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Eu quero

Quero ouvir Elis ao teu lado e ver te olhar-me como se eu fosse a maior intelectual do mundo, e quero também desfazer essa imagem falando uma baixaria qualquer, daquelas que te acendem em segredo e trazem o teu corpo pra mais perto do meu.

Quero segurar tua mão e te trazer sentimento de segurança e tranquilidade, enquanto tiro teu ar com mil beijos e te dou frio na barriga ao dividir as possibilidades que a liberdade traz.

Quero fim de tarde num parque, pôr do Sol sem entender por que não lhe dou atenção e, eu admirando a beleza mais rara e radiante, olhando você, distraída com qualquer coisa que lhe arranque um sorriso.

Quero conversas infinitas sobre coisas que talvez nunca aconteçam, e quero o silêncio do teu lábio no meu, trazendo a certeza de que aqueles sonhos já se realizaram.

Quero dividir contigo a última luz do dia, o último toque antes de adormecer e o primeiro café do dia, tomado entre sorrisos e olhares que se procuram.

Chloe

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Personagens

Por que fazemos tanta questão de cobrar as pessoas pq elas estão "vivendo um personagem" quando nós fazemos exatamente a mesma coisa?

Ou será que você acha que a roupa que você veste, os acessórios que você usa, o corte de cabelo, etc , são por acaso? Claro que não!

Você vende pro mundo a imagem que você deseja que ele leia, mesmo que não seja verdade.

Seja um rapper largadão, seja um hypster descabelado, um alternativo apaixonado pela Amazônia, uma patricinha mimada, macho desconstruído...

A gente passa a imagem que é mais vantajosa para o meio no qual estamos inseridos, ou seja, se onde eu vou é melhor parecer forte, ameaçador, então eu vou escolher determinado "figurino" pra passar essa imagem. E pasmem, muitas pessoas fazem isso inconscientemente, não sabem ou não podem escolher que imagem passar.

Chloe

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Muito templo pra pouco Cristo.

Não é novidade para ninguém que a cidade de São Paulo está largada às traças e nem que o número de moradores de rua subiu exponencialmente nós últimos 4 anos. O que não se vê ninguém comentando na fila do ônibus ou no mercado é a mudança de propósito que ocorreu nas religiões, cada dia mais se vê templos suntuosos, exuberantes, as igrejas se tornaram verdadeiras empresas, a maioria tem até CNPJ. E essa mudança de propósito tem parecido cada vez mais com uma competição entre denominações para ver quem tem o templo maior, mais fiéis, mais milagres etc. Só que essa competição fomentou um enorme desamparo àqueles que mais precisam, os vulneráveis, os marginalizados, os "invisíveis". E além do desamparo, as pessoas mais vulneráveis ainda têm de lidar com a exploração por parte dos"mercadores da fé", que te dizem qualquer coisa para pode tirar até o último tostão do seu bolso; se aproveitando de pessoas desesperadas e sem um perspectiva de saírem do "buraco em que se encontram. Cadê aquela igreja que acolhia, alimentava e acalentava a quem viesse? Por que tantos templos estão vazios enquanto as pessoas morrem de frio nas ruas? Enquanto a fome bate forte e sem piedade naqueles que foram excluídos da sociedade e agora são invisíveis para os falsos cristãos?

E eu não estou falando de uma religião específica, essa crítica é direcionada a todas as denominações que esqueceram a base, o princípio de tudo. É uma questão de humanidade, de exercer o que maior parte das religiões prega: o amor ao próximo, a benevolência, o acolhimento, o partilhar do pão.

Por Chloe Maldonado

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"Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!" (Emicida - Amarelo)

Será?

Será que eu não preciso que algumas partes de mim morram para eu poder construir partes novas e mais adequadas a quem eu estou me tornando?

Espero que eu morra, mas calma, só algumas partes de mim, aquelas que eu considero um fardo do passado, aquelas partes que me travam e impedem de alcançar aquilo que eu sei que me pertence.

É curioso que um processo vivo e em eterno movimento precise da "morte" para continuar fluindo. É preciso fazer sentido para fluir.

Que a cada dia eu possa me renovar, independente da época do ano, das opiniões alheias ou da inveja de quem não tem coragem para fazer o mesmo.

Chloe Greenlay

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Incapaz. Indesejável.

Inconveniente. Inacabada.

Incongruente. Insatisfeita.

Inadequada. Inconstante.

Indiferente. Inconsequente.

In: prefixo que pode referir privação ou negação.

São tantos adjetivos com o mesmo prefixo que se torna impossível não notar. E não é difícil me identificar com cada uma dessas privações, algumas são de longa data.

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Como é?

Ser normal, estar de acordo com o que sempre foi esperado de vc, estar dentro do padrão?

Como é se encaixar em todo lugar que você vai e se sentir parte de um todo? Compartilhar suas idéias e sonhos e ser compreendida e acolhida?

Estar satisfeita consigo, com a própria vida e com tudo o que se tem?

Como é?

Eu nunca saberia responder a nenhuma dessas perguntas, normal é um adjetivo que não me cabe, afinal, eu não sigo a norma.

Nunca senti que fazia parte de lugar nenhum, nunca me senti perfeitamente inserida em um meio.

Na maioria das vezes as minhas idéias não são compreendidas, quem dirá acolhidas.

Sou movida a insatisfação, pra mim tem sempre algo a melhorar, uma versão melhor de mim mesma ou da minha vida, e por isso que eu vivo e respiro.

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Pressa

Vejo tanta gente indo e vindo

Tanta vida acontecendo

Mas será que sabem?

Será que estão ansiosos pela passagem ligeira do tempo?

Para o próximo fim de semana

O próximo encontro

Sempre o próximo

Nunca o hoje, o momento

"Geleia ontem e geleia amanhã, mas nunca hoje"

Será que não é possível desfrutar do hoje?

Do momento?

Não podemos fazer do agora o nosso oasis?

Por que tanta pressa?

Se o tempo é relativo eu vou gastar o meu correndo pra um amanhã que depende do hoje?

E se o fim dessa corrida é a morte, pra quê tanta pressa?

Por Fernanda Gonçalves

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while my name isn't written on a hall of fame all I have is my own hall of shame. Everything I've ever heard , all of my life time, till this day come. Every issue, accusation, difficulty, and every kind of shit that they throw up on me, making me believe I am all of those things. they've never spare me, always judging and pointing fingers, making me feel bad about myself, leading me to believe there's no space for someone like me. They want me to fit, be a part of this mediocrity, like the only way to live was to imitate what they pretend makes them feel complete, but they don't know the own truth,much less mine. I really can't go on with that shit, I can't take it anymore, I'm done, I'm tired, enough...

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While my name isn't written on a hall of fame all I have is my own hall of shame. Everything I've ever heard , all of my life time, till this day come.

Every issue, accusation, difficulty, and every kind of shit that they throw up on me, making me believe I am all of those things. they've never spare me, always judging and pointing fingers, making me feel bad about myself, leading me to believe there's no space for someone like me.

They want me to fit, be a part of this mediocrity, like the only way to live was to imitate what they pretend makes them feel complete, but they don't know the own truth,much less mine. I really can't go on with that shit, I can't take it anymore, I'm done, I'm tired, enough...

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Eu desisti de tudo!

Fantasiava com uma vida que nunca esteve ao meu alcance, acreditei que era especial, que tinha algo de diferente em mim que poderia me destacar em meio a multidão. Achava que se eu desse o meu melhor, se estudasse, fizesse tudo que estava ao meu alcance eu conseguiria chegar onde ninguém que eu conheci jamais chegou.

Das formas mais dolorosas e cruéis que se pode imaginar zombaram dos meus sentimentos, pilharam minha inteligência, despedaçaram meu psicológico que, hoje está tão danificado que eu não sou capaz de processar o mundo da maneira adequada.

Uma pena que a inocência e esperança de criança não são a prova de pancadaria e tiro, porque era o que eu tinha. Atualmente tive cada uma dessas esperanças arrancadas de mim, como se estivessem arrancando a pele do meu corpo sem anestesia.

Talvez eu tenha nascido no país errado ou na época errada, porque não existe meio de eu me conectar com pessoas medíocres que aceitam menos do que merecem mesmo sabendo que merecem mais.

O sentimento é de fuga! De tudo, de todos, sem olhar pra trás. Mas como poderia eu viver sem amor? É curioso que eu me faça essa pergunta mesmo sentindo que ninguém me ama e jamais vai amar da maneira que meu maior mestre fez.

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A vida adulta é assustadora. Brutal, violenta, fria e indiferente. A gente toma porrada de onde menos espera e essas são as que doem mais, porque vêm de onde você esperava acolhimento, empatia ou imparcialidade mesmo.

Mas é aquilo, “enche o cu” de expectativa e depois fica aí sofrendo . Não tenha expectativas em relação a ninguém e muito menos idealize alguém, talvez a idealização seja ainda mais perigosa do que a expectativa, ou mesmo uma antecedente, porque quanto mais você idealiza, mais você gera expectativa.

@fernanda.maldonadooficial

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