but what shall i do when instead of a heart this fear is beating in my body
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Foram necessários anos de aprimoramento para manter seus sentimentos longe de suas expressões, e ainda assim falhava com certa constância. Imaginava o quanto Niamh sabia do seus fracassos, tanto que Meritaten parou de convocá-la depois de um tempo, a não ser quando sua presença era especificamente requisitada por outros. Imaginava se a frase pronunciada sobre suas obrigações era uma alusão ao fato. Imaginava se a irmã sabia o quanto doía. Ou se importava. — Nossa família não conheceu um dia de união em toda a sua existência, Niamh. — Acompanhou o abaixar do tom de voz, sabia que tinham olhos curiosos ao redor das filhas do Imperador, e Igraine sabia muito sobre fofocas para permitir ser alvo de uma delas. — Desde muito antes de nascermos. — Haviam servos antigos no palácio, desde antes de Seamus assumir o trono, e Igraine soube por eles tudo sobre o casamento frio com Meritaten, o dia em que o pai apareceu com a Concubina Tiye entrelaçada em seu braço, e tudo o que se seguiu desde então. Não precisava de uma vidente para saber que aquele poderia ser o futuro de todas elas, casamentos arranjados sem amor e respeito. — Você está usando o argumento errado com a irmã errada, o bem de nosso pai não está em minha lista de prioridades. — Cobria uma verdade com uma mentira, assim tornava fácil que as palavras não vacilassem. Realmente o ausente Imperador não estava em suas maiores prioridades, mas mentira se dissesse que não se importava com ele, com o que ele pensava – arriscava até mesmo admitir para si mesma que ansiava por um reconhecimento dele. Com o falecimento de Meritaten, agora só tinha a Seamus. — Mas tem alguém que me importo o suficiente para interagir com lordes enfadonhos, mesmo quando essa pessoa tenha escolhido um dos piores. — Com um sorriso que foi feito para o público, Igraine se adiantou em enroscar o braço no da irmã mais velha. O seu olhar, entretanto, foi genuíno, e somente ela veria. Ali estava, o desejo de agradá-la. — Se eu sentir uma gota de saliva em mim enquanto ele fala, eu juro que vou embora.
CADA UMA das irmãs Essaex desempenhava um papel no Império de Aldanrae. Niamh, era a que buscava cuidar de tudo (ao próprio e ríspido modo), e a que mais se assemelhava a Meritaten e seu autoritarismo. Por tal, havia ganhado seus favores e também herdado obrigações, assim, prevenindo que durante a juventude construísse e desfrutasse da própria personalidade. Niamh era uma Princesa, a mais velha, e deveria ser perfeita: um exemplo para as irmãs e demais jovens do reino. Jamais cansada, entediada ou triste. Deveria sorrir e conquistar com graça. Deveria ser objeto de afeição do público. E, enquanto ninguém olhasse, era imperativo que tudo ao seu redor também seguisse os seus padrões de perfeição. Mais do que isso, Niamh designava condutas diferentes para cada uma das irmãs, muitas vezes replicando como a mãe se portava. Tratava Celestia quase como uma criança, enquanto Josephine era a que mais se assemelhava a uma relação funcional entre duas jovens da mesma idade. Igraine, no entanto, despertava instintos diferentes... A Essaex sempre tinha um comentário pronto para lhe fazer. Uma pontuação necessária a replicar. A via como um grande desafio, uma vez que era a única a questionar sua autoridade auto incumbida, como faziam os meio-irmãos. Ainda que no fundo quisesse apenas que Igraine não sofresse e que vivesse uma boa vida, não conseguia transpassar a preocupação de modo carinhoso ou afetuoso. "Desejo apenas que cumpra com suas obrigações, Igraine. Não são assim tão árduas." Aqueles pequenos atos de rebeldia na fala alheia faziam o sorriso oscilar, também. Não que o leve curvar de lábios alcançasse os olhos, mas àquela altura, havia cansaço evidente por tentar a coalisão de todos os seis irmãos durante o evento. Num deslize da máscara bem ensaiada, Niamh abaixou mais ainda o tom de voz, a boca movimentando-se tão sutilmente que ninguém mais a ouviria senão a mais jovem. "Nossa família se encontra desunida pois todos vocês são egoístas demais para verem outra coisa que não as próprias vontades. Então, se for preciso, para o bem de nosso pai, que devo salientar, necessita de nossa firme presença hoje, converse com os nobres enfadonhos e ria de suas piadas sem graça. Vamos, até o Lorde Sieoux."
#a igraine é muito irmã mais nova irritante#· interactions » even the iron still fears the rot#with niamhsccx.
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De todas as irmãs, Celestia era a que Igraine menos sabia como agir. Niamh ocupava em sua mente um lugar diferente de seu coração, pois um a chamava de irmã, e outro via a imagem de Meritaten. Josephine era diferente, tão opostas quanto eram complementares, e talvez por isso pareciam se repelir, mesmo que seu peio ansiasse pela união. Celestia possuiu uma proteção e uma atenção que jamais tivera, e a culpa a consumia porque sim, a irmã mais nova tivera a atenção que sonhava, mas pelas circunstancias que quase levaram a vida de Celestia. Olhá-la sempre a fazia se lembrar disso. — Não, ainda não entrei. — Sua voz era doce e calma, como raramente era. — Claro, pode ser divertido. Fico curiosa para saber o que Madame Madge leria para duas princesas. Será que ela dirá que teremos um grandioso futuro? — Colocou ênfase nas últimas palavras, testando o quanto poderia brincar. Havia se afastado tanto que não saberia dizer como agir corretamente. — Vamos? — Sua mão foi até uma das aberturas da tenda, dando espaço para que Celestia entrasse junto consigo.
Poderia Celestia se divertir num evento? Para o seu pai, era obrigatório que ela e seus irmãos todos fossem para o representar. Naqueles dias, a mais nova dos Esseax apenas desejava ficar no quarto, não sentindo muita alegria para sair.
Talvez porque tinha chegado uma onda de tristeza que lhe deixava sem vontade de conviver. Quando era mais nova, Celestia tinha essas ondas de tristeza, mas a sua mãe apenas a obrigava a ignorar para não esquecer das suas obrigações. Agora que não a tinha, ela apenas aceitava essas ondas.
Naquela noite, Celestia apenas caminhava pelo local, até parar há frente de uma tenda. "Você já entrou Igraine?" Perguntou Celestia para a irmã "Sim... Mas também deve ser divertido de saber o que ela diz...Quer entrar comigo?"
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Igraine riu, não conseguiu evitar, e imediatamente sentiu culpa. Uma das poucas instruções diretas que recebeu de sua mãe era que deveria odiá-lo, ele e seu irmão – irmão dele, não seu –, que eles existiam com o único propósito de roubar tudo o que era de suas irmãs, a atenção, o afeto, a coroa. Parte de si os odiava sim, e odiava a Concubina Tiye mais do que odiava ambos, mas haviam momentos em que o sentimento que lhe foi ensinado era esquecido e o que era genuíno ameaçava surgir. — E qual seria a graça de uma aposta com resultados já revelados? — Sem perceber, sua postura se tornou menos rígida, os braços agora unidos em suas costas, se movendo com uma inocência fingida. — Mas talvez eu não devesse insinuar que um príncipe com um dragão é um idiota. O que seria de mim? — Brincou. Era estranho até mesmo citar tal ocorrido. Ainda parecia enredo de um conto questionável de um autor duvidoso. Vincent era, para ela, como um mistério dentro de um enigma porque, assim como Igraine, ele parecia transparente até demais. Sabia que não deveria buscar semelhanças entre eles, era algo que sua mãe certamente desaprovaria. A sua mente produziu a frase "ela não está aqui", e foi a sua boca que amargou. — Podemos perguntar para Madame Madge e eu prometo não rir quando ela declará-lo como o mais idiota. Palavra de princesa.
── Infelizmente o desespero move montanhas e enche bolsos, irmãzinha. ── comentou, encarando a tenda de Madame Madge com um ar crítico. Ele escutou os comentários a respeito da assertividade impressionante da vidente, mas, vendo de perto, o ambiente parecia teatral demais, e ele suspeitou que a velha só repetia o que ouvia nos corredores, tal qual ele mesmo apimentava manchetes no Jornal Hexwood para fisgar a atenção dos leitores. ── Mesmo assim, não quer descobrir que tipo de previsão genérica ela diria à você? Ver quem de nós dois ela julga ter mais cara de idiota? ── Instigou. Internamente, se divertiu ao notar como Igraine não conseguia mascarar o tédio mesmo mantendo a polidez que as aulas de etiqueta entalharam na espinha de ambos, e quis distrai-la um pouco. ── Que tal uma aposta? O mais idiota perde. Se eu perder, prometo sorrir para três changelings sem revirar os olhos. Palavra de príncipe.
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Seu rosto se virou em direção a voz até então desconhecida, reconhecendo então o homem que geralmente via ao lado de Vincent. Sabia das coisas que diziam sobre ele, vira-casaca, comprado pelos Essaex, mas ouvia também a grandiosidade de sua fé. Igraine não se considerava conhecedora da fé dos changelings, não tinha amplo contato com eles, mas certamente havia algo acentuado sobre Kadaj para que tal tópico fosse alvo de comentários daqueles que ela tinha acesso. Em um gesto de reconhecimento pela reverencia feita, Igraine inclinou a cabeça brevemente, o máximo que poderia oferecer considerando a diferença de posições. — Você acredita que ela possa brincar com a fé das pessoas? — A pergunta era uma provocação, sabia tão pouco sobre ele, além dos boatos e falas de outros, que queria conhecê-lo pelas palavras dele. O verdadeiro perigo, na visão de Igraine, era não saber nada sobre alguém. — Ela me disse que eu encontraria a paz quando a floresta caminhar no solar, e o que é natural voltará ao seu estado real. — Imitou o tom usado por Madame Madge, revirando os olhos. — Nada que me enchesse os olhos. E que coincidência as cartas falarem sobre natureza para a escolhida de Cernunnos. — Seu olhar agora o analisava, curiosa. — De qualquer forma, eu presumo que você não acredite nessas coisas.
Achava previsões uma afronta a sua fé, por mais que respeitasse ao ponto de não contestar ou entrar em debates que lhe causassem dores de cabeça posteriormente. Erianhood era o caminho e suas palavras eram a guia. Era tudo que tinha que saber. Então, estar permitindo-se ver coisas que normalmente fugiam de sua índole, era apenas por pura curiosidade. Averiguava certas falas de outrem, mas a que lhe chamou atenção foi a de uma das princesas. No que se dizia respeito a conhecer todos os Essaex por justa causa, Igraine era uma das que menos sabia como se portar por ser tão distinta quanto seus outros irmãos, mas não menos propensa a lhe dar dores de cabeça, bem como seus semelhantes. Fez uma curta reverência na direção desta, apenas para lhe dar cabimento com a mesma descrença. "Muito, na verdade." Sim, era conveniente que alguém soubesse tanto do futuro ou passado dos outros, quando a única que tinha posse do futuro do povo era a deusa e do passado, qualquer um poderia informar. "E ultimamente não há um morador com qualquer trisco de esperança capaz de desacreditar nas profecias de uma mulher aleatória, o que a torna muito mais perigosa do que o normal." Então, entretido com a fala da nobre, Kadaj lhe questionou por fim: "Ela disse algo a você, alteza? Algo que a encheu os olhos."
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AUBRI IBRAG AS LIZZY ELMSWORTH THE BUCCANEERS SEASON ONE EPISODE ONE
#amanhã vou terminar as replys e responder starters também <3#meu xkit não está funcionando então por enquanto vai ficar sem corte#to tag.
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Era em momentos como estes que compreendia melhor porque foi escolhida por Cernunnos. Como as bestas selvagens ao seu redor e as raízes sob seus pés, era impossível prever completamente as reações da princesa. Uma risada ficou presa em sua garganta, amarga e terrível, que ela impedia que saísse. Josephine não sabia, não tinha como saber, a dimensão que suas palavras tinham sobre si, como flechas de um caçador mirando diretamente no peito de sua presa. O primeiro sinal foi a reação alheia com a menção, ou melhor, o cutucar, sobre o Imperador. Como Josephine pareceu entrar em defesa de Seamus, do pai, de uma maneira que Igraine nunca sentiu o ímpeto de fazer, nem mesmo com Meritaten. Percebia isso não apenas em Josephine, mas em Niahm também. — Suponho que não, decerto não é da posição de ninguém julgar a proporção dos sentimentos de alguém. — Não ocultou o quanto havia se ofendido com aquelas palavras, pois insinuar que Igraine havia se isolado após a morte de Meritaten era algo longe da verdade, era ignorar tantas pessoas que já eram ignoradas.
Sua ama havia batido na porta de seu quarto naquela mesma noite, uma bandeja cheirando a chá de jasmin e biscoitos de canela, e foi no colo dela que chorou como uma criança pela mãe que nunca teve. Na manhã seguinte, a filha do jardineiro chamou sua atenção puxando sua saia quando caminhava pelos jardins e a guiando para a cozinha, encontrando sua refeição favorita sobre a mesa simples de madeira. Até mesmo um dos guardas ficou muito mais afastado do que o normal quando Igraine quis cavalgar, dando a privacidade que ela tanto precisava, pois era durante esses momentos de velocidade que conseguia pensar melhor. Mas Josephine jamais saberia de nada disso. Imaginava que ela sequer gostaria de saber, tendo tantos conceitos já formados sobre si. — Elas eram muito próximas, sim, quem sabe na mesma medida que você é próxima de Seamus. — Sentia, mais do que sabia, o que Josephine estava tentando fazer, porém não conseguia traçar esse paralelo, não quando possuia tanto rancor escorrendo entre as paredes de sua proteção.
As mãos de Igraine ficaram suspensas no ar, na mesma posição que elas ficaram quando Josephine interrompeu o toque e se afastou. Não sentiu arrependimento pelas suas palavras, mas sentiu uma onda de culpa a tirando do eixo. Sabia, porque aprendeu a ler as pessoas, que Josephine estava chorando, e a confirmação veio em seguida com a voz embargada. Sua mão se ergueu, como se pudesse alcançá-la, tocar o seu ombro, abrir os seus braços para um abraço, mas ao invés disso seus braços descansaram na lateral de seu corpo. Suas palavras sobre a exposição tinham a intenção de descontração, e a reação de Josephine, a sua vontade de ir embora, mostrava que seu tom não havia sido como esperava. Era como se fossem estranhas uma para a outra. — Eu não quero brigar. — Decidiu largar as meias palavras, erguendo o que poderia ser o pano branco da trégua. — E também odeio estar aqui, agindo como se tudo estivesse bem. — Na verdade, Igraine mal conseguia se lembrar quando algo na sua família já esteve bem. Suspirou, seu olhar indo para uma dos objetos de Meritaten, um colar que dizia ter sido presente de seu marido, muito estimado por ela. Um engasgo, um indicio da risada prendida, soltou em sua garganta. — Eu nunca nem a vi usando isso.
Os diamantes em sua orelha passaram a pesar uma tonelada tão logo foram mencionados. A escolha não tinha sido sua: Seamus havia enviado o par até Hexwood com uma nota curta. Eram de sua mãe, cada um com sete pedras de diferentes tamanhos formando uma flor. Até onde sabia, aquela era a única coisa que ela e Meritaten tinham em comum. Usava as joias de uma completa estranha, e aceitava condolências por uma perda que nunca doeu. A dor estava no que podiam ter tido, nos vinte e seis anos vividos sem nunca a conhecer. Quis arrancá-los de suas orelhas, mas não o fez. Não teve nenhuma resposta ao elogio. Igraine não tinha como adivinhar a ferida que cutucava com seu comentário, e não era justo permitir que a observação inocente a amargurasse, mas Josephine era apenas humana. Estava tentando, realmente tentando, e tudo o que a irmã fazia, deliberada ou inconscientemente, era afastá-la.
Por muito que não tivesse afastado seu toque, Igraine não apertou sua mão de volta. Seus olhos passearam pela coletânea de artefatos dispostos na tenda como se a evitassem. A rejeição era educada, deixada nas entrelinhas, mas Josephine tinha sido criada na corte, e tinha discernimento o suficiente para a compreender. A ouvir falar sobre o pai com tanto rancor trouxe certo aborrecimento à tona. Seamus era todo o seu mundo, e Josie era a menininha dos olhos do pai, seu instinto em defendê-lo uma segunda natureza. ── Todos nós temos, não? Alguns tentam se apoiar na família, outros se isolam. Suponho que não haja uma maneira certa ou errada de lidar com o luto. ── Os exemplos por ela escolhidos foram calculados, um espelho perfeito da situação em que se encontravam. Foi sua vez de desviar a atenção, focando em uma carta escrita pela Imperatriz. Falava sobre assuntos mundanos, planos para um chá da tarde e sobre o céu tingido de gris. Nunca tinha visto sua caligrafia antes e, ainda assim, já estava: arredondavam a letra A da mesma maneira, um perfeito argumento no debate entre natureza e criação. ── Mamãe certamente era querida pelo povo, pelo menos. Por Niamh e por Celeste. ── Seu tom não era necessariamente afiado, mas carregava o peso de todas as comparações a que tinha sido submetida. Estava tentando novamente, buscando alguma cumplicidade na noção de que eram ambas as filhas rejeitadas de Meritaten. Queria desesperadamente que ela visse que tinham mais em comum do que tinham em diferenças.
O olhar direto a pegou de surpresa, e Josephine o sustentou sem hesitação. Soube então, pelo silêncio que precedeu a resposta, que a irmã estava perdida para ela. Se nem mesmo o apelido a tinha lembrado do que um dia tinham sido uma para a outra, já não a podia alcançar. Em outra vida, Igraine a teria chamado de Sylwie, e o sorriso por ela ofertado teria alcançado seus olhos. A certeza a atingiu com uma onda de tristeza tão intensa que precisou recuar, arrancando sua mão da dela no processo. Fez o seu melhor para disfarçar ao girar nos calcanhares, a dando as costas e fingindo estudar um dos vestidos expostos no acervo. Podia sentir as lágrimas se acumulando e prestes a transbordar, e respirou fundo na tentativa de contê-las. ── Tem razão. Essa exposição é um desperdício de tempo. ── As palavras soaram embargadas, a preenchendo de uma vergonha familiar: odiava se sentir vulnerável e sozinha, a sensação uma constante que a acompanhava. Sequer tinha escolhido aquela tenda de maneira deliberada, mas estava claro que Igraine não se via como uma deles. Só o que podia fazer era desistir. ── Quer voltar ao circo? O espetáculo já vai começar, e eu prometi sentar com minhas amigas. ── Não se humilharia por uma mísera migalha de afeto. A estava dando a oportunidade de voltar a colocar distância entre as duas, como parecia ser seu desejo.
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Era visceral a maneira como seu corpo reagia a presença de Niamh, familiar demais para fingir não reconhecer os fantasmas de outras interações; a maneira como suas costas ficaram mais retas do que anteriormente, como seu queixo se elevou, sua postura inteira enrijecendo. Sabia que Niamh não era Meritaten, apesar de achar que a irmã se esforçava para que a visão das duas se fundissem uma na outra no imaginário do povo, mas as palavras e o tom eram tão semelhantes que sua mente levava alguns milésimos de segundos para lembrar que a mãe estava morta. — É claro que não, querida irmã. — Devolveu o chamado com ironia. — Jamais estaria em meus pensamentos coisas mundanas como diversão e alegria. — Sabia que a irmã estava certa sobre a Concubina, que certamente estava lutando com unhas e dentes pela posição que agora estava vaga, mas Igraine não conseguia evitar o ímpeto de contrariar. — Precisamos prezar por essa família tão unida. — Não teria implicado tanto com a frase "pelo bem de nossa família" se a sua conversa com Josephine não a tivesse deixado tão abalada. Há muito havia criado uma barreira segura entre ela e os outros irmãos por se sentir uma intrusa naquele oceano dourado que eram os Essaex. Igraine se sentia, ou pelo menos achava, que estava mais feliz nas sombras. Suspirou, mais do que a lembrança de Meritaten, foi a falha na voz de Niamh que fez a sua postura insolente diminuir. — O que quer que eu faça? — A voz assumiu um tom de seriedade, mas não conseguia segurar a língua por muito tempo. — Desfile sorridente para o povo, converse com nobres enfadonhos e ria de piadas sem graça?
NIAMH NÃO se importava muito com leituras proféticas que não fossem realizadas por alguém que considerava experiente. Como uma amante e assídua praticante da Cronomancia, apenas olharia com desprezo a tal Madame Madge. Esperava que Igraine também não caísse naqueles contos. Suspirando de maneira teatral, ofereceu um sorriso para uma de suas damas de companhia, que prontamente lhe atendeu para abaná-la com o leque rendado. A escolha das vestes pesadas não era cabível para um dia no festival, mas sim para uma exibição de poder e influência. "Pessoas precisam ter no que acreditar, não é mesmo, querida irmã?" A relação das duas era complicada---como a de Igraine com Meritaten. Niamh sentia que a mais jovem era um trabalho ainda a ser finalizado, cuja tutela era constantemente necessária... Ainda que a amasse de todo o coração, na maioria do tempo era dura e exigente. "Fico feliz que não tenha gastado seu tempo com algo tão fútil. Há muito o que ser feito hoje. Pelo bem de nossa família..." Niamh aproximou-se da outra Princesa, baixando o tom enquanto mantinha a expressão perfeitamente alinhada. "Não podemos deixar que a Concubina Tiye represente os Essaex pelo Imperador. Se a nossa mãe..." Como se fosse interceptada pelo próprio cérebro, a voz falhou por meio instante. "Temos esta obrigação agora, como você bem compreende. Portanto espero que cumpra bem seu papel."
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Dentro de Igraine havia uma curiosidade inata, cultivada em segredo como um terrário de vidro embaçado – era possível distinguir formas, mas não a totalidade do que havia ali dentro. Ela mantinha um exterior quase ingênuo, e a imagem de perfeição que as irmãs cultivavam certamente contribuía para sua distinção, além é claro de sua aparência, e foi com essa curiosidade brincando em seus olhos que encarou a changeling, assentindo distraidamente. — Certamente, mas dragões são mais... Materiais do que revelações. — Igraine evitava o máximo possível se aproximar de qualquer dragão, até mesmo a visão deles voando era algo que a fazia desviar o olhar. Era conectada com um deus da natureza, portanto reconhecia que eles eram tão naturais quanto outros animais considerados comuns, porém não conseguia ignorar os arrepios de aversão. — A não ser que profecias agora estejam batendo no rosto das pessoas de forma não metafórica. — Certamente o seu comportamento aberto, principalmente a uma changeling, seria visto com maus olhos por alguns membros de sua família, mas Igraine já se mostrou aversa aos modos da realeza desde a infância, e parecia um habito que nem as mais rígidas professoras conseguiram tirar. — Quem sabe… — Deu de ombros, olhando para o alto da tenda, onde a fenda que marcava a entrada se iniciava. — Mas não estamos vendo os acrobatas, não é? — Lançou a changeling um olhar conspirador. — Talvez iremos testemunhar Madame Madge ser a mensageira dos deuses e acertando o rosto de alguém. Vamos entrar?
Dentre todas as atrações que podia aproveitar, aquela definitivamente era uma péssima ideia – com a voz de sua consciência já inundando o juízo de paranoias, Ethel definitivamente não precisava de um direcionamento externo que alimentasse ainda mais suas suspeitas. Ainda assim, seu principal atributo tomava conta e ela estava curiosa; encontrava-se parada em frente à tenda já há uns pares de minutos, vira e mexe mordiscando suas cutículas enquanto tentava decidir se entrava ou não. A gratidão pela voz que interrompeu seus devaneios foi imediato, antes mesmo de reconhecer a dona do timbre. “Com certeza a aplicabilidade é duvidosa, mas talvez seja importante considerar que também não acreditavam em dragões antes deles serem trazidos a esse continente.” Podia não estar no auge de sua estabilidade mental, mas ainda mantinha sua natureza questionadora e crítica, eternamente aberta a perspectivas enriquecedoras. “Existe ângulo para o charlatanismo, é claro, até porque não imagino que muitos deuses se veriam contentes em ter seu poder limitado somente a truques de circo. O que estou querendo dizer é que a magia muitas vezes se manifesta de formas que não entendemos de princípio.” Em resumo, Ethel não acreditava cegamente na possibilidade, mas também não negava por completo que as previsões poderiam ter, sim, ao menos um fundo de verdade. “De toda forma, acho que o espetáculo tem atrações mais interessantes a oferecer. Ouvi muitos elogios sobre as coreografias dos acrobatas.”
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STARTER ABERTO na tenda de Leitura de Cartas com Madame Madge [ 0 / 4 ]
Dizer que não queria estar naquele festival era uma maneira branda de descrever seus sentimentos atuais. Era, no mínimo, injusto que o Imperador havia exigido a presença de todos enquanto o mesmo permanecia ausente, porém a imagem pública de Seamus não era nada próxima a constâncias. Podia sentir o cheiro de caramelo e pipoca mesmo que estivesse relativamente longe de onde a comida estava, decerto vinha das pessoas passavam por si, carregando saquinhos enquanto conversavam em duplas ou grupos. Alguns rostos eram conhecidos, e a grande maioria a cumprimentava, ato que ela replicava com um leve abaixar da cabeça e um sorriso breve, reflexo das incansáveis aulas de etiqueta. Os guardas seguiam Igraine a uma distancia que ela considerava boa o suficiente, conhecia bem os pais de cada um deles e faria questão de fazê-los ouvir o quanto aborreceram a princesa, que apenas buscava uma merecida distração, pobrezinha. Seus passos a levaram para a tenda de Madame Madge, olhando para o anuncio com descrença. De relance, seu olhar foi para a pessoa mais próxima. — Conveniente que suas revelações sejam tão difíceis de compreender, não é? — Deu de ombros. Igraine imaginou se Madame Madge não fosse uma pessoa como ela, que sabia demais por fontes bem mundanas. — Digo, para um desesperado, qualquer coisa é um sinal.
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AINDA QUE O BRAÇO ENTRELAÇADO ao seu fosse leve e delicado, o pesar que sentia era de toneladas. Por isso, era uma tentativa vã se distrair daquele caminhar com Josephine, estava consciente demais de sua presença, ainda que seu olhar estivesse na movimentação de corpos e cores. Procurou com o olhar a visão caótica do pequeno Theodoro, filho mais novo da cozinheira do palácio, que ganhou de presente uma ida ao festival por ter sido tão valente ao arrancar seu primeiro dente de leite. Certamente ele estaria em algum lugar daquelas tendas, brincando com seus amigos, enquanto a graciosa Elinor estaria revirando os olhos para o grupo e explicando, com seu ar de sabedoria infantil, sobre cada atração. Pensar neles era relembrar a infância, uma liberdade longínqua e intocável. Foi a voz de Josephine que a trouxe para o presente, seu olhar voltando-se em sua direção, inconscientemente tateando o formato de pequenas estrelas de seu brinco. — Obrigada. — Imaginando que deveria acrescentar alguma coisa em seguida, maneou o queixo em direção aos brincos da irmã. ── Também gostei dos seus.
Não saberia dizer se existia uma razão especifica que fez com que Josephine, que aquela altura a guiava, escolhesse aquela tenda em particular, mas heras cresciam em seu estômago a cada passo, enrolavam cada órgão e subiam até sua garganta ao observar todos aqueles artefatos familiares. Familiar era uma palavra estranha para tal contexto, ainda que fosse sim apropriada considerando que aquela era, para todos os efeitos, sua família. Sua íris encarou o aperto que Josephine oferecia em sua pele, e foi no silêncio que escutou nas palavras alheias coisas que ecoavam na própria mente. Admirava a facilidade de Josephine em conseguir dizer aquilo e, sim, invejava também. Quando Igraine falou, suas palavras carregavam o rancor que sentia. — O Imperador tem uma maneira peculiar de demonstrar pesar por sua falecida esposa. — Igraine nunca chamava Seamus de pai quando não estava sob o olhar público, o fazia apenas para manter as aparências, mas ali não era preciso. Era estranho olhar para tanto de Meritaten e reconhecer tão pouco. — Quem sabe este seja um testemunho do quão querida ela era. — Seu olhar foi ao resto da tenda, tamanho era o vazio que parecia ecoar. A hera apertou mais um pouco.
Tanto tempo havia se passado desde a última vez que ouviu aquele apelido que Igraine demorou alguns segundos para registrar. Pela primeira vez naquele dia, Igraine olhou a irmã, realmente olhou. Os cabelos loiros que pareciam brilhar como o sol quando ela dançava, os olhos claros tão cheios de doçura, e a voz, a voz que foi tão presente em sua infância. Quando buscava afeto dentro do seu lar, era aquela voz que encontrava. Ainda assim, Igraine sentia a garganta fechar ao tentar pronunciar as mesmas palavras que Josephine dizia. Ao invés disso, deu um sorriso, um sorriso formal demais para seu gosto, e colocou a própria mão sobre a dela. — Eu estou aqui, não estou? — Tirando a mão, seu olhar voltou-se para a exposição. —Devo dizer, é uma exposição bem cafona.
⠀( … )⠀SETTING: com @antlrprncss no Museu de Curiosidades.
Seus guardas e os da irmã as seguiam como sombras, uma presença da qual não era fácil se livrar. Tinha o braço entrelaçado no de Igraine, o contato não tão natural quanto seria com Niamh ou Celestia, e iniciado por Josephine em uma tentativa de aproximação. Conforme caminhavam entre os frequentadores do festival, podia sentir os pares de olhos as acompanhando. Sua atenção estava apenas na irmã, roubando um olhar de soslaio e percebendo que, naquele ângulo, a mais nova era uma cópia perfeita de Meritaten. A convivência tinha se tornado um pouco mais delicada após a partida da mãe, e Josie estava disposta a tentar remendá-la na esperança de que pudessem se apoiar uma na outra ao superar a perda. ── Gostei de seus brincos. ── Apesar de o sorriso ofertado ser genuíno, detestou como o elogio soava como a conversa fiada desperdiçada com desconhecidos, e franziu as sobrancelhas conforme pensava em como tornar o diálogo mais natural.
A sensação de ser observada era como uma queimação na base da nuca, desconfortável o suficiente para a fazer olhar ao redor em busca de refúgio. A maioria da movimentação parecia partir na direção da tenda principal em antecipação ao espetáculo, e Josephine optou por arrastar Igraine consigo na direção da única atração que parecia vazia, encontrando alguma privacidade entre as paredes de lona do Museu de Curiosidades, a escolta prostrada na entrada e as dando espaço. O interior estava repleto de artefatos de sua família, e foi com um pesar no coração que notou que a exposição central era uma homenagem à Imperatriz assassinada. Atrás de conforto, buscou pela mão da irmã e a apertou. ── Odeio ter que estar aqui. ── Admitiu o incômodo em um sussurro, muito provavelmente pela primeira vez na vida. Não costumava questionar as ordens de Seamus, e tinha sido o pai a instruí-la a marcar presença. ── Não me sinto no clima para festas. Está tudo de cabeça pra baixo. ── Correu os dedos pelos cabelos trançados na intenção de mantê-los ocupados, o nervosismo evidente. Uma vez que o peito estava aberto, a verdade a escapou em uma torrente. ── Sinto sua falta, Lethie. ── O apelido era uma recordação da infância, e há muito tinha sido deixado de lado. A distância entre as duas parecia ter se tornado um abismo desde o maldito enterro, e odiava pensar que só ela o tinha percebido.
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CONEXÕES DESEJADAS ─── abaixo do read more tem algumas sugestões de conexões.
I. KHAJOL: Poucos eram aqueles que Igraine permitia algum tipo de aproximação genuína, era desconfiada demais por saber demais, mas MUSE era uma das poucas pessoas que ela permitia visse um pouco além da fachada. Talvez pela amizade ter se formado quando eram jovens, quando Igraine não tinha tantas amarras, ou quem sabe por uma afinidade causada por outras circunstancias.
II. A relação de Igraine com MUSE se iniciou de maneira peculiar: Com um segredo. Tantos eram os nomes em sua lista, e MUSE, ou sua família, acabou sendo um deles. A relação pode ser um cabo de guerra, um testando a "força" do outro, ou uma inimizade declarada.
III. CHANGELING: Ao contrário do que ela propaga, as informações que possui são completamente relacionadas a khajols, e a incomoda profundamente o fato de não ter olhos e ouvidos entre os changeling. A sua relação com MUSE pode ser tanto uma aliança, onde ambos trocam informações (Igraine ignora completamente as visões sobre os changeling quando o assunto é fofoca), ou então MUSE pode ser uma pessoa que sabe de suas tentativas e tenta frustrá-las.
IV. É fácil ser a detentora dos segredos, mas estar do outro lado é, no mínimo, um terrível incomodo. Em uma das poucas vezes em que Igraine permitiu que sua natureza rebelde ganhasse a batalha contra o decoro, MUSE viu a princesa escapando do palácio junto com um dos guardas, que insistia em acompanhá-la por proteção. A ideia de alguém saber de suas fugas já é terrível por si só, mas o boato que poderia surgir de uma relação tão amigável era pior.
#· wanted connections »#poucas porque meu cérebro fritou um pouco mas eu vou adicionando com o tempo
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⸻ A altivez dos passos diz que é nobre o sangue que corre em IGRAINE LETHE ESSAEX. Sendo CARISMÁTICA e PASSIONAL, ela foi escolhida como hospedeira e protegida de CERNUNNOS. Aos 25 ANOS, cursa o NÍVEL II, OBSIDIANA.
i wish i were a girl again, half savage and hardy, and free; and laughing at injuries, not maddeing under them.
conexões. pinterest.
BIOGRAPHY ───
Em uma poça de suor, Igraine Lethe Essaex despertava de mais um de seus sonhos febris. O linho branco da camisola grudava como uma segunda camada de pele, seus cabelos castanhos, mais cheios do que o normal, indicavam que se movimentara muito durante o sono, e seus olhos cansados e inchados mostravam que havia chorado a noite inteira. Sua ama veio rapidamente ao seu encontro, já acostumada a adormecer no quarto da princesa, e a embalou em seus braços. Imaginava que o movimento no corredor com o soar do sino seria seguido da presença materna, que nunca vinha, mas Igraine ainda era criança e nutria esperanças de obter a atenção materna.
Ao invés disso, vieram os servos para preparar seu banho e lhe dar algo de comer com rapidez vinda de anos de trabalho. Em seus sonhos, o vento sempre estava forte, e cada movimento das folhas era uma palavra de um deus cornudo, sussurrando palavras impossíveis de compreender.
Apesar da teimosia, como uma árvore de raízes fincadas fortes no chão, que se curvava, mas não era derrubada, Igraine era querida pela maioria dos funcionários do castelo. Ainda buscava o afeto familiar, apesar de crescer um rancor de que tais afetos já foram preenchidos por suas irmãs, ela começou a buscar atenção daqueles que pareciam mais dispostos a dar. Era impossível dizer não para a menina, mesmo quando ela queria pegar geleia direto do pote, sujando-se inteira, ou quando ela queria acompanhar as moças que iam pendurar os lençois ao sol e acompanhar os guardas em suas rondas, imitando os seus passos firmes. Para não enfurecer aqueles que veriam tais atos como uma profanação a família real, mãos ágeis vinham para limpá-la e vesti-lá apropriadamente antes das refeições, e quando ainda estava com fome após o jantar, a ama a levava para a cozinha para comer consigo de forma escondida.
Igraine, que era uma criança falante, aprendeu a manter segredos com essas escapadas. A ama colocava o indicador sobre os lábios e Igraine sabia que aquele era o sinal para manter não apenas o silêncio, mas o segredo de seus atos. Com o tempo, outros segredos foram cultivados. Os funcionários do castelo traziam todos os dias fofocas de dentro e fora do palácio, como um funcionário de uma casa nobre que tinha uma paixonite pela camareira do castelo alimentava sua atenção com fofocas sobre seu patrão, ou um funcionário demitido que amaldiçoava em um bar, bêbado, todos os podres da senhora para o jardineiro. Igraine guardou todos os nomes e todas as histórias, primeiro por diversão, a ideia infantil de que sabia de coisas que nem seus pais, irmãs e irmãos sabiam, mas com o passar dos anos isso se tornou algo além.
A mudança em sua natureza veio quando brincava de fugir das empregadas, as vestes sujas de lama e o cabelo desgrenhado pelo vento da cavalgada, dando de cara com o corpo de Meritaten. O olhar materno foi como nenhum outro, como se visse a filha pela primeira vez, e seu rosto, apesar das semelhanças apontadas pelas pessoas, espelhava algo como decepção — não, Igraine não acreditava que Meritaten se importava tanto assim, mas foi uma única palavra solitária que saída de seus lábios que selou seu futuro: Cresça.
Depois desse dia, Igraine ia diligentemente a todas as aulas de etiqueta. Não aprendeu a bordar com perfeição e ainda relutava em permitir ser guiada em uma valsa, mas havia se transformado de uma menina quase selvagem, saudável e livre, em uma perfeita dama da sociedade. Agora, ao invés de correr pelos bosques e jardins, cavalgando seu cavalo favorito, Igraine se resignava a observar pelas janelas de seu quarto. Já não fazia tantas visitas aos trabalhadores do castelo como antes, mas alimentou a habilidade de cultivar e colher segredos, a ser útil para a irmandade que sua mãe era líder.
Foi durante essa época que o deus cornudo que a visitava em seus sonhos a reclamou e revelou-se como Cernunnos, e este deus era imprevisível como a própria natureza, uma hora pacifico, permitindo que ela continue com a sua fachada de princesa perfeita, e outras vezes ele exigia algo que ela não podia dar, sua própria natureza, e o brilho de seu Seon, Meliae, era um lembrete constante disso.
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