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#salve as comunidades da amazônia
ambientalmercantil · 3 months
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richardanarchist · 4 years
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Assine este apelo urgente do Sebastião Salgado:"Ao Presidente do Brasil e aos Líderes do Legislativo e Judiciário: Os povos indígenas do Brasil enfrentam uma grave ameaça à sua própria sobrevivência com o surgimento da pandemia do Covid-19. Há cinco séculos, esses grupos étnicos foram dizimados por doenças trazidas pelos colonizadores europeus. Ao longo do tempo, sucessivas crises epidemiológicas exterminaram a maioria de suas populações. Hoje, com esse novo flagelo se disseminando rapidamente por todo o Brasil, comunidades nativas, algumas vivendo de forma isolada na Bacia Amazônica, poderão ser completamente eliminadas, desprovidas de qualquer defesa contra o coronavírus.. Sua situação é duplamente crítica, porque os territórios reconhecidos para uso exclusivo de populações autóctones estão sendo ilegalmente invadidos por garimpeiros, madeireiros e grileiros. Essas operações ilícitas se aceleraram nas últimas semanas, porque as autoridades brasileiras responsáveis pelo resguardo dessas áreas foram imobilizadas pela pandemia. Sem nenhuma proteção contra esse vírus altamente contagioso, os índios sofrem um risco real de genocídio, por meio de contaminações provocadas por invasores ilegais em suas terras. Diante da urgência e da seriedade dessa crise, como amigos do Brasil e admiradores de seu espírito, cultura, beleza, democracia e biodiversidade, apelamos ao Presidente da República, Sua Excelência Sr. Jair Bolsonaro, e aos líderes do Congresso e do Judiciário a adotarem medidas imediatas para proteger as populações indígenas do país contra esse vírus devastador. Esses povos são parte da extraordinária história de nossa espécie. Seu desaparecimento seria uma grande tragédia para o Brasil e uma imensa perda para a humanidade. Não há tempo a perder.." -------------- Mais Informações: Genocídio -- essa é a palavra sendo usada para descrever o destino dos grupos indígenas na Amazônia brasileira se a Covid-19 chegar até eles. Agora, o famoso fotógrafo Sebastião Salgado lançou esta campanha para protegê-los.
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Gisele Bündchen celebra 40 anos plantando 40 mil árvores na Amazônia
Gisele Bündchen é mundialmente conhecida pela sua carreira de modelo e também por ser uma defensora de causas sociais ligadas a natureza, além de ser embaixadora da boa vontade para o meio ambiente pela ONU. Para celebrar os seus 40 anos de idade, que comemora nesta segunda-feira (20), Gisele irá retribuir e agradecer por mais um ano de vida com o plantio de 40 mil árvores na Amazônia Legal.
“Aniversário é um dia especial e em tempos normais nos reunimos com as pessoas que amamos para celebrar. Mas neste ano, em que comemoro 40 anos, tenho refletido muito sobre tudo que está acontecendo e como posso fazer a minha parte para ajudar. Quero retribuir de alguma maneira e agradecer a Mãe Terra por tornar a vida possível. Já avisei minha família e amigos que se quiserem me presentear, por favor, me ajudem a plantar mais árvores”, conta Gisele.
O Instituto Socioambiental (ISA) e a Rede de Sementes do Xingu (ARSX), com os quais Gisele construiu uma história no passado, ajudarão na missão. Os plantios serão realizados com uma mistura de sementes nativas, chamada de “Muvuca” – trata-se de uma técnica de semeadura direta em um solo bem preparado e que é composta por sementes que variam de acordo com o bioma de cada região.
A técnica é utilizada há milênios pelos indígenas e comunidades tradicionais do Xingu e por outros povos indígenas de todo o mundo.
As árvores serão plantadas em áreas na região das bacias do Rio Xingu e Araguaia. Vale destacar que somente o Rio Xingu conta com 22.500 nascentes e cerca de 150 mil hectares de matas de beira de rio estão degradados.
“A minha relação com o Xingu começou em 2004, quando visitei pela primeira vez uma aldeia indígena, pois queria entender como aquelas comunidades viviam da natureza. Foi neste momento que vi de perto os problemas que eles vinham enfrentando devido ao desmatamento e à poluição dos rios e senti que precisava fazer algo para ajudar. Desde então, tenho trabalhado em causas para preservação da natureza”, complementa.
A ocasião também marca o lançamento da plataforma para doação em celebração ao seu aniversário “Viva a Vida“, que convida as pessoas a plantarem um futuro melhor. Até o momento já foram doadas 160 mil árvores.
A plataforma foi desenvolvida em parceria com a Doare.
Parceria de longa data
O primeiro projeto ambiental que recebeu o apoio de Gisele, em 2006, foi “Y Ikatu Xingu – Salve a Água Boa do Xingu”, liderada pelo ISA – Instituto Socioambiental. Foi um movimento de responsabilidade socioambiental compartilhada que envolveu pequenos, médios e grandes produtores rurais, indígenas, pesquisadores, organizações da sociedade civil e municípios da região das cabeceiras do rio Xingu, no Mato Grosso, com o objetivo de recuperar e conservar as nascentes e matas de beira de rio.
“Y Ikatu Xingu” gerou muitos frutos e, em 2007, nasceu a “Rede de Sementes do Xingu”, que será a responsável pela manipulação das sementes que serão utilizadas no plantio das 40 mil árvores doadas por Gisele e das demais arrecadadas na ação que ela criou – “Viva a Vida”.
A coleta das sementes é feita por indígenas, agricultores familiares e coletores urbanos, em sua maioria mulheres. São 568 pessoas com profundo conhecimento da mata que realizam um trabalho cuidadoso de reunir as sementes, beneficiá-las para o plantio e garantir uma fonte de renda. Nesses 13 anos, mais de R﹩ 4 milhões foram repassados diretamente para as comunidades.
Também nesse período, a iniciativa já recuperou mais de 6,6 mil hectares de áreas degradadas na região da Bacia do Rio Xingu e Araguaia e outras regiões de Cerrado e Amazônia. O trabalho, inclusive foi vencedor do Ashden Awards 2020, um dos principais prêmios para soluções climáticas no mundo.
Todo este trabalho realizado ao longo de anos fez com que a “Rede de Sementes do Xingu” se consolidasse como referência na produção e manejo de sementes nativas, além de gerar renda para as comunidades de entorno.
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pedroooliveira · 4 years
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IPAM PROMOVE SEMINÁRIO ONLINE SÓ COM JORNALISTAS PARA TRATAR DE INCÊNDIOS NA AMAZÔNIA
Mais de 85% da Floresta Amazônica são preservados
Há um movimento de denúncias contra a conservação da Floresta Amazônica, aparentemente orquestrado por organizações não governamentais que perderam o poder na região. Parece ser oportunista,  devido a chegada do verão amazônico onde se aumenta as denúncias de áreas devastadas e focos de incêndio. O ano passado, com a chegada do governo Bolsonaro, a Amazônia viveu um dos piores momentos na mídia, causado por notícias de muitos por incêndios, muitos deles criminosos,  provocados estrategicamente para desgastar o governo brasileiro junto a comunidade internacional.
Com a volta do verão amazônico, esse movimento das ONGs voltou,   apesar das providências  tomadas pelo governo brasileiro, que decidiu colocar o Exército a frente das fiscalizações, comandado pelo Vice-Presidente da República, General Hamilton Mourão. O General Mourão  é um dos maiores conhecedores da selva amazônica. Ele comandou  batalhões do Exército  em toda região durante muitos anos.  Usando a mídia formal, em franca oposição ao governo Bolsonaro, essas ONGs não tem dificuldade de espalhar más notícias, causando terror e indignação na população desavisada. O que essas organizações querem é exatamente causar insegurança, produzir denúncias e desestabilizar.
As denúncias são as mesmas, usando-se imagens repetidas de anos anteriores. Seja de incêndios, seja de desmatamento. E os argumentos também são os mesmos: seca, desmatamento, garimpos e, o maior de todos, apesar de desmentidos constantes por especialistas, “Amazônia, o pulmão do mundo está em risco” e  o  clássico: as  “mudanças climáticas”. Os autores das denúncias, claro, são os mesmos: instituições financiadas  sabe-se lá por quem, mas de alcance internacional.
O movimento parece tão organizado que o IPAM vai realizar na quarta-feira (29) um seminário online só para jornalistas. O tema será  sobre o fogo na Amazônia, com a Diretora de Ciência do instituto, Ane Alencar(foto a esquerda). Formada no Pará, mas com mestrado em Boston e Doutorado na Flórida.  Seu principal foco de pesquisa é entender o “aumento dos incêndios florestais na Amazônia brasileira”. 
O Green Peace,  que lidera uma campanha de pedidos de doações para que as pessoas doem dinheiro para ajudar a “preservar a Amazônia”,  está fazendo uma nova divulgação para que se salve  a  Ituna-Itatá, uma terra indígena. Para esta ONG, “ é a ponta do iceberg de um cenário que se alastra por muitos territórios na região. Ituna-Itatá tem 94% de sua extensão garantida para fazendeiros e apresentando roubo de madeira.” Vale lembrar que muitas tribos da Amazônia tem reservas que são maiores do que o Rio de Janeiro, por exemplo, e não chegam a ter 500 índios em sua tribo. São quilômetros matas intocadas. Bom lembrar também que a forma de subsistência do índio, é peculiar. Em geral, depois de duas safras, ele transfere as tribos para outro local para desmatar e plantar. Em algumas oportunidades eles mesmos colocam fogo na mata.
Como as ONGs chegam aos  números de desmatamento que divulgam, ainda é um mistério. São sempre impactantes.  Além da destruição das florestas, denunciam a invasão de terras indígenas,  que “ coloca espécies da fauna e flora do Brasil em risco de extinção.”  São argumentos repetidos que pegam as pessoas de boa índole, que acreditam em tudo que falam. Essa ONG costuma a fazer protestos escandalosos, exagerados e que podem atá colocar pessoas em risco, como fizeram numa usina nuclear na França, no ano passado.  Um grupo que se mostra em defesa da floresta, mas que são os primeiros a denegrirem a imagem do Brasil no Exterior, estimulando ações como a tomada internacional da Amazônia, como assistimos no ano passado.
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naoefakemasenews · 6 years
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ERNESTO ARAUJO - EUROPA VAZIA IMAGINA A  CABEÇA DELE
Para futuro chanceler, Europa significa “um espaço culturalmente vazio” Textos acadêmicos escritos pelo futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araujo, passaram a circular pela comunidade diplomática em Bruxelas nesta quinta-feira, 15, deixando autoridades da UE preocupadas com a postura que o novo governo brasileiro adotará em relação aos europeus. Num deles, o novo ministro diz que a Europa significa hoje “apenas um conceito burocrático e um espaço culturalmente vazio regido por “valores abstratos”. Suas críticas foram publicadas nos Cadernos de Política Exterior do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), no segundo semestre de 2017. No texto, ele sai em defesa das políticas de Donald Trump e seu papel em “salvar” o Ocidente. No Parlamento Europeu, a notícia sobre o novo ministro também foi recebida com “cautela”. Nos bastidores da Comissão Europeia, o Estado apurou que a escolha do novo chanceler foi recebida como uma confirmação de que o governo brasileiro buscará uma aliança estratégica com os EUA. Diante da vitória de Bolsonaro, Bruxelas passou a tentar avançar nas negociações para a criação de um acordo comercial com o Brasil, antes do final do governo de Michel Temer. Oficialmente, porém, a ordem é a de mostrar o compromisso com Brasília. “A UE e o Brasil têm uma parceria de longa data na esfera internacional em muitas áreas, tais como paz e segurança, comércio, ciência e tecnologia, energia, clima e direitos humanos”, indicou a Comissão em um comunicado. “Não prejulgamos as ações que o futuro ministro de Relações Exteriores tomará uma vez no trabalho e trabalharemos para fortalecer nossa parceria com o novo governo”, declarou. Mas trechos de seu texto chamaram a atenção nos corredores em Bruxelas, principalmente diante das críticas em relação à construção da UE. Nele, o futuro chanceler aponta que “a fundação da União Europeia anulou, pasteurizou todo o passado”. “Os europeus de hoje podem até estudar sua história, mas não a vivem como um destino, muito menos a celebram, nem a entendem como “sua”, não veem nela um sentido nem um chamado”, escreveu. “É interessante ler lado a lado os historiadores europeus que escrevem hoje sobre a Grécia e Roma, por exemplo, ou sobre qualquer outro assunto, e aqueles que escreviam no século XIX, antes do grande cataclisma, da grande desnacionalização do Ocidente a partir da 1ª Guerra”, disse. “Aqueles de então viam-se claramente dentro da história que contavam, participavam, falavam com a paixão e o empenho de quem sente, de quem conhece as pessoas de que fala, eram íntimos de Péricles e Godofredo de Bulhões”, apontou. “Os de hoje escrevem uma história fria, seus personagens não têm vida, são meras figuras esquemáticas, parece que estão escrevendo história por obrigação, nenhum sentimento do destino ou do mistério os conduz não têm imaginação, não conseguem ver-se a si mesmos empunhando uma lança na falange macedônia ou içando as velas na Santa Maria”, destacou. “Já os historiadores norte-americanos de hoje – pelo menos alguns deles, os que escrevem para o grande público e não para a academia – parecem-se àqueles europeus do século 19, pois ainda contam a história americana como uma história de carne e osso, uma história que consegue comunicar o presente com o passado”, comparou. “A Europa pós-moderna – junto com os Estados Unidos que, até Obama, cada vez mais se assemelhavam à Europa – viviam ultimamente numa espécie de tanque de isolamento histórico, viviam já fora da história, depois da história, num estado de espírito (ou falta de espírito) onde o passado é um território estranho”, escreveu. “Os europeus de hoje não sentem mais que façam parte da mesma história que seus antepassados, como sentiam até o começo do século XX”, disse. “Já não se percebem como atores do mesmo drama que colocou em cena os cretenses e seu minotauro, os aqueus às portas de Troia, Eneias caindo de joelhos ao entender que o Lácio era sua terra prometida (salve fatis mihi debita tellus), Salamina e as Termópilas, Alexandre em busca da imortalidade, Aníbal com seus elefantes às portas de Roma, as legiões chegando à Lusitânia e maravilhando?se ao contemplar pela primeira vez as ondas majestosas do Atlântico, o logos de Heráclito e o logos de São João, São Paulo pregando o Cristo-Deus, o sonho de Constantino, a conversão dos germanos e a conversão dos vikings, a cruzada dos barões e a dos eremitas, São Francisco com os passarinhos ao ombro, Percival e o Rei Artur, a partida das caravelas, as teses de Lutero, a Bastilha e a Vendeia, Napoleão batido pelo inverno, Lourdes e Fátima, Sédan e Verdun, Omaha Beach”, escreveu. “Nada disso significa mais nada para um europeu – é como se ele houvesse deixado o palco e sentado?se na plateia, “já não é comigo”, apontou o futuro chanceler. “Só quem ainda leva a sério a história do Ocidente, só quem continua sendo ator e não mero espectador, são os norte-americanos, ou pelo menos alguns norte-americanos. Hoje, é muito mais fácil encontrar um ocidentalista convicto no Kansas ou em Idaho do que em Paris ou Berlim”, completou. Pressão extra Entre pessoas próximas à Comissão, os comentários do futuro chanceler podem representar uma pressão extra sobre a UE, que já sofre uma cobrança por parte sociedade civil e deputados para que o acordo com o Mercosul seja suspenso. Em nome de parlamentares de partidos socialistas, o francês Emmanuel Maurel emitiu na semana passada uma carta para a Comissão Europeia cobrando uma suspensão do diálogo com o Mercosul. “A Comissão sempre diz que os acordos de parceria da UE são baseados em valores democráticos, humanistas e progressivos”, escreveu. “Bolsonaro representa o polo oposto de todos esses princípios básicos”, acusou. “Os discursos dele (Bolsonaro), abertamente contra mulheres, homossexuais, pretos e populações nativas, sua política com base na força militar, suas gangues armadas intimidando, agindo de forma volta e assassinatos, suas declarações sobre a saída do Brasil do Acordo de Paris e a abertura da Amazônia para a agricultura são incompatíveis, ao meu ver e na visão dos democratas, com os valores da UE”, declarou. “Quando é que a Comissão anunciará a total paralisação das negociações com o Mercosul?”, cobrou o deputado. “Ela vai declarar que, dada a situação, não haverá uma negociação separada com o Brasil?”, atacou. Minutas da reunião mantida na última sexta-feira entre os ministros europeus de Comércio ainda revelam a pressão feita pelas ONGs europeias do setor de proteção animal contra o acordo. “Sob as atuais condições do Brasil, sinais relacionada com a sociedade civil e a vontade política para cooperar são claramente negativas e, portanto, acreditamos que a UE não deve entrar em um compromisso de longo prazo com o Brasil, salvo se souber quais são as reais intenções do novo governo”, indicou a minuta do encontro, citando as ONGs. “Precisamos de tempo para saber para onde o Brasil irá”, declararam.
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Para o futuro chanceler, a Europa já se tornou “um espaço culturalmente vazio”
 Textos acadêmicos escritos pelo futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, passaram a circular pela comunidade diplomática em Bruxelas nesta quinta-feira, 15, deixando autoridades da União Europeia preocupados com a postura que o novo governo brasileiro adotará em relação aos europeus. Num desses textos, o novo ministro diz que a Europa significa hoje “apenas um conceito burocrático e um espaço culturalmente vazio regido por ‘valores’ abstratos”.
Suas críticas foram publicadas nos Cadernos de Política Exterior, do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), no segundo semestre de 2017. No texto, o futuro ministro indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro sai em defesa das políticas de Donald Trump e seu papel em “salvar” o Ocidente. No Parlamento Europeu, a notícia sobre o novo ministro também foi recebida com “cautela”.
ALIANÇA COM EUA
Nos bastidores da Comissão Europeia, o Estado apurou que a escolha do novo chanceler foi recebida como uma confirmação de que o governo brasileiro buscará uma aliança estratégica com os Estados Unidos. Diante da vitória de Bolsonaro, Bruxelas passou a tentar avançar nas negociações para a criação de um acordo comercial com o Brasil, antes do final do governo de Michel Temer.
Oficialmente, porém, a ordem é a de mostrar o compromisso com Brasília. “A UE e o Brasil tem uma parceria de longa data na esfera internacional em muitas áreas, tais como paz e segurança, comércio, ciência e tecnologia, energia, clima e direitos humanos”, indicou a Comissão em um comunicado. “Não prejulgamos as ações que o futuro ministro de Relações Exteriores tomará uma vez no trabalho e trabalharemos para fortalecer nossa parceria com o novo governo”, declarou.
Mas trechos de seu texto chamaram a atenção nos corredores em Bruxelas, principalmente diante das críticas em relação à construção da UE. Nele, o futuro chanceler aponta que “a fundação da União Europeia anulou, pasteurizou todo o passado”.
SEM HISTÓRIA?
“Os europeus de hoje podem até estudar sua história, mas não a vivem como um destino, muito menos a celebram, nem a entendem como ‘sua’, não veem nela um sentido nem um chamado”, escreveu Araújo.
“É interessante ler lado a lado os historiadores europeus que escrevem hoje sobre a Grécia e Roma, por exemplo, ou sobre qualquer outro assunto, e aqueles que escreviam no Século XIX, antes do grande cataclisma, da grande desnacionalização do Ocidente a partir da Primeira Guerra”, disse. “Aqueles de então viam‐se claramente dentro da História que contavam, participavam, falavam com a paixão e o empenho de quem sente, de quem conhece as pessoas de que fala, eram íntimos de Péricles e Godofredo de Bulhões”, apontou.
“Os de hoje escrevem uma história fria, seus personagens não têm vida, são meras figuras esquemáticas, parece que estão escrevendo história por obrigação, nenhum sentimento do destino ou do mistério os conduz, não têm imaginação, não conseguem ver‐se a si mesmos empunhando uma lança na falange macedônia ou içando as velas na Santa Maria”, destacou o futuro ministro.
NOS ESTADOS UNIDOS
“Já os historiadores norte‐americanos de hoje – pelo menos alguns deles, os que escrevem para o grande público e não para a academia – parecem‐se àqueles europeus do século XIX, pois ainda contam a história americana como uma história de carne e osso, uma história que consegue comunicar o presente com o passado”, comparou.
“A Europa pós‐moderna – junto com os Estados Unidos que, até Obama, cada vez mais se assemelhavam à Europa – viviam ultimamente numa espécie de tanque de isolamento histórico, viviam já fora da história, depois da história, num estado de espírito (ou falta de espírito) onde o passado é um território estranho”, escreveu.
ANTEPASSADOS
“Os europeus de hoje não sentem mais que façam parte da mesma história que seus antepassados, como sentiam até o começo do século XX”, disse.
“Já não se percebem como atores do mesmo drama que colocou em cena os cretenses e seu minotauro, os aqueus às portas de Troia, Eneias caindo de joelhos ao entender que o Lácio era sua terra prometida (salve fatis mihi debita tellus), Salamina e as Termópilas, Alexandre em busca da imortalidade, Aníbal com seus elefantes às portas de Roma, as legiões chegando à Lusitânia e maravilhando‐se ao contemplar pela primeira vez as ondas majestosas do Atlântico”, escreveu.
“Nada disso significa mais nada para um europeu – é como se ele houvesse deixado o palco e sentado‐se na plateia, ‘já não é comigo’”, apontou o futuro chanceler. “Só quem ainda leva a sério a história do Ocidente, só quem continua sendo ator e não mero espectador, são os norte‐americanos, ou pelo menos alguns norte‐americanos. Hoje, é muito mais fácil encontrar um ocidentalista convicto no Kansas ou em Idaho do que em Paris ou Berlim”, completou.
NOTA
Sinceramente, o futuro chanceler está na carreira errada. Não tem a menor vocação para Diplomacia, mas revela invulgar talento para a Sociologia.  Deveria trabalhar no Instituto FHC, para cultuar mais à vontade seu americanismo, que domina o seu ego como se fosse uma espécie de furor uterino intelectual.
 ·         Chanceler indicado por Bolsonaro é alvo de piadas no exterior
 A repercussão internacional à nomeação do diplomata Ernesto Araújo para o cargo de ministro das Relações Exteriores não poderia ter sido pior. Ridicularizado até na mídia conservadora norte-americana por afirmar que o nazismo seria um movimento de esquerda, Araújo foi motivo de piada na edição desta sexta-feira do The Guardian, o jornal de maiores credibilidade e circulação no Reino Unido.
Sob o título é: “Novo ministro das Relações Exteriores do Brasil acredita que mudança climática é uma trama marxista”, o Guardian afirma que o chanceler indicado, “até recentemente um funcionário de nível médio que escreve sobre a ‘criminalização’ da carne vermelha, petróleo e sexo heterossexual – se tornará o principal diplomata do maior país da América do Sul”.
 ‘Dogma’
Araújo representará “200 milhões de pessoas e a maior e mais biodiversa floresta da Terra, a Amazônia. Sua nomeação, confirmada por Bolsonaro na quarta-feira, deve causar um arrepio no movimento climático global”, afirma reportagem do diário britânico.
O Guardian assinala, ainda, que o Brasil foi onde a comunidade internacional se reuniu pela primeira vez em 1992 para discutir reduções nas emissões de gases de efeito estufa. Se não bastasse, os diplomatas brasileiros vinham desempenhado um papel crucial na redução das distâncias entre nações ricas e pobres, particularmente durante a construção do acordo de Paris em 2015.
“Mas quando o novo governo tomar o poder em janeiro, o Ministério das Relações Exteriores que lidera esse trabalho será encabeçado por um homem que afirma que a ciência do clima é meramente ‘dogma'”, acrescentou.
 Nazismo
Na esteira da discussão sobre o crescimento mundial dos movimentos lastreados no ideário nazista, e muitos deles apoiam o governo recém-eleito no Brasil, a glorificação da ideologia que levou a Alemanha à II Grande Guerra tem ocasionado perigosas consequências na forma de conflitos internos. O ponto de vista é do senador Andrei Klishas, chefe do Comitê Legislativo do Conselho da Federação da Rússia.
Na véspera, o Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU adotou o projeto de resolução, sugerido por uma série de países, incluindo a Rússia, contra a glorificação do nazismo. Na votação, 130 países foram a favor, 51 se abstiveram e apenas dois votaram contra — os Estados Unidos e a Ucrânia.
— Não é segredo que a glorificação do nazismo, infelizmente, tem lugar em uma série de governos atualmente, podendo ocasionar perigosas consequências na forma de conflitos internos. A história mundial conhece outros exemplos de consequências extremamente negativas da manifestação dos ideais nazistas, que levaram muitas vezes ao genocídio, sendo um dos casos mais sangrentos o de Ruanda em 1994 — afirmou Klishas à agência russa de notícias Sputnik.
 Flerte
Segundo ele, a recusa dos Estados Unidos e da Ucrânia a apoiar a resolução da ONU contra a glorificação do nazismo demonstra que eles não desejam aderir aos “princípios e ideais fundamentais da moderna ordem mundial”.
— O fato de alguns países terem esquecido lições históricas pode ter consequências duradouras, especialmente em política interna. Flerte com ideais nazistas nunca dá bons resultados — disse Klishas.
O senador afirmou que no sistema de relações internacionais, não há consenso completo sobre o problema da glorificação do nazismo. Alguns países tentam reabilitar ideias que causaram muitos conflitos sangrentos no passado para usá-las com interesses políticos.
 Fonte: Agencia Estado/Correio do Brasil
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