Eu dedico este Dia da Mulher, à maior mulher da minha vida
Dona de tudo
É a rainha do lar
E vale muito
Vale mais pra mim
Que o céu, que a terra
E mais que o mar
Palavra linda
Que um dia um poeta
Pôde escrever
É um tesouro
Recebido por um pobre
Das mãos do senhor
Mamãe... Ah, mamãe
És a razão dos meus dias
E sempre será
És feita de amor,
De esperança, mamãe
E de saudade
Ai, ai, ai, mamãe
Eu perdi o caminho
Mamãe, eu cresci
Mas volto a ti
E me sinto criança
Sempre criança
Mamãe... Ah, mamãe
Com o chinelo na mão
Eu me lembro bem
E do avental
Todo sujo de ovo
Me lembro também
Se eu pudesse
Começar tudo de novo,
Começaria.
À maior mulher,
Mulher da minha vida
Minha mamãe
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MAMÃE
Composição: David Nasser / Herivelto Martins
“Haicado” por Pierre André
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O carrapato
Ô bichinho chato, viu
Mora no mato
Tem outro também
O tal do carrapicho
Que é do mato
Esse não é bicho
Mas que gruda em você
Ele é só mato
O carrapicho,
Que nem o carrapato
É muito chato
Só que um é bicho
E o outro é mato...
Ai, que confusão
O melhor então
É só não ir no mato.
Se for, cuidado
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É nos detalhes
Que a leveza da vida
É encontrada
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Enquanto ela lê
As Fadas das
Crianças A iluminam
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Heis que o encontro,
O Gigante da Floresta
No mei-do-mato
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Entendi tudo
Um bode expiatório
Tá explicado
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Leste ou oeste?
Posso ir a qualquer lugar
De norte a sul
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Felicidade
Bateu na minha porta
Foi de repente
Quando eu abri
Entramos um no outro
Foi tão mágico
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Pretinha linda
Que da água na boca
Fruta da terra
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Beleza imensa
Recompensa do amor
À natureza
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Gato esperto
Gosta de ouvir histórias.
Eu leio pra ele
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Livros convidam
A viajar sem sair
Do seu aconchego
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A Poesia
Tá guardada nas palavras
É tudo que eu sei
Tenho um Fado
O de não saber tudo
Ou quase tudo
Sobre o Nada
Tenho Profundidades
Só não sei como
Sobre conexões
Com a realidade
Talvez não tenha
Quem descobre as
insignificâncias
É poderoso
Foi de imbecil
Que me elogiaram
Por causa disso
Emocionei
Sou fraco pra elogio
Sou assim mesmo
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A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogio.
(Manoel de Barros)
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Ganhei um livro
Tava todo florido
De Borboletas
Borboletado
Estava muito lindo
Bem colorido
Cor violeta
Azul esverdeado
Bonina também
Cores voavam
Trocavam de lugares
Pura magia
Foram embora
Do livro, certo dia
Fiquei foi triste
Uma surpresa
De repente, olha só
Nasceram flores
Me colorindo
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Vamos pintá-lo?
Olhem só para ele
Está branquinho
Maravilhoso
Vejam, coloridinho
Que alegria
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