Compartilhando sentimentos, experiências, reflexões e algumas invenções da minha cabecita. Por: Thiany Abdala Carneiro | @thithiay
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Você vai sentir saudade?
Você vai sentir saudade?
Não sei se por ego, vaidade, ou talvez por sentimento, hora ou outra penso, lembro da gente, quando danço em frente ao espelho e lembro da gente dançando, tirando a roupa pra tomar banho.
O jeito que tu dançava com os ombros, eu achava fofo, enquanto eu cantava “tuntz tuntz tuntz quero ver…” e a gente ria, ainda sem intimidade, de quem ainda tá sem jeito.
Ainda olho pra tua toalha no meu roupeiro e penso se algum dia tu vai notar falta e pedir de volta, das coisas que tu não se preocupou em deixar, porque imaginava que viria de volta.
O que aconteceu no final de semana seguinte depois do que a gente passou juntinhos, que te deixou tão distante?
Parecia certo, até que deixou de ser.
Ainda me culpo, um pouco, por essa pressa em não saber esperar, mas é que odeio ocupar lugares que já não são mais meus.
Se a atenção já não vem, da forma que vinha, algo mudou, e cabe a mim decidir o que é aceitável pra mim ou não.
Deixei em aberto uma chancezinha pra que tu pudesse se justificar, mas a justificativa não veio. Veio um agradecimento pelos bons momentos, seguido de um adeus até um pouco irônico, com um “boa sorte” no final que me deixou com bastante raiva.
O ego ferido. “Eu sou tanto, como você não viu isso?”. Os planos que nunca serão cumpridos.
São engraçadas as conversas quando está perto do fim. No dia anterior você me dizendo que ia me dar de aniversário nem lembro o quê. A trilha e a viagem pra praia que tínhamos programado de fazer. A visita ao café mal assombrado. Ficou preso na imaginação. Eu queria.
Você vai sentir saudade de eu te protegendo pro meu cachorro não te morder? Você vai sentir saudade da minha mamada enquanto a gente assistia TV? Você vai sentir saudade das comidinhas tão gostosas que a gente fazia juntos? Saudade do meu beijinho tímido, das nossas conversas que não tinham fim?
Foram dois finais de semana. E só.
As vezes acho que já aprendi que tem coisas na vida que são feitas pra durar só naquele momento. Às vezes acho que nunca vou aprender.
Mas é verdade que tanta gente já apareceu na minha vida me dando tanto mais do que eu merecia, e eu não consegui retribuir.
E o que me resta é aceitar que deve ter sido parecido contigo. E eu vou sentir saudade, porque foram dias lindos.
Mas as respostas foram ficando cada vez mais espaçadas, e também preciso me recordar disso. O distanciamento dia após dia, enquanto eu ainda tentava ser engraçadinha. Até que ansiedade se instaurou e começou a me dar muito medo de estar perdendo meu tempo. O tempo é a coisa mais preciosa que a gente pode dar ou tirar de alguém. E eu não achava justo ficar todo dia pensando, enquanto você, bem, eu nem sei o que você fazia tanto. Veio com a justificativa que estava muito ocupado, mas não veio com a solução. Não veio com uma alternativa do “posso te avisar quando eu tiver muito ocupado pra você não ficar esperando uma resposta”. Já veio com a negativa do “to sem tempo pra te dar atenção mesmo, e não quero que tu sinta que está colocando energia onde não tem retorno”. Ali ficou claro que você não queria mais.
Mas ainda me pego presa nos dias em que tu esteve presente. A forma que tu chegou já falando logo dos teus traumas de infância. De eu brincando com você sobre a menina feia que eu vi você beijando. De você chegando aqui com a roupa do exército porque não tinha conseguido trocar em casa antes. Da bacia cheia de pipoca que tu trouxe no nosso segundo encontro, e que deixou aqui inclusive. Da luzinha que me deu de presente, dizendo que só não trouxe mais coisas pra eu não achar esquisito. Das fotos que tu postou do meu cachorro e com meus amigos, sem vergonha de estar comigo. De você tentando puxar assunto com meus amigos, todo querido e meio sem jeito. De você achando que eu não gostava de andar de mãos dadas, mas quando descobriu que eu gostava não soltou um instante. Da gente divagando nas madrugadas, tentando achar perguntas filosóficas pra fazermos um pro outro. Do nosso sexo que encaixava, mesmo que a gente não fizesse nada de outro mundo. Do nosso banho sempre juntos. Da forma que fiquei sabendo que você falou do nosso encontro com seu amigo, falando o quanto tinha sido divertido. De você falando com sua irmãzinha no telefone, mostrando meu cachorro e as coisas fofinhas da minha casa, como se tivesse um certo orgulho por estar onde estava. De você sentado do meu ladinho, enquanto eu trabalhava, perguntando sobre tudo. E eu fazendo seu currículo e percebendo a nossa diferença de idade. Mas a verdade é que a maturidade não traz menos sofrimento. Ó eu aqui chorando agora lembrando dos nossos momentos. Não tem como eu não guardar com carinho, quando foi tão bonitinho. Talvez tenha sido eu, com essa minha mania de colocar significado em tudo. Eu vou sentir saudade. Você vai?
E é doido, que às vezes penso, que se você voltasse eu já nem iria querer mais. O que a gente poderia ter sido ficou preso naquele momento e não volta mais. Talvez essa seja a parte triste da história. A de vermos que nunca mais poderemos retomar ela porque nós já não somos mais os mesmos.
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Só porque alguém não quis te ver brilhar
Eu tô permitindo ser tratada de um jeito que não acho que mereço ou só estou carente e me sentindo menos porque a atenção não é constante?
Onde está o erro? Em não ser tão confiante para aceitar um tratamento meio distante ou em de certa forma de não informar que eu sei que mereço mais?
É que valorizo tanto essa questão de espaço. Se fosse o contrário, não gostaria de ninguém me pedindo por mais atenção porque acha que “merece mais”. Provavelmente eu diria que essa atenção que essa pessoa busca na verdade é validação e carência pura. Mas diante de um distanciamento qual deveria ser a minha atitude?
Me posiciono informando que não aceito e vou me afastar? Me afasto sem nada falar? Vivo minha vida sem esperar? Me parece que o mais sensato seria esse último, sem dramas ou decisões, apenas vivendo, sem desperdiçar oportunidades esperando por você. Vivendo E vai que numa esquina a gente se vê e se lembre como foi bom E vai que numa esquina a gente se vê e nem se lembre de que a gente existiu E vai que
Eu nunca vou saber Ou talvez saiba num post do Instagram
A moral da vida é viver E não esperar Pode ser que hoje mesmo, ao me levantar, eu pare de respirar e morra aqui, no chão da sala, e aí meu último pensamento vai ter sido de uma falta, de algo que nem deveria ser sentido
A gente vive e sente e se afeta é isso é normal, afinal, não somos máquinas Não dá pra viver sem se afetar, sem se importar, sem até esperar de certa forma coerência do outro mas sem, por favor, sem deixar de fazer nada por conta de uma decisão do outro Vive Vive Por favor, vive Sem pressa Entendendo também que a vida não é só esses romances Entendendo também que a vida não é só sexo Faz teus exercícios Alimenta essa cabecinha Menos comprinhas pra aliviar essa carência Mais estímulos que façam bem pro teu corpo e alma Menos ego Mais calma Respira Esteja aqui, agora Faz um carinho no teu cachorro sem esperar que ele regule todas tuas emoções com o seu olhar inocente Pare de esperar Viva Agora Planeje, crie metas, trace objetivos, tudo bem pensar um pouco no futuro, mas viva hoje Coma uma janta bem feita em vez de esperar ser quase meia noite e tomar só um copo de leite antes de dormir Arrume essa tua torneira pingando com esse barulho irritante Saia desse sofá Saia dessa tela Abra sua janela e sinta o ar entrar Tire esses fones do ouvido quando tiver perto de pessoas, diga oi, dê bom dia, converse, Sinta Sinta E não se reprima E não se rebaixe E não se diminua E não se esconda E não se guarde Só porque alguém não quis te ver brilhar
#shine#brilho#meus textos#textos#projetoautoral#meusescritos#novosescritores#fav#clubepoetico#vida#invisível
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Sentindo a pressão de não me sentir tão vista quanto eu gostaria
Sentindo a pressão de não me sentir tão vista quanto eu gostaria
Eu merecia?
Me ver de novo em uma posição em que não valhe a pena a minha companhia
Eu atrapalharia?
É que conflitos nem tão recentes mostraram que é melhor me perder do que lutar por mim. E agora eu tô assim, meio insegura, sem saber o meu valor.
Feliz pelas novas conquistas, pelos novos amigos, mas não queria ninguém substituído. Queria tudo, todos, ao mesmo tempo, unidos, uma multidão, uma galera, queridos.
Mas de repente o ar acabou e eu tô presa num elevador. Sem saber quanto tempo vou sobreviver, se alguma ajuda vai chegar, se eu só devo esperar e aceitar que acabou. Meu fim chegou.
Pessoas vêm e vão, mas eu não me sinto tão confortável quando tudo está tão bem.
Aceitar a impermanência das coisas, das pessoas, dos momentos, contratempos e uma hora passa e não dói mais. Vai restar quase que uma gratidão pelo que foi bom e.
Tanta coisa boa acontecendo ao mesmo tempo e tenho medo de perder algo.
Segura minha mão e mostra que eu não tô sozinha nesse mundão, e me dá a segurança de que você não vai embora.
#meus textos#textos#meusescritos#novosescritores#projetoautoral#fav#clubepoetico#vida#sozinha#insegurança
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Enfie o seu conselho no seu cu
Situações desconfortáveis que poderiam ser evitadas Eu não pedi pra você me contar nada Qual foi a intenção?
As pessoas dizem verdades desnecessárias informando fazer isso por proteção Ninguém me deve nada, eu não devo nada, e tem coisas que não precisam ser explanadas Cada um sabe o que faz Até que se seja combinado algum tipo de compromisso ou responsabilidade
A gente sabe, no fundinho, mas prefere não ver Não ver nos tira o peso da comparação Nos tira a insegurança da validação Eu preferia nem saber E assim não estaria com esse ponto de interrogação
O que pode ser perguntado sem que pareça cobrança? O que pode ser cobrado sem que pareça insegurança?
É que eu te quero, meio que tanto faz como Mas quando o mundo me joga uma tonelada de informações Parece meio que exija que eu faça algo E eu nem quero Eu tô de boa Mas ele me diz que “estou sendo trouxa” e parece que preciso provar que não Mas é minha vida em questão São desejos e vontades que dizem respeito a mim No fim é eu comigo e ninguém me abraça nos dias em que choro no travesseiro Então me poupe desses conselhos Eu sei o que eu faço Sempre cuidei de mim sozinha Então se for pra dar conselhos vagos e exigir uma atitude minha Bem, vai tomar no seu cu E faça o favor de cuidar da sua vida
#shut up#fuck you#meus textos#textos#meusescritos#projetoautoral#fav#novosescritores#vai se fuder#vida#clubepoetico#hate you
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Acredita
Um dia desses e em um outro momento a um pouco mais de tempo ouvi alguém falando sobre aceitarmos a nossa mediocridade.
Aceitar que não seremos grandes seres humanos, com descobertas incríveis, que iremos talvez ajudar muito menos do que poderíamos, que não vamos lutar ativamente por uma causa, que provável que criemos filhos também medianos, se o desejo de ter filhos existir, algo que nunca me ocorreu.
Mas o que a gente faz com a ânsia pelo acontecimento? Eu quero mais e tô cansada do mesmo. Queria conforto e uma mão que embarcasse comigo, com coragem, mas também com conhecimento ou pelo menos a ânsia por ele.
Cansada de viver de achismos, de empurrar com a barriga, algo que mais cedo do que a gente imagina, vai acabar com a gente.
Vamos ser esmigalhados e vai sobrar o que?
Quero viver e ser feliz e ganhar dinheiro e viajar e conhecer um pouco mais do mundo e estar perto de gente querida e verdadeira.
Acho que mereço. E quero. E pra ontem. Como faz?
Um pouco de autoestima baixa me deixa com o pé no chão quando eu deveria saltar. É confortável por enquanto, enquanto tem chão, mas e quando ele for embora e eu ainda não ter aprendido a voar?
Essa ambição sempre fez parte de mim. De ser boa, de fazer a diferença, sabe? Eu não preciso ser a melhor, eu não tenho essa ambição egoísta que poderia me aprisionar num padrão de sempre buscar a perfeição e não sair do lugar. Eu quero ser boa, mas muito boa! E o que me impede é uma mão confiando no meu propósito. Porque tenho isso, de precisar da validação do outro.
E isso me complica também nas relações de amizade que eu tanto aprecio e valorizo. Eu sou muitas vezes submissa, e aí passam por cima e nem ligam.
Uma vez uma moça me xingou e depois ela pediu desculpas dizendo que tinha descontado em mim porque eu era um alvo fácil. Talvez tenha sido a coisa mais triste que eu já tenha ouvido sobre mim.
Eu queria muito de alguém que só dissesse que acredita.
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Tá tudo assim tão diferente…se lembra quando a gente…
Tá tudo assim tão diferente…se lembra quando a gente…
A gente sente. A intuição nos fala: “tem algo errado aqui”. Talvez não seja exatamente errado, mas algo aconteceu, alguma coisa mudou e a dúvida se instaurou, ainda existe “a gente”?
Dias intensos, seguidos de algumas noites vazias. Será que alguém te fez companhia? Será que a conchinha foi melhor que a minha?
É que queria, de alguma forma, dizer que me importo, mas sem dar atenção pra quem não está fazendo questão. Talvez uma das piores sensações seja a de você estar recebendo atenção de alguém legal quando você sabe que não merece.
Você não merece?
Eu não questiono questões de fidelidade porque te quero livre, meu amor. Quero que tu aproveite tudo que a vida te propor.
Mas confesso que sou um bichinho acuado e medroso que precisa de atenção, de validação, que você demonstre que se importa. Você ainda vai aparecer na minha porta?
Será que as coisas que tu esqueceu aqui, ficarão aqui pra sempre como memória? Até quando ainda conseguirei sentir o teu cheirinho na tua toalha? Até quando vai doer a tua falta?
É um pouco mais difícil se desapegar quando a mudança vem do nada. Mas eu te entendo. Já aconteceu comigo. Você acorda certo dia e o brilho que existia apagou. E não há nada que possa ser feito ou mudado. Quando a luz queima não há conserto, é preciso a troca.
E eu preciso aprender a lidar, porque dentro de mim a luz ainda pulsa, a eletricidade ainda vibra, pra onde eu direciono toda energia dessas expectativas?
Até meu corpo entender que essa energia não vai ser mais usada, vai doer.
#fav#clubepoetico#vida#novosescritores#meusescritos#meus textos#textos#projetoautoral#coração partido#vai se fuder#heartbreak#hate you
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O teu sorriso não vai ser o suficiente
O teu sorriso vai ser o suficiente para me deixar presa nesse possível romance? A ideia de prisão me aborrece Não ter também me aborrece Queria algo mais livre, se é que me entende Sem a pretensão de todo finde ter “a gente” Numa sexa vazia, em que eu pensaria em abrir um vinho sozinha Naquele domingo chuvoso, com você e a Netflix de companhia É egoísmo eu só te querer em dias solitários e tristes? É egoísmo eu não querer te incluir nos dias divertidos em que eu tô entre amigos? É que eu não quero o compromisso Talvez isso que me assuste Quando penso em uma relação O “pra sempre”, a monotonia, eu quero aventura todo dia Mas vez ou outra também penso, que tenho esse desejo de liberdade e anarquia porque não é você Eu não vou me apaixonar por você O sorriso não vai ser o suficiente pra me prender E juro que te olho e me chacoalho na frente do espelho questionando o porquê Tentando implantar borboletas no meu estômago pra eu gostar de você Mas não tem porque forçar, né bebê? Eu não iria querer um amor criado em laboratório, artificial, meio chat gpt Eu quero aquele que não se explica Que só se sente e não se justifica Aquele em que as borboletas no estômago incomodam Que quase sai pela garganta na vontade de um grito É tão raro Abstrato Confuso
Eu me apego nos detalhes pra poder achar um motivo pra me afastar A sua voz meio chata e um jeito meio formal de falar O cabelo meio descabelado quando não precisava estar As olheiras meio fundas, a indisposição, a pica meio murcha, a falta de tesão Você é muito, te juro, mas eu preciso de mais
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A falta de afeto me afeta
A falta de afeto me afeta. O afago que nunca vou sentir. Ficou na imaginação. E o que a gente imagina, a gente idealiza. Nunca é o que é. E por não saber como é, a gente guarda com muito carinho e importância o que poderia ter sido. É uma falta, é algo que nunca vai ser preenchido, é a ausência do acontecimento, é a não existência. E não existir não é nada se não algo morto.
Mas como eu tô viva, eu sinto. Sinto demais, sinto muito, sofro porque quero tanto e é possível, sabe? O outro só precisa querer também.
Mas porque querer algo que não me quer? Não faz sentido. É o ego gritando por atenção. Porque eu sou tão queridinha e lindinha e tenho tanto a oferecer, porque ele não vê? Não consigo entender como alguém pode não me amar…
O pior dessa situação, quando somos rejeitados, é que o que a gente quer do outro, nem é amor. Porque o amor é espontâneo e a gente dá por conhecer o outro e gostar do que a gente conhece, tem que ter o mínimo de conhecimento do outro pra poder amar o que se é. Então o que eu quero de ti é validação. E não faz sentido porque eu nem te conheço, mas por não te conhecer, mas te ver todo o dia, eu te imaginei. E por ter te imaginado eu tenho uma ideia de você que nem é real, mas que eu queria que tivesse me amado.
Essa noite sonhei contigo.
E não foi um sonho gostoso como os outros que eu já houvera tido.
Foi como se eu estivesse indo atrás de novo, na espera, na expectativa, a gente prestes a acontecer, mas aí de novo eu me vejo em uma posição em que espero você chegar, mas você não vem.
E aí lembro de você caminhando mais rápido e sem me cumprimentar, colocando o capuz. É tão ruim se sentir sem valor, mas eu não queria esperar nada de ti.
É que a gente quer colocar significado. Esse olhinho brilhando, lindos, acordando do meu lado. E todo universo ali dentro, nos risquinhos.
Isso pra mim não é o suficiente! Eu quase disse isso pra ele. Eu achava que o João era diferente. Ele nunca deu a entender, nas nossas conversas, que
Pensei que ele podia ter tentado me conquistar.
Mas ele tem 20 anos. E a atitude dele foi a de me provocar, me testar, pra ver até onde ia o meu sentimento.
Trouxa.
Mas depois foi fofo e arrependido. Só que preciso de mais toque. Mais beijinhos e carinho e compreensão. Que queira saber de mim em vez de só ficar admirando suas próprias fotos no celular.
Nem sei. Sei lá.
Segunda hoje. Vou ter uma ótima semana. Cuidar de mim, voltar a minha rotina. Trabalhar.
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Uma necessidade de expressar, quase que um choro de cansaço
Uma necessidade de expressar, quase que um choro de cansaço, um pedido de ajuda, uma constatação de fracasso. Eu deixo passar porque sei que é só um dia ruim e fiquei toda contaminada porque tô estressada e sobrecarregada e preciso de tempo pra respirar.
Não me tira isso, na verdade você não tem o poder de ditar isso. Mas fico chateado pela falta de consideração. É isso. Aqui bate um coração e vive um corpo cheio de vida, cheio de esperança de experiências incríveis, de amor, de admiração.
Eu sempre cito aquela cena de pessoas correndo na praia dos filmes, normalmente ela acontece nos finais felizes ou antecede algo muito ruim que vai acontecer em breve. A tal da intensidade. É vital, é um pedido de socorro, é um beijo demorado, é olho no olho, é aquilo que transcende qualquer razão, quase inexplicável, indizível, só quem sente sabe.
A minha imaginação voa, fantasia, acredita, se ilude e desilude na mesma medida. É a ânsia pelo acontecimento. Acontecimento do que? Não sei. O forte desejo de ser amado e compreendido e que o outro veja algum significado e boniteza na nossa existência, mas é muita pretensão desejar tanto, mas pulsa, grita, como um vômito. Precisa sair. Te quero aqui. Palavras gentis, comedidas demais pra não assustar. Eu nem quero você pra isso, mas às vezes o anseio é tanto que dá até vontade de dizer que te amo só pra colocar profundidade.
É um choro engasgado, eu queria ficar sozinha hoje mesmo, curtir minha companhia e meu silêncio. Mas também queria um conforto, um elogio, um significado, um sentido, um obrigado por você estar viva. Faz tudo parte do ego eu sei ou faz parte da necessidade de importância. A terra é grande e tem ainda o espaço sideral e as galáxias e tantas possibilidades e eu aqui indagando a existência de uma coisinha tão pequena que sou eu.
Hoje eu fiquei com nojo e ainda estou, mas será que é a minha aversão pela velhice? Aversão pelo tempo que traz experiência mas que traz a morte junto. Eu quero tanto fazer sentido, ou é só necessidade de amor e afeto? Ai sei lá. Tô com sono, vou fazer meus exercícios.
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Tenho saudade do teu cheirinho de leite
Tenho saudade do teu cheirinho de leite. Da tua pica consistente, nem grande e nem pequena. A medida certa pra mim, tão linda. Cabia tudo tão perfeito. Sinto saudade de te chupar e de tu me lambendo por inteira. Das posições em que tu me colocava e eu ficava, sem vergonha, entregue ao momento. Sinto saudade do que a gente tinha: a certeza de que nunca daríamos certo e foi por isso que deu certo por tanto tempo. Era uma amizade colorida, compartilhando o que acontecia na nossa rotina, conversas da vida, raramente sobre amor. Nas raras vezes em que falamos sobre isso, concordamos que não queríamos isso agora. E acho que sabíamos que mesmo que quiséssemos, nunca ia acontecer com a gente.
A gente dava certo aqui dentro, no meu quarto, no teu quarto, nas conversas do WhatsApp.
Eu nunca gostei de futebol, nem de jogos online, nem de ficar em casa um final de semana inteiro.
Eu sempre tive ambição pela minha carreira, enquanto tu estava acomodado numa profissão que não te valorizava. Sempre gostei de gente, de festa, de movimento.
A gente não tinha nada em comum além da nossa conexão de corpo e do carinho que tínhamos um pelo outro. Não dava pra compartilhar uma vidinha juntos. A gente sabia. A diferença de idade em algum momento impactaria, talvez. Eu não sei.
Mas até hoje sinto tua falta, sinto saudade, choro baixinho quando lembro.
Parece tão simples conseguir encontrar alguém assim, quando se pensa que era só uma amizade colorida. Mas é raro. Foi raro. E o que tivemos vai ficar pra sempre marcado.
Não é uma declaração romântica, porque amor não teve aqui. Pelo menos não desses romances que a gente vê na TV. Teve carinho e corpo. Um sexo transcendental que juro, eu saia fora do meu corpo contigo. Parecia que estávamos fazendo no espaço, nas estrelas, conectados pelo que há de mais íntimo no universo.
Eu amava o que a gente era e o que a gente tinha.
Eu sei que vocês têm muito mais em comum. Sempre argumento pelo lado da aparência, que convenhamos, ela não é tão bonitinha.
Mas ela gosta de futebol, de atormentar loucos, dos jogos que tu gosta, tem uma loucurinha parecida com a tua. E numa relação, é isso que conta.
Tô feliz por ti, vendo de longe. Sinto falta, mas eu sei que nunca daria certo. Mas até dar errado, foi lindo.
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Bigger girls and stolen sweethearts
Olha eu de novo Prestes a quebrar bons corações Porque não consigo sentir de volta Exijo intimamente algo que provavelmente eu também não tenha a oferecer E receio intimamente que a qualquer momento eu deixe de ser válida Vocês tem tanto tempo E eu tenho tanto medo Questiono se é a insegurança que fala mais alto Se é um ego que diz que mereço mais Mas que ao mesmo tempo me grita Que nunca mais vai ser alguém tão jovem E eu nem queria que fosse, profundamente Porque sentiria que roubaria tanto da vida deles E que seria temporário Num momento em que eu queria pensar em pra sempre Eu queria pensar em pra sempre? Ou é só a pressão do tempo me dizendo que tenho que achar logo, porque daqui a pouco ninguém mais vai querer?
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A presença sem um sentimento recíproco também é um espaço vazio
O frio chega e eu nada sinto Questiono o sumiço de forma leve Não sei se por confiança de que ele volte Ou de não me importar caso ele suma É que ele disse que era diferente… Eu sempre acredito Sempre caio no papinho Mas tenho mais medo de perder a minha liberdade, então faz o que achar melhor pra você, menino Se tu tá feliz, tá ótimo Se te entregou em um colo que conforta, fica Eu não sei muito o que eu poderia te dar de sentimento Boas conversas, boa sentada, mas temeria o momento em ter que definir “o que somos” Então fica, vai, faz o que quiser da sua vida Só não fica tantos dias sumido Como se eu não importasse, mesmo que não tenhamos compromisso É justo eu pedir isso? Não saber o que eu quero em termos de compromisso não significa não me importar Eu me importo E não queria perder Mas entendo se o afastamento for melhor pra você Só me avisa Ou não também Você não é obrigado a nada Só ao que te faz bem A presença sem um sentimento recíproco também é um espaço vazio
#meus textos#textos#meusescritos#projetoautoral#novosescritores#clubepoetico#fav#sentimentos#vazio#vazio existencial
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Cansada de todo mundo que eu conheço
Um pouco cansada de tudo e todos. Eu sempre agradeci demais por todas as presenças da vida. Eu amo gente, de verdade. Mas eu odeio conflitos sem motivo. Clima pesado, tudo vira confusão, tudo que é dito tem que ser comedido pra não ser interpretado errado. Chato, sabe? A vida passa tão rápido pra gente ficar ocupando a cabeça com abobrinha. Resolve e pronto. Não tem solução? Então também não é um problema, não é mesmo? Aprende a viver com isso e segue a vida. Todo mundo adulto. Não que não exista dentro de todos nós uma criança que faz birra quando não consegue o que quer. Mas para. Pensa. Reflete. Calma. Respira. Não viaja, meu amor. Não dá só pra gente apreciar os momentos da vida? Rir da vida, da rotina, desses probleminhas bestas, das intrigas. Ah, sabe? Cansada de quem não sabe dizer não. E de quem não sabe ouvir não também.
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É só mais um dia triste de domingo
É só mais um dia triste de domingo A chuva finalmente veio depois de dias muito quentes Conheci pessoas muito legais e estou tentando me confortar pensando que foi momento Mas dói um pouco quando a gente fica inseguro e começa a se sentir menos Eu sei que vai passar e é só um domingo que eu tô meio carentinha Logo eu que pensei que ainda teria que escolher em algum momento quem eu preferiria Parece que ninguém me escolheu
Vontade de chorar um pouco De um pouco de carinho De dormir de concha ao som da chuva Acordar com fome sem saber que horas são Pensei que seria assim esse final de semana
É deprimente quando as coisas não saem como a gente queria Mas acontece, é a vida, tudo passa, eu só não queria tá tristinha por insegurança, mas pelo menos sinto, né? Pelo menos não a apatia de não se importar e nem querer ninguém Eu quis E dói E talvez alguma canção faça sentido e se encaixe exatamente nesse momento E eu chore um pouco e seja libertador ter no peito um sentimento Mesmo que seja só carência mesmo O desejo que não vai ser atendido
Eu tô com muita vontade de perguntar Apesar de estar na cara Se é realmente desinteresse Só pra ter a resposta Escrita Constatada E não ter que interpretar Não quero me dar ao trabalho de ter que interpretar E de ter que esperar
A gente não fala Por medo de falar de mais E estragar um poderia ser que Mas do jeito que tá dói um pouco Será que eu deveria só engolir o choro, Ou mostro que dói e vejo se o outro se afeta Ou fecha a porta Coloca o fone E vai embora Corre por não saber lidar Ou por não querer Ou por não se importar
Todas as vezes em que perguntei algo nesse sentido Se era pra sumir As pessoas disseram que não E sumiram Eu deveria insistir no erro de fazer a pergunta e não ter a resposta dita em voz alta ou escrita? No fim é sempre igual Eu fico lá Esperando Angustiada E na maioria das vezes a resposta não é dita ou escrita e sim confirmada pela ausência
#insecurity#insegurança#textos#projetoautoral#novosescritores#fav#meus textos#escritos#meus pensamentos#emoções
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Vontade de ter, meu rosto e corpo esfregados no asfalto, ficar irreconhecível, esquecer quem eu sou e que eu sinto Seria trágico, terrível, na verdade não quero isso Queria a tua mão na minha e poder me sentir segura em fazer a nossa rima de bom dia sem sentir que estou sendo trouxa
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Tanto faz, eu vou sempre perder
Tanto faz, eu vou sempre perder
Ótimos dias, boas companhias Conheci pessoas interessantes, com quem eu me relacionaria Acordei com um beijinho bom no sábado de manhã Todo meu tipinho, interessante, querido De noite conheci outro menino, lindo, lindo, não teve toda essa química louca, mas teve a doçura no ar de quem tem uma forma de ver o mundo muito parecida com a minha
Pensei “que sorte!” E tive medo do momento da escolha, caso ele um dia chegasse Pensei quem eu escolheria, o que pesaria mais, qual seria o detalhe Muito cedo ainda pra saber
Hoje um deles não me chamou E o outro está demorando pra responder Então pensei, imediatista que sou, de quem não gosta de esperar o tempo passar pra se ter uma constatação, de que de ambos, vai ser não
E tudo bem De verdade No sentido mais profundo que o tudo bem carrega e não aquele tudo bem carregado de ódio O tudo bem de entender que tudo muda muito rápido Que eu posso ter interpretado errado Ou que eram encontros perfeitos mas feitos pra durar somente naquele momento Naquele curto espaço de tempo
Vivi Fui feliz Não acho mesmo que seja a hora do felizes para sempre na minha vida E nem se um dia vai ter hora E eu não quero encarar essas experiências tão bonitinhas como algo vazio Porque algo existiu em mim, então isso já é alguma coisa A possibilidade frente à vontade de saber mais Desvendar Descobrir Conhecer
Mas é Carnaval E talvez essa visão que eu tive de ter conhecido pessoas tão especiais Fique presa, nesse espaço de tempo e nunca evolua para uma dúvida de um possível relacionamento Eu tava falando sobre isso semana passada De corações que eu quebro por não conseguir sentir nada Talvez seja o troco, de alguma forma Talvez tenha alguma lição aí que eu ainda não aprendi Ou talvez seja tantas outras coisas Que eu nunca vou saber Então melhor não pensar Aceitar Sentir Agradecer Fazer minha parte Transformar esse sentimento meio ruinzinho em arte E florescer atrás da expressão Porque foi sentido E porque existiu E agora está aqui
Talvez daqui a dez anos eu leia isso e nem saiba mais quem eram essas pessoas Talvez tantas possibilidades Talvez tanta coisa Mas eu tô feliz Entrego Confio Aceito Agradeço
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O outro lado
Cansada de todo mundo que eu conheço. Eu sempre agradeço a todas as pessoas que eu tenho. Mas tenho achado todos chatos, todos ruins e pouco verdadeiros. Amizades por interesse em algo. Talvez eu também deveria agir assim. Me adaptar ao contexto, ficar e me aproximar por interesse. Mas sem nunca ter pessoas pra realmente me abrir. Sem conversas e trocas com entusiasmo. Sem pessoas alegres pelas minhas conquistas.
E sim, pessoas que fazem campeonato de sofrimento. Tu reclama de uma coisinha que não tá legal e lá vai ela mostrar o quanto sofreu muito mais em tal situação. Ou às vezes tu só quer se abrir e conversar, mas sabe que ninguém vai realmente te escutar. Ou vai te olhar com desdém, mostrando o quanto você é trouxa.
E aí tu se questiona O que merece Será que sou mesmo tão ruim assim, e por isso mereço esse tratamento meia boca, mediano, sem abraço de consolo, sem o “vai ficar tudo bem” que conforta, sem o “to contigo, mesmo que eu ache que você tá errada”?
Talvez eu não mereça todo esse reconhecimento que eu tanto queria. Talvez eu não faça em troca nem a metade.
Dia desses, falando com meus pais, eles disseram que a família é a única que vai estar contigo mesmo no caso de você matar alguém. É a única que vai te ajudar a esconder o corpo, antes de te questionar o porquê de você ter feito isso. É a única que vai estar ao seu lado em todos os momentos. Nos bons, celebrando suas conquistas, nos ruins, te dando o sermão no momento certo.
E eu tenho questionado muito sobre limites. Vendo vídeos na internet que dizem, que quem muito faz pelos outros, para ser o querido, pra ser o legal, nunca é visto como especial. Normalmente é quem é abusado pela sua bondade, e quem nunca é lembrado.
Mas será que é esse tipo de pessoa que eu queria ter na vida? Eu gosto tanto da ideia de parceria. Eu cedo aqui pra agradar você, você cede aqui pra estar comigo. E não essas situações em que eu tenho que negar, porque nem gosto tanto assim do lugar, pra você me ver e me valorizar, “nossa olha só como ela sabe dizer não”. Qual o sentido disso? Tratar todas relações como um jogo? Porque se for uma competição, eu prefiro perder.
E aí eu fico questionando, sabe? Quantos nãos preciso dizer pra ser vista? E porque eu deveria querer ser vista por pessoas que nem se importam?
Em que momento o laço deve ser cortado, quando o lado ruim da balança estiver mais pesado? Mas relações deveriam ser trocas, na maior parte do tempo, de afetos.
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