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Primeiras Impressões – Nosso Pequena Experiência

No início do curso, nós esperávamos que o curso seria algo além do clichê, pois já sabíamos que a moda não era algo simples e raso, mas sim, algo muito estudado e complexo, afinal, moda se relaciona com pessoas, culturas, design, arte, enfim, com toda a sociedade no geral.

Nesse curso temos que desenvolver um projeto interdisciplinar, no fim de cada semestre temos que apresentar para uma banca de professores o nosso projeto final.

No interdisciplinar desse semestre tivemos que usar materiais de descarte para aprender a vestir um corpo tendo como base alguma matéria que aprendemos no curso. A experiência com o interdisciplinar foi algo novo e desafiador, nós já imaginamos que seria difícil, mas foi algo além disso. Aprendemos a analisar, pesquisar, criar, desenvolver e defender nossa ideia, nossa criação.

Projeto interdisciplinar baseado no Japonismo nas artes de Utagawa Hiroshige

Mas além dos nossos projetos, assistimos também de outros semestres e pudemos observar a complexidade que teremos de lidar daqui pra frente.

O tema deste projeto do 6º semestre foi baseado em pessoas com nanismo:

Vimos também um projeto de inclusão social, onde alunos da Universidade fazem roupas para pessoas com deficiencia física, mostrando que a moda não trabalha apenas com um tipo de corpo, fazendo com que as pessoas “fora do padrão” se sintam inclusas.

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Blogs de Moda da Atualidade

Hoje fazer um blog sobre moda é começar com o desejo de parecer rica, popular (para obter curtidas), patrocínios. Tudo isso seria uma ilusão de vida perfeita, pelo menos para quem vê de fora.

Pessoas que criam blogs na ilusão de serem consideradas perfeitas, por exemplo, ter milhões de seguidores e curtidas no Instagram, receberem produtos de várias marcas para postarem e receberem dinheiro apenas para falarem bem, tirarem as melhores fotos possíveis em lugares que supostamente frequentam. Mas todas essas coisas são apenas quantidade e sem qualidade.

A questão é, qual é a realidade por trás da foto? Algumas pessoas postando por patrocínio um look que muitas vezes não foi fabricado de forma ética, com curtidas o suficiente para promover aquele produto, que muitas vezes não possui sequer qualidade. Infelizmente, muitas blogueiras não tem noção do conteúdo que postam, base ou qualquer referência.

“Não é a vida real. O único motivo pelo qual fomos à praia nesta manhã foi tirar fotos destes biquínis porque a companhia me pagou e também porque eu ficava bonita considerando os padrões atuais da sociedade. Eu nasci e ganhei na loteria genética. Por que mais eu teria postado esta foto? Leia entre as linhas, ou pergunte a você mesmo ‘por que alguém posta uma foto?… Qual é o resultado para eles? Fazer a diferença? Parecer gostosa? Vender alguma coisa? Eu pensei que estava ajudando garotas a serem saudáveis. Mas eu só percebi aos 19 que colocar qualquer quantidade de autoestima em sua forma física é tão limitante! Eu poderia estar escrevendo, explorando, brincando, fazendo qualquer coisa bonita e real… e não tentando validar meu valor através de uma foto de biquíni sem substância. ”

Não há nenhum problema em apoiar uma marca e receber por isto. O problema é: qual seria a finalidade? Só para promover uma marca? Se auto promover? Isso acaba se tornando algo muito raso, passando uma ilusão para as pessoas de que se elas comprarem aquele produto e postarem em suas redes sociais terão mais status, trazendo felicidade.

Muitas dessas blogueiras acabam não conseguindo a fama ou o sucesso que tanto almejam, até porque a internet já está saturada de conteúdos iguais, ou muito parecidos que agregam pouco ou nada.

A internet precisa de blogueiras que falem sobre moda, mas também sobre aceitação, autoestima, quebra de padrões e outros assuntos relevantes. No blog Plus for you ( http://www.blogplusforyou.com.br), a blogueira Fabi Traven, que também é modelo plus size, fala sobre moda, trazendo autoestima para suas leitoras plus sizes e negras.

Imagem retirada do blog Plus For You.

Além do blog, a Fabi é dona da marca de mesmo nome, que tem o objetivo de trazer as tendências também para as plus sizes, que possuem uma certa dificuldade em encontrar peças bonitas e confortáveis para seus corpos.

Imagem retirada do blog Plus For You.

Ela também organiza desfiles e debates para mulheres plus size e negras.

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São Paulo Fashion Week

São Paulo Fashion Week é o maior evento de moda no Brasil que acontece duas vezes no ano (primavera/verão e outono/inverno). É a quinta maior semana de moda do mundo pois também ocorre em Paris, Milão, Nova York e Londres. Para os amantes da moda, SPFW é a semana mais esperada do ano.

Com uma parceria entre Paulo Borges e a empresária Cristina Arcangeli, dona da marca Phytoervas, foi fundado um evento de moda chamado Phytoervas Fashion em 1993. Arcangeli queria divulgar sua empresa, já Borges queria que os estilistas brasileiros fossem conhecidos por suas criações, desde que toda as tendências brasileiras vinham de fora, da Europa. Em fevereiro de 1994, o evento teve duração de três dias, contando com os estilistas Walter Rodrigues, Sonia Maalouli e Alexandre Herchcovitch. Phytoervas Fashion foi transmitido ao vivo pela MTV.

Phytoervas Fashion - 1995

Nos anos 2000, a marca de cosméticos encerrou sua carreira tendo já contribuído pra história da moda brasileira e então em 2001, com os estilistas que trabalharam naqueles eventos, foi criada a SPFW assim contribuindo com o setor brasileiro de moda que antes não tinha uma identidade.

SPFW em 2018

São Paulo Fashion Week 45º - 2018 'Somos inquietos, imperfeitos, por isso sempre em movimento', afirmou Paulo Borges

Na 45ª edição da SPFW no começo 2018, foi anunciado que a empresa IMM (antiga IMX) que também organiza parte dos eventos como Rock in Rio, Cirque du Soleil e Rio Open, assumiria o projeto. O evento que costumava acontecer no pavilhão da Bienal, no parque do Ibirapuera e no Parque Villa-Lobos, agora passa a acontecer num galpão industrial na Vila Leopoldina. "Com Alma para se reinventar constantemente em direção ao futuro que queremos, o SPFW, que apresenta coleções dos principais estilistas brasileiros, se lança a partir desta edição ao desafio de ocupar novos territórios em São Paulo, Vila Leopoldina – espaço ARCA, novo eixo de fomento à inovação, tecnologia, transformação e economia criativa, ressignificando o espaço principal do evento", anunciou Paulo Borges.

SPFW e o público

Algo inédito nessa edição também foi a venda de ingressos, antes algo que era apenas para pessoas convidadas, agora o público que adquirir o ingresso tem acesso a programações paralelas no evento, workshops e mesas de debate. Ainda que desfiles de moda continuarão tendo entrada destinada somente a convidados.

Acreditamos que o público da SPFW sempre foi pré-selecionado, sendo algo elitista, ainda que possua agora ingressos para o público participar (de uma parte) do evento, continua sendo restrito há uma pequena parcela da sociedade que tem condições de obter o ingresso. Por ser um evento de voltado a classe alta, é difícil ter mais aberturas ao público, mas não impossível vendo que já abriram uma pequena brecha.

Referências:

https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,na-sao-paulo-fashion-week-o-novo-luxo-e-minimal-pratico-e-natural,70002562685

https://www.metropoles.com/colunas-blogs/ilca-maria-estevao/a-poucos-dias-do-evento-sao-paulo-fashion-week-e-vendido

http://costanzawho.com.br/historia-da-moda/historia-do-spfw/

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A Relação da Moda Com a Arte

De acordo com Patricia Carta, curadora adjunto de moda do MASP, a discussão sobre a moda ser uma das faces da arte é interminável. Analisando o processo criativo de obras que são tidas como “obras de arte” e de coleções de moda, é possível perceber que elas são análogas, ou seja, iguais. Um exemplo é a questão da composição visual, que seriam as cores, as formas e as texturas, como nos fala Moura (1994). Além disso, ambos possuem um significado e procuram trazer uma mensagem para ser interpretada, podendo ser qualquer coisa: uma tendência, um pensamento, uma emoção, etc.

Elsa Schiaparelli com Salvador Dalí em 1937  A estilista italiana Elsa Schiaparelli fez uma parceria na década de 1930 com Salvador Dalí, criando assim uma coleção a partir das obras surrealistas. Ao explorar essa relação é possível atestar que a moda é, sim, uma das faces da arte, tendo um elo que é muito forte, estando sempre conectadas uma com a outra e trazendo novas formas de enxergar o passado, o presente e o futuro. A arte dá referência para a moda e vice versa.

Rodarte e “Girassóis” de Van Gogh   Referências: https://www.youtube.com/watch?v=eeEinplKmbI http://textileindustry.ning.com/forum/topics/a-hist-ria-da-parceria-perfeita-entre-arte-e-moda