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30/05/2019
Depois de um dia cheio, com meu coração vazio
Acendo um cigarro e inalo de forma tranquila
Até o fim da rua já estou trocando os pés
Longe dos meus pensamentos
E do desespero que eles me trazem
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22/05/2019 ─ DESCONECTADA
Estou enfrentando novamente uma onda de crises existenciais, vazios, perda de noção de sentido. Estou tentando manter próximo as pessoas que me querem bem, já que recentemente perdi muitos amigos. O problema é eu não saber mais como conversar com as pessoas, como puxar um assunto, como manter este ou sequer agir naturalmente, provavelmente porque estou me forçando a fazer isso e fica na minha mente o tempo todo martelando “tenho que manter essa pessoa próxima”. Porém, também percebi que, no geral, minhas interações com outros têm sido artificiais, parece que estou sempre sendo o meu eu “socialmente aceito”, que uso no trabalho, por exemplo. Essa pessoa que ri por educação, que só tenta falar coisas certas e da superfície, que não aproveita os papos como deveria. E eis que, num desabafo para um amigo, disse que queria o manter perto e que fosse sincero comigo, pois é tudo o que preciso no momento, então ele me responde que eu mudei, que nem parece mais que gostamos das mesmas coisas. Basicamente que não sou mais a mesma pessoa. Foi como um soco.
Aliás, quem sou eu ultimamente? Eu não sei direito, pois até com quem eu deveria me sentir totalmente à vontade, me travo. Me sinto desinteressante, que apenas trago assuntos pesados pois não lembro quando disse que estava bem pela última vez. Sinto uma desconexão com as pessoas a minha volta e comigo mesma, que mais deveria estar conectada. E sempre que penso no assunto, penso em uma justificativa para isto como estresse, faculdade, trabalho, mas e se isto ser algo em mim? Se depois que todos esses agravantes passarem, eu descobrir que não eram estes? Quem eu sou e/ou estou me tornando? São questões que estou me perguntando desde o começo do ano, pois definitivamente houveram muitas mudanças na minha vida. Acho que estou ainda perdida no meio delas.
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15/05/2019
Eu ajudo todo mundo pra me sentir importante porque as pessoas notam que cuido das coisas, mas na verdade eu só estou fazendo essas pessoas ficarem dependentes de coisas que eu resolvo.
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15/05/2019
Não há "instinto materno" há um comportamento feminino gerado de um incentivo desde criança a cuidar. Somos ensinadas a brincar sempre de forma cooperativa e não competitiva como os homens. Isso quer dizer que, tecnicamente então eu sou maternal? Porque sinto que cuido das pessoas em volta de mim.
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25/04/2019
Quando eu vou aceitar que a vida dos outros é melhor sem mim? Minha irmã está cada vez mais distante de mim e parece estar melhor por isso, o mesmo pros meus amigos. Minha terapeuta diz que devo me abrir para novas amizades, mas eu não quero que mais pessoas descubram que sou uma pessoa horrível por dentro e que na verdade deveriam se afastar de mim. A solidão nunca pareceu tanto um problema na minha vida, pois agora tudo o que eu queria era ter meus amigos, não querendo aceitar a realidade.
Tentei me abrir para um colega da faculdade e agora me sinto vulnerável nesse ambiente em que eu sempre conseguia me manter firme em minhas emoções e eu detesto isso. Parece que se alguém realmente sabe dos meus sentimentos e problemas, eu não consigo esconder eles e tentar fazer as coisas que preciso fazer. Não posso chorar todo dia na faculdade, mas com alguém tendo apenas uma ideia do que estou passando, já me sinto mais fraca e com vontade de chorar o tempo todo. Essa é minha muralha, é minha defesa. Não deixo as pessoas se aproximarem pra me manter forte. Pra não ser descartada por pensar o que penso ou fazer o que faço. Ou por ser quem eu realmente sou.
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25/03/19 ─ LONGA JORNADA, PEQUENAS CONQUISTAS
Com todas as coisas que estão acontecendo ao mesmo tempo comigo, resolvi parar um momento para reconhecer uma conquista que tenho subido degrau em degrau para continuar firme, mesmo com medo de cair: minha sexualidade. Esse assunto sempre foi tão delicado pra mim, tem tantos poréns e traumas envolvidos, dores físicas e psicológicas, mas estou conseguindo finalmente me sentir mais liberta a curtir meu corpo, o de outra pessoa e estes ambos juntos sexualmente. Me olho no espelho e me sinto confiante, sexy, capaz de fazer coisas que não imaginava por anos que iria conseguir realizar. Ainda tenho mais degraus pela frente, e o gosto de estar mais alto nessa jornada me faz sentir bem. Só quero aproveitar esse momento.
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13/03/19 ─ VELHOS HÁBITOS ACESOS
Esses últimos dias, ou melhor, semanas, têm sido mais difíceis que o normal. Na verdade, cada vez percebo que desde que minha terapia cessou, eu tenho perdido a noção das coisas. Meu post Real or Not Real? cada vez se torna mais real na minha cabeça.
Estou há um mês sem entrar em redes sociais que tenho amigos adicionados. O que tem aumentado uma sensação de solidão dentro de mim, que se junta com o pensamento de que não sou relevante para a vida das pessoas e vira uma bagunça só. Ao mesmo tempo que quero voltar para essas redes pelo fear of missing out e pela solidão, penso que ficar olhando o que os outros estão postando na verdade só está preenchendo falsamente essas sensações, porque rolar por um feed não vai me fazer menos sozinha, e eu não vou estar perdendo coisas necessárias na minha vida. Então continuo isolada e sem saber coisas pequenas ou grandes que estão acontecendo na vida dos outros ou do mundo, como notícias etc, pois não assisto televisão ou algo do tipo.
Na faculdade, como tudo na vida, eu já achei que já estava difícil o suficiente. Silly me. Estou estudando pesquisa, então tudo que vou poder ler/fazer nesse semestre nas minhas idas e vindas do trabalho, faculdade e até tempo livre, será estudar textos antigos e fazer redações sobre estes. Sem contar o dinheiro, que cada vez que acho que tenho menos, surge algo para dizer que dá pra ficar mais apertado ainda.
Meus amigos e irmã, estou falando pouco, pois dentro das crises que estou tendo, sou difícil de aturar, e eu entendo eles, mas ao mesmo tempo me detesto por isso estar acontecendo. Estou tendo paranóias, ansiedade sempre lá em cima, uma agonia que não tem fim, uma sensação de ter que sumir de uma vez junto com a frustração de não conseguir ser outra pessoa. Passaram-se semanas, mas na minha cabeça acontece tanta coisa, que parecem meses, às vezes até tenho dores físicas pelo esforço emocional que tudo está me exigindo. E dentro de toda essa bagunça, com até um amigo meu que estuda psicologia dizendo que eu talvez tenha sintomas de esquizofrenia, eu acendi um velho, mas velho mesmo, hábito meu. Cigarro.
Eu lutei mentalmente pra não fazer isso, mas o momento que eu dei a primeira tragada e a nicotina extasiou os pensamentos e meus ombros tensos, eu sorri e suspirei aliviada. “Era disso que eu tava precisando” murmurei pra mim mesma. O que me tranquiliza, pelo menos um pouco, é que não sinto necessidade sempre de um cigarro, até porque eu não gosto do cheiro em mim, não gosto da fumaça. Vou manter meu foco em não me deixar seduzir sempre por essa saída pro desconforto, mas eu precisava desabafar aqui, já que ninguém sabe disso.
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19/02/19 ─ GOOD FOR YOU
Nas últimas semanas, tenho percebido um sentimento estranho dentro de min em certas situações que antes não me causavam essa reação. Eu trabalho no famoso 6/1 há quase quatro anos agora. Não tenho um "sextou" pois trabalho no sábado quase o dia todo. Então, tecnicamente eu já deveria ter me acostumado que, em certos compromissos (como saídas até tarde de sexta ou sábado de dia) eu não posso ir por conta disso, certo? Ultimamente não.
Começou com a formatura de um amigo de longa data no meio de janeiro. Ele convidou apenas algumas pessoas para uma janta/festa na casa dele depois da cerimônia, desde outros amigos da mesma época que não se viram mais, até os que se falam até hoje, incluindo eu. Tudo muito legal. Até ser dito que era na sexta à noite. Ó-ti-mo. De início, como era em outra cidade, eu planejei ir tanto na colação de grau quanto na janta e voltar de uber com alguém que também fosse voltar mais cedo, até porque era ainda mais longe da minha cidade do que o local da colação. Porém, ninguém iria voltar cedo. Resumo: voltei sozinha (e, principalmente, pagando sozinha) depois da cerimônia da formatura e apenas eu não fiquei para a janta. Geralmente, essa situação iria apenas me deixar chateada pelo dinheiro gasto e porque queria me divertir com meus amigos e não pude. Mas não, algo a mais cresceu ali, um "bom pra vocês que podem ir e não trabalham amanhã". Uma raiva, inveja, frustração e cansaço. Algo não saudável.
Desde então, senti mais duas vezes esse sentimento, e não gosto dele. Na verdade nem o entendo bem, pois estou algo que não me incomodava desse jeito antes. Até porque, estou em um momento da minha vida que essa é a opção mais viável até eu me formar. Manda quem pode, obedece quem precisa. Mas aparentemente meu cérebro não está mais aceitando isso tão fácil. Talvez seja cansaço da mesma rotina há anos, não sei dizer com certeza (tanto que nem sei que tags colocar nesse post). Só sei que quando sinto isso, percebo que não é algo bom e tento abstrair. Até porque da última vez até falei "Que bom pra ti né?" de uma maneira bem sarcástica. Depois me desculpei. Mas espero não chegar nesse ponto novamente.
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16/02/19 ─ LEMBRANÇAS
Hoje acordei pensando em ti. No teu cheiro, teu riso, teu olhar quando saímos pela primeira vez e disse “vontade de te beijar”. São essas e outras lembranças que, infelizmente, só vou poder daqui pra frente relembrar e falar sobre, no passado.
Por que não caibo mais na tua vida.
Sinto saudade.
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24/01/19 ─ BATIMENTOS INQUIETOS
Essa semana tem sido difícil para minha ansiedade, faz dias que, mesmo medicada, estou sofrendo com insônia. Tem dias que é porque não quero dormir, mas também não quero ficar acordada, outros por estar com um aperto no coração que me faz querer distrair minha mente e não largo o celular. Ontem foi um momento de quase limite, pois estava com muito sono às 21hrs, mas era cedo e estava olhando filme, só que, na hora de deitar, todo esse cansaço sumiu do meu corpo e eu só fui dormir mais tarde que o costume, mesmo deitada na cama desde às 22hrs. Cheguei a pensar em tomar mais um remédio, mas, com medo de acontecer algo de ruim, quase chorei. Cansada, irritada, carente, perdida. Se fossem apenas durante a noite essas situações, talvez seria um pouco melhor. Porém, ao longo da semana se estenderam para o dia. Neste exato momento, meu coração está pulando dentro do peito, e não sei bem o porquê.
Talvez seja o trabalho, geralmente quando minha supervisora entra em férias, acontece. Esse mês, as vendas estão lá em baixo, e meu chefe quer tudo lá em cima. As funcionárias estão cansadas de só cumprir horário, de se frustarem com as metas. As horas passam se arrastando, e eu tenho que manter tudo sob controle, na minha cabeça e na delas. Ao mesmo tempo, minhas férias estão chegando, e eu quero muito elas. Desço do ônibus já pensando “esse caminho de novo, essa árvore de novo, essas pessoas de novo”, e essa monotonia junta com todo o resto e faz parecer pior do que provavelmente é.
Talvez seja na minha casa. Minha mãe está de férias, e eu amo ela, já falei sobre isso. Porém, para o bem da minha sanidade mental, eu preciso ficar um tempo sozinha e, ultimamente não tenho isto. No começo era ok, já esses últimos dias, às vezes só respondo-a com “uhum”, pois não quero conversar, não quero responder, só quero um tempo comigo mesma, no silêncio, sem a pressão de ter que conversar com alguém ou agradá-la. Pode parecer egoísta, mas é o que eu preciso para conseguir me dedicar aos outros: me dedicar a mim mesma primeiro.
Talvez seja Dom. Essa semana está trabalhando muito, e não conseguimos nos falar ou ver direito. Minha mãe perguntou quando vai conhecê-lo, e eu sinceramente não sei a resposta, nunca conversamos ele e eu sobre isso, mas isso me causa um estresse inconsciente. Não quero forçá-lo as coisas, sei que ele, assim como eu, tem problemas com relacionamentos. Quero tudo no nosso tempo, mas as pessoas à nossa volta pedem por coisas que eu sinceramente gostaria de dar algumas, mas não posso desrespeitar o tempo dos outros.
Enfim, talvez seja um mix de tudo isso, contando com meu período chegando e tudo o mais. Desabafar um pouco aqui me aliviou um pouco o nervosismo, apesar de continuar com o coração acelerado. Ontem tomei um banho no escuro de novo pra relaxar, e também me ajudou. Vou tentar me concentrar nas pequenas coisas e de forma positiva, para não acabar me perdendo nessas coisas.
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20/01/19 ─ OLÁ 2019
Depois de tantas realizações em 2018, sinto que até fiz poucas metas para 2019, porém, de repente com o tempo eu vou atualizando elas. E como falei no post anterior, começou com grandes realizações pois já comecei ou completei algumas das a seguir citadas!
1. Viajar; Acho que essa sempre será uma meta dos meus anos, pois gosto muito de visitar outros lugares. Mas desse ano em específico, quero visitar a sede da empresa em que trabalho, que fica em outro estado. Planejamento financeiro desde já!
2. Comprar lente nova; Como mencionado, em 2018 comprei minha câmera, agora eu pretendo sempre expandir essa meta para novos equipamentos para melhor produção de fotos etc. Então, mais um motivo para guardar uma grana, mesmo a faculdade me tomando quase tudo, mas bora lá!
3. Limpeza nos dentes; Sim, em 2018 eu consegui consultar uma dentista sem ter grandes crises, porém essa é outra meta que precisa progredir e expandir para os tratamentos dentários que preciso, a fim não só da minha saúde bucal, mas também para superação do meu trauma passado.
4. Curso storytelling para irmã; Essa foi a não realizada de 2018, e estou determinada a realizar esse ano! Minha irmã merece muito e se subestima um pouco, então seria não só para melhorar algo que ela gosta de fazer, mas também para aumentar a estima pelos trabalhos que ela produz.
5. Usar coletor menstrual; Tenho amigas que usam faz mais ou menos quatro anos o coletor, e eu sempre gostei da ideia. Há dois anos migrei do absorvente externo para o interno, com o intuito de transicionar para o coletor, mas apenas procastinei essa ideia. Por fim, nos primeiros dias de 2019 já comprei meu coletor e estou meio caminho andado para realizar essa meta! GRL PWR
6. Comprar bicicleta dobrável; Como contei no post anterior, essa meta eu comecei em 2018 e terminei faz pouco em 2019. Falta ainda levar em uma mecânica para fazer a revisão antes de usar, porém já posso dizer com orgulho que já realizei.
Ainda tem muito o que acontecer, e provavelmente coisas que nem citei aqui, como aconteceu no ano anterior. Estou estimulada com essas primeiras conquistas do ano, espero que dê tudo certo, senão, daqui meses estarei eu lendo este post pensando “Coitada, iludida né?” mas enfim, seguimos.
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20/01/19 ─ ADEUS 2018
Estou feliz de retornar neste blog com boas notícias: o ano novo começou já com muitas realizações!
Há três anos agora, sempre anoto na minha agenda meus planos para o ano vigente. E, antes de mostrar os meus planos para 2019, quero rever os de 2018 para registrar aqui que, achava ter sido um ano mais ou menos, mas foi de muita transformação, crescimento, auto-conhecimento, mudanças boas e ruins. Enfim, ao contrário do que minha mente tenta criar de que fiz nada e que mereço nada, foi um ano bom sim.
1. Viajar; No começo de 2018 eu fiquei dois dias na praia, o que eu considerei como viagem. Quando escrevi esta meta, internamente queria ir para outro estado, porém as dificuldades financeiras vieram, mas mesmo assim, saí do meu local usual, mesmo que pouco e pra não tão longe.
2. Comprar uma câmera; Era meu sonho há anos comprar uma câmera profissional. Após meses guardando dinheiro de forma sagrada, planejando meus custos, deixando de ir algumas vezes em lugares que queria por algo maior, eu consegui. Comprei minha T5i que uso para produções fotográficas que adoro fazer. Não tenho palavras para descrever o quão isso é grande dentro de mim, talvez uma das maiores conquistas deste ano.
3. Ir ao dentista; Pode parecer uma meta boba, porém, deixe eu dar o contexto: Há anos atrás, eu trabalhei por um mês como recepcionista/auxiliar de limpeza/auxiliar cirúrgica/faz tudo em um consultório dentário, porém deixei este após um dia chuvoso em que, na uma hora que eu ficava sozinha no consultório antes do dentista voltar do almoço, um homem entrou armado e me fez de refém por alguns minutos apontando uma arma pra mim. Veja bem, eu nunca fui aquela criança com medo de dentista nem nada, mas esse acontecimento me fez ser uma jovem adulta que suava só de pensar em entrar novamente em qualquer odonto. Mas, com meses de preparação psicológica, minha irmã indo junto e optando por uma profissional mulher para me atender, consegui ir a uma consulta!
4. Fazer novas tatuagens; Acho que a maioria das pessoas que já tem algumas, ou gostam e ainda não fizeram, tem essa meta certo? O que eu não esperava é que de quatro tatuagens, em 2018 eu terminasse com o i t o. Nas férias, fiz uma. Minha amiga ganhou um sorteio de tattoo que dava direito a duas amigas também se riscarem e fiz mais duas. Por fim, conversei com um tatuador que já fez algumas minhas e fizemos uma troca de um antigo cosplay meu por mais uma tattoo em mim, e duas na minha irmã. Com certeza, fora das expectativas que eu tinha quando escrevi na minha agenda a meta.
5. Celular novo; Meu antigo celular (rip) já estava para completar cinco anos na minha mão. Comprei ele com ajuda da minha mãe na época que saí daquele consultório dentário e, mesmo pra época, já era um tanto obsoleto, mas meu amor por ele era maior então, mesmo tendo que viver só com mais ou menos 5 apps instalados e não atualizados, eu estava até pensando em enrolar essa meta para 2019. Foi então que ele desistiu de carregar. Então juntei o dinheiro que estava colocando na poupança para uma possível compra grande, mais um pouco do meu salário e taram: aqui estamos com um celular novo. Agora eu já me adaptei a ele, mas nos primeiros meses, eu ainda estava em fase de negação e só choramingava o quanto eu amava meu outro celular (ainda tenho ele guardado só por sentimentalismo mesmo).
6. Comprar bicicleta dobrável; Esta é uma grande mudança. Decidi ter essa meta pois eu aos poucos fui pensando na praticidade que uma bicicleta me traria para visitar meus amigos que, apesar de morarem perto, são em média 25min de caminhada até a casa deles. Outro grande fator que me fez tomar essa decisão foi a produção de bons hormônios quando nos exercitamos, assim podendo ser uma ajuda ao combate da minha ansiedade e depressão junto com medicação. A questão da bicicleta ser dobrável é justo porque na minha casa eu não tenho espaço físico para guardar uma bicicleta tradicional. Durante o ano, as dificuldades financeiras foram chegando, porém, em novembro e dezembro eu me dediquei a guardar meu 13º e comprar a bicicleta, e foi o que fiz. Essa é uma meta começada em 2018 e que realizei nos primeiros dias de 2019, mas ainda considero ela realizada. Fiquei muito realizada de conseguir um modelo ótimo por um preço mais justo do que outros lugares que havia checado.
7. Curso de storytelling para irmã; Infelizmente, essa meta foi a que não cumpri em 2018 como planejado. Minha irmã adora escrever, ela e eu somos muito fãs de um professor que da aulas online de storytelling, uma técnica de narrativa para contar histórias. As datas dos cursos durante o ano caíram em datas que eu sabia que ela estaria muito ocupada com a faculdade e trabalho, por isso acabei exitando em comprar. Mas tudo bem, essa é uma das minhas primeiras metas para 2019, com certeza.
Mas também durante o ano eu fiz uma lista de coisas realizadas em 2018 que não estavam necessariamente nas minhas metas, aqui vão:
1. Primeiro musical; Já havia mencionado em um post anterior que eu tenho um amor imensurável por musicais (que ainda não escrevi sobre) e, em 2018 fui pela primeira vez em um teatro para assistir não só um, mas dois musicais! Foram experiências sem comparação, para esse grande sentimento que tenho, foi algo inexplicável, muito maravilhoso.
2. Ler livros; A leitura sempre foi um hábito que minha irmã desenvolveu desde muito cedo, atípico de toda minha família. Eu, por outro lado, sempre tive preguiça ou dificuldades para me concentrar em livros, mesmo adorando a magia que minha irmã me contava que acontecia quando se lia os fatos e os imaginava, invés de só absorvê-los no audiovisual. Foi que no meu aniversário em 2017, ganhei de presente dela e minha mãe o box completo de Harry Potter, uma das minhas grandes paixões na vida. Estimulada e ansiosa, comecei estes imediatamente e os terminei no início de 2018, e daí em diante, terminei de mais muitos outros livros. Até comecei a ganhar mais de presente, pois as pessoas em volta de mim também viram que finalmente consegui ter esse hábito e que estava feliz com isso. Fiz uma pausa apenas em dezembro pela correria no trabalho, mas já iniciei 2019 lendo novamente.
3. Auto-conhecimento; Algo que mencionei no começo do post. Esse tópico só é graças a minha volta para a terapia, e minha terapeuta maravilhosa. Eu relutei muitos anos a ter sessões com psicólogos novamente e tomar medicação, porém em 2018 eu cheguei em um ponto que, ou eu voltava, ou eu descia para o mesmo buraco que passei anos, alguns anos antes. Isso só me trouxe benefícios. Sei que se conhecer é algo sempre em construção (até porque somos seres que vivem em mudança), porém tomar esse pontapé inicial para essa jornada me trouxe muitos frutos e amadurecimento.
4. Me permitir; Quase desde que me conheço por gente, carrego alguns problemas que não foram resolvidos, e que resultaram em meus problemas com relacionamento, sexualidade, pessoas e ser um ser social. Mas, com a ajuda da terapia e meu esforço, 2018 veio com Dom no começo do segundo semestre. E me permitir gostar, deixar que alguém se aproxime, conheça meus defeitos e curtir momentos comigo, me adaptar as vivências de outra pessoa etc, têm sido um desafio bom de traçar. Estes dias, o abracei e chorei de felicidade. Felicidade por ter chegado onde cheguei, por ter superado tanta coisa. Ainda tenho mais dessa montanha para subir, mas só de ter chegado aqui, já me sinto uma vitoriosa.
5. Premiação no trabalho; Não desenvolverei tanto esse, pois não quero expor onde trabalho, porém saiba que eu sou uma pessoa muito fiel, onde eu esteja. Eu visto a camisa, eu adoro a empresa, tenho uma paixão que me mantém firme e forte apesar dos desafios. Foi então na reunião pré-natal que fui premiada como destaque de 2018. Não sei nem como descrever minha felicidade, eu quem estava um tanto pra baixo naquele começo de mês pois sabia que viria muito estresse e cansaço, fui muito revigorada, e então lembrei o porquê de eu estar ali por anos. Guardo com carinho minha premiação, ainda sorrindo ao lembrar do momento.
6. Caminhão Coca-Cola; Veja bem, eu não bebo refrigerante há anos, e quando bebia, não era coca-cola. Porém, no natal a marca sempre faz o desfile com caminhões impecavelmente iluminados e com o papai noel (que apenas usa vermelho pois a própria coca-cola o desenhou com esta cor no século passado) feliz e abanando para todos. Sempre achei algo mágico, lindo em fotos, porém em três anos, sempre acontecia de eu perder o dia, ou não estar nos locais em tempo de ver o caminhão. Então estava eu, voltando do trabalho no ônibus ouvindo podcast, sem nem lembrar que existia o desfile. No momento que tirei os fones pois estava quase chegando em casa, o motorista do ônibus comentou que havia muitas pessoas na rua, sentadas aleatoriamente (e realmente tinha), foi aí que um homem mais velho o respondeu que era porque estavam esperando o caminhão da coca-cola chegar. Eu entrei em desespero de felicidade e ansiedade: essa é minha chance! Cheguei em casa, corri para minha mãe e contei o acontecido, e corremos para a rua. Uns 20 minutos depois, estavam vindo os três caminhões, o do meio sendo o do papai noel. Pode ser a coisa mais tosca, boba, dispensável para alguns, mas me fez pular de alegria, meu dia terminou mágico.
Por fim, este foi, resumidamente, meu 2018. Como mencionei, também houve momentos ruins, mas cara, ao rever o quanto cresci e realizei, não consigo ficar triste. Foi um bom ano, com certeza.
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29/12/18 ─ E O QUE VOCÊ FEZ?
Esses dias tenho feito aquela velha e perigosa reflexão sobre o ano que está breve a terminar. A boa parte é que, mesmo com seus momentos baixos (um deles sendo o do exato momento), descobri que meu ano foi, de um modo geral, bom. Realizei muitas coisas que há anos estavam pendentes, voltei com meu tratamento psicológico, me permiti, comprei uma câmera, guardei dinheiro, permaneci de uma forma mais saudável no trabalho, visitei uma escola para pessoas especiais, li vários livros, enfim... foi algo que pensei ser importante deixar aqui registrado, mesmo tendo feito também na minha agenda. Apesar dos pesares, sobrevivi e tenho boas histórias sobre 2018.
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16/12/18 ─ YOU'RE MUSIC TO MY EYES
É dezembro, estou no meio de vários dias seguidos trabalhados sem folga e fazendo horas extras, porém, queria dedicar um tempinho pra me lembrar dos sentimentos bons que tem me acontecido fora do trabalho.
Falta alguns dias pra completar 4 meses das experiências novas e transformadoras na minha vida, que é deixar outra pessoa se aproximar de mim depois de tantos traumas e más memórias. Não sei nem muito bem por onde começar, mas o que me motivou a escrever este texto foi o sentimento que me invadiu há alguns dias atrás enquanto olhava pros lindos olhos de oceano de Dom: "Como eu poderia querer estar com outra pessoa?"
Ele tem seus demônios, assim como eu, e quer enfrentá-los. É atrapalhado pra certas coisas, atencioso pra outras que significam muito mais até do que ele percebe. Carinhoso com o olhar e com os gestos. Dá um passo pra trás quando as coisas, de tão perto, podem parecer distorcidas. Escutando agora as músicas que mais me lembram ele, só posso dizer que estou feliz que ao longo desses meses estamos nos conhecendo melhor e crescendo. Me sinto aflorada de várias maneiras, confiante em mim mesma.
Nesta jornada de auto conhecimento e novas perspectivas, tenho aprendido muito a conviver e respeitar outras pessoas. E por isso acho tão ótimo sermos tão iguais, mas tão diferentes ao mesmo tempo. De pouco em pouco, vou me sentindo mais aberta para com ele, respeitando o tempo dele e suas vivências. A cada pequeno gesto que percebo de avanço, me sinto muito feliz de ter conquistado, sabendo que isto significa mais afinidade, confiança, intimidade.
Assim como a música que leva o título deste texto, eu quero te sentir, te entender, compreender todas suas rimas enquanto tu me levas pro teu paraíso. Quero dividir momentos contigo e viver os seus também. Estou aberta às aventuras que nos aguardam.
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07/12/18 ─ DE PASSAGEM
Há dias que me cobro de escrever, mas sempre acho que vou o fazer com pressa e não estruturar o texto de melhor maneira ou escrevê-lo da maneira que quero, me expressando bem e enfim. Porém ontem, antes de dormir, me dei um ultimato que definitivamente teria que colocar algo aqui, pois eu também sou essa pessoa que não tem muito tempo para analisar tudo que publico, não estaria mentindo.
O tema é justo este sentimento que estou passando em casa no momento. É dezembro, natal chegando, ou seja, muita demanda no trabalho e horas extras sendo feitas. Quando não estou trabalhando, os últimos projetos da faculdade me tomam quase todo tempo que tenho, seja produzindo, editando ou organizando. Então em casa, eu basicamente chego para comer, tomar banho e dormir, às vezes só dormir quando preciso ficar na rua até tarde. Me sinto um caixeiro viajante, de passagem sempre. Essa sensação me deixa num local desconfortável pois me sinto um tanto inútil. Eu pago a conta de luz, mas nem sequer a uso para cozinhar uma janta, por exemplo. Sei que ajudo financeiramente, mas sempre fico com uma pulga atrás da orelha vendo minha mãe tendo que ficar com o resto das responsabilidades. As duas coisas que fico pensando o tempo todo são "Logo vai passar esse mês" e "Agradeço muito por ter minha mãe", pois, além deste privilégio de tê-la, ela faz tudo, mesmo depois do trabalho, sempre prezando pelo meu conforto, sabendo das minhas dificuldades. Na verdade, desde que minhas contas aumentaram por conta da faculdade, eu tenho sido cada vez mais grata por ela por entender e poder, por exemplo, dividir as contas comigo invés de eu pagar todas, por conta da minha mensalidade alta.
Esse mês ouvi tantos podcasts sobre privilégios, que estou cada vez mais reconhecendo os meus e me colocando no meu lugar da sociedade. Tento também passar essa informação adiante, pra crescer não só a mim, mas os a minha volta também. Enfim, foi um post curto sobre correria, gratidão e privilégio, mas é o que posso escrever agora.
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28/11/18 ─ LETTER TO MY MOM
Eu sei que tu não és perfeita. Sinto que desde que tu e meu pai se separaram, tu esqueceu disso. No passado, te culpei muito por tudo que aconteceu comigo ou coloquei a responsabilidade em cima de ti por “eu ser deste jeito”, porém hoje, vejo certas coisas com uma vozinha no fundo da minha cabeça que sussurra “ela tentou seu melhor” ou “ela não sabia que estava causando algo agindo desse jeito”. Claro, que erros ainda existem, como na vez na minha adolescência que insinuou que eu era drogada, e que ia me mandar pro Conselho Tutelar, ou quando te contei que perdi minha virgindade e as palavras que ouvi foram “Como tu pode conceder isso a ele?”.
Mas como eu disse, não és perfeita, aliás nem eu. Eu tento quase todos os dias me perdoar por tudo que fiz enquanto estava no buraco. Das palavras que usei, das atitudes que tomei, das vezes que me aproveitei do teu bom grado para apenas fingir que existia invés de tentar viver. Não me perdoo por ter batido a porta na tua perna e ter deixado um roxo enorme, ou por ser tão ingrata a ponto de desprezar teus simples atos de tentar me animar de alguma forma. Uma vez tu me disse que ser mãe é fazer sem querer de volta, e tu é o exemplo disso. Até hoje, mesmo quando te falta felicidade (ou algo material), vejo que com a minha e da minha irmã, tu te sustenta. Foi com esse pensamento que tu me mostrou o mundo quando eu era criança, mesmo com meu pai não querendo que eu o conhecesse. Foi graças a ti que hoje sou apaixonada por cinema, cultura e lugares diferentes.
O problema está quando tu te calas. Até hoje não sei lidar com isso, minha única resposta é tentar fazer tu falar, mesmo que isso te irrite, porque pelo menos não vou ser torturada com mais silêncio. Nunca sei identificar se está chateada comigo, contigo, ou com a situação no geral. E, se for com um desses três, invés de tentar corrigir ou conversar sobre, apenas sou excluída da cena, porque tu nem me olha mais, às vezes só chora ou continua a fazer outras coisas como se nada tivesse acontecido. Por que conflitos te congelam tanto? Eu ser teimosa é o único motivo para tu não querer expor tua opinião? Meu pai fazia isso contigo? São poucas entre as mil coisas que minha mente ansiosa imagina enquanto continuo sendo ignorada, ou respondida com um simples “O que tu quer que eu fale? Tem nada pra falar”.
Um dos únicos momentos que tu te chateia e daí sim sempre fala, é quando é relacionado ao meu pai. Eu me canso de ter que pisar em ovos pra apenas dizer que vou visita-lo. Sei que te machuca, mas acho que já passou um tempo para pelo menos um pouco de imparcialidade ser produzido. Uma vez me disse que isso é mágoa, é raiva pelas coisas que já passou, pelas humilhações que teve de aturar. Eu apenas te perguntei então “E tu achou que ia se tornar quem tu é hoje depois de tudo isso?”. Tento compreender as dimensões que isso deve ter sido, porém o que me magoa mais, é meu pai estar aproveitando a vida dele como pode (pois tu não sabe, mas ele chora ao dizer que enche a cabeça dele de trabalhos pra esquecer que “perdeu” as filhas), e tu estar presa nessa bolha de amargura, escuridão. O que eu mais quero nesse mundo, é passar esta página. Ou melhor, que tu passe. Parei de comentar isso pois tu não me conta todos os fatos que aconteceram durante tua vida, então sempre pareço alguém totalmente presunçosa quando tento te dar motivos para superar esse momento que passou. Mas passou, é isso que importa. Hoje temos uma casa só nossa, com nossas coisas, nossas conquistas, e eu já te disse que não estaria viva hoje se não fosse por ti.
Carta escrita em: 02/05/18
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27/11/18 ─ DIA ATÍPICO
Ontem no trabalho, após um dia cheio de tarefas e problemas (tantos que nem tive tempo para comer, beber ou sequer ir no banheiro), me vi dando as instruções pra outra colega começar o treinamento da nova funcionária explicando que era "um dia atípico". Realmente, pois o grande problema gerado por questões que não podemos controlar pois dependia de outras pessoas fora da empresa. Mas afinal, o que é um dia atípico?
Como já citado aqui anteriormente, um dos pilares para me manter sã é planejar tudo. Nesse dia, tudo o que eu planejei foi por água abaixo. Tive uma manhã ótima fazendo um trabalho para a faculdade, e isso me deu expectativa para o dia todo ser assim, e me enganei. Chegando lá, minha energia foi drenada pelo tamanho dos problemas, e mesmo tendo que agir rápido, meu corpo não acompanhava. Achei que, apesar dos pesares, ia conseguir resolver tudo em poucas horas e, no fim, acabei fazendo hora extra e não completando tudo, apenas aceitando que fiz o que podia. Enfim, quebrei todo meu planejamento, me frustrei. Sendo assim, a perda total do meu controle no que achava que tinha, formou esse dia atípico. Porém, se é para levar as coisas assim, estou vivendo semanas, talvez um mês atípico.
Neste momento estou no ônibus para ir pra aula e, provavelmente chegar atrasada. Eu não chego atrasada, é raro acontecer. Nos últimos dias, dormi muito mais do que de costume, não querendo levantar, não querendo viver aquele dia. Estou cansada a maioria das vezes, antes mesmo de encarar o mundo. Semanas atrás, no meu dia de folga, não queria sair da cama. Quem me tirou foi minha mãe, perguntando o porquê de eu não querer levantar e eu disse "Não quero lidar com as coisas" e ela me respondeu "Mas só tem eu aqui". Eu ri de leve e me ergui, pra não preocupar ela mais. Ela sabe que eu me referia às coisas na minha cabeça, mas entendi a intenção dela. Uma das únicas questões que está me mantendo no eixo (acho), é o compromisso. É essa força que encontro pra ir e vir, que já citei aqui, em manter algo que comecei, pois tenho que me formar, pois tenho um trabalho que precisa dedicação. Mas no geral, me sinto flutuando pela minha rotina. Não sei se tem a ver com os remédios que comecei a tomar. Só espero que passe.
PS: Não me atrasei para a aula.
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