Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Uma carta aberta a saudade
Querido Vô, já fez um ano e sete meses desde a sua partida. Queria poder lhe escrever que estou um pouco mais conformada com a sua ida tão repentina, mas o senhor bem sabe que isso é mentira. Também não sei Vô, se em algum dia vou me acostumar a viver sem o senhor por perto. Costumam dizer o tempo cura tudo, inclusive a saudade. Mas sabe Vô, eu não sei se em algum momento o tempo vai curar a dor da saudade que o senhor deixou. Tenho a impressão que a saudade vai virar uma daquelas dores que se acostuma a viver com. Desde então tenho a sensação que o meu mundo perdeu um pouco de cor, de brilho, de alegria desde que o senhor se foi. Às vezes me pegando ouvindo os áudios das nossas conversas, os vídeos que tenho aqui salvos, querendo voltar ao tempo para ter o senhor por perto mais uma vez. Às vezes toda essa saudade dá, uma trégua quando sonho com o senhor. Já teve sonho que o senhor me levava para passear na Forquilhinha contando histórias de onde o vô cresceu, mostrando cada canto, cada paisagem. Às vezes nós passeamos pelo Mercado que o senhor tanto amava. Nesses sonhos é a onde eu mato toda a saudade que o senhor deixou, de ouvir as suas histórias, sua risada, do seu abraço. É quando posso ficar mais um pouco do lado do senhor só aproveitando a tua companhia tão gostosa que tanto sinto falta. Escritos Pusilânime.
2 notes
·
View notes