Tumgik
#o importante são os pontos
cherryblogss · 20 days
Note
Oi, divaaa!! Você pode fazer um abc nsfw do della corte, por favor?? Tô obcecada nele
n revisado pq a vergonha me acometeu glr
A = Aftercare
Agustín tende mais a ficar de chamego e agarradinho contigo depois de transar. Gosta de ficar deitadinho escutando sua respiração desacelerar e também ama ficar todo manhoso sussurrando entre beijinhos como te ama. Demora e procrastina um pouco para ir se limpar, geralmente quando transam antes de dormir ele só cai no sono mesmo ou se limpa rapidamente com alguma peça de roupa suja, mas quando ele tem tempo te leva para tomar um banho refrescante, te mima muito até fazendo alguma comida para ti e levando na cama.
B = Body part (parte favorita do próprio corpo e da parceira)
Agustín não tem problemas com a aparência - apesar de as vezes se sentir grande demais - mas se tem uma parte que ele adora em si mesmo são os braços e mãos que servem para te abraçar, segurar e te tocar de todas formas.
Agustín ama tudo em você e sempre muda qual aspecto físico mais o atrai em ti, mas tem um apego especial aos seus lábios, fica tontinho de felicidade com seu sorriso e outras expressões suas no geral. Na hora de foder ele nota que tem uma certa tendência em segurar sua cintura e quadris a quase todo momento, gosta muito de toque físico então é crucial para ele estar em contato pele a pele.
C = Cum (onde gosta de gozar)
Gosta de gozar dentro (quando é seguro), mas prefere gozar na sua bunda ou barriga, gosta de assistir as gotas de porra caírem na sua pele e ver a bagunça melecada que fica depois, ainda nesse ponto aqui, quando se lembra prefere tirar o pau de dentro da sua buceta e gozar na sua sua entradinha só para ficar admirando a mistura dos fluídos de vocês dois.
D = Dirty secret (um segredo sujo ou algo que ele deseja mas não fala)
Sempre quis fazer 69, mas tem vergonha de pedir. Sempre fica sonhando acordado pensando em como seria te chupar enquanto você mama ele. Até bateu uma e gozou em tempo recorde só de imaginar a cena dos seus gemidos misturados e abafados.
Antes de vocês transarem pela primeira vez sem querer te viu sem camisa e ficou horas bestinha pensando em chupar seus peitos, nesse dia você até pensou que ele estava doente de tão avoado que ficou de repente.
E = Experiência
Acho que se encaixa em um nível intermediário de experiência. Já fez muito o básico, se aprofundou mais um pouco com algumas mulheres, entretanto só começou a realmente explorar além com você.
F = Favorite position (Posição favorita)
Agustin sente algo MUITO diferente quando você tá por cima. Um tesão a mais de ver seu corpo no topo do corpo gigante dele. Além disso, ele consegue manter o olhar fixado nos seus peitos, cintura, quadril e rosto, também gosta de ficar admirando seus movimentos e o pau dele sendo engolido pela sua buceta. Agustin é um homem que gosta muito de um showzinho por isso sempre fica extasiado quando você senta nele.
Não imaginem esse homem com os braços atrás da cabeça todo relaxado te apreciando com um olhar bobinho lesado😭
Um adendo, ele também gosta de te foder no banheiro com vocês dois de frente para o espelho. O bração dele te mantendo de pés enquanto te empurra na pica dele.
f cherryblogss
G = goofy (se ele é mais sério ou brincalhão no momento)
Puxa mais para o lado brincalhão, acha que esse é um momento que deve ser mais descontraído e por isso sempre acaba dando umas risadinhas entre beijos enquanto te fode. Gargalha real quando algo muito engraçado acontece, você só não perde o tesão porque até a risada desse homem é de molhar calcinhas.
H = hair (higiene com os pelos)
Não liga muito para isso, mas raspa tudo e só deixa crescer um pouquinho até ficar confortável para depilar tudo de novo.
I = Intimidade
Agustín é uma pessoa que te faz ficar totalmente a vontade e isso é algo muito importante na hora de ter relações sexuais. Independente do que vocês estão fazendo no quarto sempre parece algo espontâneo e natural. Também acredito que ele só se entrega de verdade quando já tem um tipo de afeto pela pessoa o que só intensifica a sintonia entre vocês.
J = jerking off (masturbação)
Não tem muito o costume desde que começou a namorar contigo, mas se você não estiver por perto ou cansada demais ele não tem problemas em se masturbar. Gosta de fazer no chuveiro.
K = kink (fetiches)
Size kink: é meio óbvio que ele adora comparar o seu tamanho com o dele e sente um tesão insano em como consegue manipular seu corpo com uma certa facilidade de tão forte que é. Gosta de te foder de frente para espelhos só para admirar como a figura musculosa e forte dele praticamente engole a sua.
Tigh riding: novamente, ele é gigante! então, você se esfregar na coxa grossa dele se torna algo meio rotineiro quando está menstruada ou nas preliminares.
Agora um monstro
Pet play: realmente nunca parou para pensar nisso, mas quando você foi fantasiada de coelhinha para uma festa só faltou gozar nas calças de tanto imaginar como seria te foder nessa roupinha.
Praise kink: é muito natural para ele te elogiar e gosta de escutar você elogiar dele volta. Apesar de ser gigante, é um bebezão que ama escutar o quanto você acha ele bonito e como te fode bem.
hiperestimulação: te fode até lágrimas de prazer deslizarem pelo seu rosto e sua mente só conseguir focar em quão deliciosa é a sensação do pau dele socando todos os seus pontos sensíveis.
L = local
Qualquer lugar com uma porta e privacidade já é um motel para ele. Claro que tem lugares que ele não pensa em sexo, como restaurantes e outros nesse viés, mas de resto, como casa de amigos, festas e carro é hora de te foder sim.
Uma vez até te fodeu enquanto faziam uma trilha na floresta e tem certeza que as outras pessoas viram.
M = Motivação
Não precisa de muito para ele ficar todo desesperadinho querendo migalhas de buceta e te comer, as vezes só de pensar em ti já sente o pau latejar. Entretanto sente um tesão especial quando vocês estão deitadinhos depois de um dia separados e fica naquele chamego todo até virar algo mais sexual do que carinhoso.
N = Não (o que ele não gosta ou faria na cama)
Nada que te traria dor extrema ou te deixe desconfortável. É um não definitivo para qualquer coisa que não tenha seu consentimento explícito e também não é muito de compartilhar.
O = oral
Não é algo fora desse mundo, mas sabe muito bem o que faz. No início era um pouco desleixado, aí com o tempo aprendeu o que você gosta e agora consegue te deixar com as coxas tremendo só com a língua dele. É do tipo que poderia passar horas no meio das suas pernas.
Não tem preferência em dar ou receber. Os dois são lucro e prefere muito mais foder sua buceta do que ser chupado.
Quando você mama ele, fica totalmente perdido e vocal, segura seus cabelos e fica soltando gemidos curtos a cada movimento seu.
P = Pace (a velocidade que eles gostam de transar)
Gostar de foder rápido e bruto alternando a velocidade para lentinho quando sente que vocês vão gozar cedo demais. Também gosta de fazer devagarinho antes de dormir para saborear cada partezinha sua e matar a saudades.
Q = Quickie (rapidinhas)
Grande adepto de rapidinhas de manhã ao acordar ou em locais públicos, mas somente em lugares que ele tem certeza que é seguro e minimamente confortável. Gosta muito de rapidinhas também porque consegue te carregar contra a parede ou qualquer superfície com os braços fortes.
R = Riscos (o quão disposto ele está a fazer algo mais arriscado)
O único risco que Agustín realmente te expõe ou corre é quando vocês transam em público, mas de resto nunca quer tirar o conforto desse momento e prefere jogar no lado seguro.
O maior risco que ele lembra de ter passado foi quando te fodeu no vestiário do clube de rugby dele e quase pegaram vocês no flagra.
S = Stamina ( quantos rounds ele aguenta)
Se tem tempo e disposição, aguenta 3 rounds tranquilo (só se não chupar ele, senão só 2 mesmo).
Se ambos estão de férias ou viajando pode crer que ele vai te foder em quase toda situação oportuna.
T = Toys (brinquedos sexuais)
Não entende muito desse mundo de brinquedos e não tem curiosidade. Ele tem pau, dedos e boca que são o suficiente para te deixar burrinha e esgotada. Mas quando descobriu como usar um vibrador em ti ficou alucinado e raramente tenta brincar contigo.
U = Unfair (quão injusto ou provocante ele é)
Não te provoca tanto porque ele mesmo não aguenta, ou seja, é mais o inverso na relação, as provocações na maioria das vezes vem de você.
No entanto☝🏻ele ama te provocar quando consegue segurar a onda. Por exemplo, as vezes ele te deixa abertinha para ele, se deita no meio das suas pernas e calmamente beija sua bucetinha, sugando o clitóris até você ficar perto de gozar, mas aí ele se afasta rindo dos seus choramingos e botando os dedos dentro do seu buraquinho iniciando novamente o ciclo de você chegar perto e ele tirar até ambos não aguentarem mais.
V = volume (quão vocal ele é)
Geme alto só quando tá gozando, mas de resto são só uns grunhidos e suspiros másculos delicioso de escutar. Parece até que ele tá na academia hehe
Agustin ama um praise kink tanto direcionado a ele quanto ele te enchendo de elogios. Na maioria das vezes é ele te enchendo de palavras doces e chamegos sussurradas diretamente no seu ouvido e adora te escutar se declarando para ele toda apaixonadinha. O dirty talk no sentido degradante ocorre sempre quando ele chega energizado depois de um jogo ou quando ele tá ciúmes.
W = Wild Card (Um headcanon aleatório)
Apesar de ser meio tímido, sente um prazer diferenciado quando as pessoas sabem que ele acabou de foder. Por exemplo, se estão em uma festa e vê como os amigos ficam te encarando com a sua face toda corada e andando com as pernas bambas, sente o ego dele aumentando um pouco, ainda mais que claramente marca o território.
Nesse ponto, ele não é um homem ciumento, mas é possessivo e demonstra a dominância dele de diversas maneiras, como gozando dentro e te mandando voltar para a festa com a porra dele na sua calcinha ou distribuindo inúmeros chupões onde só ele pode ver.
X = Raio x (tamanho do brinquedo)
Como já dizia beyonce: its too big, its too wide, it wont fit😛
Brincadeiras a parte, ele tem uns centímetros a mais que a média e é bem grosso. Tem uma corzinha rosa puxada para um vermelho, bem veiudo e um pouquinho mais escuro que o corpo dele.
Y = yearning (sex drive/libido)
Ele é jovem, atleta e obcecado por você, então a libido dele sempre está nas alturas e literalmente te foderia a qualquer momento, até quando chega exausto dos jogos ou dias em set de filmagens ainda quer pelo menos um dry humping ou chupada.
Z = zzz (nanar depois do sexo)
Depende do momento e do tipo de transa, se for uma rapidinha antes de dormir, na hora que termina já tá caindo no sono agarrado ao seu corpo igual um koala. Mas se for em um momento em que ele não tá tão cansado ou no clima para dormir, te chama para tomarem um banho juntos ou simplesmente te mima muito enquanto você tá bem deitadinha toda pillow princess.
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quebraram · 2 months
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É tão ruim a sensação de achar que todo mundo tem pessoas que os acham especiais, incríveis, que valem a pena, que significam tantas coisas e eu não. Sempre tenho a mesma sensação de que eu nunca vou significar nada disso para ninguém, de que eu nunca vou ser lembrado por ser quem sou, por ser importante ou notável. Às vezes eu sinto um pouquinho de inveja das pessoas que são amadas, gostadas, apreciadas e admiradas... Deve ser incrível. Mas eu sou só um cara solitário, triste, cheio de bagagens emocionais e traumas, então isso não é nada interessante ou atraente para quem me vê. O tempo vai passando e parece que eu fui destinado a estar sozinho, a servir só de ponto de passagem, mas nunca de parada permanente.
— O meu nome é solidão, D. Quebraram.
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its-a-bae · 10 months
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Por que
A cada palavra, nota-se a confusão existente na mente de quem escreve. Não sei o porquê, mas hoje a confiança em escrever e postar foi firme e forte, como deve ser. Pois a vontade de chorar não passa, muito menos a dor quando as lembranças repassam no que diria ser a televisão das memórias, um grande repertório de seriados e filmes. Todos são originais, alguns reais e outros imaginários, mas nada além disso. Sim, o elenco é enorme, alguns famosos e outros desconhecidos para a mídia do dia a dia. E com as frases mais simples e bregas que se pode pensar, o coração encerrou e abriu portas para uma nova etapa, mesmo cheio de machucados e cicatrizes, isso não importa.
Porém, eu questiono: o que é o coração? Um simples órgão vital que bombeia sangue para todo o corpo, fazendo-o funcionar, lentamente ou correndo. Algo pequeno, do tamanho do punho fechado ou do cérebro de quem não permite fazê-lo crescer mais. Crescer ou florescer? O sentimento que esse órgão carrega parece mais importante do que a respiração. O que nos mantém vivos? Os órgãos ou o que eles nos representam?
De todas as perguntas, uma ou duas têm resposta, e nem sempre são concretas ou fáceis de serem interpretadas. Mesmo assim, questionar ao céu sobre tudo é o alívio de não ter que encontrar nada nisso. A todo momento é possível questionar, indagar e repensar. Sobre tudo, sobre os outros, sobre si, sobre a vida, sobre um órgão, sobre um sentimento. Apenas a representação que todos passam importa quando se fecham os olhos e não se vê mais nada. Onde o breu abraça a escuridão e tudo parece silêncio. A fala vira a escuta e a visão se perde. Sem um caminho, sem uma luz, sem mais nada. Perde-se como num sonho, que de um segundo a outro, parece transformar-se num pesadelo.
E o mundo continua a girar, o planeta no que é denominado Sistema Solar. Você. Olhe para o céu azul sem nenhuma nuvem e tente achar um ponto fixo, um fim. Quando o Sol volta a nascer e despedir-se no final do dia, tão perto mas tão longe. Olhe para a Lua quando é iluminada por essa grande estrela, repleta de explosões e calor, que apesar de tudo, continua a mostrar aquele pequeno satélite, tocado pelo homem e intocável pela criança. Tão próxima das nuvens e tão distante dos sonhos já esquecidos.
Quem é você? O que é o coração? E indago, por quê?
(Alice Rodrigues)
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80s-noelle · 7 months
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lsdln cast x porn links e visuals 🍒
notinha: olá meus amores!! meu primeiro post para o fandom de lsdln, e aqui estão alguns visuals dos nossos queridinhos <3 (obs: da nossa loba putífera alfonsina também)
todos os links são do twitter e são seguros, aproveitem.
beijos, noelle 🫦
༶•┈┈୨♡୧┈┈•༶
fran romero:
a ideia de assistir filme com o seu namorado obviamente foi por água abaixo, tendo você em seu colo enquanto brinca e esfrega seu clítoris inchado, seus quadris fazendo movimentos involuntários pra cima a procura de prazer e uma mão curiosa brincando com seus mamilos durinhos. agarrando o ombro de fran com força sua boceta fica cada vez mais molhada, você sente a respiração pesada dele no seu pescoço e a dureza de seu membro em suas costas.
link ୨♡୧ https://x.com/daddyyrough/status/1755573141139595365?s=46
agustin pardella:
ah, dia dos namorados! que bela data para passar o dia com seu dengo, fazer coisas fofas que todo casal faz… comer morangos com chocolate, assistir um seriado agarradinho no sofá e mais coisas melosas de casal. o que você não esperava era que seu doce agustin, romântico e suave, fosse te jogar na cama e meter com força na sua boceta. de repente o cômodo que estava repleto de risadas foi substituído por gemidos e o som molhado do pau do seu namorado encontrando sua entrada, contraindo ao redor do membro dele. no final de tudo, só se podiam ouvir o barulho da pele contra a pele.
link ୨♡୧: https://x.com/daddyyrough/status/1757720276844855738?s=46
enzo vogrincic:
como que isso aconteceu você não sabia, talvez fosse o charme que toda latina tem… o mesmo charme que fisgou enzo na boate em que vocês estavam. corpos suados, seus quadris balançando e o olhar provocativo em seu rosto fez você acabar na situação em que está agora. no chão de um motel, pernas abertas, o interior das coxas encharcadas enquanto os dedos grossos de enzo penetram rapidamente a sua boceta, deixando-a cada vez mais melada ao ponto de se escutar a umidade toda vez que a palma de sua mão encontrava seu clítoris.
link ୨♡୧: https://x.com/daddyyrough/status/1760187551187362144?s=46
matias recalt:
você e seu namorado entraram em um acordo mútuo, gravar ele comendo você para quando ele estiver viajando gravando seus filmes ele não sentir tanta falta de suas paredes quentes apertando ao redor do pau dele. botando o celular no pé da cama você não perde tempo antes de pular no colo do mesmo, quicando em seu pau enquanto os quadris de matias vão para cima para encontrar seus movimentos, mãos apertando sua cintura ele mete com força enquanto morde o lábio… ele sabia que tinha que aproveitar, vai saber quanto tempo ele ficaria fora sem sentir o quentinho de sua bucetinha.
link ୨♡୧: https://x.com/daddyyrough/status/1759855449950523768?s=46
esteban kukuriczka:
toda vez que vocês dois transavam, esteban tinha o “estranho” costume de gentilmente, com os dedos abrir os lábios inchados de sua boceta e ver suas paredes se contraindo de prazer enquanto seu gozo escorria, toda vez que ele vê a cena seu pau se contrai… a imagem de você toda boba, cheia de seu gozo o deixa duro e cheio de tesão.
link ୨♡୧: https://x.com/daddyyrough/status/1760179918866919468?s=46
link 2 ୨♡୧: https://x.com/iucywl/status/1723013685075935730?s=46
(mais um de bônus pois me sinto boazinha hoje)
alfonsina carrocio (por último mas não menos importante, eu daria o meu corpinho para esta loba faminta):
você acorda com os pequenos beijinhos molhados que sina da em seu pescoço, você sabia exatamente o que a sua amada estava fazendo. com uma vozinha manhosa, sina aperta levemente um de seus seios. arrastando seus dedos em seus mamilos sensíveis ela parte para o seu shortinho fininho que você estava usando como pijama. com um murmurinho de apreciação ela sente a umidade de sua boceta pelo short, passando levemente o dedo do meio entre a costura de seus lábios. você, já cheia de tesão e respiração pesada arqueia as costas e joga sua bunda contra sina, que sem mais nem menos tira suas roupas enquanto chupa seus lábios com fome. pondo-se em cima de você ela começa a esfregar seu clítoris já inchado e vermelho contra a sua buceta molhada, suas intimidades se encontrando. segurando com força a cintura de sina vocês gemem até que o pico chegue. abrindo os olhos você vê o sorriso satisfeito e malicioso… a noite não acabaria por ali.
link ୨♡୧: https://x.com/iucywl/status/1745756142406381957?s=46
༶•┈┈୨♡୧┈┈•༶
meus amores, espero que tenham gostado (TALVEZ eu tenha me empolgado um pouquinho na parte da alfonsina mas quem nunca né rsrs)
me avisem caso queiram uma segunda parte (com eles + o resto do cast) e caso vejam algum link do twitter que lembre algum deles não hesite em me mandar na minha caixa de entrada 🙏
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xexyromero · 7 months
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xexy, poderia fazer um headcanon dos meninos e o primeiro encontro com eles? obrigada diva maravilhosa 🎀✨
wn: ain eu me empolguei um cadinho! espero que você goste e desculpa a demora <3
meninos do cast x primeiro encontro
fem!reader headcanon
tw: uso de drogas lícitas & ilícitas (total era agustin pardella).
enzo: te leva para uma exposição de fotografia + café. 
enzo é muito alinhado com as artes e com a poesia da vida cotidiana, então o primeiro encontro de vocês vai ser bem tranquilo, longe da agitação noturna e mais longe ainda daquela coisa engessada de jantar com roupa desconfortável, vinho superfaturado e comida blasé. ele te leva para ver algo que realmente ama: a fotografia. vai chegar de bicicleta, conversar sobre você sobre tudo e emendar em um café próximo. o importante é a conexão entre vocês. 
agustin: te leva pra praia de carro. 
é uma mini road trip: vai de carro te buscar em casa para vocês irem à uma praia nem tão perto nem tão longe nem tão vazia e nem tão cheia. de preferência de tardezinha para verem o pôr do sol juntos. deixa você escolher quais músicas quer ouvir no caminho e ri do seu gosto musical. é um rolê muito calmo: vocês, uma canga, umas frutinhas que ele trouxe na mochila (trouxe várias porque ainda não sabe qual sua favorita), maconha e o mar. vai puxar os mais diversos assuntos pra tentar te decifrar. 
fran: te leva para fazer um piquenique no parque. 
sim, ele vai chegar à pé pra te buscar em casa com dois cafés, um croissant, uma ecobag cheia de bolachinhas e uma mantinha bem grande pra se esparramarem na grama. vocês vão se perder pelo menos umas duas vezes no caminho, mas vão se divertir muito. fran gosta muito da conversa e vai querer saber da sua winx favorita à seu trauma de infância. mas também é admirador da natureza e do silêncio (principalmente daquele silêncio confortável). é muito do toque físico e vai te acariciar muito. 
matí: te leva pra um parque de diversões. 
depois de muita insistência, finalmente, conseguiu um date com você! então vai propor algo divertido, marcante e super especial. ele pode ser romântico sim, tá? escolheu o parque de diversões pra provar isso. paga seu ingresso e qualquer coisa que você consuma dentro do parque, mas vai pedir um beijo em troca toda vez. vai te bater com tudo no carrinho de bate-bate? sim. mas os olhos dele vão brilhar quando te ver iluminada pela cidade no ponto mais alto da roda gigante. 
kuku: te convida para jantar no apartamento dele. 
esteban gosta da intimidade. de te sentir perto, junto. de conseguir ouvir você e dedicar toda atenção e ouvidos ao que quer que você tenha pra falar. então ele vai te convidar pra um lugar simples e reservado (a casa dele) para um jantar feito por ele (que vocês escolheram e combinaram juntos o cardápio). a bebida e a trilha sonora ficam por sua escolha. é bastante cuidadoso com o convite e repete várias vezes que é só porque se sente mais confortável em casa, mas que entende caso você prefira um local mais público. 
pipe: te leva para assistir o jogo do river. 
em sua defesa, jogos de futebol são extremamente divertidos, tá? ideais para um primeiro encontro - vocês conseguem conversar e se emocionar juntos. beijo na hora do gol, aperto de mão nas horas emocionantes. o romance está no ar. e também, o estádio é o lugar preferido do pipe no mundo todo. então vai unir duas coisas importantes: você e o river. ele também vai te levar uma blusa ou camisa do time para usarem juntos. ah! o lanche pós-jogo é necessário e vai ficar por sua escolha.
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geniousbh · 5 months
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amo hc dos meninos como pais :((, lau, poderia elaborar sobre a reação deles no primeiro ultrassom, como anunciaram pros amigos e e como lidariam com o trabalho de parto?
demorei, mas cheguei meu bemzinho!💋👋🏻 e ó vou dar uma generalizada no pedido por motivos de (n sei mt bem de detalhes dessa parte da maternidade/paternidade td q eu sei é de filmes e séries🙅🙅 esqueça tudo)
vou começar falando do esteban e do pardella. esses dois aqui não só ficam imensamente felizes, como estiveram tentando te engravidar por vários meses - 😈lê-se: vocês chegaram até a foder no banheiro da casa de um amigo, porque desde que decidiram que teriam uma família aproveitavam muito qualquer mínimo sinal de tesão - e quando chegassem em casa te encontrando no banheiro, chocada e atônita com o teste positivo na pia íam soprar um "no creo, mi amorr??"🥺 bem baixinho enquanto o sorriso no rosto vai abrindo e eles te puxando pro colo, enchendo de beijos e "a gente conseguiu", "meu deus, vamos ter um bebê", te sustentando já q vc tá toda chorosa e emocionada abraçando eles de volta. já teriam tudo esquematizado, convênio, médico que faria pré-natal, e se bobear até teriam deixado um bercinho e um armário no carrinho de compras do ebay pra poder pedir quando finalmente viesse🙏🏻🙏🏻 além do mais, fariam um jantar, chamando os seus pais, os deles e alguns dos melhores amigos a fim de anunciar a gravidez. pro fimzinho dela, - no sétimo, oitavo mês, quando sua barriga tá bem redondinha - eles fazem tudo por você, nunca que vc precisa levantar pra pegar água ou suco, ficou doida? eles vão e te trazem na bandejinha. banho? todos os dias tomam banho juntos (o que é perfeito pq enquanto a maioria dos homens perde o tesão na esposa, esses aqui ficam mais apaixonados, acham a sensação de passar a mão ensaboada sobre a barriga maciazinha a melhor coisa do mundo real terapêutico, e te besuntam em creminho hidratante depois tb se deliciando em passar as mãozonas pelo corpinho roliço). por fim, pais de meninas, se derreteriam ao ver a menininha no hospital, não tem - e eles podem afirmar - não tem nada mais precioso neste universo e n tão nem ai pra papinho furado de ai homen não chora. choraram o tempo inteiro em que gravaram o parto - vcs combinaram de gravar tipo blogs pra bebêzinha pr q ela assistisse quando crescesse, e nesse momento em específico, antes de vc começar a empurrar eles colariam o rosto no seu, mt emocionados enquanto a câmera enquadra vcs e dizem "filha, você já tá chegando! o papai e a mamãe mal podem esperar pra te ver" -, e choram ao segurar o serzinho miudinho a primeira vez tb. 😩💗💗💫
agora o matías e o pipe, papais na adolescência vibe. quem diria que gozar dentro e ficar brincando de empurrar a porra de volta pr sua bucetinha te deixaria grávida omggg😝😱😱  você comunicaria pelo pelo zap bem poucas ideias, tão assustada quanto eles ficariam em seguida, dps de vir da consulta do médico geral - achando que tava com refluxo atacado🤣 - perguntando se é verdade mesmo, "para de graça, com isso não se brinca". e entram em síncope quando você liga bravinha falando que é verdade sim porra. primeiro de tudo, contam pras famílias e tenho a sensação de que ambas reagiriam normal (eles já estavam prevendo) "que venha com saúde" - num misto de alegria e preocupação porque vcs dois são novos neah -. e até o terceiro mês, é meio difícil de acreditar que é real, principalmente porque sua barriga não aparece tanto, mas quando ela começa a crescer eles começam a pensar krl, é isso mesmo e aos poucos vão adotando umas posturas mais sérias e responsáveis (o matías aqui passa a fumar só de fim de semana, e o pipe dá um breque na obsessão pelo river plate, vê só os jogos pela tv mesmo, e os importantes ainda). 🥵😧 outro ponto que vale ressaltar é que pra eles, o corpo mais rechonchudinho de grávida é tipo o ápice da sua beleza, é inexplicável, te acham ainda mais gostosa, em todos os sentidos; não conseguem ficar um dia sem te chupar, te percebem mais doce, se divertem apertando seus peitos inchados e afundando os dígitos no corpo que tá todo cheinho retendo líquido lmao, e até brincam quando começam a desaparecer atrás do "montinho". depois que o menininho nasce, novas versões deles nascem junto, se pegam totalmente desprevinidos pelo amor incondicional quando a enfermeira deixa eles ajudarem no primeiro banho "moça, fui eu que ajudei a fazer, acredita? olha isso como é pequenininho", arrancando um riso sincero da mulher que já está careca de presenciar meninos virando homens she just saw it again😌💫 não é novidade que o pipe usaria roupas combinando com o filho e que ensinaria futebol, e o matías seria time dos pais que incentivam os filhos a fazer esportes radicais🤘🏻, "como assim matías ele tem 5 anos e vc colocou ele pra descer da rampa de dois metros???!", "o que não te mata te faz mais forte, nunca ouviu essa da kelly key?"
e agr com toda licença que vc há de me dar irei me matar pq fiquei mt triste escrevendo querendo ter um bebê com eles😔🔫
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masonmontz · 4 months
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Amo sua escrita. Queria pedir um hot do Piquerez onde ele e uma mulher que ele ama foram fazer um favor pra alguém e ficam presos na estrada porque está chovendo muito e vão tem que parar pra dormir no motel. Ela não quer se entregar pra ele por ele ser festeiro, puteiro etc, mas ele real gosta dela. Tudo começa a desenrolar e então ele faz oral nela, ela é mt inexperiente e tb virgem mas resolve deixar se entregar pra ele. Se puder fazer o pós sexo tb🥹 realiza meu sonho autora
Tumblr media
NOTAS: quatro dias pra escrever isso tudo, socorro!!! é um pedido especial e espero que a pessoa que pediu goste (mesmo eu tendo feito algumas alterações do pedido), assim como vocês xx
avisos: desenvolvimento + hot
PARTE 2
— Eu me sinto mal quando não posso te ajudar — você fala enquanto coloca as mãos no ombro de Joaquin, que apenas dá um sorriso triste e dá de ombros. — Sinto muito pelo jogo. 
— Está tudo bien — ele fala, mas você sabe que por dentro ele está se sentindo péssimo. Nem todos os dias são bons e infelizmente, dessa vez, ele perdeu um pênalti, sendo motivo de diversos xingamentos nas redes sociais do time. Mesmo falando diversas vezes para ignorar os comentários nas publicações, você sabia que de tempos em tempos ele abria algo para ler o que a torcida estava falando dele e ele se sentia extremamente culpado pela derrota do dia anterior. 
— O time jogou mal, Pique, não é culpa sua — Gomez fala e você concorda, sentando novamente ao lado de Joaquin. 
Gomez convidou para um churrasco mais íntimo na casa dele a noite e você foi, sabendo que Joaquin provavelmente também iria. Você acabou virando amiga de Jazmin há algum tempo quando começou a frequentar a mesma academia que ela e, aos poucos, você foi se tornando importante para ela a ponto de começar a participar de alguns eventos, automaticamente, isso te fez conhecer alguns dos jogadores. 
Entre Veiga, Flaco, Luan, Mayke e Piquerez, sem dúvidas o último foi o que você mais se aproximou e criou uma verdadeira amizade durante esse um pouco mais de um ano de contato, entretanto, você sempre notou que ele tinha segundas intenções, mas também sempre deixou claro que não haveria nada além da amizade entre vocês dois. 
Joaquin, por outro lado, encontrou em você a amizade que ele precisava, ainda mais por se sentir sozinho na maioria dos dias. Quando sentia falta da família e dos amigos do Uruguai, ele corria para você, em quem ele encontrou um ombro que ajudava ele em momentos difíceis, mas também apenas alguém que ele confiava e sabia que podia contar para qualquer coisa. 
— Você precisa parar de se culpar tanto assim — você fala, aceitando o bombom que Pia entrega e deixando um beijo na bochecha dela, que logo em seguida corre novamente para o quarto. — Você mais do que ninguém sabe que o time tem dias bons e ruins, não deixa isso te consumir por dentro. 
Joaquin poderia demonstrar várias coisas para os outros, mas para você ele não conseguia esconder nada do que realmente era. A maioria das pessoas via ele como brincalhão, baladeiro, mulherengo e desapegado tanto das obrigações do time quanto das pessoas. Talvez ele realmente era baladeiro e mulherengo, porém, Joaquin também era carinhoso, atencioso e mais do que nunca, preocupado com cada passo que dava em relação ao time, ao seu desempenho, as obrigações, apenas não demonstrava isso para muitas pessoas, mas você teve a sorte de ser a pessoa a quem ele depositou a confiança e já conhecia muito dele. 
— Papa no fez gol — Lucca fala enquanto ergue os braços para o pai, querendo colo. Gustavo pega ele e apesar de tudo, dá risada do que o filho fala. 
— É, papa no fez gol para você — ele responde, fazendo cócegas na barriga do filho, que apenas ri, logo sendo colocado no chão de novo. 
— Acho que está na minha hora — você diz enquanto levanta da cadeira, sendo seguida por Joaquin, que também avisa que vai para casa. Vocês dois se despedem de Jazmin e Gustavo, agradecendo pela janta e logo em seguida saindo pela porta, andando em direção ao elevador. 
— Eu te levo — Joaquin fala assim que nota você abrir o aplicativo do Uber, bisbilhotando seu celular por cima dos ombros. 
— Não precisa — você responde, mesmo sabendo que ele vai fazer de tudo para te convencer a aceitar a carona. — Logo um Uber chega. 
— S/N, não vou te deixar sozinha por aí essa hora — ele responde. Joaquin precisa apenas descer dois andares até estar em casa, ao contrário de você, que precisa de uma viagem de carro de pelo menos quinze minutos até estar no aconchego do seu apartamento. 
— Não tenho como recusar, não é? 
— Não mesmo.
Poucos minutos depois você já está dentro do carro dele enquanto ele dirigia devagar pela cidade, já tendo decorado o caminho até o seu apartamento de tantas vezes que te levou para casa após alguma mini festa de alguém do time ou após uma noite de balada com ele e outros amigos que vocês tinham em comum, pois sempre preferia ir de Uber e tomar ao menos um drink ao invés de beber e dirigir. 
— Você ainda vai viajar com nós, né? — Joaquin pergunta. 
— Acho que sim, Jaz ficou de me avisar se a viagem vai dar certo. 
— Claro que vai, todo o pessoal já confirmou. 
— Eu sei, Joaquin, mas me sinto uma intrusa no meio de todos vocês — você fala. — Eu não sou parte do time.
— Você é minha amiga e amiga de várias pessoas, todos te querem lá. 
— Vou pensar.
Joaquin dá um sorriso de canto e você não consegue segurar o próprio sorriso, sabendo que mesmo se tivesse dúvidas sobre a viagem que eles estavam programando para os dias de folga, ele ou Jazmin acabariam te convencendo a ir. Até Pia ou Lucca conseguiriam te convencer de participar dos dois dias de folga. Por sorte, você também tinha um trabalho flexível o suficiente para se ausentar durante a semana.
Assim que ele estaciona na frente do seu prédio, após longos minutos conversando sobre assuntos aleatórios no carro, você recolhe sua bolsa para poder sair do carro. 
— S/N, você pode ir comigo para a viagem, se quiser — ele fala e você consegue notar perfeitamente o tom envergonhado dele. — Eu sou o único que vou sozinho e você não precisa ir dirigindo.
— A Jazmin me chamou para ir com ela, mas acho que aceito a sua carona — Você responde. — De qualquer forma, meu carro ainda está na mecânica. Você vai na segunda a tarde?
— Eu pensei em ir à noite, tenho una entrevista segunda a tarde. 
— Ah, tudo bem — você responde. — Melhor assim, tenho algumas coisas pendentes no escritório também. Obrigada pela carona, Joaquin. 
Você coloca a mão no trinco da porta do carro e abre, mas sente o braço de Joaquin sobre sua mão e fecha a porta novamente. 
— S/N, na verdade eu queria te falar uma coisa — ele fala e coça a nuca, como se não soubesse o que dizer. 
— Pode falar — você incentiva, olhando para ele e guardando o celular na bolsa.
Joaquin suspira e desvia o olhar para o volante, mas em seguida volta a te encarar. 
— Ah, você sabe — ele começa, — eu gosto de você e queria saber se você quer sair comigo algun dia.
— Joaquin, nós já conversamos sobre isso — você fala, sabendo que é um tópico que ele sempre volta desde que se conheceram. 
— Eu sei, S/N, mas você já terminou há mais de um ano e eu sei que você também gosta de mim. 
Joaquin não está errado. Você suspira, sem saber como responder. Não é mentira que você acha ele bonito e com toda certeza ficaria com ele caso ele não fosse quem ele é. E é isso que você sabe que chateia ele. 
O momento que vocês se conheceram talvez não foi o ideal. Você se mudou de apartamento e mudou todo o restante da sua vida, o ciclo de amizades, academia ou supermercado apenas para esquecer absolutamente tudo sobre seu ex. 
Você estava em um relacionamento longo, noiva e com tudo milimetricamente planejado até descobrir uma traição que com certeza te fez entrar no pior momento de toda sua vida. Além de se sentir decepcionada, você ainda começou a se sentir insuficiente em todas as categorias da sua vida. 
E infelizmente, Joaquin ainda é um jogador de futebol. 
E você sabe desde que o conheceu pela primeira vez que ele tem sim interesse e nunca escondeu nem de você e nem dos amigos, mas ele também não deixou em momento algum a vida de balada e cheia de mulheres, mulheres essas que são modelos ou blogueiras e muito, muito mais bonitas que você. 
— Dame una chance — ele fala, se aproximando, enquanto coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Você vira a cabeça, mas Joaquin puxa e se aproxima, colando os lábios no seu. 
No primeiro momento você não reage, sem saber o que fazer pela surpresa. Joaquin coloca a mão no seu rosto, segurando virado para ele, então ele inicia um beijo intenso e que te faz suspirar. 
— Acho melhor não — você diz ainda de olhos fechados, afastando os seus lábios dele e sentindo o seu próprio corpo te trair ao não conseguir se afastar completamente. Joaquin percebe e te puxa mais uma vez, dessa vez levando a mão ao seu rosto para segurar você e a outra ele leva até a sua cintura, deixando leves carinhos com os dedos, mesmo por cima da blusa. 
Apesar de retribuir o beijo, seu cérebro ainda te trai e você não consegue deixar de pensar em todo o tempo que deu diversos tocos nele, apenas pelo medo de passar algo parecido com o que seu ex fez para você. 
Joaquin, ainda te segurando, deixa alguns selinhos sobre seus lábios e logo distribui em direção ao seu pescoço, te fazendo suspirar ao sentir os lábios macios trilhando um caminho por ali. 
— Joaquin, não — você coloca a mão no peito dele, empurrando ele. Dessa vez ele se afasta e olha para você. — Não posso fazer isso. 
— Por que você acha tão errado querer ficar comigo? — ele pergunta, encostando a cabeça no banco. 
Você não responde de início, apenas se ajeita no banco e olha para a sua frente, notando uma pequena movimentação na rua. 
— Você é novo, está no auge da sua carreira e eu tenho certeza que não sou a pessoa que você procura agora — você começa a falar e ele abre os olhos para te encarar. — Além do mais, eu não levo a mesma vida que você. Eu gosto de festa também, mas uma vez ou outra, não toda semana, mas principalmente… 
Você nega com a cabeça e desiste de falar, porém Joaquin ergue as sobrancelhas, querendo entender em qual ponto você estava querendo chegar. 
— Principalmente o que? 
— Eu não quero ser só mais uma mulher que caiu no seu charme e no dia seguinte é jogada para escanteio como se não fosse nada. 
Joaquin abaixa o olhar, como se não discordasse do que você acabou de falar. Talvez ele mesmo saiba a fama que tem, apesar de não ser tudo o que a mídia fala e você conhecer muito mais da personalidade dele. 
Ele não é uma pessoa ruim, nem de longe, mas por enquanto a vida de balada funciona muito mais pra ele do que um relacionamento sério. E sabendo da fama que diversos jogadores têm, a última coisa que você quer é acordar um dia com a notícia de ter sido trocada por outra. 
— Eu sei que a minha fama não é a melhor — ele fala, coçando a garganta, — mas você sabe que não seria só mais uma. 
— Acho melhor nós deixarmos as coisas como estão. 
— Tudo bem, se você prefere assim — ele dá de ombros, como se não se importasse. 
— Obrigada pela carona, Joaco — você fala e dá um sorriso para ele, que retribui, mesmo que pequeno. — Posso ir com você ainda para a viagem, né? 
— Lógico. 
✦‎۟ ࣭ ⊹
— Demorei? — você pergunta assim que vê Joaquin encostado no carro te esperando. Ele mandou uma mensagem poucos minutos atrás avisando que havia chegado, você rapidamente pegou suas coisas e avisou que estava descendo. 
— Não, acabei de chegar — ele responde, pegando a sua mala e colocando no porta-malas da BMW.  Assim que ele fecha, olha para você e você não consegue evitar um sorriso. — Tudo bien? 
Você se aproxima, cumprimentando ele com um beijo na bochecha e notando que ele está com uma roupa mais confortável, sem deixar de estar bonito. Não que ele ficasse feio de alguma forma. Ele usa uma bermuda solta e uma camisa básica que provavelmente custa o preço de um celular, além de tênis nos pés. 
— Tudo bem — você responde. — Apenas um pouco cansada por causa do trabalho. 
Joaquin concorda e vai até a porta do carro, abrindo para você, como sempre costuma fazer. Você dá um sorriso ao passar ao lado dele, sentando logo em seguida, observando ele fechar a porta e andar rapidamente até o lado do motorista. 
— Acho que vai chover — ele fala assim que liga o carro, notando que um relâmpago atravessa o céu. 
— Ótimo — você suspira. — Quando eu consigo me afastar do trabalho e aproveitar dois dias, o universo manda chuva. 
Joaquin apenas dá risada do seu drama, engatando outro assunto com você. Sempre foi assim, é fácil manter um assunto com ele já que ele sempre parece interessado no que você tem a dizer, ou então sempre acrescenta algo do próprio ponto de vista. 
Não é segredo para ninguém que vocês dois se deram bem de cara, inclusive foi algo que Jazmin comentou com você dias após conhecê-lo pela primeira vez. Ainda, Jazmin e Gustavo não fingem que às vezes tentam bancar os casamenteiros, mas a sua relutância em relação a ele sempre falou mais alto. 
A viagem dura cerca de uma hora e meia e Jazmin encaminha uma mensagem avisando que todos eles já estão lá, estão apenas esperando vocês dois. 
Como Joaquin tinha falado, a chuva não demora a cair com menos de vinte minutos de viagem, fazendo ele desacelerar um pouco o carro, já que os pingos grossos atrapalhavam a visão. 
— Será que devemos parar um pouco? — você pergunta, sem conseguir enxergar dois metros a sua frente. 
— Vamos ver se tem alguma coisa mais pra frente, deve ser perigoso parar o carro no meio do nada. 
— Certo, mas vai devagar — você fala se inclinando no banco, tentando enxergar algo além da água, mas nem o limpador do carro consegue dar conta de tirar. 
— Eu já estou indo devagar — ele retruca e você olha para ele, revirando os olhos. — Mais devagar que isso o carro para. 
O GPS do celular mostra que logo em frente há um posto de gasolina, então Joaquin dirige cautelosamente até lá. Assim como vocês dois, outros diversos carros estão parados esperando uma trégua na chuva para continuar, mas não há sinal de que diminuirá tão cedo. Ele estaciona o carro e desliga, empurrando o banco para trás e esticando as pernas.
— Ainda temos mais uma hora de viagem — você fala. — Espero que a chuva diminua. 
Infelizmente, a chuva só parece aumentar e o vento forte do lado de fora faz barulho, bem como os trovões que não param por um minuto. 
— Eu estou com fome — Joaquin fala, tentando olhar para a loja de conveniência do posto pelo vidro do carro. — Você quer algo? 
— Você vai sair nessa chuva? — você pergunta, sabendo que provavelmente ele vai levar um banho. 
— Não é longe — ele responde, se preparando para sair do carro. — Tranca a porta quando eu sair. 
Joaquin abre a porta e corre até a pequena loja enquanto você observa ele do carro. Já estão há dez minutos parados e a viagem que era para durar apenas uma hora e meia, provavelmente levará muito mais. 
Ele volta pouco tempo depois com uma sacola em mãos, correndo mais uma vez para o carro. 
— Caíram algumas árvores no meio da estrada, não sabem quando alguém vai chegar para tirar. 
— Você está falando sério? — você pergunta, sabendo que a chance de ele estar brincando é mínima. 
Ele concorda com a cabeça, te entregando a sacola com algumas coisas que ele comprou. Salgadinho, chocolate e um salgado de frango, além de uma coca. 
— Por isso tem tanto carro aqui parado — ele fala, dando uma mordida no próprio lanche. 
— Que ótimo, passar a noite no carro — você diz, se jogando contra o estofado do carro mais uma vez. 
— Na verdade, o atendente disse que voltando um pouco tem uma pousada, algo assim, se precisar. 
Você não responde. A chuva não para de cair e para ajudar não tem como passar pela estrada por causa das árvores que caíram com o vento, seria um milagre chegar ao destino hoje. 
— O que você acha? — você pergunta para ele. 
— Não vamos conseguir chegar hoje, e eu não quero passar a noite dentro do carro. 
✦‎۟ ࣭ ⊹
Você tenta sem sucesso não fazer careta ao ver o estado do quarto. Joaquin, atrás de você, não está muito diferente. 
— Isso aqui não vale nem cinquenta reais, quem dirá trezentos reais por uma noite — você reclama, jogando a mala no canto do quarto. 
— Tem uma cama, pelo menos — ele responde. Joaquin deixa a mala ao lado da sua e encara o quarto, indo até a janela em seguida para fechar a cortina. 
Após vocês terminarem de comer, voltaram um pouco do caminho para encontrar a pousada que comentaram com ele no posto de combustível. Não foi difícil encontrá-la, já que o letreiro era grande, mesmo com a chuva. 
A forte tempestade fez diversas pessoas pararem para passar a noite e com vocês não foi diferente, entretanto, a pousada pequena já estava praticamente cheia e só havia um quarto restante. Joaquin se ofereceu para dormir no carro, mas ele foi cavalheiro de pagar o valor total da estadia e você não podia deixar ele dormir no carro por mais de oito horas. 
É só colocar um travesseiro entre vocês. 
O lençol da cama parece horrível, a televisão antiga não deve pegar um canal e você está com medo de abrir o pequeno armário no canto do quarto. Não teria como piorar, certo? 
— Você se importa se eu tomar banho primeiro? — você pergunta, dando uma boa olhada no banheiro antes de declarar que estava tudo certo. Joaquin concorda e senta na beirada da cama, mexendo no celular. 
Joaquin já enviou mensagem aos amigos avisando que não teria como vocês dois chegarem hoje, recebendo alguns emojis tristes, exceto de Gomez, que mandou um emoji com olhar de canto que você não pode deixar de rir quando viu. 
Perto das dez horas da noite vocês estão lado a lado assistindo o jornal, a única coisa que funcionou na televisão precária do quarto. E o travesseiro entre vocês dois, deixando uma distância segura.
Joaquin parece tão exausto quanto você, que percebe que às vezes ele fecha os olhos e abre em seguida, como se estivesse lutando contra o sono. Apesar de ser estranho dormir com ele, você se sente mais confortável ao saber que ele está ao seu lado, pois seria muito pior estar em um quarto acabado igual esse sozinha. 
Aos poucos, você se permite relaxar na cama e deixa o celular de lado, puxando o lençol fino e se cobrindo, vendo que Joaquin se endireita na cama do próprio lado. Apesar de ser uma cama de casal, é minúscula, e o travesseiro que você colocou entre vocês ocupa muito espaço, deixando vocês dois em cada beirada e prestes a cair. 
Joaquin da boa noite e se vira de costas, você responde rapidamente e faz o mesmo que ele, o único som entre vocês é o da chuva torrencial que ainda cai do lado de fora, mas faz você cair no sono rapidamente. 
Um trovão alto te faz acordar assustada, se levantando na cama e olhando ao redor. Joaquin acorda com o seu pulo e você olha para ele, tentando voltar à realidade e lembrar do motivo de ele estar ali. Você percebe que o travesseiro entre vocês foi jogado longe e Joaquin está mais perto que o normal, que o aceitável. 
Na verdade, um braço dele está sobre o seu abdômen, como se estivesse abraçando durante o sono. 
— O que foi? — ele pergunta com a voz rouca. 
— O trovão me assustou — você responde, se jogando no colchão mole mais uma vez. Joaquin concorda apenas com um aceno de cabeça e suspira, se aconchegando mais em você. 
Você cogita tirar o braço dele de cima da sua barriga, mas não há nada de errado no gesto, então ignora, tentando pegar no sono mais uma vez. Outro trovão estridente faz as janelas do quarto tremerem e você leva mais um susto, porém, dessa vez, Joaquin aperta o braço dele sobre seu corpo, como uma maneira de tranquilizá-la. 
Você não é a maior fã de tempestades, então depois do segundo susto, você fica em alerta. Joaquin parece notar e inicia leves carinhos no seu braço com a mão. Por estar com sono, não impede ele, porém o que vem a seguir foge um pouco do seu controle. 
Ele se aproxima de você, colando o corpo dele na lateral do seu e colocando o rosto na curva do seu pescoço, te fazendo ficar paralisada ao sentir os lábios dele na sua pele. Você engole seco quando sente ele te apertar mais contra o próprio corpo, colocando a mão que estava sobre a sua barriga na cintura, apertando. 
— Joaquin — você mal consegue falar e ouve apenas um “shhhh” saindo dos lábios dele. Você sente seu coração disparar, sem saber o que fazer com o corpo quente dele tão próximo ao seu. 
Ele deixa um beijo leve no lóbulo da sua orelha, respirando perto e fazendo você se arrepiar com a sensação. 
— Você nunca ficou tão perto de mim assim — ele sussurra no seu ouvido, passando a mão pela lateral do seu corpo, arrastando os dedos lentamente até suas coxas com o shorts curto do pijama. — Dá me só um beijo. 
Você vira um pouco o rosto para o outro lado, tentando reunir forças para afastar ele, mas isso só dá mais espaço para ele atacar o seu pescoço. Ele leva a mão que estava na sua cintura até a lateral do seu rosto, impedindo você de afastar o rosto da boca dele. 
— Acho melhor não — você fala, mais uma vez tentando se afastar dele e ficar longe dos perigos que ele representa, mas sua voz foi tão incerta sobre o que estava pedindo que ele deve ter percebido a hesitação para pedir para ele se afastar. 
— Sólo un beso — ele diz uma última vez, puxando seu rosto em direção ao dele e você não consegue mais evitar, permitindo que ele cole os próprios lábios no seu. 
Joaquin se ergue um pouco do colchão e fica apoiado em um braço enquanto com o outro ainda segura seu rosto. Você permite ele te beijar, um beijo completamente do que vocês trocaram no carro dele, mas igualmente bom. 
Você suspira entre o beijo quando ele leva a mão novamente até sua perna, passando a mão levemente pela coxa e arrastando lentamente para cima, porém, dessa vez, ele leva a mão por dentro da sua blusa do pijama, apertando a pele enquanto fica cada vez mais em cima de você, sem soltar o peso. 
Inconscientemente, você leva a mão até os cabelos dele, puxando ele em sua direção enquanto aprofunda ainda mais o beijo. Ele parece gostar, pois você sente ele dar um leve sorriso entre o beijo antes de se erguer e se encaixar entre as suas pernas. 
Beijar Joaquin Piquerez entrou pro topo de suas coisas favoritas e é apenas o segundo beijo que vocês trocam. 
Você não consegue evitar de passar a mão pelo pescoço e estender os carinhos para as costas dele, ainda coberta pela blusa que ele usou para dormir. Ele interrompe o beijo e você continua de olhos fechados, aproveitando a sensação das mãos dele sobre seu corpo, mas logo sente ele beijar seu pescoço, pressionando o quadril contra você. 
Um suspiro alto que escapa pelos seus lábios parece incentivar ele, que pressiona a própria ereção contra você, sem se afastar dessa vez, fazendo você sentir exatamente o que ele tem para te dar. 
Ele puxa a barra da blusa do seu pijama para cima e coloca um braço sobre as suas costas para você erguer um pouco o tronco, permitindo ele tirar a peça. 
— Linda — ele fala, te admirando enquanto percorre o olhar sobre seus peitos. Ele mesmo tira a própria camiseta e volta a te beijar, você sente o calor do peitoral dele contra você e isso parece virar uma chavinha no seu interior, então você se ergue um pouco na cama para alcançar os lábios dele melhor e de forma mais quente. 
Joaquin leva uma mão até o seu peito, apertando e massageando, te fazendo soltar um gemido baixo entre o beijo. Sem perceber, você coloca as pernas ao redor da cintura dele, deixando ele colado em você enquanto passa a unha pelas costas dele, arranhando levemente. Ele se contorce ao sentir arrepio e você sorri, sabendo que ele gostou, então repete, sentindo ele esfregar o quadril contra a sua virilha incansáveis vezes. 
Ele afasta o rosto do seu e desce os lábios até seu peito, colocando na boca enquanto brinca com os dedos no outro, beliscando ou apertando, mas tudo o que você faz é fechar os olhos e aproveitar a sensação de finalmente ter ele ali. Joaquin também brinca com a boca, mordiscando e chupando a pele, provavelmente fazendo de propósito para deixar marcas ali, mas você não poderia se importar menos. 
— Você é muito linda — ele diz, erguendo a cabeça e te olhando. Você abre os olhos e encara ele, ficando envergonhada por estar tão exposta a ele, mas quando ele percebe, não deixa você criar ideias na cabeça. Ele tira suas pernas da cintura dele, afastando o quadril poucos centímetros do seu e leva uma mão até sua virilha, acariciando por cima do tecido e observando cada mínima reação sua ao toque dele. 
Você morde os lábios e suspira ao sentir o toque dos dedos dele e, por alguns segundos, tudo some da sua mente e a única coisa que você pensa é nele. Ser tocada por ele, beijada, admirada. Ele mais uma vez volta para o seu pescoço enquanto afasta o shorts do pijama apenas para o lado, deixando os dedos dele te acariciando por cima da calcinha, exatamente no ponto onde você mais queria. O toque te faz gemer e ele leva como incentivo, pois continua acariciando seu clitóris por cima do tecido, dessa vez você não consegue evitar e abre mais as próprias pernas, querendo que ele te toque mais. 
Você procura pelos lábios dele, virando a cabeça na direção dele e ele volta a beijar seu lábios. Joaquin, porém, leva as mãos até o cós do shorts fino de pijama e começa a tirar ele mesmo, porém, você para o beijo antes que ele possa tirar.
— Joaquin — você chama ele, com uma mão no peito dele, mas sem empurrá-lo. 
— Você não quer fazer isso? — ele pergunta baixo, friccionando a própria ereção na sua virilha enquanto deixa mais alguns beijos entre seu rosto e pescoço. — Você tem um gosto tão bom.
— É que.. hã.. faz tempo que eu.. erm…— você começa a falar, se envergonhando e pausando a frase, mas ele te incentiva a continuar. — Nunca fiquei com outro cara além do meu ex. 
— Sério? — ele pergunta, arregalando os olhos, surpreso, mas sem te soltar. — Ninguém? 
— Eu conheci alguns caras nesse tempo solteira, mas nunca chegou a tanto — você admite. — Acho que tenho medo de não saber o que fazer com alguém diferente. 
Você esperava que ele se afastasse e esquecesse a ideia de ficar com você, mas ele apenas dá um sorriso em sua direção e te beija mais uma vez, tão gentil e amoroso quanto antes, porém com mais precisão. 
— Não precisa ter medo, eu tenho certeza que vou gostar de tudo o que você quiser me dar — ele responde, puxando seu shorts para baixo juntamente com a calcinha que você usava. Ele se afasta apenas para tirar o tecido e jogar em algum canto do quarto e logo deslizando o olhar dele por todo seu corpo, te fazendo arrepiar ao notar a luxúria e desejo nos olhos dele. 
Para não te deixar desconfortável, Joaquin também tira toda a roupa que usa e você, pela primeira vez, consegue admirar o corpo de um jogador de futebol bem na sua frente. Outro trovão faz as janelas tremerem e você mais uma vez leva um pequeno susto, mas dessa vez apenas dá risada enquanto Joaquin se abaixa novamente. 
Você permanece deitada de costas no colchão, mas dessa vez ele não volta a te beijar, apenas desliza a mão até a própria ereção, fazendo movimentos leves e não desviando o olhar de você em nenhum momento. Ao observar a cena, a sua vontade é de chorar ao admirar ele ali na sua frente, mas logo sua mente volta a lugar nenhum quando ele se abaixa e distribui beijos que iniciam no seu peito, passando pela barriga ao mesmo tempo que as mãos dele acariciam suas coxas. 
— Eu sonhei tanto com isso — ele fala assim que fica frente a frente com o meio das suas pernas e você não consegue fazer nada além de dar risada e ansiar pelo toque dele. — Tão molhada pra mim. 
— Por favor — você pede, não aguentando mais um segundo sem sentir ele em algum lugar do seu corpo. 
Ele apenas dá um sorriso malicioso e deixa mais alguns beijos na sua virilha, mas em seguida, leva os dedos de uma mão até sua abertura, passando a língua por toda a extensão pela primeira vez. A sensação te faz gemer alto, sem lembrar que há outros diversos hóspedes pelo corredor da pousada, provavelmente dormindo nesse momento. 
Ele leva as mãos até suas pernas, abrindo elas mais ainda para que ele possa te lamber, exatamente como ele sonhou por meses. Joaquin passa a língua algumas vezes entre suas dobras e você se contorce na cama, erguendo as costas e gemendo mais uma vez quando ele estimula seu clitóris com a língua. 
É vergonhoso falar que Joaquin, em menos de dois minutos, mostrou que seu ex não sabia de forma alguma como agradar uma mulher com sexo oral. Talvez ele também fosse o motivo de você evitar que ele te chupasse todas as vezes, pois não gostava tanto da maneira como ele fazia. 
Mas isso não tem nem comparação com o que você recebia. 
— Essa boceta tem gosto de mel — ele fala e deixa um leve sopro na sua entrada, te arrepiando quando entra em contato com o molhado da saliva dele e da sua própria excitação. Ele volta a te chupar, alternando entre a velocidade dos movimentos, sentindo você cada vez mais se contorcer sobre a boca dele. 
— Joaquin — você geme, levando as próprias mãos até seus peitos, brincando com seu mamilo em busca de um alívio maior do que a sensação prazerosa que ele te proporciona com a boca e a língua. — Isso é tão bom. 
— Olha pra você — ele fala quando ergue a cabeça do meio das suas pernas, — tão molhada e tão bonita enquanto eu te chupo. 
As palavras sujas que ele solta te levam a outro nível de prazer, algo que você nunca experimentou e nunca imaginou que também gosta. 
Ele leva dois dedos até sua entrada e penetra, sem tirar a língua que continua te estimulando. Um choramingo desesperado sai da sua garganta e Joaquin parece gostar, pois solta um gemido enquanto está com a boca ocupada na sua boceta. Ele começa a te foder com os dedos e inconscientemente, seu quadril ganha vida própria contra ele. Você não consegue controlar os movimentos desesperados em busca de alívio na direção da boca dele, querendo mais que tudo que ele te faça gozar. 
Palavras incompreendidas saem de seus lábios quando a sensação quente do orgasmo se forma dentro de você, ainda mais por sentir que Joaquin está em cada parte do seu corpo. Dedos, boca, o olhar dele sobre você… 
— Goza na minha boca — ele fala. — Quero ver você gozar. 
— Ah meu Deus — você geme, rebolando contra o rosto dele cada vez mais rápido e mais desesperada. — Ah meu Deus. 
Ele acelera os movimentos com a língua e enfia os dedos mais rápidos dentro de você, então em segundos, você se desfaz na boca dele, apertando seu próprio peito enquanto sente a sensação do orgasmo dentro de você. Você consegue sentir suas paredes internas apertarem os dedos dele enquanto goza, ainda gemendo o nome dele. 
— Esse é o melhor gosto que eu já senti — ele fala, deixando uma última lambida e erguendo a cabeça. Você consegue ver os rastros da sua umidade contra a barba dele e mesmo tendo acabado de gozar, você tem certeza que isso te deixa excitada novamente. — Dá me un beijo, sente teu gosto. 
Você não consegue falar nada, ele apenas sobe até você novamente e coloca a mão atrás do seu pescoço, erguendo sua cabeça e te puxando para um beijo faminto. Você sente o seu próprio gosto na língua dele, gemendo contra a boca dele ao sentir a língua dele deslizando contra a sua. 
— Posso te foder? — ele pergunta, levando uma mão até o próprio pau e passando contra a sua boceta úmida, te fazendo gemer ao passar a ponta do membro dele contra o seu clitóris, que ainda estava sensível. — Por favor, quero tanto isso. 
— Sim — você fala, abrindo mais as pernas para receber ele. Você abaixa o olhar para observar os corpos de vocês dois próximos, mordendo os lábios ao notar que ele está completamente duro, quase pingando contra você. Você leva uma das mãos até o pau dele, segurando e masturbando ele rapidamente enquanto ele afunda a boca no seu peito mais uma vez, mordendo seu mamilo e puxando, fazendo você fechar os olhos e perceber que já está completamente pronta para receber ele. 
Você leva uma perna ao redor da cintura dele, aproximando o corpo dele do seu e direcionando com a sua mão o pau dele para dentro de você. Ele solta seu peito e fecha os olhos, então você nota que ele tenta se conter quando finalmente, desliza tudo para dentro de você. Vocês dois soltam gemidos com a sensação prazerosa, porém ele ainda não se move, querendo que você se ajuste perfeitamente a ele. 
— Tão apertada — ele fala, mordendo os lábios enquanto segura o próprio peso do corpo com os braços, sem soltar o corpo em cima de você. — Isso é tão bom. 
Como ele não se mexe, você puxa a cintura dele com a perna, incentivando ele a se movimentar dentro de você. Ele geme e finalmente começa a te foder da maneira que ele sempre quis. Joaquin não faz movimentos rápidos de início, mas aumenta aos poucos, sentindo você se apertar contra ele, sabendo que dessa maneira não duraria muito, não depois de te ver gozar na boca dele. 
— Porra, que gostoso — ele geme mais uma vez e levanta o próprio tronco, sem deixar de te foder rapidamente. Ele tira sua perna da cintura dele e ergue, colocando uma das suas pernas sobre o ombro dele, querendo te sentir mais fundo e para poder te foder mais rápido. 
Sem conseguir evitar, você fecha os olhos, pois tinha certeza que nunca tinha sentido uma sensação tão boa em toda sua vida, sabendo que gemidos desesperados e palavras desconexas saiam pelos seus lábios. 
Ele parece tão fora de si quanto você, pois acelera os movimentos ainda mais, fazendo a cama velha fazer barulho pelos movimentos desesperados. Você abre os olhos assustada, ele nem sequer percebeu e leva os dedos até o seu clitóris, querendo fazer você gozar mais uma vez. 
— A cama — você fala, mas sem querer que ele pare os movimentos, — está fazendo barulho. 
— Foda-se — ele fala e você revira os olhos ao sentir os dedos dele te estimulando mais uma vez. — Eu quero que você goze no meu pau agora. 
— Sim, — você fala agarrando o lençol ao seu lado, deixando a ponta de seus dedos brancas ao apertar o tecido — mais rápido, por favor. 
— Meu pau encaixa tão bem em você — ele diz, aumentando os movimentos conforme você pediu. 
A cama começa a bater na parede e sem dúvidas vai acordar quem está dormindo no quarto ao lado, mas você nem consegue se importar com isso quando sente o orgasmo se aproximando mais uma vez. 
Joaquin abaixa a sua perna e você enrola elas na cintura dele mais uma vez, sentindo que ele leva uma das próprias mãos até a sua mão esticada sobre o lençol, entrelaçando seus dedos no dele. Ele aperta sua mão, sendo carinhoso ao mesmo tempo que te fode como você nunca foi antes. 
— Eu vou gozar — ele fala, deixando uma lambida no seu pescoço e a outra mão livre ele leva do outro lado do pescoço para apertar levemente. Você pega a sua mão livre e coloca por cima da dele, levando até a frente do seu pescoço e apertando a sua mão sobre a dele, indicando para ele te enforcar levemente. — Ah, dios.
— Pode gozar — você fala, sabendo que provavelmente teria um orgasmo ao mesmo tempo que ele. Ele aperta seu pescoço e solta sua mão, fazendo movimentos descontrolados enquanto solta suspiros e gemidos, seguidos de alguns palavrões. 
Não demora muito e você mais uma vez sente seu estômago se contrair, gemendo contra a boca dele quando goza pela segunda vez. Joaquin, ao sentir você se contrair ao redor dele, não consegue evitar, gozando também enquanto faz alguns movimentos atrapalhados pela sensação do orgasmo atravessar o corpo dele. 
Aos poucos ele para os movimentos, gemendo contra o seu pescoço quando termina de gozar e você sente cada parte dele pulsando dentro de você. Você fecha os olhos quando ele cai sobre o seu corpo, com o rosto na curva do seu pescoço, relaxando aos poucos junto com ele. Você tira as pernas ao redor da cintura dele e deixa elas caírem sobre o colchão, trêmulas por causa do orgasmo. 
Você vira o rosto em direção a janela quando uma claridade invade o quarto rapidamente, então ouve a chuva caindo e não parece ter diminuído desde que vocês chegaram ali. Um trovão mais uma vez é ouvido e você sente Joaquin respirar silenciosamente contra você, achando que ele tinha dormido, mas quando você cutuca o braço dele, ele ergue a cabeça e te encara, sorrindo preguiçosamente. 
— Isso foi muito bom — ele fala, com a voz arrastada. Ele se levanta e sai de dentro de você, te deixando com a sensação de vazio, mas ele volta e deixa um beijo lento nos seus lábios, te arrancando suspiros. — Vou te limpar. 
Ele se levanta e anda até o banheiro, voltando com um pouco de papel e passando entre suas pernas, tirando o que havia ficado ali, indo até o banheiro e voltando logo em seguida. Ele deita ao seu lado e te puxa contra ele, colocando um braço embaixo da sua cabeça, te fazendo ficar deitada contra o peito dele. Você quase suspira quando ele deixa um beijo nos seus cabelos, um carinho que você há muito tempo não tinha com ninguém. 
— Está pronta para me dar una chance? — ele pergunta enquanto passa os dedos pelas suas costas. 
Você solta uma risada baixa e não responde de início, pensando em todas as possibilidades, mas não querendo prometer nada a ele. 
— Eu posso pensar no seu caso — você responde, fazendo desenhos invisíveis no peito nu dele. — Vamos ver como as coisas se desenrolam. 
Você não quer pensar no futuro, nas coisas que podem acontecer ao namorar com ele. Nada disso passa pela sua cabeça enquanto você aproveita a sensação de estar deitada ali com ele, sentindo o sono se aproximar enquanto a chuva se faz presente do lado de fora.
— Eu posso lidar com isso.
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hashnna · 26 days
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Alfabeto NSFW; Tom Glynn-Carney.
Notas: Eu vinha pensando nisso a literalmente dias! Mas não sabia de quem fazer, até que me veio o Tom na cabeça. Aproveitem o surto! (Eu corrigi isso duas vezes, se ainda houver algum erro de digitação provavelmente só vou notar depois 😔)
Avisos: Conteúdo sexual, menções a: sexo oral, creampie, breeding kink, sexting e mais, isso aqui é uma baixaria.
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A = AfterCare
 Tom normalmente costuma ser quieto, ele não vai se tornar tão falante no pós sexo, mas vai ficar abraçado em você, deixado alguns beijos pelo seu rosto ou pescoço, sorrindo enquanto te dá alguns selinhos preguiçosos ou apenas faz carinho nos seus cabelos até que você durma.
 Mas dependendo da intensidade das coisas, depois ele sempre vai se certificar de que está tudo bem e pedir sua comida favorita, e enquanto esperam o delivery, ele vai te levar pra tomar um banho com ele e te ajudar com o sabonete, shampoo, hidratante corporal e o que mais você usar após sair do banho enquanto vocês conversam e riem de alguma bobagem.
B = Body Part
Ele é louco por todo o seu corpo, mas bem, Tom é completamente obcecado pela sua bunda. Isso é tudo. Quando você está com uma roupa mais justa, só de calcinha ou sem, ele não consegue evitar o impulso de acertar um tapa forte o suficiente para fazer sua pele tremer e você reclamar —apenas por puro charme— e ele vai apenas rir de sua reclamação.
 Ele gosta de usar sua bunda como travesseiro quando estão deitados na cama naquele momento de preguiça, ou simplesmente tocar, apertar, morder. Qualquer coisa que ele puder fazer com sua bunda, ele vai fazer.
C = Cum (onde ele gosta de gozar)
 O ponto alto pra ele é sempre gozar na sua boca, adora ver seus lábios em volta do pau dele. Mas quando goza dentro, gosta de observar a gota grossa de esperma vazar para fora, apenas pra que ele espalhe por toda sua intimidade com os dedos e em seguida leve os dígitos lambuzados a sua boca para te ver chupá-los.
D = Dirty secret
 Tom tem um desejo inusitado que ainda não te contou, por medo de que das três uma, ou você o ache um pervertido além do que te agrada, ou ache que ele está de algum jeito querendo te fazer se afastar ou terminar com ele, te "dando" pra outro homem, ou simplesmente por medo de que você voluntariamente perca o interesse nele. Mas bem, ele gostaria de trazer outro homem para a cama, junto com vocês, dividir você com outro alguém. Internamente, ele sempre imagina um dos amigos nessa circunstância.
E = Experience
 Bastante experiente de modo geral, sexo sempre foi pra ele uma forma de comunicação muito importante. Então, ele sabe exatamente o que fazer e como fazer, é ótimo com as mãos, com a boca e com o pau.
 E nas pouquíssimas coisas em que ele não tinha experiência ou ainda não havia testado na cama, ele o fez com você.
F = Favorite Position
 Como dito anteriormente, ele adora sua bunda, então ele tem preferência pelas posições em que ele possa ter acesso fácil a ela, tocá-la, apreciá-la, bater. De quatro, de ladinho, por trás, 69, de bruços com um travesseiro embaixo do seu quadril e bem empinada na cama, qualquer posição que lhe dê acesso às suas nádegas.
G = Goofy (o quão sérios eles são nesse momento?)
 Tom está quase 100% do tempo de bom humor e fazendo piadocas, ele adora o som de sua risada. Geralmente ele está sempre fazendo piadinhas de duplo sentido e brincadeiras cheias de intenção com você. Ele brinca, te faz rir enquanto tira sua roupa e faz alguma gracinha. Vai te abraçar por trás enquanto você cozinha algo e dizer que está com fome, e se você disser que está quase pronto, ele vai dizer, como uma criança mimada, que quer comer a sobremesa primeiro, enquanto as mãos já estão indo até o meio de suas pernas.
H = Hair (quão depilado ele é? O tapete combina com a cortina?)
 Esse foi um dos primeiros pensamentos que te surgiram quando o conheceu, e bem, bastou ver a barba dele crescer para que você percebesse que lá embaixo, o tom loiro um pouco mais escuro permanece.
 Normalmente ele não se importa com pelos, seus ou dele. Ele apenas mantém aparado, e constantemente deixa crescer aquela trilha de pelos abaixo do umbigo, porque sabe que você acha a imagem atraente.
I = Intimacy
 Vocês são completamente íntimos e não apenas sexualmente. Claro, há uma intimidade absurda em cada beijo, fluido e gemidos que compartilham um com o outro, desde os desejos mais simples aos mais imorais.
 mas há algo mais atraente ainda na intimidade do dia a dia, como o silencio confortável na cama enquanto se beijam após uma rodada de sexo. Ou nos banhos matinais, que vocês transformaram em parte da rotina, onde vocês curtem um ao outro, trocam beijos, risadinhas bobas e nos dias em que ele está afim de fazer a barba, te senta sobre a bancada da pia, ficando entre suas pernas e deixa que você o faça para ele, quase sempre te zoando um pouco fingindo que você o cortou, para logo em seguida se desculpar rindo pela brincadeira e te dar um selinho, sujando seu rosto com a espuma de barbear.
J = Jack Off (masturbação)
 Atualmente, com a vida sexual ativa que vocês tem, não é algo que ele precise ou sinta falta, então é muito raro que ele o faça sozinho, apenas nas poucas vezes em que estão afastados, quando vocês trocam fotos e vídeos atrevidos.
 De resto, normalmente você sempre está junto, batendo uma para ele ou de joelhos, se tocando enquanto o observa se tocar até gozar na sua boca.
K = Kinks
 Ah, ele tem muitos, alguns que ele sequer sabe se tem um nome, mas creampie está provavelmente no topo de todos eles. O relacionamento de vocês também o trouxe um interesse ainda maior por sexting e sextapes.
 Nos últimos tempos ele também adquiriu um gosto enorme por breeding kink, veja bem, a partir do momento em que o relacionamento de vocês chegou ao estágio de confiarem apenas na eficácia do anticoncepcional e na sorte, se tornou inevitável para ele gozar dentro de você sem inundar a mente com a ideia de estar colocando um bebê em sua barriga linda.
L = Location (Lugares favoritos para transar)
 Veja bem, ele teria você em qualquer lugar sem pensar duas vezes. Mas, Tom normalmente gosta de barulhos, é completamente fascinado pelos seus gemidos, e claro, o lugar mais confortável onde ele pode ouvir cada gemido seu, sem interrupção, é dentro do apartamento de vocês.
M = Motivation
Você.
 Ele não precisa mais de mais que isso, desde de que se conheceram ele costuma dizer que se tornou viciado em você, e isso não é nem de longe um exagero.
N = No (Algo que ele não faria)
 Veja bem, você e Tom costumam não ter limites ao realizarem fetiches. Mas se há algo que ele passa longe, é qualquer coisa que machuque você. Ele gosta de te marcar com chupões, mordidas de amor, alguns tapas, mas mais do que isso, como usar algum objeto, mesmo um couro de sexshop próprio para isso é demais para ele. Mesmo que você quisesse, implorasse, ele não o faria, isso está totalmente fora de cogitação para ele.
O = Oral
 Pelos deuses! Ele é tão bom nisso que chega a ser frustrante o quanto te faz gozar rápido e quantas vezes quiser apenas com a língua. Com certeza, nenhum outro homem foi capaz de dar a você os orgasmos que ele dá. Bem, ele poderia facilmente ter febre se não provar da sua buceta todos os dias.
 E por favor…sua boca em volta do pau dele é uma das visões mais lindas que ele já viu na vida, ele poderia morrer de tesão  quando você ajoelha na frente dele, desfazendo os botões da calça com um sorriso travesso e coloca o pau dele na boca. É completamente louco por essa sensação.
P = Pace (ele prefere  forte e rápido ou lento? Etc.)
 Depende muito do dia, do humor dele, do momento.
 De manhã, nos dias em que ele acorda manhoso e com preguiça, ele vai te acordar com beijos suaves e carinho, até estarem fazendo amor gostosinho, cheio de beijos e gemidos manhosos. Ou ele pode acordar explodindo de tesão e simplesmente te foder como se fosse a última foda de sua vida.
 Tom pode simplesmente querer uma foda calma e lenta no sofá, enquanto você cavalga nele e algum programa idiota passa na tv, ou querer te colocar de quatro, com o rosto achatado contra a almofada e a bunda bem empinada equato te fode com força.
 E as fodas quando ele está bravo por algo, seja por uma discussão boba que vocês tiveram ou por algum estresse do dia…se prepare para o pior(melhor).
Q = Quickie (o quanto ele gosta, com que frequência, etc.)
 Ele é um grande entusiasta da rapidinha. Com uma vida sexual ativa como a de vocês, se tornou comum que a qualquer momento seja o momento, uma rapidinha enquanto estão atrasados, uma rapidinha na cozinha enquanto esperam o jantar ficar pronto ou na sala enquanto esperam o delivery chegar,, qualquer hora é hora para uma rapidinha.
R = Risk
 Tom tentaria inúmeras coisas, desde que não envolvam algum risco de vida, deuses! Ele não experimentaria foder você em um parapeito sem grades à dez andares de altura mesmo que goste de adrenalina.
 Mas fetiches? Ele não teria problema em experimentar algo que nunca testou, se vocês gostarem ou não, será algo para ser discutido em seguida.
S = Stamina (quantas rodadas ele aguenta? Quanto dura?)
Ele poderia te dar uma foda lenta de meia hora, cheia de caricias, momentos em que ele apenas para, totalmente dentro de você enquanto enche seu pescoço de beijos, ou três ou quatro rodadas a mesma noite. Vocês estariam trocando beijos e risadas bobas depois de uma foda, e minutos depois estariam transando de novo.
T = Toys
 Tom descobriu que gosta até demais daqueles vibradores que se pode controlar através do celular, se tornou um dos brinquedos que ele mais gosta de usar com você. Ele também gosta de vez ou outra alguma algema, venda. E também acha muito atraente um plug com uma pedrinha rosa entre suas nádegas.
U = Unfair
 É um provocador nato, ele vai andar pela casa de cueca, ou usando apenas um short com a barra mais embaixo do que devia, deixando todo o caminho da felicidade aparente, e ele vai fazer alguma gracinha quando te pegar babando pelo corpo dele. Ele vai sair do banho e passar um bom tempo andando pela casa do de toalha ou pelado sem vergonha alguma.
V = Volume
 Ele não tem pudor algum de gemer, ele arfa, rosna entredentes enquanto te fode e elogia o quanto você é boa enquanto chupa o pau dele. Mas às vezes, ele também vai se esforçar para ficar um tico mais quieto, apenas para apreciar mais ainda os gemidos que saem da sua boca, que são, de longe, o som favorito dele.
W = Wild Card (algum fetiche ou headcanon aleatório)
 Tom adquiriu um gosto inusitado por agricultura, o que o fez consequentemente querer unir o útil ao agradável, ele não se importaria em te foder no meio de um celeiro ou em um campo, com terra espalhada pelo seu corpo e pedaços de grama presos no seu cabelo.
X = X-ray
Você normalmente não confiava nessas coisas como teoria do L, teoria do nariz ou do pé, pff! Mas bem, Tom provou que se para muitas pessoas, lhe falta alguns bons centímetros de altura, elas se surpreenderiam ao ver onde todos esses centímetros foram parar.
 Mesmo estando acostumada, você ainda não consegue evitar a surpresa, ou o ardor no fundo de seu íntimo quando ele entra inteiro, sem aviso.
Y = Yearning (quão alto é o desejo sexual dele?)
 Alto, como citado no tópico I = intimacy, pra ele sexo é uma forma de conexão importante. Isso, consequentemente, o leva a ter um desejo sexual alto, mas ainda assim saudável.
Z = Zzz (quão rápido ele irá adormecer)
Vocês costumam sempre ficar um pouco acordados logo depois, naqueles momentos de beijos, carícias e declarações. Mas se você realmente quiser apenas relaxar e dormir depois, ele não vai ter dificuldade nenhuma em simplesmente fechar os olhos e adormecer menos de cinco minutos depois. E nos dias em que ele está mais cansado ou simplesmente sonolento, ele vai adormecer quase que de forma instantânea.
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Notas Finais: Isso aqui foi MUITO divertido de fazer! Eu poderia fazer vários 😭😭
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babydoslilo · 8 months
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Sob Holofotes
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Em Sob Holofotes, acompanhamos a trajetória de dois jovens extraordinários cujas vidas colidem em uma sessão fotográfica para uma renomada revista. Um talentoso cantor que trocou a agitação de Londres por uma busca musical nos Estados Unidos e um deslumbrante modelo com raízes americanas, mas que cresceu entre os encantos britânicos devido ao trabalho.
O enredo se desdobra quando a oportunidade de uma colaboração fotográfica surge, levando-os a encenar um namoro falso para ganhar visibilidade na internet. A fachada de um romance falso se torna o ponto de partida para reflexões mais profundas sobre identidade, amor e a complexidade das relações na era das redes sociais. 
Enquanto ambos enfrentam suas próprias jornadas pessoais, suas vidas se entrelaçam em uma trama de flashes e melodias, numa história que revela os desafios por trás da imagem pública, enquanto os protagonistas descobrem que, por trás das câmeras e dos holofotes, as verdadeiras melodias da vida continuam a ecoar.
Essa história contém: Fake dating (namoro falso); Htops; Lbottom; Smut gay, obviamente; Slow burn (as coisas demoram um pouco para acontecer); Possíveis gatilhos com relação aos encontros (tomei como base os stunts da vida real).
WC: + 34K de palavras. (Pegue a pipoca e fique confortável) 
Comentários e votos são sempre importantes, então não me poupem.
Aproveitem!
I
A vida de um homem que resolveu não seguir o que a sociedade havia escolhido para si não era nada fácil. O adolescente magrelo e pálido não queria outra coisa senão andar de skate, fumar maconha e tocar guitarra. Quando jovem adulto, no auge dos seus dezenove anos, resolveu não enviar a carta para as faculdades e no lugar disso ele juntou algumas economias com as apresentações que fazia nos bares da cidade e gravou uma demo. 
A bandinha de garagem, como muitos chamavam, era composta por alguns amigos que a vida lhe deu. Entre muitos experimentos, idas e vindas, dramas sobre quem iria ser a cara da banda, sobrou ele, Louis; Matthew, um velho amigo que se juntou à família quando começou a namorar a prima de Louis, apesar de agora serem apenas desconhecidos que se conhecem demais; Nick, o cabeludinho de moletom que certo dia, no ensino médio, pediu para fazer um teste e tocar com eles; e Jamie, o colega de turma de um dos seus melhores amigos e segundo guitarrista que tiveram, logo depois do anterior não aceitar dividir uma fama que sequer havia chegado. 
O Louis Tomlinson de quase 20 anos, assim que criou coragem e terminou de enviar a demo para pelo menos dez rádios locais e outros vários empresários conhecidos por apoiar a carreira de artistas iniciantes, se reuniu com seus parceiros de todas as horas na velha garagem tão bem conhecida, abriram uma caixinha de cerveja e se deixaram sonhar, mas o fato de arriscar tudo o que tinha e, na verdade, todo o seu futuro, fazia o rapaz se sentir apreensivo, não queria estar só. Sabia que a família ainda não aceitava muito bem sua escolha, e ele se pegava pensando se havia necessidade de ter sido tão radical ou ele poderia ter feito como Jamie que, mesmo na banda, acabou de ser admitido em duas faculdades. 
Ou como Matthew, que tocava muito bem, mas não dispensava qualquer outra oportunidade de emprego, sempre pensando na hipótese da vida de artista não dar certo, coisa que Louis nunca se deixou pensar para não atrair. Como Nick ele nem ousava comparar, era impossível haver realidades mais discrepantes. O amigo só era meio esquisito e misterioso, e com isso mascarava a riqueza da família muito bem por trás dos fios cumpridos oleosos e roupas desgastadas. 
Então era de se imaginar que quando finalmente ele recebeu um email que tinha como remetente um produtor local, lágrimas gordas saíram sem pedir licença pelos olhos azuis e uma respiração longa demonstrou quanto peso saiu das suas costas. A primeira comemoração aconteceu entre ele, seu velho notebook e uma garrafa de cerveja, enquanto respondia o email sem enxergar muito bem as letras por sua visão continuar cada vez mais embaçada. Depois, ele se recolheu em um canto do sofá manchado e sorriu entre as lágrimas que representavam nada mais que alegria e realização. Ele finalmente pôde sentir que era capaz. 
Hoje, após ter recém completado 25 anos, Louis olha para trás e fica feliz com sua pequena trajetória. Do subúrbio de Londres ele se mudou para Los Angeles logo após lançar o primeiro álbum de verdade, vendo como o produtor estava certo em dizer que aquele tipo de som faria mais sucesso nos Estados Unidos e, conforme era de se esperar, eles iriam aonde fosse necessário por um sonho. 
A saudade da família era uma questão a ser trabalhada já que a grana não era boa o suficiente para custear viagens tão longas e caras, mas pelo menos as principais comemorações tentavam passar juntos, tentando amenizar pelo menos um pouco a saudade que sentia da mãe, do padrasto e suas irmãs mais novas. Também foi meio que por eles o surgimento do nome oficial da banda, Arctic Monkeys, mas ninguém precisava saber que ele confundiu o Atlântico, aquele oceano que divide os dois continentes onde seu coração batia, com o Polo Ártico. Geografia nunca foi o seu forte mesmo. 
– Ei, Tommo! Consegui um job perfeito pra você, vai me agradecer depois. – Tristan Evans chegou sorrindo. 
O homem de cabelos loiros e olhos azuis gélidos era seu agente de relações públicas e secretário, na verdade o amigo meio que fazia tudo o que estivesse ao seu alcance para elevar a carreira da banda e dos meninos individualmente. Ele parecia novo demais apesar de ser poucos anos mais velho que Louis, já na casa dos trinta, e o estilo jovial com aquele sorriso de dentes pequenos contribuem para essa imagem. 
– Vamos lá Evans, me dê uma boa notícia de verdade dessa vez. – o menor sorriu descrente. 
Louis tinha acabado de fechar as cartas que chegaram no estúdio cobrando aluguel e outros financiamentos, nem tudo eram flores para bandas menores, e o agente sabia bem disso. O loiro corria para cima e para baixo procurando as mais diversas oportunidades para colocar os seus músicos preferidos às vistas do público, independentemente de como isso se daria, pois ao seu ver o importante era ser conhecido.  Foi assim, inclusive, que Jamie acabou em um comercial de pasta de dente na TV e Nick teve que fazer diversos posts patrocinados no Instagram. 
– Você lembra da Attitude Magazine, certo? Então, eu consegui o contato de um dos redatores da revista e agora você tem um ensaio fotográfico na próxima semana. – o homem de cabelos rebeldes sorriu orgulhoso ao passo em que pegava o celular para mostrar a conversa com o tal redator.
– Attitude.. aquela revista britânica LGBT? É dessa Attitude que você tá falando? – o olhar irônico estampava o rosto do moreno. – Por que eles iriam querer fotos minhas, um cara que deixou seu país para viver o sonho americano e ainda por cima nem representa a comunidade? 
– Você ainda é um filho da coroa, não é? Olha, Tommo.. confia em mim, eu sei o que estou fazendo. – sentou ao seu lado no sofá marrom que ficava atrás da mesa de som, fora do espaço de gravação, e pousou uma das mãos no ombro estreito do mais novo. – A revista não estampa apenas pessoas LGBT, apesar de que sua capa não vai ficar tão distante...
– O que você quer dizer com isso? – rebateu, confuso. 
Louis até teve uma pequena experiência quando mais novo, mas não chegou a considerar os beijos trocados com o seu antigo guitarrista em uma onda de maconha e álcool como algo válido. Na verdade ele nem desconfiava que alguém poderia saber do ocorrido já que naquele dia Matthew e Nick estavam tão chapados que sequer podiam lembrar os próprios nomes ou como mirar o pinto para mijar no lugar certo, quem dirá o que aconteceu entre os dois colegas. De qualquer maneira, mesmo que não tenha se interessado em repetir a dose com qualquer outro homem, sua vida sexual ou romântica não era pauta para o público, nunca foi. 
– Eles querem mostrar um pouco do jovem cantor que largou a vida em Londres para trás e passou a cantar sua história na América, e esse é você caso não tenha percebido. Mas também teremos outro jovem que tem raízes nos Estados Unidos e vive praticamente na Inglaterra desde muito novo por conta do trabalho.. são histórias bonitas e até que parecidas.
– Ainda não entendi em que ponto a comunidade se encaix-
– Ah sim, claro. Ele é um homem gay assumido desde criança praticamente, então é uma grande referência para várias pessoas. 
– E nós vamos fazer as fotos juntos? – perguntou o que já sabia apenas para confirmar. 
– E vocês vão fazer as fotos juntos! – Tristan sorriu brilhante. – O estilo das fotos depende muito do fotógrafo que vamos conhecer apenas no dia, então você deve estar preparado para glitter, roupas estranhas, pouca roupa.. sei lá o que passa na cabeça desse povo. Nada que você não possa lidar, com certeza. 
– Bom.. ok?! Pelo menos não vou ter que fazer vídeos para as redes sociais só para mostrar a marca que estou vestindo. – a alfinetada no companheiro que nem estava presente rendeu boas risadas até que ele se deu conta de um detalhe. – E o americano que vai fazer as fotos comigo, quem é?
– Oh, sim.. você provavelmente não conhece, moda não é muito sua área. – o loiro falou com ênfase ao encarar de cima a baixo as roupas que o mais novo estava usando, desde o conjunto de moletom cinza até a meia não mais tão branca. 
– Ha ha ha, como você é hilário. – a feição séria em conjunto com o revirar de olhos deixava claro o quão engraçado achava o que acabou de ouvir.
– Harry Styles, ele é modelo.
A mera ideia de ser fotografado para estampar uma capa de revista já não fazia muito sentido na cabeça de Louis. Ele lembrava do adolescente magro e baixo que sempre estava com o cabelo escorrido tapando boa parte do rosto e queria rir desse absurdo. Mas o tempo foi bem gentil consigo, não iria ser modesto e negar que envelheceu muito bem. 
Os fios agora se mantinham mais curtos, a barba rala que envolve o rosto anguloso lhe deixa com uma feição mais máscula e menos infantil, a pele menos pálida graças ao sol que não conhecia quando morava na Inglaterra, os olhos azuis que sempre foram sua parte mais chamativa, sem contar as diversas tatuagens que estampam seus braços contribuindo para uma imagem mais estilosa de si mesmo. Sabia que era objetivamente bonito, mas não ao ponto de sequer pensar em modelar um dia, ainda mais ao lado de um profissional. 
– E eu vou ter que posar ao lado de um modelo, obrigado Evans, obrigado mesmo. 
II
– Oi mãe… sim, eu também sinto muita falta de vocês.. é, talvez eu consiga, quer dizer- sim, vou estar nos Estados Unidos por alguns dias e posso passar em casa para ver como vocês estão.. tudo bem, eu também te amo, beijos.  
A foto em família que estampava a tela quando estava em ligação com a mãe desapareceu assim que o celular foi desligado, encerrando a chamada. Os dedos longos que contava com um esmalte azul clarinho já descascado brincaram com o aparelho mais um pouco antes de levar os dígitos até o rosto e esfregar os olhos pelo cansaço. A parte mais difícil da distância para Harry poderia facilmente ser a diferença de fuso horário. Enquanto em Manchester, onde morava, já se passava da meia noite, os pais estavam acabando de chegar do trabalho por volta das 18h nos Estados Unidos, mais precisamente em São Francisco. 
A cidade californiana foi palco para sua infância e pequena parte da adolescência, mas infelizmente ele não a reconhecia como lar. Desde muito novo o garotinho delicado de bochechas grandes e róseas foi visto como sinônimo de beleza, e isso meio que moldou todas as suas escolhas dali em diante.
Crescer numa família marcada por prodígios da medicina e da área da saúde em geral não lhe influenciou tanto quanto alguns parentes gostariam. A linhagem dos Styles era conhecida na cidade inteira pelos diversos consultórios que existiam nas principais avenidas, todos muito modernos e de arquitetura refinada, além de este ser um sobrenome comum de concorrer aos prêmios acadêmicos e no campo da pesquisa. Seu pai mesmo vivia viajando e compartilhando todo o conhecimento que possui sobre odontologia com o mundo em palestras e conferências. Emma, sua mãe, apesar de não ter afinidade com a área teórica, ainda sim era sócia majoritária do maior hospital da Califórnia inteira e por vezes atendia em seu próprio consultório para não ficar entediada em casa. 
Harry tinha apenas uma irmã mais nova e ela, seguindo o que já era esperado, estava cursando a faculdade de odontologia e pretendia seguir os passos dos pais. Mimada como sempre foi, não seria difícil achar boas referências para se espelhar e bons cargos para trabalhar no futuro. Clara sempre foi tudo o que Harry não pôde ser.
Ela era pequena, um tanto tímida, inteligente e esforçada em seus objetivos muito desejados. Diferente do irmão que quando mais novo abria mão de visitar o trabalho dos pais para ficar em casa experimentando diversas roupas e deslizando pelo corredor entre os quartos como se fosse um desfile de alta costura, ela implorava para a mãe lhe deixar ajudar no trabalho quando sequer tinha altura para subir sozinha na cadeira do consultório. O primeiro presente que ele lembra de ver a mais nova pedindo foi um conjunto de estetoscópio com tesouras e bisturi… o seu, naquela mesma idade, tinha sido uma máquina fotográfica e um kit de costura. 
A partir dali a família já tinha uma noção do que poderiam esperar para o futuro e não foi surpresa quando, aos 8 anos de idade, o pequeno Harry Styles venceu o primeiro concurso de beleza na escola, chegando em casa com uma coroa de príncipe, bochechas rosadas e uma faixa. Os anos seguintes contaram com um mesmo ganhador invicto de rei do baile, garoto mais bonito da sala e da escola inteira. E como se tratava de uma instituição bastante renomada e conhecida, não demorou para olheiros desse mundo reconhecerem o grande potencial que aquele garoto possuía. 
Com 14 anos ele chegou a implorar para que a mãe lhe increvesse no concurso de Mister e Miss Califórnia, que ele, com seus olhos verdes e sorriso de covinhas, obviamente ganhou. Aos 15 a competição ganhou abrangência nacional e ele representou sua cidade natal ao desfilar em Nova York e ganhar a faixa de Mister América, com direito a olhos brilhantes, um sorriso choroso e uma revelação do que queria seguir como carreira.
Além de talento e beleza, ele teve sorte que logo após um ano conseguiu fechar contrato com uma pequena empresa britânica que gerenciava modelos e que definitivamente abriu todas as portas possíveis para si. 
No entanto, nem tudo são flores e o processo de emancipação foi doloroso em casa. O pai, Peter Styles, não era muito a favor mas tinha consciência que oportunidades assim não surgem sempre, sua mãe, assim como a irmã, não conseguiam ajudar a fazer as malas sem desabar em choro e o fato de que seu garotinho de ouro raramente pararia em casa de agora em diante contribuía para tal. Já a escola sinceramente foi a melhor parte, nada que antecipar diversas provas e ter um sobrenome de peso não resolvesse. 
Assim, com 16 anos e um sonho para realizar, Harry se viu entrando em um voo para outro país, o primeiro de muitos que ele visitou graças ao trabalho. Algumas lágrimas salgaram o seu rosto e um frio na barriga se fez presente, mas sem arrependimentos apesar da insegurança comum. 
Hoje, aos 23 anos e alguns calos da vida, ele muitas vezes encontrava seu lar em quartos de hotéis, já muito acostumado para estranhar as diversas camas em que dormia, mas tinha um apreço especial por seu apartamento em Manchester. A verdade é que sua secretária, Cleo, provavelmente passa mais tempo no local do que ele mesmo, porém sempre que surge uma oportunidade imperdível de mais de 48 horas sem ter que ficar numa mesma posição em frente às câmeras ou segurar uma postura impecável enquanto desfila, ele aproveitava e voava de volta ao seu imóvel. 
Eram raras as vezes que conseguia tempo o suficiente para visitar a família, sua relação com eles, apesar de amá-los com todo o seu ser, acabou esfriando com a distância e ocupações dos dois lados. As ligações geralmente eram rápidas e objetivas, os horários dificilmente coincidiam e os feriados eram as épocas em que o modelo mais tinha a agenda lotada, dificultando ainda mais uma reunião. 
Ninguém tinha culpa nisso, o destino agiu de forma sorrateira ao tirar um adolescente do seio familiar, jogá-lo no mundo e esperar que ele amadurecesse sozinho. Sorte que Harry não precisou quebrar muito a cara para aprender a se virar, mas isso não tornou sua jornada mais fácil. 
Ser um garoto gay de gostos peculiares poderia ter sido mais problemático em outro mundo, mas desde que seu passatempo favorito era calçar os saltos da mãe e pisotear todo o assoalho de madeira envernizada quando criança, o mundo da moda lhe recebeu muito bem, como era esperado. 
Os olhares tortos não lhe incomodavam há tempos, sempre teria alguém para lhe julgar ou querer lhe dar uma rasteira, então ele aprendeu a usar isso como combustível e tudo o que essas pessoas conseguiam era um sorriso brilhante e uma postura cada vez mais segura. Styles teve que aprender a desviar a atenção das palavras más e focar na luz que lhe direcionavam, teve que aprender, também, a identificar aqueles que queriam lhe ajudar no seu trabalho e aqueles que só esperavam um primeiro deslize. 
A competição entre modelos era algo pouco divulgado, mas as consequências psicológicas e de convivência poderiam ser bem sérias se você não soubesse lidar. 
Esse foi um dos principais motivos para o modelo ter aceitado a proposta de contar um pouco da sua jornada para uma das revistas mais renomadas do Reino Unido. Além de agraciar seu “antigo eu” que pendurava as capas da Atittude na parede do quarto, seria importante mostrar como um garoto americano teve força o suficiente para fazer do mundo sua casa em prol de um sonho. 
Obrigado pelo carinho! Eu adoraria posar para vocês e com certeza estarei no ensaio segunda-feira, podem esperar por mim. 
Com amor, HS.
Era o que dizia o email que ele enviou respondendo àquela proposta pouco antes de se deixar adormecer pelo cansaço. 
III
O final de semana anterior ao ensaio foi marcado por um reencontro entre Harry e a família. Assim que ele deixou a Inglaterra na sexta pela noite após mais uma prova de roupas para um próximo trabalho, partiu direto para o aeroporto com um sanduíche natural em mãos, óculos escuros e uma cartela de analgésicos para lidar com a dor de cabeça que já sentia após horas trabalhando. 
Chegou em São Francisco na tarde do mesmo dia, o que poderia soar um tanto confuso, mas era um fato que ele desistiu de entender desde o seu primeiro ano como modelo. Um dos eventos mais recorrentes em sua rotina desde que se viu nesse mundo era justamente lidar com a loucura do fuso horário e o maldito jet leg, ainda era estranho esse esquema de quase viagem no tempo, então o cacheado só não perdia muito tempo pensando nisso. O táxi lhe deixou em frente a uma casa grande e elegante, quem via de longe podia presumir o tanto de dinheiro que quem vivia ali possui. A porta de madeira escura combinava muito bem com o tom de bege claro que estampava as paredes, e o jardim minimalista e bem iluminado conferia uma graça ao local quase intimidante.
Assim que tocou a campainha um sentimento bom lhe aqueceu o peito e apesar de não estar tão acostumado com o ambiente, ainda assim lhe trazia boas lembranças. A porta abriu com a visão de uma mulher deslumbrante, na casa dos 45, mas que exalava beleza, inteligência e elegância. 
– Hazza!! Meu bebê, finalmente você chegou! – foi recebido com um abraço sufocante que tanto sentiu falta. Era desse carinho que ele precisava quando sua vida estava de cabeça para baixo e tudo parecia desmoronar, mas nem sempre tinha ao seu alcance. 
Emma tinha os cabelos soltos, um tom de castanho quase loiro e algumas mechas mais claras dando luz ao visual, olhos verdes que foram espelhados no filho mais velho, e um sorriso grande. 
– Oi, mãe! Que saudade que eu tava da senhora.. parece que faz tanto tempo, mas eu estive aqui há uns dois meses atrás. – soltou uma risadinha enquanto se soltava do abraço para pegar as malas e finalmente entrar naquela casa que ainda tinha o mesmo cheiro da sua infância. 
– Depois que saiu de casa fica cada vez mais difícil voltar né, senhor Styles. – brincou a mulher, enquanto subiam as escadas para o quarto do maior e começavam a organizar suas coisas no cômodo. – Infelizmente seu pai acabou de sair para uma exposição na Universidade de Nova York, o voo foi adiantado mas ele deve voltar amanhã ou depois. Você ainda vai estar aqui, não é?
– Então.. – assim que a palavra saiu pelos seus lábios, sua mãe parou de desfazer a mala em cima da cama para lhe encarar com aquela postura que todas as mães conhecem, como se esperasse uma explicação muito boa para uma traquinagem que o filho fez. – Na verdade eu tenho um ensaio em LA na segunda e aproveitei para marcar uma reunião que estou adiando há tempos no domingo à noite. Então eu meio que só posso ficar aqui até domingo pela manhã, desculpa.
Ele se sentia um tanto culpado por isso, o que costumam chamar de ossos do ofício. Vinha adiando uma reunião importante faz meses por conta da agenda lotada e quando viu essa oportunidade, não podia deixar passar. Sua mãe ficaria triste por alguns instantes, sua irmã também, ele provavelmente não veria o pai, mas todos eles lhe entenderiam. Fazia parte do trabalho e se tem uma coisa que os Styles levavam a sério, era isso: trabalho. 
Ainda que poucos, os dias em família naquele final de semana fizeram diferença no humor de Harry. Foi bom passar um tempo com a mãe, assistindo filmes e conversando, até mesmo tentando não ser um desastre na cozinha quando ela resolveu dispensar os empregados para ter aquele momento com seus dois filhos. Clara, sua irmã, contou sobre como estava sendo o tempo de caloura na faculdade, totalmente empolgada sobre as matérias e colegas que tinha feito. 
No sábado eles fizeram uma vídeo chamada com o pai enquanto este aproveitava uma pausa entre duas apresentações na NYU, amenizando um pouco a saudade e finalmente coincidindo os horários. O homem bem arrumado e com a barba sempre alinhada era um poço de educação, o que foi grande exemplo para Harry ser quem era hoje, gentil e empático. 
A tarde logo passou e eles resolveram sair para jantar em família, num restaurante renomado, cujo chef era um velho conhecido. As duas lindas mulheres certamente não estavam acostumadas a esperar para comer enquanto algumas pessoas vinham atrapalhar a refeição para tirar foto com o primogênito mas, mais uma vez, eram as consequências da profissão. Tiveram um domingo marcado pelas despedidas tão comuns, sem mais lágrimas e resmungos porque tal cena virou algo habitual naquela família, e o modelo partiu de seu descanso para voltar ao mundo real.
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– E essa foi a nova música do Arctic Monkeys, pessoal! Vou lembrar novamente a todos os nossos ouvintes que essa belezinha já está disponível em todas as plataformas digitais para vocês ouvirem sem parar em casa! E agora para os românticos de plantão, a próxima música está no topo das paradas desde o lança..
O volume do rádio foi abaixado até se tornar apenas um zumbido insistente no cômodo. Os garotos tinham acabado de se ouvir na rádio pela centésima vez, mas sempre parecia surreal, cada nova chance de alcançar mais pessoas e conseguirem mais reconhecimento no trabalho que amam era especial.
Dia de sábado para uns poderia ser dedicado para descansar, sair com os amigos ou encher a cara. No entanto, para Louis era o principal dia de trabalho, porque quando não estavam fazendo shows ou viajando para fazê-los, estava em reunião com os colegas da banda e o agente, geralmente fechando alguns contratos ou criando novas músicas. Naquele sábado em específico eles estavam se sentindo realizados com o novo lançamento que prometia bombar muito, já que com menos de 24h de lançado, os fãs já conseguiram subir a hashtag para uma das rádios mais ouvidas de LA tocar em plena manhã.
Eles viam o burburinho nas redes sociais e ainda não parecia real que tanta gente os acompanhavam e realmente gostavam das produções, inclusive essas mesmas pessoas queriam sempre mais. Quando uma música era lançada sozinha, primeiro vinha os pedidos por clipe, depois teorias sobre a letras, para no fim terem milhões de pedidos por um próximo álbum. E isso se repetia toda santa vez. Louis sempre apreciou muito todo o carinho e dedicação dos fãs e tentava agradá-los o máximo possível, era por isso que estavam discutindo sobre um próximo clipe para esse lançamento caso a música consiga continuar nas mais ouvidas pelo menos durante essa primeira semana.
E depois de horas e horas de reunião, Jamie teve a brilhante ideia de pedir pizzas e cerveja já que ficariam no estúdio/escritório por, pelo o que parecia, a noite inteira. Era como se eles ainda fossem os mesmos amigos de 20 anos em uma garagem, com a cerveja mais barata que se podia achar e manchas gordurosas nas roupas por causa dos lanches duvidosos, quando por vezes esquecem de toda a pressão por serem uma banda de crescente sucesso e se deixavam trabalhar em suas melhores formas. 
Mas quando Louis acordou no domingo com um incômodo na cabeça e no estômago, ele repensou as atitudes da noite passada, julgando estar velho demais para pensar em projetos enquanto enche a barriga de comida gordurosa e cerveja de péssima qualidade. Então o dia foi bastante preguiçoso, trocou algumas mensagens com a família, o que lhe deixava sempre com um gosto amargo na garganta por estar tão longe e lembrando das irmãs e dos pais com carinho, apesar do aperto no peito. Falou com os rapazes sobre o próximo ensaio, já que estavam chegando cada vez mais perto do próximo show, e respondeu as mensagens de Tristan, seu agente. 
O loiro estava o lembrando mais uma vez da sessão de fotos que teria no outro dia pela tarde, porque Louis tinha o costume de esquecer das coisas, talvez sua adolescência rebelde e maconheira tenha certa culpa nisso, mas ele deixou essa persona para trás. Só que assim como alguns fantasmas do passado, esse assunto de ser fotografado lhe deixava um tanto desconfortável. 
Já tinha respondido o email com as perguntas que sairiam na matéria e, pelo visto, todas tinham um cunho bem pessoal. Foi perguntado sobre sua infância e como conheceu seus companheiros de banda, o que ele teve muito orgulho de contar e sentiu até uma certa nostalgia, respondeu também sobre como resolveu largar tudo e vir para os Estados Unidos por conta da música, lembrando de dar os devidos créditos aquele que lhe deu tal chance, e, perguntaram, ainda, sobre possíveis arrependimentos após essas escolhas, o fazendo lembrar da família e de como costumava ser apegado a todos eles antes de fazer um sacrifício pelo próprio futuro. Para essa questão ele respondeu que não considerava um arrependimento, no entanto. 
Mas ele não tinha costume de ser tão aberto sobre sua vida pessoal e não sabia o que esperar das fotos amanhã, se usariam alguma coisa remetendo a sua infância, se tentariam lhe deixar confortável com as câmeras ou se seria uma coisa totalmente diferente do que as perguntas lhe fizeram imaginar. 
Tomlinson dormiu por longas horas e acordou na segunda-feira com esses mesmos questionamentos na cabeça, nem um pouco mais tranquilo depois de descansar, mas pelo menos as olheiras não estavam tão presentes como sempre, então a maquiadora responsável pelo ensaio provavelmente ficaria feliz. Não conseguiu comer muito no almoço tanto pela ansiedade, quanto pelo receio de parecer inchado nas fotos, coisa que sequer passaria pela sua cabeça em outra ocasião. Isso só o fez admirar ainda mais quem trabalhava com isso pois se ele, que nunca teve problemas desse tipo, estava agora inseguro com a própria aparência, imagina quem vive disso.. não deve ser nada fácil lidar com as pressões internas e externas.
Assim que chegou no estúdio onde faria as fotos, para sua felicidade não seria algo exposto ao público, foi muito bem recebido pelo fotógrafo e todo o pessoal que trabalhava com ele. Da porta já conseguia ver diversos equipamentos que deviam ser muito caros e profissionais, um fundo infinito, luzes espalhadas, uma poltrona vermelha e um piano de cauda, o que lhe deixou ainda mais curioso sobre o que o homem de dreads pensou para o cenário deles. 
– Vem comigo, vou te mostrar as opções que pensamos para a primeira e segunda parte da sessão. Espero mesmo que você goste! – a moça baixinha de olhos puxados e cabelo platinado falou, logo depois de lhe apresentar para todos ali.
– Eu também espero gostar. – tentou descontrair e conseguiu alguns sorrisos das pessoas que estavam por perto. 
Lhe levaram para ver as trocas de roupa que tinham planejado, mas sempre deixando muito claro que ele usaria apenas o que se sentisse confortável, a escolha ainda era sua, e apenas depois de vestir o primeiro look que usaria nas fotos, ele foi levado para fazer o cabelo e maquiagem.
Louis estava vestindo regata em um vermelho escuro, jaqueta de couro preta e uma calça jeans na mesma cor, e nos pés ostentava um coturno pesado. Era como se tentassem retratar toda a rebeldia que ele experimentou na adolescência, o couro cintilando para demonstrar a ousadia, o cabelo espetado como qualquer adolescente que não liga muito para a aparência e só quer se divertir, e os coturnos representando o peso e marca das suas escolhas, mesmo que tão jovem. Se olhar no espelho foi como ver seu eu mais novo, não pelas roupas já que ele não costumava se vestir assim, mas pelo significado que elas pretendiam passar. 
Quando estava finalizando os últimos detalhes da maquiagem leve, apenas para não brilhar com tantas luzes fortes sobre si, notou uma comoção na entrada do local, onde algumas pessoas largaram seus afazeres para cumprimentar quem tinha chegado. Até mesmo o fotógrafo parou de configurar as diversas câmeras que possuía e estava dando um abraço caloroso no outro homem, um tanto mais alto, mas ainda escondido atrás de dreads e roupas coloridas que quase lhe engoliam. 
Um burburinho de falas animadas podia ser ouvido e um sotaque mesclado entre o britânico e o americano se destacou. Assim que se separaram do abraço, Louis conseguiu ver um homem alto e esbelto, com fios enrolados no topo da cabeça, deixando o topete charmoso e bagunçado na mesma medida. Ele tinha olhos verdes marcantes e um sorriso largo ao conversar apressadamente com todos ali, parecia que estava em seu habitat natural e agia de forma certeira ao andar pelo estúdio, tão diferente de si. 
Aquele deveria ser o modelo com quem seria fotografado. 
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– Então.. esse é seu primeiro ensaio? Porque você me parece um pouco tenso e isso com certeza vai aparecer nas fotos. – o modelo falou enquanto eles davam uma pausa para mudar o ângulo das luzes, na tentativa de ajudar. Harry usava um terno completamente colorido e repleto de formatos geométricos com a calça fazendo parte do conjunto caótico, porém bonito. E ele informou a Louis, logo depois de se apresentarem, que aquela era uma releitura da peça que usou quando ganhou o primeiro concurso a nível nacional, aos 15 anos.
– Digamos que eu não tenho tanta afinidade assim com as câmeras, meu negócio mesmo é o microfone, luzes piscando e o som estourado nos meus ouvidos. – ele falava ao passo que tentava relaxar os ombros e fazer com que o vinco entre as sobrancelhas sumisse. O maior até tentou lembrar se já havia visto o rosto interessante do outro em algum local, mas pelas roupas que via ele vestir, não parecia ser o tipo de música que ele consome. 
– Mas você leva jeito, vai..  vamos! Solta bem o ar – pousou a mão no diafragma do mais baixo para direcionar aquele exercício. – Isso, agora levanta o queixo, mas sem travar o maxilar, deixa leve.. sim.. sente seus músculos se soltando junto com a sua exalação, muito bem. 
– Obrigado mesmo, Styles. – retribuiu o sorrisinho que lhe foi oferecido. – Se você não tivesse aqui eu provavelmente estaria com cara de constipado nas fotos ou então seria expulso daqui na base da vassourada depois de alugar o pessoal por tanto tempo e sem resultado. 
– Não precisa do Styles, agora somos quase colegas de profissão, hm? – provocou risonho. – Harry é o suficiente. 
– Ok, colega. – revirou os olhos em deboche. – Vamos acabar logo com isso. 
Apesar do desconforto inicial Harry era muito bom em puxar assunto para diminuir a tensão que o outro sentia, então vira e mexe ele direcionava e posicionava o rosto de Louis, cochichava baixinho onde ele poderia colocar as mãos e pés, já que as fotos ainda estavam sendo tiradas do fundo branco infinito e poderia ser difícil conseguir uma boa posição. Nessa primeira parte as fotos foram majoritariamente separados, mas a ajuda do outro foi imprescindível para que aquele ensaio não durasse uma eternidade e Louis ficou bastante grato. 
– Agora eu preciso de vocês dois juntos aqui, por favor. – o homem de pele negra os chamou para próximo do piano de cauda. Louis sequer tocava aquele instrumento, mas obedeceu. — H, quero você encostado aqui onde as luzes estão posicionadas de cima e o Tomlinson vai ficar sentado como se estivesse tocando, com as luzes por baixo. Vamos testar dessa forma. 
E eles se posicionaram como instruído. O segundo look de Louis era um tanto mais maduro que o primeiro e procurava refletir suas mudanças ao longo do tempo, então ele vestia uma blusa completamente preta de mangas longas e gola alta, e agora tinha os cabelos em um topete não muito formal. Sua calça, no entanto, seguia a pegada que talvez nunca deixasse de fazer parte da sua vida, era um tecido que reluzia como o couro, deixando o visual imponente e, ainda assim, elegante.
Já Harry foi vestido em um macacão de mangas longas e gola alta, todo branco e rendado, deixando a pele alva aparecer entre os furos do tecido bem trabalhado. Nos pés, o salto alto tipo agulha completava a mistura entre delicadeza e poder que o modelo transmitia em todo o visual. A renda simbolizava a beleza que seu universo atual pedia, mas tinha a pele por baixo, à mostra, dizendo que nem tudo precisa ser perfeito. O calçado mostrava aonde chegou e a força que era necessária para se manter de pé naquele lugar de julgamento e competitividade, e o gloss labial, o mesmo que cintilava em sua versão mais jovem com a outra roupa, mostrava que apesar de tudo, ainda era o mesmo. 
A forma como eles foram posicionados estava perfeita nas câmeras. O ângulo escolhido pegava bem o corpo sentado no banco do piano, com as mãos pousadas na teclas e sendo iluminado por uma luz quente que vinha de baixo, projetando sombras bonitas e deixando visível apenas alguns detalhes do rosto de Louis, como o queixo, maxilar e o nariz bem desenhado. Do outro lado, encostado na cauda do piano e olhando para cima, estava o corpo esbelto devidamente iluminado com uma luz fria acima da sua cabeça, projetando sombras no chão e deixando todos os seus detalhes à mostra. As roupas e a iluminação contribuindo para um contraste nada mais que belo. 
E quando finalizaram o dia, tudo o que sentiam era uma sensação de dever cumprido. Por ambos. 
O resultado não demorou a sair e na semana seguinte tudo o que se falava nas redes sociais era sobre a nova capa da Attitude e aqueles que a estamparam. Os fãs que acompanhavam a banda pela turnê no Reino Unido passaram a se sentir um pouco mais próximos do vocalista com os fatos revelados na matéria e agora tinha fotos novíssimas para virar plano de fundo dos seus celulares.
No entanto, os boatos não giravam em torno apenas disso. Os sites de fofoca que reportaram a capa ajudaram a engajar ao mencionar como os dois homens ali eram queridos e desejados por muita gente, então como um bônus por todo o falatório, a equipe de fotografia resolveu que era uma boa ideia postar o making off das gravações, e realmente foi. Ver como seu ídolo era tão desinibido nos palcos, mas que ficava todo desajeitado em frente às câmeras foi engraçado para o público do cantor e por isso ficaram super gratos ao modelo assim que tiveram acesso aos takes em que se podia perceber ele ajudando Louis de fundo.
Eram alguns segundos de Harry posicionado atrás do fotógrafo e falando o que Louis poderia fazer; Outros segundos deles dois conversando e sorrindo, visivelmente tranquilos e amigáveis; e mais alguns do modelo com a palma sobre a barriga do outro enquanto ajudava ele com o exercício de respiração. Bastou isso para seu instagram se encher com novos seguidores, todos muito agradecidos pela consideração que ele teve com o mais velho, e, além desses seguidores, diversos comentários de como eles pareciam fofos e quentes juntos passou a surgir.
– Então.. o que acha, Cleo? Na minha opinião vai ser benéfico pros dois como, na verdade, já está sendo. – Tristan falava enquanto tinha a mulher de cabelos curtos, quase raspados em sua frente. 
– Eu posso ver os números, mas não sei se continuaria assim a longo prazo. Pode ser que tudo dê errado e acabe prejudicando eles ao invés de ajudar, você sabe. – Cleo, como gostava de ser chamada, relembrou. 
Eles estavam em uma cafeteria qualquer de Londres, aproveitando que o agente de Louis estava na cidade acompanhando a banda em turnê e resolveram se encontrar para resolver algumas coisas sobre negócios. 
Todo o burburinho na internet chamou a atenção não só dos dois principais envolvidos, mas das pessoas que também cuidavam das suas carreiras, no caso, Tristan e Cleo. Os números de seguidores de ambos não parava de crescer a cada dia, o que gerava uma visibilidade absurda para os projetos que eles se envolviam e a revista que eles deram a entrevista juntos já tinha batido o record de vendas dos últimos tempos em menos de uma semana. Era incrível e surreal a força que um casal poderia ter na internet nos dias atuais.
O loiro sempre procurou o melhor para seus clientes, tinha noção do quanto o mercado da música poderia ser desonesto com quem tinha talento, porque só isso não bastava para a indústria, então se acostumou desde cedo a lutar com todas as armas que tinha. Cleo não era diferente, fazia cinco anos que auxiliava Harry no lado profissional e além de uma ótima secretária/assessora, ela também se considerava uma boa amiga.
Esteve em grande parte dos momentos difíceis que via o cacheado passar e o ajudava como podia. Então aquela ideia que o outro propunha não era a mais insana que já presenciou durante toda sua experiência convivendo com diversos artistas. 
– É uma loucura dizer isso, mas acho que você tem razão. – a mulher concordou com uma careta depois de refletir mais um pouco. Aquela pequena reunião já durava horas e as quatro xícaras de café em cima da mesa eram provas disso. 
– Loucura seria desperdiçar essa oportunidade. – pontuou o outro. Ele sabia quando uma ideia merecia sua insistência.
– Ok.. vamos fazer isso então. Só espero não me arrepender dessa decisão. – suspirou. –  Harry e Louis vão engatar um namoro em alguns dias.
IV
– Esse show foi simplesmente insano, caras! – Jamie falou com um sorriso contagiante enquanto entravam no camarim após mais um show esgotado na capital inglesa.
– Definitivamente entrou pro top 10, talvez 5 hein – Concordou Nick, não perdendo tempo em abrir uma das garrafas de vodka que estava ali e propor um shot em grupo. – Aos próximos shows e que todos eles sejam fodas como esse!
– Aos próximos shows!! – todos os outros três repetiram em um só som, virando os copinhos com o líquido transparente em seguida. 
– Um minuto pessoal, eu já volto. – Louis disse.
Ele estava sentindo seu celular vibrar desde que pegou ele com um dos seus seguranças na saída do palco e aquilo estava lhe deixando impaciente e com a coxa quase dormente porque aquilo não parecia acabar nunca. 
Quando finalmente ligou a tela para ver qual a possível emergência, revirou os olhos com força. Desde a publicação daquela matéria e das fotos, alguns dias atrás, ele notou suas redes sociais bombando e uma série de notificações sem fim, mas como não era muito ativo no Instagram ou twitter, principalmente nas épocas em que estava ocupado trabalhando, ele apenas limpava a barra de notificações antes mesmo de ler do que se tratava. 
Por isso não notou os números de seguidores no Instagram subindo cada vez mais, nem os comentários que pareciam se multiplicar em suas últimas fotos. As menções que marcavam seu arroba também não estavam diferentes, havia uma série de curiosos desesperados por qualquer interação e não descansariam enquanto não tivessem uma confirmação para o que cogitavam ou uma resposta afiada negando tudo.
E depois de todo esse tempo tendo visto apenas a versão final da matéria e das fotos, notando que não tinha ficado nada mal, uma curiosidade se instalou em seu âmago e ele resolveu usar daquele tempinho livre enquanto os amigos deviam estar virando todo aquele litro de bebida, para verificar qual o motivo de tanto alarde. No entanto, Louis sequer teve trabalho. Bastou desbloquear o celular que mais uma série de notificações chegaram logo após ter esvaziado as anteriores, então ele apertou na primeira ao seu alcance, o que lhe levou direto a um tweet com várias respostas num mesmo sentido.
“Eu juro que acho que eles são um casal de verdade, vejam como ambos se olham nos olhos! #Shipando"
"Não sei se é só amizade irmãs, mas esses dois estão lindos juntos! #LouiseHarry #Attitude"
"Alguém mais percebeu a química entre eles? Acho que temos um novo casal no pedaço! #SinaisDeAmor #ShippandoMuito"
"Estou pegando fogo com as fotos deles juntos! Será que há algo mais? #Attitude #lgbt”
Louis precisou de um tempo até entender a conexão entre essas mensagens e suas menções, e só então relacionou com as fotos que tinha feito em colaboração ao modelo Harry Styles. Ele quis rir, desacreditado, mas as mensagens como essas não paravam de surgir e ele se viu na obrigação de verificar se suas outras redes também estavam sendo bombardeadas por essas ideias malucas, porque sinceramente não lembrava de haver um mísero momento em que as fotos tenham dado a entender esse absurdo. 
Ao abrir seu perfil pessoal onde costumava postar fotos, a primeira postagem que apareceu para si foi o making off que o fotógrafo tinha publicado dias atrás, mas como Louis o seguiu recentemente, mesmo os posts relativamente antigos ainda costumam ter destaque no feed do cantor. Talvez tenha sido por aquele vídeo que os boatos passaram a surgir, já que ali era o único lugar onde mostrava trechos, muito rápidos por sinal, de qualquer interação que tenha ocorrido entre o cantor e o modelo.
Ele quase passou batido pelos poucos segundos em que essas cenas apareciam e teve que rever o vídeo pelo menos duas vezes para tentar enxergar o que seus fãs estavam vendo. Não conseguiu, no entanto. O máximo de contato ou olhares que tiveram, como falavam pela internet, foi quando Harry lhe ajudou a quebrar a tensão que lhe deixava travado, sempre agindo muito profissional e respeitoso, o que, ao seu ver, não havia motivos para tantas conspirações. Por isso Louis decidiu desligar o celular mais uma vez, repensando se tinha sido mesmo uma boa ideia ter procurado saber o que estava acontecendo naquela terra de ninguém que é a internet, e sentindo uma leve dor de cabeça surgindo atrás dos seus olhos. 
Mas assim que a tela se apagou e ele deu meia volta, já direcionando seus passos ao camarim novamente, seu celular tocou aquela música que ele definiu especificamente para ligações de um único contato, seu agente. 
– Fala Evans, beleza? Cara você não imagina como o show hoje foi insano, você deveria ter ficado, sério. – atendeu empolgado, pouco lembrando das questões que povoavam sua cabeça segundos atrás. 
– Hey, Tommo. Fico feliz cara, mas é.. eu tenho mesmo que falar contigo. – a voz um tanto robótica exalou hesitação.
– Ô-ou.. esse tom de voz não pode ser coisa boa. Sinceramente, você pode deixar pra amanhã? É que agora eu e os garotos vamos sair para comemorar e não quero que você quebre o clima, sem ofensas.
– O que eu tenho pra te falar é melhor que seja pessoalmente mesmo, mas só preciso que você consiga um tempinho para me encontrar depois de amanhã na hora do almoço, porque é o único horário que eles podem então-
– Calma aí, garotão. Do que você tá falando? Eles quem?
– Você vai saber no dia, só me garanta que vai estar lá ok? Vou fazer as reservas naquele restaurante que a gente costuma ir quando viemos à Londres, aquele perto do London Eye.
– Já que não tenho escolha.. – tentou brincar para aliviar a tensão que o outro parecia sentir. – Tudo bem, Evans. Nos vemos lá então, cara. 
– Hm, ok.. certo. Parabéns pelo show de hoje novamente, avisa aos outros que eu estou parabenizando eles também. Até.
– Até. – desligou a chamada. – Que estranho. – saiu resmungando baixo, mas sem se deixar abalar. Tinha um after para curtir. 
°°°°°
Harry tinha acabado de vestir seu hobby após uma sessão de fotos para uma marca de cuecas, nem sempre sua profissão girava em torno da alta costura e passarelas, afinal para ser conhecido por tantos públicos diferentes ele precisava estar em ambientes diversificados. O ar estava geladinho no estúdio e até que foi bom ter companhia ao seu lado, ele pensou ao olhar para os outros três modelos trabalhando nessa campanha, mas por incrível que pareça nenhum deles lhe chamou muito a atenção.
Ele sabia ser discreto e profissional em seu ambiente de trabalho, porém nada o impedia de sair com tais colegas se tivesse vontade, ainda assim estava sempre respeitando todos em sua volta e não demorando um tempo muito perceptível ao analisar seus possíveis interesses. Para sua infelicidade, o corpo bronzeado e musculoso de um dos modelos era incrivelmente bonito, mas nada atraente para si. O outro, mais magro e ruivo, tinha a voz um tanto enjoada e Harry ficou com dor de cabeça só de imaginar sair em um jantar e ter que ouvi-lo por horas. O terceiro era praticamente a medida do Styles, um pouco mais baixo, não muito forte, nem magro demais, mas sua namorada estava orgulhosa acompanhando a filmagem nos bastidores. Então é.. não teria companhia por hoje. 
Mas quando estava pronto para se despedir dos garotos e de todos envolvidos na produção, lhe chamaram numa rodinha de conversa que os outros modelos pareciam estar. Ele, como não queria parecer rude ou esnobe, foi. 
– Styles! Vem aqui, gatinho. Estávamos justamente falando de você. – a voz irritante soou e ele nem imagina de onde aquele apelido surgiu, já que intimidade não tinha com ninguém ali. Identificou também os sorrisos falsos tão recorrentes naquele ambiente de trabalho, onde muitos forçavam uma simpatia inexistente para conseguir contatos.
– Oi gente, eu só vim me despedir mesmo.. já estava de saída. – sorriu simpático, querendo se desvincular daquele círculo. 
– Que isso, não precisa ir tão rápido. – o moreno falou. – Pensamos que talvez você possa vazar alguma informação pros seus queridos amigos aqui, hm? – levantou e desceu as sobrancelhas para demonstrar interesse.
– Desculpa, cara. Não queríamos ser inconvenientes nem nada, mas é que só se fala nisso nos últimos dias, meu twitter só aparece seu nome e ter você bem aqui é uma oportunidade e tanto. – o outro falou, parecendo ser o mais sensato e sincero. Era uma pena já ser comprometido, Harry certamente poderia se dar bem com esse. 
– Não sei se eu entendi, meninos. Do que vocês tão falando? Se eu puder esclarecer alguma coisa, vou tentar, mas não acho que sei de alguma informação sobre qualquer coisa nova no momento, desculpa. 
Harry era mesmo um poço de educação e gentileza e falava com calma e eloquência mesmo em momentos onde queria ser tudo, menos amigável. 
– Estamos curiosos sobre você e o Tomlinson, bobinho. – o ruivo voltou a tagarelar. – Não se fala em outra coisa desde aquelas fotos que vocês fizeram juntos, fazem um belo casal, à propósito. – e se o sorriso amarelo não fosse o suficiente, sua pele quase ficando verde mostrava a inveja que sentia com todo esse sucesso do outro. 
– Fico feliz que vocês gostaram das fotos, mesmo! Mas sinto dizer que não somos um casal, na verdade nenhuma das fotos chega perto de insinuar isso. – Harry ia dizendo e quando o moreno estava prestes a interrompê-lo, continuou com a voz mais imponente. – Inclusive soa até desrespeitoso cogitar uma coisa dessas só porque um homem gay está ao lado de outro homem em uma foto, vocês mais do que ninguém deveriam ter mais maturidade para enxergar nosso trabalho apenas como o que ele é: trabalho. 
E se os outros não estavam sem graça até então, bastou o telefone de Harry tocar e ele acenar em despedida enquanto atendia para os rostos dos rapazes se tornarem vermelhos, não tiveram chance nem de se desculpar antes que o cacheado saísse do local. 
Assim que pegou o elevador para descer os cinco andares que o levariam até a garagem do prédio em que estava, Harry só deu um tempo para que o sinal da ligação se estabelecesse e voltou a falar com sua secretária e amiga. Cleo estava o lembrando que ele deveria pegar o destino direto para um restaurante conhecido por ambos próximo ao olho de Londres, senão chegaria atrasado para o compromisso que ela tinha lhe avisado. 
Eles dois tinham uma agenda compartilhada em suas contas profissionais, onde basicamente a mulher colocava seus compromissos e Harry aceitava o que viesse, confiando totalmente em sua parceira de negócios há anos. Eles funcionavam bem assim, então o modelo geralmente descobria o porquê dos compromissos e reuniões quando chegava no local marcado e dessa vez não foi diferente. 
O restaurante escolhido tinha um arquitetura antiga, parecia um casarão com enormes paredes brancas e uma vista de tirar o fôlego, além disso ficava praticamente atrás do London Eye e a mesa que eles reservaram na parte externa do local tinha a roda-gigante de observação e a margem sul do Rio Tâmisa como plano de fundo. Harry se pegou encantado com o azul claro do céu refletido no rio enquanto era direcionado à mesa por um dos garçons e só recobrou sua atenção quando ouviu uma voz que ele recordava de algum lugar, em conjunto com a tão conhecida voz da sua secretária e uma outra que ainda não ouvira.
Styles sorriu um tanto surpreso ao encontrar Cleo e Louis, o mesmo que participou consigo da matéria para a Attitude, além de um outro homem muito bonito, loiro de olhos azuis, sentados na mesma mesa circular. Cumprimentou com um singelo “bom dia” e se sentou ao lado da mulher e em frente ao cantor, um tanto curioso para descobrir o motivo daquelas presenças em um almoço de negócios. No entanto, não precisou esperar muito, pois logo que o garçom se despediu levando os pedidos de cada um e desejando um bom apetite, a mulher começou a falar. 
– Então, Harry, esse é Tristan Evans, o agente do Tomlinson. Acredito que você deve se lembrar, certo? – os apresentou de maneira educada.
– Sim, como vai Louis? É um prazer, senhor Evans. – sorriu contido e os outros dois lhe responderam da mesma maneira. – Nós temos negócios a tratar? Desculpe, mas não achei que nos veríamos novamente. 
– É uma surpresa pra mim também, na verdade. – Louis respondeu, parecendo que sabia tanto quanto Harry sobre aquela situação. Ele olhou para seu agente e o maior desviou seus olhos para sua secretária, os dois esperando algum esclarecimento do que aparentemente havia sido organizado por eles. 
– Então garotos, eu sei que vocês perceberam o sucesso tremendo que foi as fotos de vocês para a revista… Eu e o senhor Evans pensamos muito nisso, discutimos todos os prós e contras e agora temos uma proposta para vocês.
A mulher continuaria a falar, mas precisou dar uma pausa quando o garçom voltou trazendo seus pedidos e depositou sobre a mesa. A comida estava apetitosa, o cheiro dava água na boca, porém esse breve minuto de intervalo entre o assunto que tratavam não deixou nenhum deles apreciar o sabor assim que o funcionário lhes deixou à sós novamente. 
– Bom.. a revista de vocês vendeu mais cópias em uma semana do que tinham conseguido com a matéria sobre a família real, que era o último record deles. Fora isso, nós tivemos um grande aumento de visualizações nos perfis pessoais e profissionais dos dois, além da enorme quantidade de vezes que o nome de vocês apareceram juntos na barra de pesquisas, o próprio Google me forneceu essa informação. – Cleo ia listando os fatos e os mais novos mal acompanhavam o raciocínio, lembrando que a matéria tinha saído uma semana atrás e todo esse sucesso era realmente espantoso. 
– Louis, você recebeu 3 milhões de novos seguidores no Instagram e Harry, você ganhou quase 5 milhões, além de várias propostas para colaborar com outros músicos em fotos, clipes, marcas de roupas e por aí vai. – Tristan citou, encantado com toda a repercussão. – Mas, mais que isso, esses números não seriam alcançados se as fotos fossem solo ou a matéria abordasse a vida de apenas um dos dois, vocês entendem?
– Não, quer dizer, sim.. isso é foda pra caralho! É meio inacreditável quando vocês falam todos esses números, mas fico feliz em saber que fizemos tanto sucesso assim. – Louis disse com um sorriso orgulhoso no rosto, finalmente se deixando apreciar a comida que havia pedido ao ver que o assunto não era nada ruim e sendo acompanhado pelos outros. 
Harry, entretanto, estava há mais tempo nessa indústria do que podia lembrar e foi forjado a desconfiar de toda boa notícia. Estava feliz com o sucesso, claro, mas não era ingênuo de pensar que dois profissionais sérios se juntariam com seus agenciados apenas para lhes parabenizar sobre isso, tinha algo a mais e ele só estava analisando a postura de cada um ali , com seus olhos verdes que, apesar de jovens possuíam muita experiência, e esperando a bomba que provavelmente viria.
– E foi por tudo isso que eu acabei ligando para a Cleo dois dias atrás e oferecendo uma proposta que-
– Que eu disse que poderia dar certo, mas a escolha ainda é completamente de vocês garotos. – ela interrompeu. 
– Vamos logo com isso, eu não tenho todo o tempo do mundo. – Harry cansou de toda essa ladainha e disse firme, logo após descansar seu guardanapo em cima da mesa. – Do que realmente se trata tudo isso?
– Nós concordamos que promover um namoro entre vocês poderia ser benéfico para as duas carreiras nesse momento. – Cleo falou de uma só vez e Louis, que estava bebendo um suco de laranja, foi obrigado a se desculpar depois de quase cuspir o líquido inteiro de volta na taça. – A banda de Louis está com a primeira turnê fora da América marcada e seria bom ter o alcance de públicos dos outros lugares. E Harry, nós lutamos muito para que você consiga desfilar nas três cidades da fashion week e sabemos muito bem que talento não é suficiente, eles querem views, alguém que esteja na boca do povo, que leve mais gente até as marcas. 
Ela falou sem se deixar ser interrompida. De início estava um pouco resistente a essa ideia, mas depois de analisar bem os benefícios que trariam, não havia porquê negar. 
– Gente, se eu entendi direito.. vocês querem que um cara de uma banda de rock, e que aparentemente nunca namorou alguém em público, de repente comece a namorar um modelo internacional e ainda por cima homem? Vocês só podem estar de brincadeira com a minha cara. – Louis estava quase rindo de nervoso, sem acreditar que tudo aquilo era sério. A feição dos outros três, por sua vez, eram sérios o suficiente. 
– Eu concordo com ele. Entendo que isso é muito comum na indústria musical, mas não sei se daria certo. – Harry começou a falar. – Não esqueçam que o público que a banda alcança pode não ser tão receptivo com a causa LGBT e isso acabaria nos prejudicando mais que qualquer coisa. Sem contar com todas as outras variantes como-
– Nós pensamos em tudo isso, Styles. Eu não daria sugestão de nada que pudesse prejudicar os meus meninos, lembre-se que isso também me prejudicaria e eu tenho minha família para sustentar. – Tristan achou de bom tom esclarecer. – Não estamos aqui para brincar de casinha ou tentar a sorte, nós fizemos pesquisa de mercado, analisamos os números, discutimos sobre tudo que poderia dar errado e decidimos que vale a pena tentar, basta vocês aceitarem. 
– O que me dizem, meninos? – Cleo finalizou. – A resposta final é de vocês. 
Harry encarou Louis, ambos em silêncio. O modelo já tinha passado por muita coisa e sabia que uma oportunidade como aquela poderia ser valiosa e não duraria muito tempo, a chance de conseguir desfilar em não só uma, mas três Fashion Week lhe fazia brilhar os olhos. Quando criança ele soube aproveitar a oportunidade de ser agenciado e precisou sair de casa, deixar a família e se mudar de país para conseguir o que queria, um namoro falso seria nada perto disso. Então deixaria a escolha para o outro que, pelos olhos azuis nublados e tempestuosos, parecia debater internamente se valeria mesmo a pena.
Louis tinha muito a perder. Lutou desde sempre para que sua bandinha de garagem desse certo e fossem levados à sério e quando finalmente conseguem isso, surge uma ideia que pode alavancar de vez seus nomes para todo o mundo ou lhe enterrar completamente no limbo dos músicos que tinham tudo para fazer sucesso e deram azar. Ele não tinha um contato tão íntimo com sua base de fãs, mas sabia que eles não seriam preconceituosos. Porém é diferente você apoiar um casal gay que está vivendo a vida deles sem lhe influenciar em nada e apoiar seu ídolo numa mudança tremenda da mesma forma, por isso estava inseguro. 
– Tristan, olha pra mim. – Louis virou para o outro homem, mostrando toda a vulnerabilidade e relembrando ao loiro daquele garoto de 20 anos que ele escolheu ajudar. – Me prometa pelo seu marido que pensou em absolutamente todas as consequências e essa maluquice não tem chance de estragar com tudo. Eu preciso que você me prometa!
– Eu não faria isso com vocês, Tommo. Mas se é isso que você quer, eu prometo. – Louis estreitou os olhos em sua direção. – Pelo Brad, eu prometo, ok?!
– Ok, então. Se estiver tranquilo pra você, Harry.. não quero que se sinta pressionado ou algo do tipo. – aceitou com um suspiro. 
– Acho que pode dar certo. Vamos fazer isso. – o modelo concordou, dando de ombros. 
– Que ótimo, menos uma coisa na minha lista. – Cleo agradeceu enquanto retirava duas pastas de dentro da bolsa, entregando para os mais novos, e esfregou as têmporas, tentando tirar a tensão do local. – Agora estudem isso, fizemos um plano para a história de amor de vocês. Eu coloquei os encontros baseados nas datas de folga que coincidiram entre os dois, mas pode ser que um precise viajar vez ou outra pra isso dar certo. Também esvaziei uma semana pro Harry acompanhar a tour que você, Louis, tem na Ásia, já que ele morou lá por alguns meses e tem bastante fãs por todo o continente. O plano inicial é de seis meses, começando agora em abril e finalizando antes da Paris Fashion Week, em outubro. 
Ela ia falando sem parar e os olhos de Louis quase dobraram de tamanho, realmente não estavam lidando com nenhum amador e tudo aquilo era quase uma missão do FBI, com datas, planos, metas.. tudo devidamente organizado e traçado. Dessa maneira ele até se sentia mais confiante por ter aceitado. 
– Aqui não diz exatamente como nós começamos a sair, vocês estavam imaginando usar as fotos que fizemos? Porque eu não sei se colaria, nós quase não nos falamos lá e muita gente percebeu. – Harry questionou ao passar os olhos por todas as letras, gráficos e fotos que compunham aquelas folhas em sua mão. 
 – Nada disso. O Arctic Monkeys tem um clipe para gravar esse mês e pensamos que você poderia ser um dos protagonistas, a história de vocês começaria dali. – Evans esclareceu com um sorriso satisfeito. – Temos um acordo, então?
– Temos. – os mais novos responderam ao mesmo tempo e se olharam em seguida. 
V
O aluguel dos três cenários para o clipe foi reservado para apenas dois dias e as cenas que Louis teria que gravar sozinho ou com os outros colegas de banda tinham ocorrido no dia anterior. A música que tinha feito grande sucesso desde o lançamento e que foi alvo de vários pedidos por um MV tinha um ritmo sensual e envolvente, apesar do significado por trás da letra.
Nem sempre a composição de uma música retrata vivências do seu compositor, isso era certo, mas às vezes sim. Por isso, a história desenvolvida para o clipe pretendia contar sobre uma relação tumultuada e decepcionante, em que o protagonista expressa ter sido enganado e traído por quem mais amava. Destacando, ainda, que, apesar de ter se considerado tolo, agora está no controle do jogo e pretende mostrar à outra pessoa as consequências de suas ações. O refrão expressa todo esse sentimento de forma clara ao afirmar que a outra pessoa precisa dele, do protagonista, mas este já reconhece que é um amor falso e promete derrubá-la quando ela mais precisar.
Como um personagem magoado e querendo vingança, Louis gravou as cenas onde frequentava bares com os colegas, fumava cigarros e virava shots de alguma bebida transparente, que na gravação era representada por água. Sua barriga saiu tão cheia na noite anterior, depois de repetir os mesmos takes várias vezes para terem mais opções na hora de editar, que hoje ele agradecia pelas próximas gravações não precisarem da ingestão de nenhuma bebida “alcólica”. 
Para o primeiro cenário do dia, Louis estava vestido em um conjunto de terno composto por tecido liso e cor terrosa, um marrom mais claro, que ajudava a destacar seus fios castanhos em um topete arrumado. A gravação aconteceu em uma balada de luzes baixas e vermelhas, onde muitos figurantes foram contratados para encher o local e bebidas caras preenchiam as mesas, além de ter máquina de fumaça deixando o ambiente mais pesado e íntimo para as várias pessoas seminuas que dançavam em pole dances. 
A intenção era representar que seu companheiro era uma pessoa em casa, alguém que Louis conhecia como amoroso e fiel, mas na verdade tinha uma persona por trás disso e que foi descoberta bem ali, naquele local. Por isso Harry, que seria o outro protagonista do clipe conforme o combinado, estava ali substituindo a ideia original de ser uma mulher ocupando o papel, mas que ele faria muito bem. 
Sua roupa combinava com a obscenidade do lugar, uma blusa rendada preta de mangas longas que, com toda a transparência, deixava suas tatuagens e mamilos aparecendo, vestia também uma espécie de tanga masculina de vinil, cobrindo basicamente suas genitais e só. Tinha os fios ondulados úmidos e uma máscara preta lhe cobria a face, deixando apenas os olhos verdes e a boca rosada à mostra, assim como os outros dançarinos e dançarinas, que também usavam o acessório misterioso, e trabalhavam na balada ocupando os palcos circulares com a barra de ferro. 
As câmeras rodavam pelo local capturando os corpos dançantes que giravam e se penduravam no pole dance de uma maneira invejável, além de utilizar como plano de fundo para a filmagem os demais figurantes que bebiam e jogavam dinheiro cenográfico em cima dos homens e mulheres quase nus. Nesse mesmo espaço de tempo, enquanto Harry passeava elegante pelo local e sentava em outras mesas com vários homens, Louis era gravado andando pela balada, com a feição séria e à procura de alguém. Contudo, no momento seguinte ele já estava em uma mesa contendo apenas um sofá vermelho como assento e uma garrafa de wiskey muito caro na frente, ao passo que um certo modelo desfilava em sua direção com movimentos confiantes e prontos para seduzir quem quer que assistisse aquilo. 
O diretor da filmagem indicou que Harry sentasse ao lado, com as pernas jogadas em seu colo e um cigarro entre os lábios, tragando o filtro e jogando para cima enquanto Louis recitava baixinho a letra da própria música que tocava ao fundo. Na luz vermelha os olhos verdes ficavam ainda mais bonitos e Louis podia jurar que os cílios do modelo pareciam pintados e maiores de tão perto. O próximo movimento que deveriam fazer lhe deixou um tanto inseguro, Harry tinha acabado de sentar em seu colo e se aproximou até ter os lábios quase colados aos seus, lhe passando toda a fumaça que tinha prendido nos pulmões. 
Louis não era um bom ator, mas foi meio que automático entreabrir a boca e se deixar inspirar aquela névoa. 
O máximo de contato que tiveram durante essa primeira etapa das filmagens foi esse, o resto se perdeu em cenas sozinhos e de olhares que diziam muito. Mas ao anoitecer daquele mesmo dia, em um quarto alugado, eles tiveram que terminar o clipe com as cenas que faltavam. Agora era a hora de retratar o casal que o protagonista conhecia e a maneira que eles viviam antes de ter descoberto o outro lado do companheiro. As cenas entre o quarto e a boate seriam intercaladas no final e dariam aquela impressão fascinante de lembrança do passado em choque com os acontecimentos do presente, independentemente da ordem em que foram gravadas.
– As luzes e câmeras estão posicionadas, garotos. Avisem quando estiverem prontos. – o diretor do clipe avisou. Ele era bons anos mais velho e tinha duas assistentes mais novas, talvez sejam universitárias do curso de cinema, que ficavam sempre passeando pelo quarto para garantir que tudo saísse conforme o planejado.
O quarto era bem básico, tinha uma TV de modelo antigo sobre a cômoda, uma cama grande com cabeceira de madeira e lençóis claros, um espelho retangular bem acima e alguns quadros na mesma paleta de bege e marrom preenchendo a parede ao lado. Louis vestia uma blusa cinza que facilmente passaria por um pijama e uma calça de tecido leve no mesmo tom. Já Harry vestia uma blusa larga demais para ele na cor branca em um tecido simples que chegava até o topo das coxas e não mostrava a boxer da mesma cor que usava por baixo. 
Ambos tiveram seus cabelos minuciosamente bagunçados pela equipe de produção e nenhuma maquiagem foi passada, todos os detalhes estavam postos para tentar mostrar a convivência e intimidade de quem dormia e acordava junto. 
– Tudo bem pra você, Harry? A gente pode falar com ele se for muito desconfortável, sabe.. – Louis falou baixinho para o rapaz ao seu lado na cama, em cima dos tecidos propositalmente desordenados. Eles tinham lido o roteiro há pouco tempo e sabiam muito bem como teriam que agir agora, o que explicava as faces um tanto coradas. 
– Tá tranquilo, eu acho. Não deve ser mais constrangedor do que se trocar na mesma sala que diversos outros modelos julgando os corpos uns dos outros. – deu um risinho sincero, ele realmente acreditava que nada seria pior que aquilo, mas era compreensível que o outro estivesse tenso. Sendo um homem gay prestes a encenar uma pegação forte com um cara hetero, apesar de não ter certeza sobre esse fato, era até fofo que o outro queira lhe deixar confortável.
– É.. ok, estamos prontos então. – Louis disse ao diretor, que rapidamente soltou mais uma vez a música que, de tanto ouvirem, parecia ter se infiltrado no cérebro de todos ali presentes, e iniciou a gravação. 
O ambiente, por ser mais calmo e íntimo, dava um ar diferente das cenas anteriores. Não tinham luzes piscando, nem máscaras cobrindo os rostos ou pessoas dançando e gritando. Na verdade, as luzes amareladas eram aconchegantes e claras ao ponto de Harry conseguir enxergar cada mínima sarda que apontava nas bochechas de Louis, e que ele não pôde perceber antes. 
O modelo estava mais uma vez no colo do cantor, com menos vergonha do que anteriormente, já que não tinham muitas pessoas no ambiente no momento, apenas o pessoal necessário para cuidar das câmeras e luzes, e eles dois. Ainda era estranho ouvir uma voz mais grave e rouca gritando para que Louis passasse as mãos devagar pelas suas pernas nuas, e ele estava um pouco vermelho e arrepiado depois de senti-lo repetir o mesmo movimento mais duas vezes para que gravassem de ângulos diferentes. 
Assim que finalizaram essa pequena parte, eles foram direcionados a deitar de uma forma que Louis ficasse por cima, tentando a todo custo não depositar todo o peso sobre si, segurando uma das suas pernas para cima e fazendo-a descansar nas costas cobertas pelo tecido cinza. A virada, no entanto, teve que ser refeita pelo menos três vezes porque na primeira Harry caiu em cima do próprio braço, na segunda Louis se enroscou um pouco e não conseguiu virá-los no tempo certo da música, o que ocasionou uma crise de riso nos dois, e na terceira tentativa o joelho do maior acabou acertando sem querer uma área muito sensível do cantor, mas ele pediu desculpas logo após. 
Após esses momentos que ajudaram a dar leveza ao clima, eles finalmente acertaram o movimento e foi lindo como o encaixe se mostrou na câmera. O diretor até abaixou o tom de voz quando mandou que Louis raspasse os lábios nos vermelhos de Harry, para não quebrar a atmosfera e química que eles estavam criando juntos. Ao seguir o comando, o menor viu o momento exato em que a língua de Harry deixou um rastro molhado pelo lábio inferior, um segundo antes de Louis se inclinar devagar e deslizar a boca entreaberta por ali, decidindo ousar e fazer o que não foi pedido quando agarrou aquela carne macia entre os dentes pontudos e puxou de leve. Ele sentiu a respiração de Harry ser solta de uma só vez pouco antes de uma das assistentes soprar algo como “isso foi muito bom, Louis”. 
Eles não estavam com os corpos colados, então ainda existia um resquício de espaço pessoal resguardado entre ambos, mas quando Harry teve que deslizar a camisa pelas costas do mais velho, esse espaço precisou diminuir. Sua coxa direita estava mais uma vez apoiada sobre o quadril do outro, mas agora ele conseguia sentir uma pequena parte da pele quente que lhe pressionava na cama enquanto Louis sussurrava a letra da música próximo ao seu ouvido e pescoço, deixando o ar quente arrepiar a pele clara de tal maneira que Harry não lembra quando exatamente fechou os olhos para apreciar o momento. 
Mas logo acabou, porque eles tinham que trocar novamente de posição e o diretor sabia bem o que fez quando colocou essa cena para o final. Seus anos de experiência devem ter lhe dito que após alguns minutos gravando eles estariam mais soltos e dispostos àquilo, sem tanta timidez. 
Harry estava mais uma vez sentado sobre Louis, que tinha as costas apoiadas na cabeceira da cama, e os lençóis fofinhos estavam amontoados ao redor deles deixando a visão ainda mais bonita. O modelo passava as mãos por toda a pele nua do torso e braços do menor, com três câmeras apontadas em sua direção e cada uma posicionada para filmar de um ângulo diferente. Uma delas tinha foco no perfil dos dois que se encaravam tão de perto que Louis cogitava, seriamente, estar um pouco vesgo. A outra, mais de longe e dando a completa visão das costas do cacheado, pegava também toda a cama desarrumada, as mãos do modelo pressionando os ombros de Louis e as mãos deste, que subiram a camisa branca de Harry até mostrar a faixa da cueca boxer, apertando a cintura fina da forma mais caricata possível para que não restasse dúvidas do desejo que seu personagem sentia.
A última câmera estava sobre a cama, filmando desde os tecidos até o alto da cintura dos dois. E se não tivesse música rolando no fundo do quarto alugado, os dois no centro do móvel não ouviriam nada naquele momento.
A música tinha as batidas fortes e sensuais ricocheteando no coração do maior, que parecia seguir a mesma melodia enquanto ondulava os quadris assim como estava descrito no roteiro. Ele seguia fielmente o que leu em todas aquelas folhas e por isso começou a rebolar um pouco tímido no começo, mas logo depois pegou o mesmo ritmo do que ouvia e se movimentou com mais segurança e angulação, de uma maneira que tinha certeza que ficaria bonito no clipe.
Louis sentia as mãos emaranhadas nos seus cabelos, desarrumando ainda mais os fios, e sua respiração estava um tanto ofegante enquanto o cacheado deslizava devagar para frente e para trás em cima de um tecido tão fino que era sua calça, o que não podia ser considerado uma real barreira entre eles. Por não estarem debaixo dos lençóis, foi indicado que Harry soltasse todo o peso das pernas e realmente sentasse em Louis, pois se assim não fosse, daria para ver na filmagem a resistência entre ambos e não pareceria real. 
O cantor estava cuidando para não apertar demais a cintura do outro, mas suas mãos estavam inquietas e passeavam pelas pernas macias e quadril de Harry até se fecharem nos cachos bagunçados. Do outro lado, o maior sentia a pele arder e não sabia se era pelos toques de Louis ou pelo esforço de se manter em movimento por tantos minutos ou, ainda, se era fruto das respirações que saíam num mesmo espaço de tão próximos que estavam e pareciam que eles respiravam o mesmo ar quente.  Muito quente. 
Nesse momento uma das câmeras sinalizou que a bateria tinha acabado e a moça que filmava com ela pediu uns minutos para trocá-la, então o diretor também deu esse tempinho para os artistas descansarem um pouco. No entanto, apesar da oportunidade de saírem das posições e poderem esticar as pernas, os dois homens no centro da cama não se mexeram.
– Droga, eu realmente sinto muito por isso Harry. – Louis estava visivelmente constrangido e em dúvida se pedia para Harry sair do seu colo ou agradecia por ele não tê-lo feito ainda. – Sério, meu deus, que vergonha! – deu uma risadinha sem graça e tirou as mãos do cacheado, procurando trazer uma almofada mais para perto do seu corpo. – Não foi intencional, sabe.. eu só, eu-
– Ei, calma. – Harry riu. – Eu não tô ofendido ou algo assim, relaxa. – viu o outro soltar a respiração que tinha prendido, mas com esse ato seu quadril se movimentou involuntariamente e ele sentiu seu pescoço corar também. – Eu não tenho experiência com esse tipo de trabalho, mas deve ser normal, né?
Louis concordou com a cabeça e levou as duas mãos para o rosto, um pouco tímido e sem jeito, torcendo para finalizarem de uma vez as gravações. Fazia alguns minutos que Harry sentiu um volume embaixo de si, mas não tinha prestado atenção com toda a atmosfera envolvente que a música alta e a dança erótica deixava em seus ouvidos e pensamentos. 
Ele só se deu conta que cada movimento -  principalmente quando deslizava para frente até ter colado o peitoral junto ao do outro, pendendo sua cabeça acima da de Louis para logo ondular lento de volta e arrastando todos os centímetros de pele em contato - cada movimento como esse deixava o volume ainda mais presente e firme, além de deixar Louis mais corado e ofegante. Só então ele reconheceu o incômodo entre suas nádegas e quis rir, se sentindo um pouco lisonjeado até, mas não deixou transparecer. 
– Para finalizar eu quero uma cena romântica, garotos. Deitem de lado e fiquem de mãos dadas, isso. – eles se arrumaram em uma espécie de conchinha, onde Louis deixou que Harry deitasse sobre seu braço direito estendido. Com o esquerdo ele abraçou o maior, tentando não pressionar seu membro no final das costas do outro, mas a risadinha que o modelo deixou escapar, pressionando os lábios um no outro e mostrando uma das covinhas, mostrou que Louis não teve tanto êxito assim. – Tá ótimo assim, brinquem um pouco com os dedos entrelaçados.. perfeito. 
Era reconfortante para Harry ser aconchegado daquela forma, mesmo que sentisse a ereção do outro, que já se desmanchava, lhe cutucando um pouco por trás. Mal lembrava a vez em que se sentiu confortável numa posição tão vulnerável, sendo abraçado e sentindo a respiração lenta de outra pessoa em sua nuca. Isso poderia ser familiar para muita gente, mas para ele não era. Se perdeu um pouco olhando seus dedos deslizarem pelos do outro com um sorriso mínimo no rosto e depois de alguns segundos foi despertado quando as luzes fortes se apagaram, só restando a iluminação comum da lâmpada do quarto. 
– Temos o suficiente, vocês foram ótimos. – o diretor sorriu e as suas assistentes esbanjaram agilidade em desmontar os equipamentos ao redor do cômodo. Louis e Harry pareciam estar lerdos demais em comparação. – Eu devo combinar com o Tristan a edição e entrega do material pronto, Tomlinson?
– Eu.. é, sim. – tossiu para limpar a garganta. – Isso, ele vai combinar contigo, mas acredito que o prazo máximo é de duas semanas. 
O outro concordou com a cabeça e se aproximou para apertar a mão dos dois, Louis até levantaria para abraçá-lo, mas era melhor não. Harry já estava de roupa trocada, a rapidez com que ele fez a mudança devia ser alguma habilidade adquirida com a profissão, já Louis, entretanto, esperou todos saírem do quarto após uma rápida despedida, para finalmente levantar, tropeçar na confusão de tecidos sob seus pés, e vestir suas próprias roupas. 
– Nos vemos em duas semanas então? – Harry perguntou antes de sair. Ele tinha um óculos escuro segurando os fios rebeldes em sua cabeça e uma ecobag nos ombros. 
– Sim.. obrigado por hoje e me desculpe mais uma vez. – ele pediu novamente, não queria imaginar a possibilidade do outro ter se sentido assediado ou algo do tipo. Harry dispensou com as mãos. – Em provavelmente duas semanas o clipe estará pronto e vão começar os boatos.. – o modelo arqueou uma sobrancelha. – quer dizer, aumentar os boatos. Daí nós vamos jantar e pronto, estamos namorando. 
– Parece tão fácil, né? – os dois soltaram um suspiro em conjunto. – Bom.. suponho que eu deveria ter o número do meu futuro namorado.
– Ah, claro. Na verdade, Tristan já me passou o seu.. eu vou te mandar uma mensagem e você salva. 
– Tudo bem. Nos vemos depois então. – o outro se despediu da mesma forma, mas foi um tanto constrangedor quando o modelo não se decidiu entre um abraço ou aperto de mãos e Louis teve o mesmo problema. Ficaram naquela dança esquisita por poucos segundos e logo depois, com sorrisos envergonhados, eles deram um abraço rápido e saíram, cada um para um lado. 
°°°°°
A primeira semana após a gravação do clipe foi relativamente tranquila, Louis terminou a etapa de shows que restavam nas demais cidades da Inglaterra e apesar de não terem diminuído as especulações sobre sua vida amorosa nas redes sociais, nenhuma nova informação ou foto foi vazada, o que era uma boa notícia e mostrava que até agora o plano estava sendo seguido completamente. 
Depois disso, ele finalmente teve alguns dias de intervalo e aproveitou para visitar a família, na intenção de passar o máximo de dias possíveis com eles para amenizar um pouco da saudade.
A casa do subúrbio de sua infância, de paredes escuras e um jardim na frente, deu lugar a um belo imóvel planejado em um condomínio na parte mais rica de Londres. Esse foi o primeiro presente que deu aos pais quando melhorou de vida e, contra o que todos costumam pensar, não foi tão difícil quanto parece deixar suas memórias para trás. O quarto cheio de posters de bandas de rock para onde ele levava as namoradinhas de escola, a escada onde ele costumava correr atrás das irmãs em uma brincadeira não muito segura de pega-pega, e, não menos importante, a garagem na qual seus sonhos tiveram início. 
Mais do que qualquer lembrança antiga, o cantor priorizava sua família. A segurança e bem-estar deles sempre foi um dos seus principais objetivos, e mesmo que sua mãe tenha ficado reticente em aceitar a mudança drástica de cenário, ainda preocupada com a carreira instável do filho, ela se encantou de pronto com o presente e talvez isso tenha contribuído fortemente para que a mulher aceitasse melhor o caminho que Louis resolveu trilhar. Andy era uma mulher madura que teve seu primeiro filho muito cedo e o namorado na época não quis arcar com a mesma responsabilidade, então ela contou com a pouca ajuda que tinha na casa dos pais, não entrou na faculdade e se contentou com qualquer emprego que lhe aceitasse naquelas condições. 
Sua vida foi de abdicações em prol da pequena família que estava criando até o garotinho completar 10 anos, quando conheceu um homem apaixonante e que não demonstrava ser igual aos outros. O padrasto de Louis, Ben, lhe aceitou como filho assim que venceu as barreiras emocionais da mulher e pôde se aproximar de verdade, depois não demorou muito para eles morarem todos juntos e saírem da casa dos avós do menino, mas claro, seguindo o que as condições financeiras do momento permitiam. 
Alguns anos mais tarde, Andy descobriu estar grávida de duas lindas meninas e Louis, depois de se recuperar da crise de ciúmes, realmente adorou a ideia de ser irmão mais velho. Chloe e Cassie nasceram idênticas, a pele mais morena e os olhos castanhos como o pai, eram a paixão do pequeno Louis, que não economizava energias ao brincar e se divertir com as duas à medida em que foram crescendo. 
Mas ao sair de casa com 20 anos, deixando as mais novas na faixa dos 8, ele sentia que perdeu grande parte da evolução das meninas e isso o deixava um tanto emotivo só de pensar que elas já podem ter passado pelo primeiro amorzinho de infância ou até mesmo um primeiro beijo. Não ajudava lembrar que ele não teve a oportunidade de aterrorizar garotinhos de, agora, 13 anos. Pelo menos a etapa da faculdade ele não tinha perdido ainda e faria de tudo para não o fazer. 
Quando enfim ele entrou na casa nova - não tão nova assim - dos pais, foi recebido com um abraço duplo animado que sentiu tanta falta. 
– Lou! Lou! – as duas pré-adolescentes gritavam e pulavam ao seu redor, fazendo com que o homem deixasse as malas na entrada e se rendesse àquela euforia. – Você veio pro nosso aniversário? Eu queria fazer das meninas malvadas, mas a Cass quer que seja daquela banda chata que ela gosta. – a gêmea poucos segundos mais velha falou revirando os olhos. 
– Você pode mandar essa feia não falar assim deles? – a outra rebateu enfurecida, com braços cruzados e tudo. – Eu não pedi pra você nascer comigo, então não tenho culpa do nosso aniversário ser em conjunto. Se você acha tão ruim assim pode ir morar com outra família. – Cassie saiu batendo os pés e Louis queria rir, mas não o fez. Era engraçado como irmãos tem esse costume de brigar por coisas tão simples a qualquer hora do dia. 
– Ô mãe!! – a outra menina correu atrás, esquecendo completamente que o mais velho tinha acabado de chegar. 
– Lar, doce lar. – Louis falou com um sorriso no rosto e um suspiro contente. 
A festinha de aniversário aconteceu dois dias antes que Louis precisasse voltar para Los Angeles, e fazia um ano que ele não conseguia estar presente nessa data, mas agora estava tudo dando certo. Ele fez questão de trazer dois presentes diferentes, pois conhecia a personalidade de cada irmã, e ainda levou flores para a mãe e uma lembrancinha para o padrasto. 
A despedida, no entanto, foi regada a lágrimas das mais novas, que atrasaram o quanto puderam o irmão ao se agarrar nas pernas do mais velho e sequestrar uma de suas malas. Sua mãe se despediu com um abraço rápido e logo saiu para a cozinha, mas Louis percebeu que a mulher estava se segurando para não chorar na frente de todos, sempre se fazendo forte para a família.
O voo de pouco mais de 11 horas era exaustivo, mas ele conseguiu descansar pelo menos um pouco antes de seu cérebro voltar a pensar nos eventos seguintes na linha temporal tão bem definida que sua vida seguia agora. O videoclipe ficou pronto enquanto ele estava aproveitando com a família, por isso a missão de revisar e aprovar a edição ficou para Tristan e os outros garotos da banda, então a próxima etapa seria a publicação assim que ele chegasse em Los Angeles. Com isso viria a primeira aparição pública dele com Harry, aproveitando que o modelo estava na cidade a trabalho, o que traria, segundo a secretária do cacheado, mais pesquisas em seu nome assim que eles fossem flagrados juntos e mais pessoas acessando a página no youtube, conhecendo a música nova e, consequentemente, o trabalho da banda. 
A primeira pessoa que encontrou quando chegou no estúdio, logo depois de dormir por algumas - poucas - horas em seu apartamento, foi Tristan. A televisão do estúdio, que ficava no alto da parede, mostrava a contagem regressiva para a estreia do vídeo no YouTube, tinham cerca de três horas de pura ansiedade até o clipe estar disponível e Louis assistir pela primeira vez, mas enquanto isso o Loiro quis acertar os últimos detalhes sobre o que viria depois. 
– Eu falei com o Zak e o Antony para fazerem as fotos hoje. – Evans disse. – Vocês dois provavelmente não vão vê-los, eu pedi para serem o mais discretos possível. 
– Só dois? Vindo de você eu esperava uma chuva de paparazzis e flashes, helicópteros, tapete vermelho e gente gritando. – Louis riu ao enumerar.
– Engraçadinho.. Esse primeiro passo deve ser o mais cuidadoso, senão vai foder com tudo. – Ele passou a mão pelos cabelos bagunçados, apesar de toda a cautela com que estavam seguindo o plano, se alguma coisa saísse de maneira não natural para o público, seria o fim. – Se vocês virem alguma coisa entre arbustos ou do outro lado da rua, não olhem diretamente. Sério, Tommo, faça questão de parecer apaixonado pelo Styles e não deixe sua curiosidade lhe fazer encarar qualquer outra pessoa.
– Ei! Eu vou fazer tudo certo, relaxa. 
A programação do dia para Louis era: estreia do MV às 13h, almoço com os caras para comemorar, passar a tarde vasculhando os comentários sobre o clipe no Twitter, mas isso era um segredo seu, e às 20h encontraria Harry em um restaurante conhecido por atrair pessoas famosas. 
Em um relacionamento real ele duvidava que o lugar seria sua primeira escolha para um encontro, mas como era praxe alguns artistas serem vistos por lá, não criaria desconfianças em cima dos paparazzis, pois eles podiam ficar de tocaia lá sempre atrás de algum furo interessante. Mas como não era real, para Louis não importava muito aonde iriam. 
Quando pôde riscar a primeira linha imaginária da sua lista de tarefas para o dia, o cantor se surpreendeu com o resultado do vídeo. O jogo de câmeras e luzes foram tão necessários para dar o tom que a história pedia que ele nunca mais reclamaria sobre o preço de se contratar uma boa equipe. As cenas que mudavam entre o passado e o presente ficaram perfeitas e os olhares que as câmeras capturaram deixou tudo tão real que ele até se sentiu um pouco envergonhado quando a televisão foi preenchida completamente com a cintura de Harry sobre a sua, rebolando de maneira condizente com a batida da música, tão sensual, e ele ouviu um coro de “uou!” e “se deu bem” entre as risadas imaturas dos amigos. 
Dizer que os fãs do shipp enlouqueceram com tudo isso foi um eufemismo. O celular dos dois parecia que podia travar a qualquer momento de tantas notificações e mensagens nas mais diversas redes sociais e quando já estava perto do horário marcado para o jantar, Louis o colocou no modo avião e foi se arrumar.
O cantor não sabia muito bem o que vestir e por isso apostou no básico que lhe deixava confiante. Uma blusa vinho lisa e calça preta com a jaqueta jeans claro para espantar o vento frio que não era tão comum na primavera californiana, mas que apareceu naquela noite. Porém, enquanto ele esperava sentado em uma das mesas próximo à sacada do restaurante, logo atrás dos vidros que tinham vista para a rua, notou um homem se aproximar pela visão periférica. 
Ele tinha acabado de deixar o sobretudo com um dos funcionários do local e vestia por baixo uma camisa preta com alguns botões abertos mostrando o colar com pingente de cruz que Louis nunca o viu sem, calça também na mesma cor, mas com listras verticais brancas, o que o dava a impressão de ser ainda mais alto, e nos pés o sapato lustroso passava a impressão de ser muito caro. 
Louis quase escondeu seus vans por baixo da mesa, mas escolheu sorrir ao levantar para cumprimentar o outro. 
– Você poderia ter me avisado que viria assim para eu tentar me vestir um pouco melhor, não acha? – Foi a primeira coisa que disse ao segurar a cintura de Harry e depositar um beijo no rosto do modelo.
– Essa é a sua forma de me elogiar? – Styles riu, graciosamente. – Você também está muito bonito, Louis.
Eles estavam próximos o suficiente para gerar suspeitas e o mais alto apoiou a mão no ombro do outro.
– Acha que podemos sentar agora? Já deve ter dado tempo de tirarem algumas fotos, eu acho. – Harry se inclinou para falar no ouvido de Louis, o que deixou o outro com uma visão privilegiada e com detalhes do colar que ele usava, além dos botões abertos logo abaixo. O modelo também aproveitou para sentir o perfume de Tomlinson e aprovou o bom gosto.
– É, sim. deixa eu só.. – Respondeu ao puxar a cadeira em sua frente para o cacheado sentar e revirou os olhos quando o outro pousou as mãos no coração, tentando fazer graça com o gesto educado.
As unhas dele estavam pintadas de um rosa alaranjado, algo como salmão, e alguns anéis enfeitavam ainda mais os dedos. Louis não imaginava que aquela cor poderia ficar bonita em esmaltes, mas se fosse para ficar, é óbvio que seria em alguém como Harry Styles. 
Eles fizeram os pedidos e Louis descobriu que o outro seguia uma dieta de carnes brancas, só comia peixe e muito raramente aceitava frango ou outro animal. Isso foi pauta para alguns minutos de conversa enquanto esperavam os pratos chegarem, o maior falava de maneira calma e de uma forma que prendia a atenção de qualquer um, dando algumas bicadas no vinho que pediram vez ou outra. Do outro lado da mesa, Louis também o acompanhava na bebida e lhe ouvia de uma maneira que o cacheado não estava acostumado, ele gostava de demonstrar que estava ouvindo e por vezes seguia os lábios do outro com o olhar para entender melhor o que era dito. Proposital ou não, aquela atenção pode ficar meio desconcertante se durar por longos minutos como acontecia ali. 
Por isso Harry também passou a questionar coisas comuns sobre a carreira e vida pessoal do cantor, queria o conhecer melhor já que o relacionamento duraria, pelo menos, seis meses. 
– E quando eu pedi pra repetir, ela simplesmente levantou a blusa. – Louis contava aos risos. – Não, sério. Eu realmente não tinha entendido o que ela tinha falado, não era pra ser uma confirmação a seja lá o que aquela doida ofereceu. 
Eles estavam no meio do prato principal e o menor ria e gesticulava muito com as mãos e olhos enquanto contava sobre a vez que uma fã resolveu mostrar os peitos no meio do show. Aparentemente a moça estava muito animada, talvez um pouco bêbada, e quando ele parou o show para ver se estava tudo bem, ela começou a falar algo que ninguém da banda tinha entendido, mas assim que Louis se aproximou pedindo para ela repetir, a garota abaixou o tomara que caia branco que usava. Harry riu tanto que sentiu suas bochechas doerem, imaginava que a vida de um rockstar devia ser muito louca, mas não era pra tanto. 
– Sinto em dizer que meu trabalho pode ser entediante comparado a isso. – o modelo foi parando de rir aos poucos e começou a contar quando foi perguntado sobre alguma história parecida com a do outro. – O máximo de emoção que tive provavelmente foi quando meu salto quebrou no meio do desfile. – Louis fez uma careta de dor. – Pois é, meus tornozelos ficaram doloridos por alguns dias depois disso. 
Na hora em que o garçom perguntou se pediriam a sobremesa, o menor encostou o suficiente para sussurrar no ouvido do outro de forma divertida. 
– Seria muito meloso dividirmos uma sobremesa no primeiro encontro? – dava pra sentir o sorriso arteiro em seu rosto. 
– Não sabia que você era desses caras, Tomlinson. Espero que não queira economizar na sobremesa com as garotas que você sai, ninguém gosta de homens assim. – Harry implicou. 
– Cala a boca, é romântico, vai. – eles falavam tão próximos que Louis se viu enrolando um cachinho do outro e puxando, numa intimidade que ele raramente desenvolvia em tão pouco tempo. O empurrão discreto em seu ombro que recebeu logo em seguida foi merecido, no entanto. 
– Vamos querer esse creme de papaia com cassis.. sim, só um, nós vamos dividir. – o modelo sorriu educado para o garçom e Louis deu um sorriso vitorioso em sua direção. A alegria, no entanto, só durou até descobrir que a sobremesa parecia mais algo que uma senhora pediria e não uma bomba de açúcar como ele imaginava. Nunca mais deixar o modelo escolher sua sobremesa, anotado. 
A noite foi mais divertida do que eles esperavam, a companhia era agradável e o clima não foi tão constrangedor quanto poderia ser. Ambos estavam satisfeitos com isso e poderiam até dizer que uma amizade estava surgindo a partir dali. 
Alguns flashes foram percebidos assim que Louis abriu a porta para que Harry entrasse em seu carro, não tinham combinado que ele levaria o mais novo para casa, mas o improviso caiu bem. 
– Está entregue, são e salvo. – destravou as portas e se virou para o cacheado que estava no banco do carona. 
– Muito obrigado pela carona e pelo jantar Louis. Eu realmente acredito que poderia ter sido pior. – Harry sorriu provocante e revirou os olhos quando o outro se fez de ofendido, com as mãos no rosto e tudo. 
– Para você é namorado, não Louis. – rebateu com uma sobrancelha erguida. 
– Então te vejo depois.. – ele se aproximou lentamente e completou próximo à orelha – namorado. – deixou um beijo estalado no rosto do cantor e saiu do carro. 
VI
Harry: (Foto)
Harry: Nós estamos na Times Square!!!!!!!!
Harry: Nunca pensei que ficaríamos tão bem nas telonas 👍👍😁
Louis: Isso é foda pra caralho! Ficamos realmente muito bem ;)
(...)
Louis: Ei, eu vi seu desfile ontem. Aquela apresentadora definitivamente não sabe de nada.
Louis: Ah! e eu aposto que aquela roupa feia dela ficaria melhor em você.
Harry: Obrigado, Louis 🙂
Harry: Mas nunca mais fale assim de uma Gucci na minha frente 😡
Louis: Eu tô te defendendo aqui, tá bom?! Não seja ingrato, haha
Harry: 🙄🙄
Harry: Sua risada não tem a menor graça assim, você pode usar emojis como todo mundo que está vivo no século XXI sabia?
Louis: Obrigado, mas não, obrigado. 
(...)
Harry: Cleo me deu o ingresso para o show na sexta. É muito ruim se eu disser que não conheço a banda??
Louis: Na verdade, sim, Styles. Infelizmente nosso relacionamento precisa acabar aqui.
Harry: Não seja palhaço 🙄🙄
Harry: Só preciso saber as principais músicas pra não passar vergonha, Louis. Me ajuda!! 🙏😁
Louis: Meu deus.
Louis: Vou compartilhar minha playlist com você, mas não abusa.
Harry: 👍😍
Louis revirou os olhos com um sorriso mínimo no rosto e enviou o link do spotify com a pergunta brilhando num letreiro neon na sua mente “Quem diabos não conhece Imagine Dragons?!”. Fazia quase um mês desde a última vez que viu o modelo pessoalmente e os boatos sobre o namoro pareciam estar esfriando, então veio a calhar que um dos seus colegas conhecia alguém que conhecia outro alguém que trabalhava com Dan Reynolds, o vocalista. No fim, ele estava com cinco ingressos VIPs para assistir o show e além da sua própria banda, seria um ótimo programa para levar também o namorado. 
Os dias depois do lançamento do clipe foram os mais agitados e caóticos que ele já experimentou durante toda a carreira. Além do estrago nas redes sociais que ele já previa, percebeu que em todos os shows dali em diante teriam várias pessoas e celulares voltados a qualquer parte considerada especial em busca de uma certa presença. De qualquer forma, Louis não deixou de ficar grato quando a procura de ingressos pros camarotes em cada setor e cada show ficou bem maior que o comum, não dava para reclamar se as pessoas querem gastar tanto dinheiro assim só para tentar achar seu “namorado”. Como se ele não fosse ficar exatamente na frente do palco ou então lá em cima com os produtores caso estivesse realmente lá. 
E depois de quase um mês, com os ânimos mais calmos, os fãs teriam mais algumas fotos para voltarem a surtar. Foi o que Louis pensou ao ver o carro vermelho e blindado parar na porta do seu prédio, e ele completou o pensamento de que deveria ter imaginado que Harry, aquele Harry, certamente não dirigiria um carro preto ou que fosse de algum modo.. sem graça.
Entrou no carro com um assobio na ponta dos lábios e elogiou a escolha do automóvel, brincando que esperava um dia ter tanto dinheiro quanto o cacheado para comprar um do mesmo modelo. Harry sorriu ladino e uma covinha charmosa despontou na bochecha. Os cachos estavam estrategicamente dispostos pela cabeça dele e não tão definidos, e o dress code preto parecia ter sido combinado, já que ambos se encontravam vestindo a mesma cor. Se não fosse os pequenos brilhos prateados que eram discretos, mas aparentes, por toda a camisa do cacheado e a blusa de manga longa com gola portuguesa que Louis usava, podia-se dizer que eles combinaram em usar calças skinny jeans e vans.
– Eu descobri porque a banda do show de hoje não era tão desconhecida assim pra mim. – Harry disse logo após iniciar a rota pelo GPS e dar partida no carro. 
– Então eu ainda posso ter esperanças sobre algum possível bom gosto seu? Ei! – Louis riu ao ser beliscado na coxa.
– Não exatamente.. eu só lembrei porque uma das músicas da sua playlist era a preferida do meu ex. Bem.. tipo ex. É complicado. 
– Ele era o cara com bom gosto da relação então. 
Harry acenou com a cabeça, mesmo um tanto confuso sobre a última fala do cantor. Não pareceu ser apenas sobre música aquele comentário. 
– Vocês ficaram juntos por muito tempo? Ah, meu deus! Foi tipo um namoro super falado do mundo da moda e eu estou passando vergonha por não conhecer? – continuou Louis, apreciando a risada que o cacheado soltou com sua forma exagerada de falar. 
– Não para a primeira pergunta. Talvez para a segunda. – deu uma olhada rápida em Louis e se deparou com os olhos azuis voltados para si, depositando toda a atenção no que falava. – Ele também é modelo.. basicamente trabalhávamos juntos em muitas campanhas e desfiles, éramos um casal bonito e todas as marcas queriam o contrato em conjunto.
– Consigo imaginar algo assim.
– É.. só que com tudo isso nós começamos a nos aproximar e nos relacionar. De verdade. –  Não tinha uma carranca no rosto, tampouco um sorriso. A feição serena como se estivesse contando sobre o tempo deixou Louis curioso e até espantado sobre o quão bem resolvido Harry demonstrava ser sobre o assunto.
– Deixa eu adivinhar, então isso deixou de ser comercial e vocês foram naturalmente se afastando?
– Ah, não! Não mesmo. Nós ainda trabalhamos juntos às vezes. – soltou um sorriso com a careta confusa que Louis fez. – Sam não tinha realmente a intenção de algo sério quando me pediu em namoro, ele sempre amou sair com várias pessoas e quando eu penso em solteiro só consigo imaginar ele como personificação da palavra. Eu era muito novo, passamos algum tempo juntos mas sem realmente sermos exclusivos.. bem, pelo menos ele não era exclusivo. 
Louis ainda prestava atenção em cada palavra que saía dos lábios cheios do outro, querendo ouvir toda a história. Ele conseguia demonstrar devoção e interesse de uma maneira tão simples que era basicamente confortável de se conversar qualquer assunto, desde enfeites de natal a assassinatos em série. 
– Eu não podia cobrar nada, na verdade. – Harry continuou. – Depois de dois anos nesse rolo, quando ele resolveu me pedir em namoro, eu não aceitei e resolvi terminar qualquer envolvimento romântico e sexual que tínhamos. Por isso o “tipo ex”. 
– Oh, uau. – Louis desviou o olhar para a estrada, de sobrancelhas erguidas e só um pensamento rondando sua mente. – Ele realmente era o cara com bom gosto, mas não soube fazer boas escolhas. 
Harry sentiu sua bochecha esquentar e manteve os olhos nos faróis que ocasionalmente iluminavam todo o carro.
– E quanto a você? Nenhum relacionamento para contar história?
– Eu nunca namorei. – deu de ombros. – Tive algumas pessoas aqui e ali, mas meu foco sempre foi minha música e carreira. Não apareceu ninguém que me fizesse ter interesse em algo mais sério e duradouro. 
– Vendo pelo lado bom, ninguém precisa surtar de ciúmes quando seus fãs resolvem fazer um strip pra você. – levantou e abaixou as sobrancelhas, lembrando da história que o outro lhe contou no restaurante um mês atrás, e riu ao ouvir uma série de “hahaha” sair dos lábios alheios. 
°°°°°
Os amigos de Louis eram super divertidos e rapidamente criaram uma intimidade digna de anos de amizade com Harry.
O show tinha sido eletrizante, apesar de não fazer muito o estilo do cacheado, as batidas fortes e a energia surreal da plateia fazia qualquer um se render e curtir como nunca. Todos eles ficaram na parte frontal do espaço, antes mesmo da primeira grade que dividia o palco dos fãs que provavelmente estavam acampados na fila há dias para ficar o mais perto possível do seu ídolo. Harry tentou aproveitar da maneira mais discreta possível a visão do vocalista na passarela, dançando e cantando de maneira definitivamente sexy demais para qualquer um que tenha olhos funcionais. 
Dan Reynolds estava muito suado, com toda aquela pele alva a mostra, sem camisa e sem nenhuma tatuagem visível. O shortinho preto parecia algo que o modelo costumava usar em suas corridas ou sessões de yoga, e mesmo que o tecido leve fosse igual, o caimento em ambos era uma coisa totalmente diferente. O cantor tinha um corpo forte e todos os músculos definidos no lugar certo, o que geralmente não fazia o tipo de Harry, mas após algumas cervejas e uma visão muito próxima daquele monumento que chamavam de homem, ele estava com medo de sair babando pelo cantor errado nas fotos que alguém devia estar tirando. 
Louis pareceu sentir o mesmo medo, pois tinha passado menos da metade do show quando ele pressionou as costas do cacheado em seu peito, passando os braços pela cintura marcada dele e soprando um “se comporte” baixinho no ouvido. Ficaram naquela posição pelo resto da apresentação inteira e quando Harry dançava desengonçado, apenas para provocar o outro que aparentemente não curtia passar vergonha em público, Louis era obrigado a acompanhar o movimento já que seus braços não sabiam o caminho de volta para o lado do próprio corpo e permaneciam segurando com firmeza o outro. 
– E teve aquela vez que o Louis roubou o carro do padrasto e mandou o Liam dirigir até a cidade vizinha porque nós fomos chamados para cobrir o show de uma outra banda que tinha cancelado de última hora no festival da cidade. – Jamie disse, rindo.
Eles estavam em uma espécie de festa mais reservada após o show, o lugar tocava uma música eletrônica mas não era alta o suficiente para impedir as conversas que rolavam pelo local. Tinha poucas pessoas, provavelmente só os convidados pelos músicos do Imagine Dragons tinham acesso a essa parte mais intimista e exclusiva, então a banda de Louis resolveu contar algumas histórias sobre sua trajetória enquanto o cacheado se divertia como mero ouvinte. 
– Tecnicamente não foi um roubo e você está sendo generoso em chamar aquela merda com aproximadamente 50 pessoas presentes, sendo que metade devia estar tão chapada que não faria diferença sermos nós ou um pendrive tocando, de festival. – protestou Nick.
– Detalhes.. ainda assim o Tommo aqui conseguiu assumir toda a culpa pelo nosso sumiço de várias horas e acho que até hoje meus pais não sabem aonde a gente foi. – finalizou Jamie com um semblante pensativo, apesar de grato. 
Louis ouvia as histórias e a forma como os amigos falavam com um sorriso de canto fixo no rosto e por vezes revirava os olhos em divertimento, mas a postura não deixava de ser confortável. Ele se sentia bem em apenas deixar os outros terem seus momentos falantes, mesmo que os temas lhe digam respeito, e continuava bicando o copo de energético com vodka calmamente.
Harry sempre se considerou um bom observador e graças a isso ele percebeu como Tomlinson, pelos relatos, sempre se manteve presente e constante na vida daqueles outros homens. Podia não parecer de longe, mas o cacheado agora tinha certeza que cada pequena atitude que Louis tomou e toma em sua vida tem como principal preocupação as pessoas em sua volta. Isso era simplesmente puro e belo. 
E não é como se o cantor quisesse crédito por nada disso. Gastou literalmente todas as economias para gravar a demo e não aceitou que os outros se comprometessem tanto assim, assumiu a responsabilidade quando alguma aventura era descoberta e provavelmente pegou todo o castigo para si sem dedurar os outros garotos, incentivava todo mundo a se manter acordado por várias noites nos pubs de Londres apenas esperando uma brecha na programação para que fossem encaixados, como se os equipamentos encostados no meio fio não estivessem alí por horas sendo nutridos por um pequeno fio de esperança. Louis Tomlinson foi a força que os liderou até onde chegaram e merecia cada olhar de gratidão, mesmo que demonstrasse fazer pouco caso. 
Quando Harry o deixou em casa naquela madrugada, sem paparazzis os perseguindo dessa vez, se sentiu ainda mais admirado e comovido pelo Louis que a cada dia conhecia mais um pedacinho. 
O tempo praticamente voava entre trabalhos aqui, shows ali, uns desfiles acolá e mais tantas publicidades. Por isso, os próximos dois meses foram preenchidos por exatos três encontros rápidos entre os dois artistas. 
– Sua mão é sempre tão gelada? E tão grande.. sério, espera um pouco, não é tão fácil achar uma posiçã- isso. Melhorou – Foi o que Louis disse enquanto eles estavam passeando pelas ruas de Los Angeles. Harry tinha um suco verde nas mãos e o cantor bebia seu café gelado aos poucos, ambos curtindo o clima ameno e o vento que balançava os grandes coqueiros que enfeitam a maioria das avenidas da cidade. 
– Não precisa segurar elas se estiver difícil para você com essas mãos tão miúdas. – as covinhas atrevidas faziam questão de enfeitar o rosto bonito do outro.
– Como ousa? – e simplesmente iniciaram uma disputa muito séria, e não verbal, sobre qual mão ficaria na frente enquanto andavam. Os braços se esbarravam com velocidade e os risos ficavam cada vez mais altos. 
Na próxima vez que se viram, Louis estava acompanhando o lançamento da coleção sazonal de alguma marca parceira do maior. O evento era em Nova York, a grande maçã, e felizmente coincidiu com a agenda de shows da banda, então sem problemas quanto a isso. 
O problema em si veio à tona quando alguns conhecidos apareceram para cumprimentar Harry, com sorrisos brilhantes e olhares afiados, dignos dos vilões da Disney. Até Tomlinson, que não se considera muito atento, foi capaz de notar a maneira com que a postura do modelo ficou ainda mais ereta e imperturbável, se é que aquilo era possível, e como ele fixou um sorriso educado no rosto, mas que depois de alguns dias vendo a forma como as covinhas se mostram e os olhos apertam, Louis sabia que não era real.
– Argh! Pensei que eles não fossem sair nunca. – o menor falou próximo ao ouvido do cacheado, mesmo que, com sua teimosia por não querer ficar na ponta dos pés, tenha chegado no máximo no maxilar rígido dele.
Foi quase de imediato que as sobrancelhas de Harry relaxaram e o sorriso plastificado finalmente saiu do rosto. Ninguém nunca tinha se concentrado e percebido as singelas mudanças, mas Louis sim. Aparentemente havia um Harry, aquele divertido e brincalhão que se tornou seu amigo nos últimos meses e embarcou nessa loucura com ele, e existia o Harry Styles, a personificação da palavra modelo, alguém que exalava perfeição e em quem todos se inspiravam, aquele que não cometia erros. Devia ser tão cansativo, o menor só queria poder espalhar as mãos sobre os ombros do outro e fazê-lo relaxar toda essa tensão para fora.
Quando se viram na próxima vez, já no início de agosto, o verão estava com tudo na Califórnia e pegar uma praia foi uma ideia muito bem-vinda. Venice Beach era completamente surreal e estonteante, a areia clara e fininha onde os banhistas caminhavam com calma ou simplesmente deitavam para tomar sol, o mar tão azul e intenso que diversos surfistas se divertiam praticando por ali, além de diversos esportistas, desde o skate ao patins, deslizando pelas pistas e contribuindo para a energia contagiante do local.
A praia era muito frequentada, o que foi uma escolha óbvia para os fins do relacionamento dos dois, mas não tão cheia como Santa Mônica, que por ser um destino certo para os turistas, provavelmente tiraria qualquer resquício de privacidade dos artistas e poderia ser até perigoso em certo ponto. Então Louis e Harry conseguiram se divertir um pouco, mesmo com algumas pessoas cochichando em sua direção às vezes e com outras não sendo nada discretas ao tirar fotos do casal. 
– Eu não sei.. só senti que devia aproveitar, entende? – os olhos verdes desviaram da bela vista em sua frente, o oceano vasto e algumas crianças correndo, e se virou para Louis. – Esse tipo de oportunidade não aparece a todo momento e eu precisei voar mais cedo que o esperado, mas pode ser bem difícil às vezes. – voltou novamente a fitar o mar.
Eles tinham essa coisa de mudar de assuntos divertidos e engraçados à dramas familiares num piscar de olhos, sem, contudo, pesar o clima ou ficarem desconfortáveis. Styles nem lembra qual foi a última vez que conseguiu falar sobre sua vida pessoal sem temer ter alguma informação vazada ou que a pessoa se aproveitasse de alguma forma do que foi dito para tirar vantagem. 
– Eu realmente entendo. Não a parte de aprender a viver por si só na adolescência, mas sobre as oportunidades. Você sente muita falta de casa? – Louis perguntou, genuinamente curioso. Ele, diferente do mais novo, não apreciava a visão da natureza que o local proporciona, apenas mantinha suas orbes fixas na maneira como os lábios cheios articulavam cada vogal de maneira mais enfática, enquanto as consoantes saiam por um espaço apertado, deixando a voz mais grave. 
Por vezes ele se perdia no brilho do sol refletido no colar delicado que pendia sobre o pescoço do outro, mas não se deixava apreciar o resto do corpo do cacheado vestido num shorts amarelo curto demais ao ponto de mostrar outras tatuagens que ele desconhecia a existência e os ombros largos que ficavam a mostra pelo caimento da saída de praia bege, no estilo de uma blusa meio larga e elegante. Não apreciava de maneira consciente, pelo menos. 
– Eu sinto falta de um lar. – Harry sorriu, um tanto corado. Esse era um assunto que o deixava tímido. – A casa dos meus pais, onde eu cresci, não me traz aquela sensação de preenchimento.. deixa meu coração em paz pelos, sei lá, três dias que consigo ficar, mas não aquece. Meu apartamento em Londres, também, é aconchegante e confortável, um lugar onde posso ser eu e descansar de qualquer persona minha.. mas, não sei, falta algo. 
As sobrancelhas bem feitas se crisparam e ele voltou o olhar para a areia entre as próprias pernas, brincando um pouco com os grãos e não percebendo como a garganta de Louis subiu e desceu com dificuldade ao que ele engoliu em seco. 
– Eu sinto mais falta das minhas irmãs, eu acho. – Louis virou para frente, na mesma posição que o cacheado, e chegou mais próximo, quase encostando o seu braço com o de Harry que estava apoiado no chão. – Não consegui acompanhar tudo o que eu queria sobre o crescimento delas, no fundo eu tenho medo de me tornar aquele parente que as pessoas sabem o nome mas não conhecem de fato. Alguém que está sempre longe e por isso é fácil substituir.
Harry olhou nos olhos azuis, sentindo uma coisa que nunca habitou seu peito antes. Talvez seja a cumplicidade e a forma fácil com que eles conseguiam conversar, talvez fosse a vulnerabilidade recíproca do momento, ou talvez tenha sido os olhos azuis que pareciam lhe conhecer de uma forma que ninguém conhecia. Nada precisou ser dito, a brisa do mar e o barulho das ondas fizeram fundo musical daquela cena de maneira perfeita e condizente. 
Eles estavam se deixando serem conhecidos e ao mesmo tempo colocando em palavras as inseguranças e medos que nunca tiveram coragem de expor nem quando estavam sozinhos com a própria companhia.
Quando deixou Harry em frente ao hotel onde ele teria uma reunião, logo depois de implorar para que o dono de uma barraca na praia deixasse o modelo usar o chuveiro e trocar as roupas leves que usava pelas que ficaram no carro durante a tarde, Louis lembrou do próximo compromisso com o maior. Ele estava estranhamente ansioso para vê-lo novamente.
– Daqui a duas semanas, então? – quase pareceu esperançoso demais. 
– Sim.. começamos por Tóquio, não é? – Harry respondeu enquanto apoiava os cotovelos na janela do lado do motorista, onde Louis estava.  
– Isso. – um flash disparou na direção deles, vindo da direção traseira do carro. – Eles estão aqui, você acha que é suspeito eu te deixar em um hotel e não seguirmos direto pra minha casa ou para a sua? Não lembro de Tristan ter contratado mais paparazzis depois do restaurante, então não podemos confiar na narrativa que eles vão vender.. Droga, tecnicamente eles não sabem que você tem trabalho agora, então é provável que falem que-
– Eu vou fazer uma coisa, não se irrite por favor. 
– O que? Harry, o assunto é sério. Talvez você devesse entrar e aí eu dou a volta e te deixo nos fundos porque por lá não-
O cacheado deu um suspiro resignado, revirou os olhos de uma maneira afetada e se aproximou de Louis, interrompendo todo aquele discurso com um selar de lábios. Foi tão rápido que Louis não conseguiu fechar os olhos a tempo e Harry já tinha se afastado, mas isso não impediu diversos cliques de serem ouvidos e definitivamente não impediu sua boca de formigar pelo menos um pouco.
– Oh, ok. Tóquio, então. – acenou com a cabeça em confirmação para a própria fala umas duas vezes, então Harry sorriu dando as costas.
– Tchau, Louis. 
VII
Podia se tornar um pouco sufocante e dolorida a forma como as luzes nunca são apagadas nessa cidade. É como se pegassem a Times Square, com todos aqueles letreiros, telas gigantes, anúncios e muita energia sendo consumida, e multiplicassem por toda uma cidade. Era assim que Louis estava enxergando Tóquio em sua primeira vez visitando o local.
Harry podia estar um pouco mais acostumado já que esteve na cidade algumas vezes, mas não a tornava mais tolerável. Por um dia ou dois era incrível, deslumbrante e inovador, mas tente por uma semana ou mais que se torna aterrorizante. Nunca parece anoitecer, as ruas são muito populosas, os hotéis muito caros pelo pouco espaço que oferecem, e chega um ponto em que os ouvidos e cabeça começam a latejar depois de serem bombardeados por muito tempo com um idioma tão diferente do usual. 
Eles estavam há dois dias hospedados no mesmo hotel, em quartos vizinhos que mais parecia separá-los com folhas de papelão no lugar das paredes, e saíam juntos em toda oportunidade. Podia ser apenas pelo contrato, mas eles realmente gostavam da companhia um do outro e talvez tenha sido por esse costume, de fazer as aparições em conjunto, que Harry se sentiu um tanto desnorteado no show daquela noite. 
Foi o primeiro show em que ele realmente teve que acompanhar a banda e, por isso, ficou estrategicamente exposto em frente ao palco. E mesmo com a companhia de algumas pessoas da produção ao seu lado, sem Louis a vulnerabilidade tomou conta do corpo do cacheado e ele agradeceu por estar em um país que prezava tanto a educação, pois não tinha certeza se aguentaria qualquer coisa que fosse mais intimidante do que os olhares tímidos e rápidos que as fãs lhe davam. 
O modelo não conseguiu se soltar de primeira e passou grande parte do tempo tentando normalizar a respiração e dar vazão àquele incômodo persistente que sentia. Não era incomum estar em posição de destaque, nem se tratava apenas disso.. era só que com aquelas milhares de pessoas ao seu redor tentando bisbilhotar um aspecto tão íntimo da sua vida, ainda que falso, Harry ficou quase  sufocado. Entretanto, como tudo em sua vida, ele só precisava de um pouco mais de persistência e tempo para se acostumar.
No último dia em Tóquio, algumas horas após o show, todos decidiram ir a uma boate indicada pelos empresários, um lugar mais reservado e “premium”, onde não teria gente filmando e poderiam agir da forma mais confortável possível. Claro que Harry e Louis não iriam correr o risco de serem vistos com outras pessoas, mas não havia a pressão de parecerem legítimos, seria só diversão, pura e simples. Assim, depois de algumas rodadas com pelo menos dois shots para cada um e uma garrafa de champanhe estourada para comemorar o início da primeira turnê fora da Europa e América do Norte, os corpos de ambos ficavam cada vez mais leves e dançantes. 
Louis não costumava dançar nem quando estava bêbado e talvez a companhia, ou a euforia por tudo o que estavam conquistando, tenha lhe influenciado de alguma forma. O corpo ainda estava arrepiado pela adrenalina que correu em suas veias durante todo o show e que não parecia querer abandoná-lo tão cedo, um sorriso contagiante estava fixo em seu rosto sem hora para ser desfeito e nas músicas super animadas ele se deixava até pular um pouco numa rodinha improvisada com os amigos. Quando não estava se divertindo dessa maneira, se contentava em deixar Harry movimentar seu corpo do modo mais conveniente para o modelo, que aparentemente tinha uma queda por lhe guiar em passos vergonhosos. 
– É só seguir a música, viu? Não tem que ser complicado. – Harry disse ao deslizar as mãos pelo próprio corpo enquanto deixava a batida lenta, mas ritmada, direcionar o movimento dos seus quadris. 
– É fácil pra você falar. – Louis bufou. – Não tem nada que você não saiba fazer, mas eu? A sorte é que não tem ninguém sóbrio aqui pra lembrar desse mico que eu tô passando. 
– Não seja dramático, olha. – se aproximou ainda balançando o corpo e segurou as mãos de Louis, levando elas até sua cintura e deixando-as ali. – Vem comigo, me segue. 
Louis sentiu a garganta apertar enquanto seus olhos acompanhavam as mãos tocando aquela parte delicada e sentindo o tecido de seda que o outro vestia. Era macio e gostoso de deslizar entre os dedos, e ele estava realmente apreciando o toque. Talvez a bebida tenha lhe deixado um pouco chapado demais, ou talvez tenha sido outra coisa. Quando levantou os olhos, Harry estava sorrindo em sua direção, todo brilhante e iluminado, como se as luzes escuras do local não fizessem diferença alguma, e então Louis engoliu em seco, focou nos olhos verdes, quase vítreos demais, e se deixou embalar pelo corpo do outro. 
Durante a primeira música ele ainda estava desajeitado e Harry apenas ria e o ajudava com as mãos nos ombros, fazendo ele não pensar demais. Depois de alguns minutos, o menor já não sabia quanto tempo ou quantas músicas já tinham passado, porque os dois corpos estavam tão próximos que Louis podia sentir no hálito do maior o doce da bebida que ele tomava, lhe desligando do ambiente ao redor e lhe induzindo a chegar cada vez mais próximo, tentado a sentir o sabor com a ponta da língua. Mas de repente o modelo virou as costas. 
– Eu amo essa!! – Harry gritou animado ao pegar o copo que estava na mão de Nick, sem mesmo saber o que o rapaz estava bebendo, e virou o que restava na própria boca. 
Não deixou Louis se afastar, no entanto. Logo após limpar as gotas que acabaram por escorrer pelo queixo, ele puxou novamente as mãos do mais velho até tê-las em volta da cintura e fez questão de guiar a palma numa espécie de carícia por todo o abdômen e mais em cima. O cantor queria manter uma distância respeitosa, mas com toda aquela intimidade que ele já tinha desenvolvido com o outro, se deixou aliviar tais preocupações. Se em algum momento Harry se sentisse desconfortável, tinha certeza que ele mesmo falaria. Com isso em mente, pressionou o modelo por trás, trazendo em um abraço o corpo leve e, com a permissão implícita, acompanhou os movimentos que ele fazia com os quadris, embalados por algum som sensual demais para não aproveitar. 
Quando finalmente se trancou no quarto de hotel depois de chegar da balada, Louis sentiu seu corpo sobrecarregado e com os nervos à flor da pele. A excitação do primeiro show em um local diferente, a aceitação do público, a alegria de dividir essa conquista com seus melhores amigos, a realização de mais uma etapa do seu sonho.. tudo isso estava deixando seus sentidos em êxtase, completamente acordado e  sem conseguir descansar a mente. Ele definitivamente precisava dormir por pelo menos duas horas antes de voar para a cidade do próximo show, mas estava se revirando há algum tempo na cama e ainda assim não conseguia. 
Foi um tanto automático que aconteceu. Em um segundo ele estava resmungando, bêbado, e rolando pelos lençóis macios do hotel, e no outro notou a própria mão deslizando pela boxer preta que usava. Não foi difícil ficar excitado, a mão que pressionava e esfregava a ereção quase completamente formada, parecia tremer um pouco, o que só podia ser resultado de todas as emoções que viveu durante o dia, e rapidamente ele deslizou o tecido pelas pernas, um tanto desajeitado e sem poder esperar. 
Louis espalhou as penas pelo colchão, deixou sua cabeça cair no travesseiro fofinho e fechou os olhos, soltando um suspiro aliviado quando envolveu totalmente o membro com o punho e o apertou com a segurança de quem conhece o próprio corpo e sabe do que mais gosta. A outra mão ele aproximou dos lábios e lubrificou três dedos com a língua, para logo depois rodear só a glande com os dígitos molhados. Ele esperava que seu vizinho de quarto não pudesse ouvir os gemidos baixos que saiam sem restrição pelos lábios finos.
Era uma tortura gostosa provocar apenas a cabecinha rosada até ficar tão sensível que tudo se tornava quase doloroso, para só então deslizar a outra mão para cima e para baixo com fervor, numa velocidade e rigidez nada comparada à delicadeza inicial. Em seus pensamentos geralmente não vinha nada, ele gostava de focar só no que o corpo estava sentindo, nos calafrios que subiam pelas costas ou na ardência entre as pernas pouco antes de gozar, mas daquela vez foi diferente. O aperto que sua mão fazia na base do membro era muito semelhante ao que sentiu da última vez que transou com alguém e a imagem daquela mulher veio à tona. Sequer lembrava o rosto dela, mas as ondas do cabelo castanho que ele puxou enquanto a fodia por trás era inesquecível e Louis se viu aumentando os movimentos de sobe e desce que estava fazendo. 
As pernas se dobraram na cama e ele passou a foder o punho que segurava com firmeza a ereção, cuspindo mais um vez nos dedos e só os deixando pressionados ao frênulo, uma parte tão sensível que sempre lhe fazia tremer um pouco. De olhos fechados e lábios entreabertos, com a respiração rasa e alguns gemidos desconexos, a lembrança que projetava em sua mente começou a modificar. Os cabelos amarronzados grandes diminuíram de comprimento e ele quase podia sentir o cheiro novamente, tinham um perfume forte e semelhante ao que ele sentiu enquanto dançava com Harry mais cedo naquele dia, bem quando as costas do modelo estavam pressionadas em seu peitoral e seu rosto estava rente à nuca do outro. 
As suas mãos, ou pelo menos a maneira com a qual se lembrava de segurar a cintura bronzeada da mulher, agora estavam segurando uma mais firme e masculina, aquela que ficou acostumado a tocar nos últimos tempos. Quando ele tentou espiar o rosto de quem seria ali, mesmo tendo consciência que poderia ser qualquer pessoa, já que não lembrava o rosto da que foi sua última, Louis se surpreendeu ao encontrar olhos verdes, vidrados e completamente tomados pela pupila. “Vem comigo, me segue”, o cérebro fez questão de reproduzir e ele não teve escolha.
As pernas tremeram e o líquido quente jorrou com uma força que ele não lembrava já ter gozado de tal forma anteriormente e, muito confuso, Louis abriu os olhos. 
°°°°°
Tóquio, Jacarta, Pequim e Singapura. Essas foram as capitais onde o Arctic Monkeys teve o prazer de tocar em um intervalo de 7 dias, o que, por si só, já era uma loucura. 
A noção de sono de qualidade, tempo de descanso e uma refeição bem feita foi perdida em algum momento durante essa semana de shows e viagens intensas. Eles estavam muito ocupados entre idas e vindas do aeroporto, check in e check out em hotel, passagem de som e show, além das comemorações após cada uma das apresentações que não podia faltar.. tão ocupados que Louis sequer teve tempo de analisar e refletir o que aconteceu no segundo dia de viagem. Também não parou para entender porque seu corpo associou a imagem de Harry a um momento tão íntimo seu. 
Ele só assumiu que sua mente bêbada e cansada pegou a pessoa mais próxima que ele não considerasse um irmão, como acontecia com seus melhores amigos e colegas de banda, e resolveu lhe pregar uma peça. Era isso.
Então quando, no último dia da viagem, eles foram novamente para uma baladinha comemorar o fim dessa etapa, o cantor não ficou estranho com o cacheado, nem demonstrou qualquer mudança no comportamento. Os toques carinhosos e abraços demorados já eram parte da rotina normal, afinal.  
Naquele dia houve um imprevisto no voo e eles não tiveram tempo de passar no hotel antes de ir direto para o local onde aconteceria o show, então as malas ficaram apertadas no camarim e até Harry teve que tomar banho e se virar por lá. Com esse pequeno contratempo e tendo em vista o sucesso dos shows no continente asiático, Tristan, que acompanhou os meninos apenas nos dois primeiros dias da viagem e voltou para a Inglaterra logo após, teve a ideia de reservar um hotel, que está na lista dos mais bonitos e caros do país, para a equipe e os artistas descansarem e curtirem o resto da estadia ali.
O Capella Singapore fica localizado na Ilha de Sentosa, pouco mais de duas horas de carro do local do show. O hotel era simplesmente a coisa mais paradisíaca e tropical que Louis e Harry já tinham visto, e o luxo de ter mais de 120 mil metros quadrados de floresta rodeando o local fez valer todo o dinheiro gasto. 
Do grande salão onde estavam, Harry tinha a vista privilegiada de uma piscina em cascata que parecia infinita aos seus olhos, além dos enormes jardins paisagísticos que esbanjavam amor pela natureza e também sofisticação. O garçom muito atencioso que lhe servia naquele balcão tinha um sotaque engraçado ao falar inglês e Harry queria sorrir por qualquer coisa, talvez pelas bebidas que já tinha tomado ou apenas pela magia que sentia ao estar ali. 
– Será que sou eu que vou ter que te tirar pra dançar dessa vez? – Harry ouviu a voz brincalhona sussurrar atrás de si e sentiu sua nuca arrepiar. 
– Não acho que você tenha essa coragem até ter bebido pelo menos três doses. – virou com um sorriso nos lábios e sobrancelhas arqueadas.
– Hoje é seu dia de sorte então. – Louis o levantou, puxando com delicadeza uma das mãos do cacheado e segurando o copo dele com a outra. – Tomei quatro. – e virou o copo de Harry, que negou com a cabeça, mas não se fez de difícil e acompanhou o outro. 
A noite estava fresca, bem no clima tropical que todo mundo imagina quando pensa em uma ilha, e Harry sentia os cabelos balançarem pelo vento e sua camisa grudar em seu corpo. O salão estava escuro e uma música eletrônica tocava alto, o som se esforçando para dominar o cômodo aberto. Os corpos de ambos já tinham se acostumado com aquela dança, tinha virado uma espécie de rotina: eles começavam separados, Louis sempre um pouco mais tímido e travado, depois Harry ia se aproximando aos poucos e não precisava mais direcionar as mãos do outro até sua cintura, a essa altura elas sabiam o caminho de cór; depois eles colavam ainda mais os corpos, viravam shots, davam risadas e se perdiam em uma sintonia que era ditada pelo ritmo da música do momento. 
As vezes Harry dava as costas e se deixava ser abraçado, às vezes era o contrário. E foi em uma dessas trocas, quando ele girou Louis de forma exagerada para fazê-lo rir, que o cantor sentiu Harry lhe segurar pela cintura, com o peitoral colado em suas costas, cabeça apoiada no ombro, e guiando com o quadril o movimento dos dois. 
Era diferente sentir o corpo alto por trás e podia até parecer estranho o encaixe, mas Louis não queria pensar nisso. Depois de alguns minutos com as mãos grandes e enfeitadas por anéis ocupando grande parte do seu tronco e barriga, ele nem conseguia pensar, na verdade. A atmosfera parecia estar cada vez mais abafada e ele sentia sua regata colando no corpo, os poros trabalhando para deixá-lo sóbrio mais rápido e ele fazendo o caminho inverso ao propor mais e mais brindes com o cacheado. 
Em certo momento ele já tinha perdido as contas de quantos copos e quais tipos de bebidas viraram juntos, na verdade os sabores se misturavam de tal forma que não fazia diferença. As horas também já não eram muito claras, ele até tentou olhar em um relógio de canto pomposo que tinha no caminho para o banheiro, mas não identificou se estava em algarismos que desconhecia ou só sua mente bêbada que não quis ajudar a decifrar os números. Louis só sabia que os amigos já tinham ido para os quartos descansar, um deles talvez tenha ido para um quarto diferente com uma moça com quem estava conversando, mas Harry não lhe abandonou. 
O modelo parecia estar tão sóbrio quanto o outro. Sorrindo à toa, olhos brilhantes e lábios inchados por uma mania de morder e lamber eles a cada poucos segundos quando está bebendo, fato que o menor não demorou a perceber. Styles dançava sorrindo e olhando para Louis de uma forma que o lembrou dias atrás, quando gozou com olhos verdes na cabeça, e isso lhe deixou um pouco tonto.
Quando voltaram a dançar juntos, não importava que ainda houvesse poucas pessoas ao redor, era como se fosse só os dois, o clima quente, o álcool no sangue e a música alta. O maior tinha a testa colada na de Louis e deixava a respiração sair por entre os lábios abertos, a poucos centímetros dos finos e secos do outro. Suas mãos faziam uma bagunça nos fios lisos e por vezes puxavam até que o menor levantasse mais o rosto e alinhasse as duas respirações.
Os quadris não eram diferentes. Louis sentia suas mãos formigando enquanto estavam apoiadas na cintura de Harry, ele apertava o tecido fino da camisa do outro e puxava de encontro ao próprio corpo até sentir que não passaria um fio de cabelo entre eles, pois não teria espaço. A essa altura a música não definia a forma como eles dançavam, mas apenas a fricção gostosa que começava a animar demais o corpo de ambos e deixá-los ainda mais ofegantes. 
– Harry. – Louis engoliu em seco. Provavelmente não foi ouvido por causa da música alta, mas o outro estava com os olhos fixos em seus lábios, então não perdeu seu nome sendo murmurado.
– Sim.. – lubrificou mais uma vez a boca vermelha e olhou nos olhos azuis. – Você quer-
– Vamos sair daqui? – impaciente, Louis completou. O peito subindo e descendo de forma exasperada.
– Mhm. – acenou positivamente com a cabeça três vezes e puxou Louis pelo braço até pegarem o elevador.
A porta se fechou e após Louis apertar o andar do quarto onde estava hospedado, eles encararam o espelho. O cantor estava descabelado e ofegante, a regata parecia um tanto elastecida e ele nem lembra em que momento o outro pode ter puxado. Já o modelo tinha os cachos um pouco colados na testa pelo suor e a camisa folgada estava com a barra presa acima do cós da calça. Olhar para aquela direção lhe deixou ainda mais vermelho, portanto rapidamente desviou as orbes verdes um pouco para o lado e soltou a respiração, eles estavam iguais. Ambos com volumes nem um pouco discretos.
Assim que o cartão magnético liberou a entrada no quarto, Harry mal teve tempo de admirar o cômodo e foi surpreendido com duas mãos lhe puxando em direção a cama. No meio do caminho e ainda sem acender as luzes, tendo apenas a claridade da lua que vinha da varanda dupla que tinha no quarto, Louis se viu faminto e foi de encontro aquela boca chamativa que lhe tomou a atenção durante toda a noite. 
O beijo começou bagunçado por toda a euforia e descontrole dos dois, demorando algumas tentativas para que o encaixe das línguas se tornasse perfeito e mais consciente. A bebida que tinham ingerido sendo mais um combustível para todas as sensações e desejos despertarem com força. 
– Hm, espera. – Harry riu ao tentar soltar os lábios e perceber que Louis o seguia de olhos fechados, tentando capturar seu rosto novamente. – Você quer mesmo fazer isso? 
– Sim, vem cá. – respondeu Louis, sem pensar muito. 
Ele deitou o modelo na cama grande e foi por cima, deixando beijos molhados agora por todo o pescoço de Harry. Os lábios estavam trabalhando rápido e o maior se viu fechando os olhos pra aproveitar a pressão que a língua e os dentes de Louis faziam na pele alva, mas assim que notou os dedos trêmulos abrindo os botões da sua camisa, foi obrigado a agarrar os fios da nuca do outro e puxá-lo até ter os olhos azuis focados em si.
– Louis. – advertiu. – Quero que me garanta que isso não é um desejo fruto da bebida e do qual você vai se arrepender depois. 
Não tinha espaço para brincadeiras ou palavras dúbias.
– Eu quero, prometo. – tentou transmitir toda a certeza pelo olhar, suspirando quando os olhos verdes suavizaram a expressão e a mão que lhe apertava passou a acariciar seus cabelos. – Não acho que qualquer bebida teria o poder de fazer isso comigo. – pressionou o pau rígido como pedra no do outro, que não estava diferente.
Harry mordeu os lábios para não gemer e Louis sorriu ladino, sussurrando um “solta” pouco antes de devorar o outro com a língua mais uma vez. 
O trabalho de soltar os botões e de puxar a regata para cima ficou mais fácil com os dois trabalhando em conjunto, mesmo que a ideia de parar o beijo não tenha passado pela mente de nenhum dos dois naquele momento. Louis podia dizer que ficou surpreso ao notar quatro mamilos, mas a verdade é que esse detalhe passou despercebido depois que seus lábios acharam caminho por cada tatuagem que marcava as clavículas e abdômen do maior, deixando a língua deslizar de forma lenta por cada gominho que encontrou e sentindo a pele abaixo tremer. 
Quando ajoelhou na cama para se despir do resto que vestia e deixar Harry fazer o mesmo com a calça apertada que marcava muito bem o corpo esbelto, ele franziu os lábios lembrando que não tinha experiência suficiente nesse tipo de situação e mesmo que já tenha feito penetração anal em mulheres antes, talvez o cacheado gostasse de algo diferente. E se homens precisassem de mais preparação? Porra, ele nem sabia se tinha levado lubrificante na mala. O hotel sequer oferecia camisinha como serviço de quarto? 
– Se você estiver surtando, pisque duas vezes. – a voz grave lhe tirou do transe e ele piscou para afastar os pensamentos, terminando de descer o jeans, já que tinha parado na metade, e tirando as meias.
– Eu não estou surtando. – a voz vacilou um pouco ao que Harry lhe puxou de volta para a cama. – Bem, eu tô. Mas não é sobre o que você pensa.
– Hhm.. – o barulho dos beijos desleixados que Harry estava deixando pelo corpo bronzeado ecoavam no local. – Eu tô ouvindo. 
– Eu tô tranquilo sobre você ser um homem. – sentiu uma mordida leve no topo da sua barriga.
– Sim?
– Eu só, hm, Harry.. – gemeu ou suplicou, ele não sabia. Talvez os dois. Sua destra fez caminho até os cachos suados que já estavam na altura do seu pau e ele fechou os olhos e agarrou, com a outra mão, o edredom para conseguir finalizar sua fala.
– Você pode falar, Lou. Eu não estou te impedindo. – mordeu agora a pele fina que cobre o ossinho do quadril.
– Seu provocadorzinho de mer-ah! – respirou fundo. – Eu só não estou seguro de que vou saber te preparar do jeito certo para não machucar, nem sei se aqui tem lubrificante ou se deveria ser de um tipo específico. Quer dizer, existe um tipo específico?
Assim que terminou de falar, Louis sentiu o sopro de uma risada exatamente no ponto mais sensível do seu membro e se segurou para não gemer com aquilo. Harry subiu novamente o tronco até encarar o rosto corado do menor e falou de maneira calma. 
– Você não vai precisar se preocupar com isso. – percebendo a careta confusa de Louis, continuou. – Eu não costumo ficar por baixo, Lou. Desculpa se eu deveria ter avisado antes ou algo assim, mas não se sinta obrigado a prosseguir se você não estiver confortável com isso. – selou os lábios finos logo após perceber que ele engoliu com dificuldade a informação. 
– Eu não sei.. – Louis se sentia excitado e confuso.
– Se você me deixar mostrar como eu gosto, eu farei ser prazeroso pra nós dois. – voltou a depositar beijos no pescoço de Louis enquanto falava e fez sua mão vagar por entre os corpos colados até que pudesse agarrar o pau ereto do cantor. – Saiba que pode me parar a qualquer momento e nada vai ficar estranho, tudo bem? – recebeu um aceno em confirmação e passou a deslizar o punho para cima e para baixo vagarosamente, – Muito bem. 
Harry sentiu o membro vibrar na sua palma, grosso e quente, e aquilo estava lhe deixando com água na boca. Observando as feições prazerosas de Louis e os pequenos suspiros que ele soltava assim que os dígitos passavam pela glande rubra, o maior desconfiou que pudesse ser ali o ponto mais sensível do outro e aproveitou a chance para testar o local. 
Primeiro fechou a mão de maneira mais firme na base e depois aproximou a língua bem molhada até sentir o gosto de pele e algo a mais na ponta do músculo. Foi devagar e com cautela, deixando lambidas gordas em volta da cabecinha até ter toda aquela parte lubrificada e só então se deixou brincar com aquele pontinho de ligação entre a glande e o resto, geralmente uma área bastante sensível e prazerosa. Não estava errado.
A mão ainda estava fechada em punho e ele começou a sentir as veias engrossando na ponta dos dedos, assim como as fisgadas involuntárias que Louis tinha e que seu próprio pau espelhava em sintonia. Louis era bem responsivo com as carícias focadas em uma só área e Harry precisava dele o mais excitado possível para que não se machucasse depois, por isso continuou com os mesmos movimentos circulares e pequenas sucções apenas ali até ouvir os gemidos dobrarem de volume e a mão fortalecer o aperto em seus cachos. 
– Você tá indo muito bem, Lou. É tão gostoso te chupar, eu passaria horas fazendo isso. – sentiu o outro forçar sua cabeça para baixo ao mesmo tempo em que ele gemeu exasperado. 
– Eu quero foder sua boca, por favor. Deixa H., por favor? – gotas de suor brilhavam no peitoral que mostrava a respiração ofegante dele e Harry, com aquela visão, teve que pressionar o próprio membro no colchão para se controlar por mais tempo. 
– Hoje não, babe. Eu preciso te preparar e você não pode gozar agora, Ok? – não esperou resposta, apenas desviou o olhar por alguns segundos, só o suficiente para deixar uma grande quantidade de saliva escorrer dos lábios para os dedos, direcionando eles até a entrada do outro logo após.
Harry subiu até encaixar a boca de Louis com a sua, dando início a mais um beijo bagunçado e cortado pelos gemidos. Se posicionou entre as pernas abertas do menor e deixou seus dedos massagear com cautela a entradinha apertada dele, enquanto tentava alinhar os membros juntos para começar uma fricção e tirar o foco de qualquer possível dor. Estava tão focado nas reações do corpo de Louis que percebeu o momento exato em que ele tensionou e tentou fechar as pernas, o que o fez se afastar o suficiente para entender o que estava errado.
Procurou sinais de arrependimento, não achou. Conferiu se o cantor ainda estava no clima, e o membro cada vez mais curvado e vermelho foi um bom indicativo que sim. Focou então no rosto dele, que estava muito corado, mas isso não respondia muita coisa, também tinha os lábios franzidos e olhos baixos, como se não quisesse encarar Harry. E antes que ele pudesse perguntar algo, o mais velho se adiantou. 
– Eu não tô, sabe.. eu não sabia que isso ia rolar então eu não – tomou fôlego e olhou para o teto do quarto, só então percebendo o lustre bonito que tinha ali. – Sabe.. preparação, depilação, essas coisas.. eu não sei como você gosta dos seus parceiros, então achei melhor avisar porque talvez você prefira..
E Harry se pegou sorrindo com aquele homem que começa tagarelar quando está nervoso, achando um pouco fofo que ele tivesse essa preocupação com algo tão banal quanto isso. O modelo sentiu a obrigação de agarrá-lo como se fosse seu até tirar todo o fôlego dele com a boca.
– Não me importo com essas bobagens, eu quero você. – apertou a bunda farta e apenas naquele momento lembrou que não tinha tirado seus anéis.
Para provar o que disse, recomeçou as carícias na pele quente entre as nádegas dele, aproveitando da sua saliva para deslizar um dedo até sentir Louis tremer um pouco, percebendo que o ouro em seus dedos devia estar gelado em contraste com a pele nua do menor, o deixando com ainda mais tesão. Não contente em marcar apenas o pescoço com mordidas fracas, Harry desceu os lábios por todo o peitoral, sendo ainda mais incisivo com as marcas já que aquele local não ficaria visível, até chegar onde queria. Dessa vez ele não se conteve em provocar apenas a cabecinha e assim que deslizou outro dedo na entrada do menor, desceu a boca na ereção dele até ouvir um gemido gritado. 
O álcool há muito não estava mais presente no corpo de ambos, parecendo que aquela tortura já durava uma eternidade e, impaciente, Louis passou a estocar sem ritmo dentro da boca quentinha de Harry, fixando os olhos nos lábios grossos esticados para lhe engolir e mal notando a ardência de ter três dedos lhe fodendo. E quando estava pronto para se perder em um orgasmo, Harry, sendo o filho da puta provocador que Louis descobriu ser, parou tudo o que estava fazendo. Tomlinson se sentiu frio e vazio. 
– Tem camisinha aqui? – o cacheado perguntou, afobado. 
– Eu, hm.. – piscou algumas vezes e lambeu os lábios, tentando fazer seu cérebro compreender a pergunta e não surtar ao ver o tamanho do pau que iria lhe penetrar. – Eu não sei, talvez na minha mochila. Na parte da frente. 
Harry assentiu e foi procurar no local onde o outro disse, achando um pacote fechado com três unidades, realmente uma pena não gastar todas, mas ele se contentaria. Era mais do que ele esperava para a viagem, afinal. Se aproximou enquanto colocava o preservativo, massageando um pouco o membro para acomodar bem o látex e tirar um pouco da ansiedade que sentia, não era o momento para ser afoito e descuidado. 
– Relaxa, babe. – ele disse, segurando com força a cintura fina e o mantendo parado, enquanto seu outro braço lhe dava apoio para permanecer acima do menor. – Porra, eu tô me segurando pra caralho pra não te foder do jeito que eu quero.
– Harry! – o gemido quebradiço de Louis saiu baixo e a resistência em seus músculos diminuiu, deixando o modelo penetrar mais alguns centímetros do que não parecia chegar ao fim nunca.
– É tão- hm- tão apertado, Lou.. Eu sinto cada tremor em sua pele, cada pulsação sua é minha também. Consegue sentir? – estocou tudo o que restava para dentro e Louis sufocou, com olhos brilhantes e palavras não ditas. 
Os minutos de espera enquanto se acostumavam foram quase eternos, nas suas percepções. Louis notava como aos poucos sua entrada ia relaxando e acomodando com menos dificuldade o pau do outro, que mesmo sem ter experiência no assunto, parecia algo enorme para ter dentro de si. Harry, por sua vez, contava as respirações, com músculos tensos e olhos fechados, até sentir que o aperto ao seu redor não mais o faria querer tomar à força todo espaço que Louis tinha para dar. 
E bastou testar as primeiras estocadas, ainda de modo calmo e contido, para Louis decidir que aquilo podia até ser doloroso no início, mas também lhe deixava vendo pontinhos pretos na visão de tanto prazer. Em poucos minutos ele distinguiu, entre os gemidos e arquejos, uma voz pedindo por mais e só então reconheceu ser a sua. Viu seus braços agarrados aos ombros de Harry e trazendo o corpo grande para mais próximo, nunca sendo o suficiente, e prendeu as pernas atrás das costas do outro, vendo que assim ele conseguia ir ainda mais fundo e certeiro naquele ponto que lhe fazia querer gritar, se já não o estivesse fazendo. 
– Eu não vou aguentar muito, H– sua voz se perdeu ao sentir os lábios fecharem em seu pomo de adão, lhe forçando a levantar o pescoço e ceder a passagem que o outro queria. A voz rouca veio em seguida, rente a sua pele.
– Não precisa segurar, Lou.. Você tá sendo tão bom pra mim. – beijou o maxilar. – Você sente como meu pau te preenche tão bem? – chupou o lóbulo da orelha e, por fim, sussurrou. – Parece que ele foi feito pra te foder, babe. 
As palavras mal foram registradas por seus ouvidos e ele sentiu algo que nunca tinha experimentado antes. A pressão em seu interior, a ardência nos músculos que não ia embora, mas fazia parte do momento, o estômago revirando e fazendo sua respiração engatar, o orgasmo escorrendo por sua coluna até ser liberado. Intocado.
Para Harry não foi difícil seguir o outro. A mordida no ombro que Louis lhe deu, somado ao aperto sufocante em seu membro enquanto o cantor se perdia ao gozar, foram incentivo mais que suficiente para que ele deixasse seu prazer preencher a camisinha, com um gemido sôfrego que saiu do fundo da garganta e um revirar de olhos. 
VIII
O sol ainda não tinha nascido completamente quando Harry foi acordado. O modelo abriu os olhos, confuso sobre o que tinha lhe feito despertar tão cedo, esfregou o rosto para conseguir afastar um pouco o sono e, depois de horas, finalmente observou com atenção o quarto onde estava.
A suíte de Louis naquele hotel era como um refúgio de luxo, envolvido pela atmosfera de elegância e conforto. As paredes de vidro que se estendem do chão ao teto revelavam um espetáculo natural incrível: as copas das árvores tropicais que preenchem a paisagem até onde a vista é capaz de alcançar. A luz natural do início da manhã banha o quarto, destacando cada detalhe da decoração cuidadosamente escolhida e é como se estivesse imerso na própria natureza.
Os tons neutros com toques de preto, verde e terra faziam do ambiente um lugar ainda mais sereno e relaxante, e o cacheado quase deixou o sono vencer aquela batalha, lhe convidando para voltar a dormir. Mas, como se sentisse as intenções do outro, Louis ficou inquieto mais uma vez, mexendo o corpo sem parecer ligar para as consequências disso. 
Eles tinham rolado na cama logo após se recuperarem do orgasmo e se aconchegaram em uma conchinha quente e um pouco melada, na esperança de descansar por poucos minutos e levantarem para limpar aquela bagunça. No entanto, esses minutos em silêncio viraram talvez uma hora, que se transformaria em até mais se o menor não estivesse esfregando sua bunda no corpo grande atrás dele. Poderia ser algum pesadelo ou só sua personalidade incapaz de ficar calmo mesmo quando está dormindo, então Harry tentou a todo custo segurar o quadril dele e afastar o seu próprio.
– Quietinho, shh.. – deixou beijos calmos no ombro do mais velho e parou os movimentos que ele fazia mais uma vez.
Não adiantou, entretanto. Por sorte o lençol fino que os cobria da cintura para baixo não deixava Styles observar a forma como Louis procurava um jeito de se aproximar novamente até que suas nádegas estivessem espremendo a virilha do cacheado, mas infelizmente não impediu que o sangue descesse até aquele ponto, inchando e endurecendo rapidamente seu membro. 
Vencido pela insistência, o modelo desistiu de se afastar repetidamente e soltou uma respiração trêmula ao sentir sua ereção completamente formada encaixando perfeitamente entre as bochechas gordinhas da bunda de Louis. Sem um movimento da sua parte, percebeu que, para alguém inconsciente, a respiração engatada e os movimentos um pouco desengonçados eram bastante suspeitos, então arriscou. 
– Eu deveria imaginar que você é do tipo que acorda alguém só pra não passar vontade, não é? – sua voz estava ainda mais grave e falhada por ter acabado de acordar, mas ele despejou as palavras diretamente no ouvido do outro, observando com atenção os pelinhos do pescoço se eriçarem assim que terminou de falar. 
O mais velho não respondeu propriamente, apenas um murmúrio abafado saiu dos lábios dele ao passo que Harry alisava o abdômen quentinho e firme do cantor, se deixando aproximar o suficiente do corpo menor até sentir cada pequena respiração dele como se fosse sua. Ele estava receoso de que Louis tivesse se arrependido do que fez ou de que culpasse a bebida pelas atitudes impensadas, mas sendo isso ou não, poderiam aproveitar dessa desculpa por mais algumas horas. 
– Você não ficou dolorido, Lou? Eu não sou exatamente pequeno para uma primeira vez e ainda assim você quer mais. – deixou os dedos abrirem espaço entre as nádegas e gemeu de olhos fechados ao encontrá-lo um pouco aberto e molhado. – Está duro por mim, babe?
Harry passou a mão esquerda por baixo do corpo dele até conseguir abraçar por inteiro o tronco, aproveitando para apalpar a pélvis e deslizar a mão pelo membro já ereto do outro. 
– Na verdade.. faz um tempo que tô assim. Você não é muito fácil de acordar, sabia? – Louis sentiu a garganta arranhar e sua voz sair um pouco estranha pelo tempo sem uso. Harry achou sexy e se viu querendo ouvir a voz fina e rouca mais vezes em situações como aquela. 
– Era pra você estar dormindo, não se esfregando em mim até eu te comer de novo. – o tom repreensivo da fala não combinava com os dois dedos que ele estava inserindo na entrada do cantor, mas ambos foram ditos e feitos num ritmo lento que era característico do modelo. 
– E-eu, porra.. não iria conseguir dormir, de qualquer forma. – a respiração aumentando assim como os movimentos em sua bunda. – Você parece um cachorrinho quando ganha um urso de pelúcia, todo braços e pernas em cima de mim, encoxando até me deixar com tesão mais uma vez. – sentiu o sorriso de Harry na sua nuca e sua barriga revirou ao que os, agora três, dedos encontraram sua próstata. 
– Não foi a intenção, desculpa. – a graça na voz tirava qualquer credibilidade da sua fala. A mão esquerda esfregando e puxando os mamilos de Louis também não ajudavam. – Vou te ajudar com isso.
– Muito bem, obrigado. – Louis riu ao receber um tapinha na bunda, depois que Harry afastou para pegar outro preservativo na mesinha de cabeceira, que ficava ao lado da cama. 
Deslizou o látex em sua ereção pela segunda vez em poucas horas e não demorou a penetrar o outro, agora mais confiante de que não o machucaria. O lubrificante que vinha na camisinha junto à saliva que ainda deixava uma bagunça molhada no local, fez com que seu pau entrasse liso e devagar, sem muita resistência. A ansiedade de Louis em ser preenchido novamente também contribuiu para os músculos não ficarem tensos e para que sua entrada abrigasse o comprimento de Harry do modo mais fácil e confortável para ambos.
Ainda deitados de lado, Louis sentiu o maior iniciar os movimentos rasos com o quadril e só pôde gemer em alívio. Apesar dos movimentos lentos e curtos, eles estavam tão próximos, com os corpos tão colados, que Tomlinson conseguia sentir perfeitamente a espessura não muito grossa do pau do outro enquanto sua entrada apertava involuntariamente o canal, bem como o ângulo certeiro que, pelo tamanho avantajado, ele conseguia alcançar sem muito esforço. Os olhos azuis reviraram na própria órbita ao perceber que Harry tinha fechado o punho em seu pau, e ele não conseguia fazer outra coisa senão respirar descontroladamente e soltar palavras desconexas, perdido demais pelos dois estímulos tão diferentes. 
O início da penetração podia ser um pouco desconfortável, percebeu Louis, mas assim que aquele pontinho dentro de si era atingido em cada estocada, principalmente quando o cacheado pressionava apenas ali por um tempo e rodava o quadril, começava a fazer sentido o porquê das pessoas acharem tão bom. O fato de estar com uma pessoa confiável e que se preocupa com ele também fez com que o menor relaxasse e aproveitasse a experiência como um todo, deixando Harry morder e chupar seu pescoço e ombros por trás, apertar as nádegas até os dedos ficarem pálidos e foder sua consciência para fora do corpo, com a destra moendo sua ereção e o pau dele tomando tudo o que podia.
Os gemidos do mais novo corriam dos seus ouvidos direto para o sangue concentrado lá em baixo e o mesmo acontecia com Harry que decifrava, dentre vários gemidos, algumas súplicas e elogios ao seu pau que Louis nem percebia estar fazendo. O maior mantinha o mesmo ritmo, amando como não precisava de agressividade ou rapidez para fazer Louis tremer no colchão, e se deixando apreciar o aperto quente dele da forma mais demorada possível, pois sabia que uma hora aquilo iria acabar. 
Quando apertou o corpo do cantor contra o seu e passou a estocar de modo mais firme e espaçado, deslizando a outra mão pelas bolas cheias dele e massageando a área sensível, o cacheado sentiu exatamente o momento em que o outro gozou. O peso em sua mão se tornou repentinamente rígido, a mão em seu cabelo o fez enfiar o rosto ainda mais nos fios lisos e suados do outro, e a entrada dele sufocou seu pau, parecendo querer puxar ainda mais para dentro de uma forma que beirava ao absurdo. Ele continuou se movendo mesmo com o aperto incessante e depois de algumas - poucas - e firmes estocadas, sentiu o liquido quente formar uma poça dentro da borracha que lhe envolvia, gemendo grave entre os cabelos de Louis e permanecendo dentro dele até a respiração estabilizar. 
°°°°°
– Consegue mandar alguém fazer minhas malas? – Harry falava com a secretária no telefone. – Sim.. o bege não, por favor. – mais uma pausa. – Tudo bem, te vejo daqui a pouco. Eu nã- ok, beijos. – desligou com um suspiro cansado. 
Os óculos escuros escondiam a pele coberta por olheiras por conta da noite mal dormida e pela longa viagem, mas como ele não poderia tirar mais alguns dias de folga, estava esperando o carro chegar com as coisas que ele precisava para um outro trabalho. O modelo não sairia do aeroporto como todo mundo, só deveria pegar a mala que tinha mandado alguém fazer e voltaria imediatamente para o portão de embarque em direção à França. 
– Quer uma carona? Conseguiram trazer meu carro e Tristan levou os garotos no dele. – Louis se aproximou da onde o cacheado estava assim que viu ele desligar a ligação. 
– Ah, obrigado. – olhou para o menor, mas desviou rapidamente para as diversas pessoas transitando aquela garagem. – Na verdade eu não vou pra casa. Aparentemente eu tenho uma viagem marcada para daqui a 30 minutos para Paris. – bufou. – Cleo não explicou direito, mas acredito que tenha a ver com o desfile no outro mês. 
O peito de Louis apertou com um sentimento estranho ao lembrar que o namoro tinha prazo de validade. 
– Poxa..
– É..
As palavras pareciam se formar e dissolver milhares de vezes por segundo na boca do menor enquanto eles ficavam naquele silêncio desconfortável. Nunca tinha sido assim até agora, e quando lembrava que os dias da viagem foram ótimos e como eles se divertiram juntos, além de que definitivamente se aproximaram mais, então todo esse constrangimento não fazia o menor sentido.
– Tudo bem, então. Eu não preciso ir agora se você quiser que eu espere aqui contigo..
– Não. – interrompeu. – Quer dizer, realmente não precisa, mas obrigado. Eles não vão demorar e eu não quero atrapalhar de alguma forma. 
Louis franziu as sobrancelhas e analisou por alguns segundos aquela resposta. Harry estava estranho, com certeza, mas poderia ser apenas fruto do cansaço ou talvez ele estivesse em um mau dia. As respostas rápidas e cortantes que lhe deu não eram nada além de educadas, mas tão superficiais quanto aquelas usadas para tratar qualquer um. E depois de tudo, Louis não diria que era qualquer um para o outro. Podia estar enganado, entretanto, e seu cérebro sonolento e de ressaca estava inventando motivos para lhe deixar paranóico. 
Decidiu acreditar na última opção, se aproximou do outro para lhe abraçar e depositar um beijo no rosto como sempre faziam em despedida, notando como Harry tensionou de repente antes de acenar com a mão e sair dali a passos rápidos. Sim, seu cérebro. 
O cacheado também se sentiu confuso e praguejou diversas vezes enquanto despachava a mala e entrava em outro avião, pedindo desculpas a uma das aeromoças quando deixou os xingamentos saírem pelos lábios em frente aquela mulher simpática. Não tinha motivos para deixar tudo complicado ou estranho. Ele e Louis ficaram, e daí? Eles mais do que ficaram, mas qual é o ponto? Nada tinha que mudar só porque ele fodeu o cara uma vez. Tudo bem, duas vezes. 
Porra, seu cérebro estava fritando em um looping infinito que pareceu durar a viagem inteira até a Europa. 
Mas enfim o verão estava se despedindo e um vento fresco lhe recebeu ao chegar na capital francesa, lhe deixando um pouco mais disperso de todos esses pensamentos que rodam e rodam sem sair do lugar, e o colocando no modo trabalho. Os dias que passou na cidade do amor seguiram dessa forma, com pensamentos focados no trabalho e nas marcas que ele iria representar na Fashion Week, e quando chegava no hotel, já muito cansado, apenas conseguia comer algo rápido, tomar banho e dormir. Felizmente, sem sonhos. 
O card de um evento marcado para o início de setembro chegou por uma mensagem no seu celular em uma dessas vezes em que ele se deixava relaxar na banheira do hotel. A vista da torre mais famosa do mundo em sua frente, lábios roxos pelo vinho que tomava e as mãos um pouco instáveis pelo nome que piscava na mesma notificação. 
Louis: Meu agente falou que vamos estar em Londres na mesma semana e eu pensei que poderíamos ir nessa festa juntos, o que acha?
Louis: Ah, meu colega de infância joga em um dos times que vão competir no dia, caso você esteja se questionando como eu consegui os convites. Nem precisei implorar dessa vez :)
O coração de Harry acelerou ao imaginar o sorriso infantil que o outro deveria ter no rosto ao fazer mais uma de suas, tão comuns, gracinhas. Droga. 
Harry: Claro, vamos sim. Vai ser ótimo.
Louis: Uh
Louis: Sem emojis? Se eu fiz algo errado, digite *. Se você foi raptado e precisa de ajuda, disque 190. 
Harry:🙄🙄🙄
Harry: Engraçadinho. 
Louis: Identidade confirmada! Hahaha
Louis: Então, se você não quiser ir, tudo bem pra mim. Sério. 
Harry: Eu quero, Louis. Nós vamos 😁👍
Desligou a tela e percebeu que estava prendendo um sorriso ao morder o lábio inferior com força. Droga. 
°°°°°
O combinado era de que chegariam juntos, pois, mesmo que não houvesse um tapete vermelho, sempre tinha repórteres e paparazzis esperando alguma celebridade completamente bêbada sair da festa pós-jogo, artistas traindo seus cônjuges com modelos mais novas ou uma simples briga entre jogadores de times rivais. 
Harry não quis se vestir formalmente, até porque a intenção da festa não era essa, e apostou em uma regata caxemira que tinha a gola grande em V e losangos amarelos e marrons como estampa. A calça ainda combinava com o colar de bolinhas, ambos no mesmo tom vibrante e alegre de amarelo. Nos pés ele resolveu moderar e calçou uma bota de saltos baixos na cor marrom. 
Sua personalidade era assim, às vezes extravagante e colorida, com uma alegria que tinha o poder de contagiar todos ao redor. Mas tinha os dias em que uma camisa branca e boxers era tudo o que lhe definia, com a simplicidade e leveza necessária para cada situação. 
Do outro lado do banco de trás do carro no qual eles estavam, Louis usava uma blusa azul petróleo, muito fácil de confundir com o preto, e tinha arregaçado as mangas até os cotovelos, mostrando as diversas e confusas tatuagens que possuía ao longo dos antebraços. Jeans escuros e vans eram mesmo o que o cacheado esperava que ele vestiria. Combinava com ele. 
A sensação de inquietude que Harry sentiu desde cumprimentar educadamente o motorista e o cantor ao seu lado só ficou menos incômoda ao entrar efetivamente na festa. Sentia a mão de Louis pesar na base da sua coluna quando ele o direcionou pelo local, fazendo questão de o apresentar a alguns conhecidos e mantendo o toque firme que estava lhe tirando do sério, sem nem saber o porquê. 
Foi por isso que na primeira oportunidade ele deu uma desculpa qualquer para as pessoas com quem o menor ainda falava e se afastou. Precisava respirar fundo e entender suas emoções, mas com Louis tão próximo tocando em seu corpo e o perfume amadeirado dele ocupando seus sentidos, era impossível. 
Passou alguns minutos rodeando o local e analisando as pessoas em sua volta. Alguns rostos ele conhecia, outros nem tanto, o que já era esperado para alguém que não acompanha o mundo dos esportes. Mas tinham também diversos modelos com quem ele já trabalhou alguma vez na vida e um suspiro agradecido saiu pelo seus lábios ao colocar um sorriso no rosto e puxar assunto com alguns deles. 
Harry mantinha os dentes alinhados em evidência mesmo que não prestasse muita atenção no que a loira em sua frente estava dizendo, seu copo já pela metade e os olhos verdes procurando por algum refúgio quando sentiu os pelos arrepiarem ao encontrar olhos azuis intensos lhe encarando de longe. Louis acenou pedindo para que ele se aproximasse e o maior, sem pensar muito, se despediu rapidamente da mulher com quem falava e foi em direção ao outro. O cantor conversava com um homem alto e forte, que tinha ombros largos e os braços quase completamente tomados por tatuagens, além do cabelo castanho que descia em ondas úmidas emoldurando o rosto másculo. 
Era grande e sexy como o inferno, Harry pensou, mas infelizmente o dono dos olhos castanhos intensos não fazia seu tipo. 
– Esse é Harry Styles, meu acompanhante essa noite.
Não era a primeira pessoa a quem Louis o apresentava naquela festa, mas a postura confortável que ele mantinha com o cara ao seu lado indicava um nível de intimidade que Harry não percebeu anteriormente, com direito a sorrisos de lado e olhares afetuosos. A apresentação não veio, mas tudo indicava que aquele seria o jogador e amigo de infância que o mais velho mencionou nas mensagens.
– Eu sou Liam, muito prazer. – a mão grande e com uma rosa estampada apertou a sua de maneira delicada, apesar da aspereza no tato. O jogador dedicou um olhar avaliativo desde suas unhas pintadas, passando pelas roupas chamativas até chegar em seu rosto, um pouco corado. – Não me leve a mal, mas você é modelo? – questionou, com sobrancelhas franzidas. – Acho que combinaria muito com você, deveria tentar. 
E Harry estava pronto para responder, mas Louis tomou seu lugar. A voz dele nunca esteve tão afiada como quando as palavras ácidas deixaram os lábios.
– Sim, ele é, Payne. Obrigado pelo elogio sutil ao meu parceiro, muito gentil da sua parte.
A resposta surpreendeu tanto os outros dois que ambos viraram para encarar o de olhos azuis, que encarava um ponto fixo entre eles. Só então Harry notou que sua mão estava aquecida e um pouco suada. Liam ainda não tinha lhe soltado. 
– Bom, Louis… eu posso falar por mim mesmo. – o modelo deu um sorriso pontual para o homem ao seu lado e voltou a olhar para o jogador, suavizando a expressão. – Obrigado, Liam. Eu certamente pensaria nessa profissão só pelo seu palpite se já não trabalhasse com isso.
Todos que estavam há um raio de dois metros provavelmente ouviram o bufo raivoso que Louis deixou escapar, sem acreditar que seu namorado estava tentando flertar com o melhor amigo. Liam olhou do menor para Harry algumas vezes com a sobrancelha erguida e resolveu que não era da sua conta, se afastando logo após com uma despedida rápida. 
– Certo.. eu vou falar com os caras do time, mas aproveitem a noite. Depois a gente se vê, mate. 
Harry não desviou os olhos do rosto do menor, que, por sua vez, encarava qualquer lugar que não fosse o homem à sua frente. 
– O que foi isso, Louis? – questionou de maneira incisiva. 
– O que? – deixou que uma falsa confusão se formasse em seu semblante, e Harry quase riu pela coragem. 
– Fala sério, você não precisava ser grosso. O cara não é seu melhor amigo ou algo assim? 
– Ele estava dando em cima de você. – Falou com dificuldade por tamanha força com que seu maxilar estava travado. 
– Não, não estava. – explicou, sério. – Mas qual é o ponto? E se estivesse? Isso não te dá o direito de ser desagradável com as pessoas.
Louis não podia acreditar que estavam tendo essa discussão em meio a uma festa quando podiam estar dançando e bebendo, aproveitando assim como fizeram na viagem. Inconformado e furioso com as perguntas do cacheado, ele não pensou muito nas palavras que deixou escapar. 
– Você é meu namorado, esqueceu? Eu não posso ver uma pessoa te secando e simplesmente não fazer nada. 
– Falso. Namorado falso, você quis dizer.
Essa fala foi como um soco em seu peito, era verdade afinal. Mas ele ainda se sentia possessivo por uma pessoa que não era sua e seu coração idiota não parecia entender a real situação. Louis sequer conhecia o sentimento obscuro e feio que preencheu sua pele ao observar a maneira com que o amigo avaliava e elogiava Harry, nunca tinha sentido algo assim antes e estava rezando para não ser ciúmes. Não tinha esse direito. 
– Me desculpe, você tem razão. – baixou os olhos, envergonhado e confuso, tentando controlar o que passava em sua cabeça. – Eu não sei porque agi daquela forma.
Harry analisou os ombros tensos, olhos nublados e sobrancelhas juntas. Parecia que o menor estava em uma luta consigo mesmo sobre algo além do seu controle, e o cacheado só esperava não ter fodido com ele, metaforicamente, de uma forma irreversível. 
– Talvez nós devêssemos adiantar a parte do acordo em que terminamos o namoro, sem brigas ou pivôs da separação. – ele quebrou o silêncio quando já estavam no carro após a festa. Louis foi pego desprevenido, achava que ainda teriam mais um mês juntos.
– O combinado era ficarmos até o desfile. – pontuou, a voz baixa e um pouco temerosa. – Se foi pelo o que aconteceu hoje, eu garanto que não vai se repetir.  Acho que eu- é só que talvez eu tenha confundido as coisas por um momento, mas já estou sob controle, prometo. – tentou dar um sorriso confiante, apesar de não se sentir assim. 
– Você estar se sentindo confuso é o problema.. eu não queria te colocar nessa situação, sabe? Entendo que por tudo o que aconteceu entre a gente a linha tênue entre o que é real ou não pode ficar borrada, então é melhor que acabe de uma vez antes que alguém se machuque. 
Louis ia contestar, até abriu a boca para tal, mas o modelo continuou. 
– Não vai prejudicar nós dois, sério. O convite para desfilar nas três cidades da semana da moda já chegou na agência, os números de ouvintes no seu Spotify continua crescendo e a música nova se mantém no topo das mais ouvidas em diversos países mesmo após vários meses. – Louis sabia o que ele iria falar em seguida e não tinha certeza de que queria ouvir. Era apenas o combinado, no final das contas. – Nossas metas com esse acordo meio que já foram cumpridas e o fato de termos vindo a esse evento juntos vai mostrar que não foi um término agressivo ou desrespeitoso. 
Fazia sentido e era um bom plano, mesmo que não quisesse admitir. Após alguns minutos em silêncio, Louis engoliu o bolo que tinha se formado em sua garganta, sorriu de lado e disse. 
– Foi um prazer ser seu namorado por um tempo, Harry Styles. 
IX
Dormir, definitivamente, estava sendo a pior parte.
O cacheado estava acostumado com o silêncio dos quartos de hotéis desde muito novo e, por incrível que pareça, ele passou as últimas semanas estranhando aquela rotina solitária que vivia há anos. O barulho de gente conversando e rindo, além dos carros em movimento, sempre foi o plano de fundo dos lugares onde ele se hospedava, e daquela vez não foi diferente, pois o que tinha mudado era a forma como ele olhava essas situações.
A vista da sua varanda era estonteante, prédios chamativos e ruas bem iluminadas geralmente eram tudo o que os turistas reparavam. No entanto, dali de cima, Harry com uma taça na mão e aproveitando o balançar do vento fresco em seu pijama, observava os dois velhinhos sentados na praça em frente ao hotel, o senhor com um livro nas mãos e com o braço sobre os ombros dela e a esposa apenas fazendo companhia, observando com devoção e carinho palpável as pessoas que circulavam pelo local. 
O senhor, que Harry imaginou que tivesse um nome elegante como Gerard, tirava o braço do apoio confortável que era os ombros da sua amada a cada poucos segundos para lamber uma listra rápida em um dos dedos e em seguida virar a folha do exemplar que estava lendo. Nesses poucos segundos sem contato, a senhorinha de aparência amigável virava o rosto com um sorriso e depositava um beijo doce no rosto magro do marido.   
Uma coisa tão simples e casual, eles estavam ali não necessariamente conversando ou fazendo algo em conjunto, mesmo que estivessem juntos, se é que isso faz sentido. Mas para Styles, fazia. 
Ele não tinha sonhado em ter algo como aquilo com Sam nos dois anos que se envolveu com o outro modelo, também nunca imaginou que iria querer se sentir tão íntimo de alguém a ponto de envelhecerem juntos e ainda ser confortável apenas a companhia silenciosa um do outro. A verdade é que a vida que levava não permitia sonhos tão simples, a menos que esse outro alguém dividisse, ou pelo menos, entendesse a rotina louca que iria acompanhar o relacionamento por longos anos, talvez décadas, até finalmente chegarem na etapa de aproveitar a tranquilidade que aquele casal de velhinhos representava. 
Algumas crianças corriam e gritavam por ali, com sorrisos contagiantes nos rostos e um fôlego juvenil invejável, mas algo lhe chamou atenção e ele sacou o celular para tirar uma foto. Um garotinho que acabara de apoiar o skate debaixo do braço tinha parado de brincar com os amiguinhos para observar um artista de rua que estava começando a tocar, com sua guitarra plugada em uma pequena caixa de som e a bolsa do instrumento aberta no chão. A feição apaixonada da criança lhe fez imaginar uma pessoa que provavelmente tinha sido assim quando mais novo, então ele abriu o aplicativo de mensagens no contato de Louis e estava pronto para enviar.
Digitou e apagou diversas variações das frases “lembrei de você” ou “imagino que você tenha sido assim”, mas não enviou, faltou coragem. Desligou a tela com o coração acelerado e a garganta seca, acreditando e repetindo para si mesmo que não seria prudente aparecer mais uma vez na vida do menor já que tinha deixado ele confuso e bagunçado da última vez que se viram. 
Os lençóis estavam frios quando ele deitou naquela noite, assim como em todas as outras daquelas semanas. Semanas? Parecia uma eternidade. E seguindo o roteiro que sua cabeça criou para conseguir adormecer, mesmo a contragosto, ele sonhou com um corpo quente entre seus braços e fios curtos fazendo cócegas no nariz. Com o perfume amadeirado povoando seus sentidos, ele adormeceu.  
°°°°°
A garçonete não sabia quem parecia mais acabado entre os dois rapazes sentados na mesa do canto. Sempre que ia atendê-los, voltava com mais e mais bebidas na comanda e um aperto no peito, infelizmente era comum ver jovens desolados descontando suas frustrações no álcool, mas não deixava de ser preocupante. O motivo para a bebedeira podia variar, dizia sua experiência, às vezes era o trabalho cansativo, em outras as notas baixas na faculdade, ou até problemas familiares. Mas olhando para aqueles homens fortes que estavam juntos, mas sem realmente trocar conversa, ela sabia que o único motivo para estarem ali naquela noite era o amor. 
Levou mais ou menos um mês, ele não tem certeza, para Louis conseguir lembrar do olhar do seu amigo para Harry sem fechar os punhos com raiva, e só então ele criou coragem para conversar. A intenção nunca foi ser grosso ou ríspido com alguém que sentiu tanta falta durante os anos e quando mandou mensagem pedindo para encontrar Liam em um pub qualquer de Londres, se sentiu realmente com medo de que ele não aceitasse, com medo de ter estragado tudo. 
Por sorte, estavam ambos sentados a pelo menos dez minutos, com alguns copos vazios de cerveja espalhados pela mesa e muito envoltos nos próprios dramas pessoais para ainda haver qualquer conflito pendente entre eles. Uma desculpa rápida assim que chegou foi o bastante para o amigo lhe olhar com os castanhos profundos e lhe deixar desabafar o porque agiu todo territorial daquela forma.
– E aí ele começou a agir estranho comigo, sabe.. Na verdade, Harry sempre é educado e gentil, você dificilmente vai ver ele desrespeitando ou sendo nada menos que doce com alguém, mas eu percebi a mudança.
Ele não tinha certeza se Liam estava lhe escutando, os olhos escuros estavam voltados em sua direção, mas o outro não parecia focado no que falava. Ainda assim, Louis estava bem em desabafar com um amigo, mesmo que ele não prestasse atenção, e por isso continuou falando. 
– Você não deve imaginar como é isso, por motivos óbvios, mas cara.. a gente tem essa- essa coisa, essa conexão desde o começo de tudo e eu via o afeto crescer cada vez mais a cada dia que a gente se encontrava para algum trabalho, entende? E eu sei que era recíproco! –  tomou um longo gole da cerveja que não estava mais tão gelada. – Só que aí ele me fodeu e pronto, era pra eu estar surtando, não ele! Qual é? O caminho comum não é o hétero surtar depois de dormir com um cara? Então porque ele quis terminar tudo assim, sem- sem.. porra, a gente ainda tinha tempo. 
Liam piscou algumas vezes e passou a ouvir o que o amigo falava a partir da frase “me fodeu”, franzindo o cenho e tentando acompanhar o que tinha perdido. 
– O que? – perguntou, confuso. Se Louis pudesse retomar uns cinco minutos do discurso, ele tinha certeza que conseguiria entender o que estava rolando, mas o outro não pareceu escutar. 
– Eu- eu não sei se já passei por algo assim antes. Quer dizer, eu tenho certeza de que não passei. – suspirou. – É só.. estar com ele era simples, a gente ria na mesma medida em que tínhamos conversas profundas, sem parecer de fato um trabalho. Eu falei coisas e ele me falou coisas que não acho que outras pessoas saibam.. e o clima nunca ficava desconfortável por isso. Quando a gente dormiu junto eu não pensei que pudesse ser tão bom acordar com outra pessoa ocupando um espaço ao meu lado, mas agora eu praticamente acordo todos os dias ansiando por isso. 
Louis apenas deixava as palavras tomarem forma e saírem por seus lábios, sem pausa. 
– Por sentir o corpo quente dividindo os lençóis, por observar como ele faz um biquinho enquanto dorme, por ter alguém pra dividir momentos.. Não alguém, ele. – agora Louis deslizava os dedos pelas gotículas de água que se formaram por fora do copo, desenhando padrões sem muita atenção. – Ele é tão forte Payno, e tão sensível também.. não acho que já tenha conhecido alguém como ele, tão- tão..
– Único? Apaixonante? – arqueou uma sobrancelha e sorriu calmo, em contraste com os olhos arregalados do outro. Louis finalmente conseguiu sua atenção e parecia um pouco constrangido por isso. 
– Eu não diria que estou, é.. eu não, sabe? Só n-
– Olha.. – endireitou a coluna e encarou os olhos azuis confusos, tentando passar uma certeza que sequer possuía na própria vida particular. – Se você sentiu tudo isso, não deixe passar, sério. E não me importa se você é gay, ou bi, ou um papagaio falante. – o amigo sorriu agradecido. – Você estava feliz nesses meses e ele também, então.. porra eu não sou bom com isso, mas acho que deve correr atrás da felicidade? Sei lá, eu sempre vejo isso nos filmes, então os roteiristas de Hollywood devem estar certos, né? 
Um brilho diferente cruzou as orbes azuis assim que o maior acabou de falar, algo muito parecido com determinação e coragem. Louis ainda não sabia o que ia fazer, mas não podia só esperar que o outro tomasse uma decisão pelos dois. Ele queria se afastar? Então teria que dizer na sua cara um motivo bem melhor do que “conseguimos bater as metas”. Ele teria que lhe provar que o que viveram também foi tão falso quanto o relacionamento, um detalhe que Harry teve a audácia de lembrar da última vez que se viram. Só então Louis poderia aceitar e se deixar sofrer por algo que pelo menos tentou. 
– Tô te devendo uma, irmão. 
Levantou da mesa e saiu pela porta apressado, não se preocupando com as cervejas que pediu ou mesmo com a conta para pagar. 
°°°°°
– De verdade Tommo, é impossível conseguir isso. – o loiro olhava para o homem decidido em sua frente como se ele fosse louco. – Você sabe que eu quero o melhor pra banda e isso seria simplesmente maravilhoso.. – se desculpou com o olhar. – mas tem coisas que nem eu posso fazer. 
– Tris, eu confio em você, cara. – Louis percebeu que precisava mudar a abordagem. Implorar como um cachorrinho sem dono não estava funcionando, então decidiu apelar para o ego. – A única pessoa que nos deu uma chance no início foi você. Quem nos colocou na rádio pela primeira vez foi você. Porra, quem ajudou nosso som a entrar no top 10 anual com toda a promoção e divulgação foi você. – o outro soltou uma respiração resignada, Louis sabia que estava quase conseguindo o apoio, faltava apenas finalizar corretamente. – É só você piscar esses olhinhos e soltar essa lábia que estamos dentro, eu tenho certeza. 
– Na Fashion Week? Sério? – Evans tinha o semblante exasperado, sem acreditar que realmente estava cogitando a ideia. O contraste com a pose confiante de Louis era cristalino como água. 
– Eu preciso disso. – respirou fundo. – Por favor? 
– Caralho, Louis. – passou a mão pelos cabelos, bagunçando os fios em um gesto impaciente. – Eu vou ver o que posso fazer. – mas ao ver o sorriso enorme que surgiu na feição do outro, continuou. – Não se anime. – e saiu com o celular na mão, digitando furiosamente. 
Seria difícil não se animar, entretanto. Louis passou a última semana praticamente trancado dentro do quarto, só saindo para comer e fazer suas necessidades. Por sorte, a agenda de shows não voltaria a lhe ocupar por algum tempo e, em teoria, era pra ele estar trabalhando de outras formas. 
Ele até estava.. mas não pelos motivos certos. Quer dizer, se é que existe um motivo certo para compor uma música inteira dedicada a uma pessoa. No final, entraria para o repertório da banda, não entraria? Então meio que ele estava trabalhando sim.
A ideia surgiu logo após sair correndo do bar em que esteve com o amigo outro dia, e o taxista que lhe deixou em casa deve ter dormido com dor de cabeça depois de ouvi-lo tagarelando sobre as milhões de qualidades que lhe fizeram se apaixonar e criando melodias com a boca o caminho inteiro para não esquecer. 
A primeira coisa que fez ao chegar no seu apartamento de Londres, no lugar de tomar um banho e engolir comprimidos para não sentir ressaca no dia seguinte, foi pegar o violão e começar a compor. Depois de alguns minutos, decidiu que com a guitarra ficaria melhor, mas não fazia muito sentido cantar e tocar guitarra ao mesmo tempo. Por isso, em alguns dias ele finalizou apenas a melodia, anotando as cifras em uma partitura um tanto confusa com rabiscos disformes e só depois partiu para concluir a letra. 
Compor geralmente não era uma tarefa fácil para ele, tinha muitas rimas que não achava legal, ou não ficavam sonoramente bonitas e uniformes, e em outras vezes existia um sentimento que ele não conseguia passar para o papel da forma que queria, forte e esmagador, fiel à realidade. Mas dessa vez foi diferente, ele tinha motivo, propósito e uma “musa”. Bastou transferir tudo isso em palavras, combinar com o arranjo que se amoldava ao estilo de som que a banda tocava e estava pronto. 
No mesmo dia em que finalizou tudo, exatamente uma semana após a conversa com Liam, correu atrás do seu agente para implorar por mais um favor. De acordo com seus planos, e não faria sentido não segui-los, ele e os garotos tinham um dia para ensaiar com todos os instrumentos no estúdio e Tristan tinha apenas dois para conseguir lhes levar para Paris, com entrada liberada para um desfile específico e com o crachá indicando que iriam se apresentar lá. 
Ele estava ansioso, impaciente e um pouco inseguro. Se nada disso funcionasse para o cacheado aceitar lhe dar uma nova chance, real dessa vez, pelo menos estariam promovendo um pouco mais a banda e lançando um novo som. Além de um coração partido, pelo menos não haveria mais prejuízos. 
X
Louis não tinha a resposta definitiva quando embarcou no primeiro avião do dia com destino a Paris, na França. Os colegas de banda sequer chegaram a questionar esse impulso, sempre confiantes demais em seu líder para duvidar das suas decisões, mas mal sabiam eles que não foi a esperança cega de que Tristan ia conseguir o show que o fez comprar as passagens em um piscar de olhos, na verdade o que lhe moveu foi algo mais feio e também mais forte. 
Olhando para o assento da classe econômica em sua frente e com os olhos vidrados em algo além da tela que exibia algum filme de bilheteria milionária disponibilizado pela companhia aérea, ele só conseguia lembrar daquela maldita foto. 
Mais ou menos duas horas atrás Louis estava no estúdio passando mais uma vez a música que compôs naquela mesma semana e durante uma pausa necessária para trocar a corda do baixo que tinha arrebentado, ele teve a brilhante ideia de vasculhar o Instagram. Não procurava nada específico e a intenção era apenas passar o tempo. Além da bolinha sempre vermelha indicando notificações não abertas e mensagens não visualizadas, o círculo roxo mesclado com laranja ao redor de uma foto conceitual de Harry lhe chamou atenção e ele clicou para conferir o que o perfil profissional do outro tinha publicado.
O story tinha sido postado há apenas 28 minutos e mostrava apenas um vídeo filmando toda a plateia, dezenas de pessoas amontoadas e com seus iphones nas mãos, que esperava pela chegada dos modelos e demais artistas no local do desfile, além mostrar também uma prévia do cenário e da passarela onde ocorreria os desfiles daquele dia. Não tinha nada muito interessante no vídeo, eram apenas pessoas arrumadas demais em um estilo excêntrico, diversas cadeiras posicionadas em fila para os convidados irem sentando à medida que chegavam no local, uma passarela longa e lustrosa em tons de cinza que dava a volta por entre os assentos, e só.  Louis atualizou a página uma vez após fechar a aba e o perfil do modelo apareceu novamente em primeiro lugar, dessa vez com uma foto que alguém, provavelmente sua secretária, tinha acabado de postar na conta do cacheado.
Várias araras com roupas e tecidos que não faziam muito sentido sem estar no corpo de alguém emolduravam a foto. Alguns camarins e penteadeiras com luzes fortes e diversos produtos espalhados pelos móveis também eram possíveis de ver no local. O conjunto formava basicamente uma imagem dos bastidores do desfile que tinha como fundo vários homens e mulheres, alguns vestidos e outros com roupas íntimas na cor das suas peles, desfocados pelo provável movimento na hora que a captura foi feita. 
Mas seus olhos pareciam ser chamados para analisar com atenção o canto esquerdo da foto, onde um corpo alto e esguio, não muito musculoso, foi reconhecido imediatamente, mesmo com o borrão sobre a tela. Harry estava com uma cueca bege assim como o rapaz com quem conversava, ambos com sorrisos largos e cheio de dentes no rosto. A distância entre eles foi a segunda coisa a notar, estavam próximos demais.
Não parecia certo, mas seus dedos tremeram um pouco e seguiram o caminho independentemente do cérebro que mandava comandos para que parasse. Abriu o perfil da marca que Harry desfilaria nessa noite e foi atrás das marcações mais recentes. Outros modelos tinham marcado nos stories assim como Cleo acabara de fazer e por isso não foi difícil achar o que, inconscientemente, procurava. 
Olhos verdes, não tão vívidos e nem de longe tão bonitos quanto os de Harry. Pele clara, apesar do visível bronzeado não tão recente. Cabelos lisos de tom caramelo arrumados em um topete bagunçado. Barba por fazer contornando um sorriso galante. Covinhas dando graça ao perfil másculo, deixando o visual um pouco mais suave. Sam Claflin era o nome estampado no topo do perfil. 
Sam. Sam. Então esse era o ex de quem Harry falou certa vez, aquele cujo relacionamento terminou de uma forma tão amigável que agora eles se encontravam rindo ao trabalhar juntos. Louis sentiu seu sangue latejar nas têmporas e os dedos fecharam com força ao redor do celular, apertando sem querer o botão de desligar a tela. Assim que o visor escuro espelhou sua feição raivosa, ele se forçou a respirar e contar até 10. Talvez até 20 funcionasse melhor. 
A devoção e confiança que os amigos depositavam nele foi o que lhe fez seguir o impulso de comprar as passagens, despachar os instrumentos necessários para uma apresentação rápida, pouco importando se teria ou não as caixas de som ou iluminação adequada no local, e se viram embarcando num avião comercial, o que também não era comum, mas foi o que a urgência em seu sangue pediu. O seu desespero parecia não caber no curto espaço da cadeira padrão de uma classe econômica, mas alguns sacrifícios precisam ser tomados quando se planeja alcançar algum objetivo. 
Assim que desceram no aeroporto internacional de Paris, o celular de Louis apitou com três mensagens, uma seguida da outra, sem lhe dar intervalo para assimilar as palavras. 
Você tá me devendo um ENORME favor, entendeu?
E pode apostar que eu vou cobrar!! Não sabe o quanto eu tive que me humilhar pra essa porra, Louis.
Mas é.. pode afinar os instrumentos, vocês sobem no palco exatamente às 21h15. Boa sorte, parceiro. 
Piscou os olhos azuis. Então piscou novamente, tomando um tempo para reler a mensagem mais algumas vezes até assimilar o conteúdo. Quando enfim seu cérebro pareceu funcionar corretamente, um sorriso largo floresceu em seu rosto e ele virou para os outros caras. 
– Vamos lá, temos um show pra fazer!
°°°°°
O ambiente dos desfiles em geral e, principalmente, durante a semana de moda ainda era predominantemente feminino e, apesar das parcerias remotas com diversas outras marcas de luxo, a única que resolveu ousar contratando modelos masculinos para desfilar com as peças foi a Peter Do. 
Harry passava os olhos verdes por todo o visual androgeno que era padrão em todas as modelos, com seus cabelos penteados para trás com gel e maquiagens feitas para apagar os traços mais femininos e realçar linhas que são mais comuns serem marcadas em homens, e sentia uma fagulha de ansiedade acender em seu peito. Ele já estava com o figurino que iria usar no desfile, assim como todos ao seu redor, e apenas esperava, não tão pacientemente, o momento em que a tela plana da TV anunciasse seu nome como o próximo a desfilar.
Sam, ele e um outro modelo de traços finos e asiáticos eram os únicos homens desfilando no segundo dia da Fashion Week e isso tornava o momento ainda mais emocionante. Harry até ouviu notícias de alguns tablóides especulando que a escolha desses três nomes, especificamente, se deu por conta dos traços faciais fáceis de manipular e tornar mais femininos, como os olhos grandes e as maçãs do rosto saltadas, mas ele preferia acreditar que seu talento lhe levou até ali e nada mais. 
A escolha para as roupas não era o que ele estava acostumado a desfilar, já que a marca optou por peças minimalistas, com tons predominantemente em preto e branco, além de detalhes em vermelho. O estilo todo rico em alfaiataria e transparência eram complementados com bolsas de mão e botas sem salto.  
Assim como todos, Harry também tinha seus cabelos jogados para trás em um penteado com gel para dar a impressão de molhado, porém elegante, tinha o rosto delicadamente esculpido e alguns pontos com uma iluminação muito sutil, que complementava de forma singela as roupas completamente pretas. O torso nú era visível por entre a abertura do blazer desconstruído e de formato não convencional que ele usava, e sua cintura parecia ainda mais fina pelo botão que começava a partir daquele ponto e pela impressão ótica que o caimento largo nos ombros dava. A calça de alfaiataria de cintura alta lembrava muito o estilo militar de décadas atrás, com a marcação das linhas de costura que faziam volume nas pernas, totalmente condizentes com o coturno preto pesado e de solado alto que calçava nos pés. 
Bastou pisar no revestimento lustroso e cinza da passarela para seu estômago girar da maneira gostosa que ele sonhava desde menino em sentir. Ainda não tinha entrado em destaque, estava esperando as modelos anteriores darem a volta e saírem para ele e a colega em sua frente, que usava roupas iguais às suas, finalmente serem alvos dos milhares de holofotes que haviam ali. 
Respirou fundo e contou até cinco. Sorriu confiante para a mulher menor que lhe olhava com o semblante nervoso. Endireitou a coluna e deixou o rosto numa feição neutra, sem sorrisos ou marcas de expressão. Esperou os acordes soarem pelo local por exatos dois segundos, só o tempo de acenar para a garota indicando que seria agora, e deu o primeiro passo. 
Com tantas luzes em sua direção, da passarela e das câmeras fotográficas, ele não conseguia visualizar nenhum rosto em meio a multidão. Era por isso, também, que nos ensaios gerais os modelos eram incentivados a refazer todo o percurso algumas vezes até estarem seguros com o material do revestimento no chão e com o caminho que fariam no momento certo. Ainda assim, nem todo o treino anterior foi capaz de não lhe fazer vacilar o passo quando reconheceu a voz que estava cantando ao fundo. 
O primeiro instinto do cacheado foi o de vasculhar todo o salão com os olhos até encontrar de onde vinha aquela voz que ele já conhecia tão bem, mas felizmente ele se impediu de arruinar o desfile de tal forma. Se algum crítico ou repórter percebeu o momento em que ele travou a respiração e recuperou a coordenação motora, voltando ao seu caminho, ele descobriria depois nos jornais. Ou quando seu nome não fosse mais cotado pelas marcas. 
Visualmente ele continuava esplêndido, com passos delicados e naturais, deslizando sobre o piso como se fizesse isso todo dia. Mas por dentro Harry sentia o estômago cheio de bolhas lhe fazendo querer gritar, o coração pulando tanto que ele estava com medo de ser possível perceber pela abertura do terno e a cabeça girando, tentando decifrar com rapidez cada palavra da música que, aparentemente, era o seu tema de fundo daquela noite. Ele notou ser uma canção nova pois não existia no repertório do Arctic Monkeys até o mês anterior, quando ele ainda tinha certo contato com o vocalista, então esse detalhe lhe fez procurar com mais ênfase por qualquer pista que o fizesse entender o que estava acontecendo. 
Com a face em branco, ele conseguiu pegar algumas frases que Louis cantava. “Eu sei que você diz que me conhece, me conhece bem.. Mas esses dias eu nem me conheço, não”. Ele não teria feito uma composição como essa durante o tempo que estavam separados, teria? Harry se pegou questionando. 
“Mas então eu fico tão entorpecido com todas as risadas, Que eu esqueço da dor”, ele seguia cantando e o coração do cacheado não tinha como acelerar ainda mais, mas as lembranças dos momentos na praia ou dentro do carro quando eles tiveram as conversas mais profundas da sua vida lhe fizeram pensar que podia sim. 
Harry estava lá na frente, dando a volta pelo circuito entre as cadeiras onde dezenas de pessoas lhe assistiam com olhos rigorosos e atentos, e nesse momento, ao parar poucos segundos para girar e fazer o caminho de volta, ele rezou para não estar corando ao que seus ouvidos registraram a voz quente ditar “você me fode” e algo como “eu não sei como fazer isso parar” entre o conflito claro na melodia sobre amar e odiar todos esses sentimentos.
Sua garganta estava seca o suficiente para ele querer virar dois litros de água de uma só vez, e em seu caminho de volta, ao conseguir enxergar a banda que tocava ao vivo no canto do espaço, o que ele sentiu foi um misto entre desespero, paixão, descrença e uma súbita revolta. Em sua cabeça ainda existia a confusão das palavras captadas na letra da música, numa junção com os dias em que ele passou sozinho sentindo falta do que teve durante alguns meses, e seu cérebro ainda batalhava com a possibilidade do outro ter lhe usado mesmo depois do fim para chegar até ali. Ele não queria retirar o crédito dos garotos porque, bem, eles claramente tem potencial para tematizar seu desfile, mas o cacheado não queria aceitar que Louis, especificamente, tem todo o poder de o desestabilizar durante um trabalho. Um trabalho que Harry não costumava admitir nenhum deslize.
Com todos esses questionamentos tomando conta do seu corpo e mente, Styles ainda conseguiu vislumbrar o rosto de Louis bem no momento em que a música terminava e sua participação na Semana da Moda de Paris também. “Eu apenas continuo voltando pra você” foi a última frase que saiu pelos lábios finos do cantor quando o azul encontrou o verde em uma troca de olhares rápida, porém intensa. 
°°°°°
– Só me deixa falar, tá legal?
Depois do curto show e após todos os modelos terem passado mais uma vez, agora juntos, pela passarela e se dirigirem aos fundos do espaço, Louis pediu para os amigos irem guardando os instrumentos e deu um jeito de encontrar Harry em um dos camarins. Não foi fácil, seu crachá não autorizava a entrada naquela área, mas pode-se dizer que ele aprendeu alguns truques com Tristan Evans no que diz respeito a conseguir o que quer. Não lhe deixou satisfeito que alguns euros pudessem ter feito um dos funcionários deixar qualquer desconhecido passar, era um risco para a segurança dos modelos afinal, mas foi bem útil naquele momento, então não iria reclamar. 
Quando entrou na sala pequena encontrou Harry com uma toalha branca com listras pretas em volta da cintura e em posse de alguns lenços que ele levava até o rosto, retirando qualquer resquício de maquiagem existente. Primeiro a feição do maior se contraiu em confusão para, logo depois, mudar para um misto entre cansaço e decepção. 
– O que você quer, Louis? Eu já falei, a gente conseguiu o que queria e, inclusive, olha só.. parabéns, você tocou no maior evento da moda da atualidade. Não é o suficiente? Não tá feliz? 
– Não, porra. – se aproximou alguns passos da onde o outro continuava sentado olhando pelo espelho e virou a cadeira até Harry estar de frente para si. – Minha carreira tá ótima, é verdade. Os números não poderiam estar melhores, mas eu não estou satisfeito, Harry. 
O olhar do cacheado era cuidadoso, não sabia o que esperar dessa entrada repentina, então não falou nada. Com uma respiração inconformada, Louis viu que o outro não iria abrir a boca e continuou.
– Nada disso é o suficiente e você sabe porque? 
– Não.. – o maior balançou a cabeça, com os olhos grandes em um conflito interno. Ele tinha compreendido a letra da música, fez conexões com o que eles viveram juntos, mas até então poderia ser apenas coincidência. Não queria dizer nada, talvez nem tenha sido Louis quem a compôs. 
– Caralho, H. – pousou a mão no rosto dele com delicadeza e o fez levantar o olhar até encontrar o seu. – Como eu poderia me contentar apenas com sucesso e dinheiro se eu passei os últimos meses dividindo minha vida e criando momentos com uma pessoa extraordinária que deixou de estar presente pra mim? Como eu posso sequer sonhar em nunca mais ter uma das nossas conversas super sérias, mas que nunca são tão sérias assim?
Harry engoliu em seco, a veia palpitante no pescoço mostrando o quando seu coração estava batalhando para não parar completamente naquele momento. 
– Como eu poderia ficar feliz por tocar na porra da Fashion Week se eu passei o último mês rastejando pelos cantos com você na minha cabeça? Eu estava vivendo para colocar os meus sentimentos em palavras, mas não foi tão simples assim. Me diz, pelo menos entendeu a música que eu fiz pra você? – continuou. 
– Você tá confuso, Lou. – Harry parecia querer convencer seu próprio coração de que aquilo não era sério e ele não podia simplesmente derreter ao ouvir essas palavras. – Eu entendo que a gente passou um tempo junto e o que aconteceu depois também pode ter deixado você um pouco- 
– Sente. – agarrou a mão do cacheado e levou até o próprio peito, tendo certeza de que as batidas descompassadas seriam sentidas sem o menor esforço. – Sente isso. Eu não tô confuso, sério. Lembra de quando a gente conversou sobre um lar e sobre como sempre falta algo? Eu quero ser essa pessoa.. me deixa ser essa pessoa, H. – e Harry sentiu nas batidas sob a palma da mão como cada palavra era verdadeira. 
– Eu- eu.. – o maior queria dizer que sim. Que nunca tinha sonhado com um relacionamento longo e feliz até passar aqueles meses com Louis. Que o tempo separados lhe deixou um vazio infinito no peito. Que sonhava todos os dias com Louis estando aconchegado ao seu corpo e acordava sentindo a falta dele entre os braços. 
Ele não pôs em palavras, mas seu olhar pareceu transmitir o mais sincero sentimento. Dominante da arte da música e da poesia como Louis era, captar os sinais a partir de olhos brilhantes e feição devota não foi complicado.  
– Eu quero ser insubstituível pra você.. quero fazer planos, quero que a gente viaje mais vezes e que fiquemos bêbados juntos novamente. – sorriu, nostálgico. – Eu quero que você não precise ser forte quando chegar em casa e que possa desabafar comigo sobre seu trabalho e o quão cansado você está. Quero ser o cara que vai te fazer massagem enquanto apoia todas as reclamações, mas que no outro dia não te deixa desistir do seu sonho. 
Harry não notou, mas suas bochechas brilhavam molhadas pelas lágrimas solitárias que desciam sem alarde. 
– Eu quero que minha família veja como eu fico quando estou apaixonado por alguém, porque, você sabe, eles nunca presenciaram isso. E quero conhecer a sua família também, saber de onde veio essa personalidade encantadora e forte que você me fez gostar tanto de você desde o primeiro contato. – Lembrou da forma confiante que Harry entrou naquele estúdio fotográfico e suspirou. Era como se tivesse acontecido em vidas passadas, há tanto tempo. 
– Você tem certeza? – a voz não era mais do que um sussurro completamente emocionado. – Eu- eu não posso prometer que vou ser o melhor namorado, eu nem sei como fazer isso com a nossa rotina, Louis. 
– A gente teve uma prévia de como pode ser, não foi? – Harry assentiu. – Basta você querer, H., só que de verdade agora. 
Louis se aproximou um pouco mais do rosto que ainda segurava, até sentir a respiração ofegante dele bater em seu rosto, e com a confirmação tácita de Harry, beijou com delicadeza os lábios gordinhos, sentindo o gosto salgado das lágrimas que o modelo não conseguiu segurar e deixando seu peito enfim explodir numa felicidade que não tinha experimentado até então. Entre selinhos castos, a sua voz, também embargada, saiu por entre os lábios, dizendo: 
– Eu quero te amar longe dos holofotes dessa vez.
Epílogo
O carro estava com os vidros fechados começando a embaçar e a luz do fim da tarde manchava os bancos de couro com tons alaranjados, contribuindo para aquecer ainda mais os corpos que queimavam juntos dentro do automóvel. 
– A gente tá atrasado, amor. – as palavras saíram ofegantes pelos lábios de Louis. – Hhm, isso.. espera, deixa e- eu segurar seu cabelo. 
Harry sentiu seus cachos, um pouco maiores do que estavam no ano anterior, serem puxados para trás, deixando sua visão livre para apreciar como o namorado ficava inquieto e barulhento enquanto ele levava a ereção grossa e rígida até o fundo da garganta, e como ele ficava repentinamente silencioso e estático, com os olhos vidrados e lábios abertos, quando as leves sucções eram depositadas apenas na ponta vermelhinha. Os meses se passaram, mas a sensibilidade de Louis naquele local nunca diminuiu.
– Não estaríamos tão atrasados assim se você aguentasse algumas horas sem precisar que eu te fizesse gozar, não acha? – Provocou Harry. Os lábios inchados eram outra coisa que Louis simplesmente adorava, além da voz grave sussurrando obscenidades ou apenas brincando com sua paciência. A saliva ligando eles, as almofadas babadas e vermelhas, ao seu pau era apenas um detalhe ainda mais favorável. 
– Isso não é exatamente culpa minha- porra! – o gemido escapou alto demais para o lugar em que estavam. O estacionamento atrás do estádio de futebol em Londres não era exatamente o lugar mais reservado para uma aventura como essa, mas ali estavam eles: atrasando ainda mais a chegada no jogo para o qual foram convidados especialmente pelo casal de amigos que iriam, pela primeira vez, estar jogando do mesmo lado, e não mais em times opostos, pela seleção inglesa.
– Vamos lá, Lou.. eu amo seu gosto na minha boca, mas não temos muito tempo. – dito isso, Harry passou a investir com a cabeça, descendo rápido e forte, engolindo todo o membro, enquanto uma das suas mãos apertavam a coxa firme por baixo da calça jeans que seu namorado usava e a outra forçava dois dedos entre os lábios finos dele. Louis tendia a ser barulhento quando estava muito próximo do ápice. 
Alguns minutos depois, com os olhos brilhantes e rosto corado, o menor abria espaço na arquibancada, pronto para ver a segunda metade do jogo. Harry, que tinha uma das mãos entrelaçadas a do menor, com a outra desembalava um chiclete para tirar o gosto distrativo que permanecia na sua língua, era isso ou lidar com uma ereção pelos próximos quarenta e cinco minutos. 
Eles sentaram logo atrás da grade, nos lugares que tinham reservado, e a multidão azul e branco bradava com orgulho seu hino nacional. O placar apontava 3x1 quando ele conseguiu reconhecer os números dos seus amigos nos uniformes da Inglaterra. Os sobrenomes Malik e Payne estampavam as camisas de números 9 e 10, respectivamente. 
Não foi exatamente uma surpresa, mas seu coração aqueceu em orgulho quando, ao final da partida e em uma comemoração inédita no cenário do futebol, ele viu o amigo de infância beijar o homem por quem anunciou publicamente, um ano atrás, estar perdidamente apaixonado. Algumas vaias foram ouvidas, mas seu coração batia mais forte e mais alto que qualquer ato ofensivo. Tinha amor vibrando no seu peito, assim como no gramado, e Louis tinha certeza que mais gente naquela arquibancada se sentiu representado pelo ato de coragem. 
Com os olhos límpidos e brilhantes pelas lágrimas não caídas, ele virou para Harry com um sorriso emocionado e encontrou as duas esmeraldas mais preciosas já lhe encarando. 
– Eu te amo, babe. 
– Amo muito você, H.
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Fim!
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Me digam o que acharam, por favor. 
Sentiram uma mudança na escrita ou nem? 
Além disso, reconheceram alguém da história anterior? Algum palpite de qual personagem vai ser a  próxima? 
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hwares · 3 months
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#002 | AS VOZES DA SUA CABEÇA: um guia para vozes de personagem ✦ ⁎
Hala, hala forasteiros! Tempos atrás recebi a seguinte mensagem:
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Demorei para responder porque não somente precisava pensar e elaborar com cuidado, mas a vida fora da internet entrou no caminho. Mas consegui tirar um tempinho para pensar sobre e escrever um guia. 
Admito que esse é um assunto curioso pra mim, também! Já tentei de muitas maneiras mudar as vozes dos meus personagens e não sei dizer se sucedi em alguma. Então, irei fazer um compilado de dicas que coletei ao longo dos anos e adicionar algumas observações! Vou tentar trazer alguns exemplos, também. Antes de começarmos com o guia, precisamos esclarecer dois pontos muito importantes.
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DISCLAIMER | Essas são somente as minhas opiniões. Não estou tentando ditar regras sobre como as pessoas devem escrever ou jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)! 
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01. O QUE É VOZ DE PERSONAGEM, HWA?
De maneira básica, a voz da personagem é a personalidade dela. É como aquela personagem se apresenta e se define dentro duma obra ou, no nosso caso, um turno. 
Pensa que você está em um cômodo com um seus amigos, as luzes estão apagadas e uma bruxa enfeitiçou todo mundo para ficar com aquela voz distorcida de testemunha na televisão: como você distinguiria cada um? 
Provavelmente através dos vícios de linguagem (né, hum, tipo…); o uso ou não uso de determinadas palavras e gírias; a entonação; por vezes até a respiração! Tudo isso e tantos outros definem a ‘voz’ das pessoas e, também, das personagens!
Mas é preciso que saibamos a diferença entre a nossa voz enquanto autor da voz da nossa personagem. 
A voz de autor está ligada a estrutura das sentenças, se você é mais descritivo(a/e) ou não, se escreve turnos longos ou pequenos, etc. Cada autor possui sua própria voz — ou, como chamamos comumente, estilo. 
A voz da personagem está ligada com as características de fala e comportamento de cada personagem. Ou seja, se a personagem usa gírias ou não, palavras sofisticadas ou não, se gesticula enquanto fala, etc. Essas coisas são definidas conforme você desenvolve a personagem, estando intrinsecamente conectadas com a história/personalidade dela.
02. PROSSIGA COM CUIDADO, OS ESTERIÓTIPOS!
O segundo ponto importante é o seguinte: quando falamos de voz de personagem, precisamos nos atentar aos estereótipos. 
Há uma linha finíssima entre fazermos associações comuns e inocentes devido a certos detalhes que nossas personagens possuem e cometermos um crime de ódio. Por isso, é necessário atentar-se ao que você escolhe atribuir e pensar no porquê — e principalmente, se é necessário. 
Eu recomendaria afastar-se de estereótipos, contudo, eles não são necessariamente ruins; mas você precisa ter sensibilidade e cuidado ao usá-los. Como assim? 
O Chico Bento, por exemplo. Sendo um personagem da zona rural, ele possui uma fala bem característica / estereotipada de alguém que você associaria ao interior (meu r é igualzinho ao dele, a famosa poRRta). Isso é ruim? Não! O Chico é um ótimo personagem para se ensinar sobre as variações linguísticas brasileiras. E, no caso, ele aparece como uma representação de um tipo de família e criança interiorana — mas é importante destacar que somente funciona pelo Chico Bento ser um personagem bem escrito, e há toda uma sensibilidade na construção dele. Não somente faz sentido ele falar como fala, mas em nenhum momento a sua pessoa é tratada com desrespeito em sua caracterização. Nós não rimos do Chico por ser caipira, nós rimos das situações, da história. E mais de uma vez, o Maurício usou os quadrinhos para dar lições importantíssimas sobre o preconceito linguístico.
Isso não é uma desculpa, porém, para você abusar de esteriótipos ou irá criar uma caricatura. Nem tudo o que você atribuir ao seu personagem precisa de uma razão ou justificativa; mas isso vale para coisas como gostar de chocolate ou desgostar do cheiro de peônias. Se estamos nos referindo a características que podem ser interpretadas como estereótipos, especialmente estereótipos ruins, nós precisamos sim de uma boa razão: se não houvesse uma construção de personagem por trás do Chico Bento, ele poderia muito facilmente ter se tornado uma caricatura. Quando criamos personagens — e principalmente, que são diferentes de nós — precisamos ir atrás de pesquisar o que é ou não considerado um esteriótipo ruim, entender questões culturais e sociais antes de sairmos emprestando coisas. 
Lembre-se: criação de personagem e voz de personagem andam de mãos dadas. Não dá para ter um, sem o outro. Por isso, é necessário prestarmos atenção e fazermos uma boa pesquisa antes de sairmos associando comportamentos porque pode, sim, resultar em algo ofensivo. 
Cientes disso, por fim, vamos às dicas!
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VOZ DE PERSONAGEM
Agora, vamos desmistificar o maior mito: 
Voz de personagem não é diálogo. 
Tudo o que escrevemos como o personagem é a voz dele — é por isso que a voz da personagem está intrinsecamente relacionado com a construção e desenvolvimento dela. E, por isso, precisamos ter uma boa noção de quem a personagem é enquanto a estamos escrevendo. 
Uma boa comparação é pensarmos em atores: os melhores são aqueles que não só mudam a sua voz ou jeito de falar quando estão atuando, mas que se transformam numa outra pessoa. Não dizemos, de vez em quando, algo como “nossa, eu nem reconheci esse ator daquela série! Está tão diferente!”? Ou, outras vezes, “ai, esse ator é sempre a mesma coisa em todo papel!”? Pois bem, a voz de personagem é a mesma coisa. 
Precisamos lembrar que escrita é interpretação — da nossa parte, como escritores, e da parte de nossos partners que irão ler. Não podemos subtrair a maneira como as pessoas vão ler e compreender nossos turnos de como escrevemos eles: e é por isso que voz de personagem, para funcionar, tem que ir além do diálogo. Precisamos deixar descrições, informações… coisas que irão compor a imagem e personalidade da nossa personagem na cabeça de nossos partners. 
Sendo assim, a voz da personagem requer um esforço e atenção maior na escrita. Às vezes escrevemos coisas em turnos e histórias sem pensarmos muito; ou pelo contrário, passamos várias horas procurando algo em específico para colocar quando não ter uma especifidade poderia ser muito mais interessante. Mas como assim? 
Quando pensamos em voz de personagem, precisamos nos atentar na nossa escrita como um todo: precisamos enxergar nosso turno, por inteiro, como a visão da personagem. 
Não adianta meu personagem x e meu personagem y terem diálogos bem distintos, mas escrever o resto igualzinho! 
Pense que nós, como seres humanos, possuímos vivências diferentes. Mesmo irmãos sob o mesmo teto podem ter experiências únicas com seus pais — nós pensamos diferentes uns dos outros, possuímos valores e crenças diferentes. Que, claro, podemos compartilhar uns com os outros, mas o ponto é que temos individualidade. E como mostramos isso? Através de como nos vestimos, como gesticulamos, como falamos, o que postamos ou não nas nossas redes sociais, o que pensamos etc. 
E é isso que compõe a nossa voz — ou, em outras palavras, a personalidade. 
Lembrem-se: a personagem só existe na página. Mesmo que exista um faceclaim, páginas de inspiração e coisas assim, a personagem só existe, de fato, no turno. Na escrita. Se nós não atribuirmos personalidade para ela enquanto escrevemos, ela não tem como ter uma voz. 
Nós, como seres humanos, temos a vantagem que existimos indepdendente de alguém estar nos vendo ou não. E, quando encontramos outras pessoas, elas estão nos assistindo e observando cada detalhe de como agimos; e o mesmo serve para nós, vendo outro ser humano.
Personagens em um turno não possuem essa vantagem. Se nós não escrevermos o que estão fazendo, observando, sentindo ou percebendo, simplesmente não há como saber.
Mas eu acho mais fácil explicar por exemplos!
Então vamos lá atrás do grupo de forasteiros que habitam esse blog! Hoje serão dois exemplos! O primeiro contará com 02 personagens (Hoyun e Nas) e o segundo com outros 02 (Young e Sang). 
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(*) Novamente, esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia! Dessa maneira, perdão se não estiverem super bem escritos! O meu foco com esses trechos é sempre tentar exemplificar o máximo possível, mais do que “qualidade”. Mas a gente vai tentando, né?
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EXEMPLO #001
Primeiro, vou dar uma breve descrição das personagens para essa cena (que se passará na Coreia Antiga/um período não especificado da dinastia Joseon): 
Hoyun, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Ninguém sabe, ao certo, sobre seu passado, mas rumores dizem que serviu ao Rei como seu guarda pessoal por anos antes de ser demitido e colocado numa lista de procurados. 
Nas, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Filho de um açougueiro, cresceu como um “intocável” (baekjeong) num vilarejo ao sul da capital. Entretanto, no começo de sua adolescência, caiu nas graças de nobres devido à sua boa aparência e serviços de mercenário, conseguindo sair do vilarejo após a execução de seu pai. 
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Os portões da residência ainda estavam escancarados quando chegaram. Ótimo, não chamaremos atenção. Naquele horário, criados deixavam as propriedades de seus senhores para enviar mensagens, despejar excretos de latrinas ou limpar os enormes pátios. Se precisassem chamar pela criadagem dos Choi para abrirem os portões, certamente olhos curiosos apareceriam por entre frestas das pedras dos muros vizinhos para observá-los — e, naquela tarde, era melhor que não houvesse rastros de sua visita.  Hoyun olhou por cima do ombro, se assegurando que estavam sozinhos na rua. Esperou duas garotinhas sumirem na esquina antes de direcionar sua atenção para Nas, parado ao seu lado. “Vamos,” desamarrou o leque de sua cintura e o abriu num único balançar de mão, “Nosso ganso dos ovos de ouro nos aguarda.”  De nariz erguido, cruzou um braço atrás das costas e passou pelo portão. Criados se moviam pelo pátio acendendo os candeeiros e varrendo as varandas. Do fundo da propriedade, o cheiro de temperos e carne adentrou suas narinas, causando seu estômago a roncar. Sua última refeição havia sido nas primeiras horas do dia, quando ainda estava na estalagem: um mingau melequento, aguado e desprovido de sabor. Fora o suficiente para sustentá-los durante a ‘aventura’ daquela manhã, mas uma ofensa para seu paladar. Passou a língua pelas gengivas em reflexo à memória, tentando afastar a sensação de que ainda havia arroz enfiado por entre os dentes.  Hoyun caminhou pelo pátio vagarosamente, admirando o canteiro colorido enquanto se abanava, aguardando alguém vir atendê-lo — era como os nobres se comportavam. Nunca oferecendo explicações ou justificativas; sempre aguardando que os viessem atender, que estivessem ao seu dispor. ‘É isso o que servos fazem, não é?’. Aquela voz debochada ressoou em sua mente, e sua mão se fechou num punho em suas costas. ‘Você morreria por mim, Hoyun?’. Não mais. “Como posso ajudá-los?” A súbita voz grossa e monótona do guarda pessoal de Hojong — Kyumin, se lembrou — o retirou de sua mente, as memórias se dispersando com a mesma rapidez que haviam aparecido.  Respirou fundo, então se virou para o guarda. “Estamos aqui para ver o Sr. Choi.” Hoyun ofereceu seu melhor sorriso para Kyumin, levantando seu gat para que o homem pudesse ver seu rosto. “Temos horário marcado.” Piscou.  Kyumin permaneceu com a mesma expressão de bosta, apenas assentindo com a cabeça antes de retornar para dentro da residência. O horário, em questão, era duas horas antes, mas sabia que Hojong não reclamaria uma vez que o passasse a informação que obtivera na estalagem: seria sua moeda de troca para conseguir o patrocínio que precisavam para quitar a escritura de servidão de Sang. Então estaremos livres. Por fim, deixariam o passado para trás, e toda aquela porcaria de títulos e status. Uma vez em Jeju, começariam do zero. “Você gosta de laranjas, Nas?” Reabriu o leque, abanando-o contra a própria face. “Ouvi dizer que Jeju é cheio delas.”
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Quanto mais se aproximavam da casa de Hojong, mais guardas caminhavam pelas ruas. Em pares e sozinhos, a mão firme em suas bainhas e os olhos atentos. Ali, estavam mais próximos do palácio, o que significava que qualquer perturbação ocasionaria em dez ou mais guardas se aglomerando para investigar. Precisavam ser cuidadosos, não levantar suspeitas. Nas os cumprimentava com um breve aceno de cabeça e um sorriso, as mãos caídas ao lado de seu corpo, pronto para sacar sua adaga se precisasse. Ou sua pistola, se muito necessário.   Parou ao lado de Hoyun, rapidamente inspecionando a área com os olhos. Duas garotinhas caminhavam em direção ao bosque, cada uma segurando um balde de madeira. Pelas roupas, eram filhas de criados indo buscar água para o jantar. Não conseguiu conter um pequeno sorriso, lembrando de sua própria infância indo à beira do rio buscar água para as sopas de coelho de sua mãe. Retornou sua atenção a Hoyun quando esse falou, assentindo com a cabeça antes de segui-lo para dentro.  Assim que pisaram no pátio, o denso aroma da carne bovina cozida com molho de soja e gergelim o envolveu num morno abraço. Uma carninha para o jantar cairia bem, uma vez que haviam ficado sem almoço. Umedeceu os lábios, e estava prestes a sussurrar para Hoyun sugestões para a refeição daquela noite quando notou a figura de Kyumin se aproximando.   Nas imitou a postura do amigo, cruzando os braços atrás das costa. Embora mais desajeitadamente, precisando de duas tentativas para dobrar adequadamente os braços sem enroscar as mangas do dopo no galho atrás de si. Odiava usar aquelas roupas. As longas mangas de seda eram leves demais, o fazendo sentir como se estivesse com os braços pelado. Por outro lado, o gat com aquele cordão de contas era pesado demais; preferia os chapéus de palha que costumava usar na infância. Mas, obviamente, nunca poderia se vestir como um intócavel num lugar como aquele.  Suspirou, esfregando as contas coloridas entre seu polegar e indicador, sentindo a frieza do marfim enquanto Hoyun conversava com Kyumin. Quando o guarda se afastou, Nas olhou para o amigo, admirando como a seda enquadrava os ombros largos e retos; como caminhava com o peito estufado e queixo erguido usando aquelas roupas que custavam mais que sua escritura de servidão. Ao contrário dele, Hoyun nascera naquele meio, mesmo que não mais pertencesse nele. Fazia sentido, então, o amigo caminhar por aí cheio de confiança usando tecidos e acessórios caríssimos. Nas não era o mesmo.  Se sentia usando uma fantasia como os palhaços que performavam nos mercados, usando máscaras pintadas e imitando comicamente os trejeitos mesquinhos dos yangbans. Um mímico. Um impostor.  Balançou a cabeça, soltando o cordão.  “Tangerinas. Jeju é cheia de tangerinas.” Jeju, a ilha dos exilados. A conhecia bem. Todas as pessoas de seu vilarejo, cercada pelo mar, conheciam. Seu pai costumava trocar as carnes e ervas por lulas e baiacus com os pescadores, que o contavam histórias sobre como Jeju era tão diferente deles. Sobre como pessoas como eles não eram tão diferentes dos outros. “Mas é… gosto.” Disse, distraidamente, mexendo no cordão de seu dopo.   “Hoyun.” O chamou, incerto.  “Você acha mesmo que…” Franziu as sobrancelhas, levantando os olhos para encarar o amigo. “Não sei se deveríamos contar sobre ele pro Hojong.” Pensara sobre aquilo o dia inteiro. Sabia que aquela informação era valiosa, que era o que precisavam para sumirem daquele lugar. Mas não parecia certo. Nas não era o mais inteligente do grupo, sabia disso. Era os músculos, o que mantinha todos seguros. Mas não conseguia parar de pensar que havia algo errado naquilo tudo. “‘Cê não acha melhor esperar um pouco? Só até… não sei.”
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Escrevi um pouquinho mais para deixar mais visível algumas diferenças nas vozes. Vamos retormar: voz de personagem é sobre interpretação. Precisamos pensar na voz do personagem como a maneira que a gente quer que essa personagem seja interpretada. 
Como o Hoyun é alguém cujas pessoas não sabem muito, quis dar um ar mais misterioso para ele. Alguém confiante, um pouco descontraído, mas que guarda um segredo angustiante. O Nas, por outro lado, é um cara simples. 
Será que eu consegui? A verdade é que só vocês podem me dizer. 
Porque, no fim do dia, a gente não consegue controlar a interpretação que as pessoas vão ter de nossos personagens; a gente só pode apresentar elementos e tentar constituir uma cena que transpira essas percepções. Então vamos quebrar em partes:
Para o Hoyun, que cresceu entre a nobreza e serviu ao príncipe herdeiro (com quem tem um passado complicado), o fiz perceber os criados e os afazeres que ocorrem dentro de uma residência nobre. Para o Nas, que cresceu como um intocável (para aqueles que não sabem: a Coreia costumava funcionar num sistema de castas, os intocáveis era a última casta e eram compostas, entre outras coisas, por açougueiros, que viviam separados do resto da sociedade), não há qualquer razão para perceber os afazeres dos criados, ou sequer usar essa nomenclatura: distinguir as pessoas entre títulos é mais uma coisa de quem cresceu entre eles, na minha opinião. Para o Nas, que cuida da segurança de todo mundo no grupo, o mais importante eram os guardas. 
O Hoyun não consegue distinguir a comida específica que está sendo preparada, mas o Nas, filho de um açougueiro, obviamente o consegue. Além disso, enquanto Hoyun pensa na comida sem graça que comeu que, para ele, foi algo “marcante” e ruim sobre seu dia, Nas sequer se importou — somente pensou no que comeria depois. Nas cresceu com pouco, nem sempre comendo as melhores comidas; Hoyun, por outro lado, cresceu provando do melhor. 
O Hoyun não repara em como a vestimenta está, nem como ela cai em si, está acostumado a usá-las; Nas, por outro lado, fica incomodado com o simbolismo daquelas roupas, assim como o modo como elas ficam em si. 
Na lembrança de Hoyun sobre o príncipe, o monarca usa o termo “servo” em contraste com o “criado” de Hoyun. Foi uma maneira de destacar como o príncipe era arrogante; e mostrar como essa arrogância é um ponto de ressentimento de Hoyun. A conversa sobre títulos, sobre como os nobres demandam e esperam coisas — foram escolhas que fiz para mostrar que o Hoyun não se enxerga mais naquele meio, mesmo tendo crescido como um. 
Outro detalhe: Hoyun, que tem um conhecimento limitado de Jeju, usa o termo laranja enquanto Nas, que conhece muitíssimo bem sobre a ilha que é distante deles, sabe que são tangerinas a especialidade de Jeju. Eu, como quem escreve, poderia ter simplesmente deixado Hoyun dizer tangerina ou, até mesmo, bergamota. Mas… ele como personagem saber dizer não faria sentido.
Tentei, também, usar um linguajar mais simples durante o turno do Nas; para o Hoyun, contudo, fui um pouco mais metódico. 
São escolhas sutis. Mas cada coisa que escrevemos importa.
Lembre-se: a voz da personagem não é somente como ela fala. O que notamos ou não em um cômodo ou lugar, quais falas ou objetos nos remetem ao quê, nossas habilidades… tudo está relacionado com quem somos, nossa personalidade, nossa voz.
Se me colocarem num quarto cheio de itens de futebol, fotografias de jogadores e similares, só iria saber reconhecer os jogadores de +10 anos atrás — e, claro, saber o que é uma bola e um gol. Não gosto de futebol. O meu conhecimento é de quando minha mãe era ligadona nos times, e ficava me falando bastante do Kaká (eu tinha uma crush nele), Pato, Ronaldinho… enfim. Então, se eu fosse descrever um cômodo cheio de itens de futebol, sairia algo assim: 
“O cômodo estava cheio de retratos expondo os rostos sorridentes de jogadores os quais não reconhecia. João me disse que as decorações, exclusivas em azul e branco, eram a representação do time o qual aquele estádio pertencia, o qual também não sabia o nome; alguma coisa com G? Ou talvez um F.” 
Vamos ver o segundo exemplo. Dessa vez serão mais curtos, com mais dinamismo:
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EXEMPLO #002
Young, antes de sua mãe abrir um restaurante no pequeno vilarejo em que moravam, eram criados de uma família proeminente da região. Cresceu como qualquer outra criança pobre, servindo as vontades de seus senhores; e quando sua mãe adoeceu e faleceu, poucos anos após abrir o restaurante, se juntou a uma trupe.
Sang, o filho bastardo de um Lorde, o garoto cresceu numa casa de gisaengs — profissão que, em sua adolescência, foi obrigado a exercer. Atualmente, contudo, convive com o bando de mercenários que o salvaram de sua situação.
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Com um longo e alto suspiro, Young esticou os braços acima da cabeça. “Que tédio! Não aguento mais esperar.” Fungou. Apoiou os cotovelos no peitoral de madeira da enorme janela atrás de si, deitando a cabeça para trás. A vista de ponta cabeça era tão entediante quanto a normal. “Se eu fosse um nobre, plantaria várias azaleias no meu jardim. As roxas.” Juntou os lábios num bico, então, deixou a cabeça cair de volta para frente, olhando Sang do outro lado do cômodo. “Não vejo graça nessas plantinhas de lago.” 
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Fazendo uma breve reverência, Sang ofereceu um sorriso para a atendente ao deslizar a porta do cubículo no restaurante onde aguardavam por seus amigos. A mocinha deu uma breve olhada para Young atrás de si, mas retornou a olhá-lo quando, gentilmente, colocou as mãos sobre as dela. “Muito obrigado.” Disse pegando a bandeja das mãos delicadas dela, ignorando as reclamações e barulhos de Young — as bochechas dela enrubesceram e ela rapidamente fez uma reverência, permanecendo com a testa colada ao chão até Sang retornar a fechar a porta de hanji.  “Chū yū ní ér bù rǎn.” Recitou em mandarim conforme colocava a bandeja sobre a mesa, se recordando do ditado que aprendera anos antes. “São flores de lótus.” Prosseguiu a se sentar ao lado de Young, ajustando seu dopo para cair sobre seus joelhos em vez de dobrar sobre seu colo. “Eu gosto delas.”
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Quando as bochechas da atendente avermelharam, Young revirou os olhos, divertido. “Sempre o charmoso e irresistível.” Sorriu, enchendo o saco do amigo. “Me diga, Sang-ah. É difícil ser bonito assim? Hum? Constantemente cercado de garotas que não conseguem esconder a vergonha quando você as toca tão gentilmente.” Com as palavras, deslizou um dedo pelo braço de outrem, parando um pouco antes de atingir a manga do magnífico dopo de seda rosa. Então, o deu um leve peteleco no nariz. “Só lembre que não vou ajudar a cuidar de nenhum bebê.”  Levantou as sobrancelhas com as palavras dele. “Que porra você acabou de me chamar?” O deu um cutucão com o joelho, fingindo estar ofendido. “Yah, Sang. Você acha que pode me xingar em outra língua só porque eu não entendo?” Desencostando da parede, o mostrou a língua. “Acabo com você.” Murmurou com um bico. Young se encostou em Sang, apoiando seu peso contra o braço dele para poder olhar os doces que estavam na bandeja.   
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Tentou fingir que não estava prestando atenção no que Young dizia, se atentando a encher as xícaras com chá e dispondo os pratinhos com biscoitos e doces caramelizados de pêssego sobre a mesa. Se encolheu inteiro com os arrepios que lhe subiram o corpo com o toque do amigo. “Não vai mesmo, porque não vai ter nenhum bebê.” Revirou os olhos, bem-humorado, empurrando-o para longe de si.  Mordeu a língua, segurando o riso. “Crescer da lama imaculado. É um ditado, Young-ah.” Disse a última parte com o tom de quem consola uma criança, o canto de seus lábios se alargando num sorriso. “Lotus florescem na lama e continuam brancas, por isso representam nobreza. Resiliência. Pureza.” Explicou, balançando a cabeça positivamente para dar ênfase às palavras.  Você é tão bonito quanto essas flores, Sang. As palavras do general ressoaram em sua mente, e seus dedos tremeram vagamente com o fantasma do toque dele em sua nuca. “Por que azaleias?” Se apressou a perguntar, espantando as memórias. “Digo, são lindas. E bem perfumadas. Mas parece uma escolha específica.” 
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“Não sei, parecem caros.” Disse, dando de ombros. A madame Kim sempre usava roxo. Young se recordava de como o hanbok da mulher brilhava quando a luz do sol se debruçava sobre ele.  Quando finalmente quitaram o contrato de servitude e deixaram a residência dos Kim, um pouco após abrirem o restaurante, sua mãe comprara um tecido naquela mesma cor de azaleia. Não era tão brilhante quanto o da madame (o tecido não era o mesmo, ou algo assim), mas, em sua opinião, o sorriso da mãe quando o usava a deixava muito mais vezes mais radiante que madame Kim. Pegou um dos docinhos e enfiou na boca, murmurando um hmm com o sabor adocicado do recheio. “Porra, isso é muito bom.” 
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Dessa vez, meu foco estava em criar um constraste entre Young e Sang:
O primeiro, que cresceu pobre e como um criado, é muito mais despojado e solto. É afeituoso e gosta de brincar com seu amigo, não possuindo problema nenhum em cosntantemente tocá-lo. Também é simples, e gosta das coisas meramente porque elas o lembram outras — queria mostrar uma imagem de alguém que é carinhoso, um pouco bricalhão.
O segundo, que cresceu numa casa de gisaengs (cortesãs) e atuou como um por anos, é muito mais contido e refinado. Sang sabe mandarim, a língua dos nobres e grandes homens de Joseon; quais os tipos de doces que estão os sendo servidos. Ele, também, naturalmente começa a servi-los e é sensível ao contato constante de seu amigo — meu intuíto era mostrar alguém mais delicado e educado.
Novamente, somente vocês podem me dizer o quão efetivo foi. As características estão inscritas ali em diferentes maneiras. Talvez, se tivesse mais tempo para elaborar e escrever mais e mais "respostas" desses turnos, talvez conseguisse ir adicionando mais detalhes e pegando o jeito de cada um: porque, de verdade, não existe fórmula mágica para imediatamente termos a voz de uma personagem. Nós a desenvolvemos com o tempo, de pouquinho em pouquinho, a cada nova vez que escrevemos como ela.
Por isso precisamos ter uma boa noção de quem nossas personagem são e usarmos o turno inteiro para montar sua personalidade, sua voz. Somente assim seremos capazes de efetivamente interpretá-las — e, consequentemente, tê-las sendo interpretadas da maneira de queremos.
RESUMINDO…
A verdade é que não há uma fórmula para fazermos a voz da personagem. Entretanto, como vimos, há algumas coisas que podemos nos atentar quando as escrevemos para dar uma ajudada a compor a voz dela.
(1) Dê uma característica chave para sua personagem.
Sang, por exemplo, é um gisaeng.
Gisaengs passavam por treinamentos e, num geral, viviam vidas muito diferentes dos outros cidadãos de Joseon. Apesar de serem da casta dos intocáveis, as mais populares eram tratadas muito bem pelos nobres e viviam confortavelmente.
Sendo assim, há muitas características que posso atribuir a Sang para destacar sua voz e seu desenvolvimento: ele sabe outros idiomas, teve acesso a educação (coisa que só os nobres tinham), sabe sobre o comércio, como servir, dançar e cantar etc. Além disso, é o filho bastardo de um nobre, o que também adiciona uma outra camada que pode ser explorada e definidora da personalidade ele.
(2) Explore essa característica.
Obviamente, não dá para mostrar absolutamente tudo num único turno e, por isso, precisamos ir de pouquinho em pouquinho, sempre prestando atenção em nossos turnos e no que colocamos ou não neles.
Perceba que, em vez de tentar dizer que o Young é despojado, simplesmente acrescentei ações que mostram que ele é despojado. Ele não segue uma etiqueta, está sentado de qualquer jeito, botando defeito nas coisas dos outros etc.
Voz de personagem está muito próxima do conceito de mostrar não dizer, mas não vou me aprofundar sobre isso nesse guia porque é algo muito complicado e delicado (quem sabe num futuro). Mas o importante a se atentar é: nós precisamos botar em nossos turnos o que dizemos sobre a personagem. Se eu quero o Young seja despojado, então ele precisa agir dessa maneira através das ações dele — e isso vai, consequentemente, montando a personalidade / voz dele.
(3) Adicione ações que marcam a personalidade.
Adicionar maneirismos e comportamentos é uma parte muito importante. Muitas vezes acabamos adicionando um monte de coisa em nossos turnos que mostram os pensamentos e sentimentos das nossas personagens… mas nada que mostre como eles se comportam ou como são. E isso é um erro.
Lembrem-se: personagens tem corpo. Dentro do turno são criaturas vivas e, por isso, tem manias e trejeitos.
Gaguejar, colocar as mãos nos bolsos, suspirar, bufar, falar baixo, gritar, olhar nos olhos da outra pessoa, brincar com a barra da camisa, usar gírias, usar palavras mais sofisticadas… tudo isso são pequenos detalhes que fazem a diferença na caracterização / voz da personagem. Explore esses detalhes! Dê coisas diferentes para seus personagens!
Quer saber, vamos brincar novamente!
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EXEMPLO #003
Se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Boa sorte." Disse.
Acabei de inventar esse trecho para que possamos mexer nele um pouco — propositalmente o deixei sem nenhuma marca para que possamos brincar bastante! Já aprendemos que voz não é somente diálogo, e por isso vamos mexer nela adicionando mais corporalidade. Vou tentar adaptá-la para alguns dos personagens que usei nesse guia:
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Abaixando seu gat, Hoyun se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estivera observando a comoção há alguns minutos, mas esperara os guardas reais se afastarem antes de se juntar aos curiosos a lerem o anúncio fixado — as chances de serem algum dos oficiais que conheciam seu rosto era grande, e preferia evitar encrencas depois do almoço. Não fazia bem para a digestão. Deu uma última olhada ao redor, se certificando que ninguém do palácio estava por perto. Não precisou se aproximar muito para conseguir ler, o decreto oficial pintado em grandes letras nos dois idiomas da nação — o que o levou a levantar uma sobrancelha. Anúncios reais sempre vinham em desenhos para a população geral, analfabeta, pudesse compreendê-los; eram raros aqueles que vinham escritos e, principalmente, na língua dos eruditos e nobres que, como todos sabiam, estavam acima da lei. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Os cantos de seu lábio se alargaram num sorriso, e Hoyun não conseguiu segurar um bufo debochado. "Boa sorte." Disse baixinho por entre seu riso, os olhos fixos no nome de Joong. "Estarei ansiosamente esperando por você, ó vossa majestade." Fez uma breve reverência com a cabeça, se virando em seus tornozelos para se retirar do meio da multidão. Juntou as mãos atrás das costas, caminhando pela rua principal com o sorriso ainda em seus lábios. Então era assim que o homem queria brincar. Apesar de toda a oficialidade do decreto, não era nada além de uma ameaça, um aviso. Joong estava procurando por ele — e Hoyun se certificaria de ficar em um lugar onde pudesse encontrá-lo.
EXPLICAÇÃO | Como pré-estabelecido, o Hoyun tem um passado com o Rei. É uma relação complicada, os famosos amigos que se tornam inimigos jurados. Para ele, a situação é um desafio. Além disso, Hoyun é um mercenário confiante em suas habilidades, o ponto, então, é escrever de uma maneira que exponha como tudo é cínico para ele. E, novamente, o uso de certos termos (como analfabeta) para expor que ele um dia já foi parte dos nobres, e ainda tem uma visão marcada por tal: eu, como autor, preferia ter escrito 'desprovida de educação' mas usar o termo analfabeto soou algo muito mais mesquinho e mais em conta com alguém que tem o passado dele.
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Nas não se considerava alguém curioso, mas se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estava a caminho de comprar alguns tanghulus, mas a situação chamou sua atenção. Se enfiou por entre as pessoas, ficando na ponta dos pés para tentar enxergar melhor. Para sua surpresa, porém, em vez dos desenhos detalhados, o papel estava lotado de grandes letras. Sang estivera tentando ensiná-lo a ler, mas as formas ainda eram muito confusas para ele. Assim, cutucou uma das pessoas em sua frente, que afobadamente dava opiniões sobre o escrito. "Hey, uh, você pode me dizer o que está escrito?" Gesticulou com o queixo para o papel amarelado. "O que é que 'tá todo mundo querendo saber?" Limpando a garganta, o homem leu em voz alta: O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Oh." Coçou a nuca com a mão, olhando para o papel. Então o rei estava buscando informações sobre eles? Interessante. Ora, se precisava pendurar um decreto, das duas uma: ou estava desesperado ou aquilo era uma mensagem. Mas o palácio e a agência de investigação eram arrogantes demais para admitir que precisavam de ajuda e pendurar um decreto na praça principal em busca de informações, de uma maneira que somente quem soubesse ler conseguiria entender… é, aquilo era uma mensagem. Afinal, seus patrocinadores e clientes eram apenas nobres, não havia motivo para desenharem para a compreensão geral. Tinham um alvo para aquelas palavras. Balançou a cabeça, rindo baixinho. "Boa sorte." Duvidava que alguém fosse abrir a boca, especialmente para os homens do rei. Talvez devesse ficar preocupado, afinal, o monarca nunca parecera se importar com as ações deles, não dessa maneira. Mesmo que, no passado, tivessem tido alguns conflitos muito mais diretos. Levou a mão para a lapela de seu dopo, onde sua adaga estava escondida: se viessem atrás dele, Nas os mostraria do que era feito.
EXPLICAÇÃO | Nas pode não ser o cérebro do grupinho, como ele mesmo disse antes, mas ele é o lado tático, não é burro e sabe fazer suas associações: obviamente, compreenderia de primeira que é uma ameaça! Não há cinismo aqui, apenas as observações de um homem confiante e simplista.
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"Yah, o que é aquilo?" Apontou para a praça, tentando afastar a atenção do senhor Shim do livro de contas. Eu acho que a guarda pregou um anúncio. O homem explicou, se afastando do balcão para olhar na direção onde havia apontado. Young rapidamente enfiou o objeto no bolso. Iria devolvê-lo em breve, somente precisava alterar algumas coisinhas em seu nome. "Vamos lá ver, então!" Juntos, se aproximaram da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Young juntou as sobrancelhas, abaixando a cabeça enquanto pensava. Sabia que tinham feito um trabalho impecável… não havia como o rei ter descoberto em dois dias que haviam roubado as escrituras. Não, alguém abriu a boca sobre algo. Mordeu o lábio inferior, as mãos se fechando em punhos enquanto repassava os detalhes das últimas noites em sua cabeça. Hojong? Não, ele não falaria nada… seria o mais prejudicado de todos. Mas as cópias eram perfeitas, não havia como o rei saber. 'Ora, pois se estamos falando de recompensa, eu tenho uma informação!'. A voz aguda do senhor Shim chamou sua atenção, quebrando seus pensamentos ao meio. Young levantou a cabeça para olhá-lo atrás de si, deixando um sorriso aparecer no canto de sua boca. "Boa sorte!" Disse, dando um tapinha no ombro do dono do restaurante. "Não se esqueça dos pobres pilantras que enchiam seu bolso quando ficar rico, hein! Há." Deu uma gargalhada e o senhor Shim o acompanhou, dizendo repetidamente 'claro claro' conforme se separavam da multidão de volta a entrada do restaurante. Que tentem. Pensou, colocando a mão sobre o peito, onde a pistola estava escondida debaixo de seu dopo. Não eram um grupo de bandidinhos qualquer — se o rei pensava que podia capturá-los, estava terrivelmente enganado. "Mas, sabe, hein. Parece perigoso… e se você conseguir informações e eles te capturarem?" Arqueou as sobrancelhas, passando o braço por volta do ombro do homem. "Aconteceu com um amigo meu uma vez! Ele foi dar informações e…" Gesticulou na frente do pescoço, imitando uma faca. O homem fez uma expressão de espanto e, então, cuspiu no chão, espantando os mau agouros. "Pois é… eu teria cuidado. Mas viu, e se eu pagassa amanhã a minha conta?"
EXPLICAÇÃO | O Young é um pilantrinha, não tenho mais o que dizer. Ele é o ladrãozinho do grupo e foi o responsável pelo roubo. Apesar de sua aparência toda brincalhona, lá no fundo, ele tem muitas dúvidas sobre si e tem medo de desapontar seus amigos — ou, pior, ser a razão pela qual eles sejam pegos: por isso, a primeira reação dele é a dúvida.
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E aí? Deu para notar algumas diferenças entre as versões de cada um? Como eu disse, só vocês podem me dizer se eu consegui dar personalidade para cada um deles: vocês são os leitores, meu público, as pessoas que estão consumindo o que estou escrevendo. Eu só posso tentar.
Mas espero que entandam que o importante é que você encontre a sua própria maneira de adicionar voz aos personagens, se baseando nessas dicas (e em outras que você encontrar sobre o assunto!)
Acho que isso é tudo que posso oferecer por hoje!
A verdade é que voz de personagem é um conceito mais complexo do que parece: ele realmente exige muito mais de nós como escritores ou jogadores. Mas é uma coisa muito divertida de explorar!
E, honestamente, enquanto elaborava esse guia, percebi que há muitas outras coisas que posso tentar explicar para compreender melhor o conceito e, também, sobre a criação de personagem. Se houver interesse, os farei quando possuir tempo novamente!
Sem mais delongas,
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Note
oi vida faz um um abc nsfw do enzo?🥺
oi vidinha⚘️ vou tentar fazer de acordo com as vozes da minha cabeça. Tudo baseado na minha opinião fml
n sei se fiz certo😭😭😭 misturei umas coisinhas pra ficar mais fluído sla
A = Aftercare
Enzo tem uma educação sexual muito embasada. Raramente vão dormir direto depois de transar, porque ele sabe que tem uma higiene e cuidados femininos importantes pra prevenir várias doenças, então te ajuda a ir se limpar e fazer o que tem que fazer. Gosta de tomar um banho bem relaxante após o sexo, te limpa todinha e adora quando você faz o mesmo com ele.
Com o Enzo o aftercare é um momento mais íntimo do que a transa em si.
No lado mais carinhoso, ele adora quando depois de gozar ambos ficam abraçadinhos, o contato corporal é muito gratificante e importante para Enzo. Vocês ficam deitadinhos só falando o quanto se amam ou conversando sobre tudo e nada.
B = Body part (parte favorita do próprio corpo e da parceira)
Enzo é um homem vaidoso que tem noção do quanto é bonito, por isso, digo que ele adora as próprias mãos e passou a gostar mt do próprio cabelo e nariz depois de se relacionar com vc, pois vc sempre o elogia mt e tem uma tara nessas partes em específico.
Em ti é meio clichê, mas adora seus olhos. Vejo ele como uma pessoa que adora estar em sintonia com a parceira e reforça que o contato visual é fundamental para saber o que vc está sentindo a todo momento. Gosta da maneira curiosa como você observa o mundo, adora ver como são expressivos demais e independente da cor logo se torna a favorita dele. (off: peitos e cintura)
C = Cum (onde gosta de gozar)
Adora gozar dentro, pois além de ser uma delícia te encher de porra, vê como uma forma de marcar território e adora ver a bagunça que fica depois, recolhe tudinho com os dedos e enfia de volta ou te dá pra chupar os dedos sujos com os líquidos de vocês dois.
Mas também adora gozar nos seus peitos e pedir para você espalhar depois.
D = Dirty secret (um segredo sujo ou algo que ele deseja mas não fala)
Antes de vocês começarem a transar, Enzo se masturbava toda vez que te via. Imaginava as cenas mais sujas e as maneiras obscenas que iria te foder. Sempre depois de gozar se sentia culpado por fazer isso enquanto nem sequer tinha te pedido em namoro.
Sempre sonhou em gozar no seu rosto e no dia que você deu permissão ficou tontinho com a imagem do seu rostinho cheio de porra. Foi a primeira vez que ele sentiu medo de desmaiar.
E = Experiência
Não sei como explicar, mas acho que apesar da idade dele é um número bem reduzido (em termos de ator e famoso ne), porque prefere parceiras fixas. Aí vem outro ponto, como ele sempre se conecta muito durante o relacionamento, aprendeu e sabe muito bem como dar prazer a uma mulher. É extremamente sagaz e habilidoso na arte de seduzir e dar prazer.
F = Favorite position (Posição favorita)
ele não se decide, mas têm 2 que apimentam mais as coisas para ele:
papai e mamãe: pode admirar seu corpo e rosto, tocar seus peitos e todo o resto, além de ser bem mais íntima fazendo ele sentir o calor e maciez da sua pele. Além disso, ele pode controlar o ângulo movendo/posicionando suas pernas e quadris.
de ladinho: fica com o rosto enfiado no seu pescoço e pode meter gotoso. Bônus maior se tiver um espelho ao lado da cama, assim ele pode apreciar todos os movimentos e como o pau dele te alarga.
G = goofy (se ele é mais sério ou brincalhão no momento)
Tende a ser mais sério nesses momentos, pois entende a importância e não gosta muito de ficar rindo nessas horas, trata seu prazer e o dele como um dever que muitas vezes não dá espaço pra risos (não de uma forma chata, e sim, de um jeito que ele até esquece de rir por estar tão imerso na transa). Claro que de vez em quando escapa uma risada gostosa quando algo inesperado acontece ou quando tá bêbado de vinho. Também ri de deboche do seu desespero e carência.
H = hair (higiene com os pelos)
Não acho que raspa tudo até porque ele é muito cabeludo e incomoda ficar depilando. Gosta de deixar bem ralinho e raramente tira tudo.
I = Intimidade
Se tem uma pessoa que se importa em transmitir tudo o que sente e focar somente em você é ele. Cria uma atmosfera erótica e intimista que demonstra o quanto ele é devoto a você e como a atenção dele é totalmente sua e dos seus desejos. Torna cada foda única com o jeito que Enzo te faz se o centro do mundo dele.
Demonstra isso de várias formas, mas principalmente mantendo o contato visual, falando calminho contigo cheio de apelidinhos amorosos, tocando seu corpo com um carinho diferenciado e guardado só para ti.
J = jerking off (masturbação)
Não se masturba com tanta frequência, é até raro, porque prefere esperar pra te foder ou você chupar ele. Não gosta de sentir que não tem controle sobre o próprio corpo por isso não cede tão fácil aos próprios desejos. Só se masturba - mt puto - em casos extremos como quando viaja e você tá ocupada demais para um phone sex.
K = kink (fetiches)
Creampie: É uma miragem a visão da sua bucetinha toda molhada e vazando os líquidos de vocês dois.
Corruption kink: adora te ensinar as nuances da sexualidade se for inexperiente, e se você tiver experiência ele adora um roleplay ou ver suas reações para coisas que só ele sabe fazer bem.
Dom/sub: pode até deixar vc dominá-lo as vezes, mas prefere ficar por cima, mandar em ti e ser um soft dom, até degradação com ele soa como se estivesse fazendo as declarações mais lindas de amor.
Spit kink: ama te deixar acabada e toda melecada depois do sexo. Cospe na sua boca e na sua bct quando ta chupando ou fodendo seja com dedos ou o pau dele.
Dumbfication: adora te deixar burrinha, falando nada com nada e te ver ficar desesperada por tudo que ele te dá.
L = local
Prefere mil vezes fazer em uma cama, tanto pelo conforto como pela praticidade de colocar em qualquer posição, mas é um grande adepto de shower sex e rapidinhas no elevador.
M = Motivação
Com o tesão de dez virgens evangélicas, o Enzo não pode pensar no seu corpo ou escutar sua voz que já fica todo ouriçado e manhoso, porém o que realmente deixa ele subindo pelas paredes é te ver com uma saia ou vestido bem curtinho que expõe suas coxas e marca suas curvas.
Também fica motivado quando você tá todo inteligente explicando algo ou lendo.
N = Não (o que ele não gosta ou faria na cama)
Não acho que ele em uma relação estável ficaria disposto a ter um ménage, também não gosta de te ver chorar de dor, sangrar ou te causar qualquer dor extrema.
O = oral
É muito talentoso no oral. Poderia passar horas no meio das suas pernas e adora te hiperestimular com a língua e lábios hábeis. Tem uma fixação oral e a cura é sua buceta.
Prefere dar do que receber. Quando você o chupa fica muito vocal e adora te guiar com as mãos nos seus cabelos e falando como sua boca é gostosa.
P = Pace (a velocidade que eles gostam de transar)
Não vai nem rápido e nem lento, mas sim adota um ritmo suave que permite ambos saborearem a sensação de estarem unidos. Só te fode rápido quando tá com raiva ou quer descontar frustrações e você se oferece para ser a putinha dele.
Q = Quickie (rapidinhas)
Gosta de tomar o tempo com você e te dar a atenção devida, mas com a rotina corrida ou quando está desesperado simplesmente te ataca e te come rapidinho só te lubrificando com a saliva dele.
R = Riscos (o quão disposto ele está a fazer algo mais arriscado)
Odiaria te colocar em uma situação desconfortável, por isso, nunca faria nada sem antes conversar contigo seriamente. Gosta de ter seu consentimento explícito e a certeza que você sente prazer em tudo o que fazem.
Raramente engaja em algo em público, até porque pensa que seus sons e expressões devem ser somente para os olhos e ouvidos dele. Também morreria de ciúmes se alguém te visse nua ou com alguma parte íntima exposta.
O maior risco que ele já correu foi te foder enquanto os pais dele dormiam quando foram visitar vocês.
S = Stamina ( quantos rounds ele aguenta)
Aguenta no máximo dois, raramente chega a três. No entanto, são dois rounds que ele te deixa com as pernas tremendo quando vai de fato te foder. Faz questão de chupar, dedar ou dar o máximo de orgasmos que consegue.
T = Toys (brinquedos sexuais)
Não é muito fã. Prefere e usa ocasionalmente o básico como vibradores, vendas e algemas. No dia do seu aniversário deixou você algemar ele e fazer o que quisesse.
As vezes experimenta alguns mais arriscados como calcinhas vibratórias, mas prefere usar a boca, pau e dedos para te dar prazer.
U = Unfair (quão injusto ou provocante ele é)
Provoca e muito! Sabe que você fica louquinha quando ele tá falando algo gesticulando com as mãos, quando ele tá todo arrumado para sair ou até quando está lendo todo concentrado. Por isso, abusa de todo charme que tem para te escutar implorar para ele te foder logo.
Te tortura negando seus orgasmos quando você apronta para ele.
V = volume (quão vocal ele é)
Enzo não tem vergonha de se expressar na hora que tá te fodendo ou recebendo prazer de outras formas. Geme abertamente com a voz grossa e rouca, gosta de demonstrar que tá gostando e tbm fica tão imerso e focado no momento que sempre deixa escapar muitos sons. Adora escutar seus gemidos e te incentiva a expressar o que sente, mas se vc for tímida ele faz todo o trabalho sem problemas. (also como o enzo tem uma voz grave e meio baixa acho que até quando ele grita não é escandaloso).
Só se refreia quando estão fazendo escondido ou pra não perturbar os vizinhos, então ele fica só gemendo baixinho no seu ouvido junto com uns grunhidos abafados.
Adora fazer um dirty talk e te elogiar (até os xingamentos saem como poesia na voz dele fodase). Ama quando você tá por cima e começa a ser mais ativa na hora de provocá-lo.
W = Wild Card (Um headcanon aleatório)
Se sente muito confortável em te pedir para testar novas coisas (e vice-versa), então vocês dois descobrem muito sobre sexualidade juntos. Algo que ele fez pela primeira vez contigo foi cockwarming e não conseguia conter os sons altos e mãos bobas percorrendo seu corpo. O plano inicial era ele dormir com o pau dentro de você, mas o Enzo não aguentou uma hora e ficou chupando seus peitos enquanto remexia os quadris até gozar com gemidos altos no seu ouvido.
X = Raio x (tamanho do brinquedo)
Não é comprido, tem tamanho médio mas com uma grossura deliciosa que te deixa cheinha toda vez que te fode. Além disso, com o ângulo certo alcança todos os pontos doces dentro de você. A glande é meio avermelhada ou arroxeada (n decidi mas saboroso de qualquer forma). Tem veias proeminentes por todo o pau que é tbm meio bronzeado.
Y = yearning (sex drive/libido)
Sente muito tesão (quase todo momento contigo tá disposto a transar) e tem uma libido saudável, só quando a rotina tá corrida que ele fica mais indisposto e cansado. Apesar de ter uma libido alta sabe ter paciência e controlar ela bem só para te provocar.
Z = zzz (nanar depois do sexo)
Ele não costuma dormir logo depois. Gosta de ficar conversando contigo e trocando carícias. Só cai no sono rapidamente se for mais de 2 rounds.
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kyuala · 5 months
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mds kyky 😩😩😩😩 você falou de menage e eu preciso dizer que pensei pensamentos pensantes 😝😝😝😝 cuckold com santi namoradinho que é todo príncipe fofinho boiolinha com a namorada on a daily basis mas em uma brincadeira de amigos brincadeirinhas inocentes acaba deixando escapar que se fosse pra escolher uma pessoa pra "dividir" você seria o simón 🤓🤓🤓🤓 e você fica completamente :O porque como assim você quer me dividir vida 🥺🥺🥺🥺 e mais tarde o santi chega todo coisadinho em ti tentando se explicar e dizendo que "ah, bebê, é só uma curiosidadezinha, mas é claro que você não precisa fazer" só que aí ele te pega de surpresa quando diz que "e...além do mais...eu já percebi o jeitinho que você olha pro simón às vezes" e tipo WHAT DO YOU MEAAAAAN FUI PEGA NO PULO 😄😄😄😄 e o santi super te tranquiliza "não, não precisa ficar com vergonha, não, eu não tô chateado. é claro que me surpreendeu perceber que a minha princesinha é, na verdade, uma cadelinha muito suja, mas eu até que gostei disso" 😈😈😈😈 vamos dar um pulo nessa história pro dia em que ele organiza tudo pro simón te comer também e nossa simón hempe ia acabar com a sua vida, te chamando de tudo que é nome, dizendo que você é uma putinha insaciável demais pra fazer um cara como o santi te fazer gozar no pau de outro homem e ele ainda te comeria de quatro com o seu rostinho virado pro seu namorado 😵‍💫😵‍💫😵‍💫😵‍💫
E DIGO MAIS ☝🏻☝🏻☝🏻☝🏻 no meio da foda e sem o santi perceber rsrsrsrsrsrsrs mim desculpa santi você é um anjinho mas eu vou cometer essa atrocidade o simón vai sussurrar no seu ouvido "acho que vou ficar viciado nessa buceta, mami..." no tom mais cafajeste do mundo "quando o seu namorado estiver longe e os seus dedinhos não forem o suficiente, me liga, tá? eu passo aqui pra te deixar cheinha do jeito que cê gosta"
é isssssto!!!!!! hihihihi bom dia kyualinha ótima segunda pra você eu precisava demais desabafar este pensamento aqui 🌷🌷🌷🌷🌷🌷🌷
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DIVA JUJU IDOLLETE DO TUMBLR VOCE PAGARÁ PELOS SEUS CRIMES 🫵🏼 ÓTIMA SEGUNDA PRA QUEM O QUE EH ISSO MEU DEEEEEEEEUS 😭 mulher explode de tesão na grande são paulo entenda o caso. mas bom dia pra vc tbm minha vidinha tenha uma excelente semana 🌹❤️
acho que aqui vc divou, hablou, hitou e abalou em diversos pontos ☝🏼 santi sendo o namorado boiolinha, confiante o suficiente pra te deixar dar pra outro na frente dele 🫦 falando as coisas mais sujas possíveis com uma voz angelical e um sorriso meigo... simón acabando com a sua vida e com a sua raça na cama.... TIVEMOS UMA APARIÇÃO ESPECIAL AQUI DO NOSSO MAIS NOVO QUERIDINHO, SIMÓN "AMANTE QUE TE CONVENCE A TRAIR" HEMPE.... apenas hit atrás de hit aqui 😵‍💫😵‍💫😵‍💫😵‍💫 também me arrisco a adicionar que o santi ia AMAR te beijar assim enquanto vc dá de quatro pro simón.... acharia uma gracinha vc se esforçando pra acompanhar a língua dele enquanto não consegue controlar seus gemidos e mal consegue manter a cabeça em pé 🎀
vou aproveitar e já deixar a minha ideia inicial aqui desse menage ☝🏼 penso nos dois sendo uma dupla de amigos que vc acabou de conhecer no rolê, conhecidos de uns amigos seus ou até seus dois melhores amigos... o importante aqui é que os dois são parceiros, praticamente inseparáveis, apesar de serem de um contraste (aparente) como água e vinho. santi é doce, gentil, exala uma doçura e uma bondade genuína sem iguais; simón já é marrento, posudo, fogoso e tem uma língua que é tão afiada quanto é traiçoeira. os amigos com certeza se utilizam de uma tática - já bem ensaiada, pois não é a primeira vez que fazem isso e nem será a última - pra te convencer a se divertir com os dois. chegam de fininho, jogam um papinho manso, usam e abusam dos toques que fingem ser inocentes demais pra duração e intensidade que realmente possuem, tudo para te provocar e te deixar maluca pela ideia de dar pros dois, ser dividida e saciada pela dupla.
a grande surpresa vem quando o contraste entre a energia dos dois se mantém na cama - porém diametralmente inverso. simón, que vc jurava que seria a força bruta, revela ser um verdadeiro soft dom, te guiando com toques delicados na pele avermelhada e maltratada, chamando pelos apelidos mais melosos e diminutivos que já ouviu ao te assegurar que não, você não é uma cachorra. é nossa princesinha, não é mesmo? tudo para remediar o tratamento malcriado de santi, que te surpreende com o veneno com o qual te chama dos nomes mais baixos possíveis, te puxa pelos cabelos, te estapeia no seu rostinho choroso e onde mais alcançar e o pior é quando ri perverso ao perceber que vc não menos que adora quando ele te manuseia na posição certinha que te quer - o rosto afundado nas almofadas do sofá e o rabinho empinado, a pele já começando a arder com as estocadas que ele dá sem dó.
tenho certeza absoluta que rola uma dupla penetração aqui depois dos dois te amaciarem o suficiente e te deixarem molinha pra concordar, fácil de manipular do jeito que querem - e é o que eles fazem quando metem em ti ao mesmo tempo, ocupando os dois buraquinhos (tenho pra mim que nessa dinâmica o santi faria questão de ser o primeiro a arrombar seu cuzinho, deixando tua portinha menor mais larguinha e sensível pro simón aproveitar - mas claro que os dois usariam as duas entradinhas cada, isso se não usarem uma só ao mesmo tempo 🤫)
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louddydisturb · 1 year
Text
Evil, ornery, scandalous and evil, most definitely
Harry, uma agente viuva negra. Foi enviada para a "missão tomlinson", missão comandada por zayn malik há mais de 2 anos onde o principal objetivo era exterminar o lider da maior facção do reino unido, louis tomlinson e ex namorado de harry antes dela as informações dele para o black widow project
Louis, 28
Harry, 26
Tw: violencia, knife play, blood kink, h!inter
Ultima one shot por um tempinho pq minhas aulas voltam segunda e eu vou me foder estudando mas volto em setembro ainda pq tenho umas q só falta finalizar
Ainda aceito ideias
Boa leitura!!
"Precisamos que faça um trabalho hoje a noite" zayn, chefe de harry, fala assim que a cacheada entra na sala ampla
"Eu ia na operação stones hoje" styles fala brincando com a arma em seus dedos
"Não vai mais, coloquei lauren no seu lugar" zayn tira alguns papeis de uma gaveta "sente-se por favor" harry acomoda a glock no suporte em sua coxa e senta na cadeira em frente a mesa do homem onde ela pode ler perfeitamente o nome da operação
Operacão tomlinson
"Ah não" ela bufa "não quero ir passar recado"
"Não irá passar recado, vamos por um fim nessa operação" os papeis são colocados na frente de harry que folheia um por um "hoje louis tomlinson chegará por volta das 11:00 da noite de uma de suas boates na parte boêmia de londres, você tem 1 hora para entrar no apartamento sem deixar rastros e fazer uma surpresinha para nosso amigo de longa data" zayn entrega outro papel, era a planta do prédio "confio em você, styles."
✨️
"Agente 1, na escuta?" Harry escuta um dos reforços falar no ponto em seu ouvido
"Na escuta" harry se abaixa no peitoral do terraço do prédio de tomlinson "reforço 1 e 2, fiquem preparados" ela diz terminando de prender a especie de corda que ela usar para descer até a janela do 25° andar, apenas 2 andares abaixo de onde ela estava "descendo para o alvo"
A cacheada pula do parapeito do predio, ficando presa pelo suporte em sua cintura
Ela desceu devagar fazendo o minimo de barulho possivel e então chegou na janela grande que dava a visão do apartamento completamente escuro de louis
Ela tirou uma especie de chave universal de seu cinto, não demorando mais que 5 minutos para estar caminhando pelo apartamento
Era um bom local, decoração moderna, organizado e limpo -- não por muito tempo --
"Agente 1, carro do alvo localizado, está entrando no estacionamento do predio"
"Tudo em posição" ela senta confortavelmente na cama king size do quarto grande, a adaga rodando em seus dedos
Seus olhos verdes caem no relogio analogico na parede
22:59:50
As luzes do corredor acendem e passos podem ser ouvidos
22:59:55
Harry escuta barulho do molho de chaves e então a porta principal é aberta
22:59:57
A porta é fechada e o barulho das botas ficam mais altos pelo apartamento
22:59:59
A luz do quarto onde estava é ligada
23:00:00
"Boa noite, senhor tomlinson" ela profere devagar, a ponta dos dedos delicados escostavam na ponta brilhante da adaga
"Oque malik tem de tão importante para me agraciar com a visita de uma de suas viuvas negras?" O tomlinson tateava uma parte falsa da parede
"Procurando isso?" Ela tira a pistola de sua cintura "uma otima arma, estavel e com otima precisão. Treinei com uma dessas" os olhos azuis gelidos a encaram
Harry levanta caminhando como um animal espreitando sua presa
"Pode dar o recado já" louis se escora da batente da porta ao que harry se aproxima mais 
"Já que insiste" em um movimento ela puxa o braço de louis, o jogando contra o chão e o imobilizando ali "vamos ver... louis william tomlinson, 28 anos, nascido em doncaster e se mudou para a casa do tio em londres aos 8 anos, esse que era um traficante famosinho na região e que te batia constantemente, com sede de vingança o louisinho de 16 anos começou a se meter em briguinhas de gangues de bairro e com 18 começou a criar seu propio imperio de drogas e prostituição" ele faz uma pausa, destravando a arma e pressionando o cano contra a cabeça de louis "que historia comovente, tommo. Eram assim que te chamavam, certo?"
"Fez o dever de casa, lindinha" ele vira a cabeça encarando a cacheada por cima do ombro "onde quer chegar? Você enrola muito" ele força seu corpo para o lado imobilizando harry embaixo de si, um tiro sendo disparado e quebrando o vidro da janela grande "parece que o jogo virou, agente styles"
''Agente 1, precisa de reforços?" Soa pelo ponto de comunicação
Harry puxa a cabeça de louis contra o chão, antes de se esgueirar dos braços fortes e levantar empunhando a arma
"Não" ela aperta o botão em sua cintura "bons movimentos, tommo. Me impressionou"
"Treinei com os melhores, lindinha. Se quiser posso te treinar tambem" ele levanta limpando o sangue que escorria de seu labio
"Francamente nós dois sabemos que sou melhor que você" louis é mais rapido em puxar a garota pela cintura a jogando na cama e tirando a arma, que era a sua, da mão dela
Ela estava com o peito contra a cama, uma de suas mãos estava presa firme em sua costas pelas mão de louis
"Sou mais agil"
"Não seja tão convencido, tommo" ela tira a adaga do suporte com a mão livre e faz um corte no braço esquerdo de tomlinson, rasgando a camisa termica que o outro usava
Ela aproveita a baixa guarda do outro para subir em suas costas e pressionar a adaga contra sua garganta
"Vou ser bem clara" ela puxa os fios castanhos e faz um arranhão no pescoço lisinho, sem cortar nada "entrega o chip"
"Amo quando puxam meu cabelo na cama, amor" ele sorri cafajeste, irritando harry "não tenho nenhum chip"
"Claro que tem, o localizador diz que está aqui" a adaga volta para o pescoço de louis "o chip" ela fala pausadamente aproximando seu rosto da cabeça de louis
"Você é agressiva, amor" harry bufa apertando o corte no braço de louis, sangue manchando o lençol branquinho "ai, ta bom, ta bom, preciso que me solte"
Harry sai de cima dele, uma mão empunhando a adaga e a outra na sua arma no suporte "vou mandar a conta da lavanderia para o fodido do malik" ele resmunga caminhando para o guarda roupa com harry em seu encalço
"Nem vai ser preciso" ela diz baixo com um sorriso de lado
"Aqui pega essa merda" quando harry avança pegar o chip louis a puxa colocando uma arma em sua cabeça "falhou no dever de casa, styles" ele aperta o braço em um mata leão "saberia que eu não entrego facil" ela tenta o esfaquear mas seu corpo é posto contra o armario, impedindo o contato da faca com o braço de louis e limitando os seus movimentos
Harry sentia o ar começar a fazer falta e sua cabeça latejar, ela solta a adaga se amolecendo no aperto de louis
"Fodida" ele solta o corpo de harry caminhando para longe
Harry resmunga baixinho antes de se levantar e derrubar o mais velho com uma tesoura de perna em volta do pescoço, fazendo-o gemer dolorido com queda
"Se fosse mais inteligente saberia que com a força que aplicou um mata-leão não mataria em 5 segundos" ela aperta as pernas em volta do pescoço de louis "fala aonde está o chip ou eu quebro teu pescoço e eu mesma acho"
"N-não s-ei" as mãos tatuadas apertam as coxas de harry tentando sair do aperto
"Não se faça de tonto, tomlinson. Mas saiba que vai ser otimo para o meu trabalho entregar na bandeja a cabeça do traficante mais procurado da inglaterra"
"Por ser você eu ate deixo" ele aperta um ponto na cintura de harry, fazendo-a afroxar o aperto e então louis pode se virar prendendo ambas mãos de harry em cima de sua cabeça "sabe, styles. Costumavamos formar uma otima dupla" ele aperta as bochechas gordinhas "até você me trair e me apunhalar pelas costas" ele desce a mão para as coxas apertadas no macacão "mas eu ainda sei seus pontos fracos, amor. Sei como te fazer ceder" ele aperta o local "malik é mesmo tão burro no nivel de te mandar para me matar?" Os labios fininhos beijam o pescoço alvo de harry
"Supera, tomlinson. já se passaram 3 anos ou continua chorando como um bebê chorão?" ela se debate no aperto de louis tentando se livrar das mãos fortes
"Você não sabe o quanto me excita ver oque você se tornou" ele mordisca a mandíbula da cacheada "você seria minha bonnie perfeita, amor"
"Me solta, tomlinson. Não irá quer um corte no outro braço tambem"
"Não negue, harry. Nos dois sabemos que não superou tambem" ele se encaixa no meio das coxas grossas, aproximando seu rosto do de harry
Os olhos verdes se fecharam, suspirando fundo. O perfume de louis a envolvia por completo
Louis solta as mãos de harry e se senta no meio de suas pernas, a garota se apoia em seus antebraços observando o outro ainda extasiada
"Eu já superei há muito tempo, encontrei outros que fodem melhor em menos de 1 mês"
"Ah sim?" Ele acaricia a panturilha dela por cima do tecido grosso "então só mais uma foda não vai fazer diferença?"
"Não vai ter "só mais uma foda" " ela faz as aspas com os dedos
"Não?" Louis engatinha ficando por cima de harry novamente
"Não" ela prendeu as coxas na cintura de louis e o virou, fazendo-o bater as costas no chão "não gosto de ficar por baixo, tomlinson" ela sente o volume nas calças jeans de louis embaixo de si
"Ah não gosta?" Ele levanta ainda com harry em seu colo e senta na cama "você gostava bastante quando estava comigo, ainda mais quando estava apanhando amarrada nessa cama" Harry passa os braços pelos ombros largos de louis e usa de apoio para rebolar contra a ereção embaixo de si "nada profisional de sua parte, styles"
"Voce quem começou" louis puxa o pequeno ziper do macacão de harry para baixo, liberando os peitos cheios da garota
"Ainda melhor do que eu lembrava" os labios fininhos beijam a pele exposta, fazendo-a se arrepiar "você continua tão sensivel quanto era três anos atrás, tem certeza que fodeu com alguem em todo esse tempo, harry?"
"Pode ter certeza que foram mais do que as putinhas que você usou de tapa buraco" ela puxa a camisa termica de louis para fora, as unhas passeando pelo peito desnudo
"Sempre achei que você ficava gostosa nesse uniforme, pena que vamos ter de tira-lo" ele empurra a parte de cima do macacão, deixando a aranha no braço direito a mostra
Louis beija e chupa o torso imaculado de harry, ouvindo-a gemer baixinho em seu colo
Ele estapeou a bunda redodinha antes de a jogar na cama e descer seu beijos até o fim da barriga de harry
"Confeso que prefiro te ver assim" as botas de harry vão para o chão, as adagas caindo e fazendo um barulho metalico no chão "na minha cama e a minha mercê" o macacão é retirado por ultimo, deixando-a apenas com a calcinha de renda molhada "não está sozinha styles?" Ele puxa o fio do ponto de comunicação que estava grudado com o macacão "não vai precisar mais disso" louis fala antes de se abaixar no meio das coxas de harry, ela podia sentir a respiração dele em sua pele
"Louis..." ela leva as mãos para os fios de louis, tentando o empurrar contra sua intimidade
"Continua apressada" ele se afasta para se deitar com a cabeça a apoiada nos traveseiros, harry entendeu aonde ele queria chegar
A cacheada engatinhou ate o peito de louis, virando de costas e ficando de quatro por cima dele
"Caralho" ele xinga baixinho antes de afastar a calcinha de harry e a puxar, sua lingua passeando por toda a buceta, iniciando uma sucção esfomeada
Harry rebolava contra a lingua de louis, gemendo manhosinha enquanto punhetava o pau duro por cima da calça
"Oh lou..." o moreno estava praticamente sufocado e sentindo seu pau pulsar no aperto da cueca
Ele tira harry de seu colo e termina de tirar a calça jeans e a cueca, suspirando aliviado antes de harry voltar para seu colo praticamente atacando seu pescoço
"Me fode, lou" ela fala baixinho entre as mordidas e chupões no pescoço do mais velho
"Se quer faça você mesma" o de olhos azuis aperta a bunda redonda e puxa os lados da calcinha delicada fazendo o tecido se partir "você disse que arrumou outros que te fodiam melhor, então eu talvez não saiba como você realmente gosta"
O resto do que era a calcinha de renda vai para o chão ao que harry levanta um pouco para encaixar o pau grosso em si, descendo com dificuldade considerando que eles estavam fodendo praticamente no seco
Os dois gemeram unisono, louis apertando a cinturinha fina
"Quica amor, você disse que gosta de ficar por cima" ele se apoia nos antebraços, jogando a cabeça para trás ao que harry rebola lentamente em seu pau
Harry esconde o rosto no pescoço de louis choramingando e apertando os ombros do mesmo
"Oque foi, nenem? Não está gostando? Você quem disse tudo, eu só estou fazendo oque você falou" as mãos fortes passeiam pelas curvas do corpinho em seu colo "diz oque você quer"
"Quero que me foda, só como você faz, lou." Ela quica mais urgente se sentindo a beira de um orgasmo "forte e fundo"
De repente as costas de harry voltam para a cama e louis se encaixa no meio das coxas começando a investir contra a garota, os musculos dos braços tatuados ficando aparentes ao que ele apertava e puxava as coxas gordinhas contra si
"Louis... porra" ela arranhava as costas largas buscando algum apoio ali
Ele grunhe sentindo a buceta apertar seu pau em um orgasmo longo, a cacheada arqueando as costas e gemendo abaixo de si
"Não para..." harry aperta os musculos fortes fazendo sangue escorrer pelo corte aberto ali, louis geme gozando em tiras grossas
Ele deita nos peitos cheios de harry tentando regular sua respiração e brincando com o mamilo durinho antes de o colocar na boca
Harry gemeu e apertou seus fios castanhos ainda sentindo o falo pulsar em si
"Você é uma traira, harry. Traiu minha confiança e agora está traindo a confiança de zayn. Tudo isso porque é uma puta por pica" ele sai de cima de harry apenas para a virar na cama, deixando-a de quatro e com a bunda colada em sua pelves "só uma puta, mas a minha puta" a mão de louis acerta em cheio a bunda branquinha deixando a marca exata ali "agora é a minha hora de mandar um recadinho para, zayn" ele penetra harry novamente, em  estocadas agressiva, os gemidos gritados ecoando por todo o quarto
Harry estava tão imersa no prazer que sequer percebeu louis ativando o microfone do seu ponto de comunicação que estava na cama
"Você é a puta do lou, hazza?" Ele apertava e estapeavas a bandas já vermelha
"Do lou...só do lou" louis sorri puxando os cachos, colando seu peito nas costas de harry
"Que putinha, amor. Estragando uma missão porque não consegue se controlar" harry geme ainda mais alto sentindo louis estimular seu clitoris e morder seu ombro "você vai trair o malik tambem?"
"Uhum" lagrimas se acumulavam no canto dos olhos verdes
"Sim?" O torso da cacheada volta para a cama "então vamos dar um ultimo recadinho para o filho da puta" ele pega a adaga de harry na cama, traçando a ponta fina pela pele macia de harry, ela geme mais alto sentindo a ardencia do corte
Louis traça um "LT" na bunda vermelha de harry, sangue escorrendo e sujando as mãos do mesmo, que voltava a foder harry, agora ainda mais agressivo e certeiro
Harry já nem sabia oque fazer, ela se sentia como se estivesse sendo estimulada em todos os pontos possiveis
Ela tentou escapar, gritar, espenear mas seu cerebro parecia que tinha desligado
Ela apenas esquichou contra a pelves de louis, choramingando no traveseiro e sentindo seu corpo tremer
Louis gozou quase que instantaneamente apenas e ver o estado de deixou sua garota
Ele desligou o microfone e acariciou as costas lisinhas de harry
"Shh... hazza, eu estou aqui" a cacheada choramingava baixinho colocando as mãos entre as pernas, sentindo a porra vazar devagarinho ali
Louis levantou pegando uma caixinha de primeiros socorros, tirando gaze e soro dali para poder limpar o corte que ja tinha parado de sangrar, ele passou uma pomada cicatrizante e então passou um paninho com agua morna com calma por toda a cacheada
Ele sabia o quão sensivel harry ficava depois de uma foda
"Deixa eu limpar" ele aponta sonolenta para o corte de louis
"Não precisa, eu limpo" ele pega uma camisa sua do armario e veste na garota, que agora estava sentada na cama, chiando baixinho com a dor no corte
"Eu que fiz, eu limpo" ela tira outra gaze e molha no soro, limpando todo o sangue seco que tinha escorrido pelo braço e o ferimento, perdendo um pouco da concentração nas tatuagens que pintavam todo o braço forte antes de envolver com um curativo
"Vem, vamos dormir no outro quarto, não to afim de trocar os lençois agora" louis diz puxando harry para o seu colo, que ri
"Você não mudou nada, né?" Ela deita no peito de louis ao que ele se joga na cama do outro quarto
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sunshyni · 8 months
Note
bom, tive uma ideia aqui de um friends to lovers com o johnny: ele é o jogador de vôlei mais popular da faculdade e a principal é meio que uma "nerd" nada popular. eles são amigos, mas ela meio que quer esconder a amizade dos dois (por causa dessa questão de que populares não andam com pessoas como ela), aí acontece algo que passa todos os limites e o johnny que assumir que eles são amigos e acaba confessando que está apaixonado por ela
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ✉ amor de flashcard ➁
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㋡ notes: continuação dessa aqui! Demorei um pouquinho pra trazer essa, mas cá estamos! Ficou um pouco maior do que eu imaginava, mas é isso aí KKKKKK Espero que vocês curtam tanto quanto eu curti ☺️
㋡ w.c: 2.3k (eu avisei KKKKK)
㋡ warnings: Johnny × Fem!reader, um sugestivo de lei (é mais forte do que eu 🤭), Johnny Suh is a golden retriever porque sim! E no mais é isso!
Boa leitura, docinhos! 💌
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A casa de Johnny já estava entupida de universitários que bebiam em copos de plástico de cores vibrantes e conversavam alegremente uns com os outros quando você atravessou os portões, incerta sobre a escolha que havia tomado de participar de uma festa repleta de pessoas que você conversava apenas socialmente. Johnny tinha dito que apenas a galera da universidade seria convidada, mas se esqueceu de avisar sobre um ponto muito importante, o de qual porcentagem especificamente dos alunos matriculados compareceriam ao local, porque parecia que a universidade em peso estava alí, brincando uns com os outros e falando alto a plenos pulmões.
Você realmente ponderou sobre direcionar seus tênis all star para a direção contrária a entrada da casa, mas desistiu tão logo essa hipótese cruzou sua cabeça, afinal você tinha dado sua palavra e não daria esse gostinho para Johnny, que com certeza aproveitaria a deixa para te perturbar pelo resto da semana repetindo o quão ruim você era, se aproximando do seu ouvido em alguma aula no auditório apenas para sussurrar as palavras, uma a uma, baixinho, enquanto o professor de vocês pausava a explicação da matéria apenas para reproduzir um vídeo explicativo, e nos últimos tempos ser chamada de garota má pelo seu melhor amigo havia ganhado um significado a mais, um toque promíscuo que te fazia imaginar cenários involuntariamente, que certamente não deveriam ser inventados em sala de aula.
Johnny estava jogando vôlei de piscina com o time com o auxílio de uma rede improvisada quando seus pés alcançaram os fundos da casa, você aproveitou que ele ainda não tinha notado sua presença para admirá-lo em silêncio, observando as gotículas de água brilhando na sua pele exposta pelos seus gloriosos 1,80 m de altura, não que a piscina fosse estupidamente funda também. Ele sorria enquanto discutia fervorosamente sobre um saque da equipe adversária, do outro lado da rede e você sorria também, porque tudo nele tinha um efeito contagiante.
— Eu não sabia que você vinha — Você virou o rosto para um Hendery sorridente, mas o único sorriso que você queria dar atenção era o do cara alto que agora tentava empurrar os ombros do amigo Jaehyun para baixo, numa tentativa explícita de afogamento, embora o Jeong gargalhasse feliz, nada parecido com uma vítima de homicídio. Você olhou para Dery, que ainda fazia completamente o seu tipo, sem tirar nem pôr, mas que por algum motivo – que você tinha plena consciência – não conseguia provocar o alvoroço no seu estômago como costumava fazer meses atrás — Achei que não curtisse festas. Festas desse tipo, sabe? Bebida e pegação.
— Todas as festas universitárias não são assim? — Você devolveu a pergunta com um olhar gentil, alterando o foco entre Hendery e Johnny, alguns bons metros de distância de vocês, Dery refletiu por alguns segundos, sorrindo quando chegou a constatação de que você tinha razão, bebericando da sua bebida enquanto só tinha olhos para você, o que te fez pensar sobre o quão azarada você era, porque eis que do nada o cara que você era secretamente apaixonada aparentemente mostra interesse na sua pessoa e o que é que você faz? Aproveita o clima para lançar as suas melhores cantadas reunidas num site aleatório cujo tema da matéria era “Top 10 melhores cantadas para nerds”? Não, infelizmente não é isso que você faz porque agora você está secretamente apaixonada pelo seu amigo, que sempre fora atraente e você só percebera isso agora.
— É o nosso cérebro viciado em toda essa dopamina — Em circunstâncias normais, não demoraria muito para vocês entrarem num debate acalorado sobre neurotransmissores e demais estruturas cerebrais, no entanto Johnny tinha saído da piscina através de um impulso excelente que fez na beirada dela, colocando as veias dos braços para jogo e mesmo estando um tanto quanto distante da cena, seus olhos pareceram adquirir visão biônica de repente, perpassando por todo corpo do Suh, incluindo a bermuda de cor escura que pingava no gramado do jardim, ele correu os olhos pelo ambiente, claramente procurando por você, entretanto você desviou o olhar do dele feito uma tola assim que ele te encontrou no meio de todos aqueles jovens, um tanto quanto animados como consequência do álcool ingerido.
— A gente vive se trombando na faculdade, mas eu nunca tive a oportunidade de conversar com você — Hendery começou, ao mesmo tempo que do canto do olho, você foi capaz de ver Johnny colocar apenas uma toalha com estampa de mapa sobre os ombros e andar em direção a vocês. O Suh sempre soube da sua quedinha pelo veterano, talvez desde o dia que vocês se conheceram depois dele te pedir o elástico de cabelo emprestado, mas vocês nunca destrincharam o assunto. Na verdade, você nunca sequer conversou sobre um garoto com Johnny, e ele também nunca te contou sobre as garotas com quem ficava, ainda que se ele tivesse relacionamentos breves, escondia muito bem, considerando que você nunca soubera de nenhum burburinho envolvendo o amigo e uma outra pessoa no sentido romântico da coisa — 'Cê tá afim de beber alguma coisa enquanto a gente conversa?
Hendery não era o tipo de pessoa bom de bebida, tempos atrás, rolava um boato de que ele havia bebido alguns copos de energético com vodka em uma festa qualquer, jogou algumas partidas de ping beer de forma alucinada e depois foi encontrado dormindo serenamente em um sofá com uma música explícita estralando nas caixas de som, na verdade, nem se tratava mais de um boato, considerando que o vídeo desse evento havia circulado por todo o campus em menos de uma semana. Logo, você sabia e grande parte da universidade fazia consciência de que Hendery estava atualmente num relacionamento sério com kombucha nas confraternizações universitárias.
Foi recordando desse fato universal que você percebeu tarde demais que Dery estava se propondo a fazer um sacrifício apenas para conversar com você, enquanto a única coisa que passava pela sua cabeça era no quanto Johnny estava demorando para chegar até vocês. Realmente, o timing do universo é sinistro.
— É, seria legal — Você concordou sem pensar, no momento exato que Johnny se colocou ao seu lado, num conflito interno se te cumprimentava com um abraço lateral e te molhava um pouco, ou se apenas te perguntava se queria beber alguma coisa, ele optou pelas duas opções, se intrometendo entre você e Hendery e falando por cima de todas as outras vozes alí presentes.
— 'Cê quer beber o que? — Você se encolheu com o braço repousado confortavelmente nos seus ombros, te cobrindo com a toalha estampada, nem olhou nos olhos do Suh para responder, porque se o fizesse, se daria conta da proximidade e o seu coração já batia muito descompassado — Só não bebe muito. Da última vez eu tive que ouvir você tagarelar sobre coisas inteligentes demais e ainda concordar com todas elas, mesmo sem fazer ideia do que você 'tava falando.
— Vocês são amigos? — Hendery perguntou, apontando para vocês dois.
— Não — Você prontamente respondeu.
— Sim — Johnny assentiu sem pensar duas vezes.
O Suh te olhou e você finalmente virou o rosto na direção dele, sua boca formando um “O” certinho enquanto pensava em como prosseguir com a resposta, divagando um pouco com a vontade imensa de afastar a mecha de cabelo molhada que provavelmente ocupava uma parte do campo de visão de Johnny.
— É claro que não! Eu e o Johnny? — Você riu um pouco sem graça — A gente não tem nada em comum.
— Ah, então você me acha fútil? — Johnny questionou, tirando o braço dos seus ombros e levando todo o calor embora, te fazendo abraçar os próprios braços desolados, um sorriso de desespero tomou conta da sua expressão, e num momento de reflexão você avaliou toda a situação na qual havia se metido. O cara que você gostou e o cara que você atualmente estava afim, ambos te propunham uma bebida, e é claro que a sua pessoa estava arruinando tudo como de costume.
— Não, John... Eu jamais te chamaria de superficial. A gente já conversou sobre isso, eu... — Você perdeu as palavras que estava planejando usar porque essa desculpa já era muito esfarrapada, desde sempre você tinha o pensamento em mente de que ninguém poderia saber que vocês eram amigos, por causa de uma maldita hierarquia social universitária que colocava uma barreira entre populares e introvertidos, no entanto, agora isso não tinha mas nexo e seria hipócrita da sua parte falar a respeito de um fato que não estava mais dentro da sua proposta de mundo ideal.
— É, Dery, a gente é amigo — Johnny afirmou com firmeza, e de uma hora para a outra, parecia que todos tinham se transformado em estátuas para observar quando Johnny capturou a sua mão. Erguendo os seus dedos entrelaçados com os dígitos longos dele na direção de um Dery intrigado — Talvez mais do que isso. Então, pode ir tirando esse seu cavalinho da chuva.
Você nem teve tempo para dizer alguma coisa em sua defesa, já que tão logo liberou a sua frase de efeito – diga-se de passagem – muito ameaçadora, Johnny conduziu sua versão atônita até o segundo piso da casa, abrindo a porta do seu quarto sem dar a mínima para os casais na fila dos “7 minutos no paraíso”. As luzes do cômodo estavam apagadas quando vocês adentraram nele, mas o abajur projetor de estrelas estava ligado e as estrelas neon coladas no teto também contribuíam para tornar o ambiente mais claro, coincidentemente os dois itens foram adicionados no carrinho de compras de Johnny assim que descobriu que você tinha o sonho de criança de se tornar uma pesquisadora da Nasa no futuro.
— O que diabos você tá fazendo, John? — Johnny não te respondeu, mas abriu as portas do armário no qual ele guardava seus casacos e expulsou de lá um casal muito próximo de realizar o coito sexual, e te puxou para dentro do ropero espaçoso, fazendo vocês dois se sentarem de pernas cruzadas um na frente do outro, os joelhos se tocando eventualmente e enviando descargas elétricas para todo o seu corpo descuidado. Você ergueu os olhos, agradecendo pelos pontinhos de luz que entravam pelas portas e batiam diretamente no peito nu do amigo, desprovido pela toalha que no trajeto até o quarto, escorregou dos ombros largos e por pouco não te fez tropeçar.
— Acho que preciso te confessar uma coisa — Ele não ousou elevar os olhos na sua direção, prosseguiu olhando para o carpete bege até quando ficou de joelhos para alcançar o bolso de um casaco bem ao seu lado, te fazendo ficar alguns centímetros de distância apenas do abdômen em forma. Assim que encontrou o que estava procurando, entregou o pedaço de papel cartão para você meio hesitante e voltou a sua posição inicial — Te trouxe pra cá porque não sei se consigo te dizer isso olhando nos seus olhos. Então, só tenta ler, tá?
— Johnny, o que... — Você procurou o celular no bolso da calça jeans para ativar a lanterna e entender o que estava escrito naquele papel de flashcard, num dos versos Johnny tinha anotado as equações mais cabeludas das aulas de exatas que vocês tinham em comum, enquanto no outro podia-se ler um “eu gosto de você” mais o seu nome numa caligrafia um tanto quanto errante, como se ele estivesse despejando seu nervosismo e incerteza na forma como escrevia aquelas palavras simples. Você procurou os olhos dele, mas era como se vocês tivessem trocado de personalidade por alguns instantes e dessa vez quem estava de cabeça baixa e evitando a todo custo contato visual era o Suh e não você.
— Johnny — Você pousou a palma quente em uma das coxas dele, imediatamente chamando sua atenção e fazendo com que você afastasse com carinho aquela mecha insistente do rosto dele — Eu também gosto de você, mas quer saber? Eu quero te beijar pela primeira vez olhando nos seus olhos de preferência.
Johnny não demorou mais do que 2 segundos para atender o seu pedido, te fazendo se sentar na beira da cama para poder segurar seu rosto com doçura e admirar as suas íris de pertinho, suas mãos acariciavam os antebraços alheios, os lábios curvados para cima num exemplo evidente de sorriso bobo.
— E por que você vem me dizer isso só agora? — Ele te perguntou feito um cachorrinho pidão, mas os seus olhos propagavam chamas de um fogo perigoso que você não se importava de se lançar sobre. Johnny pressionou os lábios nos seus, por hora apenas conhecendo o sabor e a textura dos lábios que ele fantasiava desde que te viu morder uma tampa de caneta por puro tédio — Tô te querendo há tanto tempo que pensei que fosse enlouquecer antes mesmo de te falar isso.
Johnny te beijou, realmente te beijou, invadindo a sua boca com a língua e te fazendo pousar as mãos na cintura delgada quando ele te fez se inclinar para trás. Você empurrou o corpo com os calcanhares em direção aos travesseiros para que pudesse se deitar na cama e Johnny pudesse se acomodar bem em cima de você. Ele escorregou a mão atrevida e exploratória pela lateral do seu corpo, segurando sua coxa e fazendo-a envolver uma de suas pernas ao redor dele, friccionando seus íntimos de forma suave, mas aparente o suficiente para você arfar baixo na boca do Suh.
— Posso te fazer ver estrelas senhorita futura pesquisadora da Nasa? — Johnny questionou com um ar abobalhado assim que desuniu os lábios dos seus, o cabelo molhado bagunçado e um sorriso insolente adornando as linhas do seu rosto perfeito.
Você segurou o queixo dele enquanto a mão vazia permanecia na sua cintura, e proferiu, soando tão brincalhona quanto o homem despido do cós ao peitoral sobre você – que no momento adentrava sua camiseta com a palma grande e vertiginosa como se aquele fosse um caminho habitual.
— Você faz muitas perguntas pro meu gosto, Johnny Suh.
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xexyromero · 7 months
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oii xexy! me deparei com seus headcanons há pouquíssimo tempo e já devo ter lido todos, de tão maravilhosos que são! pelo fato de que eu gostei tanto dos headcanons que li, pensei em pedir uns também! queria saber se você poderia escrever como seria os meninos namorando uma brasileira belíssima, assim, um mulherão mesmo, dessas que chama toda a atenção em cada lugar que pisa. sei que essa ideia é bem fraquinha, mas acho que seria uma coisa interessante de se ler, sei lá! (confesso que também estava pensando muito em como seria ser uma brasileira trabalhando com os meninos no ‘a sociedade da neve’, mas acho que isso é papo pra outro dia) é isso amg, obrigada desde já! 💛
wn: oiiiiii! demorei mas finalmente cheguei no seu headcanon <3 espero que você goste, viu?
meninos do cast x namorada brasileira
fem!reader headcanon
tw: nenhum :)
enzo:
fã número 1 do cinema brasileiro e, além de pedir recomendação de filmes, gosta de assistir junto com você. começou a ser mais sensível e atento a artistas plásticos e fotógrafos brasileiros também, por sua influência. 
gosta de saber de histórias e vivências suas no seu país de origem - acha sua bagagem cultural incrível. e também acha interessante a vivência de outro país da américa latina. 
atraído sim pela sua inteligência, mas pela sua beleza também. 
inclusive, é um bocado ciumento dos olhares que você atrai na rua, mas tenta não deixar isso impedir de nada e nem criar uma situação chata entre vocês. 
acha seu sotaque absolutamente adorável mas não em tom de provocação, em tom de adoração mesmo. leva a mão ao coração e aperta os olhinhos sempre que te escuta soltar uma palavra ou outra em português. 
agustin:
desde o primeiro momento que te conheceu e soube que você era brasileira, quis viajar o brasil com você. 
inclusive, a primeira viagem de casal que organizaram foi pelo litoral do nordeste. 
vai, inclusive, postar foto sua de bíquini em toda a rede social que possa postar. não é do ciúme em relação a isso. que sorte a dele ter uma mulher bonita como você ao lado (e vai deixar o mundo saber disso). 
ponto importante: acha vocês dois o casal mais bonito do mundo e sente muito orgulho em te exibir por aí. 
adora música brasileira em especial jorge ben jor e bossa nova! não entende nada de nada, mas cantarola e te faz dançar sempre que possível. 
fran:
adora ouvir você falando português e sempre que possível pede que só fale na língua materna - mesmo que ele não entenda nada de nada. 
(baixou o duolingo e está se esforçando pra aprender o máximo de frases e palavras a fim de que consigam se comunicar em pt - não te contou ainda porque quer que seja surpresa.)
muito curioso sobre a culinária brasileira principalmente no que se refere à guloseima e salgadinho. gosta de experimentar tudo e te levar em restaurantes e mercados brasileiros em buenos aires. 
completamente admirado pelo seu cabelo e pele - foi inclusive um dos primeiros pontos que fez ele conversar com você. fofo. 
você o pega te olhando com admiração, distraído, de vez em quando. 
mati:
fez e faz todas as piadas possíveis do mundo envolvendo a rivalidade brasil x argentina começando pelo futebol e ampliando para todos os outros aspectos possíveis. 
claro, fica do lado da argentina. diz que a única coisa boa que saiu do brasil foi você. 
não gosta dos olhares que você recebe e tende a fazer muita cara feia pra curiosos na rua. acha um saco. 
pede pra você cozinhar coisas típicas do seu país, mesmo que você não saiba. te estimula a aprender e tenta junto com você. as tardes na cozinha são sempre muito divertidas. 
é implicante com seu sotaque e vai sim, sempre que possível, repetir quarenta vezes algo que você sem querer falou “errado” em espanhol. 
kuku:
tem datas e feriados brasileiros anotados na agenda e calendário para lembrar de não esquecer e comemorar com você. 
sabe que ficar longe de casa é complicado, e tenta sempre que possível minimizar sua saudade.
aprende algumas palavras chave em português para participar das chamadas de vídeo com sua família. 
fica sem jeito com os olhares que te dão na rua, mas fica feliz em saber que, no final, quem segura sua mão é ele. 
tentou todo orgulhoso fazer um pão de queijo artesanal pra você e falhou miseravelmente por falta de ingredientes. comprou um congelado, disse que foi ele, vocês riram e ficou por isso mesmo.
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hyunjungjae · 3 months
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Boa noite só vi o especial agora,se ainda tiver valendo,pode escrever algo com o taeyong?se já tiver acabado desculpa e você pode ignorar.obrigado
Lee Taeyong
em…
‘Princess Treatment’
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Eu tava pensando akir comigo, sobre o princess treatment do tae, pra sair mais fácil e mais rápido, vou fazer um hc<3
o princess treatment do Taeyong é completo
ele tem dinheiro e gostar de gastar todinho com você
te leva no shopping, nas lojas caras, opina suas roupas para te ajudar a escolher, toda sexta-feira os dois estão no seu restaurante preferido, ou à procura de novos restaurantes, mas sempre estão juntos
quando faz compras, gosta de carregar as sacolas pra você, diz que a mulher dele não pode carregar peso
no teu guarda-roupa devem ter 30 blusas dele, já que quando ainda não namoravam, ele gostava de emprestar as blusas dele pra ti, para que você sentisse o cheirinho dele, quando ele não estivesse por perto. 
digo quando ainda não namoravam, porque desde que assumiram algo, difícil são as vezes que estão cada um na sua casa
taeyong seeeempre te chama pra ir na casa dele, ou te deixa em casa e aproveita pra dormir contigo, bem grudento msm
vida de casados mesmo sem estarem casados. 
a partir do momento em que começaram a namorar, você se torna a coisa mais importante pra ele
a partir do primeiro ano de namoro, o Lee começa a planejar o casamento de vocês, porque sabe que você é a garota certa pra ele.
te elogia demais, você pode estar toda acabada, xoxa, capenga ele ainda vai te olhar, sorrir e dizer “você é a mulher mais linda do mundo, como pode?” te abraça e te enche de beijinhos, sempre arrancando um sorrisinho teu.
faz questão de te buscar e te deixar em todo lugar que for
se por algum motivo ele estiver sem o carro dele, o uber é no cartão dele, que ele mesmo cadastrou no teu celular
ta chovendo? não se preocupa, porque antes de você sair de casa, o tae colocou um guarda-chuva na sua bolsa
absolutamente todos os apps de loja que você tem no celular, todos tem o cartão do tae cadastrado
mulher do tae só usa grife, presentes caríssimos toda semana, ele gasta sem medo mesmooooo!!
tem um medo gigante de fazer merda e te deixar triste, então tá sempre tentando te agradar mesmo nas menores coisas.
nsfw!!
no sexo ele sempre atende os teus pedidos, se você pedir para ser tratada como uma puta, você que aguarde. 
gosta muito de um oral, principalmente se isso fizer a garotinha dele gozar repetidamente
e meu deus!! uma das coisas que ele mais ama é te deixar de perninhas bambas, boba, tão boba ao ponto de não conseguir raciocinar direito
limpa a babinha que escorre pelo canto de sua boca, dizendo “peguei muito pesado com a minha princesinha hoje?”
“mas você gosta, não gosta?”
mesmo que esteja boba, ainda balança a cabeça que ‘sim’
te dá um aftersex care maravilhoso, te carrega no colo, lava seu corpinho todo, até mesmo lava seu cabelo, faz seu skincare…pse mulher!!!
“mô…você é tão perfeito que nem parece real…” você diz totalmente relaxada no banho
“só pra você, minha vida” deposita um beijinho na sua bochecha.
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