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tigerwxrrior · 4 years
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Se tivesse alguém para ouvir, o que Qi Liang falaria era óbvio: eu avisei. Achava a ideia de uma excursão no momento em que Aether se encontrava uma ideia terrivelmente burra por parte do diretor, e a cena de horror no jardim, cheio de aprendizes confusos e feridos era prova irrefutável de que estava certo. Os argumentos de Merlin? Caíram por terra. Pessoalmente, o Narrador tinha finalmente dado uma folga ao chinês, poupando-o de avarias maiores do que alguns hematomas e ficar encharcado — não por muito tempo, se o vapor d’água subindo do corpo servia de indicação. — O seu... Sapato? Você tá falando sério? — Ele sequer conseguia soar irritado, tão embasbacado que estava. Cercados de pessoas com os tímpanos estourados e ossos quebrados e pulmões cheios de água essa era a preocupação dela? Seria esta sua cruz para carregar? — Calliope, tem gente que ‘tá morrendo aqui.
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Cercada pelos cristais que caíram de seu colar rompido assim que chegou nos jardins de Aether, várias estruturas pontiagudas protegiam a princesa, que repousava sem entender muito bem o que tinha acontecido. Aquela era uma situação completamente fora de seu controle, logo, não sabia como reagir ao mais puro caos de ser arrastada por correntes e passar por um teletransporte súbito. Parecia estar em seu estado normal  — meio molhado, mas bem —, entretanto, percebeu o que estava errado ao olhar para os seus pés: sem um dos pares de seu sapato, Calliope deu uma risada sem humor. —— Eu perdi meu sapato! —— Ela disse, encarando o pé descalço. Precisava realmente de apoio agora. —— Você viu meu sapatinho? Eu não posso sair daqui sem ele.
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tigerwxrrior · 4 years
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zanedetaubate​:
‘ Eu não vou ligar pra sua mãe pra avisar nada não. O Merlin tem de ligar e contar a novidade pra ela porque tu bem sabe que a culpa vai ser dele. Eu tô liberado porque vou passar meu aniversário nesse lugar infernal. ’ Estava às vésperas de seu aniversário e iria realmente ter de se contentar em passá-lo em Oz? Uma verdadeira porcaria! ‘ Eu na real nem sei o que eu quero fazer, assim. Cê foi o primeiro nome que veio na cabeça pra falar mal desse lugar, ou só ficar de bobeira mesmo. ’ E por mais que Melena fosse, na verdade, a principal escolha por possuir uma dissertação falando mal de Oz, deixara-a com Njord ao falar que depois se falavam. Sua amizade com o Westergaard havia, realmente, acabado. Depois de todos os acontecimentos na maldição do sono, não havia como Zane permanecer ao lado do outro, entretanto, Melena havia lhe explicado em uma discussão que não havia como se separar do imrense. “somos farinha do mesmo saco, Zane!” ela dissera em sua argumentação. E, decerto, Njord estivera ao lado de Upland desde muito antes dele aparecer em sua vida. Ficara feliz? Não. Para ele não parecia certo um amigo chantagear o outro — e se Hugo ou Qi Liang fizesse tal coisa consigo, era certo que jamais olhasse na cara de ambos pela eternidade —, conquanto, apenas Melena sabia sobre aquela amizade. ‘ Sei lá, esse lugar não me agrada, sabe? Não sei se é só eu, mas… Eu fico tenso, tá ligado? Não sei se é só coisa minha, mas… ’ E esperava que Qi Liang compreendesse. No geral, mais do que qualquer um, o outro sabia o que queria dizer com aquilo.  
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A sinceridade alheia fez uma onda de alívio vir sobre o chinês. Ainda que o par de ralienos não fosse conhecido por suas mentes brilhantes, Qili não conseguia evitar de pensar que pareciam ser os únicos a lembrarem de todos os acontecimentos do semestre, ou talvez fossem apenas os mais azarados em sempre sair com sequelas das desventuras que assolavam Aether ultimamente. — Se fosse por querer, eu estaria em casa agora. — A frustração na voz era evidente, ainda mais por que para ele, era um objetivo realmente inalcançável; só conseguiria ficar longe do castelo se soubesse que absolutamente todos que se importava estavam seguros em seus respectivos reinos, e a essa altura já havia se convencido de que isso simplesmente não aconteceria. — Honestamente? Com os aprendizes todos soltos em um lugar igual a esse, eu ‘tô só esperando a hora de acontecer alguma coisa. — O tom era cansado, mas nada que fosse muito estranho ao interlocutor em questão. Se tinha uma pessoa que sabia do quando Qi Liang já estava cansado de Aether depois dos últimos meses, era Zane. Um suspiro antecedeu a fala seguinte. — Eu não quero acreditar que Merlin trouxe todo mundo aqui de isca, mas não ficarei surpreso se mais alguém sumir. — Provavelmente não deveria estar trazendo a tona essa conversa apocalíptica às vésperas do aniversário do amigo, mas bem, ele quem tinha começado com o muro das lamentações — e só o Narrador sabe como Qili estava sempre só esperando um momento oportuno para achar defeito em tudo.
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tigerwxrrior · 4 years
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clvrgirl​:
A loira não tinha se atentado a novidade de Araminta até encontrar Qi Liang. Como sua melhor amiga, que parecia não ligar para nada, estava namorando? Era um mistério que nem mesmo a filha de Sherlock Holmes tinha a capacidade de descobrir. Entretanto, encontrar Qi tão pouco disposto a explorar a ilha, era uma ótima oportunidade para que a loira conhecesse melhor o namorado da amiga e tirasse as conclusões se ele era um homem merecedor do coração de Araminta, por isso, tinha insistido tanto para que ele lhe acompanhasse. ‘ Obrigada, Qi, eu sabia que você não me decepcionaria. ’ agradeceu, animada, mesmo que o rapaz tivesse sido muito mal criado em sua resposta. ‘ Não se preocupe, eu só quero ir até o palácio esmeralda tirar umas fotos, não vai acontecer nada, só queria uma companhia para caso, sei lá, um macaco voador me atacar. ’ deu de ombros como se aquilo não fosse nada demais e ela não estivesse repleta de segundas intenções.
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A animação alheia foi recebida com um olhar estreito que traía o estranhamento da situação; desconfiado como era, logo estava se perguntando desde quando Lyla se interessava tanto pela sua companhia. Estivesse falando de qualquer outra das amizades de Araminta, certamente já estaria pensando em como escapar de algum plano nefasto; vindo da Holmes, no entanto, não sabia o que esperar. A conhecia como sensata, e o Narrador sabe que não era o tipo de pessoa que ele estava acostumado a lidar. É ralieno, afinal. — ... Espero que você esteja certa. — Bem, ela era mais inteligente que ele, então se dispôs a confiar no julgamento alheio. — Bem, caso um macaco voador ataque, acho que pelo menos daria uma foto boa. — Ninguém poderia dizer que ele não estava se esforçando, vai. Estava até sendo engraçadinho. 
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tigerwxrrior · 4 years
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Ao contrário da última excursão, Qi Liang se encontrava completamente desinteressado em basicamente todas as atividades oferecidas. Qualquer coisa envolvendo o reino subaquático estava fora de questão, por que já tinha tido o suficiente de corpos d’água graças à Maeve; campo de papoulas? Sabia qual era o produto a ser extraído da flor, e sua avó sempre o mandou ficar longe das drogas; todos com meio neurônio sabiam que milharais eram assombrados por excelência; de floresta assombrada, já bastava uma em sua vida; a coisa toda de Chinatown era, como diria Zane, meio racista; os passeios panorâmicos lhe interessavam tanto quanto quaisquer outras atividades que envolviam ficar parado observando coisas passivamente, que no caso não o interessavam nem um pouco. Ah, o calvário do homem rabugento local. Mas bem, provavelmente era sua última excursão antes da formatura, então excepcionalmente, iria ceder um pouco e tentar se divertir. Chocante vindo de Qili, eu sei. — ‘Tá, ‘tá, eu vou com você nesse inferno. — Dirigiu-se ao interlocutor, ainda que soubesse que provavelmente ia acabar em alguma situação que honestamente ele não iria querer estar. Mas esse era o tempero da vida, não é mesmo? — Mas se acontecer alguma coisa estranha com essas magias de Oz é você que vai ter que ligar pra Mulan pra falar que o filho dela virou um espantalho. — Um espantalho era a coisa menos pior de se virar que Qi Liang conseguia visualizar no contexto de Oz; acredite se quiser, isso era ele sendo otimista.
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tigerwxrrior · 4 years
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devlishsmile​:
𝖋𝖑𝖆𝖘𝖍𝖇𝖆𝖈𝖐    ╱   dia do amor verdadeiro.
Quem diria que, ao fazer vinte e cinco anos, Araminta sentiria-se com quinze novamente? A ironia de estar com o mesmo garoto pelo qual era apaixonada na época — e, agora permitia-se admitir, por quem fora apaixonada desde então — era digna da letra cursiva do Narrador. Pior ainda era lidar com o mesmo nervosismo, ou talvez até maior. Ah, se a Araminta de quinze anos pudesse emprestá-la um pouco de sua cara de pau... Seu consolo era perceber que Qi Liang, tal como ela, não tinha ideia do que estava fazendo. Até comentaria sobre o quão adorável ele ficava quando estava com vergonha, se apenas a ideia não a deixasse nauseada e com vontade de bater com a própria cara na parede. Credo, que tipo de pessoa estava virando?! 
O sorriso, no entanto, era impossível de conter, pois não havia como esquecer-se da situação em que se encontravam quando ela fazia tanto esforço para ser reconhecida. Eram só os dois, no Dia do Amor Verdadeiro, em uma atração que replicava um dos momentos mais românticos da História dos contos. Se a enxergasse por outra ótica, chegava a ser ridícula: Araminta De Vil e Fa Qi Liang, filha de Cruella e filho de Mulan, dois que não perdiam a oportunidade de infernizar um ao outro, em um passeio de barco romântico sob a luz do luar. Quem quer que estivesse roteirizando aquele ano, certamente sabia como desenvolver um bom plot twist — só podia dar uma maneirada nas maldições, ataques e desastres.
E voltando àquele nervosismo, ele tomou-a outra vez quando a resposta de Qili a fez pensar em uma possibilidade terrível. Havia o pressionado? Tinha sido chamada porque ele queria ou porque sentiu-se obrigado? Araminta pensava demais naturalmente, mas raras eram as vezes que duvidava de si própria; por este motivo, Qi Liang merecia um prêmio. Certo, tinham plena consciência de que os sentimentos que nutriam um pelo outro eram correspondidos, porém, nada sobre um relacionamento fora diretamente discutido desde seu aniversário. “Ah, mas sem pressão! Digo, foi só um beijo, não precisamos… Sabe…” Só um beijo, e uma costela quebrada, duas brigas, um anel, um colar, uma declaração bêbada e outra sóbria. Mesmo uma excelente mentirosa, não havia quem enganasse com aquelas palavras. “Não quero que você sinta como se tivesse que fazer alguma coisa.”
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— Só um beijo? — Os olhos estreitos e o sorriso desacreditado puxando o canto dos lábios configuravam a expressão de alguém que tinha ouvido a maior bobagem do mês inteiro. Não era nenhum Don Juan, mas tinha experiência o suficiente para já ter dado só um beijo e saber que, definitivamente, não era o caso com Araminta. Apesar do nervosismo, ainda era Qili; sem a intransponível barreira do achar-se não correspondido, não tinha paciência pra ser um cara legal, místico e misterioso, restando para ele ser impulsivo e impaciente demais para ficar de rodeios. Para quem falava tanto sobre Zane ser um emocionado, a Mítica plana certamente capotou. — Precisamos sim, do que você tá falando? — Tomou a mão alheia nas suas em um ímpeto antes de continuar, impaciência depois de uma década de lenga-lenga sobrepujando o nervosismo — ainda que certamente fosse ficar terrivelmente envergonhado de tê-lo feito depois que desse conta de que fez, mas isso era um problema para o Qi Liang do futuro, por que o do presente estava ocupado no momento. — Pode me pressionar o quanto quiser, não foi isso que eu quis dizer. Eu tenho sim que fazer alguma coisa, mas eu quero fazer direito. Não por impulso ou por causa de... outras coisas. — Agora não era o momento para trazer à tona o Calanmai, mas as outras coisas eram drogas. — Mas por que eu quero. E eu quero! E espero que... Huh, que você também queira. — Certo, aquilo tinha sido o suficiente para que ele precisasse procurar por algo muito interessante nos próprios sapatos por algum motivo, apenas para perceber pela visão periférica que ainda estava com a mão alheia entre as suas.
O futuro chegou muito mais rápido do que esperava.
Seria esquisito se simplesmente soltasse, certo? E não é como se quisesse fazer isso, verdade seja dita. Então simplesmente ficou lá, o olhar passando meio segundo no rosto alheio e mais meio segundo nos próprios pés e mais meio segundo em alguma coisa atrás de Araminta por que ele simplesmente não fazia ideia de onde colocar os olhos enquanto aguardava uma resposta pra pergunta que na verdade ele não fez, o calor no rosto diferente do tipo que o fazia literalmente entrar em combustão; e talvez essa fosse uma alternativa menos embaraçosa ao rubor que atingia até as orelhas.
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tigerwxrrior · 4 years
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Digníssimo guerreiro, o futuro te preserva um caminho difícil, mas brilhante. Achas, então, que poderia dar uma chance para esbarrar em uma futura rainha, que caminha em sua direção? (Calliope)
— O futuro pode até ser difícil, mas não mais que um presente sem você comigo.
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tigerwxrrior · 4 years
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diz que é filho do shang, mas não é bi kkkkkk enfim a hipocrisia
— Não sou? Quer pagar pra ver?
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tigerwxrrior · 4 years
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Nunca te disse isso pessoalmente, mas a sua energia caótica precisa ser trabalhada. Deveria tentar uma conexão melhor com o ambiente que te cerca.
— Talvez eu devesse tentar uma conexão melhor entre nós dois. 
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tigerwxrrior · 4 years
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Ta olhando assim pra mim porque, caralho. Perdeu alguma coisa por aqui foi, oh porra?
— E você, tá olhando pra mim por que? Quer me dar um beijo?
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tigerwxrrior · 4 years
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Parabéns, você acaba de receber a poção do flerte. Efeitos: você ficará flertando com qualquer um, de qualquer gênero e será impossível ter uma conversa normal sem uma cantada ou flerte.
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— Mas antes, você pode me falar que horas são? Meu relógio ‘tá quebrado, ele só mostra que agora é:
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tigerwxrrior · 4 years
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ANDOU NA PRANCHA! CUIDADO PARA NÃO SE AFOGAR TUDUMDUMDUM
— Tu tá cheio de graça hoje né? Aiai, esse anon.
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— Só tem palhaço nesse lugar, vou te falar. 
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tigerwxrrior · 4 years
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tigerwxrrior · 4 years
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𝕥𝕙𝕖 𝕔𝕙𝕒𝕣𝕚𝕠𝕥 ➳ The Chariot tarot card is all about overcoming challenges and gaining victory through maintaining control of your surroundings. This perfect control and confidence allows the charioteer to emerge victorious in any situation. The use of strength and willpower are critical in ensuring that you overcome the obstacles that lie in your path. The Chariot's message comes to make you stronger as you strive to achieve your goals. 
Trilha sonora: qual seria a música que definia o seu personagem no primeiro dia deste semestre e qual se encaixaria melhor pro atual cenário de Aether?
track I. little lion man (mumford and sons): tremble little lion man, you'll never settle any of your scores, your grace is wasted in your face, your boldness stands alone among the wreck, now learn from your mother or else spend your days biting your own neck
track II. follow your heart (jung):  Don't you know it's gonna haunt you, don't forget what you want, 'cause you're the one that will feel regret, [...] so follow your heart when it's hard and it hurts in the middle, [...]  follow your heart when it burns like a shot from a pistol
Relação com contos: considerando o seu desenvolvimento, nesse exato momento você acreditaria que seu personagem assumiria qual papel num conto?
É inegável que Qili tinha, até pouco tempo, certa preocupação em relação ao que viria a ser seu conto — nunca teria a facilidade e segurança de poder seguir exatamente os passos da mãe, dado o pequeno detalhe de que não é uma mulher; um homem da sua idade indo pro exército não seria nada demais, imagine digno de uma história épica que viveria no imaginário popular de um país por milênios —, ou até mesmo se conseguiria um. No entanto, graças aos eventos recentes, é inegável que Qi Liang seguirá o caminho de um herói, provavelmente tornando-se o protagonista de seu próprio conto na guerra da China com algum país vizinho. 
Casa de Aether: o seu personagem se considera parte da casa na qual ele está inserido? Se pudesse, você acredita que ele faria uma mudança para entrar em alguma outra casa?
Qi Liang tem uma relação no mínimo conturbada com a casa azul e dourada. Ao mesmo tempo que admira e se identifica com os valores ralienos, ele simplesmente não suporta a presunção inerente aos nobres que ocupam os dormitórios da Ralien; basicamente, gosta da Ralien, mas desgosta de grande parte dos ralienos. Além da Ralien, infelizmente, nas palavras de uma grande poetisa de Mítica: “Em aether não há casa pra mim”. 
Lembranças: qual é a primeira lembrança que seu personagem tem de Aether? Que idade tinha quando aconteceu? Foi algo importante?
Qi Liang foi mandado à Aether aos 14 anos  apenas — a família, tradicional como era, jamais permitiria que o precioso primogênito tivesse menos que uma educação básica clássica, oferecida pelos mais renomados tutores confucionistas e taoísticas que a China poderia oferecer —, ingressando diretamente na Grade IV, de Caçadores e Heróis. A primeira lembrança, e impressão geral de Aether, foi opressor. Em suas terras, mesmo o mais suntuoso castelo imperial era convidativo, colorido, vivo; observar a pedra cinzenta e inerte de Dillamond o fez sentir que estava entrando em uma masmorra glorificada. O mesmo sentimento colore sua visão não só de Aether, mas de todas as grandes construções do ocidente de Mítica. Para Qi Liang, realmente não há lugar melhor que sua casa.
Passado: cite algum acontecimento desse semestre que marcou fortemente o seu personagem. Quando aconteceu e como isso o afetou?
Tem poucas coisas mais memoráveis que ver a morte de perto, situação na qual Qi Liang se encontrou por vezes demais durante o semestre para que esteja confortável com o número. A mais marcante, no entanto, foi sua jornada pela floresta onde quase foi morto não por uma, mas por duas criaturas diferentes. Seu encontro com a segunda, algum tipo de bicho psiônico subaquático gigante (foi um dia um pouco fora do normal, como se pode perceber), certamente levou o prêmio. Foi graças a ele que Qi Liang finalmente, após 24 anos, decidiu ser um herói — não por que precisava, ou por causa do legado familiar, ou por que era o que esperavam de si, mas que era o que ele queria pra ele mesmo. Esse lindo momento de reflexão foi seguido pela sua terceira experiência de quase-morte do mês (foram longos quatro dias esses que ele passou na floresta), em que chegou bastante perto de simplesmente desmaiar graças à uma concussão e definhar para a perda de sangue do braço em frangalhos. Se isso não aconteceu, foi por que sua irmã mais nova catou o trapo que ele estava do chão e arrastou-o do meio da floresta até a enfermaria do castelo. Inevitavelmente, isso cimentou a imagem de Meili como alguém verdadeiramente capaz e com quem ele podia contar, diferente da imagem de donzela-em-perigo e irmãzinha-que-preciso-proteger que a mais nova outrora ocupou em seu imaginário. A experiência em si é algo demasiado recente para que tenha sido completamente superado, ainda que isso jamais vá ser vocalizado pelo guerreiro, mas volta e meia acorda suando frio quando tem pesadelos com suas desventuras e ganhou um desgosto ímpar pela sensação tátil de substâncias gelatinosas contra a pele. Sem banheira do Gugu pra ele.
Família: como seu personagem tem lidado com as suas relações familiares? O contato com seus pais tem sido mantido? Existe alguma pressão para que ele deixe o instituto?
Qualquer um que passe mais de dez minutos com Qili sabe como família é importante pra ele; não passa mais do que uma semana sem ligar para casa para perguntar como estão os avós, pais, tios, primos, vizinhos, animais de estimação… Permanece em constante contato com os pais através do transmissor, ficando horas falando em chinês e reclamando horrores de tudo de ruim que acontece em Aether, sobre como isso é um total absurdo e uma vergonha. Não há pressão para que ele, especificamente, deixe o castelo — está há poucos meses de se formar, afinal, e seria um desperdício largar tudo com tão pouco tempo faltando —, mas há certa inclinação para que ele traga os irmãos mais novos de volta pra casa. 
Rotina: como tem sido a rotina do seu personagem em Aether? A sua participação em clubes/atividades escolares têm sido frequentes? E como tem estado os seus estudos? Transcreva o último boletim do char, utilizando a grade curricular escolhida por ele.
Qi Liang tem o dia impossivelmente cheio, tendo momentos de calmaria apenas em suas pausas para meditação ao acordar e antes de dormir, e assim o prefere; afinal, leva a sério a máxima de sua avó de que mente vazia é oficina do cramulhão, ainda mais para alguém tão inclinado ao overthinking quanto Qili. Como pode-se notar pelo seu boletim, é estudioso e dedicado às aulas, mesmo que as disciplinas mais teóricas não o interessem genuinamente — para essas, não tem problemas em enfiar a cara nos livros até aprender, nem que seja à força. Já em tudo o que envolva conhecimento pr��tico de artes marciais ou sobrevivência é um verdadeiro prodígio, às vezes até mesmo se sentindo entediado com os assuntos abordados, como alguém fluente em inglês frequentando aulas no nível the book is on the table. Assim, não é surpresa que sua participação mais assídua seja no clube de artes marciais, sendo do tipo que permanece depois das reuniões para continuar treinando. O de esgrima é simplesmente uma curiosidade pessoal de aprender o manejo de armas de gente branca outros povos, se sobressaindo não necessariamente por sua habilidade com o florete mas por que seus poderes o dão uma vantagem natural; e sua participação na equipe de equitação é simplesmente por que gosta de andar à cavalo e não queria ter um espaço livre em sua rotina semanal. 
Obstáculos: que hábito ou pessoa mais atrapalha a vida de seu personagem? Ele tenta fazer algo para superar essa dificuldade ou tem esperança de que o problema se resolverá sozinho? O que ele faria ou até onde iria se não houvesse um obstáculo para detê-lo?
Honestamente? Ele mesmo. Qi Liang é alto, bonito, habilidoso, de boa família, e ele até cheira bem. Seu defeito? Todo o resto. Há quem prefira observar as qualidades do chinês, mas é inegável que todos os problemas que já teve e muito provavelmente os que vai ter são causados ou por sua teimosia, ou por seu orgulho, ou por sua impulsividade, ou por sua repressão emocional, ou por sua maneira demasiadamente direta e abrasiva de se comunicar, ou por sua… Enfim, você entendeu. Apesar de jurar que tenta melhorar essas coisas, não é lá muito fácil mudar sua personalidade inteira; no máximo, é capaz de maneira e contar até três (ou dez, ou vinte, ou cem) até se acalmar quando em relação àqueles que ama. Fosse capaz de superar todos os seus defeitos, obviamente só sobrariam qualidades — o que simplesmente não é factível, então ele (e todos que convivem com ele, honestamente) que lute.
Mudanças: caso seu personagem pudesse mudar três coisas em Aether, o que seriam? Por quê? Está disposto a fazer algo para realmente mudar essas três coisas?
Qili não é do tipo que pensa muito em cenários hipotéticos, sendo um grande proponente do aqui-agora e achando perda de tempo ficar sonhando acordado ao invés de fazer alguma coisa. Mas, pessoalmente, seria ótimo se as pessoas parassem de sumir, e tragédias deixassem de acontecer em Aether pelo menos pelos próximos três meses. Acha difícil que vá acontecer de verdade, no entanto — o Narrador jamais lhe faria tamanha gentileza.
Arrependimentos: há algo que seu personagem desejaria não ter feito no instituto? Quais foram as consequências trazidas por essa ação ou decisão?
A resposta fácil está na ponta da língua: ter sequer saído da cama para ir ao Calanmai. A verdadeira, no entanto, e que jamais sairia da boca de Qi Liang, é que ele arrepende-se do que deixou de fazer por muito tempo; sim, este gado vistoso talvez nunca vá deixar de se recriminar pela covardia em demorar nove anos e sei lá quantos meses para declarar-se à Araminta. Nunca deixou de amar a de Vil por todo esse tempo, veja bem, mas tinha medo — e ele não tem medo de muita coisa — de que ela o rejeitasse… E ficou nessa até dizer chega, de forma que agora tem três meses antes que ela parta para Asablanca e ele, para a China. Bonito, Qili, muito bonito pra sua cara.
Decisões erradas: alguma vez seu personagem fez ou decidiu algo que não deveria ser feito no instituto, mas acabou tendo uma boa história pra contar? É algo de que ele se arrepende ou o desfecho do caso fez o erro valer a pena?
Calanmai, obviamente. Sua jornada enquanto inebriado pelo vinho das fadas lhe traz sentimentos conflitantes; apesar de tudo de absurdo que fez sob o efeito do néctar feérico, e ele saiu até no jornal pelos tais feitos, sabe que não teria tido coragem de falar necas de pitibiriba para Araminta se não estivesse completamente fora de si. O narrador escrevendo certo por linhas tortas, vai. É isso que ele diz para si mesmo para não largar tudo e tornar-se um monge nas montanhas quando lembra do papel deplorável que fez no festival do fogo.
Passatempos: qual o passatempo favorito do seu personagem em Aether? Quando foi a primeira vez que fez isso e com que frequência faz atualmente?
Treinar, óbvio. Passa a maior parte do tempo livre praticando artes marciais, luta com sabres, o uso de seus poderes ou simplesmente malhando — talvez seu conto acabe sendo abrir a primeira academia de Crossfit em Mítica. No entanto, ultimamente tem passado uma quantidade de tempo incomum na biblioteca. Vai entender.
Amizades: quem são as pessoas com as quais seu personagem pode ser visto com maior frequência? Eles se deram bem desde o início ou tiveram um período de atrito? Conte um ponto mais sobre o que ele pensa das relações com essas pessoas.
Araminta, Coral, Ever, Hawke, Margaery, Neevan e Zane são as pessoas com quem é possível vê-lo com maior frequência, e Karou Bredenberg também era figurinha carimbada em sua mesa no refeitório antes de deixar a escola — para ela, o chinês manda cartas com certa frequência, atualizando-a dos absurdos e reclamando da vida. Qili não é de muitos amigos, graças ao seu jeitinho especial que, no caso, é não fazer questão nenhuma de ser simpático com absolutamente ninguém nunca. Os amigos que tem, no entanto, são tidos na maior estima possível pelo chinês, sendo quase família pra ele; sairia em defesa de qualquer um deles a qualquer momento sem pestanejar. A menos que estivessem errados; nesse caso, seria o primeiro a abrir a boca para chamá-los de imbecis, pois ele também não é de passar pano pra ninguém.
Inimizades: quem é o pior inimigo do seu personagem em Aether? Por que e desde quando eles se odeiam? Ele faria algo para reverter a situação com essa pessoa?
Qili tem muitos desafetos em Aether, o que já era de se esperar, conhecendo a personalidade difícil dele. Não tem, no entanto, não há ninguém que considere um arqui-inimigo pelos corredores de Dillamond. Para isso, precisaria ligar muito mais para as pessoas que não quer por perto do que realmente liga; os que menos gosta são Njord (graças aos eventos da maldição do sono, e particularmente por ter feito sua irmã de lavadeira), Anette (pelo que fez a Zane, um de seus melhores amigos, durante a maldição do sono), Maeve (por casualmente tentar matá-lo afogado no Calanmai) e Vincent (além considerá-lo um falso em geral, acha que o príncipe de Arcadia age o tempo todo como um playboy branco em uma crise de abstinência de cocaína), mas não sujaria as mãos com nenhum deles a não ser que fizessem algo abominável contra alguém que ama. Quem sujou suas mãos de fato foi Alizayd, que Narrador o tenha, filho de Aladdin, mas esse problema foi tirado de suas mãos pelo misterioso vilão que vem espezinhando Aether neste semestre. Não faz a mínima questão de demonstrar simpatia ou refazer as pontes que queimou em Aether, simplesmente não estando nem aí. Quem gostou bate palma, quem não gostou paciência. 
Segredos: há alguma coisa que seu personagem esconde com todas as forças? Existe alguma chance de que seus colegas venham a descobrir esse segredo?
Qili não é muito dado a segredos; tão direto e íntegro como é, simplesmente não vê razões para esconder, ainda que seja algo que o traga vergonha — foi ensinado que um homem de honra admite tudo o que faz, seja bom ou ruim. Então, admite todas as merdas que faz, quando as faz, sem muita resistência.
Fofocas: há algo que seu personagem tentou esconder, mas todos ficaram sabendo? O segredo se espalhou por descuido do seu personagem ou alguém descobriu e contou para outros? Esse é um assunto que ainda marca a sua reputação em Aether?
Graças à magnífica Margaery e sua boca grande, todos os convidados da festa de aniversário da irmã mais nova — e todos em Aether não muito depois, claro — ficaram sabendo sobre sua vergonhosa experiência na Aderem no dia seguinte ao Calanmai, e por consequência da razão pela qual estava no quarto da irmã. Não chegou a afetar muito suas interações fora de situações extremamente pontuais, porém, talvez por que as pessoas tenham medo de tomar um socão flamejante na boca.
Descontrole: o que costuma deixar seu personagem estressado e como ele lida com isso? Como ele costuma agir com pessoas irritantes? Ele desconta a raiva em outras pessoas ou guarda pra si? Como identificar um dia de mau-humor do seu personagem?
A essa altura é mais fácil perguntar o que não irrita Qi Liang. Ele se estressa com pessoas burras, ralienos, pessoas que andam muito devagar no corredor, sapatos com solado de borracha que fazem um barulho agudo ao deslizar no chão, pessoas que acham que tratar os outros mal é uma personalidade inteira, gente ingrata, gente puxa saco, injustiças, gente branca fazendo pouco de fantasmas, gente que se acha melhor que os outros por qualquer motivo, aprendizes que perguntam se podem fazer dupla de três, ver quem ama em perigo, borrar o que estava escrevendo no caderno, que sequer pensem em olhar feio para um de seus amigos, tentativas de assassinato (eu sei que você vai ler isso, Maeve.), livros que terminam em cliffhangers sem que o livro seguinte já tenha sido lançado, cadeiras e mesas desniveladas, que maltratem quem lhe é querido, sacos de pancada meio murchos, comida sem graça, roupas de cama que arranham, roupas apertadas demais, coleções com partes faltando… Não acho que temos tempo o suficiente para terminar uma lista interminável como essa. Para o bem de toda a Aether, ele foi ensinado desde sempre a tomar para si e fazer algo produtivo de toda a raiva que lhe vem tão fácil; assim, costuma descontar essa quantidade absurda de micro frustrações treinando, razão pela qual seu saco de pancadas é certamente o mais judiado do clube de artes marciais, e seu índice de gordura corporal é tão baixo — seus workouts são tão intensos que mereciam acompanhamento musical. Quando confrontado com interlocutores irritantes, no entanto, geralmente dá as costas e deixa a pessoa falando sozinha, por que não tem paciência o suficiente para entretê-los, e é bem capaz de dar um chute na costela de quem o irritar o bastante, ainda que suas crenças pessoais sobre parcimônia e autocontrole o façam ter um pavio bem mais comprido do que se imaginaria dele. Entre sua cara fechada e os olhos que literalmente faíscam laranja de raiva, não é exatamente bom em esconder quando está puto da cara. 
Superação: alguma vez seu personagem passou por cima de um obstáculo? Como tem sido a evolução dos seus poderes em Aether? Ele estaria pronto para lutar em um novo ataque?
Para alguém tão emocionalmente constipado, Qi Liang é certamente bastante bem resolvido consigo mesmo; no máximo, pode classificar como superação ter se declarado para Araminta (drogado, mas abafa), ou a escolha que fez em seu encontro com Aboleth na floresta. De resto, realmente não tem lá muitos medos ou receios a superar, sendo seguro de si de todas as maneiras que importam. Em relação aos poderes, a evolução do guerreiro aconteceu à olhos vistos; literalmente, já que tem uma manifestação extremamente denotativa do despertar de seus poderes de fogo na forma da tatuagem de tigre no peitoral esquerdo. Sua pirocinesia está bem mais sob controle do que antes, muito menos atrelada às emoções do chinês do que era em sua gênese, e ele consegue realizar ações bastante complexas com o fogo no contexto de batalha. Permanece apenas o problema de, depois de começar, ser difícil de parar: usar os poderes é como atear fogo em folhas secas; é preciso certo esforço para mantê-lo sob controle antes que consuma tudo em seu caminho. Já estar pronto para lutar é quase a personalidade inteira de Qi Liang, convenhamos, de forma que ele jamais se acovardaria diante de um ataque, encarando da mesma maneira que o fez com todos os contratempos já ocorridos neste semestre: na linha de frente e de peito aberto. Nem que seja o próprio Narrador o seu algoz, Qili certamente tentaria dar um tubão no queixo dele.
Expectativas: quais são as verdadeiras expectativas do seu personagem pro fim do ano letivo? Existe algo que ele ainda esteja com vontade de fazer nesse semestre?
Honestamente, suas expectativa é não morrer e não enterrar nenhum de seus amigos até o final do semestre; só quer ficar de boa e aproveitar com Araminta até a formatura. Não é pedir muito, Narrador, então pense com carinho.
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tigerwxrrior · 4 years
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tigerwxrrior · 4 years
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arendstein​:
“Eu não posso nem tentar criticar a esgrima, já que não é lá minha especialidade né.” comentou dando de ombros. Por mais que Phillip tivesse tentado, a arte da espada jamais fora a preferida de Arend. ”Mas é meio humilhante, já que devia ser uma das características a serem esperadas dos membros da Ralien.” continuou, revirando os olhos. “Queria eu saber onde está… E não podemos esquecer que essa maçã ta envenenada, ainda por cima.” reclamou. Será que uma maçã envenenada seria capaz de anular seu poder? Bem, aquele não era o momento propício para pensar sobre aquilo. “Eu juro que não tenho mais ideia de onde procurar. Alguma sugestão?”
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— Humilhante vai ser eu aguentar a Meili igual uma cacatua no meu ouvido se a Aderem ganhar. — Resmungou, essa sendo uma preocupação muito real no imaginário do chinês; ele conseguia se ver no futuro, muitos anos depois, com a mais nova cantarolando que tinha ganhado daquela vez. — Nem envenenada, cara: tóxica. Se fosse só envenenada a gente pelo menos precisava morder pra acontecer algo. Acho que Merlin se cansou da Ralien e está tentando matar a gente. — Isso o impediria de procurar a maçã? Absolutamente não. Falar em voz alta que preferia morrer à perder os jogos era dramático demais, mas era esse o espírito. — Se a localização fosse ter algo a ver com o conto, deveria estar na floresta, já que foi onde o príncipe beijou o cadáver da Branca de Neve. Ou algo assim. — Não se alongou sobre o assunto de príncipes beijando princesas desacordadas e/ou mortas por estar falando justamente com o filho da Bela Adormecida. Vai que ele fosse se ofender, esses príncipes eram todos sensíveis. — Mas pessoalmente eu não quero voltar pra floresta tão cedo, então você me fala aonde já procurou e vamos por eliminação no que sobrar. Fechado?
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tigerwxrrior · 4 years
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fameili​:
Qi Liang poderia ser mais alto, mas suas palavras eram a representação da baixeza. Não conseguia entender como ela, um líriozinho do campo, tinha um parente direto tão cabeça-dura e turrão — esquecendo-se momentaneamente que também possuía os mesmos traços que criticava sobre o ralieno. Inclusive, tudo sobre aquela conversa era quase um ultraje: ela, uma aderense tão cheirosinha, irmã da personificação fedida dos traços da Ralien. As feições torcidas deixavam bem claro o quão irritava estava com a situação, completamente pilhada com a implicância do outro. —— < Vejo você no campo de batalha, bèn dàn. > —— Os olhos faíscaram conforme Meimei encarava o irmão, levando muito a sério aquele confronto — sua paz de espírito dependia de ganhar do mais velho, afinal, seria obrigada a escutar o rapaz se vangloriando até o final dos tempos se perdesse aquela rinha. Pela proibição da mãe, estava acostumada a nunca correr de um lugar, apenas andar extremamente rápido e assim o fazia, aproveitando o impulso dos ventos para obter uma pequena vantagem sobre Qili. Assim que passou o ralieno, fez questão de virar para trás e dar a língua, seus olhos dourados brilhando à luz do dia. Assim que chegou nos jardins do castelo, passou a ir para a parte mais úmida do lugar — as margens do Lago Encantado — para encontrar o grilo que iria trazer honra para si. Tinha vinte minutos e aproveitou cada segundo em busca do bicho, afinal, não era tão fácil assim capturar um grilo grande num espaço de tempo tão curto. Assim que prendeu um exemplar em suas mãos, foi para o local combinado, esperando que o seu desafiante fosse o suficiente para enfrentar o garoto mais metido de Mítica. —— < Vamos lá, cabeça de ovo! Ainda pode desistir se estiver com medinho. > —— A caçula disparou, cutucando tigre com vara curta.
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Usar os poderes pra ter vantagem, sério mesmo? Qi Liang apertou o passo no encalço da mais nova, as primeiras faíscas alaranjadas faiscando na íris com a audácia de Meili em ainda mostrar a língua pra ele ao trapacear. Ah, a desonra! A busca pelo próprio campeão foi também às margens do lago, ainda que longe o suficiente para que a irmã não visse suas atividades ou viesse surrupiar seu grilo. Com o pouco tempo, teve que aplicar toda a sabedoria milenar chinesa para escolher um candidato à altura, levando-o nas mãos com um cuidado pouco característico do ralieno; soubesse que acabaria nessa situação, teria trazido a gaiola de grilo que tinha sobre a cômoda no dormitório, uma relíquia da infância que levava pra lá e pra cá. Chegou ao local combinado pouquíssimo tempo antes da irmã, mas ainda assim ficou satisfeito; estar lá primeiro o auxiliava a assertar dominância, oras. — < Pensei que você não vinha, qián é. > — Na ausência de uma vasilha ou até mesmo uma pia para servir de arena, teria que improvisar; a jaqueta esportiva foi tirada com destreza impressionante pra quem estava segurando um grilo na mão e colocada formando um círculo no chão — um coliseu para os grilos, ué — sem preocupação nenhuma com a peça. Tinha outras duas daquela mesmo, uma por cada um de seus clubes esportivos. — < Vem cá perder logo, eu não tenho o dia todo. > — Estendeu o braço livre e chamou com um sinal de mão extremamente condescendente. Ele realmente não tinha o dia todo, mas certamente já tinha gastado tempo demais nesse exercício de loucura pra desistir agora.
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tigerwxrrior · 4 years
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a-hood​:
❝ —Se você não está chamando, eu estou. Nem acredito que vivi para ver esses babacas da Ralien perdendo para a Aderem. Isso é muito bom! ❞
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— Relaxa aí, criança. Foi um lapso momentâneo, se o Narrador for bom não vai se repetir. — Tinha que ser justo alguém da Imre, a única casa empatada com a própria. Se ao menos fosse da Anilen... — Pelo menos ganhamos todos os últimos jogos contra a Imre,
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