carol, lorena, fernanda, maysa, jéssica - @livrochorardealegria
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no início você soou mais esperta. do tipo que valorizaria quando te entregassem o melhor. reclamava tanto de ter passado a vida inteira recebendo pouco. eu quis ser pra você o que faltava. quem preencheria as lacunas das suas frustrações, rejeições e desilusões. só que pelo que me parece, não é só o mundo aqui fora que muda o tempo inteiro. aí dentro algo quebrou e você perdeu a hora. olhou pro lado no momento exato em que aprendi o significado de reciprocidade e não percebeu o quanto é errado descontar em quem vale a pena todo o descuidado que não tiveram contigo. eu te dei tanto. dei o que gostaria que fizessem por mim. eu te cuidei. mostrei que afeto é mais profundo que apenas abraçar alguém e transar. às vezes, penso no quão lindo seria se eu tivesse chegado antes. se nossos olhos tivessem cruzado dois quarteirões antes de outras pessoas ferrarem com tudo. de ferrarem contigo, com seu coração, com sua ideia do que é se relacionar. você aceita tão pouco. antes eu até entendia, ninguém tinha te dado amor, mas depois de mim, de tudo o que me desdobrei pra te ensinar, te ver continuar insistindo em pessoas que só te agradam até a primeira trepada é cruel. você não percebe que continua caminhando em direção ao abismo? por que você joga fora quem te transborda e cultiva quem te faz mal? se você gostava tanto assim de mim, por que me deixou passar tão fácil? seus olhos ficavam impressionados com as minhas atitudes e coitados, não viram a metade dos meus planos. eu poderia ter te amado. eu queria ter ficado. eu te gostava tanto. até semana passada as portas estavam abertas. havia um retorno a poucos quilômetros. você poderia pegá-lo e me abraçar na primeira esquina. mas é preciso te machucar pra chamar sua atenção e eu não fiz isso. gosto de sair com as mãos limpas e alma tranquila. eu chorei. fiquei mal. me fechei por algum tempo. atualizava suas redes sociais pra matar a saudade e, no fim das contas, só matei pedaços de mim. por sorte ou milagre, eram os pedaços em que você morava. e o por que desse texto? eu escrevi um quanto comecei a gostar de você, lembra? pensei que seria digno escrever outro quando deixasse. tá aqui.
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ontem, às três da tarde, arctic monkeys tocou no modo aleatório e te vi – seu corpo dançava pela minha mente como se conhecesse a planta de dentro de mim. não doía. era gostoso. e essa canção, que salvei sem sequer saber o nome, acabou se transformando em nossa. falaram que estou apaixonada, mas desconfio. a maioria dos meus sentimentos têm sido passageiros. meros encantos com potencial pra virar amor – mas, nunca chegam a ser. de qualquer forma, preciso dizer que sinto sua respiração no vento que atravessa a janela agora. que encaro o céu com brilho nos olhos por saber que o infinito nos conecta. e, às vezes, enquanto fantasio o mundo pela janela do ônibus, te vejo atravessar a rua, adentrá-lo e sentar ao meu lado. suspeito que o universo ainda não sabe o que fazer com a gente e nos coloca nesse espaço existente entre o coleguismo e a amizade, o impossível e o possível, o improvável e o algo mais, mas assumir o que quero implica em traçar caminhos pra te alcançar e talvez doa. é normal não entender o sentir, mas enxergar o querer? é normal se questionar sobre o mesmo assunto várias vezes e nunca chegar a resposta? você muda o ritmo do meu peito como se estivesse aqui, na minha frente, a poucos centímetros e eu já não me assusto porque é frequente. dizem que se apaixonar é ter certeza das coisas, então por que as dúvidas que você põe no meu bolso me fazem tão bem? você me surpreende e me pergunto o motivo de eu ter aceitado tanta gente que não fazia metade. você sempre esteve ao meu lado e me pergunto o motivo de ter perdido tempo com ilusões recentes. hoje, às três e vinte e oito da tarde, arctic monkeys tocou porque achei que era a hora de eu sorrir pra você, mesmo que de longe, mesmo que em segredo, mesmo sem entender. falaram que estou apaixonada, mas desconfio. aceita jantar comigo essa semana pra me ajudar a esclarecer?
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como quando o infinito durou mais ou menos trinta segundos e me vi no ponto em que não é possível recuar. em que desejei com toda a força retornar ao momento em que seu rosto encaixou no meu pescoço e minha boca encontrou o seu também. em que senti seu nariz acariciar minha pele, os beijos distribuídos na parte antes intocada com tanto afeto e as palavras soltas baixinho no meu cangote como se estivesse escrevendo poesias em mim. a eternidade é tão pequena. senti tão rápido. escorreu. meu coração continua transbordando, quebrando torneiras de certezas. eu te amo como quem desacredita ter chance, mas não cogita destino se não ir contigo. me pergunto se aí, de repente, também significa alguma coisa enquanto questiono minha falta de coragem em dizer boca afora o que enraizou dentro. tento enganar o tempo como se pudesse prolongar o contato. parte de mim consegue quando considero que, embora tenhamos nos soltado, ainda te sinto aqui, descansando internamente no meu peito minúsculo. lembrarei de você toda vez que eu fizer qualquer coisa e sentir a dor do aborto de nós, pois os desencontros nos fizeram morrer antes mesmo de nascer. às vezes, viver é brincar de estátua, é fingir que não sente enquanto exala sentir, é enterrar o que seria lindo dançando pelo mundo. nós somos a música que amo, mas para me proteger a pulo na primeira letra. meu infinito dói porque resume o impossível.
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você vai me esquecer e eu serei como tudo o que aconteceu na sua vida antes dos quatro anos de idade - terei existido. ocuparei lugar na sua memória. hibernarei em qualquer canto no interior do seu corpo, mas serei invisível como quando nos contam que ralamos o joelho num parque, confiamos que aquilo aconteceu, mas não lembramos a sensação, não sentimos ter feito parte. você vai me esquecer e junto todo o histórico de besteiras trocadas será apagado. o meu canto. a primeira conversa. minha cantada barata pra pedir seu número e o jeito criativo pra te chamar pra sair. você vai me esquecer e aos poucos as luzes da cidade vão se apagar. você passará em frente aos restaurantes japoneses sem me imaginar atrás do balcão prestes a correr pra sua casa com o sushi nas mãos. você sambará no vidigal com o peito leve de não lembrar minha ausência e caminhará pela lagoa como se ela não representasse parte do que sou. eu vou te lembrar sem achar sua boca suja de vinho a coisa mais linda do mundo. sem querer atravessar a cidade embaixo de chuva pra espantar seu medo de espíritos. sem achar que o mar tem seu nome e a urca o seu gosto. eu vou te lembrar sem saber a profundidade da sua nova alma. e nós vamos seguir, nos deixar pra trás. talvez, até nos reencontremos, mas já não terá brilho. serão só duas pessoas comuns surpresas com o esbarrão após tanto tempo -e depois de querer tanto não faz mais sentido algum - se cumprimentando rapidamente, pois o dia está repleto de responsabilidades. será rápido. toda vez que seu corpo sente minha falta, é apenas seu coração renegando o aviso de que seu cérebro esqueceu mais uma parte minha. é apenas suas células resistindo pra depois entregar os pontos. [em breve o livro novo]
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f, suspeitei que fossemos um milagre quando nos esbarramos e logo na primeira conversa o dia coloriu. a praia. o melhor mergulho de todos. você dizendo que o mar te perdoaria por deixar de dar atenção a ele pra conversar comigo. o que será que ele pensa a respeito do nosso adeus? será que hoje as ondas amanheceram violentas? quando dissemos que o nosso escuro é lindo, eu nem me lembrava daquela noite chuvosa em que toda a energia elétrica que faltou no seu bairro, morou nos nossos corpos – mas, pelo visto, na nossa estrada nada acontece por acaso. a primeira música que cantarolei e você a continuou, por exemplo, falava sobre ir embora apesar de o peito querer ficar. mas nós somos como tiros no espaço – existimos em qualquer lugar, embora nem sempre alcancemos o alvo. se a nossa história não se deu e, ainda assim, me tocou, nós só podemos ser aqueles livros que nos pegam pelo título. a diferença é que tenho mania de observar cada detalhe da capa. foi assim que vi partes suas que os outros não enxergam – e que pena eles não verem. eu me interessei pelo seu invisível e através disso quis agarrar a matéria por saber exatamente o valor do que há dentro. você é mais que um rosto bonito e corpo perfeito. você é o sorriso que gruda no rosto quando o domingo amanhece ensolarado. você é a alegria de entrar na padaria e perceber o cheiro de pão quentinho. a perfeição passa longe de nós, mas é tão lindo encontrar alguém com quem podemos errar por saber que, em vez de recebermos julgamentos, ganharemos o carinho do incentivo a continuar até acertar. é isso o que eu quero pra ti. que você acerte consigo quando o mundo inteiro errar. que você se escolha antes de cogitar permanecer na ilusão de qualquer pessoa. que antes de qualquer terceiro encontro você se pergunte se permaneceriam ao seu lado mesmo que sua aparência fosse diferente. eu vim pra te ensinar a beleza de tocar a pele da alma antes de qualquer outra. você veio pra me lembrar que o coração foi feito pra funcionar inteiro, não metade. de longe, vez ou outra, pensarei nas gororobas que você terá inventado. te lembrarei com as nossas músicas. quando adentrar os banheiros dos bares – há sete semanas combinamos de transar em todos – e não te ver lá. quando olhar para o mar, para o vidigal. quando passar em frente a um restaurante japonês. quando ver seu biscoito favorito. quando ler a palavra “feedback” no cantinho dos e-mails. quando quiser contar algo irrelevante a alguém e guardar porque essa pessoa não é você. você me perguntou se eu te guardaria em algum lugar e sim. te guardo num lugar só seu. te guardo na minha fome – que envolve carinho, conchinha, puxão de cabelo, mordida na coxa, cheirinho no pescoço e todo resto que só a gente sabe. passei muito tempo achando que a minha robin era outra pessoa, mas ela é você. não chegarei com a trompa azul, mas espero cumprir a promessa – disse que nunca quebro as minhas, lembra? te guardo nos meus sonhos, nas minhas orações, na minha saudade. te guardo nesses lugares que você reativou a luz. você disse que não dá pra eu ser o amor da sua vida em todas elas, que talvez seja necessário um intervalo, e pode ser que seja verdade mesmo que arranhe o peito como quando você feriu a perna e gritou daquele jeito que tenho aqui, gravado. o difícil é não saber perder. acho que é pra isso que as promessas servem, né? pra gente fantasiar a perda. pra gente aquecer o fim quando sabemos que só nos cabe assisti-lo morrer de frio.
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não entendo como pra mim é tão fácil enxergar o amor em linha reta enquanto todo mundo parece estar chapado vendo curvas. como, apesar de tudo, ainda o acho simples e não consigo ver o motivo de as pessoas complicarem tanto a vida. na minha cabeça é óbvio que duas pessoas que se amam devem ficar juntas, mas os relacionamentos estão cada vez mais parecidos com roteiros de novelas mexicanas. é tanto choro, mágoa, ausência de esforço – as pessoas crescem e, em vez de evoluírem, ficam babacas, medrosas. a galera tem medo de procurar, conversar, colocar as cartas na mesa, dizer que ainda gosta, que não teve coragem de jogar os planos fora e se privam da verdade por temerem o sofrimento. no fundo, de nada adianta. a tristeza é inadiável e é inocência cogitar que no “mute” ela se fará menor. são tantos filmes e séries com enredos mirabolantes que passamos ter a enrolação como verdade. perdi a conta de quantas vezes ouvi que o outro não sabe o que é amar, pois se soubesse, estariam juntos. de quantas vezes fitei olhares desapontados, pois o outro não veio, mas e você… cê foi? a gente precisa se colocar mais naquele lugar que tanto julga e fazer o que gostaríamos que fizessem caso estivéssemos lá. a gente precisa parar de se declarar para as pessoas em vão e gastar as palavras com quem amamos de verdade. alguns sentimentos são passageiros, doem um tiquinho e logo passam. em contrapartida, outros são gigantescos. fazem a gente bater a cabeça na parede por um tempão e nada de passar. fazem a gente, a todo custo, tentar gostar de fulano para esquecer ciclano, atoa. por que ser tão covarde? não adianta fingir superação enquanto ainda sentimos um monte. acorda, porque você está aí, se achando esperto por se blindar do mundo, mas o veneno está no seu estômago – que ainda solta borboletas quando tem o mínimo sinal de esperança gratuita do outro. acorda, porque você já está grandinho para entender que essa onda de produtos descartáveis não se estende ao amor. acorda, porque você espera demais para buscar o que é seu. acorda, porque você coloca a culpa na conta do destino, mas, no fundo, sabe que ela também é sua.
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a vida prova o quanto é surpreendente quando, no instante em que menos esperamos, quando já nos achamos velhos pra certas coisas, pra certos frios na barriga, nos presenteia com um amor adolescente – por pouco não criança. paixão que nos faz delirar ao som de cazuza – “quando a gente conversa, contando casos, besteiras...” – e nos confunde da cabeça aos pés. nos faz questionar se não é apenas outra confusão causada pelo desespero de querer o tal amor com sabor de fruta mordida.
bate a vontade de ler as entrelinhas dos olhares, das mensagens trocadas, de quando as mãos esbarram e juramos que houve carinho embora sútil – daqueles que arrepiam, que dão pano pra manga, que dão conversas de horas a fim de desvendar os segredos. o coração já não obedece – vê aquele corpo caminhando lá longe e voa de encontro. o sorriso abraça antes da saudação. o fôlego se perde na metade da proximidade. o estômago revira inteiro – o suco gástrico vira oceano com direito a seres vivos rondando cada canto.
e dessa vez é diferente porque reconhecemos o cheiro de quem chega pra ficar, de quem é capaz de parar a corrente dos amores líquidos. a vida prova o quanto é surpreendente quando as borboletas do peito cruzam antes das línguas. quando se imagina o gosto. quando os dias de sol são compartilhados em pedaladas de bicicleta pela cidade, ouvindo a mesma playlist, com a alegria em sintonia. com a vontade esmurrando a porta, mas o tempo prometendo calma. a vida prova o quanto é surpreendente quando ainda não sabemos a palavra certa para definir o que sentimos, mas nos faz bem e os dias trazem a paz no bolso. a paz que fala que não precisamos ter pressa, porque dessa vez é de verdade e o que é sincero não morre tão rápido.
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no início da vida, assim que descobrir que beijo arrepia, que coração acelera ao ver quem se gosta, a paixão pulará de coração em coração todo mês. frequentemente, você chorará. pensará que seu mundo acabou, mas duas semanas depois estará pronta pra outra. os adultos dirão que cê ainda não sabe o que é amor, mas suas mãos baterão no peito ao dizer que sim, sabe, pois da última vez sentiu a respiração doer, chorou, ficou de cama – tudo o que fazem nos filmes. depois virá aquele amor. o gigante. o que você jurará que é pra vida inteira. e aí o conceito de eternidade será vocês dois velhinhos juntos. vocês viverão momentos incríveis, farão planos, terão atitudes que antes eram vistas como bregas. até o dia em que o universo te dará a primeira rasteira pesada. você se perguntará como o amor se foi quando na semana anterior pareciam mais felizes que nunca. buscará respostas em lugares errados e também motivos para permanecer olhando o pó de uma relação que queimou tanto que virou cinzas. você dará razão a todos os adultos que julgaram que o que tu sentia não era amor. agora dói tanto. não é só a respiração, é o corpo inteiro, são as outras pessoas, é a vida. nada faz sentido. você será a nova adulta que olhará para os adolescentes desmerecendo os sentimentos de cada um. “dessa vez não passará”, pensará. é tão difícil parar de stalkear, não pensar, esquecer – as redes sociais dificultaram tudo –, ver outro alguém como primeira opção. talvez, esse processo dure meses ou quem sabe anos. aí num belo dia seu coração ficará em silêncio. você abaixará a cabeça, perceberá que a tristeza se foi e prometerá nunca mais deixar alguém adentrá-lo. seu riso ecoará em todos os bares da cidade. a vida estará no melhor momento. nada te faltará. até o instante em que seus olhos cruzarão com o daquela pessoa que segundos atrás tu nem sabia que existia e será bom. “o que mais será que o amor tem a me oferecer?”, você perguntará. e o universo dirá no primeiro beijo: “tudo!”
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não sei se algum dia conseguirei te perdoar pelo que nos transformou. por ter feito com que eu me visse obrigada a criar essa casca grossa que, ao mesmo tempo que me protege, priva parte da minha luz de brilhar no mundo. não sei se algum dia conseguirei te perdoar por ter me manipulado, feito eu amar menos os outros e principalmente a mim. você dizia que me amava, mas foi embora sem olhar para trás me deixando no buraco. só eu sei o quanto foi doloroso e cansativo escalá-lo. só eu sei a angústia de perder por meses a sensibilidade ao toque. você me deixou num lugar dentro de mim que eu mesma não conhecia. um lugar criado pelo seu modo áspero de me tratar – como se acreditasse que eu perdoaria tudo. sua falta de amor. de cuidado. pode ser que anos passem e eu ainda não consiga olhar no fundo dos seus olhos e te libertar do que fez a mim, mesmo que já não me doa. pode ser que eu te veja numa tarde qualquer bebendo sua cerveja favorita naquele bar de esquina em copacabana e acene como se tudo o que ficou pra trás já não pesasse. não sei do futuro. não sei se teremos gosto amargo ou doce. mas, de todo o coração, a única coisa que sei, a única coisa que ninguém conseguiu destruir até hoje, é a incontestável certeza de que não me engrandece aprisionar alguém. a tortura não me preenche. a vingança não me transborda. então, mesmo que a cidade permaneça cinza, mesmo que você ainda seja a tatuagem que mais me dói, acredite, estarei tentando.
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caro futuro amor, eu não te espero, mas saiba que quando chegar meus braços estarão abertos para lhe envolver num abraço demorado – daqueles de deixar o cheiro, de trocar silêncio, de sentir a barriga colar. vou te poetizar e, provavelmente, escreverei livros sobre você. te darei café da manhã na cama, criarei uma sobremesa com o seu nome – e, se tudo der certo, ela te trará gosto de infância, de carinho de vó, de adrenalina. em alguns dos seus dias tristes, me desdobrarei para te animar – seja com cosquinha, presentes ou cartas. em outros, apenas deitarei ao seu lado e jogarei minhas pernas em cima de ti enquanto lhe faço cafuné para que não sinta-se só. caro futuro amor, tenho me permitido viver inúmeras experiências para que a vida me transborde e nas noites de segunda tenhamos risadas dignas de stand-up e aprendizados relevantes. por favor, faça o mesmo. eu vou te cuidar, perguntar se você bebeu dois litros d’água, se almoçou e te incentivarei a correr atrás dos seus sonhos diariamente. invadirei seu banho quando seu corpo precisar relaxar, te farei massagem antes de dormir e, vez ou outra, te acordarei em plena madrugada para que façamos amor. em outras, te provocarei em lugares públicos até corrermos para casa e começarmos a nos despir ali mesmo no corredor. eu te ensinarei a dançar na chuva, a respeitar o mar, a sentir a energia do sol, a enxergar beleza na rotina e prestarei atenção em tudo o que você quiser me doar. transbordaremos companheirismo, confiança, paixão e cuidado. nós teremos músicas, piadas internas e outras coisas que ninguém mais entenderá. lhe darei o meu inédito e receberei o seu também. caro futuro amor, venha sem medo, sem o peso de ter que ser o último da minha vida. seja apenas o próximo. não precisamos ser o maior, sejamos apenas grandes pelo tempo que duremos – é suficiente. porque a eternidade mora no segundo anterior ao presente, o presente não tem hora e o futuro é só a ideia de que o ser humano pode consertar o impossível. não precisamos tentar controlar nada disso.
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está na hora de você se libertar dessa pessoa na qual se agarrou e que te faz chutar para longe suas novas versões, seus novos amores, suas novas felicidades, porque embora seu sorriso seja lindo, ainda há nele o amarelo do passado – como se, bem lá no fundo, ele ainda fosse o grande motivo. amor, não há como reviver o passado. no máximo, a gente lembra, tem sensações próximas àquilo que foi vivido, mas é só isso e nada mais. você dobra esquinas procurando a sombra dele, deixa de mergulhar em novos amores porque ainda o espera e ainda alimenta esse sentimento que só te traz angústia, insegurança e comodismo. você estacionou na dor e dormiu. tá na hora de acordar, de olhar para o céu e ver o quanto o azul é intenso mesmo quando o coração tá vazio, de olhar para quem te olha e quem sabe dar uma nova chance a si – pois eu sei que existe quem te olha e você não está vendo porque segue cega por alguém que já passou. deixa ir, sabe? a vida tá aí. o mundo tá aí com mais de sete bilhões de pessoas, milhares de lugares incríveis, de histórias a serem vividas. você realmente acha que vale a pena estacionar? eu sei que, às vezes, você pede a deus pra que ele te ajude a esquecer, a superar, a ressignificar. eu sei que você pede por novas paixões, por alguém que te devolva o frio na barriga. mas e quando ele te manda, quando ele atende o seu pedido, por que você não olha? por que você não acredita no novo que te traz um milhão de chances de dar certo e finca os pés no passado que só te dá a metade de uma? não precisa doer pra sempre. não foi o amor que deixou de sorrir pra ti, foi ele. só ele – essa pessoa que te trouxe até aqui para que você segure a mão de outra. coragem, estende! não é que não há ninguém que te faça sentir, é você que não tem se dado a oportunidade.
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eu poderia te amar sem ressalvas. abrir as portas do meu peito e deixar que você me habite
mas aquele outro cara me destroçou e agora eu duvido do carinho que você me faz enquanto sussurra que me ama
eu poderia encaixar minha mão na sua e fazer piada de quem não tem medo de amar
mas imagino todas as rotas que você pode tomar para que meu coração saia dessa história destroçado
e meu coração se pergunta
quando
onde
você vai decidir
me mostrar
que quando a gente ri das mesmas coisas
se segura forte quando desperta
torce pro celular não apitar tão rápido
é muito mais do que momentos passageiros.
eu poderia te contar todas as vezes em que partiram o meu coração o suficiente para que eu deixasse de acreditar nas suas verdades completas e enxerga-las como metades
poderia desenhar
inventar uma música engraçada
pra você decorar
e aprender
que meu coração é terreno explorado e campo minado
cercado de medo
e te mostrar também
que sigo te deixando entrar
com o restinho de esperança que eu tenho num sentimento que me faz suspirar.
não me apoio totalmente aos sentimentos que carrego por você porque existiu uma vida antes de me enlaçar a ti e, se necessário for, existirá uma após assistir a sua partida, mas é que seu sorriso me desperta uma sensação agonizante de desejo pela sua permanência.
os corações partidos ao meu redor sempre ouviram o mesmo conselho saindo da minha boca:
o amor sempre encontrará o caminho de volta para você.
agora que o amor me reencontrou, minhas pernas tremem e eu finjo total plenitude enquanto meu peito explode.
o que resta para aqueles que escolhem acreditar no amor
é torcer
rezar
espernear
gritar com a vida
pra ver se, dessa vez, ele fica.
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Não é lindo n, é MARAVILHSO! um dia quero ter tempo pra ler tudo desde o início
Só vem!!!
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abraçar você é o melhor lembrete de como é bom estar em casa.
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porque a vida é feita de meios
e as decepções são apenas uma parte do todo.
não se permita viver pela metade.
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não há esforço maior
do que o de carregar
o peso das coisas não ditas.
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