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O S do tripé da Sustentabilidade
Tripple Botton
O empresário britânico, John Elkington, descrito pela Newsweek Business como “decano do movimento da responsabilidade corporativa há três décadas”1 cunhou o termo “tripple botton line” ou tripé da sustentabilidade, em 1994, dois anos após a conferência do Rio. Para ele, o financeiro, o social e o ambiental são elementos inseparáveis na tomada de decisão pelas organizações.
Dentro desse conceito surgiu a sigla ESG (Enviromental, Social and Governance) ou ASG (Ambiental, Social e Governança) que se traduz em uma espécie de código de conduta das práticas corporativas sem as quais é inviável a sustentação do negócio ao longo dos tempos. De todas as letras da sigla, o S é o que enfrenta mais desafios para manter equilibrado esse tripé.
Só para se ter uma ideia, uma das mais importantes publicações de negócios do mundo, produzida pela Universidade de Harvard, a Harvard´s Business, mudou o critério de avaliação das empresas e seus CEOs. Pelo menos 20% da métrica está ligada ao Social Impact Corporate ou seja, como a corporação lida com o impacto social que provoca?
Em sua apresentação Breakthrough Innovation, algo como “Inovação Revolucionária” o britânico “pai” da sustentabilidade corporativa ressaltou que isso aponta o caminho para o futuro das organizações ou para as organizações do futuro. Pelos indicadores da Harvard Business Review, o CEO mais bem avaliado do mundo foi Rubin Sorenson, da empresa dinamarquesa, Novo Nordisk.
A indústria, líder mundial na produção de insulina, tem unidade no Brasil, em Montes Claros-MG e realiza diversos projetos envolvendo a comunidade como diálogos e cursos gratuitos com especialistas de diversas áreas sobre a melhoria da qualidade de vida das pessoas com diabetes. Por outro lado, o ex-CEO e fundador da Amazon, Jeff Bezos, ficou com um modesto 87º lugar no ranking no ano da mudança dos indicadores.
As 110 instituições financeiras de 37 países, signatárias dos Princípios do Equador como Banco do Brasil, Santander, Itau, Caixa Econômica Federal (só para citar os mais populares) tem que se comprometer com suas Políticas de Responsabilidade Socioambiental. Os bancos de fomento como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID, chamado Banco Mundial) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também exigem o cumprimento dos requisitos para financiamento de projetos e liberação de recursos.
A Resolução 4327, do Banco Central traz as diretrizes que devem ser observadas no estabelecimento e na implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
Mais do que cobrar dos bancos autorizados a atuar no Brasil a colocar em prática ações de responsabilidade socioambiental corporativas, a norma deixa claro para quem ela se dirige, ou seja, quem são as partes interessadas (stakeholders) envolvidas no processo: “clientes e usuários dos produtos e serviços oferecidos pela instituição, a comunidade interna à sua organização e as demais pessoas que, conforme avaliação da instituição, sejam impactadas por suas atividades”. Ou seja, estabelecer políticas e estratégias de integração e engajamento dos stakeholders e adotar práticas REALMENTE sustentáveis para identificação, avaliação, e gerenciamento de riscos socioambientais em empresas e projetos é mais que um “plus”: é condição de sobrevivência do negócio.
Referências:
AGÊNCIA SENADO. Flaviano diz que metas da eco 92 estão sendo desprezadas. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/1997/06/05/flaviano-diz-que-metas-da-eco-92-estao-sendo-desprezadas> Publicado em: 05/06/1997. Acesso em: 29/04/22.
CARTA DA TERRA BRASIL.A Iniciativa da Carta da Terra. Disponível em: <http://www.cartada
terrabrasil.com.br/prt/iniciativa-carta-da-terra.html> Acesso em: 28/04/22.
Elkington, John. Breakthrough Innovation. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LPguZV9PGow> Publicado em: 12/12/17. Acesso em: 29/04/22
EQUATOR PRINCIPLES. Princípios do Equador: Uma referência do setor financeiro para identificar, avaliar e gerenciar riscos socioambientais em Projetos. Jul, 2020. Disponível em: <https://equator-principles.com/> Acesso em; 28/04/2022
Harvard Business Review. Developing a Social Strategy. Disponível em: <https://hbr.org/case-selections> Acesso em 29/04/2022.
IGNACIO, Julia. ECO-92: o que foi a conferência e quais foram seus principais resultados? Disponível em: <https://www.politize.com.br/eco-92/> Publicado em: 23/11/2020. Acesso em 29/04/22
IPEA. História – Rio-92. 2009 . Ano 7 . Edição 56 Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/
desafios/index.php?option=com_content&id=2303:catid=28&Itemid> Publicado em: 10/12/2009. Acesso em: 29/04/2022
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"Se você não é parte da solução, então é parte do problema" Eldridge Cleaver
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A comunicação como ferramenta de gestão
Responda a uma pergunta: Qual é a causa mais comum de falhas em projetos? Arrisco a dizer que 90% delas estejam relacionadas a problemas de comunicação. Mas, diga aí: quantos profissionais especialistas em comunicação as equipes têm na construção e desenvolvimento de projetos?
Há alguns anos, comecei um MBA em Gestão de Projetos na mais renomada instituição do país neste segmento. Eu era a única profissional da Comunicação da unidade naquele ano. Quase todos eram engenheiros ou administradores de empresas, inclusive, os professores.
Uma prova disso é que o Gerenciamento de Stakeholders, a Negociação de Conflitos, o Gerenciamento de Riscos e, até mesmo, o Gerenciamento da Comunicação em Projetos é feito, no mais das vezes, por eles: os engenheiros. Essa é uma conta que não fecha. Como e por que as empresas dispensam um saber tão relevante como a comunicação do core business?
A contradição está no fato de que muitas etapas indispensáveis para desenvolvimento do escopo dependem da comunicação não só como ferramenta que instrumentaliza, mas que viabiliza a própria realização do negócio. Veja bem, não é que as pessoas de exatas sejam incapazes de fazê-lo, mas as habilidades desses profissionais foram constituídas sobre outros pilares, estreitando a capacidade de obtenção do melhor resultado quando, na ocasião, o fluxo requeira a competência comunicacional precipuamente.
Não é necessário ser neurolinguista para saber que o lado lógico, matemático do cérebro é o esquerdo, enquanto o conceitual e relacional situa-se na porção direita. A percepção de mundo, a forma de pensar e expressar ideias, a capacidade de conexão e contato relacional, o domínio da linguagem são atributos inerentes às Ciências das Humanidades (já vejo gerentes e CEOS torcendo o nariz nessa parte como se fosse algo contagioso).
Sendo assim, senhoras e senhores, os profissionais de humanas podem SIM salvar um projeto, reduzir custos e propor novas formas de resolução de problemas. “Nichar” os comunicadores limitando sua atuação à assessoria de imprensa e redes sociais é perder uma expertise e um ativo importante para melhoria da comunicação com (e entre) stakeholders do projeto.
Acima de tudo é fundamental vencer essa resistência e perceber os ganhos que, os saberes complementares agregam ao projeto. O termo ESG (Enviromental, Social e Governance) é cada vez mais presente nas rotinas da empresa, seja por ideologia, princípios e valores; por imposição legal ou condicionante de licenças e concessões públicas ou mesmo como requisito para aprovação de financiamento em uma das 173 instituições bancárias signatárias dos Princípios do Equador no Brasil e no mundo, incluindo o BNDES e o BID.
Logo, para fazer o “S” de Sustentabilidade e de Socioambiental acontecer de verdade, é preciso dar um “refresh” e mudar, definitivamente, certos conceitos e preconceitos corporativos.
Além disso, a falta de pluralidade de ideias no topo impede a ampliação da visão para obtenção da melhor análise, com abertura das perspectivas e uma leitura mais acurada de causas e consequências que preveniriam, impediriam ou resolveriam melhor uma situação de crise.
Em síntese, a dificuldade de vislumbrar os ganhos tangíveis e intangíveis da comunicação como ferramenta de gestão de negócios deve ser superada e provocar a mudança de atitude no sistema de governança das organizações.
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