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a vida flui, monótona e sutil,
o dia nasce, igual a ontem,
mas há um eco, um som febril,
que sussurra dúvidas dentro de mim
o tempo avança, um rio sem fim,
cada dia, um passo incerto,
e se ao longe alguém partir?
e se errar o rumo "correto"?
o corpo fraqueja, ruína à espreita,
a carne cede, o tempo devora,
não há defesa que nos proteja,
da dor que o existir entoa
ser consciente é estar na beira,
de um abismo fundo e frio,
mirar o nada, sentir o peso,
e saber que tudo é um fio.
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🌹
vez ou outra, me sinto culpada pela forma como lidei com as coisas.
sempre faço questão de tratar com carinho todos que passam pela minha vida, mas não acho que fui justa com você. me arrependo de não ter tirado ao menos uma foto para recordar esses pequenos bons momentos que tivemos.
tenho tanta coisa para dizer, mas ao mesmo tempo me faltam palavras. já se passaram semanas, e até hoje, quando mencionam seu nome, eu me sinto estranha.
queria te pedir desculpas por não ser a melhor em manter contato ou por, às vezes, parecer distante. se em algum momento nossa interação foi incômoda, gostaria de me desculpar por isso. desenvolvi uma grande consideração por ti, e é importante para mim que nossos momentos juntos não sejam lembrados de forma negativa.
sinto saudades. assim como o meu afeto, infelizmente não consigo expressar isso sem parecer emotiva demais. talvez essa seja nossa maior diferença, afinal.
sei que faz parte do seu jeito ser mais introvertido, mas confesso que me questiono com frequência se realmente existe algum afeto recíproco entre nós dois. talvez seja loucura minha ou obsessão, mas é isso... músicas nunca foram o suficiente quando as conversas parecem não refletir o que você tenta transmitir.
enfim, saudades. da tua companhia, da praia, daqueles dias... saudades.
a verdade é que, mesmo com todos os desencontros, ainda guardo tudo isso com muito afeto. talvez não tenha demonstrado bem na época, mas foram momentos importantes para mim.
por isso, ainda que me esqueça, sempre vou sentir muito carinho quando lembrar de ti.
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Independente das circunstâncias, eu o conheço há mais tempo.
Embora você possa estar em seus braços, sempre haverá uma parte dele que é só para mim. Você não pode mudá-lo, não importa o quanto tente. E, mesmo depois que ele te deixar, ainda estarei aqui, quando ele buscar por consolo. Continuarei aqui muito depois que ele esquecer teu nome.
Em cada silêncio, na ausência de suas palavras, minha presença será uma constante. Mesmo que as palavras falhem e o tempo avance, meu amor permanece imutável.
Apesar de tudo, mantenho a certeza de que, ao final do dia, ele sempre retornará ao meu lado.
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Com o passar dos anos, percebi que a solidão não era necessariamente algo literal, mas frequentemente uma sensação que se manifesta de maneira abstrata. Pelo menos na minha experiência, esse conceito é muitas vezes aplicado de forma subjetiva e pessoal.
A solidão não está apenas na minha dificuldade em criar relações íntimas, mas também na dificuldade de expressar o que é essencial para mim, em abrigar aquilo que para outros não é bem aceito.
Essa negligência do meu sentir é o que gera esse constante incômodo que por muito tempo não consegui nomear.
Recentemente, retomei a prática de escrever diários com o objetivo de tentar trazer à tona esses sentimentos, mas parece que a linguagem não consegue abarcar o que é em sua maioria subjetivo.
É como tentar comunicar o incomunicável, expressar o inexplicável e transmitir a sensação de algo que só eu sinto, e que realmente só é possível sentir na minha experiência.
Nesse processo de tentar me entender, percebi o quanto é fácil se perder de si mesmo. Quanto mais me entendo, parece que mais me perco dentro de mim.
Se não consigo explicar nem para mim mesma, quem dirá para os outros?
Me percebo nessa constante busca por um consenso entre o que sou e o que os outros conseguem entender, e é nesse momento que a solidão se torna uma constante em todas as minhas relações, incluindo comigo mesma.
Por isso, ainda que seja inadequada, prefiro dar voz a esse sentir do que permitir que ele me sufoque por completo.
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Até pouco tempo, eu não sabia se já fui feliz. Não entendia bem o que é felicidade, pois não achava que existia.
Como quase não convivi com outras pessoas, era difícil fazer comparações. e isso me deixava em conflito sobre o que sinto.
Hoje tenho pessoas que me importo e que quando estou junto me sinto bem. mas quando fico só, volto a me questionar: será que a felicidade é nada mais que escapar da realidade?
Seria o sofrer um produto inevitável derivado de momentos bons?
Li uma vez uma poesia sobre aproveitar esses afetos de infância pois a gente passa a vida adulta inteira buscando por eles. a diferença é que... eu nunca tive isso.
Ninguém nunca me ensinou o que é ser feliz, o que é ser amado, o que é viver
Essas dúvidas me atormentam, e nunca consigo encontrar respostas. consigo entender as emoções das pessoas ao meu redor de forma lógica, mas quando olho para o meu próprio interior, tudo fica mais complicado.
Mesmo trabalhando com essa questão no dia-a-dia, com meus pacientes, meus amigos, comigo mesma, ainda sim é uma crise inevitável.
A responsabilidade de saber que sou um ser de possibilidades me sufoca.
Por que não choro como os outros?
Por que não sofro da mesma forma?
Por que mesmo supostamente compreendendo como funciona, parece que sinto muito menos?
No fim, essas questões me fazem sentir vazio e solitário quase que o tempo todo.
O máximo que consigo fazer é encontrar algum conforto na arte, mas mesmo assim não sinto as coisas tão intensamente quanto os outros. ler algumas coisas me faz chorar, mas nunca senti aquela sensação esquisita que alguns sentem quando terminam algo pesado.
Talvez seja por isso que nunca me apeguei a ninguém, e talvez nunca o faça.
Sou tão desconectada de mim e dos outros, que sinceramente não sei se consigo permitir-me sentir algo tão complexo.
Me entregar, me arriscar, me sentir vulnerável. nunca me ensinaram sobre essaa coisas, ate porquê nunca tive uma base sólida pra aprender sobre afetos.
Talvez eu realmente não saiba o que é amor.
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hoje eu acordei por volta de 6am.
não porque eu queria, ou porque precisava. na realidade eu só precisava acordar às 7h para me arrumar e inclusive tinha dormido muito pouco, então cada minuto de sono era precioso.
acordei as 6am porque senti fome. Porque assim que senti essa sensação de estômago vazio me lembrei que não tenho comido direito, assim como isso claramente era visível no meu corpo magro, frágil e feio.
momentos assim são até frequentes. de repente lembrar da sensação de ter meu corpo ali. um corpo que eu odeio. um corpo que mal consigo me ver no espelho ou usar uma roupa curta sem chorar.
odeio que me toquem. odeio que percebam o quão magra eu sou, especialmente comparando ao que eu era.
tem dias que não consigo sair na rua, porque me dói lembrar que vão me ver. me dói lembrar que as pessoas vão me julgar, comparar e comentar.
elogios me deixam tão mal quanto comentários pejorativos. não gosto de pensar no meu corpo, toda vez que isso acontece acabo mal da mesma forma
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Tenho medo de estragar a vida de outras pessoas, especialmente daqueles que amo. Expressar esses sentimentos é desafiador, pois são muito pessoais e subjetivos, relacionados à minha experiência e perspectiva.
O inevitável me assusta. O ato de me conectar com os outros me aterroriza, a ponto de me isolar e evitar conflitos a todo custo.
Começo amizades já temendo o seu fim.
Tenho ciência que essa insegurança e neuroticismo são prejudiciais, mas não consigo evitá-los.
É um dilema interno constante, essa ideia entre o medo de afetar negativamente os outros e o medo de me machucar no processo. A ansiedade em torno do inevitável, como o término de relacionamentos, é o que me paralisa constantemente. É como se eu estivesse em um ciclo de autossabotagem, tentando proteger-me, mas ao mesmo tempo prejudicando a mim mesma e aos outros ao meu redor.
Talvez de fato eu seja o problema.
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June 30th - 2023
Do you ever find yourself tired of life?
A weariness that permeates your being, where true happiness seems elusive, yet the thought of surrendering is far from your mind for some reason.
It's like hanging by a thread, desperately clinging to survival, because that's what you're told to do.
It's when your physical presence may occupy space, but emotionally, you feel detached. There's a flicker of empathy inside, overshadowed by a sense of indifference.
Love feels distant, as if it's vanished from the very air you breathe.
Is there any glimmer of hope left?
Can I mend what feels irreparable?
I'm weary, tired of trying to care when deep down, I feel a void.
Tired of seeking temporary solutions to cope.
Tired of feeling like I'm sinking, as if my boat is slowly taking on water. Struggling to breathe, striving to stay afloat.
So, I resort to these makeshift repairs, these feeble attempts to find solace.
Perhaps I'm already shattered, fragmented and without means.
This wasn't the life I envisioned. Life has a way of sneaking in through the back door, shaping us into someone we never intended to become. It weaves its narratives, convincing us that this is our reality.
If I'm honest, I would relinquish it all. Every single moment, to have the chance to start anew. To rewrite the chapters that ended in anguish and despair.
I yearn to revive the essence of the person I once knew.
They were daring, just enough to weather the storms.
They could endure the blows and learn to toughen up when wounded.
They encountered love that couldn't fully embrace them, yet they persevered.
And in that struggle, they became trapped, consumed by the fear of the life that dwelled within.
Over time, that life weighed heavily on their spirit, incessantly reminding them of their battle, extinguishing the flicker of hope that once burned brightly in their eyes.
That fire is long gone, but it used to be mine.
So here I stand, drained by the weight of this existence, devoid of any glimmer of hope.
The longing for a fresh beginning, to rewrite this story, has become a futile desire, as the narrative remains stagnant and the endings continue to ring hollow.
The strength that once defined me feels like a distant memory, lost in the abyss of time. Life has left its mark, etching a path that offers no redemption.
Within me, the flicker of hope has dwindled to mere ashes, unable to ignite the spark of my true self.
The future appears bleak, as it has always been, an empty void devoid of any connection to the spirit I never truly possessed.
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12/27 - 2022
death shouldn't be a want nor a fear. it is just the relief of certainty. the comfortable truth that one day or another we will return to the silence of the womb. the stable law of dacay. it doesn't need to be rushed or avoided. because it simply is without you.
i'm tired of desiring nothingness over the pain i bear, or on the other hand to absolutely panic over the possibility of sudden death. nonetheless it will come. it doesn't care about my thoughts, but it cares deeply for my feelings, as it will come to cease my pain.
i need to come in terms before it arrives, when it pleases. after all, i don't wanna be a bad host for such an old friend.
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A brief analysis of Sophocles' Antigone
"Antigone" is one of the three Theban plays written by Sophocles. It describes how a king punishes the woman Antigone for burying her brother and the consequences of disobeying the Gods' laws. Sophocles uses in this play literary devices to keep the audience interested at every point of the play, some examples are figurative language, irony and foreshadowing.
One of the major devices used are metaphors, their function is to compare two different things and implied that it has similar characteristics to provide a stronger description with a lasting impact. A good example is when Creon has just recently convinced Antigone not to die, but when he says that "Life is nothing more than the happiness that you get out of it", Antigone revert back to her goal of dying in honour of her family. By comparing life to happiness, she was able to realize that Creon's version of what happiness represented was different to her own. This engages the audience because although they know that Antigone will die, the glimmer of hope that she may live keeps the audience interested.
Also, another frequently used device is irony, that is defined as the reversal of expectations, and it is used to make the audience think about what has just been said. In "Antigone", there are lots of examples of irony, specifically dramatic irony when it is about the tragic hero of the play, Creon. Dramatic irony occurs when a character speaks unconsciously, and Creon does this a lot. When he discovers about Antigone's burial of Polyneices, he says in fury, "Verily, I am no man, she is the man." Even though it was a sarcastic statement, the saying is entirely true: Antigone has dared to right a wrong Creon created. When Teiresias accurately predicts Thebes' ruin, Creon again uses sarcasm: "The wisest fall with shameful fall, when they clothe shameful thoughts in fair words." Blinded by his excessive pride, Creon doesn't realize he is describing himself. This irony is important to emphasize the central idea of don't disobeying the gods' laws and giving a suspenseful tone to the play, making the viewers don't want to repeat Creon's actions.
Finally, there is foreshadowing that is a way of indicating what will come later and add dramatic tension to a story by building anticipation about what might happen after. In the play, Antigone decides to disobey Creon's law to bury her brother, the foreshadowing of what happens to her in her disobedience is shown in her statement to her sister, Ismene: "I shall not suffer aught so dreadful as an ignoble death". Antigone indeed hangs herself after being walled up in a cave. Another example is Haemon's death, when he said to his father: "Then, if she dies, she does not die alone", referring to his fate of killing himself after seeing Antigone's dead body. This is important to the play to convey information that helps the spectators understand what comes next and create suspense to what will happen to the characters.
In conclusion, Sophocles uses in his play "Antigone" literary devices like metaphors, irony and foreshadowing to keep the audience interested during the whole play. Those devices help the viewer to immerse into the story and be excited for what will happen next. It also makes the spectator fully understand the meaning of the play of learning with the tragic heroes and not disobeying the Gods' laws.
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14/01/20
ando cansada de sempre dar tudo de mim mas nunca ter retorno. estou cansada. muito cansada.
será se realmente posso continuar assim? por quanto tempo? e porque?
todo dia é apenas mais um dia que tento sobreviver sem motivo nenhum. por quanto mais? me sinto exausta o tempo todo.
cansada de tudo e de nada.
cansada de mim e de todos ao meu redor, dos meus pensamentos, das vozes na minha cabeça, das minhas idéias, das minhas lágrimas e do meu sorriso falso quando digo que é só sono e que tá tudo bem enquanto meu interior se aperta com força.
sinceramente, tenho medo.
tenho medo da vida, da respiração, do espelho, das pessoas, do lado de fora, do próprio mundo. estou com medo de mim mesma e odeio isso. estou com medo do que sou ou do que me tornarei. estou com medo do futuro, tenho pesadelos com passado e terror do presente.
tenho medo do tempo.
não, eu odeio tempo.
eu me perco o tempo todo, não consigo ter noção mais.
quero mais tempo, mas não quero.
sei que não há futuro para mim.
e para que futuro? porque? não quero isso.
se nunca penso nisso então por que tenho tanto medo ?
porque sou covarde e estupida.
deveria ter terminado quando tive a chance, mas agora tudo o que faço é me esconder e esforçar em vão. me drogar todos os dias e fingir que acredito que se importam. não há lugar pra mim.
é tarde demais? posso apenas tentar novamente. mas por que não deveria?
não tenho medo da morte, tenho medo do nada, do vazio. de mim mesma.
já sinto tudo isso por estar viva, então por que? por que ainda paro? por que ainda insistem? por que me importo se não vou estar aqui para me importar? é minha mãe? ela já perdeu muito, não posso fazer isso com ela... mas ela... eles nunca acreditaram em mim, então por que?
por que eu ainda ligo ?
eu deveria fazer isso. eu preciso fazer isso.
mas e os meus animais de estimação? os únicos com os quais me sinto verdadeiramente feliz. minha mãe não gosta deles, quem estará lá para eles?
ninguém se importa.
ninguém acredita em mim.
ninguém nunca vai ligar de verdade.
eu só quero que alguém se importe, quero atenção, quero ser levada a sério.
talvez um dia alguem se arrependa e deseje ter tentado me entender antes que seja tarde demais. provavelmente não.
eu não sei.
não sei o que posso fazer.
não confio em mim.
não confio em ninguém.
você não pode confiar em ninguém neste mundo, me disseram.
"Lembre-se, até a pessoa mais próxima terá uma faca pronta quando você virar as costas"
"Todo mundo quer alguma coisa."
"Nada é de graça."
não consigo obter ajuda. mesmo com todo tratamento e esforço em vão, nada melhora.
isso só piora. me lembra o quão defeituosa e anormal eu sou. me lembra como vejo o mundo agora. e como mesmo se tivesse sido diferente no início eu estaria do mesmo jeito.
nao é culpa de ninguém.
eu nasci errada.
eu sou um erro.
de toda forma, todos nós estamos mal. tudo e todos sempre têm um lado ruim, nada é sol e arco-íris. pode parecer assim por um tempo, tento me sentir assim, mas termina muito rápido e só me lembra que ninguém ajudará alguém que nada tem a acrescentar no mundo.
não aguento mais tomar remedios.
não funcionam.
só faz me sentir doente e estranha. me lembrar que há algo errado comigo e que nunca vou ser normal aos olhos de ninguém.
mamãe faz um bom trabalho em me lembrar do tipo de gente que toma esse tipo de medicamento. afinal se eu nao melhorar quem vai acabar no hospital sou eu.
já estou entorpecida pela vida. os medicamentos só pioram ainda mais.
me sinto morta por dentro. não preciso me sentir mais entorpecida do que estou.
mas, talvez eu deva?
talvez eu fique tão entorpecida que não serei burra.
tao entorpecida que talvez não consiga pensar mais.
realmente gostaria de poder dormir e nunca acordar.
me esforço e estudo todos os dias e nem sei por quê.
isso não vai mudar nada, mesmo que minha família pense assim.
apenas "continuo tomando café e me perdendo na imaginação".
não é que tenha sido apenas traumas de infancia e abuso. apenas surgiu do nada, bem antes disso. eu não sei, nunca fui uma criança feliz. nem lembro de como eu era direito.
sei que estou sendo dramática.
sei que sou tóxica e um peso pra qualquer um que me conheça.
sim, busco por atenção.
o abandono me assusta tanto quanto o vazio.
sei que existem pessoas que realmente têm um bom motivo para se sentirem desesperadas por nao ter acesso a tratamento e outras coisas que faço.
só estou aqui odiando a vida e a mim por coisas que nao posso controlar.
por que sou tao egoísta? eu sou o pior tipo de pessoa.
continuo vendo coisas, imaginando algo acontecendo comigo ou fazendo algo comigo mesma, pensando em como fazê-lo e me machucando pra suportar a enorme vontade de tentar por um fim em tudo. de novo.
por quê?
não é nem isso que realmente quero.
minha cabeça dói.
não aguento mais pensar.
odeio sentimentos.
nunca fui boa com eles, não os entendo. não sei o que sinto.
sequer sei se sinto alguma coisa.
sei que acabo mudando de humor rapidamente. pelo menos foi isso que me disseram. descontrolada a palavra? desquilibrada?
não sei me expressar e quando consigo acabo sendo agressiva demais.
apenas mostra que sou fraca, não consigo me controlar.
tento parecer forte por fora, mas falho.
eu sou fraca.
com raiva ou triste cheia de pensamentos negativos.
claro que as pessoas vão se cansar de mim.
preciso de remedios fortes para me manter calma e "feliz".
tenho medo do meu próprio coração.
não consigo dormir.
durmo demais.
não consigo comer.
como demais.
não tenho esperança.
queria poder desligar minha mente.
faço tudo o que posso para me manter ocupada.
odeio ficar entediada porque estar entediado significa ficar sozinha com seus pensamentos e vozes.
é doloroso.
mas estou presa.
perdida.
minha mente é um labirinto.
e me sinto uma maldição.
sou egoísta.
não estou indo bem.
ninguém mais precisa dos meus desabafos, as pessoas têm seus próprios problemas. eles não precisam de mim também.
eles não estão realmente lá de qualquer maneira.
quem se importa.
eu sou uma bagunça.
só quero acordar e sentir algo pelo menos uma vez.
sei que sou melhor como lembrança.
ainda sim não quero magoar ninguém.
só estou cansada. exausta. morta por dentro e morrendo aos poucos por fora.
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Reflexões sobre empatia;
Hoje estava refletindo sobre aquela famosa frase "quando grita perde a razão" e o porquê acho sem sentido dizer isso.
A questão é que não consigo pensar em um contexto que tal frase possa ser utilizada corretamente e te digo o porquê,
É complicado você chegar e dizer que algo é muito irrelevante pra ser considerado ofensa.
Esse papo parece até conversa de pseudo militante de twitter, mas nesse quesito eles estão certos.
As pessoas são diferentes, foram criadas de maneira diferentes, tiveram/tem suporte emocional diferentes. Não dá pra criar uma regra que dê pra definir até que ponto algo pode ser considerado frescura ou não.
Isso quer dizer que quem grita, bate, quebra tudo etc tá certo?
Não. Mas é necessário ter mais paciência com essas pessoas. Principalmente quando vc lembra que o que pode ser algo pequeno pra você, pode ser uma gota no oceano de porrada que essa pessoa já levou na vida.
Um pequeno exercício simples:
Pensa em algo que as pessoas no geral tem um conceito muito errado e isso lhe irrita quando alguem vem falar contigo afirmando como se soubesse do assunto.
Agora pensa naquela situação do Rodolffo e João do BBB21 (que o rodolffo comparou a peruca de homem das cavernas com o cabelo estilo black power do João, em tom de brincadeira)
Vi muita gente falar que isso foi besteira etc até porque o Rodolffo não fez na intenção de machucar e ele não sabia que poderia ser ofensivo.
O problema é que as vezes a intenção não importa.
Como já citei, as vezes aquilo ali pode ser só mais uma gota no mar de brincadeiras ou comentários racistas que o João já levou na vida, tanto que ele ficou muito mal.
>VOCÊ< pode não ver maldade e achar frescura. Mas se fosse aquele tópico que pedi pra pensar e vc perdesse a paciência, ainda conseguiria achar legal quando alguem dissesse que tu perdeste a razão por ter gritado e ignorasse totalmente o que o outro disse?
As pessoas são diferentes e desenvolvem maneiras de lidar com as coisas de formas diferentes.
Isso ai não é valido só pra situações tipo a do João mas pra todo tipo de pessoa. Até porque todo mundo tem problema na vida, né?
Mas é preciso tomar um cuidado EXTRA quando é para falar de assuntos delicados desse tipo. Até porque a maioria nesses grupos já passou por trauma mesmo e muito mais situações aversivas que a maioria das pessoas no geral.
Assim como bato na tecla que é necessário fazer a distinção de uma pessoa realmente preconceituosa com tal coisa e uma pessoa ignorante que fez algum comentário nao intencionalmente preconceituoso, e também que ninguém é obrigado a saber algo que por agora não é senso comum (mas sim, vc deveria se educar é obrigação moral), também digo que essas pessoas nao lhe devem paciência.
Especialmente quando elas passam 24/7 recebendo comentários ruins.
As vezes seu comentário "neutro" falando bobagem sem perceber ofende mais do que alguém que chega e faz texto cheio de palavrões e ofensas intencionais.
"Ah, mas então eu tenho que ficar calado quando alguém assim tá falando?"
Assim, se você não entendeu algo que tal experimentar chegar e perguntar de forma educada e paciente, em vez de sair fazendo afirmações e discordar com a pessoa sem sequer entender direito do assunto ou o posicionamento dela?
Paciencia é a chave, amigos
Como um amigo sempre me diz, as vezes não é o que você fala mas como você fala.
E eu tenho certeza que vc não reflete como seu comentário "inocente" pode fazer alguém passar a noite chorando.
Não que a gente deva parar de falar. Obviamente sempre vamos magoar as pessoas não intencionalmente, até porque ninguém sabe o que o outro passa. É só mais pra refletir antes de agir e especialmente antes de chamar o outro de vitimista por ter ficado magoado com algo, só porque o outro não teve intenção ou vc viu como nada demais.
Em resumo, escutem as pessoas. Especialmente aquelas que você sabe que precisam de apoio.
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