chrisxunder
chrisxunder
U N D E R W O O D
121 posts
The universe is big. It’s vast and complicated and ridiculous. And sometimes, very rarely, impossible things just happen and we call them miracles.Christopher Noah Underwood / vice-prefeito
Don't wanna be here? Send us removal request.
chrisxunder · 7 years ago
Text
Os olhos de Christopher continuavam presentes na figura pálida que era @underdixon na cama. Podia muito bem estar em qualquer outra parte do apartamento, o lugar era gigantesco, afinal; mas depois daquele susto, não queria perder o rapaz de sua vista. O cenho tinha sido franzido em algum momento e até agora continuava da mesma forma, encarando-o quase sem piscar. Poderia ter perdido sem irmãozinho. Poderia agora ter apenas a Eliot, Dixon podia ter morrido por causa daquelas malditas drogas.
Que ele sequer sabia que o outro fazia uso.
Um péssimo irmão. Isso que fora nos últimos cinco anos. Mas a verdade é que tinha sido destruído quando ouviu-o zombar de si no jantar, levou todo aquele tempo para perceber que não importava a forma como foi tratado naquela noite; amava a Dixon e ele, para si, era tão importante quanto o oxigênio que enchia seus pulmões. Estava ocupando o lado da beirada da cama justamente para ter espaço para levantar, se fosse preciso. As costas encostadas na cabeceira e a face voltada para o mais jovem que tão tranquilamente dormia. Mas ele precisava tomar os remédios, comer algo. ‘ --- Dixon? ‘ murmurou baixo, levando a mão direita para as madeixas acastanhadas dos cabelos alheios. ‘ --- Acorde, vamos lá. ‘ continuou. Levara-o para ali pois somente assim o mais novo teria alguém para dele cuidar e também conseguiria ficar livre dos paparazzis, dois problemas dizimados de apenas uma vez. ‘ --- Você precisa comer, seu idiota. ‘
7 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
mrdontgivexfuck:
“ — Pode vir aqui quando quiser, não necessariamente comigo. ” Com a pergunta dele, não conseguiu deixar de rir, era engraçado aquele tipo de preocupação. Estavam em um hotel cinco estrelas, mais famoso no país, era quase como um tipo de ofensa fazer uma pergunta daquelas. “ — Trocam sim, não se preocupe. Quando eu digo que tudo o que acontece aqui, fica aqui, eu não quis dizer que fica na água. ” Disse entre risos.
Agora o seu foco era um só, saber um pouco mais sobre o homem que tem sido a sua companhia frequente, nos últimos dias. Chegou a estreitar o olhar enquanto ele soltava informações soltas, sem uma informação realmente relevante. “todo mundo conhece os Underwood”, não era isso que queria saber, não era sobre essa família que estava interessado, era no homem ali ao seu lado. “ — Não sei nada sobre os Underwood e nem quero saber . Quero saber de você, quando eu falo família, quero saber quem é você dentro ali dentro. ” Percebeu pela careta que havia alguma coisa que não estava nas revistas e jornais sociais que a alta sociedade carregava junto com todo o dinheiro que havia ali. Patrick sabia muito bem como era aquilo, um ser humano que era tratado como um objeto exposto para os mais arrogantes e prepotentes seres do universo. “ — O que todo mundo sabe é que pertenço a família Guedes de Albuquerque, sobrenome esse que me levou a família real britânica, fazendo do meu pai um duque. ” Riu com as palavras, usando um tom mais arrogante ao dizer aquela palavra, mas logo voltou ao normal. “ — O que ninguém sabe é que eu tenho um transtorno de personalidade que me fez ser expulso de Londres e ser jogado aqui, escondido dos olhos da família real. Pansexual, viciado e louco, tudo o que vossa alteza não espera dentro do seu círculo social ” Lembrou-se de uma informação que poderia ser relevante naquele caso. “ — E estou solteiro, faz um bom tempo. ”
' --- Nadar no meu xixi não me agradaria. ‘ respondeu-lhe com um riso baixo, ainda permanecendo naquela posição. Estava tranquilo demais para que parecesse real, no fundo, Christopher suspeitava que aquilo era um de seus sonhos esquisitos; onde realmente achava que poderia ser um pouco normal. Todo o dia correu daquela forma, com a suspeita disso mal escondida nos olhares que para Patrick escorregava. Ele parecia ser uma das poucas pessoas que para seu título, que para seu cargo, não ligavam. O moreno gostava disso.
Ele então assentiu. A resposta que recebeu foi muito mais sincera do que esperava. Detalhes que não ousaria cogitar ser a si entregue, caíram para fora dos lábios do mais jovem. Chris lamentou ter sido tão superficial com a sua resposta, já que o menino estava claramente demonstrando confiar em si com aquelas informações. ‘ --- Todo mundo conhece os Underwood. É um sobrenome ligado a política… principalmente aqui em Nova Iorque. ‘ explicou seu anterior presumir. ‘ ---  Eu sou o mais velho de três irmãos… não sou nada interessante quanto os outros dois, você vai deve já estar lamentando ter pego o Underwood errado para passar o dia. ‘ disse com um sorriso pequeno no canto dos lábios.
Aquilo não passava nem perto do que Patrick lhe ofertou então o moreno mordeu o canto do lábio, afundando um pouco na água. ‘ --- Sofro de ansiedade, tenho crises extremas, ataques de pânicos bastante severos. Principalmente… nos últimos meses. No último ano. Sou bissexual, aliás. Eu tinha um noivo... mas ele, bem, ele me deixou. Demorou a fazer isso, se quer saber. ‘ murmurou a última parte, franzindo o cenho. Não queria pensar em Joseph, mas parecia inevitável. ‘ --- E na verdade, até já está com outro enquanto eu passei os últimos meses repassando na mente o que eu poderia ter feito de errado. ‘ bufou um riso baixo, sem graça. ‘ --- Mas eu não sabia que eu estava na presença de alguém da realeza. Filho de um duque, meu Deus.’
13 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
mrdontgivexfuck:
Não se deu conta por quanto tempo ficou assim, mergulhando e aproveitando a água quente daquele lugar, a piscina era do tipo atlética, onde pessoas usavam para treinamento e poucas vezes era usada para lazer, mas era aberta para todos os hóspedes do hotel e para Patrick. Usava do seu sobrenome para vários privilégios, ele nunca negou isso, pertencer a família real, mesmo que sua ligação fosse distante do núcleo central, fazia com que até os seus crimes fossem perdoados, se isso viesse acontecer. Quando decidiu sair daquele mergulho, sorriu para o vice-prefeito, se aproximando da margem e só então notando que o homem estava tão a vontade quanto o britânico estava.
Se Patrick estava pronto para se surpreender com o mais velho se ele topasse de nadar com ele, não esperava mesmo vê-lo nu assim como o próprio artista havia sugerido, se encostou na margem da piscina e esperou que o mais velho se aproximasse. “ — As vezes é bom fugir da rotina e bancar o rebelde. Você não acha? ” Apesar de ter suas intenções escondidas naquela amizade repentina, Patrick gostava da companhia de Christopher, as vezes fazia as coisas só pra tira-lo de toda a formalidade que era a vida dele, fugindo sempre, escondendo sua vida pessoal dos demais e deixando de fazer coisas por medo de ser exposto.
“ — Eu venho aqui sempre, quando eles trancam aquelas portas, eu posso fazer o que eu quiser, nada sai daqui. E acredite, já fiz coisas que até mesmo eu me assusto. ” Riu, esperando que o outro homem entendesse, ao menos, o seu ponto de vista. “ — Eu não me importo de dividir o meu refúgio com você. ” Com um sorriso nos lábios, a cabeça foi encostada contra a parede, encarando o vice-prefeito por um tempo. “ — A gente nunca conversou sobre nossas vidas pessoais, né? Tipo, namorados, namoradas, família. ” A água quente em contato com a sua pele o fazia relaxar tanto, que poderia dormir ali.
A transparência da água não incomodava a Christopher mas deixava-o um tanto quanto envergonhado. O moreno passou a mão na face para tirar os cachos grossos e molhados da frente de seus olhos. Optou por balançar a cabeça para os lados, sua ação quase lembrando a de um cachorro irritado com a água no pelo; mas pelo menos servia para tirar o excesso e deixar as madeixas mais leves. Nadando até a borda da piscina, apoiou os braços ali e descansou o queixo nas costas das mãos que os dedos tinha entrelaçado.
‘ --- Eu não tenho um esconderijo assim. Deve ser bom para relaxar. ‘ concordou, maneando a cabeça em afirmação. Christopher não deixou de rir, é claro, o olhar voltando para o mais jovem ao deixar a visão presa na face do mesmo. ‘ --- Eles trocam a água dessa piscina com frequência, não? Por favor, me diga que sim. ‘ brincou, divertindo-se com as possibilidades que Patrick poderia ter feito por ali. Não queria nadar na urina de ninguém. Ou em fluídos piores.
Mas assim como o outro, deveria ter um espaço para descontrair. Talvez tomasse aquela deixa para realmente usar daquele local; seria bom. Precisava disso. De algum recinto que pudesse entrar e deixar do lado de fora toda as complicações, e isso não queria dizer a casa do melhor amigo; geralmente, afinal, era para lá que ele corria quando precisava de algum tempo para si. Podia relaxar com o delegado e filha do mesmo, distanciar-se das confusões que sua vida tinha. ‘ --- Com dividir, você quer dizer que eu posso vir aqui quando eu quiser? Ou que eu posso te chamar para vir sempre aqui? ‘ questionou, um sorriso pequeno aparecendo em seus lábios. Ele então desviou o olhar, encolhendo os ombros. ‘ --- Bem, para mim, não há nada que possa te interessar. Não estou namorando, tendo algum caso ou sei lá o que mais a imprensa afirma. E minha família… geralmente todo mundo conhece os Underwood. ‘ fez uma breve careta, soltando um suspiro pesado antes de virar a face para apoiar a bochecha na mão. ‘ --- E quem é você? ‘ perguntou-lhe de volta, tratando de dar-lhe um sorriso.
#c
13 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
mrdontgivexfuck:
A risada de Patrick escapou de seus lábios baixo, nada que fosse chamar a atenção, chegou a abaixar a cabeça para encosta-la em seus joelhos, meneando levemente a cabeça. Ou Chris era muito lento ou ele só sabia mesmo, era fugir daquele tipo de insinuação. Apostava na primeira opção, claro, porque um homem que foge dos paparazzis entrando em um sex shop não parece perceber a maldade tão fácil assim. “ — Você é bem devagar. Eu gosto disso. ” Comentou, voltando a olhar pro homem, com aquele sorriso divertido nos lábios e encarando o homem que não parecia nem um pouco ser esse tipo de homem gentil e divertido, desde o primeiro dia que viu a imagem de Christopher entrar em sua galeria, todo o tipo de homem sério e com pouco tempo pra perder com alguém como Patrick.
“ — Vamos mudar de assunto, um dia a gente volta a falar disso. ” Se levantou daquele parte e olhou a sua volta, sorrindo e voltando o olhar para o homem logo atrás de si. “ — Vamos, eu tive uma ideia. ” Ao dizer isso, iniciou os seus passos para a saída do parque, onde seguiriam para um lugar menos movimentado e com mais chances de serem pegos por algum paparazzi como o vice-prefeito tanto temia.
Esperou que o homem o acompanhasse, para então entrar em um hotel que havia próximo, um dos mais famosos da cidade. Cumprimentando o porteiro que sempre o recebia com muita educação, nem mesmo passou pela recepção, seguindo direto para onde ficavam as piscinas aquecidas. Acenou para o rapaz responsável pelas mesmas, entrando no local que ficava vazio grande parte do tempo, onde ficava apenas uma, observando as portas serem trancadas e deixando os dois sozinhos ali, fazia isso com frequência, quando queria ficar sozinho e pensar, muitas vezes conseguia desenhar ou pintar ali, sem ser incomodado por ninguém.
Começou então a retirar as roupas que usava, estava com a sua calça quando os olhos foram em direção ao homem ali, parado. “ — Tá demorando demais, Chris. ”  Sorriu, puxando o seu cinto e tirando em um único movimento, não demorando para retirar sua calça ficando com a sua pela íntima, chegou a hesitar um pouco, mas logo estava sua sua peça íntima, pulando na piscina e relaxando com o contato de sua pele com a água quente.
Tumblr media
Christopher quis protestar. Ele não era lento. Aquela era a maior calúnia que poderia ter sido por si ouvida; afinal, ele entrou para o Mensa aos quatro anos! Quatro! Seu QI marcava mais de duzentos pontos… porém o QE era extremamente mais baixo e talvez fosse isso que Patrick estivesse a zombar.
Ao longo de sua vida, não tinha se preocupado em desenvolver ou estimular o quociente emocional. Pelo menos até cinco anos atrás, o moreno não tinha experimentado o que era de fato o amor, a ligação com alguém ou mesmo a extrema empatia. Antes disso, é claro, não fora nenhum robô. Apenas… detectava as emoções das pessoas através dos sinais mais claros. O que existia agora em si era o reflexo disso. Nas palavras ouvidas pegando apenas o óbvio, nunca o que por trás havia. Sim, aquele definitivamente era o seu problema, decidiu.
E enquanto seguia o mais novo, tentava não incomodar-se com a falta de informações sobre o que seria feito por eles. Seus passos não hesitavam em acompanhá-lo para dentro do hotel, cumprimentando com um leve curvar da cabeça ao que passava pelas pessoas; mas ainda incomodava-o estar no escuro. Embora, bem, ao vê-lo começando a descartar as roupas, Christopher deu o braço a torcer. Se soubesse que era para um lugar assim que seguiam, realmente teria protestado e os impedido, ou pelo menos tentado, de chegar até ali.
‘ --- Isso é uma boa ideia? ‘ foi o que conseguiu perguntar antes de arregalar os olhos quando o mais jovem se desfez de todas as peças. Oh, foda-se. Aquilo definitivamente não era a forma como imaginara que o dia iria correr. Com uma hesitação extrema, o moreno começou a se desfazer também de suas próprias vestimentas, deixando-as ao lado das do rapaz na beirada da piscina. E Christopher quase pulou com as roupas íntimas, mas não seria justo com o outro. Então a peça também foi ao chão e ele mais do que rapidamente lançou-se na água, o barulho do mergulho sendo abafado ao submergir, abrindo os olhos ao estar dentro d’água, mas não muito permanecendo, logo retornando a superfície.
13 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
weskerxleon:
❮some people are worth melting for.❯
Leon evitava o contato visual com o amigo, odiava se sentir daquele jeito e odiava que lhe vissem daquele jeito. Mas ele precisava soltar aquilo para alguém ou quem sabe o que poderia fazer. - Não tem que agradecer. É meu amigo, meu irmão praticamente. - respirou fundo antes de conseguir erguer os olhos castanhos de modo a fixá-los no homem a sua frente e deu um sorriso fraco e ao mesmo tempo triste. - Eu juro que tento não pensar que foi minha culpa, mas eu não consigo. Simplesmente não consigo pensar que não poderia ter feito para impedir o que aconteceu. - suspirou visivelmente acabado com tudo aquilo e só queria poder descansar - Eu só quero ter ao menos uma noite de sono descente, eu não aguento mais ter pesadelos e sei lá, beber até cair é uma forma de não sonhar com nada.
Em tão pouco tempo de amizade, Christopher orgulhava-se de ter conseguido tal posto. Quase um irmão era o que aquele homem era para si também. E céus, como lhe doía não poder de fato ajudá-lo. ‘ --- Você tem consultas com algum psicólogo? Você e a Lily, no caso. ‘ indagou com cuidado, recolhendo a mão para apoiar ambas as palmas no balcão onde encontrava-se sentado. ‘ --- Porque pode ajudar a ambos, na verdade. ‘ assentiu. Ele tombou a cabeça para o lado e abriu um pequeno sorriso. ‘ --- O que acha de você e a pequena irem passar o fim de semana lá em casa? Ou nós podemos sair da cidade. Faz… faz um tempo que comprei uma casa para passar férias. É perto de um lago, é bastante afastada de tudo mas tem segurança. E muita. Podemos passar o fim de semana por lá. Ou então você pode ir com a Lily mesmo, o que acha? ‘
10 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
bxurgeois:
FLASHBACK, UM ANO ATRÁS. 01h24mim, NY.
Milo fungou, não conseguindo cessar as lágrimas que não paravam de escorrer de seus olhos. Maldito, maldito Phillip. Ele estragara sua vida inteira com o medo, fazendo-o se esconder, não revelar quem realmente era, o que realmente queria. E assim que descobriu, isso o que recebia? O homem não merecia a vida que tinha. Não merecia o dinheiro e não merecia a adoração de pessoas que, ingênuas, mal conheciam sua verdadeira personalidade. Não merecia a mulher incrível que tinha ao seu lado e muito menos o filho que tinha. Tinha, no passado. Nunca mais Milo seria associado àquele homem. Preferia ser um ninguém do que admitir que Phillip Bourgeois era seu pai.
Mas pelo menos ele havia ganho alguém incrível em sua vida. Não conhecia Christopher muito bem - afinal, antes daquela noite, os dois só haviam se cumprimentado poucas vezes em jantares políticos e coisas do tipo - mas era fácil observar que o homem tinha um enorme coração, que realmente se importava com o bem estar de Milo e que queria ajudá-lo. Ele também queria o abraçar, mas o receio de se machucar ainda mais o impediu. Tinha lágrimas em seus olhos, mas essas vinham agora por conta das palavras do mais velho. Nunca tivera alguém que se importasse tanto, alguém que o ajudasse. Parecia cedo, mas Milo já o amava com todo seu coração. “Okay” ele assentiu, conseguindo colocar um pequeno sorriso em sua expressão. “Chris….” ele deu-se a liberdade de chamá-lo pelo apelido, acreditando que já poderia ter essa intimidade. “Muito, muito obrigado…. Eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido. Você é realmente a melhor pessoa que eu já conheci” o menino provavelmente estaria congelando nas ruas geladas de Nova York agora se não fosse pelo Underwood. Isso o fez pensar ‘como ele consegue me chamar de anjo, se ele foi o meu anjo da guarda todo esse tempo?’. Tal pensamento conseguiu arrancar um pequeno sorriso em Milo, que agradeceu mentalmente pelo outro existir.
Com a ajuda dele, conseguiu tirar todas as suas roupas, não tendo vergonha em ficar nu na frente do outro. Sabia que ele iria cuidar de si, e não fazer qualquer outra coisa. Com isso, entrou de prontidão na banheira de água morna, que provocou uma enorme ardência em seus machucados. Ainda sim, nada foi comparado a dor que sentiu ao lavar o corte no ombro, o que provocou um grito baixo. Não queria acordar o noivo de Christopher, mas a dor não o ajudava. A água já levava um tom avermelhado por conta do sangue, e o cheiro de ferro, característico do sangue, infiltrou-se rapidamente no ambiente. Milo comprimiu seus lábios para que pudesse conter suas suplicâncias à dor enquanto passava suas mãos pelo corpo, fazendo o sangue desgrudar de sua pele. Quase sem ar, ele soltou os lábios, respirando fundo. “Eu não consigo. Não consigo” ele exclamou com a voz embargada por conta do choro que voltara com força. Sua respiração era cortada pelos soluços, e ele só deseja que tudo acabasse. Não imaginava que cuidar de seus machucados fosse tornar-se um momento tão difícil, mas acreditava que aquele momento fosse o qual sua ficha caída. Ele não tinha mais casa. Não tinha mais nada. Meu Deus, ele não tinha mais nada. “Eu perdi tudo, Christopher. Eu perdi tudo…. por que isso? Por que eu não podia ser normal?” ele nunca lamentara tanto sua sexualidade quanto naquele instante. Se fosse hétero, talvez fosse feliz. Nada daquilo teria acontecido. Era a única coisa que conseguia pensar naquele instante, enquanto abraçava os joelhos em busca de conforto. 
Também não sabia o que haveria de ter acontecido, apenas a possibilidade de Susan não o ter chamado, de Milo ter permanecido sozinho, o amedrontava. Vendo a gravidade dos ferimentos, imaginando quanta dor aquilo causava ao menino, Christopher não encontrava forças para conter seu próprio choro. As lágrimas silenciosas escorriam pela sua face, os olhos embaçados tentavam enxergar um pouco a face alheia enquanto engolia o nó que em sua garganta se formou. Milo sentou-se na banheira e imediatamente, o moreno se ajoelhou no chão para ajudá-lo a limpar do corpo todo aquele sangue. Mas a coragem de tentar colocar água nos machucados, essa não existia então apenas molhou a mão para levar um pouco de água para os cachos sujos do cabelo dele.
Os barulhos que o menino tentava abafar era de partir o coração. Em silêncio, passou a mão livre nos próprios olhos para limpar as lágrimas e em Milo se concentrou. O menino precisava de sua ajuda e chorando, não conseguiria para ele passar algum tipo de força. ‘ --- Respire pelo nariz, devagar.’ instruiu. Manter a calma era essencial e respirando apressadamente pela boca só iria dificultar. ‘ --- Você consegue sim, meu anjo. Falta pouco, okay? ‘ murmurou, olhando para aquele corte imenso que cada vez mais parecia-lhe precisar de pontos. Mas como faria aquilo? Não fazia ideia de como cuidar de um corte daquele tamanho, torcia para que quando este se encontrasse limpo, ambos vissem que não precisaria de tais remendos.
Mas tudo o que bem ali fazia, parou. Parou ao ouvir a frase escapar dos lábios machucados do menino. Christopher tinha uma ideia de que aquilo era apenas a dor falando, de que era a confusão da noite caindo sobre os ombros dele, mas a intensidade que aquelas palavras foram ditas foi pior do que se ele tivesse levado um soco na face. ‘ --- Pare com isso. ‘ repreendeu-o, o cenho franzido. Agradecia aos céus por agora não estar mais chorando pois para falar aquilo, precisaria manter-se firme. ‘ --- Não diga isso, Milo. Nunca. Você é normal, não há nada de errado com você. Eu não admito que alguém diga algo assim em minha presença, muito menos você. Ainda mais você. Parece o fim, não é? Mas não é. ‘ a cada palavra que dizia, seu peito apertava mais. Depois de expor o relacionamento para a família, demorou tanto para acreditar naquilo que agora, não importava quem viesse dizer o contrário, Christopher batia de frente. ‘ --- Não há nada de errado com você. Comigo. Eu estou em um relacionamento com um homem, Milo. Eu o amo. O amor é errado? Eu estou errado em amá-lo? ‘ indagou, buscando o olhar dele. ‘ --- Não. Eu não estou. E sabe por quê? Porque não é uma escolha, não é uma opção. É o que eu sou, é o que você é. E isso não é errado. Essa frase não é sua, é do imbecil homofóbico, do lixo que aquela criatura é. E quem disse que você perdeu tudo? Deixe-me perguntá-lo, aquilo era vida? Esconder-se? Mentiras? Fingir ser alguém que você realmente não era? Sofrer calado?’ maneou a cabeça em negação, novamente tendo que enxugar as lágrimas. Parecia não mais estar falando da vida do menino, mas da sua. As situações eram tão semelhantes que o destruía por dentro.  ‘ --- Não perdeste tudo, Milo. Muito pelo contrário. Você acabou de ganhar. Acabou de ganhar o mundo inteiro…‘ murmurou mais suavemente, subindo a mão para esbarrar o indicador na pontinha do nariz dele. ‘ --- … uma vida, uma vida de verdade pela frente você acabou de ganhar.  E eu sei que ver isso agora parece impossível, mas eu vou te ajudar. Vai ver que ‘
20 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Photo
@bxurgeois
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
(◡‿◡✿)
6K notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
FLASHBACK, UM ANO ATRÁS. 01h24mim, NY.
bxurgeois:
O apartamento era exatamente o que Milo esperava de um vice prefeito. Grande e bonito, configurado como provavelmente todas as moradias pertencentes aos afortunados de Nova York, como a sua família. Alguns porta retratos revelavam imagens de algumas pessoas que o garoto reconhecia, como o irmão de Christopher, e seu pai também. Em uma das fotos, o mais velho encontrava-se com outro homem, e os dois pareciam íntimos. Talvez aquele fosse Joseph, seu noivo, afinal. Milo soltou um sorriso discreto ao notar a fotografia, porém também sentiu uma pontada de culpa em seu coração, teimando o pensamento de que incomodaria ali. Mas a verdade é que estava tão cansado que não discutiria; no dia seguinte, talvez, eles poderiam resolver tudo. 
A ideia de tomar um banho e encarar a dor de seus machucados outra vez provocou um arrepio pelo corpo do Bourgeois. Ainda sim, sabia que teria que encarar isso em algum momento, e aplicar remédios em ferimentos abertos, ainda por cima sujos, seria ainda pior. Soltando um suspiro, Milo concordou, agradecendo: “Um banho, sim, por favor”. Seguiu Christopher até o banheiro que seria destinado para seu banho, e não se incomodou ao tirar as camadas de roupa na frente do homem, pois sabia que o mesmo não possuia nenhuma segunda intenção com ele. Tirar o suéter não fora tão difícil, mas sua camiseta que cobria a pele nua na parte de cima de seu corpo encontrava-se grudada pelo sangue dos machucados. Milo gemeu baixinho com a dor que o tecido provocou ao descolar do ferimento, e ele precisou respirar fundo para conseguir tirá-la por completo. Os cortes em seu corpo, provocados pelo pai, eram provenientes de cacos de vidro. Phillip, como sempre, bebia no momento da conversa, e tiver a brilhante ideia de dar um soco no peito do menino enquanto ainda segurava sua dose de whisky. O resultado fora a mão cortada do mais velho, e um corte profundo abaixo da clavícula de Milo, que se estendia até seu ombro. Ao notar aquilo, o menino não conseguiu segurar as lágrimas, que de tão guardadas finalmente teimaram a sair. Sentia-se idiota ao chorar na frente de alguém, mas o que sentia era tão intenso que tornara-se impossível de conter. 
O menino concordou e Christopher preparou-se mentalmente para o que viria em seguida. Teria que cuidar dos ferimentos daquele rapaz, teria que limpar cada um deles e fazer os devidos curativos para que o mesmo pudesse começar a curar. Mas como faria isso se apenas a ideia já o deixava um pouco tonto? O pior era que precisaria passar tranquilidade para o menor, tinha que mostrar-lhe que tudo que ficaria bem. Ser forte por ele. O problema é que tudo naquela situação gritava algo que seu pai faria. Se fosse para ser sincero, o que com Milo aconteceu, foi o que, na época, esperou para si. Teve sorte que não veio, mas as consequências continuaram a aparecer, tanto é que até hoje lidava com as crises ansiedade.
Enquanto começava a encher a banheira e testar a água, decidiu que seria melhor não usar nenhum produto, acabaria por irritar os ferimentos que sangravam, era muito mais fácil que a água estivesse limpa. E ao virar-se por ouvir o menino fazer um leve barulho, Christopher congelou. Seus olhos foram arregalados conforme Milo fazia esforço para livrar-se da camisa. Queria ajudá-lo, queria ir até ali e puxar a camisa com mais cuidado, mas não conseguia se mexer. Era sangue demais. O corte que no peito dele se destacava era o que sujara tudo de sangue. Estava aberto e não foi feito com a mão. Não. Phillip usou algo para cortar o filho. Tal percepção trouxe lágrimas aos seus olhos. Um menino tão jovem, tão franzino, tão inocente. Ele não merecia nada daquilo, muito menos por causa de algo que nem culpa dele era.
O choro alheio o despertou e, parecendo voltar a si, caminhou até o mesmo, levando ambas as mãos até a sua face. ‘ --- Milo…’ chamou-o. A própria voz encontrava-se embargada pelas suas lágrimas. O vice-prefeito podia estar horrorizado com a situação, mas vê-lo daquela forma apenas dava-lhe mais certeza de que deveria ajudá-lo e o manter seguro. Dava-lhe certeza também de que o mundo precisava de menos monstros como Phillip Bourgeois e que iria lutar cada segundo de seu dia para que crianças, jovens como Milo tivessem o apoio necessário que seus próprios pais muitas vezes não oferecia. ‘ --- Ei, anjo. Olhe para mim. ‘ pediu baixo, engolindo em seco o nó que em sua garganta dificultava a saída da voz. ‘ --- Ele nunca mais vai tocar em você. Ninguém vai, okay? Eu vou arruinar tudo o que eu puder daquele monstro e vou cuidar de você. Estamos juntos nisso, você entendeu? Eu queria te abraçar mas eu não quero te machucar mais. ‘ murmurou. A visão tinha se tornado embaçada com as lágrimas e já não podia mais enxergá-lo direito, mas fungando baixinho, piscou algumas vezes para recuperar o controle. Subindo a destra, espantou com a falange distal do polegar uma das lágrimas que caíra pelo lado da bochecha que não tinha algum aparente machucado; mesmo assim, o toque foi suave. ‘ --- Vou cuidar de você, okay? ‘ prometeu novamente, o coração tão apertado que dentro de seu peito parecia ter explodido com tamanha dor. ‘ --- Vamos tomar esse banho para limpá-lo, sim? ‘ e dessa vez, Chris manteve-se mais perto do mais jovem para ajudá-lo a livrar-se do restante da roupa para que na banheira pudesse relaxar um pouco na água morna.
20 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
piperwcstwood:
Piper riu. “Oh, shut up, Underwood. Quem deveria marcar horário é você, por ter a honra da minha presença ilustre.” Ela sentou-se na cadeira em frente à mesa do mais velho, abrindo a pequena embalagem onde os doces haviam sido colocados. “E, pra sua informação, não são qualquer cupcakes… são os cupcakes de Piper Westwood, você não os encontra em qualquer lugar de Nova York.” Brincou, sorrindo compreensivamente para Chris e encolhendo os ombros. “Eu sei. Quer dizer, eu sei porque também sou assim, mas em uma intensidade menor e apenas em multidões. Como… A Times Square no ano novo. Bailes de máscara nem tanto. Mas, fora isso, conseguiu aproveitar alguma coisa da noite?”
Tumblr media
‘ --- Verdade, a presença da ilustre futura primeira dama? ‘ indagou com diversão, arqueando uma das sobrancelhas ao encará-la. Aquela brincadeira nunca ficaria velha, pelo menos agora ele não precisava conter-se pelo irmão estar namorando. Um dos cupcakes foi então pego, parecia delicioso, além de muito bem decorado. Sempre tinha pena de devorar, mas isso só durava meros segundos já que rapidamente deu uma mordida, deliciando-se com o gosto e aproveitando daquilo para formular uma resposta que pudesse ser sincera, mas ao mesmo tempo que não revelasse a verdade. ‘ --- Para mim, aquela quantidade já era uma multidão sufocante o suficiente. ‘ respondeu simplesmente. ‘ --- Talvez por este fato, na verdade. De não conseguir aproveitar a situação. Cada vez que alguém se afastava, outra pessoa surgia para tentar me fazer falar sobre negócios, você credita? Eu deveria ter pego uma máscara melhor que encobrisse meu rosto inteiro. Você se divertiu? Viu meu irmão? ‘
Tumblr media
4 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
weskerxleon:
❮some people are worth melting for.❯
Leon deixou a filha brincando com os presentes dados pelo vice-prefeito, caminhando para a cozinha e apoiou-se no balcão passando a mão pelo rosto de forma cansada - Preciso da sua ajuda. Preciso de ajuda para parar de beber… - falou direto para ele, resolvendo se abrir com o amigo ele deu um suspiro pesado antes de começar a falar - Eu nunca te contei nada sobre meus problemas para dormir e da Lily também, mas acho que preciso falar disso com alguém. - começou coçando a nuca, desviando os olhos do homem por um momento antes que voltasse a encará-lo - Lily viu a mãe ser morta. Carol morreu na frente dela, tentando protegê-la e desde desse dia ela acha que o homem malvado que matou a mãe dela ainda estar no quarto, que vai machucá-la e isso é um dos motivos que eu não durmo bem. Além do fato que toda vez que pego no sono eu tenho pesadelos com esse dia, porque é minha culpa minha filha não dormir e é minha culpa minha esposa ter morrido. - contou em tom de desespero - Se eu tivesse sido mais rápido, se eu tivesse deixado a arma ao meu alcance ao invés de deixá-la dentro do armário, nada disso teria acontecido.
A gravidade do problema que Leon tinha não era algo com que Christopher já havia lidado. A dificuldade de achar palavras para dizer ao amigo, ou mesmo a dificuldade de conseguir encontrar um jeito de ajudá-lo foi o que mais lhe perturbou. Chris estendeu a mão e enroscou os dedos nos fios escuros dos cabelos do delegado, doía-lhe vê-lo daquela forma e doía-lhe ainda mais saber que a pequena Lily, com aquela pouquíssima idade, já passou por tanto aperto. ‘ --- Leon? ‘ chamou-o baixo. ‘ --- Obrigado por confiar em mim com isso. ‘ murmurou, afastando as madeixas da face alheia para que pudesse encará-lo. Ou tentar. ‘ --- Agora olhe para mim, sim? Pedir ajuda é um passo enorme e eu estou imensamente orgulhoso disso. Mas eu preciso te dizer… não foi sua culpa. Eu sei, eu sei que não irá acreditar em mim. Mas não foi, não foi sua culpa. Carol morreu e a culpa foi inteiramente do maldito bandido que cometeu o crime, não sua. Você tem uma criança nessa casa. Uma criança arteira. Deixar uma arma em um alcance fácil para você significa deixar para o alcance dela também. E você deixou no armário porque sabia disso. Que seria mais seguro para sua filha se você deixasse-a guardada onde ela não podia pegar. ‘ Chris engoliu em seco, maneando a cabeça em negação. ‘ --- É sua casa, Leon. Era seu espaço seguro. Ninguém deveria invadir aqui para fazer mal a sua família. Como você poderia adivinhar que algo assim aconteceria? É impossível, meu amigo. Você entende isso?‘
10 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
mrdontgivexfuck:
A risada foi inevitável, muitas coisas com o vice-prefeito acaba acontecendo daquela forma natural, porque ele tinha um carisma e conquistava fácil até mesmo Patrick, que não tinha nenhum caráter sequer. Apesar de ter se interessado pela companhia dele, no início, apenas para tirar vantagem, o artista percebeu que não era tão ruim assim. Iria ser difícil se desprender dele depois que conseguisse o que procurava.
Com o questionamento dele, não precisou falar nada, ficou apenas encarando o homem com a sobrancelha erguida. Sim, era aquilo que ele estava imaginando, como não podia imaginar aquilo? Voltou a rir, o homem estava reagindo de uma forma exagerada, Patrick nem sequer ficou envergonhado, mas sua irmã sim e se sentia mal por isso, por ela. “ — Estava. ” Foi uma resposta simplista, não deixando de rir mais do jeito como o homem continuava a pensar e agir diante daquela informação. Bem, ao menos, naquela comparação de quem passou mais vergonha, Patrick havia ganhado e não conseguia ver o que tinha de bom naquilo afinal.
Virou o corpo um pouco na direção do homem e abaixou o tom da sua voz. “ — Vai mesmo bancar o egoísta agora? ” O interesse de Patrick sumiu quando ouviu que eram as tais bolinhas tailandesas, apesar do homem ter falado que comprou outras coisas, não esperava usar aquelas bolinhas. “ — Você tá precisando exercitar mais a sua imaginação, Chris. Sério? Bolinhas tailandesas? ” Perguntou com uma expressão de quem achou aquilo um absurdo. “ — E tem que aprender a dividir também, esse papo de conhecer o próprio corpo perde a validade quando você experimenta com outra pessoa. ” Sabia muito bem do que estava falando, Patrick ultrapassava certos limites até mesmo quando se tratava de sexo, um de seus maiores vícios. “ — E eu acho que não preciso ser mais direto que isso. ”
Tumblr media
Ainda horrorizado com aquela ideia, Christopher fez uma careta, balançando a cabeça em negação. Não gostava de pensar na agonia que seria se algo assim acontecesse consigo; todas as precauções que tomava era justamente para que nunca precisasse passar por tal desespero. Se bem que, agora, tão sozinho em casa tinha total liberdade para fazer o que bem quisesse.
Mas ele precisava deixar aquela imagem estranha para trás, pelo menos se quisesse continuar a focar no que estava sendo o real foco da conversa: as insinuações de Patrick. O vice-prefeito bufou um riso, encolhendo os ombros. ‘ --- Não é ser egoísta, é uma questão de achar estranho dividir. ‘ explicou em sua própria defesa. Por que o rapaz gostaria de usar algo que Christopher já fizera uso? Para si, não fazia muito sentido. Mas admitia que, talvez, para outras pessoas, aquilo fosse normal. Ele riu baixo com o conselho alheio, fazer uso de objetos como aqueles não lhe agradava mais, não era mais tão interessante a compra, logo, simplesmente perdera a vontade de pesquisar e comprar itens legais.
De que adiantaria, afinal? Sexo, para si, não era algo que tratava de forma banal. Preferia compartilhar com alguém, de preferência alguém que ele confiava. Caso contrário… o prazer encontrado não era assim tão relevante. ‘ --- Minha imaginação está muito bem onde ela está, Patrick. O problema é que ela não é mais tão requisitada para isso, na verdade. ‘ respondeu-lhe com honestidade. E embora ainda não soubesse bem onde o rapaz queria chegar com aquilo, o moreno riu. ‘ --- Você foi direto sim. Quer meus vibradores emprestados? Do jeito que fala, parece que você tem a sua própria coleção, por que diabos iria querer os meus? ‘ a pergunta solta tinha um quê de diversão. Parecia estranho não apenas ter uma conversa daquelas no meio do Central Park, mas também estava de dia, havia pessoas passando por ali. Era um pouco estranho para o moreno.
Tumblr media
13 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
bxurgeois:
FLASHBACK, UM ANO ATRÁS. 01h24mim, NY.
“Seu noivo parece ser um cara legal” ele comentou, deixando um pequeno sorriso transparecer em seus lábios. Imaginava se um dia estaria na mesma situação, citando o parceiro com tanta tranquilidade, com amor, algo que nunca havia vivenciado antes por estar sempre escondendo o que sentia, por quem sentia. Quantos namoros falsos haviam sido feitos só para acobertar seus verdadeiros sentimentos para o pai? Naquele momento percebeu como tudo aquilo havia sido ridículo e sem valor. Não importava o quanto seu pai lhe batesse, não faria mudar o que o filho realmente era. Ninguém podia mudar isso. Até Milo já havia tentado ignorar, encobrir, mas era impossível. Não podia forçar si mesmo a ser uma pessoa que não era, muito menos outra pessoa tinha o poder de fazer isso. Deus sabia como havia tentado. A culpa o inundou com o certo discurso de Christopher, mas sentiu-se bem após escutar tais palavras. Era difícil entender que não era um incômodo ou uma obrigação, e sim que o mais velho o ajudava porque queria ajudar. Mas, analisando suas palavras, entendia muito bem a razão: empatia. O vice prefeito estava colocando-se nos sapatos de Milo, algo que lhe encheu de esperança. O mais novo sentiu vontade de abraçá-lo, mas não o fez. “Tudo bem. Temos um trato, então” seu tom de voz era bem mais calmo agora e, depois de muitas horas, Milo finalmente foi capaz de dar um genuíno sorriso.
Esse que se transformou em uma gargalhada ao ver o certo desespero do homem para trocar a playlist. Suspeitava mesmo que aquela não fosse escolhida por ele, até porque não conseguia imaginar um homem de trinta e poucos anos dançando ao som de Rebecca Black. Ou qualquer pessoa, na verdade. O Bourgeois assentiu às palavras do mais velho, deixando mais uma risada curta escapar. “Não vejo mal em gostar de Britney. Não é tão mal. Melhor do que Friday” debochou, sua voz transparecendo um pouco de humor, bem mais leve do que antes. Aceitou a ajuda de Christopher para sair do carro, mas não bastou três passos em direção ao elevador para que a crise de tosse antes contida do menino se revelasse. Sua cabeça estava girando; talvez fosse pelo excesso de informações, pela fraqueza de seu corpo ou por ter seus pulmões quase pulando para fora. Ele sentiu gosto de sangue na boca, percebendo que o mesmo escorria pelo queixo. Ele limpou, envergonhado, com a manga de seu suéter. “Meu lábio deve estar cortado por dentro” explicou, pois duvidava muito que o sangue fosse provocado pela tosse. Milo respirou fundo, tentando recuperar o ar, e não hesitou ao voltar a caminhar. Ele podia ser bem teimoso quando queria. Assim que entrou no elevador, deixou-se encostar o corpo na extremidade do mesmo, sentindo sua respiração se aquietar em questão de segundos. Ele queria quebrar o silêncio, porém não encontrava palavras para tanto. Queria apenas descansar, mas sabia que não poderia deitar antes de tratar dos ferimentos em seu corpo. Piscando, ele acordou de seu cochilo momentâneo, um tanto assustado. “Chegamos?”
Mesmo ainda envergonhado com o desastre que aquelas músicas foram, Christopher encontrou-se sorrindo. Elas poderiam ter lhe deixado com vergonha, mas foi ótimo ver o menino com o humor mais leve. Devido a enorme diferença de idade entre ambos, nunca encontrara um tópico que pudesse ser de interesse mútuo para que conversassem. Aparentemente, aquela situação parecia ter resolvido isso. Agora tinham algo em comum e Chris, na verdade, desejava mantê-lo por perto. A preocupação que já nutria por ele era imensa e o moreno olhou-o desconfiado ao ver o sangue ser expelido. Ainda que não relaxasse com aquela desculpa esfarrapada, não o questionou, tomando mais do corpo dele para si para o elevador. Foi um alívio e tanto quando o menino se apoiou na parede metálica pois Chris teve uma chance maior de observá-lo. Rosto machucado, sangue pela camisa e calça, braços feridos, onde diabos aquele menino não estava machucado?
Ele suspirou com o barulho do elevador indicando a chegada no apartamento, assentindo à pergunta alheia. ‘ --- Sim, chegamos sim. ‘ concordou em tom baixo, olhando ao redor para ver se encontrava a figura desperta do noivo, mas o local estava livre da presença do policial. O que era ótimo. Milo não precisava agora da pressão de Joseph para descobrir o que acontecera. ‘ --- Eu vou limpar seus ferimentos e tentar fazer curativo em alguns, mas você quer tomar um banho primeiro? ‘ perguntou-lhe com cautela. As feridas seriam cruelmente perturbadas quando a água batesse, mas limpá-lo e depois colocá-lo para o banho parecia pior. ‘ --- Posso te preparar a banheira, se o chuveiro não te agradar. Ficar em pé sozinho vai ser meio difícil. ‘ avaliou. Precisava também lembrar de preparar algo para o menino beber, nem que fosse um suco rápido. ‘ --- A não ser que você queira os curativos primeiro... também é uma opção. Não a melhor, considerando todo esse sangue em você. ‘
20 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
weskerxleon:
❮some people are worth melting for.❯
Bem engraçadinho você, tampinha. - provocou.
Tumblr media
Ver a filha com o homem fez Leon dar um sorriso, afinal, não era com todo mundo que a pequena se dava bem e com Chris parecia que ter sido amor a primeira a vista. A pergunta dela sobre o motivo da menina não ter dormido, fez o delegado dar um suspiro pesado mas resolveu deixar as explicações para quando a filha estivesse dormindo - Eu te falo disso depois. Ai meu deus, isso me deu até medo agora. - comentou soltando uma risada enquanto observava os dois ali na sua frente - Aqui? Nada, mas posso pedir uma pizza para gente. - sugeriu pegando o celular para fazer o pedido pelo aplicativo - É claro que não! Ela é minha menina favorita - gargalhou como se estivesse ofendido com aquilo. Leon sabia que precisava falar com alguém sobre seu problema com bebida e quem poderia ser melhor do que Christopher? - Chris, eu preciso falar com você. Só nós dois… Lily pode ficar brincando ai. É rápido - diz e sua expressão séria deixava claro que aquele era um assunto que não poderia esperar.
‘ --- Pizza então! ‘ concordou com animação, a atenção desviando-se para o amigo ao ouvir o tom de urgência em sua voz. Aquilo o preocupou. Lily e ele tinham problemas para dormir, isso já era o suficiente para que Christopher sentisse uma espécie de desejo de proteção para com eles, e agora o outro ainda vinha com aquele dizer? Imediatamente, assentiu, voltando a sorrir para a menina em seu colo. ‘ --- Eu trouxe tantos presentes para você, lindinha! Por que você não vai abrir, hein? Você abre e separa por ordem daquele que mais gostou, okay? ‘ sugeriu, assim poderia focar a atenção da menina em outra coisa. Assim que a pequena saiu de seu colo, Chris levantou-se fazendo um sinal para que o amigo seguisse-o para a cozinha, onde sentou-se no balcão para encará-lo. ‘ --- O que foi, Leon? Está me assustando. Vocês estão bem?‘
Tumblr media
10 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
bxurgeois:
FLASHBACK, UM ANO ATRÁS. 01h24mim, NY.
Caramba, ele realmente se preocupava. Sabia como o povo de Nova York amava uma fofoca e não recusava escutar uma por nada nesse mundo, mas, pelo jeito, Christopher nem se importava com o que tinha acontecido, se importava apenas com o bem estar dele. Algo que seu pai nunca fez. Pensar naquilo fez com que um buraco invisível fosse aberto em seu peito, machucando-o mais do que todas as pancadas. Milo queria chorar, mas não faria isso na frente de ninguém. Por isso, tentou ao máximo se recompor, distraindo-se ao manter a conversa. “Ele contratou um detetive para me espionar, acho que já desconfiava. Então, ontem, no meu aniversário, esse detetive tirou umas fotos minhas, que foram entregues ao meu pai hoje e… feliz aniversário!” ele contou, o nojo completamente disposto em suas palavras. Phillip era um homem infeliz, sempre soube disso. Mas fazer algo como aquilo com o próprio filho? Era sujo demais, até para patriarca da família Bourgeois.
Ele agradeceu ao pegar a toalha, deixando um sorriso mínimo transparecer em seus lábios. Não era muito, mas já ajudava. Milo não parava de tremer. Bufou ironicamente com o comentário de Christopher, não acreditando que aquilo fosse realmente acontecer. “Duvido que alguém consiga prendê-lo. Ele vai dar um jeito de sair dessa. Ele sempre dá” sua voz era carregada de remorso, de dor. Duvidava que o pai sentia-se mal pelo o que tinha feito, e muito mais que esse pagaria por seus atos. “Muito obrigado por fazer isso” ele agradeceu, finalmente, sua voz em um quase sussurro. “Não sei o que faria se você não tivesse aparecido” não tinha receio de demonstrar seu medo, pois realmente o sentia. Talvez sua ficha não tivesse caído por completo mas, pouco a pouco, o menino começava a entender a dimensão de todo o ocorrido. “Quero, por favor” concordou, por mais que sentisse um aperto em seu peito só ao pensar em falar com a mãe. Sem delongas, pegou o celular do homem e discou o número que já sabia de cor. Não demorou três toques para escutar a voz preocupada de sua mãe. “Alô? Christopher? Você o encontrou?”. Só de escutá-la, percebeu o quanto Susan estava preocupada. “Oi, mamãe. Sou eu. Estou bem, fique calma. Sim, ele vai me levar para a casa dele…. Não, tudo bem. Por favor, não se culpe” era difícil conversar com ela, pois estava nervosa, com a voz embargada, e chorando muito. Queria tanto abraçá-la naquele momento. “Mãe, olha, eu tenho que ir. Vá descansar, eu vou ficar bem, tá bom? Eu te amo muito. Obrigado por tudo” e desligou. Caramba, nunca tivera uma ligação tão intensa como aquela. Suspirando, ele guardou o celular do mais velho no local em que estava antes, sentindo as lágrimas escorrendo teimosamente de seus olhos. “Hã… obrigado”. Não, Milo, não chore. Não na frente de alguém, ele pensou. Mas escutar a mãe naquele estado era demais para o jovem. Limpou as lágrimas, soltando outro suspiro. “Você… pode colocar alguma música? Por favor?” sabia que o pedido era estranho, mas ele precisava de alguma coisa que fosse o distrair. Qualquer coisa.
O volante foi apertado e a expressão de Christopher tornou-se um pouco mais sombria, perdendo a leveza que havia adquirido ao entrar no veículo. Aquela atitude com certeza era bastante parecida com a que o seu próprio pai poderia tomar; parando para avaliar o seu passado, de fato escolhera o momento perfeito para começar a orgulhar-se de si mesmo, de sua sexualidade e das lutas que enfrentava, que vencia. Obviamente, o jovem Milo não teve essa chance, mas o moreno estaria ali para ajudá-lo a enfrentar as dificuldades que viriam. ‘ --- Seu pai é um imbecil. E gente como ele, não merece a vida que leva. ’ respondeu-lhe com o cenho franzido. A situação era mais complicada do que parecia. Não esperava o desastre gigantesco que vinha a cada vez que o menino abria a boca.
Em silêncio, Chris permaneceu. Enquanto o menino falava com a mãe, seus olhos marejaram. Milo tinha Susan a se preocupar com ele e isso já era um passo enorme para que o mesmo se recuperasse de tudo. No fundo, sabia que o golpe daquela noite o menor iria carregar consigo para o resto da vida, as consequências viriam e nem iriam tardar, contudo, ele tinha quem o apoiasse e isso era o importante. ‘ --- Não duvide do meu noivo, garoto. Quando ele cisma com algo, empaca como uma mula teimosa. ‘ brincou, deixando um sorriso ser direcionado ao outro ao que parava em um sinal vermelho. ‘ --- E vamos fazer um trato, okay? Sem mais agradecimentos ou pedidos de desculpas. Quando eu disse à minha família que eu tinha um namorado, se eu fosse mais jovem e não pudesse me sustentar, era isso que eu teria recebido dos meus pais também. Eu entendo… um pouco, pelo menos. Então não precisa me agradecer. Do mesmo jeito que havia alguém lá para me erguer quando a minha vida virou uma bagunça, eu estou aqui para te ajudar com isso. E eu não preciso que fique agradecendo, Milo. Estamos juntos nisso, entendeu? ‘ lhe garantiu, assentindo. Ele então ligou o rádio e Friday encheu o carro com aquele barulho irritante. Os olhos de Christopher foram arregalados e o moreno apertou o botão de mudar o mais rápido que pôde; só que, para seu maior desespero, começou a tocar Toxic. ‘ --- Mas que droga é essa? Eliot está ferrando minha playlist! ‘ o homem lamentou, agradecendo à Deus por avistar o seu condomínio mesmo com a voz de Britney Spears preenchia o silêncio no veículo. E ao estacionar, soltou um suspiro pesado, desligando o som. ‘ --- Por favor, não iremos mencionar as travessuras da minha irmã em nenhum outro momento, combinado? ‘ fez uma careta para o mais jovem, ainda envergonhado pelas brincadeiras da caçula. Tirando o cinto de segurança, saiu do carro, caminhando para o lado do passageiro para que pudesse ajudar o menino a sair dali de dentro também. ‘ --- Vem, vamos lá, o elevador é só ali na frente. ‘
20 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
mrdontgivexfuck:
“ — A vida não é como um jogo de xadrez, que com o tempo jogando e treinando, você é capaz de prever movimentos futuros. Ela só acontece e a gente tem que saber levar numa boa. ” Falou mais uma vez, na tentativa de faze-lo relaxar um pouco mais em relação aquela vida turbulenta. Agradecia aos seus pais por não ter exposto o artista demais, conseguia viver melhor que a maioria daquelas pessoas com quem convivia, era discreto, apesar de estar sempre envolvido em um universo completamente obscuro. Patrick sabia lidar com esses pequenos detalhes, de resto, poderia dizer que era pior que o companheiro ali.
A risada foi inevitável quando o homem se lamentou de não ter feito o que havia sugerido. “ — Deixa pra próxima. ” Concluiu, levando a mão até o ombro dele, onde o amparou, coisa que era feita apenas quando carregava um pouco de sarcasmo nas suas palavras.
Após o relato e todo o lamento de Christopher, Patrick teria que se lembrar de alguma situação constrangedora, ao menos, um que pudesse dizer ao vice-prefeito sem parecer um maníaco ou traficante de drogas. “ — Minha irmã tá morando comigo. ” Ressaltou um detalhe da sua vida que estava modificando um pouco a sua rotina. “ — E ela tem mania de entrar sem bater, entende? Acho que não preciso dar detalhes, é só usar a imaginação. ” Riu, se lembrando do momento em que foi pego com a mão na massa, literalmente, enquanto sua irmã buscava algum creme ou loção de sabe-se lá o que, e ela acreditava ter deixado no seu quarto.
Detalhes não fugiam da atenção do britânico, que virou o rosto em direção ao homem, e com um sorriso arteiro nos lábios, perguntou sem rodeio. “ — O que você comprou? Alguma coisa que possa usar comigo? ”
Tumblr media
Se a vida fosse como o xadrez, Christopher teria uma imensa vantagem. Mas também suspeitava que seria um pouco sem graça, considerando que o belo da vida era justamente a imprevisível. Aqueles momentos em que classificava como constrangedor, eram, na realidade, momentos mais divertidos e mudá-los, tirá-los, seria como roubar toda a diversão.
Mas o moreno suspirou pesadamente em falso drama para a forma que o outro havia achado para o acalentar. Assentindo, encolheu os ombros. ‘ --- Sempre tem uma segunda vez. ‘ e era verdade. Sua falta de atenção em detalhes como aqueles o fazia cometer erros como o que falavam, já que nunca olhava para os letreiros antes de entrar em um estabelecimento. Só que ao focar sua atenção na história que o mais novo teria que contar, viu-se franzindo o cenho. Sim, o que mais? Quis perguntar. Mas a expressão vazia já deveria falar por si. Deixar a imaginação fluir? Que tipo de dica era aquela? Como um ser lógico, Christopher resolveu arriscar o óbvio: ‘ --- Ela pegou você sem roupa? ‘ era o máximo de constrangedor que poderia imaginar.
A não ser que… não. Apenas não.
A face do vice-prefeito tornou-se um tanto quanto horrorizado com a ideia. Havia quase tido um infarto quando o irmão o pegou uma vez deleitando-se do tempo sozinho, quanto mais se a irmã o fizesse? ‘ --- Oh meu Deus! Você não estava… hm, estava? ’ indagou com uma careta, fechando os olhos. Aquilo seria horrível. Estava era com pena do rapaz, não com vergonha alheia.
Que Deus o livrasse de experimentar uma situação como aquela. Se bem que, depois do episódio com o irmão, nunca mais faria algo assim tendo visita em casa. Sempre tratava de trancar tudo e checar se estava sozinho, aquele tipo de vergonha só podia se passar uma vez. ‘ --- Parabéns, acho que você venceu essa rodada. ‘ assentiu, soltando uma risada baixa. Risada essa que acabou por vir de uma forma mais surpresa pela ousadia alheia, pelo atrevimento do outro homem. Por mais de quatro anos, tinha se acostumado com o fato de que falava sobre aquilo com apenas uma pessoa, e então, no último ano, Chris simplesmente havia parado, já que o noivo ele não tinha mais por perto. Agora que tentava retomar sua vida, ainda parecia estranho devolver frases como aquela. Contudo, não parou-se. Apesar da leve queimação em suas bochechas. ‘ --- Bem, eu já usei comigo e não costumo compartilhar meus itens. Mas acho que uma exceção talvez não fosse tão ruim. Foi a minha melhor compra, afinal. Quem diria que aquelas bolinhas tailandesas realmente eram tão interessantes? ‘ exibiu-lhe então um sorriso, tombando a cabeça para trás na árvore para encará-lo. ‘ --- Mas ainda não testei tudo, na verdade. Alguns não teriam tanta graça sozinho. ‘
Tumblr media
13 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
bxurgeois:
FLASHBACK, UM ANO ATRÁS. 01h24mim, NY.
O garoto acompanhou o sorriso do mais velho, também feliz pela ligação da mãe. O Underwood parecia ter sido enviado pelos céus para lidar com aquela situação, já que Milo não conseguia imaginar qualquer outro conhecido de sua família que poderia o ajudar em tais circunstância. Seu pai era um homofóbico e preconceituoso que sempre preferira a distância com pessoas ‘daquele meio’, e por esse motivo o mais novo se surpreendera tanto ao descobrir que Christopher era gay. “Ela te contou tudo o que aconteceu?” ele questionou cautelosamente, não sabendo até que ponto a conversa dos dois tinha chego. Imaginava que a mãe não estava bem em condições de conversar calmamente, então imaginava que as informações dadas por ela eram supérfluas. Por mais que, pela aparência dele, fosse fácil compreender todo o ocorrido. 
Sentia que iria desmaiar a qualquer minuto enquanto forçava suas pernas a funcionarem até a porta do carro, mesmo com toda a ajuda recebida.  Quando sentou-se, todavia, sentiu seus músculos relaxando um pouco, esses que estavam em alerta até agora, preparando-se para qualquer situação de perigo. Mesmo não conhecendo o outro muito bem, sentia-se seguro e, naquele momento, aquilo bastava. “S-Sim” ele gaguejou, batendo os dentes. O clima dentro do veículo estava bem mais ameno do que na rua, mas o choque de temperatura ainda alterava os sentidos de Milo. “Tem certeza que seu noivo não vai se importar? Eu não quero incomodar” mesmo em situações como essa, ele colocava as necessidades dos outros na frente das próprias. Não queria causar confusão a ninguém, e sabia que, para um vice-prefeito, ser visto resgatando um jovem espancado na rua poderia trazer notícias. Ele só rezava para que ninguém tivesse presenciado a cena.
‘ --- Apenas um pouco. Eu não entendi muito, na verdade só que Phillip tinha sido um imbecil e que você estava na rua. Eu não questionei muito porque ela me parecia nervosa e também porque quanto mais eu demorasse falando, mais tempo levaria para chegar até aqui. ‘ Christopher explicou. O menino parecia um pouco mais calmo do que no momento em que o encontrou. Tudo bem, de fato continuava tão devastado e na pior situação que poderia, mas o desespero já não encontrava-se presente na voz, o que tranquilizava o mais velho. ‘ --- Acho que ela não conseguiu colocar em palavras o quão profundamente aquele homem foi covarde. ‘ o cenho foi franzido dessa vez. Os ferimentos do menino indicavam a violência com a qual havia sido espancado. Para alguém da estatura dele sofrer um abuso daquele de um adulto como o pai… a covardia não podia mesmo ser posta em palavras.
O moreno suspirou ao se estabelecer no lado do motorista, esticando-se para trás em busca de algo que pudesse aquecer o menor. E uma toalha foi encontrada, raramente ela saía dali, afinal. Sabe-se lá quando poderia chover. ‘ --- É a única coisa que eu tenho. ‘ murmurou, arrumando a toalha sobre o corpo alheio. Nem casaco tinha para oferecer ali ao menino, já que saíra às pressas, não lembrou de uma camisa de frio agarrar. ‘ --- Tenho sim. Se Joseph acordar, ele vai é querer ir atrás de Phillip para prendê-lo. ‘ e então o sorriso estava de volta. O noivo não lidaria bem com a presença de Milo completamente machucado mas não pelas razões que o mesmo poderia achar, na verdade, com certeza seria por não poder colocar o agressor na cadeia. ‘ --- Vai ficar tudo bem, okay? Não vamos nos importar de ter você por perto, não se sinta preocupado com isso. ‘ garantiu, assentindo. O vice-prefeito então se pôs a dirigir de volta para casa, muito menos agitado que antes. ‘ --- Ah, quer avisar a sua mãe? O celular está ali. ‘ fez um sinal com a cabeça para o local que o aparelho encontrava-se, dando-lhe livre escolha para aquilo. Embora, é claro, se ele não fizesse, o próprio Christopher acabaria por fazer quando chegassem.
20 notes · View notes
chrisxunder · 7 years ago
Text
bxurgeois:
FLASHBACK, UM ANO ATRÁS. 01h24mim, NY.
O que o fazia pensar algo como aquilo? Bem, tinha certeza de que a mãe, a única que lhe apoiara, estava surtando naquele momento, tendo suas mãos atadas, sem poder ajudar o filho. Além disso, não suspeitava que seu pai voltasse atrás apenas para não ter a imagem manchada na mídia, por mais que ele pudesse fazer seu filho desaparecer inventando alguma desculpa esfarrapada como ‘ele foi estudar na Suíça’ ou algo tão estúpido quanto. Mas a verdade é que não imaginava outro motivo para que Christopher estivesse ali, além dos negócios políticos com o pai. Não o conhecia, mas sabia o bastante de Phillip para desconfiar que aquilo poderia ser uma armadilha. Depois que fora enxotado de casa, confiar em alguém próximo a sua família era como sentenciar a própria pena de morte.
Noivo? Noivo? Então isso quer dizer que o vice-prefeito também era… não. Não poderia ser verdade. Naquele instante Milo finalmente teve a coragem de fitar o homem a sua frente, olhando bem no fundo de suas íris claras, tentando encontrar qualquer indício de malícia ou maldade em suas intenções mas, pelo o que aparentava, o homem estava realmente preocupado. “Eu….. acho que sim” era melhor do que dormir na rua e, pelo jeito que estava, acabaria congelando sem um cobertor ou algo do tipo. Se Christopher tinha boas intenções - ou, pelo menos, aparentava tê-las - não seria nada mal para Milo que, pelo menos, teria um teto e algum cuidado. “Minha mãe falou com você?” o menino perguntou, praticamente engasgado em suas palavras. Seu choro havia feito com que sua garganta raspasse um pouco, e ele sentia uma imensa vontade de tossir. Naquele momento, porém, Susan lhe veio na mente; toda a sua preocupação, seu choro, seus gritos implorando para que o marido parasse. Ele também estava preocupado com a mãe, e esperava que ela ficasse bem. Por fim, desistindo de relutar, Milo levantou-se com cuidado, sentindo seu corpo gritar em resposta, seus músculos inteiramente doloridos por ter virado o saco de pancadas do pai. Se não fosse pelo Underwood ao seu lado, Milo teria caído com a cara no chão por sentir as pernas falhando, mas conseguiu agarrar-se no homem antes que algo acontecesse. “Desculpe. Eu acho que preciso de ajuda” ele pediu, envergonhado. Não gostava de ser um peso para ninguém, muito menos alguém que mal conhecia, mas não tinha como dar valor a sua teimosia naquele instante.
Tumblr media
Assim que o mais jovem concordou, o alívio inundou seu corpo. Se Milo não quisesse sua ajuda, o que diria para Susan? Ou melhor, como voltaria para casa sabendo das péssimas condições que aquele menino se encontrava? Christopher queria acolhê-lo sob seu teto e protegê-lo, não deixar que Phillip colocasse novamente as mãos no mesmo e, a partir daquele momento, sequer queria mais ver a face do político. Não seria nem um pouco civilizado se o encontrasse enquanto a raiva corria dentro de si. Os olhos avermelhados, a voz rouca, não queria imaginar o quanto aquele garoto tinha chorado. Mas acabou assentindo, exibindo-lhe um pequeno sorriso. ‘ --- Sim, ela ligou sim. Fico contente que mesmo naquela agonia, tenha lembrado de me chamar. ‘ e era verdade. Quando dissera para Susan e o marido anos atrás que podiam contar consigo de todas as formas e o tempo que fosse, não esperava que o pedido fosse feito naquela situação, mas céus, estava feliz da mulher ter recordado disso. A ideia do menor passar a noite naquela calçada era aterrorizante.
‘ --- Vocês dois me assustaram. ‘ acrescentou, reagindo rápido ao vê-lo perder as forças. Chris não hesitou, segurou-o com cuidado pela cintura, tomando a maior parte do pouco peso que ele tinha para si. ‘ --- É para isso que estou aqui, garoto, não se desculpe. Me diga se algo doer fora do comum e se precisar diminuir. Vamos para o carro, okay? Eu não vou te levar para um hospital, mas em casa tenho os suprimentos para te remendar, tudo bem? ‘ continuou a falar calmamente enquanto, em um ritmo lento, caminhava junto a ele para o carro. A porta do passageiro foi aberta e ajudá-lo a entrar foi então sua prioridade. ‘ --- Está com muito frio?’
20 notes · View notes