Them Flying Monkeys e 800 Gondomar, os destaques no pequeno Souto num amor amplo pelo Rock - Dia 2 do Souto Rock 2024 | Reportagem Completa
Luís dos Them Flying Monkeys | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
O Largo do Souto em Roriz é o espaço no qual se realiza o Souto Rock. Neste passado fim-de-semana, naquele pequeno sítio, realizou-se ao longo dos dias 12 de julho (sexta-feira) e 13 julho (sábado). Neste ano teve lugar a 18ª edição do festival cuja primeira edição remonta a 2005. Deste modo, no próximo ano, fará o vigésimo aniversário.
A Associação Cultural e Recreativa de Roriz é a organizadora do certame. Conta com o precioso e indispensável apoio do Município de Barcelos e da junta de freguesia de Roriz. Esta freguesia dista apenas cerca de 6 km do centro de Barcelos.
O backstage do Souto Rock | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Há vários pontos diferenciadores no evento, desde logo ser um trabalho colaborativo de muitos dos membros da freguesia. Mesmo ao lado no palco é utilizado o quintal, com uma bela relva, aonde todos, desde músicos ao pessoal afeto à organização fazem as necessárias refeições e repousam. Este é realmente um backstage sem grandes mordomias, tendo no pensamento outros festivais. Há o essencial: boa companhia, sã convivência e amenas cavaqueiras além da indispensável comida caseira. Tudo isto desenrola-se enquanto cabe a cada um desempenhar os afazeres de soundcheck e de montagens, entre outras.
Ao contrário da jornada do dia anterior, neste último sábado, já cheguei a local do festival bem perto de começar o primeiro concerto. Era uma noite para a qual tinha uma expetativa um pouco mais, sobretudo pelo facto de conseguir ver os Them Flying Monkeys. Algo que já queria ter feito há algum tempo. Finalmente lá consegui. Tal como eles, também eu estive pela primeira vez em Roriz nesta edição do Souto Rock.
Luís Judícibus (guitarrista e vocalista), Hugo Luzio (baterista), Diogo Sá (guitarrista), Francisco Dias Pereira (teclista) e João Tomázio (baixista) são os cinco amigos de Sintra. O início de projeto Them Flying Monkeys remonta a 2011 com Diogo e João. Com a chegada de Luís e Hugo a banda ficou mais perto daquilo que é hoje atualmente.
Them Flying Monkeys em palco | Foto Gonçalo Nogueira - mais fotos no Instagram: da_gac
Este quinteto esteve mais focado no futuro e em mostrar os temas mais recentes e que farão parte do terceiro LP, marcado para ser editado em outubro deste ano. Já lançados como singles "Pretty Sticks", "Next Emma Stone" e "Great Song", pela ordem cronológica com que foram apresentadas, soaram bastante bem, são aperitivos deliciosos do que será este novo trabalho discográfico.
A voz de Luís sofre efeitos de eco, que o próprio geriu, pois utilizou um controlador à sua cintura. Curiosamente o micro acabou por ficar inoperacional durante alguns instantes.
Luís e João dos Them Flying Monkeys em palco | Foto Gonçalo Nogueira - mais fotos no Instagram: da_gac
Durante os 35 minutos de atuação os Them Flying Monkeys deixaram uma imagem consolidada do seu rock alternativo, houve uma boa adesão e o pessoal gostou, deu claramente para perceber pelas reações.
Violeta Luz e João Silveira formam a dupla Dead Club. Pessoalmente mais uma estreia, desconhecia este projeto oriundo de Lisboa. Violeta deu voz aos temas e ocupou-se da caixa de ritmos, já o contributo de João desenvolveu-se nas guitarras. Entraram às 22:51h e saíram às 23:24h, tiveram o tempo suficiente para causarem impacto.
Violeta tinha uma camisa à leoa e realmente a sua atitude teve à altura pois mostrou as suas “garras”. Ela que demonstrou-se um pouco sensual e bastante aguerrida, já João sempre agitado na guitarra,contribuindo ambos para uma performance agitada. Nota para a parte final de Violeta a tocar com caixa em cima das colunas de som que estavam colocadas na parte frontal do palco.
Duo Dead Club | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
‘Never to Heaven’ de 2023, o único álbum que têm editado, e o EP ‘Adios Amigos’ de 2022 foram obviamente mostrados. Abriram a sua performance com “Baby Wow” e tocaram ainda, por exemplo “I Need It” e “What U Gonna Do?”.
“Ticking Bomb”, “o mais recente single editado em fevereiro deste ano, não faltou à chamada. Para encerramento de set recorreram a dois temas do referido EP de 2022: “Adios Amigos con Amigos” e a “Little Lady con Amigos”, interpretadas por esta ordem como no registo discográfico.
Apreciei a atuação deste duo pelo que fica registado, na memória, como um projeto eletro-synth-garage-punk-rock com guitarra esganiçada bastante cativante e que merece certamente uma atenção futura.
Dead Club com uma performance refrescante | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Em noite de 4 concertos altamente, a escolha de 2 destaques não foi nada fácil. Optei pelos Them Flying Monkeys, devido às expetativas que tinham e que eles cumpriram, e pelos 800 Gondomar. Vi-os pela terceira vez este ano. No Basqueiral estiveram à altura do desafio e no Souto Rock o nível não baixou.
A diferença para o concerto de Santa Maria de Lamas foi uma maior envolvência do público: tiveram uma atitude de fogo vivo.
A banda de Rio Tinto é constituída por Fred Ferreira no baixo, Rui Fonseca na bateria e Alô Farooq na guitarra. Para Fred foi bis pois tinha atuado com os Sunflowers na noite anterior. Eles que revelaram estarem “Muito felizes” pela presença no festival, eles que regressaram, tinham marcado presença em 2009.
Entrada a pés em riste com “O Cabeçudo”, “Cordoaria” e “Sou Cidadão” sendo que, pelo meio, a luz foi abaixo deixando uma das guitarras de funcionar. Deveu-se a uma extensão ter-se desligado.
800 Gondomar com uma performance incrível | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
“Ax Gti” e “Tchoo Tchoo” asseguram uma forte apresentação do disco ‘São Gunão’, editado em março deste ano. As músicas mais “fofinha” da setlist são “A Balada do Cancelado” e “Mataram o Fábio”, tocadas em sequência.
Não seria um devido concerto de 800 Gondomar se o trio não explorasse as proximidades fora dos seus lugares em cima do cenário. Alô aventurou-se no crowdsurf e Rui subiu a estrutura metálica do palco para ver melhor as imediações. Para fecho em alta intensidade veio no final uma roda-viva a pedido da banda. O elétrico garage rock dos 800 Gondomar é contínuo e imparável mesmo quando a luz falha…
Roda-viva a formar-se | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Antes do último concerto da noite a organização fez o sorteio das rifas e os premiados foram presenteados com uma guitarra acústica (1º prémio), presunto perna extra (2º prémio) e caixa de vinho Souto Rock (3º prémio).
Ânimos mais refreados depois do suspense por este importante momento da noite, eis que partimos para o concerto de encerramento. Quem teve essa honra foram os Hetta, banda que já tinha uma visto em Braga. As boas sensações dessa noite faziam esperar por uma atuação completamente dinâmica e de pujança máxima. Já passava da 1 hora da manhã porém ao segundo tema dos Hetta, em “Most Men”, o mosh já seguia num nível galáctico. Os fartos cabelos longos dos fãs na linha da frente já esvoaçavam à velocidade do TGV que teremos, possivelmente um dia, em Portugal.
Irrequietos Hetta | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Durante a performance deste quarteto foi colocada uma bandeira da Palestina na parte frontal do palco. As questões políticas andam quase sempre ligadas à música, às vezes são os próprios músicos outras os fãs.
Há que dizer que a banda oriunda do Montijo produz um som específico para um determinado público, ou se gosta ou não, sem meios-termos. O post-hardcore que produzem não é habitual em Portugal, provavelmente até nem haverá outro projeto sequer semelhante no nosso país.
A pinta de Alex dos Hetta | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Alexandre Domingos, tem visualmente a pinta toda para um frontman de uma banda punk rock. Alia a tal uma voz perfeitamente animalesca, isto, dito e escrito, no sentido positivo da expressão.
Do EP “Headlights”, editado em 2022, foram tocados “Sugar Glass”, “Angel Bait” ou “Prizefighter”, este último o tema de encerramento. Dos singles lançados no decurso de 2023 o público foi teve direito a “Mold Song”, “Mule” e “Ritalin Kid”, aqui citadas por ordem de interpretação.
Assegurados foram 35 minutos de alta voltagem, com mosh e crowdsurf, sempre com a devida segurança. Para não variar, o vocalista cantou (se assim lhe quisermos chamar) enquanto fazia crowdsurf, ele que se demonstrou altamente participativo. Estes foram sinais primordiais do modo buliçoso de curtição com que foi vivida a atuação sólida e agitada dos Hetta.
Energia para dar e vender dos Hetta | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Para acalmar as sensações no seguimento de uma hiperativa atuação só mesmo uma música à maneira para pacificar as almas. Ainda estavam os músicos em modo de descompressão quando soou na instalação sonora “Drive”, sucesso bem conhecido dos The Cars.
A noite de sábado encerrou com DJ Set de Carlos & Custódio, no Plátano Koberto.
A minha primeira vez de Souto Rock foi bastante positiva. Vi várias bandas pela primeira vez, vi um público efervescente e uma organização dedicada e caseira, em tudo no que possa dizer de mais benéfico. Certamente esta experiência será para repetir numa próxima edição.
800 Gondomar com muito público | Foto Gonçalo Costa @ Souto Rock
Texto: Edgar Silva
Fotografia: Gonçalo Costa // Fotos Oficiais Souto Rock
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Custou, mas foi! Sete anos depois, o Altamont foi até Santa Maria de Lamas para conhecer um dos festivais mais excitantes do país. Atraídos por um cartaz de luxo, galgamos a A1 contra a corrente para descobrir que a boa música alternativa escorrega ainda melhor quando é servida acompanhada por um rico cenário cultural, uma envolvência comunitária de sorriso no…
pic 2 is from ribeira. pics 3 and 4 were taken in noia. the woman in pic 3 is wearing a traditional dress. pic 6 shows a street in betanzos. pic 7 depicts an assistant to the ortigueira's festival of celtic world from gondomar, pontevedra. pic 8 was taken in the inside of the santiago de compostela cathedral, a unesco world heritage site and the end destination of the camino de santiago (way of saint james), a major christian pilgrimage and a unesco world heritage site. pic 9 is of the cliffs of loiba. finally, pic 10 shows the streets of a coruña.
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Gondomar-Santa…
Começa a ser julgada a funcionária escolar acusada de desviar 200 mil euros destinados a bolsas de mérito em Gondomar
O julgamento de uma funcionária de um agrupamento de escolas de Gondomar, entretanto demitida, acusada de se apropriar de 220 mil euros destinados ao pagamento de bolsas de mérito, arrancou na terça-feira, no Porto, sem a arguida presente.
A juíza do Tribunal de S. João Novo considerou que a presença da arguida, que fez saber, através do advogado, que pretende prestar declarações, "não era essencial" para o início do julgamento, uma vez que "a arguida pode falar a qualquer altura", sendo que está acusada dos crimes de peculato, falsificação de documentos e falsidade informática.
Nesta primeira sessão foram ouvidas algumas testemunhas, entre as quais a diretora do agrupamento de escolas e a tesoureira, que explicaram terem dado conta que "algo estranho se passava" depois de a encarregada de educação dum aluno se ter queixado que não recebeu o valor da bolsa de mérito do filho e a transferência constar como "efetuada" nos documentos da escola.
Segundo a acusação a arguida, entre os anos de 2011 e 2019 a à data responsável pelo Serviço de Ação Social Escolar "levou a cabo um plano" que lhe permitiu apropriar-se da quantia global de 220.500,41 euros.
"Nunca desconfiámos de nada. (...) [a arguida] era até muito diligente no seu serviço. Só começámos a perceber que algo se passava depois de a mãe dum aluno ter reclamado que não tinha recebido o dinheiro da bolsa", explicou a diretora do agrupamento.
E continuou: "Fomos ver, a transferência dava como efetuada e (...) [a arguida] disse que se tinha enganado e duplicado um pagamento, que foi paga a bolsa duas vezes a um outro aluno e que ia entrar em contacto com a mãe deste aluno para devolver a verba".
No mesmo sentido testemunhou a então tesoureira do agrupamento: "Passaram-se três dias, o dinheiro não entrava na conta e eu liguei à mãe do aluno que supostamente tinha recebido duas vezes, ela disse que isso não tinha acontecido e que ninguém lhe tinha ligado e foi quando percebemos que "algo estranho se passava".
Segundo contou a diretora do agrupamento, a arguida quando foi confrontada assumiu "que era verdade" que o IBAN da conta para a qual tinha sido transferida a verba da bolsa era dela: "Até lhe perguntei se ela tinha algum problema de jogo ou de droga, ela disse que não e assumiu".
Segundo a acusação, ao longo daqueles anos a arguida canalizou os cerca de 200 mil euros para 10 contas bancárias por si tituladas e pelos seus familiares e em que tinha poderes de movimentação, sustenta.
O Ministério Público (MP) sustenta que, tendo como funções a instrução e organização dos processos administrativos relativos à atribuição de verbas disponibilizadas pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEsTE) para bolsas de mérito, manuais escolares, seguro escolar e transporte de alunos com necessidades educativas especiais, a arguida "fabricou documentos que visavam comprovar o direito dos beneficiários (alunos) aos apoios quando não o tinham".
A arguida, que entretanto foi demitida em 2020, "alterou outros documentos em que fazia inscrever o IBAN das suas contas bancárias e rasurou documentos escrevendo o IBAN ou NIB das suas contas bancárias onde deveria ser posto o IBAN ou NIB do aluno beneficiário", defende o MP.
"Com a entrada em funcionamento da plataforma informática (em 2014/2015), ali passou a inscrever o nome de alunos como beneficiários de apoios sociais fazendo-lhes corresponder o IBAN das contas por si tituladas", refere a acusação.
Antes do início da sessão, o tribunal negou o pedido da defesa de exclusão de publicidade, que permitiria à arguida prestar declarações à porta fechada.
"Não estando em causa factos ou crimes concretos cuja publicidade possa atentar à dignidade da arguida (...), e sendo a regra que os atos processuais sejam públicos, é indeferido o pedido", sustentou a magistrada.
Fogo obriga a evacuar dois lares e duas escolas em Gondomar #ÚltimasNotícias #Portugal
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Soc. Com. C. Santos percorre Norte do país com Grande Prémio JN de ciclismo
A 33ª edição do Grande Prémio Jornal de Notícias/Leilosoc vai percorrer as estradas do Norte de Portugal de 25 de agosto a 1 de setembro e Sociedade Comercial C. Santos é a viatura oficial. Trata-se de uma das mais importantes provas calendário velocipédico da Federação Portuguesa de Ciclismo.
A Sociedade Comercial C. Santos vai estar na estrada durante oito dias com o 33º Grande Prémio Jornal de Notícias/Leilosoc, que se disputa entre 25 de agosto e 1 de setembro. O representante Mercedes-Benz e smart é a viatura oficial da prova, no âmbito da parceria com a Notícias Ilimitadas, o novo grupo que tutela o Jornal de Notícias, O Jogo e a TSF, entre outros títulos, para as competições de ciclismo.
“O ciclismo é uma modalidade desportiva popular em Portugal e que tem a particularidade de percorrer ruas e estradas junto das populações, o que para nós é muito importante. No caso do 33º Grande Prémio de Ciclismo Jornal de Notícias/Leilosoc, essa proximidade é ainda mais interessante, na medida em que a prova leva o nome de um dos maiores símbolos da comunicação social portuguesa e é um jornal que é produzido do Porto para o país e o mundo e a Sociedade Comercial C. Santos tem sede nesta região”, afirma Pinho da Costa, administrador-delegado da Sociedade Comercial C. Santos. A mesma fonte realça que o ciclismo é uma modalidade que, no cenário ideal e desejável, promove valores que fazem parte do ADN da empresa, tais como “resiliência, superação, trabalho em equipa e liderança”.
Mercedes-AMG SL 63 4MATIC+ será porta-estandarte na prova
São 14 veículos Mercedes-Benz ao serviço da organização da prova, a que se junta a viatura da equipa de reportagem JN Direto, que todos os dias acompanhará em tempo real as etapas do grande prémio. Entre as viaturas estão vários modelos elétricos e híbridos plug-in. Há, porém, uma que se destaca: um Mercedes-AMG SL 63 4MATIC+ de última geração (R 232). Com motor a gasolina V8 biturbo com 4.0 l de capacidade (de 585 cv de potência e binário de 800 Nm), tem caixa automática de nove velocidades “AMG Speedshift MCT 9G” e sistema de tração integral “AMG Performance 4Matic+”, o superdesportivo vai dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,6 segundos e alcança os 315 km/h de velocidade máxima. O modelo será, assim, um dos porta-estandartes da prova ao longo das oito etapas previstas.
Mais de 1200 km em oito dias
A 33ª edição Grande Prémio de Ciclismo Jornal de Notícias, prova que contou com a primeira edição no longínquo ano de 1979 e que é reconhecida como uma das mais importantes provas calendário da Federação Portuguesa de Ciclismo, vai atravessar dezenas de concelhos do Norte de Portugal e terá 1210 km cronometradas. Esta distância será dividida em oito tiradas, tendo como cidades base Albergaria-a-Velha, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Porto, Ovar, Guimarães, Viana do Castelo, Valongo e Maia.
A prova surge numa altura em que o ciclismo está em alta, em grande parte devido ao desempenho de Iúri Leitão e Rui Oliveira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Os dois atletas conseguiram a medalha de ouro no ciclismo de pista, na modalidade de madison. Iuri Leitão conquistou ainda a prata no omnium, sendo o primeiro português a conseguir duas medalhas na mesma edição dos Jogos Olímpicos.
Jornada de jarda arrebatadora: sem momentos ZEN com Tramhaus a serem os reis da noite - Dia 1 do Basqueiral 2024 | Reportagem Completa
A banda portuense ZEN sempre pujante | mais fotos clicar aqui
Pela primeira vez tive a oportunidade de vivenciar o festival Basqueiral, evento que tem lugar nos jardins do Museu de Lamas em Santa Maria de Lamas, vila portuguesa pertencente ao município de Santa Maria da Feira. Em 2024 celebrou-se a oitava edição de um acontecimento iniciado em 2017. A organização está a cargo de uma dupla de intervenientes: a Basqueiro – Associação Cultural e o Museu de Lamas.
Deste modo segui viagem para duas jornadas, a 14 e 15 de junho, para assistir a concertos com muita música alternativa de sonoridades bastantes diversas. Num cartaz bastante singular e que promoveu várias estreias em Portugal.
Rumo a Santa Maria de Lamas fiz os meus primeiros 71 km, até esta pacata e simpática vila, desde Guimarães. Foram quase 300 km, ida e volta, ao fim de 48 horas cujo caminho foi tranquilo e rápido devido às boas condições nas nossas autoestradas, ainda que considere que não sejam assim tão baratas…
Outra banda portuense: os Trasgo com Diogo Gomes como vocalista | mais fotos clicar aqui
Para início de festividades tive o meu primeiro contacto com os Trasgo, banda que desconhecia por completo. Eles são uma das mais frescas aparições na cena musical da Cidade Invicta. Apesar de serem tão novatos, até já tocaram no Maus Hábitos, em março deste ano.
20:30h era o horário previsto para a sua atuação no principal cenário, o Palco Tendinha dos Clérigos, e foi seguido à risca. Este quarteto surgiu bastante disforme em palco. O baterista, João Abade, de cara pintada e com uma vestimenta encarnada coroada e um chapéu bastante pontiagudo do estilo à gnomo. Já o baixista, nas redes sociais usa o nome Fermento, estava com uma roupa mais cenográfica e de cara pintada. Diogo Gomes (guitarra e voz principal), Ricardo Fernandes (sintetizadores) e Pedro Costa (guitarra), os outros três elementos, estavam com roupas perfeitamente normais.
Outra banda portuense: os Trasgo com João Abade como baterista | mais fotos clicar aqui
"Não temos músicas no Spotify por isso andam aqui às cegas" foi logo dito no arranque, não que isso fosse propriamente um problema. Os melómanos que já andavam por lá estavam com muita vontade de absorver novos sons e novos projetos.
Já Fermento, o verdadeiramente inquieto de toda a banda, deu tudo durante a performance tendo saído de palco por duas vezes, numa delas para pegar no “peixinho” com o nome da banda que estava no pequeno chafariz logo ali em frente ao palco. Pelo que vim a saber é algo habitual terem uns “peixinhos” feitos pela organização com o nome de todas as bandas.
Além de “Calado”, “Petróleo” e “Coulrofilia” tocaram também “Centopeia” e “Senhor Guarda”. Para encerramento do concerto ficou guardada “Trasgo”.
Outra banda portuense: os Trasgo com Fermento como baixista| mais fotos clicar aqui
Notou-se a clara falta de alguma experiência de palco, em contraponto, deixaram bons indicadores no seu noise rock. Já no estilo de vestuário e aparência geral da banda precisa de ser um pouco trabalhado, se calhar, mais uniforme entre todos.
A estreia do Palco Museu nesta edição aconteceu com os 800 Gondomar, banda a qual já tinha visto este ano em Guimarães numa altura em que faziam a pré-estreia de ‘São Gunão’, o 2º e seu álbum mais recente, surgido após um hiato de 6 anos.
Este trio é constituído por Fred Ferreira no baixo, Rui Fonseca também conhecido como Querido Líder na bateria e Alô Farooq na guitarra.
Alô Farooq dos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui
Às 21:25h começam com "Sou Cidadão" e a velocidade a que o concerto segue sobe muito rapidamente bem como os ânimos na plateia já muito bem preenchida. Depois de “Tchoo Tchoo” vem a "Ax Gti" e deste modo ficou feita a devida introdução a ‘São Gunão’.
Eles que estavam em modo de “Carpe Diem” deram tudo neste concerto, como é-lhes habitual mesmo quando a situação é mais séria com "Mataram o Fábio", um slow triste e amoroso… No final do tema ficou um “obrigado por tudo Fábio”.
Tanto Rui como Alô saíram do palco. O público cantou ao micro e vários jovens tiveram o gosto de pegar no baixo de Alô, tudo numa ocasião que daria uma bela foto para o estilo. Já Rui quis ver melhor as redondezas e as caras fofas do público tendo trepado a árvore que estava mesmo ali ao lado do público. "Preguiça" foi o tema interpretado no meio do público.
Rui Fonseca dos 800 Gondomar | mais fotos clicar aqui
Num encore inesperado, regressaram ao palco, literalmente por um minuto. Mais rápidos do que o Speedy González, como quem deixa um sabor delicioso na boca a desejar por muito mais. A banda de Rio Tinto está em excelente forma, recomenda-se e continuam a ser uma formação de culto da cena alternativa nacional.
O privilégio de fazer a escolha certa: ver os ZEN ao vivo. A banda esteve inativa bastantes anos, regressou à atividade de modo verdadeiramente consistente em 2019 num concerto promovido pela Cerveja Musa, serviu na altura para inaugurar o espaço Musa das Virtudes. Desde então têm feito alguns concertos por Portugal porém nunca englobados em tournées.
André Hollanda, o baterista dos ZEN | mais fotos clicar aqui
A atual formação conta com Miguel Barros no baixo, André Hollanda na bateria e Rui “Gon” Silva como vocalista. Na guitarra esteve Miguel Martins. Foram eles que se apresentaram em palco neste concerto no Basqueiral no Palco Tendinha dos Clérigos. Com muitos fãs presentes tocaram em hora prime-time tendo iniciado a atuação às 22:29h. Os jardins do Museu estavam bem preenchidos.
A vida em palco destes ZEN vive, de modo transcendente, através de GON, figuraça peculiar made in Porto. Sempre com uma atitude extremamente irreverente e provocatória deu um showzaço no qual faz uso da sua voz e do seu inconfundível timbre.
GON, o inveterado vocalista dos ZEN | mais fotos clicar aqui
Primeira parte animada e entretida com temas como “Redog”, “Greensquare” ou “Mutant”. Aquecimento feito surgiu a segunda parte arrebatadora e brutal a partir do tema “Borderline” com sequência em temas como “True Funk” ou “Trouble Man”. Em “Not Gonna Give Up” um incrível momento de simbiose com o público a dançar e a cantar.
GON, já em tronco nu há bastante tempo como é seu habitual, devia ainda estar com muitos calores, de forma surpreendente virou o seu copo com cerveja por si abaixo. Situação para relativizar ou não tivesse acontecido durante "Relativeland".
A seguir a “UNLO”, uma música feita anteontem, como disse em jeito irónico GON, este vocalista totalmente irrequieto desceu e fez ele também crowdsurf.
Miguel Martins e Miguel Barros dos ZEN | mais fotos clicar aqui
“11 AM” foi a última de uma atuação dos ZEN bastante sólida, politicamente incorreta e extremamente animada, como é timbre deste quarteto. ‘The Privilege of Making the Wrong Choice’ é um disco épico do historial do panorama da música lusitana e merece ser escutado ao vivo, nem que seja só por uma ocasião.
Pelas 23:50h teve início a performance dos Tramhaus. Eles são uma banda oriunda de Roterdão, nos Países Baixos, e já tinham tocado em Portugal. Ainda eram relativamente desconhecidos para mim até há pouco tempo. Este quinteto é formado por Lukas Jansen (vocalista), Nadya van Osnabrugge (guitarra), Julia Vroegh (baixo), Micha Zaat (guitarra) e Jim Luijten (bateria).
Tramhaus no Basqueiral | mais fotos clicar aqui
Eles foram, definitivamente, a maior surpresa da jornada inaugural com um concerto elétrico e absurdamente intenso. Com um estilo musical entre o post-punk, o shoegaze e o rock alternativo deixaram, certamente, grande parte do pessoal presente perfeitamente arrebatado.
"Make it happen", provavelmente o single mais conhecido não faltou nesta apresentação. Outros temas tocados, por exemplo, foram “The Cause”, “Beep Beep”, “Marwan” ou “Seduction, Destruction”.
Em "The Goat", já numa fase áurea da atuação, o pessoal já estava devidamente aquecido e não foi de estranhar o aparecimento de mosh da pesada bem como de crowdsurf.
Lukas Jansen, o vocalista dos Tramhaus | mais fotos clicar aqui
Eles são "uma banda à Paredes de Coura" e por isso não estranha que vão estar de regresso a Portugal e ao festival homónimo no próximo mês de agosto. Dica de amigo, se forem a este festival não percam a sua atuação!
A penúltima banda a atuar nesta noite foram os MДQUIИД., eles que são oriundos de Lisboa. Entraram no Palco Tendinha dos Clérigos ao som de “Program”, um clássico dos Silver Apples de 1968.
A atuação teve problemas técnicos com um dos amplificadores logo no início. Felizmente foram resolvidos ao fim de alguns longos segundos. Depois disso partiram rumo a uma atuação segura e poderosa como já habituaram o público português e também além-fronteiras.
MДQUIИД. no Basqueiral | mais fotos clicar aqui
Ao contrário do mais habitual, agora o palco nas atuações deste trio não fica repleto de fumo. Vai tendo uns salpicos, aqui e acolá. Algo que é positivo, já que nem sempre é agradável ver os artistas só pelas suas silhuetas. A acompanhar houve um jogo de luzes, direi de forma simples, algo estrambólico.
O público curtiu a atuação dos MДQUIИД., numa vertente menos efusiva, em contraponto, num patamar mais dançante e introspetivo.
Halison na bateria e pela sua voz exacerbada através de um intenso reverb demonstra uma força extra aos riffs bem hipnóticos fornecidos por Tomás no baixo e João na guitarra.
Halison dos MДQUIИД. | mais fotos clicar aqui
Além de ‘Dirty Tracks For Clubbing’, o disco de estreia, os MДQUIИД. também tocaram tema do mais recente registo discográfico ‘Prata’ no qual se destacam os temas “body control” e “denial”.
A atuação terminou com “.”, faixa do álbum de estreia.
A banda britânica Bad Breeding oriunda de Stevenagen no Reino Unido foi a última a atuar neste primeiro dia no Palco Museu. Este quarteto é composto por Ashlea Bennett (bateria), Charlie Rose (baixo), Chris Dodd (voz) e Matt Toll (guitarra) e tem em Chris, o vocalista, a sua força motriz. Uma musculada energia punk sem limites, formulou-se uma autêntica jarda para encerramento deste 1º dia.
Chris Dodd dos Bad Breading | mais fotos clicar aqui
Nesta primeira noite notou-se muita gente fora da zona, reconheci muitas caras habituais acima do rio Douro, de cidades como Fafe, Freamunde, Guimarães e Trofa.
O Basqueiral é um evento consolidado no panorama musical, e pelo que me pude aperceber, tem todas as condições para continuar a sedimentar a sua vontade: de dar vida cultural àquela região bem como continuar a ampliar o radar musical dos melómanos, não só dos nortenhos como outras zonas.
Tal como Rui Canastro, da organização, afirmou: “As estreias absolutas tornam o cartaz do Basqueiral diferenciador”. Efetivamente foi isso que pude verificar in loco.
Pelo que fui tendo conhecimento e ainda devido a diversas conversas que tive, senti que a vontade da organização é ter um cartaz/evento de qualidade sem manias ou objetivos de crescimento. Ao contrário de outros acontecimentos culturais ligados à música em que o objetivo é mostrar gente aos magotes para criar a sensação de grandeza. Por isso temos de dar relevo e valorizar bastante este Basqueiral pela sua dedicação e pureza no que diz respeito aos seus objetivos enquanto evento musical e cultural.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
800 Gondomar no Basqueiral | mais fotos clicar aqui
Texto: Edgar Silva
Fotografia: Jorge Resende
Genoa have reportedly re-entered talks with Wolverhampton Wanderers over a potential transfer for striker Fabio Silva. The 22-year-old has been on Genoa’s radar since December, and the Italian club is now making a concerted effort to bring him to Stadio Luigi Ferraris before the transfer window closes.
Fabio Silva, born in Gondomar, Porto District, began his football journey with Porto before…