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Outras abordagens
Videos
Os vídeos são uma ótima maneira de ilustrar situações e ensinar algo de maneira enriquecida. Os estímulos audiovisuais prendem a atenção e podem ser um ótimo veículo para ensinar como funciona cavidade bucal e como cuidar dos dentes de maneira correta.
Teatro
Assim como os vídeos o teatro também é uma excelente alternativa para se obter a atenção das pessoas. Fazer peças teatrais para ensinar os conceitos de saúde bucal para crianças é uma alternativa muito válida. Essas apresentações devem ser feitas forma lúdica e utilizando um vocabulário que a criança tenha capacidade de compreender. A criatividade é imprescindível para este tipo de atividade. Demonstrações sobre escovação dos dentes também podem ser interessantes para as crianças.
Demonstrações
Atividades demonstrativas sobre como realizar a correta escovação dos dentes, o uso do fio dental, a forma ideal se se escovar os dentes com aparelho ortodôntico e até mesmo como limpar uma prótese dentária podem ser ser feitos para facilitar o aprendizado de seu público sobre como manter a saúde bucal. Toda atividade que gere envolvimento e interação entre você e as pessoas tende a ter sucesso, gerando um engajamento maior das pessoas para que elas realizem a atitude desejada. Nas demonstrações se for possível convide pessoas do público para participarem da atividade junto com você. Desperte a curiosidade das pessoas para que elas tenham vontade de aprender.
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Materiais impressos
Materiais impressos como folhetos, apostilas e manuais são muito interessantes para fornecer ao público. Porém, estes materiais costumam demandar um custo de produção maior. Isso precisa ser bem avaliado antes de se realizar. Se você tem poucos recursos e deseja desenvolver algum projeto de educação em saúde bucal para crianças é possível encontrar facilmente em pesquisas no Google, alguns materiais educativos para colorir por exemplo. Uma outra outra forma que possui um custo baixo de produção e que pode cumprir uma finalidade informativa é imprimir pequenos textos alertando sobre algum tipo de doença bucal ou instruindo sobre formas de fazer uma boa higiene oral. Materiais impressos podem contribuir para facilitar a compreensão de algumas pessoas e podem ter um alcance maior que uma palestra em que o conhecimento fica restrito apenas ao grupo de pessoas que puderem assistir. No caso de um folheto ou um pequeno manual, o mesmo pode ser visto por muitas pessoas em diversos momentos. Não aconselho fazer qualquer tipo de panfletagem externa com este tipo de material, é importante que apenas pessoas realmente engajadas tenham acesso a ele. Se fizer uma ação de panfletagem você correrá um grande risco da maioria das pessoas nem sequer ler e para piorar podem jogar o seu folheto em qualquer lugar sujando as ruas de sua cidade. A abordagem para educação em saúde deve ser mais pessoal, não queira atingir grandes massas populacionais sem gerar relacionamento.
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Palestras
Palestras são uma ótima forma de passar seu conhecimento para outras pessoas. As palestras tem um resultado melhor para adultos que possuem uma capacidade de concentração maior para esta forma de transmitir informações. Palestras podem funcionar muito bem para mães, gestantes, famílias (neste caso especificamente os pais), adultos e idosos. O tempo de duração das palestras deve ser feito de acordo com a disponibilidade que você possui, mas de maneira geral deve ser realizada entre 25 minutos e 1 hora. As palestram preferencialmente devem conter elementos visuais para facilitar a compreensão do público. Se você não possuir recursos sofisticados, utilize cartolina e coloque imagens que possam te auxiliar na ilustração de situações pertinentes ao assunto abordado na palestra. Não deixe de realizar o seu propósito por falta de recursos tecnológicos. A mensagem deve ser passada por você estes recursos são apenas complementos. Mas procure se preparar bem e faça tudo com excelência para impactar as pessoas e gerar mudanças reais de atitude. As palestras podem ser realizadas em qualquer lugar que tenha a capacidade de comportar pessoas como salas de aula de uma escola, associações e unidades de saúde. Em unidades de saúde principalmente uma boa estratégia é a realização de palestras no momento de pré-atendimento, sabemos que existe uma grande demanda por serviços de saúde e muitas vezes o tempo de espera por atendimento pode ser prolongado. Realizar palestras neste momento pode ser uma ótima forma de otimizar o tempo oferecendo um serviço de qualidade para a população.
Palestras realizadas nas escolas podem ser feitas para os pais de alunos com a finalidade de conscientizá-los da necessidade de cuidarem melhor de seus filhos e também podem ser feitos trabalhos voltados aos professores e colaboradores da escola para que estes possam também contribuir com os alunos, principalmente as crianças que muitas vezes estudam em horário integral, alimentam-se na própria escola ou creche e algumas vezes são negligenciados quanto aos cuidados com a saúde bucal.
Palestras para mães e gestantes também podem gerar excelentes resultados, independente do local em que isso seja proposto. As atividades educativas para mulheres que esperam um filho ou já tem um filho pequeno são de extrema importância para desenvolver os conhecimentos necessários para que as mães consigam cuidar de seus filhos adequadamente.
Para a realização das palestras é muito importante que tenha conhecimento correto sobre o que será falado. Se você não possui conhecimento, convide alguém que possa abordar o tema com propriedade. Não fale sobre temas que possui dificuldades. A intenção da palestra é informar as pessoas e não confundi-las.
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Planejamento
O planejamento é o primeiro passo para que você possa definir metas e objetivos claros. A definição do público é muito importante pra a definição de sua estratégia de trabalho. A abordagem será diferente de acordo com o público escolhido. Defina o orçamento disponível para o projeto e também como será a captação de recursos. Os recursos podem ser próprios, podem vir de doações ou este recurso pode até já estar disponível dentro da empresa, escola ou unidade de saúde que você trabalha. É muito importante definir a frequência de suas ações. Elas podem podem ser diárias, semanais, quinzenais, mensais, bimestrais, etc. Depende muito do tipo de ação que será realizada e do tempo que você terá disponível. O mais importante é estabelecer compromissos que você tenha capacidade de cumprir sem deixar de cumprir suas obrigações cotidianas. Tenha muito cuidado ao planejar as atividades, estabeleça objetivos a curto, médio e longo prazo.
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Estratégias de educação em saúde bucal

Existem algumas estratégias que são mais simples e outras mais elaboradas. Procure fazer aquela que acredita que possui capacidade de iniciar, executar e concluir. Se você não possui todos os recursos ou habilidades procure criar uma equipe de trabalho ou associe-se a projetos ou equipes que já atuem nestas ações ações educativas.
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Objetivos da Educação em Saúde Bucal
A saúde já foi conceituada como o estado físico que representava a ausência de doenças. O conceito atual de saúde é mais amplo e engloba o bem-estar e qualidade de vida como fatores que fazem parte da saúde. A capacitação de pessoas ou grupos populacionais para atingirem qualidade se vida é objetivo que se deve almejar para promover saúde. A prevenção de doenças também está intimamente relacionada neste conceito. Não há qualidade de vida plena numa população que está exposta a fatores que podem causar doenças ou com falta de recursos básicos para tomar atitudes preventivas.
O objetivo principal quanto à prevenção de doenças bucais é gerar através de ações educativas a conscientização na população que as ações individuais de higiene bucal podem evitar a ocorrência da cárie e da doença periodontal. Estas são as doenças bucais que acometem a maioria das pessoas e se não forem tratadas podem iniciar um processo de modificações permanentes nos dentes e nos tecidos de suporte dentário. Essas doenças tem o potencial inclusive de levar pessoas a perderem seus dentes.
Para promover saúde bucal existem iniciativas governamentais como a fluoretação das águas. Esta medida tem grande valor para reduzir o índice de cárie na população. Mas o principal fator responsável por promover saúde bucal é a educação e conscientização das pessoas. Ensinar boas práticas de higiene bucal e torná-las um hábito na vida das pessoas é o principal aspecto transformador. A saúde precisa ser preservada diariamente e apenas com bons hábitos é possível chegar a este resultado.
O objetivo da educação em saúde bucal é transformar vidas. É preciso contribuir de forma significativa para conseguir mudar as atitudes das pessoas. Hoje existem recursos e informações suficientes para conseguir impactar a vida de pessoas. A educação em saúde bucal não deve ser feita apenas no consultório odontológico, na maioria das vezes as pessoas chegam até o consultório por não terem tido a instrução correta e acabaram desenvolvendo doenças.
Agora que você já conhece os públicos que podem ser trabalhados para realizar ações de saúde bucal e sabe os objetivos das ações em saúde bucal. É o momento de conhecer as estratégias que irão te auxiliar a promover saúde bucal de maneira eficiente. As estratégias são ferramentas valiosas para facilitar o processo de implementação de um programa de educação em saúde bucal, mas para dar certo é preciso ter muita dedicação e perseverança para atingir seus objetivos. Não crie metas impossíveis de serem alcançadas ou expectativas irreais. Não espere que outros tenham a mesma dedicação que você, mas procure por pessoas engajadas no mesmo objetivo. Talvez a primeira estratégia que você tente possa não dar certo, procure adequar a sua estratégia ao público que você deseja alcançar, estabeleça uma boa comunicação. Por mais que seu objetivo seja o de alcançar muitas pessoas, comece com poucas ou comece em sua própria casa, assim você irá perceber que a jornada não é tão fácil. Mas não desanime, seja perseverante, faça tentativas, analise o que foi positivo e o que foi negativo. Corrija seus erros constantemente e não se puna por tê-los cometido, erros fazem parte dessa jornada.
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Crianças

As crianças sem dúvida fazem parte do grupo que recebe os maiores incentivos relacionados à educação em saúde bucal. A preocupação dos pais em ajudar a criança a desenvolver bons hábitos e as ações realizadas em escolas demonstram que existe uma grande preocupação com a saúde bucal infantil. A variedade de maneiras de conduzir um trabalho com crianças é um fator positivo. O cuidado nesta fase é crucial para que a criança possa se desenvolver com dentes fortes e saudáveis.
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Famílias

Incentivar ações de saúde na família é um caminho que pode gerar ótimos resultados práticos. Quando todos os membros de uma família mobilizam-se para uma causa fica mais fácil de alcançar os objetivos propostos, ou seja, se o propósito é melhorar a qualidade da saúde bucal de uma família e todos passam a ter consciência da importância que isso terá para ela, o resultado será potencializado pois haverá um incentivo mútuo dentro de casa para cumprir esta finalidade. Os pais irão ajudar e fiscalizar os filhos e terão que se tornar exemplos para eles. Esta é apenas uma dentre outras oportunidades que se pode conseguir fazendo um trabalho de educação em saúde bucal com uma ou várias famílias.
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Adolescentes

Este é um grupo que muitas pessoas não gostam de dar atenção. Possuem personalidade forte, são inclinados a ter atitudes exageradas, porém são pessoas que estão numa fase muito difícil de transição da infância para a fase adulta. Um desafio atual sobre o universo adolescente está relacionado ao tratamento ortodôntico que para muitos deles usar um aparelho significa estar na moda e muitos acabam utilizando o aparelho ortodôntico de uma forma que gera prejuízos reais para a saúde sem o acompanhamento de um profissional. Gerar conscientização nos adolescentes quanto a sua saúde bucal pode trazer grandes benefícios para que eles consigam manter seus dentes durante toda a vida.
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Mães

As mães possuem muitas dúvidas sobre os cuidados que precisam ter com seus filhos. Muitas não tem informação sobre o período que erupção dos dentes do bebê e não sabem como cuidar da higiene bucal de seus filhos. Um trabalho bem desenvolvido pode contribuir de maneira positiva para o crescimento de crianças desde que as mães tenham consciência da importância de cuidar dos dentes de seus filhos desde cedo.
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Gestantes

Este é um grupo de alto risco para desenvolver problemas bucais. O período da gravidez envolve diversas preocupações e alterações hormonais e corporais. Atualmente é muito comum lidar com gestantes cada vez mais jovens, muitas ainda na pré-adolescência. O acompanhamento odontológico durante a gravidez é muito importante e as atividades educativas podem prevenir o desenvolvimento de doenças.
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A escolha do público que receberá educação em saúde bucal

IDOSOS
A expectativa de vida no Brasil tem crescido e as pessoas estão vivendo mais. A geração atual que está na faixa acima de 65 anos apresenta graves problemas bucais. Essas pessoas apresentam em muitos casos edentulismo total, ou seja, não possuem dentes e dependem exclusivamente de próteses dentárias para conseguirem se alimentar. Outros podem ter ainda seus dentes, mas é muito comum observarmos problemas gengivais graves. Ensinar aos idosos técnicas simples de higiene bucal ou até mesmo maneiras de conservar suas próteses dentárias de forma mais higiênica pode representar não apenas um ganho na saúde como também proporcionar um bem-estar e resgatar a auto-estima muitas vezes perdida devido às dificuldades que o envelhecimento proporciona. Este é um grupo de pessoas que merecem muita atenção e precisam de educação em saúde.
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Educação em Saúde Bucal

Ação. Esta é a palavra que proporciona a verdadeira educação em saúde bucal. A educação sempre deve estar acompanhada de ação. Este artigo não tem a finalidade de discutir políticas públicas ou a evolução da educação em saúde bucal no Brasil. Tenho consciência da existência de muitos materiais ricos que abordam este assuntos de forma impecável. O meu desejo é que este artigo sirva como um guia prático de ações que você poderá implementar em sua vida e seu trabalho para que você consiga realmente mudar a vida de outras pessoas através da educação em saúde bucal. Não importa sua escolaridade, seu cargo ou seus títulos. Aqui você terá conhecimento para realizar ações desde as mais simples até o desenvolvimento de programas mais complexos envolvendo equipes de trabalho. Você precisa ter consciência de que para educar pessoas sobre a importância dos dentes e da saúde bucal como um todo é preciso ter muita perseverança. Este não é um trabalho que pode ser feito de maneira pontual. Por favor, não confunda educação em saúde bucal com assistencialismo, apesar de que existem muitas ações de saúde voltadas para populações que vivem em condições sanitárias muito precárias. A educação em saúde deve ser transmitida para todas as pessoas.
Para te auxiliar em seu objetivo de promover seu projeto de saúde bucal, elaborei um guia abaixo com a sequência das informações necessárias para que você consiga planejar e executar seu projeto de forma simples e clara. A primeira parte é a escolha de seu público-alvo. O público escolhido terá total importância na definição de que tipo de ação será realizada. Cada tipo de público possui necessidades específicas que devem ser abordadas de maneira personalizada. Irei abordar também sobre estratégias e fatores motivacionais para que você alcance os objetivos estabelecidos sobre prevenção de doenças ou promoção de saúde.
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Doenças na dentição do bebê

Por vezes somo enganados pela persistência do comum, ou seja, temos a tendência a responder de maneira automática a uma série de evidências que já tivemos contato. Isso é um problema, quando essas evidências não são acompanhadas de um acompanhamento adequado de um dentista, devidamente aparamentado de recursos de diagnostico eficientes e modernos, como software médico ou prontuários eletrônicos. Embora esses recursos não sejam primordiais, podem ajudar a detectar diagnósticos apressados e impressionistas.
QUANDO?
Decíduos – os dentes de leite – principiam a “nascer” mais ou menos no sexto mês de vidado bebê, comumente pelos incisivos inferiores. Adotam a encadeamento de erupção e aí vêm os incisivos centrais e laterais superiores em um tempo aproximado de dois meses.
Por volta dos primeiros 15 meses de vida despontam os primeiros molares superiores e depois os inferiores, seguidos pelos caninos e aos 18 meses os segundos molares inferiores, e finalmente, pelos segundos molares superiores, aos 24 meses.
FEBRE E NOITES MAL DORMIDAS
Muitas vezes são relacionadas à dentição do bebê. Só que não sempre. Estes sintomas não tem nenhuma relação com o nascimento do primeiro dente do bebê, afirmaram pesquisadores.
Lembre-se acrescentou que a dentição coincide com um momento de amplas transformações de desenvolvimento e doenças leves frequentes. Em uma tentativa de esclarecimentos dos sintomas e garantias de que estes sintomas não sejam nada mais graves, os pais, funcionários das creches e responsáveis devem ter cuidado para não se precipitarem em suas conclusões.
Pesquisas demonstram que a temperatura de uma criança não é tão diferente nos cinco dias antecedentes ao surgimento de um dente. Também foi descoberto que não há uma associação clara entre outros sintomas e um novo dente. Ao creditar a culpa desses sintomas na dentição, os adultos podem ter cuidados exagerados com um desenvolvimento normal ou podem não reconhecer uma doença mais séria.
É necessário perceber e não atribuir a febre do infante na dentição imediatamente. Todos os sintomas que podem ser considerados graves em outra fase da vida do bebê devem ter a mesma importância na fase da dentição e devem ser verificados de maneira sistemática.
INDIRETAMENTE
A diarreia durante o período de dentição não é algo imediatamente correlato. Em verdade, as razões para isso são mais diversas do que se pensa: uma delas é óbvia o pequeno ou pequena está constantemente puxando coisas para a boca e muitas vezes coisas sujas. Isso resulta em desordem do tracto gastrointestinal, que desse tipo de infecção penetrar nas feridas formadas durante a dentição provocando as dores nas gengivas do infante.
REVERSO
Convém verificar com atenção a boca da criança em busca de inflamação nas gengivas e um pouco pus, pode ter entrado pelas feridas ou ter sido engolido. Assim sendo a diarreia pode ser uma reação normal de imunidade do bebe. Em caso de dúvidas consulte o dentista.
Porém, se ocorrer diarreia não acompanhada de dentição, é preciso descobrir a verdadeira causa que pode ser uma infecção intestinal o que irá demandar o exame médico e tratamento com remédios.
Cuidados adequados assim podem garantir um futuro melhor para o seu bebê.
Se ocorrer diarreia por si só e não é acompanhado de dentição, então você precisa para começar a olhar para a verdadeira causa desta doença. Depois de tudo, pode ser uma infecção intestinal e isto irá exigir o exame médico e tratamento com medicamentos.
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Sinais e sintomas associados à erupção da dentição decídua
Há pelo menos 5000 anos que os efeitos promovidos pela erupção da dentição decídua têm sido alvo de discussão. Quer pelo facto de constituírem aspetos associados a crenças tradicionais, quer por não se encontrarem totalmente suportados por evidências científicas, 7,8 estes efeitos não possuem até então consenso na literatura internacional. Para além de que nesta última, este assunto é ainda alvo de escassez de dados, não permitindo a comprovação da relação entre causa e efeito.6,9 A título de exemplo, destaca-se o povo Sumério que acreditava plenamente na associação entre a erupção da dentição primária e a infestação por vermes. Acreditavam que este processo fisiológico levava à mortalidade infantil, a convulsões, diarreia, hipertermia ou ainda outra condição grave. 7,10 Note-se que nestes tempos, a tendência para atribuir doenças graves à erupção da dentição decídua era tão frequente, que no ano de 1841 este fenómeno foi considerado causa de morte de 4-8% das crianças em Londres, entre o 1º e 3º ano de idade.6,10,11,12,13,14,15,16 O primeiro registo da relação entre a erupção dentária e alterações sistémicas foi feito por Hipócrates (460-361 a.C.), tendo este associado a existência de hipertermia, distúrbios gastrointestinais, hipersalivação e perda de apetite com a erupção da dentição decídua. 6,10,12,13,16,17 Tais factos foram reportados através do “Tratado de Dentitione” onde se encontram os sintomas da “dentição difícil”.8,9,12,14,15,18,19,20 Erupção da Dentição Decídua: Alterações Locais e Sistémicas? 3 Catarina de Medeiros Saraiva Em relação aos efeitos da erupção dos dentes decíduos existem, basicamente, três linhas de pensamento. Uma primeira linha que nos aponta para que a erupção dos dentes decíduos seja considerada um processo fisiológico e que por isso mesmo não apresente sintomatologia. A segunda linha, que considera a erupção como um processo patológico. E por último a terceira, que afirma que se trata de um processo fisiológico mas que altera o ritmo das atividades normais do organismo.17 O dente em si não parece ter um papel muito ativo durante a erupção, já o folículo dentário parece ser crucial no processo, uma vez que é rico em eicosanóides, citocinas e factores de crescimento. Sendo assim, considera-se plausível que a erupção possa promover sintomas locais como a inflamação e/ou a irritação.7,14,19,21 Considera-se um período de dois meses desde o rompimento da mucosa gengival até à sua total erupção, tendo sido relatados diversos sintomas durante este período de tempo,22 entre os quais se destacam: hipertermia, diarreia, hipersalivação, dermatite, anorexia, constipações, cansaço, infeção respiratória, distúrbios do sono, dor, inflamação e irritabilidade.7 Vários autores sustentam a hipótese de que a cascata de inflamação produzida aquando da erupção dos dentes decíduos é suficiente para provocar sintomas clínicos como diarreia, vómitos, hipertermia, hipersalivação, sono agitado e dor.4 Estes autores acreditam que estes sintomas gerais já estariam presentes no momento da erupção dentária, sendo apenas coincidentes com este processo. Por esta razão, defendem que a erupção dos dentes decíduos não produz, por si só, sintomatologia. 4 Outros investigadores defendem que na fase em que se processa a erupção dentária, a criança apresenta uma menor resistência e, por isso, uma maior suscetibilidade a doenças e infeções, explicando, desta forma, os sintomas gerais que surgem aquando da erupção da dentição primária. 17 A sintomatologia local, associada à erupção da dentição decídua foi também relacionada com a irritação nervosa local e reflexa, sendo considerada decorrente da pressão do dente em erupção contra a gengiva. Este processo foi considerado como a causa da “dentição patológica”, devendose a uma desproporção entre a reabsorção dos tecidos e o avanço coronário.
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Fases da Erupção Dentária Decídua
A erupção dentária pode ser dividida em três fases distintas: a fase pré-eruptiva, a fase eruptiva ou pré-funcional e a fase pós-eruptiva ou funcional. A fase pré-eruptiva corresponde a um período intra-ósseo que se inicia com a rutura do pedículo que une o gérmen dentário à lâmina dentária e que termina com a formação completa da coroa. Durante toda esta fase não há movimentação do gérmen dentário. Na fase eruptiva, o dente movimenta-se no interior do osso através de um processo de reabsorção dos tecidos que circundam a coroa, formando-se uma trajetória de erupção. A última fase, designada funcional, é totalmente extra-óssea, iniciando-se com a colocação do dente em oclusão com o antagonista e prologando-se durante toda a vida do dente, até que este se perca ou seja extraído.
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Quais as funções da dentição decídua?
É fundamental que pais e responsáveis saibam da importância dos dentes de leite, também chamados dentes decíduos, no desenvolvimento da criança. Por serem temporários, esta importância pode ser negligenciada, o que pode causar grandes prejuízos à saúde. As principais funções dos dentes de leite são:
a) mastigação dos alimentos, etapa importante para facilitar a digestão;
b) auxiliar no crescimento e desenvolvimento adequado dos ossos e músculos da face;
c) ajudar na pronúncia correta das palavras;
d) contribuir para a melhor aparência da criança, permitindo um belo sorriso, o que poderá influenciar sua auto-estima;
e) guardar o espaço para os dentes permanentes que irão substituí-los no futuro, direcionando-os para que nasçam em posição adequada.
Por isso, é imprescindível que os cuidados com a dentição sejam iniciados o mais precocemente, ou seja, a partir do irrompimento do primeiro dente, o que ocorre entre os 6 e os 8 meses de idade.
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