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reading log 12/08/2025

Livro: Intermezzo da Sally Rooney

Eu to lendo esse desde abril mais ou menos, mas agora peguei para ler com mais atenção e é muito perceptível como esse livro é experimental para a Sally. Como alguém que leu parte de Pessoas Normais e achou a escrita dela bem fluida, intermezzo parece só um amontoado de frases jogadas, especialmente nos POVs do Peter. Eu comecei a ler sem saber que era um livro de 2 irmãos navegando pelo luto da morte do pai e eu curti muito como a Sally aborda isso porque em momento algum o luto é um personagem assim como o Ivan ou como o Peter e sim é um pano de fundo da vida deles, mostrando que, o luto depois de um tempo vira uma constante enquanto a vida continua a acontecer com ele presente. Na minha opinião pessoal, acho que nunca superamos a morte de uma pessoa, apenas paramos de estranhar o luto, nos acostumamos com ele, e esse livro mostra bem isso. Eu ainda estou na metade do livro e não consigo de jeito nenhum me interessar pela vida do Peter, os capítulos dele são estruturalmente muito estranhos, repletos de frases curtas e com pouca conexão entre elas, me pego várias vezes tendo que voltar para ler o mesmo segmento para tentar entender, eu acho que a intenção dela é mostrar um fluxo muito rápido de pensamento que o Peter tem e eu entendo demais porque eu sou exatamente assim, mas parece que é a primeira vez da Sally fazendo isso e não to usando isso como uma desculpa, mas como uma crítica porque não foi muito bem feito. Já os capítulos do Ivan são anos luz mais interessantes e bem escritos, jovem promissor no xadrez que decaiu de uns tempos para cá e que tem um relacionamento com um age gap polêmico? count me in!! Eu li algumas pessoas falando que o livro fica verdadeiramente bom no final então estou animada, mas, por enquanto, não consigo entender o hype desse livro... talvez a errada seja eu de aceitar recomendação de livro famosinho no booktok

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reading log 26/07/2025

*alerta de spoilers: uma vida pequena*

Mico passar tanto tempo sem fazer reading log, que leitoras são essas... Enfim, venho aqui para dizer que depois de quase 5 meses lendo esse livro, eu finalmente consegui terminar. A sensação extremamente agridoce que eu estou sentindo é totalmente adequada para a tristeza misturada com a formação de laços que Uma Vida Pequena nos traz. Talvez por já saber antes mesmo de ler que esse livro era muito triste, eu coloquei uma barreira que me fez olhar a história de Jude com um olhar distante, quase como se eu estivesse lendo um caso em uma aula na faculdade. Dos pontos positivos, fico com Willem e Harold. Eu lia cada passagem sobre eles torcendo para que eles - assim como o próprio Jude torcia - não fossem iguais as outras pessoas que atravessaram a vida de Jude, que começassem gentis e no final se mostrassem monstros. O último capítulo sintetiza bastante como esses dois no livro eram um momento de paz. A forma como esses laços são formados e aprofundados também <3 Além disso, o livro também trouxe outros personagens interessantes e que eu gostaria de saber mais, como o Malcolm >queridíssimo< e o JB, desse último eu gostaria de um livro só dele, acho que ele tem camadas que não foram exploradas... ele é filho da puta às vezes, mas ele é tão humano... Agora, sobre o Jude: ver o seu debate interno, ver como ele morreu achando que merecia todas as coisas que aconteceram com ele, ver que ele acreditava que era merecedor de todos os absurdos que já o falaram... foi triste. Toda a sua dor e o seu sofrimento mostram uma falha de todo o sistema ao seu redor. Quando eu li o capítulo "Os anos felizes" só queria que o Jude no final se reconhecesse como digno de felicidade e respeito, ver sua leveza, mesmo que por um breve momento, me encheu de felicidade como se ele fosse um amigo pessoal meu e ver o quanto ele definha no próximo capítulo me atingiu de uma forma igualmente intensa. Eu não sei dizer se gostei ou não do livro. Eu gostei mais ou menos da escrita, mas ao mesmo tempo sinto que a autora não aprofundou legal algumas questões e falar isso de um livro com quase 1000 páginas talvez indique que a escrita não foi tão boa assim, ou pelo menos não é o meu estilo de escrita. Em certos momentos eu gostava muito de como ela se expressava, as vezes era muito poética e eu adoro isso, mas em outros eu senti que ela perdeu a linha no sofrimento que ela deu para o Jude. Eu vou ficar muito tempo pensando se eu gostei ou não desse livro, e, certamente, vou pensar em Jude St. Francis por muito muito muito tempo. eu genuinamente espero que esse livro nunca seja adaptado para o cinema/série, ter uma representação visual de todo esse sofrimento seria um pouco demais para mim.

Agora quero que minha próxima leitura seja bem bobinha, preciso de um tempo de leitura pesada... aceito recomendações por sinal

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reading log 20/05/2025

Eu nunca fiz reading log, mas acho que pode ser uma coisa interessante. Estou em 47% de Uma Vida Pequena e acho que finalmente entendo o que as pessoas falam tanto desse livro, no pior dos sentidos. Eu sei que personagens não precisam ser moralmente perfeitos e, falando sério, até prefiro que não sejam, mas o que a Hanya Yanagihara fez criando o MALDITO do Caleb... Eu não consigo colocar em palavras a raiva que esse nome me evoca, como pode alguém ser tão cruel assim? A violência dele, em todos os sentidos, é de arrepiar. O quanto ele despreza o Jude e o castiga é muito triste e muito engatilhante, mas eu sabia onde eu estava me metendo quando decidi ler esse livro. Eu darei os créditos a ela no sentido de que a sua leitura é muito envolvente, desde que chegou na parte do axioma da felicidade a leitura se tornou mais fluida, mas não necessariamente mais fácil. Desde que entrou nessa parte do livro o sofrimento do Jude piorou exponencialmente e é tão triste como a cabeça dele faz ele acreditar que ele é merecedor de situações tão degradantes e, pior, é não conseguir contar para ninguém o que ele sofre e tudo o que ele já sofreu. O Jude me inspira pois, mesmo com uma vida difícil, ele ainda consegue manter a sua gentileza e do livro eu escolho tirar isso, pois, sendo sincera, não vejo muito motivo para começar essa leitura. É um livro muito pesado, as vezes parece que o Jude é o saco de pancadas da Hanya Yanagihara e, além da sensibilidade dos assuntos que me faz ter que parar de ler por um tempo, eu não consigo entender aonde a autora quer chegar com tanto sofrimento em cima de um personagem só. Tudo bem que eu ainda tenho uma outra metade inteira para ler, mas por enquanto a minha visão do livro é essa.

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