scoperta e l'accettazione di sé, serve abolire le dinamiche di potere che opprimono, quelle non democratiche, che arrivano dall'alto, in gerarchie aziendali e politiche.
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animaletras · 1 year
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Em setembro de 2018, Hora de Aventura (Cartoon Network) lançou seu último episódio. Com fechamento de diversas tramas e a despedida de muitos dos nossos personagens preferidos, tivemos a conclusão do arco de Marceline e Jujuba, confirmadas em tela como um casal. O sentimento de ver que duas personagens tão importantes, numa obra tão grande, tinham a mesma sexualidade que eu, foi único. Não foi a primeira vez que eu vi representatividade sáfica. Em 2016, Ever After High (Netflix) já havia lançado o especial “Jogos de Dragões” que termina com a descoberta que o beijo de amor verdadeiro que acordaria a protagonista Apple White viria de Darling Charming, uma princesa e não um príncipe, chocando tanto a protagonista quanto a audiência. Ainda não tinha visto a Lenda de Korra (Cartoon Network) na época, mas sabia que Korra e Asami também terminavam como um casal. Assim, Jujuba e Marceline, Apple, Korra e Asami também já tinham se relacionado em tela com personagens masculinos antes de começarem a se relacionar com suas namoradas.
Nada disso me preparou para o que foi saber que Marceline e Jujuba eram um casal de verdade. Primeiro porque a trama de Apple e Darling não avança e a animação acabou sendo cancelada pouco depois. Segundo porque antes de ver Korra e Asami, todas as vezes que li a respeito, as personagens eram rotuladas como lésbicas.
Bubbleline (o nome de casal derivado de Princess Bubblegum + Marceline) já era bem popular na internet antes da sua confirmação em tela, diversos vídeos analisavam as dicas que o show oferecia ao longo de suas 10 temporadas sobre o relacionamento prévio que as duas tiveram e a re-aproximação que pareciam estar tendo fora da trama principal. Diversos prints de momentos na história em que as duas apareciam juntas, usando roupas que pertenciam uma à outra, piadas de duplo sentido e olhares que trocavam. Parecia óbvio para muita gente, mas ao mesmo tempo era negado pela grande parte do fandom. Interpretar atração romântica entre personagens do mesmo gênero não é nada novo para a cultura de fandom, mas ainda é especialmente mal vista por audiências mais puristas que preferem se ater ao canon. Ainda mais quando as duas personagens já haviam se relacionado com personagens masculinos ao longo da história. Esse tipo de casal raramente passava de ser especulativo. No caso das duas, até havia a confirmação da dubladora de que realmente eram um casal, mas o fandom, de modo geral, não levava a palavra dela tanto em consideração.
Quando vi o último episódio de Hora de Aventura, eu realmente não esperava que o relacionamento das duas fosse um dos plots resolvidos. Toda a chamada do episódio tinha a ver com guerra, perdas e um cenário mais sombrio. O beijo entre as duas personagens foi uma surpresa maravilhosa. Eu nunca me senti tão vista, tão válida.
Personagens gays costumam ser representadas de um jeito muito específico: suas histórias eram tristes, suas personalidades confusas, geralmente eram vítimas — seja de violência externa, de intolerância da própria família ou homofobia internalizada. Suas histórias tinham a ver com se aceitarem e serem aceitas pelos outros. Mas nada disso acontece em Hora de Aventura. Marceline é metade humana, metade demônio, vampira e tem milhares de anos, é musicista, sarcástica e estilosa. Sua história tem a ver com lidar com uma figura paterna perdendo a sanidade com algo parecido a um alzheimer e resolver os traumas por ter crescido sozinha num mundo pós apocalíptico. Princesa Jujuba era o interesse romântico não correspondido do protagonista masculino, uma princesa auto proclamada e cientista brilhante, quase uma espécie de deusa para seu povo, já que era quem criava a vida dos cidadãos do reino doce e trabalhava para cuidar deles. Seu arco tinha a ver com aprender a ser mais humana e menos tirana/controladora, lidar com uma traição familiar e superar seus problemas de confiança nos outros. No meio de uma trama tão complicada, o relacionamento de Marceline e Jujuba era só mais uma camada de duas personagens bem complexas, estava longe de ser o que as definia. Exatamente como na vida real, elas tinham direito a dores e felicidades além da sua sexualidade. O relacionamento sáfico das duas só se diferencia dos relacionamentos com pessoas do sexo oposto por ser uma conexão mais forte e mais duradoura, pelo que uma significa para a outra, pelas coisas que tem em comum e pelo tempo que se conhecem.
Tudo maravilhoso na teoria, né? Mas não tive muito tempo para celebrar a conquista de não uma, mas duas ícones bissexuais, porque no mesmo dia a internet já as proclamava lésbicas, do mesmo jeito que aconteceu com Korra e Asami. Invisibilizando a bissexualidade das duas do mesmo jeito que o público hétero fazia ao descartar as possibilidades das duas serem um casal por já terem se atraído por homens no decorrer da trama. Frustrante.
Como LGBT+, já é dificil se ver representado, mas sendo bissexual, é mais difícil ainda. Muitos relatam não se sentirem acolhidos mesmo pela comunidade LGBT+. Para homens, a bissexualidade é comumente percebida como uma parada antes de se assumir homossexual, um pouco devido a heterossexualidade compulsória que alguns gays realmente passam, mas muito reforçado pela bifobia.
Para mulheres, a bissexualidade é tratada como um jeito de chamar a atenção dos meninos, é muitas vezes apresentada como performática, uma fase mais rebelde e experimental que adolescentes passam, geralmente retratada de um modo sexualizado na grande mídia. É daí que surgem termos como “bi de balada”. É esperado que a atração por meninas simplesmente desapareça quando ela encontra o homem certo, ou que se descubra lésbica e passe a se relacionar só com mulheres. A sociedade monossexual exige que se escolha um lado.
A sexualidade da pessoa bissexual é definida pelos outros apenas por quem se está no momento e não pelas possibilidades de sua atração, porque no fim das contas, a atração mais fluída por pessoas de diversos gêneros não é cogitada na nossa sociedade que é fundamentalmente monossexual. O apagamento é uma das formas mais marcantes de bifobia, assim como os mitos que circulam essa sexualidade. Raramente temos um retrato fiel do que é ser bissexual na mídia, porque a maioria dos criadores são monossexuais e suas ideias sobre bissexualidade se baseiam em diversos mitos: de que não é uma sexualidade de verdade (uma fala que muitas vezes aparece proclamada por personagens gays, seja pelo Kurt de Glee ou pelo próprio Paulo Gustavo em Minha Mãe é uma Peça 2), pessoas bissexuais sendo mostradas como perigosas, imprevisíveis, indignas de confiança, traidoras ou donas de um apetite sexual insaciável. Tão longe da realidade de quem somos, que às vezes mal parecem pessoas. Não é por acaso que seja tão difícil se identificar com boa parte dos personagens bissexuais na grande mídia.
Toda a invisibilidade e dificuldade de aceitação tanto dos héteros quanto da comunidade, fazem com que pessoas bissexuais estejam mais propensos a comportamentos autodestrutivos e suicídio como aponta o estudo divulgado no periódico “Australian Journal of General Practice.” Entre os três principais fatores que afetam a saúde mental dos bissexuais foram apontados, dois relacionados como o modo que somos vistos pelos outros, e um sobre como nós mesmos nos entendemos.
“Primeiro foi estar em um relacionamento heterossexual. O segundo, perceber a própria sexualidade como “ruim” ou “errada”. O terceiro foi a falta de apoio e compreensão por parte dos parceiros.”, a pesquisa afirma. “Os autores observam que muitos bissexuais sofrem discriminação não só da população heterossexual, como também de gays e lésbicas. Na cabeça de muita gente, não faz sentido ter desejo tanto por homens quanto por mulheres, o que faz com que os bissexuais sintam sua identidade anulada.”
Um estudo publicado em Journal of Public Health em 2015, estima que mulheres bissexuais têm mais problemas de saúde mental em relação às mulheres lésbicas: “as bissexuais têm 64% mais chance de enfrentar distúrbio alimentar, probabilidade 37% maior de sofrer com automutilação e estão 26% mais propensas a sofrer com quadros de depressão.” A pesquisa, feita pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, afirma que “essas mulheres são menos propensas a comunicar sua orientação sexual a amigos, familiares e companheiros de trabalho, além terem menos relacionamentos estáveis.”
Mesmo os relacionamentos, que tendem a ser espaços de confortos para lésbicas e gays é um espaço de maior conflito entre os bissexuais, já que a maioria dos parceiros não entende que a sexualidade passa a ser alvo de desconfianças e conflitos, levando, muitas vezes, a relacionamentos abusivos.
Em meio a toda a dificuldade de ser bissexual, boa representatividade é um respiro. Rebecca Sugar, a idealizadora do romance entre Jujuba e Marceline, é também assumidamente bissexual. A história do relacionamento das duas é sensível e feita de um jeito bem cuidadoso. Não são questionadas por ninguém no reino doce. Não precisam dar mais explicações ao público. O relacionamento é mais desenvolvido no especial Obsidian, lançado ano passado, em que vemos em paralelo tanto como as personagens estão vivendo depois do “felizes para sempre” quanto o porquê de terem se separado antes da história do show principal. Apesar de ter seus momentos românticos, a história é muito mais sobre amadurecimento e comunicação como fatores importantes do relacionamento do que só sobre identidade queer.
E eu adoro isso. Amo que as gerações depois da minha poderão se ver em uma princesa cor de rosa que ama a ciência tanto quanto ama sua namorada ou se identificar com uma vampira trevosa que escreve músicas tanto sobre sua relação complicada com suas figuras paternas quanto sobre o quanto quer dançar lento com a sua amada. Que continuam sendo bissexuais e válidas independente de com quem se relacionam. Fecho esse texto com uma citação do Manifesto Bissexual, publicado em 1990 na revista Everything That Moves:
“Estamos cansados de sermos analisados, definidos e representados por pessoas que não são a gente, ou pior, que nem ao menos nos consideram. Estamos frustrados de nos imporem o isolamento e invisibilidade que vem quando nos obrigam a escolher um lado, hétero ou homo, para nos identificarmos. (…) Bissexualidade é um todo, é uma identidade fluída. Não assuma que a bissexualidade é binária ou dualista; que temos dois lados ou que temos que nos envolver simultaneamente com os dois gêneros para sermos seres humanos completos. Aliás, não assuma que há apenas dois gêneros. Não confunda nossa fluidez com confusão, irresponsabilidade ou promiscuidade. Não iguale promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual sem proteção a bissexualidade. Esses são traços humanos que cruzam todas as orientações. (…) Estamos zangados com aqueles que recusam a aceitar nossa existência, nossas questões, nossas contribuições, nossas alianças, nossas vozes.” (Manifesto Bissexual, 1990, traduzido por Ká Filho)
https://www.syfy.com/syfywire/the-awesome-and-unexpected-queering-of-adventure-time
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translatingtradutor · 11 days
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[Dicas] Oque pensar quando comprando binders? E trans tape?
Queria comprar um binder, mas não sei qual. Oque eu deveria saber ao comprar um? Quais minhas opções e vantagens de cada tipo? Eu queria ser mais discreto para conseguir passar, mas vi que eles aparecem muito na roupa, tem um tipo que passa isso?
Querendo ou não em roupas finas ou claras o binder tradicional sempre vai aparecer a textura, então ter varias camadas ou vestir roupas mais escuras é melhor. Outra opção é vestir roupas mais largadas e dar uma puxada para frente volta e meia. A outra opção é a transtape, um pouco mais discreta, que iremos explicar depois.
Caso tenha doenças respiratórias como asma ou doenças motoras que atrapalhem a rápida retirada do binder normal, considere ler essa outra postagem antes de comprar um.
Considerações antes de comprar um binder
Os binders de colete e faixa são produtos não-descartáveis que, dependendo da qualidade, tempo de uso e cuidados, podem durar de seis meses até muitos anos mesmo. É diferente da trans tape, que é descartável. Você deve tomar bastante cuidado com seu binder e lembrar de seguir as regras de tempo de uso. As regras protegem não só a sua saúde, como também extendem a vida útil do próprio binder.
Caso esteja escondendo sua transição, é possível enganar sua família dizendo que está comprando o binder para uma fantasia ou cosplay de personagem masculino. Isso geralmente não é nada suspeito, mas pais que não gostam dessas coisas ainda podem recusar. Nesse caso é possível pedir a fita de sustentação de seios já que muitissimas mulheres cis usam, e é basicamente a mesma coisa que a trans tape. Veja a sessão específica da trans tape.
Você irá precisar tirar suas medidas. É possível o fazer com fita de costureira, que é tipo uma trena só que molinha, utilizada na costura de roupas. Também se pode utilizar um barbante, um cabo de carregamento de celular, ou outro fio que não seja elástico para medir, marcar o fio e medir ele com uma régua ou trena.
Esse site detalha mais o processo, e também esse vídeo.
Basicamente:
Tórax: Meça a circunferência do torso, diretamente abaixo do peito.
Busto: Meça a circunferência do torso, diretamente sobre o peito onde tem maior volume, que é a linha da aréola.
Nunca compre de lojas que não pedem por tamanho/tabela. Você deve comprar de uma loja que ou faz costumizado de acordo com suas medidas ou tenha uma tabela de tamanhos com correlação com as medidas. Cada vendedor tem sua própria tabela, então não use a tabela de um vendedor para ver qual seu tamanho e peça em outro. Na dúvida entre dois tamanhos, escolhe o tamanho maior sempre.
Tome cuidado também com lojas que tem muitas palavras colocadas em uma ordem estranha num título de venda. Geralmente os vendedores que botam isso são de menor qualidade, muitas listagens traduzidas automáticas da China.
Exemplo: "Colete compressor lésbica butch homem trans faixa de diminuir seios gay esconde tomboy". Geralmente ter "tomboy", "lésbica" e "butch" jogados aleatóriamente pelo título sem nexo é o pior sinal. Não que essas pessoas não possam usar binders, é claro que elas podem. Mas a tendência é que listagens de vendas com palavras assim sejam produtos de menor qualidade e traduzidos automaticamente.
Sobre o binder colete
Já sobre tipos de binder o melhor é o colete, apesar de ser mais caro ajuda muito a não sair do lugar. Aqui a opção é o do feixo na frente, na maioria. Lá fora existem muitos que não tem feixo ou tem feixos nos lados, o que é o ideial, mas não existem muitas marcas confiaveis que fazem esses no Brasil.
Lembre que é de suma importancia escolher um binder ou costumizado para sua medida ou comprado de acordo com uma tabela de medida/tamanho. Essas lojas aleatórias da Shopee, Amazon, não fazem isso quase nunca e é onde esses binders sem feixo e feixo de lado são vendidos.
Sobre o binder faixa
O de faixa move muito e precisa de reajuste volta e meia. Possui o mesmo problema de não ser discreto que o colete por causa da textura, a única diferença vai ser a falta de alça aparecer pela blusa. Porém ele costuma ser uma opção mais barata para quem está começando.
Por causa desse movimento muitas pessoas optam por apertar eles ou modelos menores. Não faça isso! Seu binder vem naquelas medidas de acordo com seu tamanho por um motivo, apertar ele é perigoso.
É possível, porém, fabricar a própria alça para binder de faixar costurando tiras de tecido de forma a que elas se apoiem em partes mais para fora dos ombros, as escondendo melhor. Não é a melhor forma de sustentação para falta de movimento, que a solução seria o colete mesmo, mas é melhor que nada e as tiras não vão aparecer para 99% das camisas.
Trans tape
Uma opção mais discreta, principalmente para aqueles que estão fazendo transição escondido da família, é a trans tape. Ela é basicamente fita de sustentação de seios com alguns adendos, e muita mulheres cis a utilizam para vestidos com decotes ou porque não querem as alças do sutiã aparecendo. Por isso, sua família não irá suspeita se pedir a versão utilizada por mulheres cis, e talvez você consiga pedir a versão específica para binding enganando eles.
A coisa principal é que é um produto descartável. Apesar de poder o usar vários dias de uma vez, você terá que comprar mais depois.
Essa outra postagem tem uma visão mais detalhada da trans tape e no que pensar antes de comprá-la.
Tabela de adendos & resumo
Único que permite exercício: Trans tape
Move menos, mais confortável: Binder colete, Trans tape (se souber aplicar correto, demora tempo)
Mais discreto: Trans tape
Pode utilizar por mais horas diário: Trans tape
Mais barato longo termo: Binder faixa, depois binder colete
Mais barato curto termo: Trans tape (descartável, versão não-específica para binding)
Enganável para os pais: Todos, mas mais trans tape.
Menor tempo de adaptação: Binder de faixa e de colete
Melhor para deficiências respiratórias e motoras: Trans tape
Mais comum: Binder de faixa e de colete
Melhor para seios maiores: Binder de colete
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conatus · 2 years
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"Beach Rats" mostra uma agressividade como ferramenta de defesa
“Beach Rats” mostra uma agressividade como ferramenta de defesa
Frankie é um adolescente sem rumo do Brooklyn que luta para escapar de sua vida doméstica desoladora e navega em questões de auto identidade, enquanto equilibra seu tempo entre seus amigos delinquentes, uma nova namorada e homens mais velhos que ele conhece online. Neste filme de Eliza Hittman, a diretora não quer impressionar seu público com um roteiro mirabolante e inventivo, e sim mostrar…
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Literatura LGBT premiada. Pra quem tem assinatura no Kindle Unlimited, todos os meus livros (alguns LGBTs e premiados) podem ser lidos lá! 🏳️‍🌈📚 VISITE http://fabricioviana.com/livros e me add tb nas outras redes sociais aqui http://fabricioviana.com/links 😜
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alite-pinguin · 23 days
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Como conhecer pessoas gays em Languedoc-Roussillon?
A região de Languedoc-Roussillon, conhecida pelas suas magníficas paisagens e clima agradável, é também um local privilegiado para solteiros gays que procuram conhecer pessoas. Quer procure uma amizade sincera, um relacionamento amoroso ou simplesmente um encontro passageiro, esta região oferece muitas oportunidades para encontrar o homem ideal. Neste artigo, damos-lhe conselhos práticos e dicas…
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gmgenovese · 7 months
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Revistado - Novo Conto
Gay Stories : Meu Pequeno Conto Erótico
Matheus pegou um item da sua loja favorita e o colocou em seu bolso, achando que, como sempre, não seria pego.
Mas, desta vez, a história será diferente.
E um segurança cobrará um certo preço para liberar o rapaz.
Conteúdo Homoerótico para maiores de 18 Anos.
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yeahowlfashion · 23 days
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Como conhecer pessoas gays em Languedoc-Roussillon?
A região de Languedoc-Roussillon, conhecida pelas suas magníficas paisagens e clima agradável, é também um local privilegiado para solteiros gays que procuram conhecer pessoas. Quer procure uma amizade sincera, um relacionamento amoroso ou simplesmente um encontro passageiro, esta região oferece muitas oportunidades para encontrar o homem ideal. Neste artigo, damos-lhe conselhos práticos e dicas…
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matasse2the · 23 days
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Como conhecer pessoas gays em Languedoc-Roussillon?
A região de Languedoc-Roussillon, conhecida pelas suas magníficas paisagens e clima agradável, é também um local privilegiado para solteiros gays que procuram conhecer pessoas. Quer procure uma amizade sincera, um relacionamento amoroso ou simplesmente um encontro passageiro, esta região oferece muitas oportunidades para encontrar o homem ideal. Neste artigo, damos-lhe conselhos práticos e dicas…
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