Enquanto pudermos, espero compartilhar o máximo que for, foi e é compartilhado comigo. Nem tudo que lemos e/ou vemos e/ou escutamos, precisamos compreender no momento. Aproveite a oportunidade, caso ela for oferecida. Lembre-se: conhecimento é sempre uma dádiva. Mas também uma enorme responsabilidade. Vamos nos amar! Para Rodrigo, que me incentivou a colocar em prática uma ideia crua.
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8 minutos
É intervalo. Final. Os sentimentos estão tão desacertados que chego a ficar tonto. Minha cabeça gira. A raiva escapa o tempo inteiro em comentários ácidos e sorrisos amarelos. Eu tentando manter um bom relacionamento dentro do ambiente de trabalho como é solicitado. Só espero que o restante das horas passem tão rápido quanto esses 60 minutos de descanso que mais pareceram 23.
DC3
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Poemas
Eu admiro os que conseguem sentir e escrever versos. Acho bonito e muitas vezes até penso que nem entendo muito bem. Leio, releio, olho pro autor, ouço seus sentimentos, gosto de pensar que entendo parte de suas particularidades, mas o que está posto ali, em poema, não muito. Até tento escrever alguma coisa, tento rimar… mas… nada. Esse últimos tempos, que tenho lidado mais com uma melancolia companheira, tenho feito coisas que eu nunca tinha me proposto a fazer. É uma coisa boa, eu acho, foi minha conclusão ontem a noite depois de uma conversa comigo mesmo em um diálogo com um amigo ao ler um poema dele no meio de uma conversa sobre o término do relacionamento que ele está sofrendo, e sobre términos, relacionamentos, isso eu acho que entendo. Sofrimento. Amor. Expert! No final das contas, percebi o quanto depois que me considerei nesse estado “depressivo”, que tenho tomado alguns medicamentos para diminuir os meus pensamentos cíclicos pra diminuir a tendência de me afundar em mim mesmo, que é minha mania, o quanto eu tenho mudado minha forma de pensar e feito coisas diferentes do que eu fazia antes. O quanto eu tenho tentado otimizar meu tempo. O quantos abandonei a televisão que eu perdia tanto tempo e tento aproveitar meu tempo livre lendo ou escrevendo ou estudando e até desenhando. O quanto eu tenho gostado de conversar sobre mim e sobre o que eu descobri sobre mim e ouvir o que as pessoas descobrem sobre elas mesmas e não sobre o que elas descobrem sobre outras pessoas, que na maioria das vezes, eram coisas que faziam essas outras pessoas parecerem menores. O quanto eu gosto de pensar que a vida é cheia de possibilidade mesmo que você queira fazer qualquer coisa. E que qualquer pessoa pode ter uma infinidade de coisas que só existem dentro delas. Tenho tido tanta vontade de aprender. Mas me pego com tão pouco tempo.
Terminou meio positivo né. Mas eu não sei se é Tão positivo assim no final das contas.
DC3
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Enfim, um louro
Eu nem sei dizer como foi, mas veio o bom humor. Ele veio depois de uma faxina bem feita, depois de um carro que voltou da concessionária sem nenhuma queixa a ser feita mas com um presidente que ladra eleito que me preocupa pela possibilidade que seus eleitores (eles sim mordem) se sintam legitimados. Enfim, cá estamos nós em mais uma semana onde vejo a possibilidade de enxergar possibilidades. Isso sou eu não querendo dar o braço a torcer, porque no final das contas, estou me sentindo bem. E estou gostando e não gostando de me sentir assim. Me preocupa ser passageiro, quando na verdade, eu deveria saber que é normal ser passageiro. E que quando eu estiver mal de novo, aquele momento também será passageiro. Estou aqui agora, e pela primeira vez, estou me esforçando pra viver exatamente o momento que estou vivendo! Viver mesmo o texto que estou digitando. Ou agora pouco, que estava prestando uma prova, eu amei estar fazendo a prova! E pretendo amar cada um dos momentos… e mesmo quando quiser odiá-los, pretendo odiá-los fielmente também.
Assim, acho que pra esse momento, me sinto bem. Me sinto sincero comigo. Acho que é a ideia. Sem responsabilidade além das minhas próprias. Sem preocupações além das minhas próprias. Sem dores além das minhas próprias.
As minhas não são poucas.
DC3
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Deus? Que deus?
Ultimamente as pessoas tem me considerado ateu automaticamente depois que elas me pedem para “rezar mais” ou mesmo para que eu pense mais em “deus”. Eu sempre sei que elas vão dizer esse tipo de coisa, que vai ser naquele momento onde eu fiz tantas perguntas pra elas e que elas não sabem mais como responder… a pergunta que faço é de forma totalmente legítima! Eu peço apenas pra que elas me passem a visão delas do que é esse “deus” que elas pedem pra que eu “reze”. Só isso… eu peço pra ver o que de tão diferente de mim elas veem lá fora delas mesmas de tão bom, de tão bonito e confiável que elas preferem procurar a resposta das perguntas delas nesse “deus” ao invés de olhar pra dentro delas mesmas e se resolver com elas. Que é o que eu penso que estou tentando fazer ultimamente. Eu acho que tem essas coisas aqui dentro. Eu sinto tanto amor aqui dentro, tanta vontade de bondade, tanto pensamento construtivo, que eu não tenho motivo pra perguntar pra uma coisa que está fora, e principalmente “em outro plano”, o quão bom ou quanto amor eu consigo ter. Às vezes, as coisas parecem ser tão interligadas, tudo faz tanto parte de tudo, que eu sinto que mesmo esse “Deus” que as pessoas veem pode estar dentro de mim. Só que eu prefiro não denominá-lo Deus, mas Universo. Amor. Só que no momento, as coisas dentro de mim estão se reorganizando de uma forma tão grande que eu não tenho estabilidade nenhuma. Eu me desconheço. É desesperador e ao mesmo tempo não é, parte sim porque as pessoas pedem para que você possa se descrever constantemente, e mesmo elas muitas vezes te descrevem com muitas certezas, sendo desesperados porque você não se vê nada descritível, você não é. Você só ESTÁ. Apenas está. Mas por outro lado, eu gosto assim! Eu gosto de SER! eu gosto de SENTIR as coisas o tempo inteiro novas e frescas! Pelo menos é o que tenho sentido desde que essa nova experiência veio. Eu não sei mais como sou, porque eu não sou mais, eu sempre estou! E é maravilhoso! O sofrimento vem mais porque eu me sinto deslocado de onde sempre me senti muito bem alocado. Eu era o dominador dos espaços, o que chegava, o que ocupava, o que dominava, minha voz ecoava por todos os cantos, forte, alta, porque eu achava que assim as pessoas me sentiriam mais. E na troca, eu as sentiria mais. Mas desde que não tenho mais vontade de ocupar nenhum espaço que não seja o meu, o que tenho dentro de mim, eu tenho me sentido. E como estou gostando disso! Como tenho gostado de me bastar! E aí eu penso de novo: Deus? Que deus? Decidi que essa é uma coisa que vou pensar depois, porquê tenho tempo. Não preciso apressar nem atropelar nada.
DC3
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Parte do caminho
Senta que lá vem história…
Eu tenho tantos medos. E tantos outros que já tive e hoje nem penso mais… imagino que tenha um mínimo de normalidade nisso, como uma música que eu ouvia quando criança e minhas tias colocavam músicas em casa e a casa tinha cheiro e cor de felicidade e amor e carinho e calor e era tudo maravilhoso, na cozinha da casa em Planaltina de Goiás. Com as flores douradas desenhadas nos azulejos brancos, não em todos, mas em alguns, espaçados. A música, os paços delas dançando no meio da cozinha enquanto riam cochichando esperando o tempo que eu perceberia o que estava acontecendo, sentiria ciúmes e me enfiaria entre elas para dançar com minha madrinha. E ríam. Na música, uma dupla sertaneja (acho) canta que o homem tem medo de alguma coisa, a bailarina de errar o passo, e quem tem um amor tem medo de perder, algo assim. Eu não tinha medo de perder coisas que achava estar tão, mas tão bem estruturadas que nunca se desfariam, mas que hoje se desfazem. E antes, tinha medo de coisas que hoje me acompanham e eu as olho com tanta intimidade. Eu me vi com medo quando perdi umas estruturas que me sustentavam. Quando me vi sem saber o que eu era ou mesmo o que pensava como correto ou incorreto. Quando olhava paras pessoas que estavam à minha volta, e não acreditar que elas realmente tinham coragem de pensar e dizer o que estavam dizendo que pensavam. E eu me vi nadando contra uma enorme maré, com peixes enormes, e eu, ai de mim, um peixe insignificante. E eu, que sempre fiz questão de me manter tão cercado de tantas pessoas que eu acreditava amar e ser amado por elas (não que não seja), que fazia questão sempre de muitos amigos, conhecer o máximo de gente possível, sociável, amigável, lubrificante social, estava sozinho. Pela primeira vez, sozinho. Mas sozinho de verdade. Porque quando eu sentia que alguém estava dentro comigo, essa pessoa me machucava, então era o conflito de não querer estar sozinho e o precisar estar sozinho. Eu sentia tanto, mas tanto ódio por todas as pessoas terem tido coragem de me causar tudo aquilo que elas tinham me causado. Toda essa dor que eu não estava entendendo nada. Eu só queria ficar sozinho e tirar todo mundo dali de dentro. De dentro de mim. Separar o que era eu e o que eram elas. Porque o que eram elas me fazia mal e eu estava odiando sofrer, e odiando todo o mundo. Eu sabia tão pouco o que pensar, ou como agir, que tentei ficar o mais quieto possível. E quando calei minha voz que ecoava pra fora, que gritava tanto o tempo todo, ouvi um silêncio ensurdecedor dentro do meu peito, que me deixava maluco e me fazia querer gritar e chorar e rir e correr e só ficar calado e parado. E veio mais medo, porque eu, que sempre conversei tanto, sempre me comuniquei tão bem, quando falava, as pessoas não me entendiam, por mais que eu tentasse e tentasse, elas continuavam me olhando como se eu estivesse falando em outro dialeto como se o meu sentimento de estar ficando louco estivesse confirmado no rosto delas. Fiquei bem quieto, tentando falar mínimo possível pra ser o mínimo possível mal entendido. Mas me percebiam, e reclamavam porque queriam que eu falasse e brincasse e sorrisse como estavam acostumados do tanto que eu fazia. E a palavra foi: apático. Recebi a descrição da minha tia como eu sentado no cume de uma montanha olhando uma belíssima paisagem e sem nenhuma expressão. Mas eu não entendi o porque dela usar isso como se eu fosse me sentir ofendido, se era exatamente aquilo? Eu sentia exatamente aquilo. E não porque a paisagem não era esplendorosa, mas porque eu não precisava causar um estardalhaço nem algum outro tipo de reação para que notassem o quanto EU sentia a beleza daquele lugar. Porque EU quem estava no cume da montanha. EU quem sabia como era ali. EU estava apreciando a vista e curtindo cada momento sem querer sorrir nem chorar. Percebi nesse meio tempo o quanto eu falava o tempo todo das pessoas, e o quanto sobre mim eu nem mesmo sabia. E o que sabia, não falava. Tinha medo ou vergonha mesmo de pensar, quem dirá de falar em voz alta! E então, veio uma das partes mais doloridas. Todas as vezes que eu falava, cada vez que as pessoas falavam, eu me sentia cada vez mais exposto, e ainda me sinto, hoje (e ontem) em especial menos. Eu senti como se antes houvesse um casco de tartaruga que envolvesse meu corpo inteiro, uma proteção. Mas que agora caiu, e quando caiu, deixou minha pele em carne viva e com um nível de sensibilidade enorme. Os olhares ou mesmo um mínimo toque causa uma dor inimaginável. E eu ali, sendo o primeiro a me usar como exemplo em cada conversa, em cada aula, em cada assunto. E no final de cada um deles, eu me sentia exposto e humilhado. Pequeno. Mas eu continuava falando, porque mesmo me sentindo assim, eu sentia necessidade de legitimar meus sentimentos. Eu me sentia sempre tão cansado, sentindo que carregava uma carga pesada nas costas.
Ontem, na minha terapia, pude contar umas oito coisas boas que eu percebi acontecerem durante o meu final de semana! Pode imaginar? OITO COISAS BOAS? Haha! E ouvi do M. dentro do carro com um sorriso: “nossa amor, você tá num bom humor né?” seguido de uma cara preocupada: “mas não precisa mudar não, eu gosto muito assim, viu?”. E eu gosto também! Vou curtir esse tempo. E quando vier outra tempestade, espero saber navegar melhor. Sem desespero. Aceitando ônus e bônus, essa é minha intenção.
DC3.
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Pena
Escutei de uma sábia árvore uma vez, que família, não importa como ou qual, sempre será família. É fato. Ela sabe que perdão é necessário e que temos a responsabilidade de aprender, sempre. Seja com alguém ou em situações solitárias, deveríamos fazer nosso melhor. Sem obrigações, mas você quem sabe, hein?! Eu não sei bem de onde foi aprendida essa ideia dela, uma árvore velha, sofrida, com podas realizadas durante toda sua existência em demasiado, dói né? Acho que sim, mas não sou árvore. No ninho, esse do meu nascimento, num dos galhos dessa árvore provedora (protetora, geradora, dentre outras atividades), passarinhos já não cantam mais uns pros outros. Eles, na verdade, se esforçam com toda sua pouquíssima capacidade e possibilidade de raciocínio, para gritar (não cantar) o mais alto possível. Pra ninguém. Mas querendo ser ouvido por todos. Pra se sentir validado em suas verdades. Cessa apenas quando é sabido dessa tal de solidão, no momento que o outro não está, não dá escandalizar alto suficiente em algumas distâncias… a gente sabe disso né? Melhor calar pra descansar e recuperar energias pra gritar mais quando perceber uma companhia próxima o suficiente pra ser ouvido. Caído do ninho, temos esse tal passarinho azul. Chateado como está, medroso como é, age muitas vezes com agressividade como numa tentativa constante de autoproteção. Alguém sabe dos perigos que passamos em lugares desconhecidos? Eu tenho medo até de imaginar. Que perigo! Ele sabe, pelo que disseram pra ele, que é extremamente necessário a continuidade dessa vidinha dele. Vida. Pequena, frágil, em um piscar de olhos não está mais ali. Antes de cair, o passarinho azul preferiu trocar de ninho por um que considerou mais bem construído, e nesse ninho, percebeu que o bonito não é somente fazer barulho pra comprovar sua existência insignificante, ele poderia cantar, baixo até, para que outros passarinhos o escutassem e o entendessem. Demorou, mas finalmente ele aprendeu. E quando aprendeu, caiu. Caiu. Caiu tão rápido, de súbito. Difícil demais tentar bater as asas e pedir socorro ao mesmo tempo! Já tentaram? Impossível! O desespero que o tomou, nem me lembro se realmente tentei chamar, não me lembro nem da tentativa de bater minhas asas. Acho que só caí. Ou me joguei? Vai saber. Nesse ninho último (talvez não tão ultimo), um passarinho vermelho, o mais velho e mais responsável, aquele que sentia como necessidade prover, não consegue entender mudanças… alguma TODA similaridade com qualquer ser vivente que preze por sua existência tão importante e cheia de significados. CUIDADO! Que medo! Ele sentiu que as coisas não estão sob seu controle, como assim? “Então já que não é como quero, não verei como querem com bons olhos, é isso!”. O passarinho azul (será mesmo que azul mesmo? Posso ser amarelo? Ou verde? O mesmo de cor nenhuma), hoje, só sente. Observa. Medo? Sempre! Medo! Mas existem coisas que não poderão ser evitadas, elas acontecem independente. Pra que mesmo sofrer antecipadamente por coisas que não estão sequem sob nosso controle? Como faz pra se preparar pra tudo e ao mesmo tempo aproveitar o que está acontecendo agora? Aproveita o agora, passarinho. Aproveita! Olha a vida! Olha o tempo! O tempo, ele ensina a ser um pássaro que voa cada vez mais alto. Ele ensina a ter mais coragem, ele ensina a entender coisas que antes pareciam tão assustadoras mas que lá de cima, nem são tão assustadoras assim.
Acho importante lembrar, que mesmo depois do voo mais alto, a necessidade da descida é verdadeira. Pousa, passarinho. Tudo bem sentir medo de novo. Tudo bem não ter certeza. Tudo bem. Vivam mais, passarinhos!
DC3, num dia frio mas com um sol muito bonito.
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O Fim
Senti. Finalmente senti. Senti. O peito gritar por um vazio que me invadiu subitamente, me dilacerar e doer. O fim, ele começou.
Senti. O coração trincar de norte a sul e todo seu conteúdo vazar pela rachadura tão grande como aquelas rachaduras que se abrem naqueles filmes, quando ocorre um movimento das placas tectônicas. Ou mesmo aquele que o tempo abriu na terra e hoje visitamos. Grand Canyon.
Senti. Todas as 84 borboletas que moravam em meu estômago abandonarem suas asas por vontade própria. Desistirem. Suas asas, antes tão cheias de cores e tons se tornarem pedras. Pesadas e cinzas rolarem até o final do meu ser e baterem com toda força da gravidade de algum planeta com massa maior que a dessa Terra que moro, quase me forçando a gritar de dor.
Meu mundo inteiro, em menos da metade de uma piscada de olhos, perdeu todas as suas cores. Não sei se preto, se branco ou se uma cor intermediária entre essas. De meus olhos, sequer o marejar da anunciação de lágrimas... lágrimas aquelas que apareciam no simples pensamento de como me sentia antes. Secos. Pisquei inúmeras vezes para verificar se não era falta de esforço meu. Secos como desertos. Poderiam até mesmo jorrar areia, acho. Imagino que as lágrimas, esperadas lágrimas, tenham vazado pela rachadura que o coração, tolo, se permitiu abrir. E me privou de senti-las em meu rosto.
Percebi, ali, que não há mal em se sentir triste. Nem mesmo na tristeza. Que não há mal em sentir doer. Não há mal em dor. Que não há mal em se sentir chegar ao fim. Não há mal no fim, por fim.
Senti a oportunidade.
O mundo, onde vi se dissolverem em qualquer coisa todas as cores que eu até então tinha criado como as mais bonitas possíveis, agora, cheio de novas possibilidades para ser colorido novamente. Novas cores! Lindas cores! Todas disponíveis, possíveis.
As borboletas, que tão velozes abandonaram suas asas, novamente lagartas, à procura de novos locais para se abrigarem. Novas flores. Novos aromas. Novos sabores. Até que se sintam confortavelmente seguras e felizes para parar, apreciar o novo sentimento e construírem seu casulo. E depois, quando prontas, baterão novamente novas, lindas e fortes asas. Lindas como as anteriores, nem mais nem menos, mas diferentes. Poderão então voltar a voar. Tocando as paredes do meu estômago novamente. Uma a uma. Cada uma no seu tempo. No tempo certo.
Tempo.
E eu, um romântico iludido que sou, sofrerei. Sofrerei em silêncio. Aguardarei pacientemente apreciando todos esses momentos. As queridas lagartas que precisarão se alimentar do meu jardim interno para depois chegarem ao ponto de se confiarem novamente até conseguirem alçar seu primeiro último vôo.
As pedras, terei o prazer de descer o quanto necessário para recolhê-las uma a uma, todas as 168. E não sei porquê, mas tenho a impressão que não mais serão somente pedras pesadas e cinzas, mas pedras pesadas e cinzas tão preciosas como jamais poderia sonhar em encontrar. Desejo encontrar-las. Desejo ter forças para explorar cada lugar desconhecido dentro de mim. Reuni-las com tanto afinco quanto Sakura Card Captors. Ou Goku com as esferas do dragão. Ou um tal de Dr. Estranho que captura alguma coisa também.
Dessa vez, esperarei em silêncio. Escolhendo somente as melhores cores, as mais bonitas da paleta de possibilidades, para que sejam meus dias coloridos por elas. E amarei também cada um dos dias cinzas que tiver de vivenciar. Amarei perceber que quando ele não tem cores para mim, tem cores para pessoas que me são importantes.
Dessa vez, não mais expectativas.
Dessa vez, esperanças. Dessa vez, desejos.
Que eu consiga ser leve, tranquilo e envolto em paz.
O momento de esperar pelo começo, chegou ao fim.
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Para todos os que estão com seus corações partidos. Amem suas sombras, suas dores, todo mundo tem. Hoje, eu comi chocolate. Muitos.
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DC3. Preparado para mais um dia de possibilidades.
Para Fernando, que além de me ouvir, me deu a oportunidade de uma conversa sobre situações amorosas.
Texto do dia 15 de fevereiro de 2019.
#love#amor#paz#peace#writers#text#pensamento#devaneios#sentimento#feelings#the end#fim#término#desire#desejos#loveyourself#new beginnings#novos recomeços#tumblr
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Ano Azul
Aqui discreto por iniciado meu projeto Ano Azul.
2019.
O tamanho dos meus medos, um oceano inteiro. Um universo dentro de mim. Escuro, cheio de perigos e seres incompreendidos. Quantos! Infinito! mas também, grão de areia. Mínimo, insignificante e ainda assim, incômodo.
Aqui dou por decretado que terei medo, mas que eles não vão me deter. Não vou permitir que eles impeçam que meus sonhos aconteçam. O tamanho dos meus sonhos, um oceano inteiro também. A galáxia dentro de mim. Escuro, cheio de possibilidades e seres iluminados. Infinito! mas também, menos que um grão de areia. Metade de um.
Aqui, dou por decretado que sonharei, mas não a ponto de deixar de ter medo.
A importância dos sonhos, dos desejos, dos segredos, tão grande quanto as representações dos medos. E eu! menos que a metade da metade dos menores grãos de areia, mas tão infinito como um universo inteiro. Mais de um universo, até.
Desconhecedor de tudo, aprendiz de mim mesmo. Com alegria no peito, sinto iniciando o ano azul. Não o único, mas o primeiro. Sem tonalidade estabelecida, com todas elas incluídas.
E seja ela qual ser, celeste, terrestre ou marinha, desejo com todas as minhas forças de pobre homem encarnado com vida frágil e morte certa que sou, a possibilidade de maior força ainda para que não me faltem sorrisos e bondades independente de quantos tons me forem apresentados. Que meu amor primo - por mim e por tudos -, durante minha caminhada em busca da essência, sejam maiores quanto mais passos eu aguentar caminhar. Ou correr, ou nadar ou voar!
E ainda assim, se me perguntarem, direi que minha cor preferida é verde. Mesmo com meu coração saltitando no peito ao ver, sentir, cheirar e tocar nas milhares de possibilidades do azul que me aparecerão.
Que venham todos! Desejo me conhecer tão bem a ponto de poder (re)conhecê-los tão bem!
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Sejam sempre, sempre a melhor versão de si mesmos, independente de quaisquer cores que lhe forem apresentadas.
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DC3. No ofício, tempo livre e ocupado.
Para Ieda, que com paciência e carinho, doou-me seu tempo a escutar-me.
11 de fevereiro de 2019.
#azul#blue#green#verde#amor#cor#medo#sonho#autoconhecimento#sentimentos#devaneios#pensamentos#audição#permissão#solidão
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Deus? Qual deus?
Ultimamente as pessoas tem me considerado ateu automaticamente depois que elas me pedem para "rezar mais" ou mesmo para que eu pense mais em "deus". Eu sempre sei que elas vão dizer esse tipo de coisa, que vai ser naquele momento onde eu fiz tantas perguntas pra elas e que elas não sabem mais como responder... a pergunta que faço é de forma totalmente legítima! Eu peço apenas pra que elas me passem a visão delas do que é esse "deus" que elas pedem pra que eu "reze". Só isso... eu peço pra ver o que de tão diferente de mim elas veem lá fora delas mesmas de tão bom, de tão bonito e confiável que elas preferem procurar a resposta das perguntas delas nesse "deus" ao invés de olhar pra dentro delas mesmas e se resolver ali dentro, consigo mesmas. É o que eu gosto de pensar que estou tentando fazer ultimamente. Eu realmente sinto que tem essas coisas aqui dentro, as respostas. Eu sinto tanto amor aqui dentro, tanta vontade de bondade, tanto pensamento construtivo, que eu não tenho motivo pra perguntar pra uma coisa que está fora, e principalmente "em outro plano", o quão bom ou quanto amor eu consigo ter. Às vezes, as coisas parecem ser tão interligadas, tudo faz tanto parte de tudo, que eu sinto que mesmo esse "Deus" que as pessoas veem pode estar dentro de mim. Só que eu prefiro não denominá-lo Deus, mas Universo. Amor. Caridade... Porém, no momento, as coisas dentro de mim ainda estão se reorganizando de uma forma tão grande que eu não tenho estabilidade nenhuma. Eu me desconheço. É desesperador e ao mesmo tempo não é, parte sim porque as pessoas pedem para que eu possa se descrever constantemente, e mesmo elas muitas vezes te descrevem com muitas certezas, sendo desesperados porque você não se vê nada descritível, você não é. Você só ESTÁ. Apenas está. Mas por outro lado, eu gosto assim! Eu gosto de SER! eu gosto de SENTIR as coisas o tempo inteiro novas e frescas! Pelo menos é o que tenho sentido desde que essa nova experiência veio. Eu não sei mais como sou, porque eu não sou mais, eu sempre estou! E é maravilhoso! O sofrimento vem mais porque eu me sinto deslocado de onde sempre me senti muito bem alocado. Eu era o dominador dos espaços, o que chegava, o que ocupava, o que dominava, minha voz ecoava por todos os cantos, forte, alta, porque eu achava que assim as pessoas me sentiriam mais. E na troca, eu as sentiria mais. Mas desde que não tenho mais vontade de ocupar nenhum espaço que não seja o meu, o que tenho dentro de mim, eu tenho me sentido. E como estou gostando disso! Como tenho gostado de me bastar! E aí eu penso de novo: Deus? Que deus? Decidi que essa é uma coisa que vou pensar depois, porquê tenho tempo. Não preciso apressar nem atropelar nada.
DC3
Texto: 30 de outubro de 2018, 11:34am
#god#deus#man#paz#peace#respeito#respect#religion#religiao#amor#last year#october#ano passado#outubro
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Dia de clube com aquelas quatro pecinhas ali atrás. Imagina um dia delicioso com sol quente, água fria e muitos “tios” sendo gritados para todos os lados!
Espero ter tantos quanto possíveis dias desses.
1-2-2019, what a day
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Mãe. Só que no plural.
De nascimento, como bom bicho homem humano que sou, nasci fruto de uma relação conjugal, mas não tão conjugal assim. Antes mesmo do nascimento, minha segunda mãe me reconheceu no útero. Como comadres, conversaram e antes mesmo do batismo, recebi minha madrinha. Ela me amou desde o momento que pode. E minha mãe, claro, sempre a mãe número 1!, a genitora, me gerou com amor, força e raça, me proporcionou o melhor útero que eu poderia esperar para nascer em corpo. Como bom quarto filho que nasce, de uma mulher que veio para ser mãe - depois de mim, ainda mais duas - este leito já estava mais que preparado. E como nascimento, pouca coisa sei desse momento... até gostaria de saber mais, para ela, rápido e indolor, graças a Deus. Imagino ter sido fácil pra mim também, gosto de pensar. Antes de mim, D2, com um ano e uns quebrados de idade. Antes dele, D1, com dois/quase três anos de idade. E antes, T1, só que de outro pai. Depois, T2, a mais esperada! Finalmente filha menina! Cada gravidez minha mãe desejava intensamente que viesse menina. Quando eu nasci, D3 (assino por DC3 por isso, C como sobrenome mesmo), ela tanto pediu que nasci, mas ela não entendeu bem o recado do universo, quem dirá eu! Pós nascimento, conheci pai e Mãe 3 (irmãos)... gosto de pensar que juntos... mas mãe é mãe né?! Não que pai não seja, eles são! Durante meu crescimento, solicitei amamentação o quanto podia, muita guerra entre irmãos... imagina! Delícia de competição. "Competição". Aos 9 meses, minha madrinha. Minha mãe com filhos pequenos, tanta atenção e amor para dar... imagina só, sabemos que sempre cuidariam nas melhores condições do nosso filho, nosso. Mas ainda reconhecido como esses parentescos que a sociedade ensina, Mãe, pai, madrinha, tia, etc. Aos três, minha presença foi requisitada na casa da Mãe 1, genitora, para que aprendesse que não era filho sozinho. Significado de mãe, pai, irmãos (quantos! T2 havia nascido a um ano! Coisa mais feia e mais linda ao mesmo tempo), fui, como bom filho educado que sou. Mãe 2 e 3, como boas mãe que são, responsáveis e compreensivas, me levaram. Nasceu então um acordo. Semana aqui, final de semana lá. E começou o jogo. Depois de meu nascimento, chegou C, não tem número porque é única mesmo. Chegou para dar sabor, cor e cheiro ao sentido de irmãs e irmãos. Veio na hora certa. Se eu posso ter tantas mães, que até não são de sangue, por que não um irmã que só nasceu de outra mamãe? Casa completa, enfim. Não posso dizer que foi fácil crescer com três mães... tanta expectativa! Tantas ordens, tantos pedidos, tantas caras diferentes para tantas chateações que como bom menino de cinco irmãos com certeza as fariam passar... imagina a preocupação de tantas mães voltadas pra um filho. E esse filho, não sei porque, mas sei um pouco mais que antes, percebia todas elas. Cada modo de ser. Cada expressão. Cada tom de voz. Não digo que foi fácil porque não gosto de mentiras. Mentiras sem real necessidade - explico melhor depois, me lembrem se eu esquecer. Mas ó, foi bom! Cresci.
Chega então, em um momento que a vida parece não evoluir mais, parece não querer dar mais um passo por mais que eu forçasse por onde pudesse, a Mãe 4. EITA. Tem mais é? Três já não é muito? Muito privilégio, sim, mas também muita responsabilidade! Já era muita responsabilidade com três... com quatro então! E sei que conhecerei mais, ontem mesmo depois de 4 horas conversando com uma senhora que conheci no dia, terminamos por ela me chamando de filho e eu a chamando por mãe também. Mas a partir de agora, sem numeração, paramos no 4 mesmo.
Mas, nasci pra ser amado, pra aprender o que realmente o amo é. Já viu amor maior que amor de mãe? Eu mesmo não. E: amei como sabia. E: fui amado de formas que nem conhecia como possíveis! Quatro mulheres, todas diferentes uma das outras. Diferente é pouco. E aprendi cada dia mais com o amor de cada uma, que em suas possibilidades, condições, leveza e respeito, me amaram tanto. Mas filho cresce né? Tem que decidir por si. Tem mesmo? Já viu mãe que quer que filho cresça rápido? Como boas mães, queriam que fosse homem e criança. Que obedecesse piamente às ordens por amor. Mãe, quando tem filho, deseja o melhor sempre, eu sei. Elas mesmas me contaram. Mas agora imagina: quatro mães desejando o melhor para seu filho, que é filho de verdade de todas em comum? O que o filho faz? Como filho diz com respeito que não quer seguir essas regras porque não o cabe nelas? Não o leva onde ele pretende ir? Mas ó, sem faltar o respeito hein?! Nunca. Adolescente só vira jovem e adulto porque tem uma fase de "rebeldia"... já chamaram mais quando eu tinha a idade de "aborrescência"... nome feio demais. Nem deveria ser usado, na minha opinião. Bom, eu como bom homem de 29 anos, creiam, elas querem cuidar demais com amor mesmo eu estando com 29 hoje. Mãe, né? Coisas mais lindas e especiais que deus nos coloca no caminho delas para aprender de forma como nunca pensaríamos. Preciso constantemente repetir a idade que estou e que elas precisam confiar mais no filho que criaram!
Alguns pensamentos que tenho, me levam a crer que caso nascesse de uma mãe só e para uma mãe só, essa teria falecido no parto. E assim, me faltaria amor. E talvez, agora eu não saberia amar tanto e de tantas formas tudo e todos!
Obrigado, deuses e deusas por me presentearem com tantas mães! Hoje, sei o quanto é privilégio essa oportunidade, mas também o tamanho dessa responsabilidade.
O que desejo é que tenha forças para saber seguir conforme o ensinado por cada uma delas, forças para que meus atos sejam sempre conforme o que eu aprendi que foi ensinado por elas, e principalmente, que eu tenha forças para de vez em quando, com respeito ir contra às vontades delas porque tenho que seguir as minhas próprias também.
E além de tudo isso, que tenha forças para dar passagem à todas as mensagens de amor e atos que me mostram que sou capaz de realizar em prol do próximo.
Entendo um pouco melhor o significado de "amar ao próximo como a ti mesmo, e a Deus sobre todas as coisas", desejo que continue sendo abençoado dessa forma.
Desejo aos leitores, que através de meus olhos, tenham acalento em suas almas, corações e mentes, para que possam seguir sempre mais fortes e prontos para fazer o bem. Pelo menos segurando seu ímpeto de realizar o mal que temos dentro de nós. É uma luta diária.
Lembra que mãe, não importa qual, nem como é a forma de expressar o amor dela, deve ser respeitada. Pelos excessos e pelos limites.
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Pensem em como o mundo seria sem o amor de mãe, ideia, não ordem. Nunca de mim, não sou mãe! Só mostro o que penso e ouço.
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DC3. Procurando compreender um pouco mais, e tentando espalhar mais amor no mundo.
#mãe#amor#paz#respeito#presente#Gods#irmãos#irmãs#família#mother#love#peace#respect#gift#present#brothers#sisters#family
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Recomeço
27 de janeiro de 2019.
Desejo que esteja tudo bem com tod@s!
Já assistiram em algum filme que a pessoa chega num profissional de Psicologia, é perguntada: "Olá, você, por que veio? O que precisa?". E ali, sentado naquele lugar, pode ser um sofá confortável ou uma cadeira simples, percebe que pela primeira vez, porque nunca antes tinham te feito essa perguntado um modo tão acertivo, percebe que também nunca havia feito dessa forma a si mesmo? Parece sempre mais fácil seguir passos marcados, ensinados por alguém, ou mesmo fechar os olhos e andar fingindo ter o seu próprio caminho. Fiz dos dois. Quando me fizeram essa pergunta, percebi que já havia pensado uma ou duas vezes nela. Uma ou duas, só. Eu, no final dos meus 28 anos. E olha, estava ali com a melhor profissional que poderia ter cruzado meu caminho apenas porque estava muito gordo e sedentário. Isso me fazia muito mal, precisava de mudança. Uma baixa autoestima horrorosa, mas, criada por mais ninguém além de mim. MAS, sabia exatamente o que repetir para parecer normal, já havia assistido em filmes, - depois de dizer que queria emagrecer e ela me perguntou porque eu comia tanto - putz. Olhei como sempre fazia quando não sabia de alguma coisa, corri o mais rápido que pude, e me joguei ao alto para me sentir à altura da pessoa, até superior, tentei. Fiz cara de paisagem - não deixa ninguém perceber, porque quando eles percebem, as perguntas são sempre erradas. Vou desatar a falar, como sempre, não queria. Calma, aqui posso ser calmo. - Lugar lindo. Ela, linda, toda linda. E eu? Bonito? Feio? Gordo? Preguiçoso? Inteligente? Sem base? Falei que não sabia por onde começar. Ela pediu do começo. "Começo? Começo... Que começo? Onde começa mesmo? Tem que voltar assim é? Nera só sentar aqui e falar do meu dia pra você e você me diria como fazer? Se for assim, faço sozinho a anos, e todo mundo briga comigo sempre. Por que faria aqui?". Mas eu sabia o quanto era investido de amor para eu estar ali sentado naquela sala bonita. Tinha que aproveitar o tempo. O tempo. Sempre ele. CORRE DIEGO, O TEMPO! Com muita consciência de mim, apenas, que já me parecia muito perto dos que me cercavam, observado pelo tempo, comecei do começo que me lembrava pelo que tinham me contado juntando o de todo mundo que quis me contar. Minha história, a partir do nascimento. Terminou o primeiro dia... Só? E agora? "Agora pensa.". MAIS? Vou desfalecer, não aguento mais pensar... esperar uma semana até parecia excitante, mas mais sofrimento que excitação. Quero não e quero sim. Volto quinta que vem então. Beijo. CORRE, DIEGO. Tempo. Tic tac tic tac... sem fim nos meus ouvidos depois dali. Ui. Tava parado demais, quanta dor. Era bem inconsciente internamente, e pouco externamente. Queria pensar sobre mim, gosto de ouvir dos outros para agregar, mas não ouvir falarem de mim para mim. Como que fala isso? Como que pergunta pra ela amanhã? Tudum tudum tudum. "Controla essa voz baixa amigo, o que está acontecendo? que ansioso!". Rs, eu sei amiga, quero novidade, sinto essas coisas aqui ó ... ! "Então diz lá pra Psicóloga, não pra mim, gostou dela?" Não sei... Só tinha medo dela já, e respeito por quanto sentia que pesava no tempo que deixou de correr e passou a voar, eu estar sentado uma hora ali, e ela podia fazer isso o dia todo ganhando fácil do meu tempo. Ela sentada, eu correndo, o tempo voando, mas só para mim, entre nós. Voltei. Tic tac. Vomita a continuação da história familiar que lembrava mais do que tinham me dito a essa altura. "Lembrava como era? ou como viam?" Hein? Eu hein, que pergunta. Beijos. Que semana! E a seguinte! E a próxima. E o tempo, me fez quase querer voar sem asas. Não sou flor enterrada, ela que é bela. Não sou cavalo que corre, tenho dois pés frágeis, mal descalço no asfalto consigo. Nem pássaro que bate assas com força e voa, sou homem frouxo que mal chega na beira de parapeito de terceiro andar. Mas, dentro os que eu conhecia, sentir que eles só falavam dos outros, não deles mesmos e ainda me chamavam de antipático quando eu preferia falar de mim. Depois, se irritaram com alguma coisa que ainda nem sei e nem nunca vou querer saber, porque não é meu. Essa irritação era só deles. Eu, tomei rótulo de chato, mas tanto gostei desse rótulo que tomei a postura também. Eu via dedos apontados na minha direção. O pior é que sentia que nenhum deles nem me via de verdade, sentia como se eu me movesse mais rápido que eles podiam me acompanhar. Se venço o tempo deles, tô conseguindo.
Um peixe - conforme a espécie - que desce a correnteza pra depositar seus óvulos, deixa pra descer na ultima hora, que delícia curtir! Respirar esse oxigênio embaixo da água, conhecer, namorar e convidar para descer junto! Calmaria nas guelras. A água, que pode ser turva ou límpida, só depende do peixe, ou da água que ele acha que merece. Mas peixe que tem que subir a correnteza pra depositar seus óvulos, antes mesmo de encontrar o parceiro já tem que começar a subir desde o quanto antes. Encontra no caminho, dependendo o ou os companheir@s. Torce pra que cheguem juntos e aproveitem seus esforços juntos, lá em cima quando terminar de nadar contra a correnteza. E quando chega na ultima cachoeira, a maior de todas, precisa reunir a maior quantidade de energias possíveis, de si, dos que estão tentando subir e até mesmo a dos que começaram agora descer e estão começando a jornada certa deles, oposta à minha, que senti que me amam e me chamavam desde sempre pra eu subir porque lá em cima é tão bom! Eu sinto que é! Uns ainda estão lá, me esperam pra descer quando eu subir, nos olharmos, e eles descerem. Uns, fizeram jornada comigo e só por querer, desistiram, eu ajudo a subir também! Aprendemos juntos aqui, no mais difícil. Aos que tentaram chegar sozinhos antes - peixes mais velhos começam antes, né - perdão, nadei o mais rápido que pude, mas preguiça e cansaço, todos temos... e aos que acham que podem vir a nadadas leves contra a correnteza pesada, só posso chamardes vez em quando. Minha voz tá cansada! Eu chamei muito pelos de cima quando eles queriam que subisse mais cedo e eu nem sabia onde estavam... Tantas cachoeiras... Uma mais linda que a outra! Tem como subir pra ser todas não? Não. Tentei, não consegui. Desculpem. No caminho para todas, vi deslumbre de uma nova, linda, não mais nem menos, só linda também como todas. Olhei pros que pareciam subir pra um caminho parecido e pedi para segurar nas nadadeiras deles... o primeiro, tinha nadadeira machucada e preguiça. Largo desses, sem peso pra mim que não seja meu! Vai no seu tempo, seu ritmo. Tenho que correr no meu. Encontrei na frente um de cor linda e o convidei, ele veio, pude segurar e ajudar como podia, hora procurou outras cachoeiras e voltou, que bom. Outra, conheci braba, resistente, mas persistente e forte. Quando vejo assim, pego na nadadeira, se deixar, ajudo a subir. Se achar que querem soltar e for verdadeiro, solto. Se quero e sei que é verdadeiro, solto também. Mas se eu sei que eles tanto não sabem quanto eu que sei de nada, só nado, aperto com carinho as nadadeiras deles. Com amor, juro. Sinto que ele tem vontade maior de me deixar quando aperto na nadadeira direita, sente que talvez uma cachoeira mais próxima deve ser uma boa opção... e que a da nadadeira esquerda tem vontade de me socar porque sabe vir, já fez esse percurso, não sei o que aconteceu antes... mas sinto que a encontrei descendo. Voltando. Voltar não, a não ser que queira verdadeiramente, então vá. Pra mim não dá. Te dou metade do meu pulmão de guelra. Usa ele que chega! E o da direita, não acha que porque te dou minha outra metade do meu pulmão de guelra, pode mais sair para ver se pode sozinho. Vocês podem. Mas sinto que se vocês forem, morro afogado, não tenho mais como respirar, já viram peixe viver debaixo d'água sem guelra? Mas, se preciso, aprendo a respirar fora da água sem elas. Eu só desejo que vocês quisessem pelo menos me levar até lá em cima, depois podem ir onde vocês quiserem, mas só se sentirem que podem. Se não, usem bem meu presente pra vocês e se salvem. Eu aprendi coisas lindas até aqui com vocês, estou satisfeito. O da direita que chegou primeiro, me ensinou: cozinhar, arrumar, cuidar melhor de mim, até me vestiu e me deu uns adereços que, pra peixe, deveriam ser inúteis, mas eu era um peixe mais tolo que sou hoje. Ainda tolo que sou. A da esquerda, ensinou que: amor incondicional é sim possível mesmo com o constante trabalho árduo por alguém que temos medo que a qualquer momento, forte como é, pode nos deixar e sair nadando mais rápido que a gente. Segurar, jamais! Se tiverem certeza, meus amores, vão. Sigam suas correntezas - favor ou contra. Os verei até onde meus olhos de peixe, um voltado pra cada lado alcançar os dois. E esse peixinho pequenino aí do amor incondicional que aprendi, nada mais rápido que os três juntos. O plano ali parece outro... Pra além de mim e dele da direita e dela da esquerda. Vai tão na frente, que meus olhos de peixe, como disse antes, não consegue ver. Mas sei que vai.
Antes, não me senti nunca pior, agora me apontam com raiva. Sinto raiva também... perdões a todos. Mas, sinto que sou diferente.
Encontrei mais uma peixinha linda nadando deboísta no caminho, o tempo dela parecia outro. Queria tanto conhecer, mas não tinha mais nadadeiras... ela nem precisava tanto, faria seu caminho fácil, num tempo tão dela que nunca vi. A convidei para segurar na minha calda. Ela fez e acho lindo quando consigo olhar pra trás, vez em quando, como ela curte a viagem! Vem também até onde quiser. Até pra sempre ou onde eu conseguir. Já amo incondicionalmente.
Quando fui chamado em tantas direções, peixinho ainda, queria tanto seguir todas que passei tempo suficiente nadando em círculos. Me cansei. Mas ainda tenho força, ô! Cada voz que me chama, ainda, saberei ouvir, mas para poder vislumbrar sempre um lugar melhor pra mim. E para os meus. Entendam, eles são eu. Eu, sendo eles. Agora entendo um pouco mais, mas quase nada ainda.
Quem ainda quer continuar a berrar comigo mandando eu nadar pra qualquer lugar que queira sem pensar, só porque acha que pode. Tapamos nossos ouvido. Não repondo por ninguém. Nem por vocês que chamam ou gritam. Em lagoas, rios, mares, ou oceanos. Os que me berram, mandando pra me jogar de uma tal cachoeira com pedras no final, ou mesmo me proíbem lagos que preciso atravessar porque se acham donos, nem você por mim, nem eu por você.
Obrigado a todos. Hoje, sou um pouco mais forte e mais fraco. Obrigado.
Eu percebi que sou diferente de quem consegui ver esse tempo nas nadadeiras e na calda. Os vi de perto. E somos todos diferentes mesmo. Mas tem muitos que são iguais entre si e sentimos eles mais fortes. Chegamos a temer. Somos mais fortes assim, sentem? Eu sinto, estou aqui. Vocês sabem. Conseguiremos.
Bom, taí um bom começo do meu recomeço pra quem tiver um tempo pra si. Depois se quiserem, pra mim. Isso aqui está sob minha autoria. Minhas experiências. Minha e minhas vidas. Leiam sozinhos para vocês mesmos, se conseguirem. Mas tentem. Se preciso, segure na mão de outros peixes, não há mal em ser ajudado. Mas se somos, por que não ajudar também? Eles devem precisar tanto quanto nós! Não peçam pulmão para chegar onde sabe que não quer levar a quem está pedindo, ou mesmo acompanhar a jornada deste.
E os peixinhos, ah os peixinhos... são todos nossos! Meus, seus, nossos! E olha que eu escolhi viver de forma que nem peixinhos posso ter. Por isso, tenho vários, pretendo ter mais! E peixinhos, em algumas coisas, não todas, comedidamente, mas ainda respeitando que ele já é uma evolução sua. E não o peixe pequeno que você era. Ele já é um peixe adulto em corpo de peixinho. Conhece sobre evolução? Darwin? Então. Respeite-os. Mesmo. Porque depois eles farão o que foram ensinados, só que melhor. Cuidado. Primeiro com vocês, depois com os que te ajudam e a TODOS os peixinhos que nos rodeiam. Os meus. Os seus. Os nossos.
Paz no coração, gente. Na alma. Desejo tranquilidade para conseguirem se ver e saber, todos a sua maneira, como pensar. Corram. Tem peixinho morrendo. Tem peixinho aprendendo coisas erradas. Tem peixinhos vendo coisas horríveis em horário nobre... e homossexualidade não está entre uma das coisas que eles não devem ver, assim como respeito às etnias, religiões, etc. Não direi o que.
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Pensem. Idéia. Não ordem ou pedido, não meus, não mais. Achei minha forma.
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DC3. Em casa, em família.
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