Tumgik
#eu gritei com a régua
acordediminuto · 2 years
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já não tenho aceito amor romântico como a régua que dirá meu tamanho. gostar de mim é tão lindo quanto precário. conviver comigo tem sido muito mais. tenho precisado muito menos dos contratos em que os termos não foram eu que forjei. e sigo na busca de intuir o que será possível fazer. o que será possível sentir depois disso. escutar essa voz que vem do peito e não da nuca. a minha língua os meus sons a etimologia da primeira palavra que gritei depois que deixei de aceitar conviver com você, apesar de te amar.
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xolilith · 2 years
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gente isso aqui aaaaaaa o sizekink com o jeno gritando hmmmm - link -
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lrsx99 · 5 years
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Que um dia caiam por terra
Essa é uma carta aberta do meu coração, aquele que por um tempo foi sufocado pelo meu cérebro e minha constante vontade de protege-lo e não deixa-lo ver a luz do sol. Sobre amor, é isso o que quero escrever hoje, ou talvez qualquer coisa que signifique amor, mas sabe.. aquele amor romantico, de casal e coisas cliches que hoje me fazem sentir incomodo. Diferente de alguns anos atrás, esse amor é raro de encontrar no caminho em que caminho, nos lugares que vou ou talvez naqueles que não vou. Não quero escrever mais do mesmo, mas mesmo assim é um sentimento que me incomoda, que de vez em quando, quando meu coração decide assumir o controle de tudo, a dor da mulher solitária vem. Quando quem me comanda é o coração a lista de motivos para explicar o porque sigo sozinha é enorme e me assombra por dias, até que em algum momento minha razão toma conta de tudo e me faz ser fria mais uma vez, porque é assim que as coisas fluem, aparentemente, pra dar certo. Pra tudo fazer sentido, a lista precisa ser dita e cada tópico explicado, pois a paranoia tem que se desenrolar de alguma forma. Por mais que alguns motivos sejam teoricamente pequenos e insignificantes quando vistos de um olhar macro, vamos lá. O primeiro que me vem na cabeça faz parte dela mesma, meu cabelo. Faz um tempo em que meu eu externo está em obras, em mudança constante e meu cabelo faz parte máxima nisso. Sendo assim, não faço parte de um padrão que era acostumada a estar, não atraio o tipo de olhar que eu era acostumada a ter e não ocupo o mesmo lugar e prioridade que ocupava. Sou outra, tenho outra imagem e não sei lidar com isso, porque eu tenho medo de não ser aceita por ser eu mesma, porque eu nunca fui eu mesma. Sempre que estive deitada com alguem ou conversando com alguem, eu sempre aparentava ser outra pessoa, tinha outros atrativos e agora não tive experiencias o suficiente pra me dizer que o que eu sou hoje basta e é bom o suficiente. Meu novo corpo e imagem não teve experiencias significativas com outros corpos e imagens que me atraem e isso me deixa insegura pra caralho, além de que ninguem chega em mim como chegavam antes. Tendo em vista esses dois resumidos pontos, concluo que minha imagem atual satisfaz uma parcela muito pequena da população e eu mal encontro com esse grupo ou eles mal me encontram. O segundo continua ainda no campo da cabeça, mas agora é dentro dela. É a solidão que o conhecimento me traz. É um dos motivos egoistas, no qual eu me vejo tão interessada por assuntos gigantescos e mergulhada todos os dias em assuntos diferentes, e ai vou “subindo de nível” e aqui em cima mal chega os outro. Me sinto boa demais intelectualmente perto de qualquer possivel canditado, sinto como se só eu trouxesse o peso do conhecimento do mundo e de curiosidades aleatórias. Ninguém aparece para me desbancar e me mostrar novos horizontes na mesma intensidade que abro os seus tambem. O conhecimento mutuo falta na minha vista, aquele que eu sento com alguem e ficamos horas conversando, intercalando conhecimentos e crescendo juntos, e de vez em quando, soltamos coisas aleatórias, mas que agregam ao momento e a nós dois. Talvez eu esteja fechada pra qualquer intima troca ou até mesmo as superficiais. O terceiro é de longe o mais importante e mais decisório: minha rotina intensa de vestibulanda. Não tenho muito o que dizer além do obvio, da casa pro cursinho, do cursinho pra casa e no meio um onibus ou dois que me permitem fantasiar com os rápidos crushs que me aparecem. Não tenho ambientes propícios que me fornecem pessoas novas ou que se aproximem de fato e é nessa que me sinto mais sozinha. Mal amizades eu tenho, quanto mais pessoas que querem se relacionar comigo, somando aos outros dois tópicos. Minha vida é os livros e o conhecimento que preciso adquirir pra passar pra nova fase da vida, que eu preciso passar porque essa fase já está se esgotando (eu sinto). Essa minha rotina não permite outro alguem, outro algo que me faça desviar a atençao do meu foco, da minha alta régua, porque isso me iria desestabilizar e mudar meu rumo por completo. Não só minha rotina não permite, mas meu próprio eu não permite tal mudança de prioridade nem que seja por um diazinho. Cruel. Crueldade da rotina e minha. O quarto, e talvez ultimo, é o próprio universo e destino, sejam lá o que realmente sejam e como trabalham misteriosamente. No fundo sinto que tudo acontece por um motivo e que tudo tem o seu momento, que agora não é o momento disso e que o tempo trabalha de modo a trazer algo melhor, mesmo que demore. Só não entendo porque as vezes faz doer tanto, me faz entrar em becos sem saídas desejando apenas viver o que todos vivem, viver o que vejo todos os dias, os casais mais simples vivendo dos modos mais simples as diversas formas de demonstração de amor. Eu desejo tudo isso, todos os beijos dados e não dados, os “eu te amo” ditos em diferentes circunstancias e tons, os arrepios na nuca, coxa e costas, os gritos felizes, os gemidos, os toques, os risos, os problemas bobos, os encontros, os frios na barriga, as viagens, as sonecas em tardes de domingo.. todos os cliches vividos por aqueles e quase nunca vividos por mim, nunca vividos propriamente dito, porque sempre vivi as escondidas, nunca gritei aos quatro ventos. Eu desejo tudo mesmo sabendo que o meu tempo corre muito diferente dos outros. E eu sei universo, eu sei de tudo isso. Eu espero, claro que eu espero, mas quero que saiba que doi, pelo menos quando eu tomo consciencia disso. E por mais cruel que seja, eu espero que um dia, voce venha e me diga “valeu a pena a espera, não?” com uma cara bem ironica e eu vou te olhar e rir, por que eu vou dizer que sim. Bom, somando todos os motivos, a gente não chega a conclusão nenhuma e ao mesmo tempo tomamos muitas. Acredito em todos, mas ao mesmo tempo descrente em pequenas parcelas. Gosto de pensar em quem será o próximo a entrar em minha vida e que talvez ele tambem esteja se construindo assim como eu ou talvez so esteja vivendo normalmente sem nem passar a minha vaga imagem pela cabeça. Eu espero que todos esses argumentos um dia caiam por terra e que não facam mais sentido, porque não estarei mais sozinha.
12.10.19
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pseverythingthesame · 7 years
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(sobre as coisas que a vida ensina)
não me lembro bem da minha infância, mas lembro que fiquei de cama a maior parte dos nove meses que deveria ter passado no primeiro ano da escola. meus problemas começaram com a catapora - um caso absolutamente normal - e a situação logo degringolou. tive um acesso após o outro do que eu, erroneamente, pensava chamar “garganta listrada”. fiquei na cama bebendo água gelada e imaginando minha garganta com listras brancas e vermelhas (o que não devia estar muito longe da verdade).
em determinado momento, meus ouvidos entraram na dança: foi quando minha mãe me levou a um médico importante, um especialista em ouvidos (por alguma razão, ficou na minha cabeça a ideia de que esse tipo de médico era chamado otiologista). eu não estava nem aí se ele era especialista em ouvido ou em cu. eu estava com quarenta graus de febre, e, toda vez que engolia, a dor acendia as laterais do meu rosto como se fossem um jukebox.
o médico examinou meus ouvidos, dedicando mais tempo (eu acho) ao esquerdo. depois me fez deitar na maca.
- levante um minuto - pediu a enfermeira, e colocou um grande pano absorvente, talvez uma fralda, debaixo da minha cabeça, de forma que apoiei um dos lados do rosto nele quando voltei a deitar. eu devia saber que havia algo de podre no Reino da Dinamarca. talvez soubesse.
havia um cheiro penetrante de álcool. um tinido ressoou quando o médico de ouvido abriu o esterilizador. vi a agulha na mão dele - parecia tão longa quanto a régua em meu estojo escolar - e gelei. ele me deu um sorriso tranquilizador e contou a mentira que deveria mandar todos os médicos para a cadeia imediatamente (pena dobrada quando fosse contada a uma criança):
- fique calmo, não vai doer.
acreditei nele.
o médico de ouvido enfiou a agulha e puncionou meu tímpano. a dor foi maior do que todas as que senti desde então. gritei. havia um som em minha cabeça - o som alto de beijo. um fluido quente escorreu do ouvido, como se eu tivesse começado a chorar pelo buraco errado. Deus sabe que, àquela altura, eu também chorava muito pelos buracos certos. levantei o rosto, que parecia uma cascata, e olhei incrédulo para o médico de ouvido e para a enfermeira. depois olhei para o pano colocado no alto da maca. tinha uma enorme trilha molhada nela. e também finos tentáculos de pus amarelado.
- pronto - disse o médico, dando um tapinha no meu ombro. - você foi muito corajoso. já passou.
na semana seguinte, minha mãe me levou de volta ao médico de ouvido, e então, mais uma vez, me vi deitado de lado, com o quadrado de pano absorvente sob a cabeça. o médico de ouvido produziu de novo o cheiro de álcool - um cheiro que ainda associo, como imagino que aconteça a muitas outras pessoas, a dor, doença e terror - e, com ele, a longa agulha. ele me garantiu, de novo, que não doeria, e acreditei nele mais uma vez. não piamente, mas o suficiente para ficar quieto enquanto a agulha entrava no ouvido.
doeu. quase tanto quanto da primeira vez, na verdade. o som de beijo estava mais alto em minha cabeça, também: desta vez pareciam gigantes se beijando (”chupando o rosto e girando as línguas”, como costumávamos dizer).
- pronto - disse a enfermeira do médico de ouvido quando tudo terminou e eu fiquei lá, chorando em uma poça de pus aguado. - vai doer só um pouquinho. você não quer ficar surdo, quer? e já acabou.
acreditei naquilo por cerca de cinco dias, e então voltamos ao médico de ouvido. lá estava eu de novo na maca com a fralda embaixo da cabeça e minha mãe do lado de fora, com uma revista que provavelmente não leria (ou, pelo menos, é no que gosto de acreditar). mais uma vez, o cheiro pungente de álcool e o médico se virando para mim com uma agulha que parecia tão longa quanto minha régua escolar. mais uma vez, o sorriso, a abordagem e a garantia de que daquela vez não doeria.
desde que fui repetidamente lancetado no tímpano, aos 6 anos, um dos mais firmes princípios que adotei para a vida é este: se você me enganar uma vez, a vergonha é sua; se me enganar duas vezes, a vergonha é minha; se me enganar três vezes, a vergonha é nossa. na terceira vez em que estive na maca do médico de ouvido, eu lutei, gritei, me debati e resisti. todas as vezes em que a agulha chegava perto do meu rosto, eu a jogava longe. por fim, a enfermeira chamou minha mãe, e as duas me seguraram por tempo suficiente para o médico conseguir enfiar a agulha. gritei tanto e por tanto tempo que ouço até hoje. na verdade, acho que em algum vale profundo da minha cabeça o grito ainda ecoa.
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mahahmartins · 7 years
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Fantasmas
 Eu ri de medo, além da enorme raiva por causa do absurdo da situação! Quatro dias atrás, dois fantasmas, que estavam próximos à janela do quarto, discutiam questões sobre terras.
Eu não gosto de fantasmas! Eles são aterrorizantes, uma imitação carcomida daquilo que eram em vida! Dá até vontade de vomitar por causa do cheiro que exalam e do frio que transmitem! Ouvir suas vozes é assustador!  Além disso, eles são a certeza, às claras, do que o destino nos reserva em breve tempo!
Em certo momento, eles enfiaram a cabeça pela janela do quarto, uma sobre a outra, dizendo que eu era "o anjo" certo para ajudá-los...
- Que ajudar p... nenhuma! – Eu xinguei.
Eles foram enfáticos em suplicar minha ajuda, o que só piorava o desconforto. Por fim, estourei:
- Procura um advogado que esteja morto, cacete! E não voltem mais, p...!
Quando estou com medo, e cansado dessas situações estranhas, eu me escondo no único lugar seguro que conheço: debaixo dos lençóis da cama do meu filho. Ele tem dois anos. Mônica, ao perceber o meu dilema, logo se aconchega ao meu lado. Não foi à toa que compramos uma cama bem larga, só para que tivéssemos essa ilha de segurança nas horas de desespero. Ali o 'derredor' fica em silêncio. No quarto do meu filho não há monstros escondidos no armário, nem debaixo da cama.
No outro dia, entretanto, os dois fantasmas apareceram de novo. Xinguei todos os palavrões a que tinha direito quando eles me impedirem de entrar em casa após um dia tenso na Polícia Federal! Eles nem respeitavam isso!
Caralho! Foi o que eu lhes disse quando me cercaram vindos do nada, incomodando meus ouvidos e os demais sentidos com sua presença ameaçadora, com a conversa do problema das terras, que a família estava em conflito por causa do limite entre as fazendas, que eu poderia ajudá-los!
- Ah, sim! -­ Eu os agredi, com um tom de voz nada cordial, querendo entrar em casa - Vou lá agora! Levo até uma régua de plástico para medir as terras e resolver a situação!
Eles me cercaram! Há como explicar a sensação de fantasmas te impedirem de andar? Um deles disse que a solução para o problema estava em um documento que selava um acordo entre eles dois, de que a ‘cerca’, na verdade um muro, nunca fosse reconstruído, embora desrespeitasse o limite entre as duas fazendas. Que eles, enquanto estavam vivos, não brigavam por causa disso! Que era uma pena a família manter-se em ‘pé de guerra’ por coisa tão boba:
“Vaca é bicho solto! Não sabe ler, quanto mais entender o que é propriedade de terras”!
“O gado é marcado! Dá para saber qual boi é de quem, mesmo se todos os bois e as vacas resolvam entrar fazenda contrária adentro”!
Aquele, o mais alto deles, completou, a voz de sussurro cavernoso:
- Muitas vezes eu levei vaca fujona de volta para ele, que também trazia boi ou bezerro de volta. Depois nós tomávamos cachaça perto da fogueira, contando causos de fantasmas, ouvindo viola chorosa... E agora essa confusão toda?
- Por isso a gente está aqui! - Disse o outro. - Você também é advogado, né?
- Sou um servidor público! - Gritei, horrorizado. Eles me tratavam com tanta intimidade que eu parecia estar morto também! - Trabalho com vínculo de dedicação exclusiva! Não posso advogar causas! E nem quero! Dá trabalho, traz problemas demais e mortos em excesso, pelo visto!
- Mas você é um anjo! Só pode ser um anjo com essa ‘luzona’ toda saindo das costas qual poeira do céu! A gente viu elas lá de Minas Gerais!
- O documento selando o nosso acordo está na terceira gaveta do armário da sala da minha fazenda! – Disse o mais alto deles, chamado de Germano pelo outro.
- A gente queria que você desse um jeito! – Disse, então, o Oswaldo.
Soltei uma série de palavrões e tentei sair de perto. Eles ficaram perplexos, me cercaram, chamando a minha atenção por causa da boca suja!
                - Mas que cacete! - Exclamei. - Eu não tenho como viajar para Minas Gerais! Também não posso chegar lá, mencionando um documento sobre uma cerca estragada ou o diabo que seja! Eles vão dizer que eu sou doido! Aliás, olha a certeza disso agora! Eu estou conversando com dois mortos! Mais provável que eles me enxotem à tiros!
- Isso não vai acontecer! - Um deles exclamou: - Eles foram criados ouvindo casos de fantasmas! Diga que nós te procuramos para pedir que deixem as coisas como estão! Que quanto mais concertarem a cerca mais problemas virão! Os bois gostam de atravessar o riacho, e ficam enfiando os chifres ou a testa para derrubar tudo! Além disso, consertar o muro vai ficar muito caro, e o pior: matar um bicho para construir um muro, ao contrário de alimentar gente? Não pode! Eles estão subvertendo a ordem da natureza com tanta falta de juízo! Daqui a pouco vai ter morte por lá!
Ordem da natureza? Juízo? E o meu equilíbrio e o meu juízo? Não contava? Eu fiquei olhando aqueles dois sem saber o que fazer ou dizer. Então, eu lhes perguntei se ainda sabiam o número do telefone das fazendas! Ou fantasmas se esquecem dessas coisas? Minutos depois eu falei com uma moça da cidade de Itanhandu em Minas Gerais, bastante equilibrada por sinal:
- Eu só não vou mandar o senhor para a puta que te pariu, pois de loucura já basta o que está acontecendo aqui em casa! E o senhor mora longe demais, certo? Como soube do caso?
Foi por um triz eu lhe-ter contado.
Os dois fantasmas ficaram arrasados, eles colocaram os braços no ombro um do outro, chorando e se lamentando como se o mundo fosse acabar.
- Vai lá assombrar as fazendas, ora! – Eu sugeri. - Toca lá ‘a maior barata’ voa! Juro que as famílias vão procurar a ajuda de um pai de santo que fale com fantasmas!
Os dois riram tão assustadoramente que eu me arrependi de lhes ter dado o conselho. No outro dia eu ouvi a conversaria do lado de fora do quarto, na lateral da casa onde há o quintal! Os dois fazendeiros mortos estavam lá! Queriam agradecer a ajuda! A filha, com quem eu havia falado, depois de soltar diversos palavrões dirigidos a minha pessoa, mas com a pulga atrás da orelha, encontrou o bendito documento.
Aquele rico documento, aliás... além de tudo o que advogava em relação as duas fazendas, também protegia o buraco no muro onde o gado passava (tal qual a moda de viola escrita e tocada pelo amigo violeiro, dono da fazenda vizinha), e selava a profunda amizade entre os dois homens, ao proibir as famílias de entrarem em litígio por causa das propriedades, as quais, pelo menos para os dois, eram uma só, e isso bastava para impedir as famílias de brigarem pelas terras e pelo gado.
A ligação fraterna entre os dois senhores, como eu podia ver com minha vidência de anjo, vinha de reencarnações que se perdiam no passado, e continuaria assim infinitas vezes no futuro! Eles até costumavam nascer em lugares próximos, morrendo quase no mesmo dia, só para facilitar a reencarnação conjunta.
E os dois se foram; eles riam e contavam coisas que só a eles cabiam. Falavam em voz alta e combinavam de ir até uma mulher grávida de gêmeos, lá por Minhas Gerais. A senhora morava perto das fazendas e eles poderiam nascer juntos de novo! Após ouvir tal disparate, eu quis o quarto do meu filho e a segurança das cobertas. Eu não via nenhuma beleza em um caso tão bizarro. Imagina: Dois senhores, com mais de setenta anos, apoderarem do cordão fluídico das duas crianças só para nascerem juntos? E do modo como eles falavam! Pobre daquela senhora e dos dois espíritos escolhidos para a reencarnação!
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