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،⠀𝒕𝒓𝒆𝒗𝒐
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𓍢 ⠀𝒃𝒆𝒂𝒕𝒓𝒊𝒛 𝒎𝒐𝒏𝒕𝒆𝒔𝖺𝗊𝗎𝗂  a̲l̲i̲   em𝘲𝘶𝘢𝘭𝘲𝘶𝘦𝘳      𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫
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bectrizs · 2 months ago
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୧   .   ⠀starter  fechado com⠀⠀:⠀⠀⠀  @queissojuliet      ׄ
apesar da cidade ser minúscula, fazia alguns dias que beatriz não encontrava camilla pelas ruas ou nos estabelecimentos que frequentavam em comum. talvez o fato de as demandas do della torre estarem cada vez mais complexas, além dos trabalhos que pegava por fora e que ocupavam todo o seu tempo livre, estivesse colaborando para que ela quase não tivesse contato com outras pessoas durante alguns dias da semana. para ela, aquilo não era exatamente um problema, mas tinha prometido a si mesma que iria melhorar nesse aspecto e tentar manter pelo menos o mínimo de contato possível com as pessoas mais próximas. naquele dia, depois do trabalho, mandou uma mensagem avisando que iria visitá-la. em poucos minutos, já estava em frente à casa destra. “camilla?” chamou, empurrando devagar com a ponta dos dedos a porta que estava entreaberta. “estou entrando.” anunciou, os olhos varrendo o local em busca do rosto conhecido. carregava consigo além da bolsa que foi chutada para um canto qualquer da sala, uma ecobag — que, por sua vez, foi colocada com todo o cuidado do mundo na mesinha de centro — com alguns itens que comprara no mercado. beatriz não esperou muito, foi direto para o sofá; o estofado afundou sob seu peso assim que ela se largou lá, o braço caindo de forma dramática por cima dos olhos. “se eu não levantar daqui nos próximos vinte minutos,” murmurou, sem tirar o braço do rosto, a voz abafada “você tem permissão pra me deixar apodrecer nesse sofá.”
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bectrizs · 2 months ago
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beatriz não conseguia deixar de rir com a simpatia alheia, a maneira espontânea com que ele reagia, as expressões e o tom teatral que usava, davam um ritmo engraçado à conversa. “seu ego saiu ferido mas sobreviveu ao golpe, então 'tá ótimo.” respondeu, vez ou outra ainda lançando olhares discretos na direção das senhoras que estavam mais barulhentas que antes. “se isso aqui não fosse só um hobby, com certeza você já teria meu cartão de visitas.” falou, com um meio sorriso. “mas por enquanto, agradeço pelo elogio.” estava mais acostumada com olhares rápidos e comentários genéricos do tipo ai que bonitinho quando permitia que alguém visse o que fazia, então a menção aos rótulos não passou despercebida e ficou ressoando na cabeça dela por alguns segundos. franziu levemente a testa, curiosa, os olhos passeando do caderno até o rosto do outro. “com o que você trabalha?” a curiosidade venceu, a pergunta escapou antes mesmo da mente processar se pareceria intrometida ou não. “te aviso sim, com toda certeza. pode deixar.” inclinou um pouco a cabeça para o lado, semicerrando os olhos, como se estivesse avaliando um quadro. “e qual nome eu deveria colocar na legenda?” questionou, afinal, até aquele momento ainda não tinham se apresentado.
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O homem lançou um olhar enviesado na direção das senhoras, com uma expressão teatralmente resignada "Ofender? Não, imagina... fiquei só um pouco sentido no meu ego de leitor concentrado." brincou, encostando melhor na cadeira levando a mão no coração como se estivesse ofendido pela escolha dela. Por fim deu uma risada fraca voltando-se para a mulher ao seu lado. "Mas vou concordar com você, se elas falassem um pouco mais alto, dava pra criar uma linha direta..." Ele voltou o olhar para o caderno dela, a expressão mais curiosa agora, sem aquele ar brincalhão de antes. "Você desenha bem. Tô falando sério. Sempre contrato artistas para fazer meus rótulos... Isso é mais do que muita gente consegue colocar no papel." respondeu apontando para o desenho. "Quando eu entrar nessa sua lista, faço pose dramática. Me avisa antes só pra eu dar um jeito no cabelo. Pinte-me como suas francesas"
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bectrizs · 2 months ago
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a princípio, beatriz nem entendeu direito o que estava acontecendo, talvez a própria adrenalina do momento tivesse abafado os sons ao redor e ela mal pôde compreender o que vinha do outro cômodo. alguém estava mesmo falando com ela? a confusão se misturou ao pânico e ela ficou ali, se perguntando se de fato não estava delirando quando a voz voltou. mais clara, mais próxima, e estava avisando que iria mesmo a seu encontro. os olhos se arregalaram e se fixaram na parte do corredor por onde os passos se aproximavam. os segundos que sucederam à constatação de que tinha mais alguém dentro da casa oscilavam entre o impulso de gritar e o pavor de fazer qualquer barulho. naquele ponto, mal respirava. o que exatamente ela esperava ver surgir ali? a mente começou a construir hipóteses em cadeia, todas ridículas, uma mais absurda que a anterior — e todas girando em torno da mesma constatação: ela estava ferrada. completamente. fugir o mais rápido possível daquele local foi uma das possibilidades que pensou, no entanto, a única saída conhecida por ela era justamente de onde o ser desconhecido estava vindo. além disso, se tentasse pular uma das janelas, demoraria tanto tempo tentando desemperrar as trancas que já teria virado picadinho antes mesmo de alcançar o exterior. quando seu olhar desviou por um único segundo, a figura surgiu em sua frente. não teve tempo de processar o que via antes de soltar um grito, o mesmo que ouviu vindo da outra. foi tudo rápido, confuso, e por reflexo, ela ergueu ainda mais o vergalhão à frente do corpo, como se aquilo pudesse protegê-la de qualquer coisa que acontecesse a seguir. quando a visão finalmente focou, percebeu que a poucos passos de si havia uma mulher. de carne, osso, lama e um celular ainda em mãos — como se estivesse... gravando? que tipo de louco invade uma casa abandonada e grava a invasão? “eu?!”o questionamento da outra a fez ficar ainda mais na defensiva. “quem é você?! o que tá fazendo aqui?!” a desconhecida parecia em um primeiro momento tão surpresa quanto ela própria, mas não podia arriscar confiar. “não se mexe ou eu…” apertou o vergalhão com mais força, dando dois passos para trás. a voz tremulou, apesar de tentar fazer algo intimidador. “... eu vou chamar a polícia!” não fazia ideia de qual era o número da polícia na itália, um erro grotesco para uma estrangeira, mas de qualquer forma, o que importava era manter a postura de que sabia exatamente o que estava fazendo. “isso aqui é propriedade privada!” insistiu, sem saber ao certo de onde tinha tirado aquela ideia, talvez para ganhar mais tempo.
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nisan sentia o cansaço do dia pesar em seus ombros. começava seriamente a questionar as próprias escolhas de ter um trabalho fixo ali em monteluna, não era como se precisasse disso. pra piorar, seu chefe era louco. completamente surtado. adorava pessoas assim, mas quando elas devoraram seu juízo... a turca passava a ter um problema. voltar para casa deveria ser um alívio, estava exausta! ainda precisava preparar o roteiro dos conteúdos dos próximos dias então nem dormir podia agora, infelizmente. a ideia de ir para os locais mais assombrados de monteluna lhe trazia uma certa animação, dava-lhe um pouco de esperança do dia não terminar tão ruim. bem, isso é, até colocar os pés no próprio terreno e a cabra maldita começar a lhe perseguir. lili sempre lhe recebia do pior jeito possível, era quase como se a cabra tivesse decorado seu horário e todas as vezes que a moradora chegava em casa, ela já estava ali lhe esperando. depois de tropeçar em algo no meio do caminho, nisa acabou no chão. o demônio se mostrava satisfeito pela turquinha ter caído na lama, ignorava os xingamentos que eram proferidos em sua direção e simplesmente baliu para a humana cuidadora, saindo de perto. cabra endemoniada! agora exausta, suja e irritada, levantou-se do chão e foi em direção à casa de novo. não havia como não sair sujando tudo já que suas pegadas deixavam lama espalhadas no piso. porém não foi isso que lhe fez parar no meio do corredor de entrada. havia algo diferente em seu lar. aquela não era a primeira vez que entrava na casa e notava detalhes diferentes de quando saiu; já havia aceitado que existia algum fantasma na casa, apesar de seus aparelhos não detectarem nada. dessa vez não apenas tinha as luzes da casa ligada, mas uma voz soou firme e alta. nisan arregalou os olhos, estava presenciando uma aparição que ainda não sabia que havia morrido? "puta merda!" murmurou baixinho consigo mesma deslumbrada, tirando rapidamente o celular do bolso para começar a gravar. "olá, onde você está? será que consegue fazer contato novamente?" questionou de volta. um fantasma armado? deveria ter medo disso? claro que não! já visitou lugares bem mais perigosos e carregados do que a sua casa atual, nem sentia uma energia ruim vindo da voz, não deveria ser um espírito mau. "você está na sala, certo? eu estou indo, não precisa ter medo." tentou tranquilizar o espírito. céus, deveria ter aberto uma live no seu tiktok! quando finalmente entrou para a sala, surpreendeu-se com alguém de fato ali. o grito de susto foi automático e logo em seguida adicionou: "que diabos é isso?! quem é você?" aquilo não poderia ser um fantasma, certo? parecia real demais!
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bectrizs · 2 months ago
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“acho que é meio impossível não ouvir sobre sua iniciativa por aqui.” desde que começou naquele universo de revitalização de imóveis, beatriz tinha escutado diferentes versões sobre o funcionamento do projeto de ashon, mas ouvir diretamente dele dava uma nova cara à coisa toda. “faz sentido ter todo esse cuidado.” pensou alto. tinha um total de zero experiência sobre o assunto, mas como querendo ou não tinha haver com seu trabalho ali, se interessou em saber um pouco mais. “tem muito projeto bom que se perde por falta de estrutura; tanto financeira, como de planejamento.” era uma verdade que via de perto quase todos os dias. era fácil se apaixonar por ideias boas, mas muito difícil sustentá-las sem apoio. “enfim… é uma iniciativa admirável. você deve receber propostas o tempo todo, não é?”
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⊰ starter fechado com @bectrizs
Não era incomum que fosse muito questionado quando alguém ouvia falar sobre o projeto que criou nos últimos anos, muitos achavam que era uma forma fácil de ganhar dinheiro, esquecendo-se que sua profissão era investidor imobiliário, logo era uma grana bem direcionada e um projeto bem pensado. — Não é assim tão fácil, os interessados precisam passar pelo filtro. — Explicou de forma superficial. — Existe um formulário, pesquisa de campo e só então são escolhidos os que vão receber investimento. Se você chegar no final, whatever you desire, it's yours. — Completou de forma leve, em tom de brincadeira.
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bectrizs · 2 months ago
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de maneira geral, era difícil para beatriz se soltar daquela forma — podia levar até meses para aquele tipo de contato acontecer. mas com alec tudo foi diferente. rápido demais, intenso demais. estranhamente bom e pode-se dizer até que quase viciante. aquela trava que a impedia de fazer ou falar determinadas coisas simplesmente não existia. apesar de em um primeiro momento ter se questionado se realmente queria continuar com aquilo, bastava uma mensagem e, em um piscar de olhos, lá estavam eles novamente. era inevitável. tinha acabado de chegar quando ouviu a voz dele, já perto demais para que tivesse notado a aproximação antes. ainda assim, não se virou de imediato. “quase que não consegui mesmo, mas por sorte deu tempo.” beatriz virou levemente o rosto, com o sorriso já se formando no canto dos lábios. não teve tempo de respirar entre as palavras, logo sentiu o peso conhecido do corpo dele contra o seu, o que a fez relaxar quase que imediatamente. o arrepio que surgiu com o toque a fez fechar os olhos por um segundo, apenas para sentir melhor o contraste entre o hálito quente e a textura da boca dele contra sua pele. “claro, aceito o que você quiser escolher. confio no seu gosto...” uma das mãos dela foi parar no cabelo dele, enroscando os dedos entre as mechas escuras com um toque preguiçoso e carinhoso antes de descer pela nuca, o mantendo ali por mais um instante. então virou-se devagar, de forma suave, quase sem quebrar o contato entre eles até que ficasse de frente para alec. “...pelo menos no que já provei até agora.”
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⊰ 𝐂𝐋𝐎𝐒𝐄𝐃 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑 𝐖𝐈𝐓𝐇 ' @bectrizs
encontrar brasileiros fora do país era sempre algo que adorava. parecia quase automático se dar bem com seus conterrâneos quando os conhecia em um país estrangeiro, mas a forma como beatriz e ele se conectaram era ainda melhor que o normal. havia uma facilidade em conversar com ela, apesar de que normalmente estavam ocupados com outras coisas. por isso não hesitava em mandar uma mensagem para a mulher sempre que queria uma noite mais divertida do que perambular pela boate sozinho. depois da primeira vez sob o olhar atento dela, alec sempre queria mais. finalmente a avistava perto do bar e alec sorriu satisfeito, aproximando-se da brasileira. "e aí? que bom que pôde vir, achei que não ia conseguir te ver essa semana." o peitoral grudava-se contra as costas dela, o rosto buscava o lugar conhecido e tão adorado por si entre o pescoço e o ombro da mais nova enquanto os lábios escorregaram na pele macia. "posso te pegar uma bebida?"
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bectrizs · 2 months ago
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mensagem enviada     -     para xande     ›    acho que não é meu ano ✨
mensagem enviada     -     para xande     ›    se tivesse como devolver e pedir reembolso dos meses que já passaram, eu já tava na fila. mas chorar não vai mudar nada, o que aconteceu, aconteceu e é isso. vou ter que passar mais um tempo na loja da minha mãe 
mensagem enviada     -     para xande     ›    e é claro que você já mandou mensagem pra eles 😩 eu devia ter imaginado que isso ia acontecer
mensagem enviada     -     para xande     ›    hum, tudo bem
mensagem enviada     -     para xande     ›    você que conhece sua equipe então se você diz que eles vão ficar bem, eu acredito. obrigada mesmo por se preocupar e fazer isso por mim. juro que um dia te compenso por isso
mensagem enviada     -     para xande     ›    seria novidade se eles não estivessem no seu pé 
mensagem enviada     -     para xande     ›    mas assim, do nada?? aconteceu alguma coisa pra ela suspeitar que você não tava indo trabalhar no seu >>próprio negócio<<?
mensagem enviada     -     para xande     ›    e olha que coisa... depois dessa visitinha surpresa dela você avisa que vai diminuir o tempo que vai ficar lá 😐
xande & triz bate-papo 🗯️ — de ambulância???? nossa então foi realmente feia a queda :(
xande & triz bate-papo 🗯️ — hoje pelo visto não era mesmo seu dia
xande & triz bate-papo 🗯️ — ah tarde demais, eu já mandei mensagem dizendo que não vou
xande & triz bate-papo 🗯️ — o pessoal é tudo adulto, não é possível que não saibam lidar com problemas que possam surgir 🤨
xande & triz bate-papo 🗯️ — em minha defesa, vou ficar trabalhando de manhã então você tem a tarde e noite com companhia garantida
xande & triz bate-papo 🗯️ — as coisas estão bem, exceto que meus pais não largam do meu pé
xande & triz bate-papo 🗯️ — acredita que ontem minha mãe foi no trabalho ver se eu estava mesmo trabalhando????? e ainda ficou tentando corrigir as coisas lá na sorveteria
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bectrizs · 2 months ago
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“uma pena ainda não terem decretado o fim de um sistema tão arcaico.” comentou, entrando na brincadeira. às vezes, chegava a cogitar que a italiana vinha de uma linha do tempo paralela. e, de certo modo, fazia sentido: a capacidade de encontrar beleza onde a maioria só via o trivial não era coisa desse mundo. achava bonito como parthenope transformava os comentários mais simples em pequenas máximas de vida – em certos pontos, encontrava semelhanças com helena, que também tinha aquele jeito de transformar o cotidiano em algo quase poético, mesmo sem perceber. sorriu mais abertamente ao ouvir a mais velha dizer que tinha saído ganhando ao tê-la por ali. aquele tipo de reconhecimento, vindo de alguém que ela tanto respeitava, mexia com um ponto frágil dentro de si, aquele que sempre duvidava se era boa o suficiente. apesar de estar a vida inteira naquele meio, era difícil sentir que merecia ocupar alguns espaços. parou por um segundo enquanto ouvia a outra falar dos anos que havia passado em monteluna; por algum motivo, achava que fazia muito mais tempo. “então estamos empatadas em um ponto.” sentia que entendia o que ela queria dizer, ainda que não soubesse exatamente o que a outra tinha deixado para trás. “por mais que o tempo seja algo obsoleto,” riu, fazendo o mesmo movimento que thena fizera momentos antes. “é meio doido pensar que você fez tudo isso sem saber no que ia dar e ainda por cima, em poucos anos. é surpreendente.” disse, olhando de relance para trás, para a porta da capela, agora fechada e já um pouco longe. “acho que só percebi o quanto tive coragem depois que já estava aqui. antes disso, acho que foi o desespero… na prática, não sei se existe muito essa diferença.” e realmente não tinha. o impulso que a fez largar tudo para ir atrás de algo – no caso, alguém – que sequer tinha começado a procurar já começava a se tornar uma nuvem de insanidade em seus pensamentos. “mas, independente se foi por coragem ou desespero, estamos aqui, agora. não é?” soltou uma risada breve e meio melancólica enquanto seguia os passos da outra. “e, se as fofocas forem tão boas quanto o vinho daqui, eu até considero ficar mais um turno extra amanhã.”
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Thena soltou uma risada. "Eu nunca me lembro de que dia é hoje. Semanas são um conceito tão ultrapassado," brincou ela com um aceno de mão. É verdade que Parthenope passava tempo demais misturando sua vida pessoal com seu trabalho, quase como se não tivessem divisórias ---e de fato não tinham, considerando que a única coisa que separa a cama dela e a área de trabalho é um cortinado de veludo. Apesar disso, morar no Atelier a deixava inspirada, e inspiração a deixava feliz. Estar feliz é o que importa, certo? "Bom, só por você aguentar as bizarrices desse local de trabalho completamente impróprio, eu diria que quem saiu ganhando fui eu." Ter funcionários no Atelier não foi algo que Parthenope previu quando começou com o empreendimento. Queria ela mesma fazer tudo, como fizera com a restauração da capela onde agora morava e trabalhava. A solidão não era tão ruim. Com o tempo, passou a desejar e precisar de companhia; alguém para lidar com os detalhes. Alguém habilidoso e agradável, como Bea. "Ninguém resiste ao vinho e focaccia," Thena concordou. Encaminhavam-se para a saída, pegando o próprio casaco, quando ouviu o questionamento. "Uns sete anos? Oito? É quase um borrão. Era setembro. Sinceramente, parece quase toda uma vida." Exceto que não era toda uma vida. "Eu cheguei meio que igual à você, sabe? Menos a proposta de emprego. Eu não tinha nada." Nem em Monteluna, nem em Nápoles, nem em qualquer lugar. Ela tentou chacoalhar os pensamentos melancólicos ao soltar os cabelos. Fechou a porta da capela atrás de si. "Monteluna requer um pouco de coragem, não acha?"
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bectrizs · 2 months ago
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mensagem enviada     -     para xande     ›    alguma coisa n quer que eu tenha um futuro
mensagem enviada     -     para xande     ›    tava subindo no ônibus e meu pé só desistiu de funcionar e pisei todo torto. sai do terminal de ambulância e tudo, a maior vergonha 
mensagem enviada     -     para xande     ›    passei o dia no hospital, cheguei em casa quase agora só 
mensagem enviada     -     para xande     ›    e olha
mensagem enviada     -     para xande     ›    por mais que eu queira passar mais tempo com você (e minha parte egoísta aqui quer MUITO), eu não posso aceitar você fazendo isso
mensagem enviada     -     para xande     ›    se acontecer alguma coisa e vc não tá lá? 
mensagem enviada     -     para xande     ›    só de conversar com você de vez enquanto já vai ajudar ❤️
mensagem enviada     -     para xande     ›    aliás, como tão as coisas por aí?
xande & triz bate-papo 🗯️ — ??????????????
xande & triz bate-papo 🗯️ — como você conseguiu sair de um dia promissor pra isso???????
xande & triz bate-papo 🗯️ — o que aconteceu? :(
xande & triz bate-papo 🗯️ — vou diminuir minha carga de trabalho essa semana assim vou poder te fazer companhia o que acha??
xande & triz bate-papo 🗯️ — mas boa noite pra quem? pq pra você com certeza n deve tá sendo né
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bectrizs · 2 months ago
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fazer caminhadas era um hábito que beatriz tinha há bastante tempo, mas caminhadas muito longas só fazia quando estava extremamente estressada ou ansiosa – o que era o caso naquele dia. quando saiu da pensão, pegou um caminho que era praticamente em linha reta, apenas alguns desvios. quando se deu conta, estava em um lugar que nem sabia que existia dentro da própria monteluna. jurava que o posto de gasolina mais próximo era na cidade vizinha, julgando pela quantidade quase nula de carros nas ruas. notou a van assim que chegou, mas tentou ignorar, até porque já tinha reconhecido de quem era. apenas entrou na loja, comprou uma garrafa de água e tentou descansar um pouco do lado de fora. quando spencer falou, beatriz soltou um suspiro e demorou pouco antes de se virar. “mesmo se tivesse em condições, acho que sou uma das últimas pessoas do mundo que você ia querer sequestrar.” se seu humor estivesse meio por cento pior, ela teria apenas virado as costas e ido embora. apesar de tudo, spencer não era o motivo do seu mau humor – pelo menos não naquele dia – e por isso não podia culpá-la. “faz quanto tempo que você 'tá parada aí?”
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where: gas station
status: aberto (00/05)
Spencer mal podia acreditar que, depois de quase um ano inteiro viajando, agora tinha um quarto fixo. E por mais que estacionar em Monteluna estivesse começando a lhe dar algum senso de normalidade, ela se sentia como um pássaro numa gaiola. Talvez por isso tenha dirigido até as montanhas com Honeycombs e Brutus — só para respirar. Mas agora, no caminho de volta para casa, ao desligar o motor da van e tentar religar... nada. Bateria morta. Ela bufou, revirando os olhos antes de sair e se aproximar de quem parecia ser sua única esperança. — Eu juro que nem tenho a capacidade de te sequestrar — começou, com um meio sorriso exausto. — Só preciso de um jump start. Já devia ter trocado essa droga de bateria — Dormir mais uma noite na van, com um cachorro e uma gata? Nem pensar. O hotel lhe parecia infinitamente mais atraente naquele momento.
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bectrizs · 2 months ago
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ouvir a desgraça alheia fazia beatriz perceber que não era só com ela que as coisas estavam complicadas. sua vida nos últimos anos pode ser resumida em uma sucessão de desastres, então sua estadia na itália só poderia seguir – assim como já estava – seguindo ao rumo natural de dar tudo errado. “você caiu em um golpe na compra da casa?” endireitou a postura, o corpo se ajustando melhor à cadeira enquanto os olhos abriam em surpresa. “tentei fechar o contrato com uma, mas a documentação estava demorando tanto pra sair que acabei desistindo.” não sabia se tinha sido sorte ou azar, mas fato é que, assim como josephine, achava que as coisas seriam pelo menos um pouquinho menos difíceis. “devia ter um aviso de riscos e contraindicações na entrada da cidade. também vim pra cá achando que ia ser mil maravilhas e quebrei a cara. e pior que não tenho nem como voltar pro brasil agora.” confessou, o suspiro resignado dando espaço para um pequeno sorriso. “pelo lado bom, pelo menos sua ex não te deixou na rua. acho que, dos males, o menor.”
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Definitivamente o sonho que ela tinha feito ao se mudar, estava indo por água a baixo. Talvez até confirmando o que sua família avisou, era uma péssima ideia. "Para uma cidade tão pequena, eu não esperava passar por tantos problemas em tão pouco tempo." Lamentou para muse que estava por perto, sem se preocupar muito em estar admitindo algo assim, afinal, o que tinha mais a perder? "Me prometeram calmaria, vibe italiana e pizza, mas o que eu recebi foi despejo da casa que eu achei que comprei, mas não comprei de verdade porque o contrato era inválido, pedir abrigo pra uma ex e contar as moedas para pagar um doce no la piccola luna." Falou os acontecimentos recentes de sua vida como uma simples frase, até um tanto humorada, por isso em tom dramático, decidiu completar: "É essa a verdadeira vida em Monteluna?"
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bectrizs · 2 months ago
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sendo uma pessoa que passou boa parte de sua vida sofrendo com problemas de timidez, havia certas coisas que beatriz evitava fazer, ver ou ouvir. programas de namoro era um exemplo claro disso, não entendia como as pessoas conseguiam passar por aquilo por vontade própria. imagina a surpresa que foi descobrir que uma cidade minúscula como monteluna tinha seu próprio vai dar namoro? e o pior, não tinha achado tão ruim como imaginava que seria, chegava a ser cômico, principalmente por não ser em seu idioma nativo — e por ainda não entender grande parte das expressões locais. “já aconteceu de alguém querer tirar satisfação com você sobre alguma coisa que aconteceu no programa?”
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Isaac achava engraçado quando as pessoas comentavam sobre o programa de namoro na rádio, havia aceitado mais um programa para conseguir pagar uma boa escola para Anora. "Eu sei, é muito engraçado esses programas de radio de namoro, sempre o apelido é alguma suposta caracteristica e complementa com carente ou romantico. " riu para dentro. "Agora se os participantes se dão bem, não tenho ideia.
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bectrizs · 2 months ago
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bectrizs · 2 months ago
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୧   .   ⠀starter  fechado com⠀⠀:⠀⠀⠀  @alecetto      ׄ
flashback
mensagem enviada - para xande › lembra que eu te disse que tinha uma entrevista de emprego hj?
mensagem enviada - para xande › então
mensagem enviada - para xande › imagem enviada
mensagem enviada - para xande › tenho uns bons dias de tedio pela frente
mensagem enviada - para xande › se eu encher muito seu saco, pfvr não me deixa falando sozinha
mensagem enviada - para xande › boa noite esqueci
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bectrizs · 2 months ago
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beatriz juntou as sobrancelhas, tentando enxergar por detrás da pilha. ainda que a outra tivesse recusado ajuda, ela se aproximou mesmo assim, pegando alguns livros do topo com cuidado e os colocando no balcão mais próximo. “não 'tá tudo bem, relaxa. foi mais o susto mesmo, não escutei você se aproximando.” disse, enquanto abaixava para pegar o livro azul que segurava antes, que agora no chão, estava com a capa amassada em um dos cantos. “e eu também estava parada no meio do corredor, então meio que tenho minha parcela de culpa.” ao se levantar e virar novamente para a loira, beatriz lançou um olhar rápido para ela e em seguida para os livros. “você vai levar todos eles?” perguntou curiosa, enquanto ajeitava o livro em suas mãos.
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Marzia tentou abaixar os livros ou até mesmo afastar para poder ver quem tinha ido contra. "Não obrigado. Só preciso pousar...." A loira olhou em volta e viu uma superficie para colocar os livros e com cuidado os pousou "São mais pesados do que parece... Espero que não a tenha machucado com o encontrão."
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bectrizs · 2 months ago
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“acho sim.” respondeu ainda sorrindo, fechando a pasta de arquivos. ajustou a posição no banco, virando o corpo em direção à outra. “sabe o que podia ter acontecido? um corte químico.” levantou as mãos e fez um gesto assimétrico, medindo dois lados diferentes do cabelo. “já pensou, cada lado de um tamanho? pelo menos tá inteiro, só… diferente do comum.” apesar de já estar a bons minutos tentando criar coragem para encerrar o que estava fazendo — a desculpa de bloqueio criativo já estava se desmanchando com o peso da própria preguiça — ficou realmente interessada na história de noora e agora, ajudá-la seja lá como, era seu único objetivo. iria se arrepender por deixar trabalho acumulado? claro que sim, mas podia lidar com isso depois. “nunca fiz nada no meu cabelo, então nem tenho muita propriedade para opinar.” fez uma pausa, considerando as opções. “mas talvez você só precise de uma boa máscara de hidratação antes de tentar pintar de novo? tenho uma que trouxe do brasil, se quiser te dou um pouco.”
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"Você acha, Bea?" segurou uma mecha do cabelo que no momento era a sua maior preocupação, e estamos falando de alguém que trocou de identidade e é participante do Programa de Proteção a Testesmunhas, que vida agitada não? " Não, já tive surtos mas nada de fazer franja, minha mãe fazia aquela clássica quando eu era criança mas eu odiava" Deu os ombros e terminando o cigarro. " Então a ideia inicial era pra ser verde, e ai fui na lojinha de comesticos e até ai que uma vendedora me convenceu que eu ficaria linda platinada, ai comprei um tonalizante branco e ai cheguei em casa, descolori duas vezes e ai passei o tonalizante e deu ese cocô.
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bectrizs · 2 months ago
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não tinha noção de quanto tempo fazia que estava parada na mesma posição até se virar em direção a parthenope e sentir o corpo todo doer em protesto. a lupa, que usava para analisar milimetricamente a moldura de madeira à sua frente, foi posta de lado, assim como os óculos — os quais só usava quando estava no estúdio. “eu aceito ir a qualquer lugar. já faz tanto tempo que estou aqui que nem lembro que dia é hoje.” brincou, aceitando o raminho de lavanda. “se bem que acho que não deveria falar essas coisas pra você. pelo menos não enquanto ainda estou em horário de trabalho.” o comentário saiu de forma automática, enquanto levava o pedacinho da planta ao nariz, respirando o aroma que, diga-se de passagem, era o seu favorito. a menção da família fez um nó se formar na garganta de beatriz, que tratou logo de exibir o maior sorriso que pôde, enquanto se levantava. “ah, não, imagina. a única coisa que posso dizer de você é que você é um anjo. ainda não sei nem como agradecer por você ter me aceitado aqui.” desde que chegara em monteluna para trabalhar no della torre, beatriz tentava se dedicar ao máximo para provar para parthenope que não era uma completa maluca e que, apesar dos seus outros motivos, estava sim interessada em contribuir com o ateliê. “já estava convencida só com o vinho e a focaccia, mas agora que você prometeu curiosidades, virou obrigação moral aceitar.” pegou o casaco e a bolsa em cima de uma das bacanas, equilibrando os dois no antebraço enquanto removia as luvas. “aliás, faz quanto tempo que você está aqui na cidade?” perguntou de repente ao passar pela outra, com uma curiosidade genuína nos olhos.
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starter fechado com @bectrizs
O sol já se despedira quando Parthenope se encostou na antiga porta de madeira do ateliê, tirando as luvas e sacudindo delicadamente a poeira dos dedos. O silêncio se espalhava pelos arcos da capela transformada em oficina, e ela chamou Beatriz com um sorriso suave, tirando do bolso um raminho de lavanda recém-colhido. “Bea, hoje tivemos pincéis, vernizes e tintas de séculos inteiros — e acho que merecemos algo diferente pra encerrar.” Ela empurrou a cadeira, fazendo o tilintar inesperado de metal ecoar pelo espaço. “Que tal um passeio pelo centro histórico?" Thena entregou o raminho à brasileira, os olhos brilhando de curiosidade contida. “Podemos tomar um vinho sob as arcadas com uma focaccia. Gosto de pensar que você vai contar pra sua família que eu sou legal, e não uma maluca workaholic.” Ela bateu com a palma da mão no batente da porta, como convidando a sair. “Vamos? Sei de algumas curiosidades sobre a cidade... e fofocas.”
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bectrizs · 2 months ago
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“não sabia que isso ia te ofender.” o riso saiu contido, beatriz não tinha certeza se a indignação nele era verídica ou não, por isso tentou não demonstrar que achou graça na reação de felippo. “com todo respeito, mas que culpa tenho se elas conseguem chamar atenção mais que tudo aqui? dá para ouvir elas do outro lado da rua, não sei nem como você estava conseguindo ler.” era incrível, não importava se fosse no brasil ou na itália, sempre tinha um grupo de senhoras que tinham como única ocupação tomar conta da vida alheia. pelo menos isso fazia beatriz se sentir um pouco mais em casa. o comentário sobre o desenho a fez sorrir mais abertamente, geralmente não mostrava ou pedia a opinião de outras pessoas sobre o que estava fazendo. era uma sensação estranha, mas não era de todo ruim. “olha, eu não desenho pessoas, mas vou te colocar na lista, caso um dia eu resolva tentar fazer um rosto de verdade.”
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"Você tá dizendo que eu, um homem de finesse, charmoso, de boa familia e cheio de qualidade, tô competindo com as matriarcas do apocalipse ali?" devolveu como se fosse a coisa mais terrível que ela poderia dizer. "Xô ver..." Ele se aproximou um pouco, espiando o caderno com genuíno interesse, os olhos brilhando quando viu o desenho das matracas ganhando forma. "Isso aqui tá ficando maravilhoso, viu? Ainda acho que eu faria ficar beirando a perfeição, mas acho que você ainda não está pronta para essa conquista."
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