amalcne
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amalcne · 5 months ago
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August arqueou uma sobrancelha pela resposta da jovem, os lábios se curvando num meio sorriso. “Mais uma que tá perdida aqui”, imaginou. Tomou um gole de uísque barato que, à essa altura, parecia delicioso após toda aquela cerveja de merda. — Pela folia… — repetiu, quase rindo. — Esses babacas acham que podem comprar até o diabo se a propaganda for boa. Pelo menos essa palhaçada é melhor que a missa de domingo. — Murmurou, balançando o copo e ouvindo o líquido chacoalhar. Ele sentia que provavelmente deveria aparecer na missa, uma hora dessas, mas tinha medo das consequências… devia ser a única coisa que realmente o assustava. Deu um passo pro lado, se apoiando e medindo o jeito quieto e o tédio que a moça transparecia. — Mas cê não parece muito empolgada pra essa bagunça também, hein? Qual foi? Ficou sem apetite ou quer botar as mãos em algum dos itens do leilão? — Perguntou, a voz carregada transparecendo ironia. — A comida não tá tão ruim assim, se te interessa saber.
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Perdida num canto qualquer daquele clube, Sunny já estava ficando entediada de apenas observar toda aquela gente estranha, e fora que a fome estava começando a aparecer e se recusava a comer ou beber qualquer coisa vinda dali. Cortando seu tédio, um homem que ela não conhecia a comprimentou e em seguida iniciou o papo. O observou atentamente enquanto virava o copo de cerveja, permanecendo em silêncio. “Acho que querem enganar os ricos mesmo.” Era engraçado já que Sunny quase se encaixava nesse grupo, a herança do falecido marido era farta, mas não tinha “poderes” como eles. “Então está aqui pela folia.” Julgou segundos mais tarde, entendendo que assim como ela, estava ali não pelo propósito principal, o leilão.
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amalcne · 5 months ago
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August ergueu o copo de cerveja ruim, observando o líquido contra a luz amarelada do salão, como se esperasse que ela se tornasse uma bebida menos tenebrosa. Bebeu um gole e fez uma careta discreta antes de olhar de canto para o outro. — Quer saber? Eu vim só pra ver quem é o primeiro otário que vai sair correndo achando que viu fantasma num desses troços. — Mentiu, dando uma risadinha rouca e tocando novamente crucifixo preso ao coldre como se esperasse que ele o protegesse de algum espírito ou capeta ou sabe-se lá o quê. Afinal, essas coisas, se existissem, não morreriam com uma bala. Isso o angustiava. — Aquela arma não me cheira muito bem, mas homem, não seria uma coisinha conveniente de carregar por aí? E se essa tal bússola aponta mesmo pra que a gente deseja… a minha deve dar num bar a três ruas daqui, jogada no canto e fedendo a whisky. — Fez uma pausa, varrendo o salão com o olhar preguiçoso. — E a sua? Apontaria pra onde?
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Virou o que deveria ser sua terceira cerveja. Quando se estava acostumado a tomar aquele rum horrível que a gangue guardava para os dias frios nas montanhas, qualquer coisa que não fosse aquilo parecia um luxo hediondo que ele não poderia recusar, o que denotava o quão ruim estavam as coisas. Já estava pensando em maneiras de conseguir acesso aos demais lugares que estavam fechados do lugar quando despertou com a voz masculina próximo a si. Observou por alguns instantes o cruxifixo antes de acenar com a cabeça, pegando um copo com alguma coisa que alguém passou servindo, dando um sorriso barato antes de tomar um gole e a pessoa seguir caminho. "Se é assombrada ou não, não é muito a questão, e sim, se eles acreditam que é assombrada." Olhou divertido para o loiro, cutucando-o com o cotovelo e acenando para um grupo de ricaços que conversavam apontando para os itens que estavam em exposição. "Quem acredita, paga o valor, então eles estão vendendo uma história para aumentar o valor." Concluiu. "Mas e você? Veio observar a rinha de ricos ou quer alguma daquelas coisas?"
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amalcne · 5 months ago
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Algumas pessoas por ali pareciam menos burras do que a maioria e, Deus, August se preocupava com elas. Falando em Deus, ele andava se questionando sobre a opinião de Deus sobre aqueles objetos. Pensou que talvez pudesse ser punido, no fim dos tempos, por usar um deles... mas não deveria ser um pecado tão grave quanto matar gente. E disso August entendia bem. A voz da jovem ao seu lado espantou as ideias de julgamento divino, e ela parecia partir de de uma pessoa justa e não de uma pistoleira, então alegrou-se em ter uma interação inofensiva, para variar. — Badlands só tem esquisitices! — Exclamou, os lábios se curvando em um largo sorriso. — Seja bem vinda, senhorita! — Ele tinha quase certeza de que ela não era uma recém-chegada, mas não pôde evitar a brincadeira, em especial após toda a cerveja. Na verdade, August sentiu uma pontada de desapontamento ao ouvi-la dizer algo sobre o relógio de rubi. Senhor, aquele negócio mudaria sua vida. — Acho que não vale tanto assim — tentou dissuadí-la —, deve ser só uma quinquilharia superestimada. Aliás, cê não ouviu que ele pode te deixar doida, muito lelé da cuca? Quer dizer caso seja legítimo. — August queria formular alguma justificativa assustadora, mas seu raciocínio não estava lhe ajudando tanto quanto o esperado. — Como anda o movimento por aqui? Algum patife criando caso? — Indicou o bar.
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Estava dando uma olhada pela lista de objetos de novo, pensando se iria gastar dinheiro com alguma daquelas coisas mesmo ou se só veria o resto das pessoas brigando por elas. Alguns até achava interessante, mas se perguntava se alguns não eram só balela. Acreditava que o velho que atirou no lobo realmente deveria estar sendo assombrado, e achava bem merecido. Foi tirada de seus devaneios quando ouviu a voz, e então chacoalhou os ombros de leve. "Badlands tem suas esquisitices, acho que pra ter certeza, só comprando mesmo. Vai dar lance em alguma coisa? Deve ter algo que vale o suficiente mesmo se não for assombrada... esse relógio de rubi, talvez."
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amalcne · 5 months ago
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A garota era uma das únicas pessoas por ali que parecia aproveitar o evento, por mais que, para August, aquilo parecesse um grande circo. — Pra ser sincero, acho mais provável que tudo seja falso. Aliás, a comoção seria a melhor parte disso tudo. — Foi impossível conter a risada alta e carregada. August tinha em mãos uma daquelas cervejas horríveis, que parecia outro líquido amarelo que ele preferia não imaginar. A verdade é que todos os comentários à sua volta despertaram o interesse do homem por alguns itens. August não fazia a menor ideia da autenticidade daquilo tudo, mas tinha dinheiro suficiente para pagar pra ver. — Até que interessaram. Ouvi falar de uma arma diferenciada e de um relógio que te deixa meio doido. É tudo o que eu preciso. — Brincou, fazendo um gesto de negação. Ele esperava que a jovem não soubesse muito sobre aqueles artefatos, já que não tinha lá muita paciência com concorrentes. — Cê pretende arrematar alguma bugiganga ou só tá aqui pra assistir o espetáculo? Uma voz me disse que isso aqui vai pegar fogo. Espero que não seja literal. Também ouviu? — De tempo em tempo, August gostava de confirmar se mais alguém tinha aquele "dom".
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aeysha bebia sua cerveja enquanto exalava simpatia para as pessoas desconhecidas ao seu redor, talvez algum deles valessem a pena conhecer melhor, quem sabe? e no fim das contas não faria mal algum tentar saber mais sobre quem frequentava esse tipo de evento e esse tipo de lugar. quando august acenou para si chamando sua atenção a mulher acenou de volta, um sorriso em seu rosto. ❛ acho que é de verdade... porque imagina a comoção quando toda essa gente começasse a perceber que foi passado a perna? ❜ ergueu uma sobrancelha, apontando ao redor ❛ não acho que eles arriscariam... mas também não acho que os tais ricaços sejam tão espertos assim. talvez estejam acostumados a cair nesse papo. ❜ comentou, pensando um pouco sobre o assunto. não parecia tão irreal um leilão com coisas "falsificadas", ela própria já esteve em um apenas para arrancar dinheiro de desavisados e fugir. e AJ ainda não estava tão familiarizada assim com as pessoas de badlands. ❛ nada do leilão te interessou? ❜
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amalcne · 5 months ago
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1. Me conte sobre uma cicatriz que você tem. Como você a conseguiu? Você tem vergonha dela, sente indiferença, ou sente que ela é parte de quem você é? Já faz um tempo desde que senti vergonha de alguma coisa. E vergonha de cicatriz? Cê tá falando sério? Tenho muitas cicatrizes e pouca paciência pra descrever cada uma, mas tem uma bacaninha no meu traseiro. Coice de cavalo. 2. O que você vê no seu futuro? Há algum planejamento, uma linha traçada? Você se importa, ou não sabe onde quer chegar? Se você vive em Badlands, provavelmente seu futuro vai ficar por aqui, mesmo. É a realidade. 3. O que te mantém acordado à noite? É uma memória real, ou um medo? Gosto de ler minha velha Bíblia. Tem uns buracos, mas completei as partes que faltam com umas coisas que penso. Você não vai ler, precisa ter uma cabeça boa pra entender tudo. Mas olha, se eu escrevi, é porque é verdade. 4. Me fale sobre um sentimento forte e sobre quando você o sentiu. Foi algo bom, ou foi algo ruim? Acho que todo pistoleiro sente ódio de pelo menos dez coisas ao mesmo tempo, mas o meu ódio vem de antes disso tudo. Bem quando o maldito do meu tio me colocou pra fora da ferraria e de casa. Foi mais do que ruim. 5. Você estaria nessa cidade se pudesse escolher? Há um lar aqui para você, ou é só uma prisão? Eu preferia estar do outro lado do mundo. Não tô nessa por gosto, não. Lar é qualquer quarto de estalagem. Ou pior, de Saloon. Você já viu o tanto de pulga que esses lugares têm?  6. Do que você sente inveja? E como você lida com esse sentimento? De quem pode dormir até depois do galo calar o bico, sem precisar estar alerta a merda do tempo todo. É uma inveja diferente, já que eu sei que num vou arrumar uma vida assim nem se nascer de novo. 7. Qual é a coisa mais cruel que já te disseram? Você respondeu, ou engoliu?  “Você não vale nem a cruz que carrega.” Eu engoli e digeri, não completamente, por uns bons anos.  8. Quando você reconheceu que aqui é o seu lugar e que você jamais sairá daqui? Eu posso ter feito uma coisa errada ou outra quando era capelão, e acho que Deus estava de olho. Você não é bem visto quando trai outros oficiais, sabe? Depois disso, não vejo muita saída. 9. Vingança ou justiça? Uma não é consequência da outra? 10. Qual é o segredo que você levará com você para a cova? Meu tio, aquele que me expulsou, está desaparecido há alguns anos. Pra bom entendedor...
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amalcne · 5 months ago
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━╋ .. open starter @ 𝒄𝒍𝒖𝒃𝒆 𝒐𝒍𝒉𝒐 𝒂𝒃𝒆𝒓𝒕𝒐.
August encostou-se a uma coluna de madeira qualquer, observando o movimento enquanto fazia algum esforço para não rir. Os ricos de Badlands eram os mais ridículos que o homem havia tido o desprazer de conhecer, e aquele amontoado de gente justificava com perfeição a opinião do pistoleiro. Não que todos fossem ricos. Alguns pareciam mais curiosos do que qualquer outra coisa, e outros, como August, estavam apenas atrás de comes e bebes gratuitos. De qualquer forma, ele se mantinha atento. Passou o polegar pela lateral do coldre, sentindo o ferro frio do crucifixo que ainda andava pendurado ali. Suspirando, August acenou sem muitos modos à pessoa ao lado.  — Cê acha que esse negócio vai vender tralha assombrada mesmo, ou é só desculpa pra ludibriar os ricaços? — Comentou, virando o que deveria ser o quinto copo da atrocidade que andavam chamando de cerveja.
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amalcne · 5 months ago
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Andam por aí uns dizeres da sela de que AUGUST MALONE tá em Badlands. Mas quem vai se surpreender? ELE é um ENFORCER DA GANGUE COLCORD e até que demorou pra chegar por essas bandas. No auge dos seus 43 anos, é PARANOICO e IMPULSIVO, mas também LEAL e PERSUASIVO – dou fé. Nunca tinha reparado, mas PREACHER até bate o retrato com JENSEN ACKLES, num acha?
nav: bio. inters. povs. tasks. wanted cnns. headcanons. musings.
𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭:
→ August costumava ser capelão militar antes de virar pistoleiro. Mesmo em meio aos tiroteios frequentes, carregava uma Bíblia marcada por buracos de bala e páginas rasgadas, cheia de anotações à margem. Nas horas vagas, o homem ainda tenta encontrar significados ocultos nas palavras do livro. Até agora, não deu muito certo.
→ Tem uma memória excelente para cheiro. Para a tristeza de alguns, é capaz de lembrar da pessoa ou do lugar pelo cheiro antes do rosto. Vive exclamando coisas do tipo: “Esse cheiro de couro molhado me lembra Ironhold…” ou “Cheiro de flor-do-campo antes da tempestade, igual quando cercamos aquele rancho…”.
→ Dizem que, antes de ser capelão militar, August era aprendiz de ferreiro com o tio, o velho Doyle Malone. Por isso, ele consegue consertar as próprias armas e nunca deixa ninguém tocar em sua carabina, uma peça antiga, com o cabo de madeira escurecida e as iniciais ‘A.M.’ gravadas no cano em letras douradas. August adorava o ofício, mas foi expulso da ferraria quando o tio o surpreendeu consertando as armas de um antigo desafeto da família.
→ O ex-capelão carrega um crucifixo de ferro preso ao coldre. Ele não é tão devoto quanto antes, mas jurou, no dia em que deixou o exército, que cada escolha feita depois daquilo teria que significar alguma coisa. Para sua tristeza, August ainda não conseguiu encontrar qualquer significado para suas escolhas. Dizem que ele o segura toda vez antes de puxar o gatilho, como se estivesse esperando um sinal.
→ August não chegou na Gangue Colcord por convite, foi mais por... falta de opção. Depois de vagar solitário, com a reputação de ex-capelão traidor e uma gorda recompensa por sua cabeça, acabou cruzando com um dos líderes num saloon qualquer. Alguns dizem que trocaram meia dúzia de palavras e um gole de uísque barato antes do pistoleiro disparar (sem trocadilhos) algo que ninguém lembra com exatidão, mas que parecia um: “Se vai morrer, que morra do lado certo da mira.” Desde então, August anda com eles. Nunca se diz confortável no grupo, mas também nunca foi embora, por não achar que ainda haja uma vida normal no mundo lá fora.
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amalcne · 5 months ago
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tag dump.
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