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#ipca hoje 2022
capitalflutuante · 7 months
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A indústria de alimentos no Brasil abriu 70 mil novos postos de trabalho diretos e formais em 2023, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). O montante representa 67% do total de empregos gerados na indústria de transformação. Juntamente os 280 mil postos indiretos, chega-se a 350 mil novos trabalhadores ao longo da cadeia produtiva do setor. O balanço anual da associação revela ainda que o número de trabalhadores diretos atingiu 1,97 milhão, registrando crescimento de 3,7% em relação a 2022. Para o presidente executivo da ABIA, João Dornellas, o resultado expressivo pode ser explicado pelo aumento de 5,1% da produção física (totalizando 270 milhões de toneladas de alimentos) e pelo incremento nos investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, ampliação e modernização de plantas. Os investimentos alcançaram a cifra de R$ 35,9 bilhões, em 2023, mais de 50% acima do apurado no ano anterior. “O aumento significativo reflete os esforços do setor em impulsionar o crescimento e a competitividade. Além disso, estamos comprometidos em ampliar o espaço que a indústria ainda tem para produzir mais, pois a capacidade utilizada hoje é de 75%”, afirma Dornellas. Faturamento O faturamento em 2023 foi de R$ 1,161 trilhão, 7,2% acima do apurado no ano anterior (em termos nominais), acompanhando o crescimento das vendas para o varejo e o food service, e das exportações. O volume corresponde a 10,8% do PIB nacional. Deste total, R$ 851 bilhões foram oriundos das vendas no mercado interno e R$ 310 bilhões das exportações. As vendas reais totais (mercado interno e exportações) apresentaram expansão de 3,4%. Os principais destaques foram as exportações, que cresceram 5,2% em valor (dólar), alcançando o patamar recorde de US$ 62 bilhões. No mercado interno, o balanço das vendas reais também se mostrou positivo, com expansão de 4,5%, puxado pelo mercado de food service, que manteve trajetória de retomada, e pelo varejo alimentar. O presidente do Conselho Diretor da ABIA, Gustavo Bastos, lembra que, apesar dos desafios enfrentados ao longo de 2023, tanto econômicos quanto climáticos, a gestão eficiente das indústrias de alimentos permitiu que a produção se mantivesse robusta. “Mesmo diante dessas adversidades, nossa performance foi, mais uma vez, positiva. Nós nos destacamos não apenas no cenário internacional, mas também garantimos o abastecimento interno, contribuindo assim para a promoção da segurança alimentar de milhões de brasileiros.” Bolso dos consumidores Em 2023, o setor enfrentou menor variação de preços de itens como embalagens e combustíveis, o que aliviou os custos de produção de alimentos. Os preços de algumas das principais commodities agrícolas arrefeceram, a exemplo do milho, trigo e soja. Entretanto, outras como o cacau, café e açúcar sofreram aumentos significativos. O índice de preços de commodities da FAO registrou queda de 13,7% em relação ao ano anterior, porém permanece 19,2% acima do patamar de antes da pandemia. O resultado dessa conjuntura pôde ser percebido nas prateleiras dos supermercados: o IPCA para alimentos e bebidas variou apenas 1,02% em 2023, ante 11,6% no período anterior. “O compromisso com a estabilidade de preços e a busca pela eficiência operacional permitiram que a comida chegasse mais barata à mesa dos brasileiros, o que representa uma contribuição relevante do setor para a queda da inflação. Importante ressaltar que em 2022 havíamos enfrentado aumentos expressivos nos preços dos insumos." Exportação de alimentos industrializados Em 2023, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de alimentos industrializados (em volume), com 72,1 milhões de toneladas, acima dos Estados Unidos. Isso representa um crescimento de 11,4% em relação a 2022 e de 51,8% em relação a 2019. Em valor, foram US$ 62 bilhões, 5,2% acima dos US$ 59 bilhões apurados no ano anterior e 82% acima do apurado em 2019. As exportações responderam por 27% das vendas do setor e o mercado interno por 73%.
Os principais destaques, em valor, foram produtos de proteínas animais (US$ 23,6 bilhões), produtos do açúcar (US$ 16,0 bilhões), farelo de soja e outros (US$ 12,6 bilhões), óleos e gorduras (US$ 3,6 bilhões) e sucos e preparações vegetais (US$ 2,9 bilhões). Os maiores mercados consumidores foram a China, com US$ 11 bilhões e participação de 17,7%, comprando principalmente produtos de proteínas animais; seguida dos 22 países da Liga Árabe, com US$ 10,2 bilhões e 16,4% de participação, consumindo produtos do açúcar e de proteínas animais; e União Europeia, com US$ 9,1 bilhões, participação de 14,6% e destaque para produtos do açúcar e farelo de soja. Dornellas lembra que o Brasil vem se sobressaindo desde o início da pandemia como fornecedor global de alimentos. “O Brasil tem uma indústria de alimentos muito forte com tecnologia e capacidade de produção para atender o mercado interno e ainda exportar para 190 países, além da condição de expandir essa capacidade. Apesar da nossa liderança como maiores exportadores mundiais de alimentos industrializados, estamos trabalhando para avançar na exportação de produtos com maior valor agregado." Com informações da Agência Brasil
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ocombatenterondonia · 9 months
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Arrecadação de receitas federais tem queda de 0,39%
A arrecadação total de receitas federais fechou o mês de novembro em R$ 179,39 bilhões, informou hoje (20), em Brasília, o Ministério da Fazenda. O valor representa queda de 0,39% em relação a novembro de 2022, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre janeiro e setembro, o governo arrecadou pouco mais de R$ 2,08 trilhões. O ministério disse que o valor…
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palavradigital-blog · 9 months
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Arrecadação de receitas federais tem queda de 0,39%
A arrecadação total de receitas federais fechou o mês de novembro em R$ 179,39 bilhões, informou hoje (20), em Brasília, o Ministério da Fazenda. O valor representa queda de 0,39% em relação a novembro de 2022, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre janeiro e setembro, o governo arrecadou pouco mais de R$ 2,08 trilhões. O ministério disse que o valor…
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portalg37 · 11 months
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Arrecadação cai pela 4ª vez e chega a R$ 174,31 bi em setembro
Queda foi de 0,34% em relação a mesmo mês do ano passado A arrecadação total das Receitas Federais fechou o mês de setembro em R$ 174,31 bilhões, informou hoje (24) a Secretaria da Receita Federal. O valor representa queda de 0,34% em relação a setembro de 2022, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No período acumulado de janeiro a setembro, a…
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rodadecuia · 1 year
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petrosolgas · 2 years
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Como a inflação afeta a população mais pobre? Causas e o que o governo faz para controlar
Como a inflação afeta a população mais pobre? A inflação é um fenômeno econômico que se caracteriza pelo aumento generalizado dos preços dos bens e serviços em uma economia. Quando os preços sobem, o poder de compra do dinheiro diminui e as pessoas precisam gastar mais para adquirir os mesmos produtos ou serviços. Isso gera um ciclo vicioso de aumento de preços, afetando negativamente a economia como um todo.
No Brasil, a inflação foi um problema grave durante a década de 1980 e início dos anos 90. Naquela época, o país chegou a ter uma inflação anual superior a 2.000%. Isso tornava difícil para as pessoas planejarem suas finanças, para as empresas planejarem seus investimentos e para o governo controlar a economia.
Atualmente, o Brasil tem uma inflação mais controlada, mas ainda assim enfrenta alguns desafios nessa área. Em 2021, por exemplo, a inflação atingiu o maior nível desde 2016, devido a diversos fatores como a alta do dólar e a crise hídrica, que aumentou os preços de energia elétrica.
A inflação afeta a economia de diversas maneiras. Por exemplo, quando os preços sobem, as pessoas tendem a consumir menos,  impactando as empresas e os empregos. Além disso, a inflação pode levar a uma diminuição na taxa de investimento, já que as empresas ficam mais cautelosas com seus recursos.
Alguns exemplos históricos de inflação alta incluem a crise econômica da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, que levou a uma hiperinflação e à desvalorização do marco alemão. Outro exemplo é a inflação na Venezuela, que chegou a atingir 10 milhões por cento em 2019! Na Argentina, a inflação também é um problema crônico, com índices que chegam a 50% ao ano.
Em resumo, a inflação é um problema econômico que afeta a vida de todos. No Brasil, o país já enfrentou momentos de inflação alta, mas atualmente a situação está mais controlada. No entanto, ainda é importante acompanhar os índices inflacionários e as políticas econômicas do governo para garantir a estabilidade financeira do país.
Como está a inflação no Brasil?
Qual o valor da inflação hoje? O acumulado de inflação brasileira nos últimos 12 meses no Brasil está em 5,60%, bem abaixo dos dois dígitos de 2022. Segue, abaixo, uma tabela com os índices de inflação no Brasil desde o ano 2000, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação do país:
Ano IPCA 2000 5,97% 2001 7,67% 2002 12,53% 2003 9,30% 2004 7,60% 2005 5,69% 2006 3,14% 2007 4,46% 2008 5,90% 2009 4,31% 2010 5,91% 2011 6,50% 2012 5,84% 2013 5,91% 2014 6,41% 2015 10,67% 2016 6,29% 2017 2,95% 2018 3,75% 2019 4,31% 2020 4,52% 2021 10,67%
Observa-se que, nos anos 2000, a inflação no Brasil chegou a atingir valores acima de dois dígitos, como em 2002. A partir de 2006, com o governo petista, a inflação começa a se estabilizar em patamares mais baixos, mas ainda com algumas oscilações, como em 2015, quando o país enfrentou uma crise econômica que levou a uma alta expressiva na inflação. Em 2021, a inflação voltou a subir, atingindo o maior patamar desde 2016.
Como o governo pode controlar a inflação?
O controle da inflação é um dos principais objetivos das políticas econômicas do governo. Existem diversas ferramentas que o governo utiliza para controlar a inflação, como o aumento da taxa Selic, a redução dos gastos públicos e a intervenção no mercado cambial.
Uma das medidas mais utilizadas pelo governo para controlar a inflação é o aumento da taxa Selic, também conhecida como a taxa básica de juros da economia brasileira. Quando o Banco Central aumenta a taxa Selic, ele torna o crédito mais caro, o que faz com que as pessoas e empresas consumam menos. Isso diminui a demanda por bens e serviços e ajuda a controlar a inflação.
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Outra medida que o governo pode utilizar é a redução dos gastos públicos. Quando o governo gasta menos, diminui a quantidade de dinheiro em circulação na economia, ajudando a controlar a inflação.
A intervenção no mercado cambial também pode ser utilizada para controlar a inflação. Quando o governo compra ou vende moeda estrangeira, ele pode influenciar o valor da moeda nacional em relação às outras moedas. Se o governo vende moeda estrangeira, ele aumenta a oferta de reais no mercado e isso pode ajudar a diminuir a inflação.
A inflação pode desvalorizar a moeda, tornando-a menos valiosa em relação a outras moedas estrangeiras. Isso pode levar a um aumento no preço de produtos importados, tornando o câmbio mais caro. Além disso, a inflação faz com que os investidores percam a confiança na economia, o que pode levar a uma fuga de capitais e a uma desvalorização da moeda nacional.
Em resumo, o controle da inflação é fundamental para a estabilidade econômica do país. O governo pode utilizar diversas medidas para controlar a inflação, como o aumento da taxa Selic, a redução dos gastos públicos e a intervenção no mercado cambial.
A inflação pode desvalorizar a moeda e tornar o câmbio mais caro, prejudicando a economia como um todo. Por isso, é importante que o governo atue de forma eficiente para manter a inflação sob controle.
O post Como a inflação afeta a população mais pobre? Causas e o que o governo faz para controlar apareceu primeiro em Petrosolgas.
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gazeta24br · 2 years
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,76% em fevereiro deste ano. O índice ficou acima do registrado em janeiro (0,55%) e abaixo do observado em fevereiro de 2022 (0,99%). Segundo dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxa de inflação de 1,31% nos dois primeiros meses do ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 5,63%, abaixo dos 5,87% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. Oito dos nove grupos de despesa pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em fevereiro, com destaque para educação (6,41%), devido aos reajustes que normalmente são praticados no início do ano letivo. As principais variações entre vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). O grupo habitação, com uma variação de preços de 0,63%, teve a segunda maior contribuição para a prévia da inflação em fevereiro. Houve inflação em itens como aluguel residencial (0,89%), condomínio (0,62%), taxa de água e esgoto (1,32%), gás encanado (1,50%) e energia elétrica (0,35%). Os alimentos e bebidas subiram 0,39% na prévia do mês, com destaque para itens como  cenoura (24,25%), hortaliças e verduras (8,71%), leite longa vida (3,63%), arroz (2,75%) e frutas (2,33%). Vestuário foi o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,05%. Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: comunicação (0,78%), artigos de residência (0,71%), despesas pessoais (0,63%), saúde e cuidados pessoais (0,55%) e transportes (0,08%).   Edição: Maria Claudia - Agência Brasil
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Prévia da inflação oficial dispara em fevereiro, em comparação mensal O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,76% em fevereiro deste ano. O índice ficou acima do registrado em janeiro (0,55%) e abaixo do observado em fevereiro de 2022 (0,99%). Segundo dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxa de inflação de 1,31% nos dois primeiros meses do ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 5,63%, abaixo dos 5,87% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. Oito dos nove grupos de despesa pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em fevereiro, com destaque para educação (6,41%), devido aos reajustes que normalmente são praticados no início do ano letivo. As principais variações entre vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%).  O grupo habitação, com uma variação de preços de 0,63%, teve a segunda maior contribuição para a prévia da inflação em fevereiro. Houve inflação em itens como aluguel residencial (0,89%), condomínio (0,62%), taxa de água e esgoto (1,32%), gás encanado (1,50%) e energia elétrica (0,35%). Os alimentos e bebidas subiram 0,39% na prévia do mês, com destaque para itens como  cenoura (24,25%), hortaliças e verduras (8,71%), leite longa vida (3,63%), arroz (2,75%) e frutas (2,33%). Vestuário foi o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,05%. Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: comunicação (0,78%), artigos de residência (0,71%), despesas pessoais (0,63%), saúde e cuidados pessoais (0,55%) e transportes (0,08%). Fonte: Agência Brasil
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IPCA-15 sobe 0,52% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,9%
IPCA-15 sobe 0,52% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,9%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15, que funciona como prévia da inflação oficial, fechou 2022 com elevação de 5,9%, após subir 0,52% em dezembro. O percentual desse ano é mais baixo que o registrado em 2021, quando atingiu 10,42%, o maior para um ano desde 2015. Em dezembro do ano passado, o IPCA-15 tinha sido de 0,78%. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto…
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chicoterra · 2 years
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Projeção de inflação oficial para 2022 sobe de 5,91% para 5,92%
Projeção de inflação oficial para 2022 sobe de 5,91% para 5,92%
Mercado financeiro também aumenta previsão de alta do PIB para 3,05%A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar este ano em 5,92%, segundo previsão feita por instituições financeiras e publicada hoje (5) no boletim Focus, do Banco Central (BC). O documento é divulgado semanalmente. Na última edição, a projeção era de 5,91%. A estimativa para…
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capitalflutuante · 9 months
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O Supremo Tribunal Federal (STF) tem na pauta de julgamentos em 2024 diversos processos importantes com impacto direto no bolso dos brasileiros. Na lista dos impasses jurídicos que os ministros devem se debruçar estão a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a revisão da vida toda das aposentadorias pelo INSS e até a suspensão de pontos da lei que viabilizou a privatização da Eletrobras. As sessões no plenário da corte, comandadas pelo presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, só serão retomadas no dia 01º de fevereiro. No mesmo mês, o indicado do presidente Lula ao STF, Flávio Dino, também assume a sua cadeira na Corte. Entenda os principais temas econômicos que a corte vai analisar em 2024. Correção do FGTS Será bem no início do ano do Judiciário que vai expirar o pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Cristiano Zanin no julgamento sobre a correção do FGTS. Leia também A proposta, que está na corte desde 2014, pretende definir se a Taxa Referencial (TR) – que corrige os depósitos do Fundo de Garantia – é constitucional. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta pelo partido Solidariedade em 2014, pede que a TR seja substituída por algum índice de inflação que pode ser o IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – Especial) ou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O IPCA-E foi base para o pagamento dos precatórios do governo até o final de 2021. Já o INPC é usado nas negociações de reajuste salarial, como o salário mínimo. Os precatórios são dívidas que precisam ser pagas pelo Estado após determinação judicial e quando não cabe mais recurso. Hoje o retorno do FGTS é de 3% ao ano mais a Taxa Referencial que está próxima a zero – o que corrói os rendimentos do Fundo, já que o valor fica abaixo da inflação e não repõe as perdas do trabalhador. Até o momento, três ministros já votaram para que a remuneração do FGTS não seja nunca inferior à da caderneta de poupança. O ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, e os ministros André Mendonça e Kássio Nunes. Barroso, inclusive, limitou a decisão de mudança na correção a partir da publicação da ata de julgamento, deixando para trás os valores retroativos. O FGTS possui 117 milhões de contas ativas ou inativas de cerca de 70 milhões de profissionais, segundo a Caixa Econômica Federal. O fundo é formado por depósitos feitos por empresas e companhias empregadoras, cujo valor corresponde a 8% do salário bruto. O Fundo de Garantia pode funcionar como uma reserva de emergência no caso de demissão sem justa causa, mas também na aposentadoria; ao completar 70 anos; doença grave; atingidos por desastres naturais; e financiamento ou compra da casa própria. Revisão da vida toda do INSS O STF deve retomar o julgamento do recurso à decisão sobre a chamada ‘revisão da vida toda’ das aposentadorias. A medida abre a possibilidade de aplicação de uma regra mais vantajosa para os segurados do INSS no cálculo dos benefícios. O recálculo seria sobre a média salarial para a aposentadoria, considerando todas as remunerações do trabalhador – mesmo as anteriores a julho de 1994, quando foi implementado o Plano Real. O mecanismo pode mudar os valores dos benefícios de milhares de aposentados e pensionistas. Até o momento, quatro votos que estabelecem formas de aplicar a decisão tomada sobre o tema em dezembro de 2022 foram dados. O relator ministro Alexandre de Moraes e a ex-ministra Rosa Weber votaram para atender em parte ao pedido, propondo a chamada modulação de efeitos, ou seja, fixando como será a aplicação da decisão sobre os pagamentos. “O relevante impacto social impõe que a tese de repercussão geral seja aplicada sob condições claras e definidas”, afirmou o ministro, Alexandre de Moraes. Segundo os votos, a ‘revisão da vida toda’ não pode incidir sobre benefícios previdenciários já extintos e parcelas quitadas e já pagas tendo como base decisões judiciais para as quais não cabem mais recursos. Em relação às
parcelas a serem honradas, os ministros entendem que elas devem ser corrigidas a partir da data do julgamento do caso no Supremo, em 1º de dezembro de 2022. Já Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso votaram que o caso volte ao julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), porque a forma de deliberação naquele tribunal não teria seguido o que prevê a Constituição. Ainda devem votar os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Carmen Lúcia e Gilmar Mendes. Mudanças na Lei das Estatais A Lei das Estatais foi criada em 2016 durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) em meio à operação Lava Jato que investigava indícios de corrupção na Petrobras. Dentre os principais pontos do texto está o que impede a nomeação política para a direção de empresas públicas e impõem restrições como quarentena de três anos para cargos de executivo em estatais. Em 16 de março, o então ministro Ricardo Lewandowski suspendeu o trecho da lei que obrigava a quarentena para políticos assumirem cargos em estatais. É esse pedaço da lei que o STF deve julgar a constitucionalidade já no 1º semestre de 2024. A medida pode impactar a gestão de empresas como a Petrobras e o desempenho das ações da companhia. No fim de setembro, os acionistas da estatal aprovaram mudanças no estatuto da empresa que facilitam indicações políticas para cargos executivos. Como o governo é o controlador da companhia, ele teve maioria garantida para a aprovação. No entanto, quase dos 32% dos acionistas minoritários votaram contra a mudança; Em outubro, quando o conselho indicou que iria relaxar esses critérios para a nomeação de gestores, os papéis da Petrobras despencaram quase 6%. “Acho que houve um certo exagero, e até um pouco de obtusidade, na interpretação da generalidade desse dispositivo. Ele absolutamente não permite que você saia, indiscriminadamente, nomeando políticos”, disse na época o presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes. Suspenção pontos da privatização da Eletrobras Os ministros do Supremo também devem julgar o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) que defendeu a suspensão de pontos da lei que viabilizou a privatização da Eletrobras e reduziu o poder de voto da União nas decisões da empresa, que atua nos ramos de geração e transmissão de energia. O argumento do governo é que a lei diminuiu irregularmente o peso dos votos a que teria direito. A privatização foi autorizada pelo Congresso em 2021 e concluída na Bolsa em junho de 2022. O executivo tem 42,61% das ações ordinárias da Eletrobras, mas por conta da lei de desestatização da empresa a proporção de votos foi limitada a 10%. Isso porque a privatização transformou a companhia numa ‘corporation’, ou seja, firma de capital privado sem acionista controlador. O mecanismo foi incluído na lei de privatização para evitar que um grupo privado, por exemplo, assuma o controle da empresa. Segundo a AGU, a norma “está acarretando graves restrições aos direitos políticos da União na gestão da Eletrobras”. O órgão diz ainda que as mudanças colocam em risco a “gestão adequada do sistema elétrico brasileiro”. Em nota, a Eletrobras afirmou que o processo de desestatização foi conduzido em conformidade com a legislação aprovada pelo Legislativo e com a Constituição Federal. Privatização da Sabesp em SP Os ministros do Supremo terão um trabalho duro diante das ações para tentar parar a privatização da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, de autoria de PT e PSOL, questionou trechos do decreto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que alterou regras de participação do estado e municípios nos blocos regionais de saneamento. Segundo os partidos, a alteração deu um aumento na participação e do peso do estado nos Conselhos Deliberativos desses blocos, conhecidos como URAEs (Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário). Essa nova configuração facilitaria o processo de privatização da Sabesp.
Uma das competências desses colegiados é decidir sobre a celebração de contratos, convênios e parcerias para a gestão dos serviços de abastecimento de água e saneamento. Em decisão provisória, o ministro André Mendonça negou o pedido. Agora a questão será julgada em plenário ainda em 2024. Quer entender o que é macroeconomia e como ela afeta seu bolso? Acesse o curso gratuito Introdução à Macroeconomia, no Hub de Educação da B3. Link da matéria
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ocombatenterondonia · 11 months
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Arrecadação cai pela 4ª vez e chega a R$ 174,31 bi em setembro
A arrecadação total das Receitas Federais fechou o mês de setembro em R$ 174,31 bilhões, informou hoje (24) a Secretaria da Receita Federal. O valor representa queda de 0,34% em relação a setembro de 2022, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No período acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação alcançou o valor de pouco mais de R$ 1,6 trilhões.…
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palavradigital-blog · 2 years
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Prévia da inflação oficial fica em 0,76% em fevereiro
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,76% em fevereiro deste ano. O índice ficou acima do registrado em janeiro (0,55%) e abaixo do observado em fevereiro de 2022 (0,99%). Segundo dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxa de inflação de 1,31% nos dois…
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portalg37 · 2 years
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Arrecadação federal de impostos atinge R$ 251 bilhões em janeiro
Valor representa aumento real de 1,14% em relação a 2022 A arrecadação total das receitas federais fechou o mês de janeiro em R$ 251,74 bilhões, informou hoje (23) a Receita Federal. O valor representa um aumento real de 1,14% em relação a janeiro de 2022, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em relação às Receitas Administradas pela Receita Federal, o…
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rodadecuia · 2 years
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portalparnapop · 2 years
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Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,88% para 5,91%. A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,88% para 5,91% para este ano. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (28), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2023, a projeção da inflação ficou em 5,02%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente. Notícias relacionadas: Batalha da inflação ainda não foi vencida, diz presidente do BC. Maioria dos reajustes salariais em outubro ficou acima da inflação. A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, a meta é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%. Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%. Em outubro, a inflação subiu 0,59%, após três meses de deflação. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, também teve aumento de 1,17% [https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-11/ipca-15-previa-da-inflacao-sobe-117-em-novembro]. Fonte: O Brasilianista Postado : James Freitas (em Brasil (País)) https://www.instagram.com/p/ClgXldUOwZ-/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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