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O Bode que há em mim
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bodaoescritor · 3 years ago
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Metroid 1 - Nova abordagem
Salve Galera! Bodão na Área!
Intro
Me, me, me, Metroid. A série completou 36 anos desde o primeiro título e tem jogo pra tudo que é gosto. Tem jogo 2d, tem jogo 3d, tem colorido, tem preto e branco, tem jogo novo e tbm tem jogo velho; e é desse que vamos falar sobre: Metroid 1, lançado em 1986 lá pro DISK SYSTEM do antigo Famicon, que rodava disquetes. Produzido pela bigN com auxilio da Gunpei Yokoi, com direção de Saturo Okada e Massao Yamamoto, trilha sonora por Hirokazu Tanaka e designs por Makoto Kano, Hirofumi Matsuoka, Hiroji Kyotake e Yoshio Sakamoto; esse ultimo se tornaria diretor e produtor dos títulos seguintes. Então apertem os cintos que a nave mãe do Bodão vai decolar para um viagem ao passado, em um planeta alienígena repleto de desafios mortais, inimigos bizarros e uma progressão completamente avacalhada. Então partiu!
A nossa aventura começa em um background completamente inóspito, pra dar aquele ar de filme do Alien. Assim, se você é fã da série de filmes do Ridley Scot, Alien o oitavo passageiro e todas as suas encarnações, vai reparar que esse jogo bebeu muito da mesma fonte. A verdade é que essa temática sobre alienígenas estava bem quentinha nos anos 80’. Tivemos vários filmes sobre assunto, entre eles: Et, Predador, Star Treck, Star wars, Duna, Contato Imediato de Terceiro grau, John Carter entre dois mundos, etc. Todo esse fervilhar sobre alienígenas provavelmente inspirou a Nintendo a se desviar das temáticas infântis, pra investir em algo mais sombrio. Naquela época, video game era considerado brinquedo de criança, então é bem comum que jogos dessa época tenham temáticas mais infantis.
História
Bem, a música inicial começa e essa melodia vai acompanhar toda a série de jogos Metroid, se tornando um icone dessa saga. As letras aparecem em um logo simples onde se lê Metroid. A gente aprecia o dingle e em alguns segundos, um brilho aparece na tela com alguns dizeres. Isso aqui é como se fosse um Brief da missão onde, Samus Aran nossa protagonista, é uma caçadora de recompensas que trabalha para a Federação Galática; uma organização interplanetária que tem por obejetivo manter a paz entre as civiliazações na galaxia. Um dia, essa organização descobriu que os Piratas Espaciais, os vilões da história, atacaram uma nave de pesquisa e roubaram uma capsula de suspensão, contendo um perigoso ser vivo, que pode se tornar uma arma biológica nas mãos desses caras. Você tem duas missões principais: Nº1: Matar todos os Metroids, que são esses caras aqui; um ser orgânico extremamente difícil de matar e que se você vacilar, vai te destroçar rapidinho. Nº2 Matar a Mother Brain, que é um cérebro biorobótico que controla todo o planeta Zebes, onde está instalada uma base de operações dos piratas espaciais que Samus terá de invadir. Hoje em dia, a gente teria muita coisa para falar sobre a plot do jogo, mas essa é TODA a história que nos é apresentada no jogo e no manual. TODA. Mais pra frente nessa série, vamos abordar mais profundamente a história, mas pra esse vídeo é issa a história apresentada. Apertamos Start e aqui começam as diferenças de versões.
Versões
Metroid foi lançado, na sua versão japonesa, pro disk system; esse Megazord aqui foi lançado no mesmo ano de metroid, com alguns meses de diferença e junto com The Legend of Zelda. A ideia do disk system rende pano pra manga até pra outro vídeo e se vocês pedirem muito ai nos comentários eu até faço um exclusivo falando sobre ele. O ponto importante aqui é: O famicon, como era conhecido no japão, foi lançado em 1983 e rodava esses cartuchos aqui. Na época ele foi lançado pela bagatela de quase 15K yens, o que dava uns 90$. Já o disk system, que era um ACESSÓRIO pro Famicon, custava em torno de 14K yens, que dá ai uns 85$ na época. A idéia era boa, você tinha mais canais de som, mais cores e MUITO mais espaço. Quanto vc me pergunta? 112KB! Pra você que tem menos de 20 anos esse número pode parecer estranho, segue o o meu raciocínio: 1GB tem 1024MB e 1MB tem 1024KB. Esse disquete, que foi projetado com a ajuda da Masayuki Uemura, podia rodar frente e verso, ou seja, lado A e lado B, totalizando incríveis 224KB de espaço. Em comparação, os cartuchinhos comuns tinham apenas em torno de 40KB. Além disso o disk system fazia o Famicon pular de 8KB memória de Ram pra incríveis 32Kb. Isso pode parecer pouco hoje, mas na época era muito revolucionário e era a diferença entre você ter mais capacidade de processamento e mais espaço. Pq eu to falando tudo isso, bom, a versão japonesa do jogo conta com save game, menos lag, mais cores e mais canais de som; já a versão americana teve que colocar passwords no lugar dos saves, tem mais lag, teoricamente menos cores e o sons e musicas são bem menos agradaveis aos ouvidos no longo prazo. A olho nu, é difícil perceber essas diferenças, mas o som é realmente o mais notável. Aqui a gente vai prosseguir com a versão americana, que é a mais famosa e que o povo mais joga, visto que mesmo na emulação é meio complicadinho rodar a versão japonesa. Eu até tentei jogar ela tbm para essa análise pelo retroarch, mas apereceu umas mensagens em japones, a coisa não andou, então vamos de american mesmo.
Passamos da tela de introdução e Metroid 1 finalmente começa:
Primeiros passos
Dá pra entender pq a música é a estrela do dia entre as duas versões. Pra mim, os temas músicas de Metroid, apesar de serem em 8bits, são muito bons. Se esse tipo de música não te agrada, vê ai umas versões rearranjadas e vc vai perceber que o time de som do jogo fez um trabalho tão bom que atravessou gerações. Assim que o dingle de começo de partida toca, tomamos controle sobre a nossa caçadora. Como o povo tava habituado com super mario na época, era comum vc começar uma partida de um jogo de plataforma e ir pra direita, mas aqui não vai adiantar muito, pq lá na frente tem uma passagem pequena que a Samus não atravessa, então vc é obrigado a voltar e só então vc encontrara Morth Ball ou Maru Mari. Esse item te possibilita se transformar em uma esfera que pode passar por passagens muito pequenas, o que fica na cara logo quando vc retorna pro lado direito da tela. Essa primeira área do jogo, não parece, mas é um mini tutorial ai pra que o jogador novo entenda como o game funciona. Você anda, atira, pula, mata bichinho voador, vira bolinha e por ai vai. A progressão do jogo depende desses ITENS que você adquire pra sua armadura. Essa aqui é a fórmula básica que lá na frente vai influenciar o gênero Castlevania e formar os tão conhecidos Metroidvanias, só aqui ainda é meio rudimentar. Isso foi uma escolha de produção que desejava fazer um game de plataforma tão bom como Mario, mas não linear como Zelda. Se a gente lembrar que Mario Bros foi lançado em Setembro de 1985, Zelda em fevereiro de 1986 e metroid em agosto do mesmo ano; além de que, todos esses jogos foram desenvolvidos em paralelo pela mesma empresa, a escolha de level design faz sentido. Isso é uma daquelas coisas que me tira do sério em jogos atuais. Você acha que vai ter controle rapidamente sobre o personagem, acreditando que a diversão vai começar logo, só pra dar de cara com linhas e linhas de texto que te explicam até como você tem que respirar na vida real e tá aqui um jogo de 1986 que te explica TUDO que vc precisa saber pra jogar o game sem uma linha de texto. Isso é tão real, que os unicos textos encontrados no jogo são de abertura e o de encerramento. SÓ!
Level Design
Tá! Basicamente o jogo te solta em um planeta que é dividido entre áreas, Brinstar é a parte rochosa e que tem umas vegetações aqui e acolá. De longe é a maior área do jogo. O reduto de Kraid é uma parte bem mais cheia de flora e que fica abaixo de Brinstar, além de guardar um dos 3 “Chefes” desse jogo. Norfair é a área de fogo e magma, com temperaturas elevadíssimas. Nos jogos futuros será necessário coletar a Varia Suit para adentrar nessa área, mas aqui isso não é necessário, porém a redução de 50% de dano ajuda um bocado nessa parte. O high-jump boots tbm se faz necessário nessas duas áreas citadas, possibilitando nossa loirinha a pular bem mais alto. Logo abaixo, temos o reduto de Ridley que é uma das áreas ai mais diferentonas com essa música que me dá arrepios até o dia de hoje, se liga só. Finalmente temos Tourian, o centro de operações dos piratas espaciais, que são os vilões dessa história. Aqui vc vai encontrar os temidos Metroids, além da Mother Brain que nesse jogo parece mais com um coração do que com um cérebro. Pra te acompanhar, cada área tem um tema próprio que vai tocar enquanto vc explora cada pedacinho dessa aventura atrás dos upgrades e essa é a parte principal do jogo. Apesar do objetivo final da missão não ser esse, explorar Zebes é o que vc mais vai fazer nessa aventura. Existem incotáveis passagens secretas, buracos, paredes com blocos quebravies, lava falsa e por ai vai. Eles escondem a bomba que pode ser usada em forma de bolinha pra acessar algumas passagens, o Icebeam que congela inimigos, o wave beam que dizima eles da face de Zebes em poucas cacetadas, o LongBeam que comba com as outras beans possibilitando seu tiro ir até o limite de tela, a Varia suit que reduz 50% de dano, os energy tanks que vão aumentar sua vida em 99 pontos, a já citada high-jump boots, os mísseis que funcionam como uma arma alternativa pras beams e o Screew Attack que vai dizimar qualquer coisa que toque ou pelo menos te deixa imune a dano de contato. Pra chegar em alguns itens vc vai precisar de outros, como aqui que pra pegar a Varia Suit em Brinstar, eu vou precisar do High-Jump Boots que tá lá em Norfair. Então se prepara pra subir e descer incotáveis vezes essas áreas. Claro, o jogo é difícil pro jogador iniciante e já já a gente fala disso, mas você vai ter gráficos bonitos (pra época), boas músicas, controles precisos e bem responsíveis (depois que você se acostuma ele) e um mapa cheio de áreas secretas pra explorar. Parece bom, então onde que moram os problemas desse jogo?
Defeitos
Falando nisso, a gente tem que lembrar que essa é a primeira encarnação de Samus e do planeta Zebes, além dessas áreas aqui, seus monstros e chefes. Então, pode ser que essa aventura, apesar de boa, seja bem datada. Pra um jogo de 1986, ele faz muita coisa boa e inovadora: é um dos primeiros jogos que misturam plataforma e um semi mundo aberto, onde você tem coletar itens que melhoram a sua armadura base, abrindo novas passagens pra você explorar; muitos dos monstros vistos aqui têm designs muito legais. Em especial eu quero chamar a atenção pro Ridley que, no manual, remete muito pro tipo de arte do Alien. Pela primeira vez temos uma mulher protagonizando um jogo, que diga-se de passagem, é uma aventura que faz a história de Mario Bros parecer sim, coisa de criança. Hoje em dia isso pode não parecer muito, mas ter uma mulher tão BadAss como Samus Aran protagonizando um game, era algo bem diferete. Claro, no manual ela tem uma versão bem mais cartoonesca do que nos próximos jogos, além de que a sprite dela no game sempre me lembra um ciclista com uma roupa amarela coladinha, joelheiras, cotoveleiras e capacete vermelho. Além de que ele anda bem estranho e tem uma bundinha. Sério, que game dessa época o personagem tinha uma bundinha como a Samus? Nenhum né. Então, com tudo isso colocado na mesa, eu entendo que alguns erros foram cometidos aqui e ali, e que foram corrigidos em jogos posteriores. Só que, pra mim, o que Metroid acerta ele acerta de verdade, porém no que ele erra, ele erra de verdade.
Defeitos Menores
Vamos começar com as coisas pequenas. Primeiro, realmente existe lag na versão do jogo americana; algumas áreas vão ficar mais lentas e quando tem muitos sprites na tela alguns deles começam a piscar. Isso era bem comum devido a pequena capacidade de memória dos consoles. Além disso, como a Samus toma dano POR SEGUNDO, na lava, cair nela vai fazer o personagem praticamente sumir do seu radar, o que vai te frustrar em algumas partes. As músicas, por sua vez, na versão japonesa e seus efeitos sonoros são bem melhores com raras exceções. Já a versão do jogo que é disponível no Metroid Zero Mission, um remake desse jogo aqui, apresentou uns problemas na jogatina que eu fiz pra essa análise, onde esses inimigos cavalos marinhos aqui deveriam cuspir fogo, mas não cospem. Eles só sobem e descem na lava não apresentando risco nenhum pro jogador. Uma pena, ainda mais se você pensar muitas pessoas colocaram a mão nesse game, pela primeira vez, por essa versão. Além disso, os dois primeiros “chefes” são retardados de fáceis se você souber o que ta fazendo ou uma completa merda se vc não pegou os upgrades necessários. Isso não é muito ruim, visto que gera uma camada de estratégia pro jogador onde você tem que escolher: gastar mais tempo explorando ou ter mais dificuldades nesses encontros.
Defeitos Maiores
O problema reside nos defeitos maiores desse jogo, que vão dificultar e MUITO a sua primeira jogatina. Quero destacar aqui, que Zelda, um jogo em que Metroid se inspirou tinha um mapa bem grande com mais 9 dungeons pra explorar e quando vc zerava o game, ganhava uma segunda aventura onde as localizações no mapa principal mudavam e com mais 9 dungeons pra explorar. O mapa mundi contava com um retângulo cinza sem muita graça e que não ajudava muito mas dava pra vc se localizar, mas as 18 dungeons no total tinham cada um seu próprio mapa. Agora, pq diabos Metroid NÃO TEM UM MAPA? Sério, isso é a diferença entre uma progressão gostosa e instigante e um completo saco. Sério, mesmo que esses “lindos gráficos” e as 5 boas músicas, além do tema de abertura, encerramento e dos créditos; comeram tanto espaço assim no cartucho do Nes? Sério mesmo. E não é como se Metroid tivesse um GRANDE bestiário, são 32 monstros e três chefes na aventura da mocinha de cabelo verde, contra 91 monstros e 8 chefes diferentes na aventura do elfo de gorrinho. Claro, muito desses monstros são apenas uma troca de cores, mas vale lembrar que mesmo assim, esses ocupam espaço na memória. Então não me entra na cabeça que um jogo de exploração complexo como Metroid, não tenha nem mesmo um protótipo de mapa, como o Zelda tinha, pra te ajudar. Você vai precisar de papel e caneta pra desenhar seu próprio mapa, dica essa que o próprio manual te dá. Inacreditável. Isso faz com que essa aventura seja bem menos assessível do que em jogos futuros, ou jogadas sequentes após zerar o game. Se por acaso vc quer dar uma chance pra esse jogo, mas tem dificuldades pela falta do mapa, recomendo jogar hack Mother que coloca mapa, savegame, maiores sprites e algumas até animadas, além de gráficos melhores. Aparentemente ela diminui tbm um pouco da dificuldade do game, mas isso é um ponto positivo, pra vc que quer um jogo mais acessivel.
Level Design
Pra piorar essa dificuldade, até vc aprender a lidar com os desafios do jogo, vc vai morrer pra esses fudidos aqui, esses daqui e esses aqui. Muitas vezes o jogo vai te precionar por todos os lados e se você não tiver o IceBeam e a Varia Suit… Isso é uma escolha de level design, que pra época, era bem comum, né Castlevania; mas que unidos dos controles precisos do jogo, vai ser remediado em novas partidas. Pode ser que seja EU o problema, visto que eu sou ruim em video games e muitos me dão dor de cabeça até hoje, porém, esse tipo de level design, pra mim, não envelheceu tão bem. Alguns corredores de Zebes vão estar socados de inimigos que vem pela frente, por trás, por cima e até por baixo da nossa heroína; arrastando a navegação, dificultando a exploração, aumentando e MUITO o tempo da fita. O que de novo, pra época isso era bom. Falando na exploração, isso é algo que esse jogo tbm deixa a desejar. Alguns ITENS são nojentos de se coletar, ainda mais se gente lembrar que não temos um mapa. Existem blocos que podem ser destruídos ou com o tiro ou com a bomba, e isso os jogos futuros mantiveram, mas o posicionamento dessas passagens algumas vezes vão fazer vc PIRAR. Além disso, existe lava falsa em alguns lugares do planeta que, aliado a falta de animação das sprites, vai confundir o jogador iniciante, tanto é que em todas as hacks eles arrumaram isso, fazendo com que a lava verdadeira tenha animações e a falsa não. Pra piorar, o jogo tem transições de tela. Sem problemas pq até títulos do SNES tem essas mesmas transições, o PROBLEMA é, se um inimigo vier pra cima de vc durante a trancisão entre portas, vc vai tomar um dano de graça sem poder se defender. Se o inimigo entrar na porta junto com vc, ai se prepara, pq vc vai tomar pelo menos 3 hits de graça, podendo morrer no processo. Isso não é bom, é um saco e pelo menos eles perceberam isso lá pra frente e arrumaram em jogos futuros.
Resumo + Tourian
Isso é o que vc vai encontrar no jogo base: anda, mata bichinho, pula, explora, cuidado com as portas, vira bolinha, pega itens pra ficar mais forte, anda, se perde e morre no processo. Ai vc mata os dois chefes e ta na hora de ir pra última área do jogo: Tourian. Legal! Ai quando vc chega, vai se foder… Vc percebe que a música é mil vezes mais tensa e o lugar passa uma sensação de filme do Alien mesmo, o que dá uma boa vibe de terror e essa,é a palavra que define essa área: Terror. Pra começar, mal vc coloca o pé aqui e já vai conhecer o seu novo amiguinho… Metroids. Esses bichos do satanás vem na velocidade da luz pra cima de vc, são praticamente imunes a maioria das coisas do seu arscenal e esse pode sugar sua energia em segundos; como Metroids em geral caçam em bando por aqui, é fácil ser pego por até 5 Metroids, que vão surrupiar sua energia num piscar de olhos. Pra chegar aqui, vc vai precisar do IceBeam, que é a única fraqueza desses filhos do capiroto. Além deles, temos os rinkas, essas… rosquinhas que parecem o salgadinho Pingo D’ouro, que vão ficar te seguindo e que podem te arremessar do outro lado da sala. Só que nada se compara a última sala desse jogo. Até aqui, os mísseis tiveram uma importância no game. Eles são uma arma, com munição limitada, que mata a maioria dos inimigos desse jogo em um tiro e até aqui, esses formam um parte da estratégia onde vc gasta munição pra se safar de um inimigo perigoso e só dá pra recarregar com drops, que nesse jogo são bem mal programados. Além disso, os mísseis tbm são uma espécie de chave que abre portas: portas coloridas gastam mais mísseis, como a vermelha que são necessário 5 pra abrir. Em Tourian, a coisa muda, pq vc vai precisar dos mísseis pra eliminar os Metroids depois de congelados. Só que na última sala do jogo, o desafio te espera e sem vaselina.
Mother Brain
A Mother Brain reside na pnultima sala do jogo. Ali, vc têm canhões que disparam chumbo pra todos os lados a todo momento; rinkas que te empurram para longe do seu objetivo, muitas vezes te jogando na lava e por fim essas “portas” que são chamadas de Zebitites, onde vc tem que gastar uma quantidade absurda de misseis pra matar. Vc atira nelas e elas ficam finihas, vc para de atirar e a coisa engrossa de novo. Até chegar na Mother Brain são 5, o que vai gastar em torno de 75 pra chegar até o chefe, mais uns 40 pra executar a megera. Então, chegue aqui com pelo menos uns 100 misseis no mínimo. PQ? Pq a Mother Brain só toma dano de mísseis e se vc não tiver mais, acabou, não da pra ganhar. Isso da uma importância muito maior pros mísseis que até aqui, eram apenas uma arma mais forte ou uma chave. Só que pode ser que vc se irrite muito mesmo, pq se vc não coletou um número bom desses carinhas, vc vai ter que voltar e explorar mais o planeta, o que de novo, vai te irritar na primeira jogatina. Ai, num momento sublime, depois de ter socado uns 40 mísseis na fuça dessa ordinária, ela solta um ganido diferente e morre. Só que a coisa não acaba aqui; um alarme toca e um texto na tela diz que uma bomba foi armada no planeta e vc têm… uns 999 frames pra sair fora do planeta. Nessa sala, vc tem um desafio de plataforma, que não é muito difícil depois da dor de cabeça que foi a Mother Brain. Vc pega o elevador e o jogo acaba.
*Encerramento
Somos transportados para o background do título do jogo e vão aparecer ai os últimos diálogos, dizendo que vc concluiu sua missão, mas que deve ter mais Metroids por ai. Fim. Samus aparece e dependendo do tempo e itens coletados, ela vai tirar a armadura e mais partes da moça são reveladas. Se vc for mal vai ver ela só sem capacete, se for bem no jogo vai ver ela de maiô e se vc for muito bem, vai levar pra memória uma bela moça feita de pixels e que usa biquini. Isso pra época foi de explodir os miólos: como assim esse “robô” era uma mulher? Sim, as pessoas achavam que Samus era uma espécie de robô ou que era um homem. No manual eles usam o pronome HE para ela e dizem que é um cyborg, uma mistura de humano e máquina, mas absolutamente ninguém imaginava que fosse uma mulher. Assim, a gente sabe que isso é uma forma de instigar a mulecada a jogar o game novamente e melhorar o tempo e alguém provavelmente vai dizer que isso não é legal por ser algo machista. Sim, eu tbm acho pq coloca a menina como uma recompença e isso era uma prática muito comum naquele tempo, mas olhando isso por outra perspectiva, temos uma mulher protagonizando uma heroína determinada e muito corajosa; enfrentar uma orda de aliens sendo um exército de uma pessoa só para eliminar uma possível arma biológica e conquistar a paz através da galaxia, sendo uma das primeiras heroínas dos games e fugindo daquele padrão de resgatar a princesa indefesa. É uma figura feminina forte, instigante e muito capaz, colocando muito machão ai no bolso.
Extras
Depois de zerar o jogo, parece que uma chave mágica vira na nossa mente. Você agora sabe exatamente quais os desafios que te esperam e como contornar, vc já aprendeu a lidar com tudo do que esse jogo faz de certo e de errado. A sua próxima jogatina vai ser bem, bem melhor; e aqui o jogo fica extremamente divertido. Tudo vai ser mais fácil, mais leve e mais gostosos de jogar e foi ai que a minha ficha caiu. Metroid 1 é um jogo curto, depois que vc sabe o que fazer e pega algumas manhas, vc consegue fácil fácil fechar ele em 40 min e isso me fez perceber o quanto o mapa de Zebes é pequeno, então eles fizeram a navegação ser mais difícil e certos itens são um segredo mesmo, sendo que pra chegar neles tem que dar uma volta. Tudo isso pra esticar o tempo da aventura e manter as pessoas instigadas a jogar e por esse motivo tbm eu acredito que eles não colocaram um mapa pra dificultar mesmo.
Técnica
Indo pra parte técnica do game, vc vai ter duas impressões sobre ela, pq como eu disse, parece que depois que vc fecha esse game uma chave mágica vira na sua mente e a coisa muda da água pro vinho. Da primeira vez os gráficos e as músicas não vão ajudar muito. Apesar de ambos serem bonitos, bem produzidos e bem legais pra época, como vc vai morrer muito no começo o looping das músicas tocando de novo, de novo, pode irritar alguns jogadores. Já os gráficos vão parecer que não ajudam muito na primeira rodada, pq apesar das áreas serem bem diferentes, os seus corredores não são tão singulares assim, sendo que muitos vão parecer completamente um crtl+C crtl+V. Só que isso, a meu ver, não é um problema da direção de arte, mas sim algo que o level design confuso desse game cria pela repetição. Basta vc jogar uma segunda vez que vc vai perceber que as músicas são bem legais casando com as áreas em que elas tocam e que agora que vc não morre mais com tanta frequência e essas vão tocar sem interrupção, o que deixa a coisa mais gostosa aos ouvidos. Os gráficos sofrem do mesmo problema. Se você fez um mapa da primeira vez ou baixou um na internet pra te ajudar, parbéns pq a coisa ajuda mesmo. Com esse em mãos, os corredores de Zebes vão ficar bem menos confusos e vc não vai ter que ficar tomando dano desnecessário, pq vc já sabe pra onde ir e como isso deixa a progressão mais tranquila, vc vai ter mais tempo pra analisar a pixel art desse jogo. Tirando o Brinstar, que é a parte mais mortinha em termos de cores, mas não de música, Norfair, Tourian e os dois ninhos dos chefes são visulamente bem bonitos e que tem áreas bem legais: seja o reduto de Kraid com todas aquelas vegetaações, seja Norfair com suas bolhas e foços de lava, seja no reduto do Ridley com estátuas de civilizações aintigas, seja com Tourian e seu ambiente High-Tec; absolutamente todos os cenários são bem marcantes. Os alienígenas aqui tbm não ficam pra traz, alguns são meios ehhhhhh, mas em geral a coisa vai parecer que vem mesmo de um filme de terror. Claro, se o jogo tivesse sido lançado em outra época ele seria BEM MELHOR e a gente ainda vai ver isso no futuro, mas a base do que é Metroid e que seria refinada lá na frente ta toda aqui. Dá pra ver isso pelas artes conceituais dos inimigos no manual, teve muito carinho aqui e se esse game não tivesse o publico alvo infantil, ele seria bem mais dark o que daria outra vibe pro jogo. Além disso, existem detalhes menores que vão te levar a pensar algumas teorias ai pro game, em especial, essas salas com essas estátuas onde vc pega os power-ups, o que sempre me deixou encafifafo quando criança, além da música que indica que ali tem um item, pq é o tema dessas salas. Sabe onde eu vi isso tbm? Em Hollow Knight, onde o NPC que vende o mapa da área canta uma musiquinha que pode ser ouvida de salas proxímas, uma coisa que muita gente elogiou, e tá aqui Metroid fazendo a mesma coisa 31 anos antes.
Conclusão
Pra fechar eu deixo aqui minha singela conclusão. Metroid é um jogo a frente de seu tempo e por ser lançado em uma época com pouca técnologia, algumas ideias não foram tão bem executadas quanto poderiam ser. Pelo fato tbm de ser a primeira encanação da nossa caçadora, muita coisa em que esse jogo peca, foi concertada nas versões futuras e hoje já não é um problema. Claro, poderia ter sido conrrigido bem antes, mas… O jogo apresenta ideias boas, uma gameplay sólida, upgrades interessantes, música e gráficos bem feitos; aliado a isso temos um mapa pequeno, porém difícil de navegar com passagens secretas pra te deixar com a pulga atrás da orelha. É um jogo que eu gostei de jogar pra essa análise, onde o fechei umas 5 vezes, mas que não é meu favorito; ele é um jogo bom com alguns problemas que podem te irritar se é a primeira vez que vc coloca a mão nele, porém vc vai querer fechar ele de teimoso mesmo. Metroid 1 é uma estrela que brilha em um passado distante em uma galáxia não tão longe daqui, que foi a base para os gigantes dessa franquia e que é a MÃE do gênero MetroidVania, então ele tem uma impotancia tanto pra sua época, tanto pra história dos games. Vale apena vocês conferirem, eu garanto.
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bodaoescritor · 3 years ago
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Capítulo 1 - O começo
O que importa qual o começo tudo? Bom, tudo e nada. Se pensarmos sobre o começo de todas as coisas, estamos fadados a discussões ad nauseum, os filósofos fazem isso desde o começo dos tempos da filosofia e os físicos de nosso tempo continuam a fazê-lo, mesmo com todo o avanço da ciência. Contudo, esse é um livro de se propõe a explicar o que eu entendi sobre o mundo e esse ponto é importante por diversos motivos. Qual é a forma que você encara o começo das coisas? O começo de tudo é o começo da sua vida ou é o começo da vida ou o começo da existência? Dependendo da resposta, qual foi a forma que esse universo conhecido foi formado? Dependendo das respostas que damos se altera a forma como construímos outras questões. Isso implica, inevitavelmente, em deus ou na ausência do mesmo e a resposta implica em outras questões. Muitas pessoas acreditam em deus por não conseguir explicar determinadas coisas de suas realidades, assim, tão mais fácil acreditar em deus, as respostas já vem prontas e essas são aceitas a milênios. Estudar algumas coisas para algumas pessoas pode ser difícil, isso não faz a pessoa ser melhor ou pior. Existe uma sabedoria por de trás de toda e qualquer religião, que fez sentido em seu tempo, no florescer de um tempo, cultura e sociedade. Elas conseguem dar conta das questões atuais? Falaremos sobre, mas por hora, basta pensar em como você encara o começo de tudo e qual sua posição no agora.
Uma vez que sabemos qual é o começo e onde você está nessa história toda, podemos começar devidamente. Primeiro, o que vem antes de você não é culpa sua. É importante ter isso bem claro dentro de você, os mais velhos costumam a culpar os mais jovens pelas coisas que eles abriram mão para ter um novo membro na família. Uma coisa é ter gratidão, outra coisa é ser culpado de algo. Por isso é importante saber a história que precede você, ajudará a te situar no mundo, de quais são suas origens e quem foram os que te antecederam. Para alguns isso talvez seja um problema, as vezes não haja muitas informações ou nem muitas pessoas vivas para dar relatos, mas nada tema. Para algumas pessoas ter uma história e raízes, como uma família tradicional com uma longa linhagem, isso pode se tornar um fardo e para maioria das pessoas se torna mesmo. A partir do momento que você sabe onde as coisas começaram e qual o seu lugar na história, então agora podemos começar a definir outras coisas. Veja bem, em pequenos dois parágrafos muitos desdobramentos para outras discussões surgiram e é por esse motivo que eu acredito que, começar pelas coisas que vem primeiro é sempre um bom começo. Diz o velho ditado que relembrar é viver. Quando as coisas ficam muito perturbadas, refazer os próprios passos é sempre uma boa.
Para mim, o universo começa em algum lugar quase 13 milhões de anos atrás. Não sei dizer se a existência sempre existiu, mas o nosso universo nem sempre existiu. Atualmente eu não acredito que as coisas tenham sido criadas por deus, mas não há como provar, nem que sim e nem que não. Por mim, eu prefiro pensar que não há deus nenhum e depois podemos dizer qual o motivo; mas de toda forma, não ter deus na equação facilita muito algumas coisas e dificulta tantas outras. O universo começa e vai aumentando seu nível de complexidade até chegar nas primeiras formas de vida. A vida provavelmente está espalhada pelo cosmos, em muitos níveis e de várias formas, isso pensando estatisticamente; seria muita prepotência nossa acharmos que estamos sós no universo, por isso nossa postura deve sempre ser de que exista algo para além de nós, assim se um dia encontramos alguma vida, não teremos problemas éticos de grande porte, pois já estamos deliberamos sobre esses assuntos. Claro, não aceitamos nem mesmo nossos semelhantes, como eles são, que dirá vida extraterrestre.
Até chegarmos onde eu estou agora, passamos por inúmeros eventos. Toda tragédia da humanidade, todos os dramas, alegrias e amores; todas essas coisas antecederam nossas vidas e fazem parte integral de nossa constituição enquanto pessoas. Se pensarmos na história do mundo, toda essa história conduz até o cenário atual ao qual nós pertencemos e a sua posição nessa história corre conjuntamente com o mundo. Entender a história do mundo é entender as causas que levaram toda a sociedade ser o que é, sendo nós produtos dessa mesma sociedade, assim como nossos antepassados. Pode parecer que temos algumas escolhas, e que somos livres para escolher entre uma vasta gama de opções. Essa minha visão, quanto mais penso sobre a vida, mais eu começo a entender que temos poucas escolhas. Quanto menos temos, menos opções temos frente aos problemas. Que pessoa pode dizer poder aprender a dançar ballet se não há mais escolas de ballet? Como podemos escolher comer hambúrguer se não há dinheiro para comprá-lo? Parece bobagem e muito longe essas perguntas, mas essa ideia esta presente em nosso cotidiano, mais do que pensamos. Um garoto pobre e negro, é muito difícil para ele chegar a se tornar médico ou advogado, porque não há meio material para tanto, o que torna a tarefa extremamente difícil. Alguns podem dizer que isso é mentira, porque existem advogados e médicos negros. Sim, existem, mas a questão não é que seja impossível e sim extremamente mais difícil. Basta uma pequena estatística para revelar isso.
Então, o que eu entendo por universo e como ele trabalha. A existência trabalha com causas e condições, assim como diz o budismo. Causa material e condições. Para que haja uma dançarina de ballet é necessário que exista, antes de tudo o ballet, depois que essa arte exista em nosso tempo e finalmente que exista uma professora de ballet para instrução. Se qualquer uma dessas condições forem falsas, não há como escolher estudar ballet. Parece óbvio, mas nos últimos eu percebi que algumas pessoas desconsideram esse princípio básico da lógica. Por mais de uma vez, me vi presente dentro de debates onde a pessoa, ou por astúcia ou por ignorância, ignorava tal ideia. Para que haja a professora de ballet, é necessário que haja a arte do ballet em nosso tempo e para tal, o ballet enquanto arte, precisa ser criado. Se pensarmos outros objetos por esse mesmo princípio, para que exista deus é necessário que haja um criador de deus, de forma análoga isso serve para o universo. Por esse motivo alguns postulam que a existência nunca teve começo e nunca terá fim, estamos presos em um looping temporal (de certa  forma). Essa é até uma boa resposta para o paradigma da existência, visto que nada responde esse pergunta. Se pensarmos na existência, ela existe porque algo a começou ou criou; se o causador da existência for deus, caímos no mesmo problema, “quem criou deus”; se houver resposta para essa pergunta, vamos ao próximo estágio: quem criou o criador de deus? Assim, ad infinitum.
Então, vamos seguir em frente, mas tenham consigo que, para mim, a existência é acima de tudo, material. Existem energias? Sim, aquelas previstas pela ciência. Existem energias das pessoas provenientes dos sentimentos? Falaremos disso adiante. Por agora, iremos para outro assunto que é deus. Essas coisas sobre energias a gente fala em um capítulo dedicado para misticismo e essas coisas.
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bodaoescritor · 3 years ago
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Introdução
Esse trabalho é o fruto de um desejo meu, já antigo, onde eu escreveria as coisas que eu entendi sobre a vida. Agora que eu tive um contato profundo com a filosofia, sinto-me mais preparado para poder desenvolver muitas coisas que penso e que sinto sobre o mundo. Nem tudo você concordará comigo, na verdade, espero que poucas pessoas concordem comigo; eu tenho plena consciência de que minha visão de mundo é extremamente particular. Não há nada errado em desenvolver um raciocínio que os outros achem errado, nenhum filosofo foi reconhecido em sua época e alguns até depois dela. Espero sinceramente, que ao ler esse conteúdo, ao menos as pessoas possam refletir sobre a própria visão e assim concluir algo novo. Essa é a dialética de Hegel: afirmação, negação e síntese; esse processo é recorrente dentro da mente de uma pessoa pensante, um verdadeiro questionador do mundo e esse é o espírito que esse trabalho se propõe a despertar. Não pretendo aqui ser notado, impressionar, ou mesmo ganhar a alcunha de filósofo, ou pensador; meu trabalho aqui é despretensioso, com ele não pretendo agradar ninguém.
Nosso planeta existe a milhares de anos e nossa sociedade, talvez só alguns milênios ou talvez mais. Deste período que nossa espécie esteve nesse planeta, em comparação com o tempo do universo, somos uma pequena linha de rodapé na história do universo. Pensando dessa forma parecemos pequenos e insignificantes dentro do vasto universo em seu tempo e espaço, e é correto pesar assim. Autores como Lovecraft, perceberam essa pequenez e construíram universos fantásticos em volta dessa concepção. Mesmo assim, nossa cultura e história, não podem ser aprendidas por uma única pessoa em um espaço de um vida. Muito também se perdeu nas areias do tempo, a história que se conta é uma pálida faceta de algo muito maior frente a história que nos ensinam, porém não temos acesso a sua totalidade. Assim, somos pequenos e limitados a nossas concepções e ao que conhecemos. Se faz necessário dizer isso, pois, nossa era está repleta de falsos doutos. Essas pessoas são levadas por um terrível achismo e uma ideia de que seu entendimento é a mais pura verdade, suas vãs concepções os levam a ter uma visão deturpada da realidade. Lembremos de Sócrates que era o mais sábio dentre tantos, por saber que não sabia. Essa é a realidade sobre nossa pequenez, não sabemos tudo, nossas concepções são parciais, nosso conhecimento falho e nossos sentidos enganosos. Infelizmente, caminhamos para o emburrecimento da sociedade, a ignorância é cultuada, pois estar com a razão é mais belo do que admitir que não sabemos tudo e que mesmo sabendo muito, podemos estar enganados.
Escrever algo assim é extremamente complicado. Acho que todo bom escritor, o que não é o meu caso, deve lembrar que vivemos em um mundo com internet, um mundo além de nosso mundo. A internet fez algo com o tempo que mudou completamente nosso modo de vida, esse foi acelerado e os conteúdos, para se adequar a essa nova realidade de tempo, foi encurtado. A violência que se faz com o conteúdo pré-internet é praticamente uma violência. A cultura foi trocada, os livros e notícias foram esquartejados e tudo virou um caos completo. Quem se importaria em entender grandes blocos de texto, grandes pensamentos complexos, longos documentários e entrevistas? Tudo isso culmina em um grande problema: não nos forçamos a entender coisas novas; simplesmente se não entendemos algo, apenas seguimos para o próximo conteúdo. Assim, quem pararia para refletir as grandezas do mundo, do tempo e de nossa história. Esse será o grande dilema nos próximos anos, as pessoas cada vez menos consomem conteúdo mais denso e por consumir conteúdo raso, a tendência é que cada vez menos se entendam esses conteúdos. Não digo isso porque sou uma exceção, mas pelo contrário, sou tão parte disso quanto qualquer um. Esse é também um esforço para mim, uma tentativa de lançar-me onde sempre quis estar, nas grandes questões da humanidade.
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bodaoescritor · 3 years ago
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Para meu Eu
Caro Bruno do passado. Quem lhe escreve é você, cinco anos no futuro. Não, você não está ficando louco ou algo assim, não. Acontece que nesses últimos dias eu vi uns posts no Tumblr, esses eram exatamente de sua época, uma época que me lembro com muita dor e pensando nisso eu imaginei que seria bom te dizer algumas coisas. Tais textos e fotos já não existem mais, infelizmente. Por um descuido meu, acabei apagando tudo e não há como transcrever assim uma passagem dessas. Isso também não foi por acaso, apesar de não ter sido proposital, mas há um simbolismo muito forte nesses acontecimentos. Assim podemos começar a conversar.
Infelizmente eu preciso lhe dizer uma verdade, que muitas pessoas te indicaram, porém é difícil aceitar: seu casamento acabou. Isso foi por culpa sua e de sua ex, mas a realidade que na sua busca para evitar uma tragédia, você acabou criando uma situação de dor e que poderia ter causado sua própria morte. Sim, a questão é que você surtou, e em algum momento quase deixou esse mundo de modo trágico. Como você deve imaginar, isso não chegou ao extremo, mas foi por pouco. Então, se você tivesse desistido desse relacionamento, na briga que você teve sobre intercâmbio dela, tanto melhor. As vezes desistir das coisas é tirar um peso dos ombros, como uma libertação. Por que ficar com uma pessoa que não te valoriza? Entendo que seja extremamente difícil para você. Ela criou uma relação de abuso para com você, por mais incrível que tudo isso pareça, mas quando tudo isso acabar, você se sentirá um inútil, fraco e fracassado. Não tema meu bom, as coisas vão melhorar depois de piorarem um pouco mais. Parecerá o fim do mundo, mas não é. A verdade é que depois que você divorciar dela, sairá um peso de suas costas, você será livre e vai conseguir muito mais do que você achou que conseguiria na vida.
Depois que tudo terminar, bom, isso vai acontecer por causa de uma moça. Essa moça, ela será a melhor coisa que vai lhe acontecer na sua vida. Tudo que você queria em uma pessoa para você, ela será. Obviamente eu não preciso lhe dizer isso, pois você foi muito experto; arriscou e deixou-se levar pela vida, fluindo como a água por entre as rachaduras e assim tudo será melhor. Não se engane, sua ex do futuro irá te procurar, contudo nada mais fará sentido para você, pois no fim, você descobriu que a mulher que você ama, morreu a muito tempo. Ela irá chorar para você, irá intimar você e você não vai ceder em nada para ela, mesmo que alguém lhe diga ao contrário, mas a moça que você irá conhecer, ela vai te ajudar com isso. No final, você vai perder um encosto e vai ganhar um tesouro inestimável. Essa moça que irá surgir, bem, ela vai ganhar seu coração com meiguice e doçura, porque no final, você estará machucado e ela também. Engraçado pensar nisso no sentido do kintsuge, que foi algo que você usou muito para dar força a ideia de reconciliação, contudo, seus cacos serão juntados com o dela e assim vocês serão mais fortes e mais felizes. Lembre-se de tratar ela bem e não insista tanto em ter um relacionamento aberto com ela. O amor dela por você será mais rápido, mas não se engane, o seu também virá e quando chegar será muito forte. Bom, vamos parar de falar sobre isso, pois no fim, tudo deu certo. Vamos pensar em outras coisas e conselhos.
Escute sempre a voz que você tem em sua mente, ela sempre vai lhe dar bons conselhos. Sei que é difícil ouvi-la, mas sempre a escute, mesmo que ela fala algo estranho. Essa voz, eu ainda não descobri o que ela é, porém de tudo que eu julguei suas ações, as coisas que ela diz e irá te dizer são muito assertivas. Pode confiar nessa voz sempre que precisar, com o tempo você vai aprender a ouvi-la, na verdade, você com esses anos vai aprender a fazer muitas coisas, vai amadurecer de modo muito belo. Claro, agora eu estou falando de mim como se eu não tivesse que aprender algo; a caminhada não para jamais, a vida é a verdadeira escola e nela aprendemos até o sinal tocar. Outro problema que você enfrenta é a falta de trabalho. Não se preocupe, você vai conseguir um trabalho muito bom e o mais cômico, foi sua ex que te orientou a fazer aquela prova do concurso público, pois saiba que você passou, meus parabéns. O que será engraçado que ela te deu essa orientação, só que ela não vai colher nem as folhas dessa árvore que lhe renderá enormes e suculentos frutos. Na verdade, essa benção será para você, mas também será para muitos outros, você cuidará de você e dos seus, não se preocupe.
Finalmente, cara, você está fazendo tudo que está dentro do seu alcance. Orgulhe-se de você, não tenha medo de ousar ou mesmo de desistir de algo que lhe pesa sobre os ombros. Acho que mesmo com todos os seus erros, você foi uma pessoa resiliente e essa é sua melhor qualidade. Um homem forte, sonhador e valente; como sua mãe sempre lhe disse. Se por acaso alguém lhe diga ao contrário, ou alguém venha lhe cobrar algo de seu antigo casamento, lembre-se que você é alguém muito bom e que as pessoas não sabem ou fingem não saber tudo que você fez e faz pelas pessoas. Você vai perceber isso com a família de sua companheira, pois você valerá seu peso em ouro. Eles sim, conjuntamente com a sua família, são os maiores tesouros que você poderia ter nessa vida. Seja muito feliz meu caro, seja muito feliz.
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