MASTERLIST • FANFICS
Don't wanna be here? Send us removal request.
harrrystyles-writing · 1 hour ago
Note
Tumblr media
oie!! vc não vai fazer esse? 😭
Vou! Inclusive terminei de escrever ele, então logo ele tá por aqui ( só falta editar)
4 notes · View notes
harrrystyles-writing · 1 hour ago
Note
sim, amiga! sua fanfic yes, sir! kkkk
o filme é um romance entra aula e professor 🫦
Hmmm já quero ver 🥵🥵
Vou colocar na lista
0 notes
harrrystyles-writing · 17 days ago
Text
Sugar Weekend
Sinopse: Um final de semana! Uma ilha isolada, meu sugar daddy preferido.
NotaAutora: Este será uma Short Fic dedicado a Sugar Daddy Styles. +18, incluindo cenas explícitas de sexo em todos os capítulos, álcool e drogas ilícitas, os Hots dessa história estão bem detalhados(muito mesmo) então se esse tipo de conteúdo não for do seu agrado, recomendo que não leia.
Tumblr media
Capítulo 2
Passei a semana correndo entre provas e encontros que só serviram para me lembrar quem realmente me fazia gozar.
Na manhã de sexta-feira, quando abri a porta do meu apartamento, havia um buquê de rosas vermelhas esperando por mim, envoltas em papel preto fosco, amarradas com fita de cetim e um bilhete preso com um alfinete dourado.
“Hoje, 17h. Escritório. Vista algo que eu goste.”
— H.
Me troquei como se fosse um encontro, vestido justo vermelho sem nada por baixo, batom vermelho e com o último par de saltos que ele comprou para mim.
Às 16h59 eu já estava no elevador espelhado, o coração batendo rápido, ansiosa pelo que vinha.
A porta do escritório estava entreaberta, empurrei e entrei sem bater, Harry estava ao telefone, sentado na cadeira de couro, uma perna cruzada, camisa branca, mangas dobradas, seu paletó pendurado.
Bonito pra caralho.
Ele levantou os olhos devagar, me olhou dos pés à cabeça e sorriu, mas continuou falando no telefone, como se eu não estivesse ali. Fechei a porta, tranquei antes de andar até ele e sentar em seu colo. Ele continuava no telefone, mas a mão dele foi direto pra minha cintura, apertei o nó da gravata com os dedos e fui puxando até ele olhar de novo pra mim, beijei o canto da boca dele, depois o queixo, desci para o pescoço.
Ele murmurou algo no telefone, depois finalizou a ligação com um "ligo depois".
— Sentiu minha falta? — Sussurrei, roçando os quadris contra ele.
— Sim, você sumiu.
— Estava ocupada. — Mordisquei a orelha dele.
Ele riu, baixo e rouco, enquanto seus dedos se enroscavam nos meus cabelos, puxando até nossas bocas se chocarem em um beijo que começou lento, quase doce, até a língua dele deslizar entre meus lábios, exigindo mais. Meus quadris arquearam sutilmente, pressionando contra o corpo dele, senti o calor e a rigidez crescente através do tecido.
— Oh... Você está duro só com isso? — Disse, rindo.
— Você fica fora por uma semana e ainda pergunta?
— Ah, então você contou os dias? Que fofo... — Sorri antes de morder o lábio dele.
— Fofo nada.
Sua mão subiu pelas minhas costas, os dedos encontraram o zíper do vestido, senti o fecho cedendo até as alcinhas escorregarem dos meus ombros. O tecido vermelho desabou na minha cintura enquanto sua boca cobria meu seio exposto só pra ele. Seus dentes roçaram meu mamilo enquanto a outra mão me mantinha no lugar pela nuca, firme.
— Daddy... — Choraminguei.
— Já tenho o que você quer, princesa. — Os lábios dele se afastaram do meu peito com um estalo úmido.
— O quê? — Puxei o ar, tentando me concentrar.
— Aquilo que você pediu, naquele dia.
— Você tá falando sério? O que é?
— É uma surpresa. — Ele sorriu, o tipo de sorriso que fazia meu estômago embrulhar.
— Fala logo, Daddy...
— Você sabe o preço.
Eu sabia.
Desci lentamente, me ajoelhando entre suas pernas, meus joelhos encontraram o carpete enquanto minhas mãos subiam por suas coxas duras. Sorri, sentindo o volume na calça dele contra meu queixo.
Minhas mãos subiram pelas coxas dele até encontrar o cinto, meus dedos trabalharam na fivela soltando-a, puxei zíper para baixo, Harry soltou um suspiro rouco quando minha respiração quente atingiu o tecido fino da cueca, deixei uns beijos molhados pelo tecido antes de libertar deu pênis. Ele estava duro, quente, pulsando contra meus olhos.
Porra que visão maravilhosa.
Enrolei a língua na ponta, saboreando lentamente o gosto dele, senti seus dedos se apertarem no meu cabelo.
— Devagar— Ordenou, sua voz já estava mais rouca.
Deixei a boca escorregar por ele, molhada, sugando com a pressão perfeita enquanto minhas mãos subiam pelo torso dele, arranhando levemente por baixo da camisa. Ele gemia baixo, eu sabia que Harry estava lutando para manter o controle.
— Porra… — Ele rosnou quando parei de repente, deixando-o escorregar para fora dos meus lábios.
— O que foi, Daddy? Tá gostando?
Ele puxou meu cabelo com mais força, forçando meu rosto para perto dele.
— Você sabe muito bem que sim, agora engole.
Sorri e abri a boca devagar, deixando ele me ver cuspir na palma da mão antes de envolver seu pau e voltar a chupar mais fundo, mais rápido. A cabeça dele bateu no encosto da cadeira, os dedos se perdendo no meu cabelo enquanto eu afundava, engolindo ele até a garganta.
— Caralho… assim… — Gemeu, os quadris se levantando levemente, procurando mais.
Senti seus dedos se apertarem no meu cabelo, puxando meu rosto para longe dele.
— O que foi?
— Calada. — Harry envolveu o próprio pau com a mão, começou a se masturbar com movimentos rápidos bem na minha frente. — Abre.
Obedeci, estendendo a língua, o primeiro jato acertou minha língua, o gosto explodindo na minha boca, depois atingiu minha bochecha, quente e grosso, o último escorreu pelo meu queixo enquanto eu mantinha os olhos fixos nele.
Fiquei ali, melada, ofegante, olhando para cima com um sorriso.
— Boa garota…
Depois que ele me limpou, minha cabeça ainda repousava no colo dele, os lábios inchados, a respiração instável.
— Arrume as malas, amanhã à noite a gente viaja.
— Viajar? — Levantei o rosto, ainda sem entender. — Tipo… uma viagem? Com você?
—Um final de semana só nosso.
— Você está brincando?
— Não. — Levantei num pulo, eufórica, sentei de novo no colo dele. — Gostou?
— Sim. — Ri, ainda ofegante, passando a língua pela minha boca inchada. — Mas... Eu não vou poder ir, tenho alguns encontros marcados.
Ele segurou meu queixo, me forçando a olhar direto para ele.
— Cancele, eu cubro todos e compro tudo o que você quiser levar. — Ele beijou meu ombro, depois roçou a boca no meu ouvido. — Mas, sinceramente?
Prefiro que você não use nada.
Uma viagem com ele era tudo o que eu queria.
29 notes · View notes
harrrystyles-writing · 19 days ago
Text
Sugar Weekend
Sinopse: Um final de semana! Uma ilha isolada, meu sugar daddy preferido.
NotaAutora: Este será uma Short Fic dedicado a Sugar Daddy Styles. +18, incluindo cenas explícitas de sexo em todos os capítulos, álcool e drogas ilícitas, os Hots dessa história estão bem detalhados(muito mesmo) então se esse tipo de conteúdo não for do seu agrado, recomendo que não leia.
Tumblr media
Capítulo 2
Passei a semana correndo entre provas e encontros que só serviram para me lembrar quem realmente me fazia gozar.
Na manhã de sexta-feira, quando abri a porta do meu apartamento, havia um buquê de rosas vermelhas esperando por mim, envoltas em papel preto fosco, amarradas com fita de cetim e um bilhete preso com um alfinete dourado.
“Hoje, 17h. Escritório. Vista algo que eu goste.”
— H.
Me troquei como se fosse um encontro, vestido justo vermelho sem nada por baixo, batom vermelho e com o último par de saltos que ele comprou para mim.
Às 16h59 eu já estava no elevador espelhado, o coração batendo rápido, ansiosa pelo que vinha.
A porta do escritório estava entreaberta, empurrei e entrei sem bater, Harry estava ao telefone, sentado na cadeira de couro, uma perna cruzada, camisa branca, mangas dobradas, seu paletó pendurado.
Bonito pra caralho.
Ele levantou os olhos devagar, me olhou dos pés à cabeça e sorriu, mas continuou falando no telefone, como se eu não estivesse ali. Fechei a porta, tranquei antes de andar até ele e sentar em seu colo. Ele continuava no telefone, mas a mão dele foi direto pra minha cintura, apertei o nó da gravata com os dedos e fui puxando até ele olhar de novo pra mim, beijei o canto da boca dele, depois o queixo, desci para o pescoço.
Ele murmurou algo no telefone, depois finalizou a ligação com um "ligo depois".
— Sentiu minha falta? — Sussurrei, roçando os quadris contra ele.
— Sim, você sumiu.
— Estava ocupada. — Mordisquei a orelha dele.
Ele riu, baixo e rouco, enquanto seus dedos se enroscavam nos meus cabelos, puxando até nossas bocas se chocarem em um beijo que começou lento, quase doce, até a língua dele deslizar entre meus lábios, exigindo mais. Meus quadris arquearam sutilmente, pressionando contra o corpo dele, senti o calor e a rigidez crescente através do tecido.
— Oh... Você está duro só com isso? — Disse, rindo.
— Você fica fora por uma semana e ainda pergunta?
— Ah, então você contou os dias? Que fofo... — Sorri antes de morder o lábio dele.
— Fofo nada.
Sua mão subiu pelas minhas costas, os dedos encontraram o zíper do vestido, senti o fecho cedendo até as alcinhas escorregarem dos meus ombros. O tecido vermelho desabou na minha cintura enquanto sua boca cobria meu seio exposto só pra ele. Seus dentes roçaram meu mamilo enquanto a outra mão me mantinha no lugar pela nuca, firme.
— Daddy... — Choraminguei.
— Já tenho o que você quer, princesa. — Os lábios dele se afastaram do meu peito com um estalo úmido.
— O quê? — Puxei o ar, tentando me concentrar.
— Aquilo que você pediu, naquele dia.
— Você tá falando sério? O que é?
— É uma surpresa. — Ele sorriu, o tipo de sorriso que fazia meu estômago embrulhar.
— Fala logo, Daddy...
— Você sabe o preço.
Eu sabia.
Desci lentamente, me ajoelhando entre suas pernas, meus joelhos encontraram o carpete enquanto minhas mãos subiam por suas coxas duras. Sorri, sentindo o volume na calça dele contra meu queixo.
Minhas mãos subiram pelas coxas dele até encontrar o cinto, meus dedos trabalharam na fivela soltando-a, puxei zíper para baixo, Harry soltou um suspiro rouco quando minha respiração quente atingiu o tecido fino da cueca, deixei uns beijos molhados pelo tecido antes de libertar deu pênis. Ele estava duro, quente, pulsando contra meus olhos.
Porra que visão maravilhosa.
Enrolei a língua na ponta, saboreando lentamente o gosto dele, senti seus dedos se apertarem no meu cabelo.
— Devagar— Ordenou, sua voz já estava mais rouca.
Deixei a boca escorregar por ele, molhada, sugando com a pressão perfeita enquanto minhas mãos subiam pelo torso dele, arranhando levemente por baixo da camisa. Ele gemia baixo, eu sabia que Harry estava lutando para manter o controle.
— Porra… — Ele rosnou quando parei de repente, deixando-o escorregar para fora dos meus lábios.
— O que foi, Daddy? Tá gostando?
Ele puxou meu cabelo com mais força, forçando meu rosto para perto dele.
— Você sabe muito bem que sim, agora engole.
Sorri e abri a boca devagar, deixando ele me ver cuspir na palma da mão antes de envolver seu pau e voltar a chupar mais fundo, mais rápido. A cabeça dele bateu no encosto da cadeira, os dedos se perdendo no meu cabelo enquanto eu afundava, engolindo ele até a garganta.
— Caralho… assim… — Gemeu, os quadris se levantando levemente, procurando mais.
Senti seus dedos se apertarem no meu cabelo, puxando meu rosto para longe dele.
— O que foi?
— Calada. — Harry envolveu o próprio pau com a mão, começou a se masturbar com movimentos rápidos bem na minha frente. — Abre.
Obedeci, estendendo a língua, o primeiro jato acertou minha língua, o gosto explodindo na minha boca, depois atingiu minha bochecha, quente e grosso, o último escorreu pelo meu queixo enquanto eu mantinha os olhos fixos nele.
Fiquei ali, melada, ofegante, olhando para cima com um sorriso.
— Boa garota…
Depois que ele me limpou, minha cabeça ainda repousava no colo dele, os lábios inchados, a respiração instável.
— Arrume as malas, amanhã à noite a gente viaja.
— Viajar? — Levantei o rosto, ainda sem entender. — Tipo… uma viagem? Com você?
—Um final de semana só nosso.
— Você está brincando?
— Não. — Levantei num pulo, eufórica, sentei de novo no colo dele. — Gostou?
— Sim. — Ri, ainda ofegante, passando a língua pela minha boca inchada. — Mas... Eu não vou poder ir, tenho alguns encontros marcados.
Ele segurou meu queixo, me forçando a olhar direto para ele.
— Cancele, eu cubro todos e compro tudo o que você quiser levar. — Ele beijou meu ombro, depois roçou a boca no meu ouvido. — Mas, sinceramente?
Prefiro que você não use nada.
Uma viagem com ele era tudo o que eu queria.
29 notes · View notes
harrrystyles-writing · 23 days ago
Text
Sugar Weekend
Sinopse: Um final de semana! Uma ilha isolada, meu sugar daddy preferido.
NotaAutora: Este será uma Short Fic dedicado a Sugar Daddy Styles. +18, incluindo cenas explícitas de sexo em todos os capítulos, álcool e drogas ilícitas, os Hots dessa história estão bem detalhados(muito mesmo) então se esse tipo de conteúdo não for do seu agrado, recomendo que não leia.
Tumblr media
Capítulo 1
Tudo começou porque eu era uma estudante universitária falida, 23 anos e três empregos de meio período, um curso de Relações Internacionais que eu nem sabia mais se queria e uma pilha de boletos que não parava de crescer.
Foi a Rachel, minha melhor amiga e péssima influência, quem me mostrou o site dos sonhos.
Sugar Darlings.
Um clique e eu já estava navegando entre CEOs entediados, milionários divorciados e homens que pareciam saídos direto de um catálogo de luxo. Entrei só por curiosidade, mas acabei ficando e no fim se tornou meu emprego em tempo integral.
No começo foi estranho, alguns encontros foram piores que entrevistas de emprego, outros pareciam mais testes de elenco pornô, mas eu aprendi e aprendi rápido, aprendi a escolher, a cobrar, a observar, assim consegui resolver minha vida financeira em pouco tempo.
Até que ele apareceu.
Harry Styles, um CEO milionário de 40 anos, alto, corpo definido sob um terno perfeitamente ajustado, braços fortes demais para serem ignorados, mãos grandes demais para não imaginar o que poderiam fazer, cabelos escuros levemente bagunçados e um olhar.
Aquele olhar...
Eu o vi pela primeira vez num evento beneficente, eu estava lá como acompanhante de um executivo velho, chato e nojento, que queria que eu risse das piadas dele, como se fosse genial.
Encostado no balcão do bar, de paletó aberto, copo na mão, Harry me encarou desde que entrei, ele somente me olhava e eu retribuía até que não aguentei mais, indo até ele.
Conversamos por alguns minutos, o suficiente para eu esquecer onde estava.
Ele foi engraçado, sarcástico e diferente dos outros ele não me olhou como se eu fosse um prêmio.
Foi uma conversa agradável, mas não dei meu número, também não contei nada que revelasse minha identidade, mesmo assim dois dias depois ele encontrou. Sabia meu nome, meu horário, meu histórico.
Ele veio atrás de mim.
E a partir dali nada mais foi igual.
Na semana seguinte, Harry Styles era meu sugar daddy oficial, não um qualquer, um dos meus Sugar VIP, por mais que eu odiasse admitir, muitas vezes estar com ele não era sobre o dinheiro.
Ele não me tratava como um enfeite, sabia olhar nos meus olhos e me fazer sentir importante. Harry se cuidava, malhava, era bonito e tinha pegada, na cama sabia exatamente o que fazer e quando ele me puxava para baixo dele eu sempre saia com as pernas moles e sem fôlego. Nunca me obrigou a nada e talvez fosse justamente por isso que eu sempre quis tudo com ele, mas também com um homem assim, rico, gostoso e inteiro para mim, eu não precisava pensar duas vezes, seria um desperdício não aproveitar cada momento.
Harry me trouxe em outro evento luxuoso, chique e cheio de gente que fingia humanidade atrás de taças de champanhe.
Eu estava com um vestido preto que ele escolheu, justo, decotado, com uma fenda que gritava me coma e ele estava como sempre impecável, terno azul-escuro, cabelo arrumado do jeito bagunçado que só ele fazia parecer intencionalmente atraente e aquele maldito perfume amadeirado que me dava vontade de lamber o pescoço dele em público.
— Fica perto de mim e não se esqueça de sorrir. — Sussurrou após se inclinar.
Aquela voz fazia meu clitóris pulsar, mesmo quando ele só falava ordens simples.
— Sim... Senhor.
Ele caminhava ao meu lado com uma mão pousada nas minhas costas nuas, sorrindo para todos até pararmos em um grupo de investidores. Odiava quando ele entrava no modo CEO, odiava ainda mais quanto isso me deixava carente.
Apoiei uma mão no seu peito enquanto ele contava sobre uma de suas viagens, meus dedos deslizaram devagar pela gravata, ajustando sem necessidade, mas ele nem olhou para mim, continuando a falar.
Ah, era assim?
Esperei até nós sentarmos na enorme mesa para deslizar meu pé até a perna dele, meu salto tocando sua canela, subindo pela calça social, testando meus limites, mas ele continuou a conversa normalmente, me ignorando, o que me deixou completamente fora de mim.
Eu odiava ser ignorada.
Inclinei o corpo, minhas mãos subindo minha mão direita por sua coxa, assim que cheguei à virilha senti sua mão segurar meu pulso.
— Se comporta, cadelinha. — Rosnou em meu ouvido.— Só mais um pouco, depois subimos. — Ele sorriu de lado, o sorrisinho maldito que dizia que estava se divertindo com a minha frustração.
— Tá. — Tirei minha mão esperando minha recompensa.
Quarenta minutos depois, eu já estava entediada, ele havia prometido que seria só mais um pouco e isso não aconteceu. Eu não ia esperar mais, levantei com calma pegando minha bolsa como se fosse só ir ao banheiro, toquei levemente o ombro dele e me inclinei para sussurrar.
— Me avisa quando o show terminar, vou estar no quarto.
— Não ouse subir sozinha. — Seu olhar rígido me deixou com um pouco de medo.
Mas eu gostei, ignorei saindo de lá com meus saltos ecoando pelo salão.
...
A cobertura luxuosa era a que sempre usávamos quando estávamos em New York, abri a porta e entrei, joguei a bolsa sobre a poltrona, tirei os brincos, deixei o vestido cair do meu corpo com um único movimento.
Eu queria que ele subisse, só para me punir por desobedecer, mas isso não aconteceu. Sentada à beirada da cama, esperei por mais de vinte minutos.
Eu me deitei de costas, pernas abertas, dedos traçando círculos lentos nos próprios seios, só o suficiente para deixar os mamilos durinhos e doloridos. Eu precisava de um banho para me acalmar, mas o banho só piorou, a água escorria entre meus seios, escorria pelas minhas coxas, me deixando cada vez mais quente.
Saí do banho com a pele corada, cada centímetro latejando de necessidade, me joguei na cama decepcionada, sabendo que ele ainda estava lá embaixo, cercado de gente, enquanto eu não iria conseguir aguentar e ia me masturbar feito uma putinha carente.
Deitada de costas, abri as pernas lentamente como ele fazia comigo quando queria me humilhar. Um dedo deslizou devagar, só para sentir o quanto estava molhada, já estava tão excitada que meus dedos escorregavam. Um dedo foi para clitóris, circulando devagar, igual ele fazia, pequenos gemidos já escapavam de meus lábios, a mão livre apertando um seio com força, os dedos brincando com o mamilo.
— Ah, caralho...
Meus quadris levantaram-se do colchão sozinhos, foi quando tive a ideia.
Eu queria ele vendo.
Queria ele sofrendo.
O celular.
Apoiei-o na cabeceira, liguei a câmera, comecei a gravar meu rosto de safada, a boca aberta em gemidos roucos, meus seios pulando a cada movimento da mão, meus dedos afundando na minha boceta, saindo melados, voltando de novo.
Enviei.
Não levou 10 minutos para a porta do quarto se abrir, Harry entrou, com a respiração levemente acelerada, o celular na mão e meu vídeo ainda em pausa na tela.
— O que minha cadelinha andou aprontando...
— Só estava aliviando o tédio, você estava ocupado demais para cuidar de mim. — Eu sorri, ainda com os
dedos mergulhados em mim.
— Tadinha. — Ele veio em minha direção tirando o paletó. — Tão carente que teve que se gravar? Que teve que se tocar no meu quarto, na minha cama, fingindo que eram os meus dedos?
— Pode me punir depois... — Inspirei profundamente, com as pernas bambas. — Mas deixa eu gozar assim primeiro.
— Não. — Ele segurou o meu pulso, apertando até eu conseguir soltar as minhas mãos. — Nós nos divertimos. — Os dedos dele roçaram em meu clitóris. — Mas diversão tem regras e você quebrou todas hoje.
— Daddy, por favor... — Abaixei o olhar para o volume óbvio pressionando em sua calça. — Não aja assim, eu sei que você gostou do que fiz.
— Não... Eu só gosto de punir.
Ele parou, seus dedos agarrando tornozelos e puxou arrastando-me para fora da cama, depois passou por mim, sentando-se, pegando o controle e ligando a TV.
— Você não vai? — Ele ajustou o volume, ignorando minha pergunta. — Daddy?
Ele continuou a olhar para televisão enquanto o noticiário de economia enchia o quarto de ruído inútil. Me joguei em cima dele antes que meu orgulho me impedisse, minha pele nua contra o terno impecável, minhas coxas apertando seu quadril, comecei a me esfregar no volume duro sob o zíper dele.
— Daddy... — Choramingando, me movi num ritmo torturante.
Ele prendeu um suspiro, mas as mãos ficaram imóveis como se eu não valesse o seu toque.
— Ah, é? Quer atenção? — Seus olhos finalmente encontraram os meus.
— Sim... Me sinto tão sozinha... — Eu me contorci, esfregando o clitóris no tecido áspero da calça dele, gemendo baixo. — Você só me traz para esses eventos chatos, mas não brinca comigo.
Meus quadris aceleraram, a umidade manchando o tecido caro, eu via as veias do pescoço dele saltarem, mas ele não se mexia.
— Eu brinco, mas você é muito impaciente.
— Daddy, só queria você para mim, nem que fosse uma noite. — Lágrimas de frustração misturaram-se ao meu rímel. — Sem esses eventos e coisas de CEO.
— Oh! Minha cadelinha. —
Suas mãos agarraram meu quadril, parando meus movimentos. — Implora, então, quero ouvir você implorar no meu ouvido.
Ele estava adorando.
E eu implorei, com palavras sujas, com lágrimas nos olhos, com os quadris levantando procurando o toque que ele negava, os lábios tremendo, os seios roçando em seu peito e minha boca colada em seu ouvido.
— Goza. — Ordenou sorrindo, movimentos. — Goza olhando pra mim.
Eu obedeci, gemendo seu nome, meu corpo todo tremendo, os músculos se contraindo em torno de nada, enquanto encarava cada expressão dele.
— Ok. — Murmurou contra meus lábios. — Eu vou te dar.
— O quê?
— Vou te dar o que você quiser.
— Sério? — Meu coração disparou.
— Sim. — Então me jogou na cama, abrindo finalmente o zíper. — Mas agora quero minha recompensa.
✨ Gostou do capítulo? Deixe seu comentário e um like!
E você… está ansioso(a) para o próximo? 👀🔥
37 notes · View notes
harrrystyles-writing · 23 days ago
Text
Yes Sir! Capítulo 50
Tumblr media
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá o ponto de vista de Aurora e Harry.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Tumblr media
Aurora.
A bota caiu da minha mão pela terceira vez, eu estava sentada na beira da cama, tentando há quase vinte minutos vestir meus sapatos, o zíper da bota estava longe demais, inclinei o corpo respirando fundo tentando de novo, mas meus dedos escorregaram e a bota tombou de lado.
Será que alguém ia ligar se eu fosse de pantufas?
Fiquei olhando para ela no chão, era só uma bota, uma maldita bota, mas fez meus olhos se encherem d’água de um jeito idiota e inevitável, uma lágrima desceu, depois outra, até perceber que não era só pela bota que eu estava chorando.
— Aurora? — Harry apareceu na porta.— Tá tudo bem?
— Não. — Admiti sem nem pensar.
Me joguei para trás, afundando na cama, ele fechou a porta com cuidado, vindo até mim.
— O que aconteceu?
— Eu não consigo nem vestir uma maldita bota, isso que aconteceu.
— Vem cá.
Vi de relance quando ele se ajoelhou ao lado da cama, pegando a bota caída. As mãos dele seguraram meu tornozelo com cuidado, calçou a bota com delicadeza, subiu o zíper devagar, os dedos encostando levemente na minha pele, que me fizeram prender o ar.
— Pronto — Mencionou, soltando meu pé. — Melhor?
— Não. — Fiz um esforço enorme até conseguir me sentar.
— O que foi?
— Tudo isso.
— Eu sei, mas vai ficar tudo bem, são só algumas horas e logo você estará livre. — Ele se inclinou devagar e beijou minha testa. Meus olhos se fecharam, no mesmo instante um arrepio atravessou minha nuca.— Você está linda. — Nossos rostos estavam perto demais. — Mesmo que não vá acreditar se eu disser.
— Obrigado.
— Ei. — Ergueu meu queixo com o indicador. — Se ainda quiser fugir, meu carro está lá fora.— Soltou um riso de leve.
Eu sabia que era brincadeira, mas eu precisava.
Precisava dar um tempo.
— Eu quero.— A frase escapou antes que eu pudesse impedir.
— Você... Você está falando sério?
— Por favor, H. — Antes que o medo me fizesse recuar, deixei escapar aquele apelido idiota.
Harry piscou devagar, me encarou por alguns segundos antes de estender a mão, meus olhos desceram para a palma aberta, os dedos dele se entrelaçaram sobre os meus, quentes, algo apertou meu estômago, eu não pensei que ele aceitaria.
                             ...
Logo que o carro parou desci em silêncio, sentindo a grama molhada fundar sob minhas botas, estávamos em um parque perto da casa dos meus pais. Harry contornou o veículo, antes que eu dissesse qualquer coisa, já estava tirando o casaco e envolvendo em meus ombros.
— Aqui. — Sorriu, ficando ao meu lado. — Está frio.
Não sabia se agradecia, se devolvia, se fingia que não aconteceu, o cheiro dele me envolveu, não era justo ele ainda cheirar tão bem.
— Quer conversar? — Questionou, mas já sabia a resposta.
— Eu não sei o que estou fazendo, Harry. — Senti minha garganta fechar. — Não sei se consigo olhar para aquelas pessoas e fingir que está tudo bem. — Por que eu estava dizendo essas coisas a ele? — Não sei se vou conseguir doar esse bebê, mas também não sei se conseguiria ficar com ele, eu não vou ser uma boa mãe, tenho certeza disso.
— Eu sei que você está com medo. — Ele se aproximou um pouco mais.— Medo de ser mãe, de amar esse bebê, de não dar conta de tudo o que está acontecendo e tudo bem, você não precisa esconder nada de mim, eu estou aqui de verdade, Aurora, com você.
Queria dizer que “estar aqui” não mudava nada, mas minha voz não saía.
Queria poder odiar ele com mais força, mas deixei Harry me puxar, me envolver com seus braços, minha cabeça encostou sob o queixo dele, meus braços ficaram ao lado do meu corpo, mas o calor do peito dele incendiou meu rosto, a batida do coração dele se misturou com a minha, fechei os olhos permanecendo imóvel.
— Harry... Me solta... — Supliquei, mas ele não estava disposto a parar.
— Talvez o que você mais precise agora seja alguém para te abraçar, para te ouvir, para estar do seu lado sem te julgar, eu quero ser essa pessoa, eu quero ser esse alguém para você, me deixa ser esse alguém.
Gabriel...
Gabriel já era essa pessoa para mim, eu não precisava de Harry… 
— Eu... — Não conseguia dizer a ele, eu não conseguia dizer nada.
Que merda estava acontecendo comigo?
— Me deixa eu te dizer uma coisa, olhando bem nos seus olhos. — Ele se afastou só o suficiente para segurar meu rosto entre suas mãos.— Você vai ser uma mãe incrível, eu sei disso, eu vejo em você, mesmo que você duvide agora.
Não, eu não vou.
— Por favor, Harry, para de dizer essas coisas.
— Eu não posso, porque agora talvez você ache que não tem espaço dentro de você para ser mãe, mas eu tô aqui e se você quiser nós conseguimos, juntos, eu quero ficar com o nosso bebê, quero viver isso com você, mas mesmo que você decida dar ele, mesmo se achar que esse é o melhor caminho, eu ainda vou estar ao seu lado, mesmo que doa, eu vou continuar aqui.
Olhar para ele e ver esperança nos olhos dele estava me matando, era mais fácil quando ele era o mesmo de antes.
Se ele mudou mesmo...
O que eu faço com tudo o que ficou em mim?
— Mas como eu posso confiar em você, Harry? — Minha testa encostou em seu peito, fechei os olhos por um segundo, tentando lembrar por que eu ainda estava resistindo. — Eu não consigo fazer isso.
— Eu… — A voz dele falhou por um segundo. — Eu queria te dar uma resposta que te fizesse acreditar em mim de novo, mas a verdade é que eu não tenho todas as respostas, eu só tenho certeza de que me importo com você e com nosso bebê e estou tentando ser melhor, mesmo sem saber se isso vai ser o suficiente.
— Eu queria poder acreditar em você.
— Eu sei e se eu pudesse voltar atrás faria tudo diferente, mas eu vou esperar e com o tempo quero que você veja em mim não só as falhas que te machucaram, mas que também veja o que eu ainda posso ser para você.
Eu não queria chorar, eu não queria que ele visse, mas meus joelhos começaram a ceder, Harry me segurou ainda mais firme antes que eu desabasse.
Chorei contra o peito dele, por causa da bota, do chá, por causa dele, desse bebê, do Bryan, Gabriel e tudo o que mais eu tinha guardado.
— Desculpa. — Murmurei, quando os soluços começaram a cessar.
— Não tem nada de errado em chorar. — Ele afastou o rosto, seu polegar limpou uma lágrima que escorria. — Não peça desculpas por isso.
Meu celular vibrou no bolso, uma vez, duas, três, quarto, nem precisava ver para ser que provavelmente era minha mãe enlouquecendo porque eu saí.
— Me leva de volta?— Limpei o rosto com a manga da blusa.
— Tem certeza?
— Sim.
                           ...
Assim que abri a porta da casa, ouvi o som abafado vindo do jardim, risadas, vozes empolgadas, música, eles ainda estavam me esperando, Harry entrou atrás de mim, fechou a porta com cuidado.
— Você quer que eu ajude com isso? — Indagou atrás de mim.
Minha maquiagem estava borrada, os olhos inchados, o penteado meticulosamente feito pela cabeleireira da minha mãe se desfez e o barro nas minhas botas era a última coisa com que eu me importava.
— Tudo bem, eu dou um jeito.
Som de saltos começou a ecoar vindo em nossa direção, meu corpo ficou rígido, já sabendo o que vinha a seguir.
— Onde você estava? — Minha mãe apareceu na sala, com o olhar furioso. — Você tem ideia do que fez? 
— Mãe… — Debati, mas ela levantou a mão, me silenciando.
— Todo mundo lá fora está esperando por você, eu devia estar festejando, mas não, estou aqui, tentando entender por que a minha filha decidiu desaparecer minutos antes do próprio chá de bebê. 
— Mãe, por favor, eu estou aqui, não estou? — Suspirei fundo. — Não quero discutir.
— Você acha que pode simplesmente desaparecer, Aurora? — Podia ver sua veia da testa saltando pela raiva. — E foi você que levou ela? — Perguntou, voltando-se para Harry.— Como um homem mais velho, devia ser mais sensato, não acha? 
— Eu só queria que ela se sentisse bem.
— Bem?! — Ela deu um passo à frente e apontou para mim. — Olha para ela, ela está horrível.
— Mãe, chega. — Georgia apareceu na sala, provavelmente ouviu a discussão. — Você quer mesmo fazer isso agora? Todo mundo vai ouvir vocês.
— Tá. — Minha mãe respirou fundo, ajeitando a costura do vestido. —  Suba e ajude sua irmã a arrumar esse desastre ai, depois desçam para a festa. — Sem esperar resposta, virou-se e saiu, os passos firmes ecoando pela casa.
Georgia e eu subimos as pressas, Harry ficou lá em baixo, assim que fechei a porta do quarto atrás de nós, minha irmã foi direto até a penteadeira.
— Senta aí — Ordenou, já pegando os lenços desmaquilantes. — A gente dá um jeito nesse rosto.
— Ok.  — Assenti, sem protestar.
Ela começou a limpar minha maquiagem borrada com cuidado, os olhos atentos ao que fazia.
— Foi o Harry que te fez chorar? — Questionou concentrada na minha pele.
— Não, eu pedi para ele me levar em algum lugar só para eu poder respirar um pouco e ele só levou.
— Não estou te julgando, tá? — Georgia se afastou um pouco para pegar o corretivo.— Eu só achei que você não queria nem ouvir o nome dele e estava odiando ter ele aqui.
— Eu também achei. — Murmurei.
— Eu vi vocês ontem à noite. — A esponjinha em sua mão dava batidinhas em meu rosto. — Lá fora, na varanda, você e o Harry.
— E daí? — Meu corpo travou, mas tentei fingir que não.
— E daí? — Ela riu. — Aquilo não parecia só uma conversa, Aurora.
— A gente só conversou, não foi nada. — Revirei os olhos.
— Você tem certeza? — Georgia levantou as sobrancelhas, desconfiada.
— Claro que tenho! — Minha voz saiu mais aguda do que eu queria. — Foi só isso, ok?
— Sabe que sua voz sempre sobe quando você mente, né? — Ela cruzou os braços, me encarando pelo espelho.
— Eu não estou mentindo.
— Tá bom, então. —Arqueou a sobrancelha de novo. — Vocês estavam conversando, enquanto suas pernas estavam em cima da dele, não dava para ver muito, mas ele parecia estar acariciando elas, estou errada?
— Você acha que eu ia me envolver com ele de novo? — Suspirei irritada, pegando a esponjinha de sua mão, terminando de passar sozinha. — Depois de tudo?
— Eu não disse isso.
— Mas está insinuando. — Retruquei com o coração disparando. — E é ridículo, eu tenho o Gabriel.
— E mesmo assim, voltou com os olhos inchados após ficar sozinha com o Harry por mais de meia hora.
— Porque eu estou grávida, Georgia! Porque estou sendo obrigada a fazer esse chá idiota! Porque estou confusa demais com esse bebê.— A voz saiu mais alta do que eu esperava. — Não tem nada a ver com ele.
— Tá bom — Pegou o blush passando de leve nas minhas bochechas, mesmo eu relutando um pouco.— Mas você ainda sente alguma coisa?
— Claro que não!
— Só perguntei porque... — Hesitou, enquanto repassava o batom. — Sei lá, ele olha para você de um jeito diferente, não estou dizendo que gosto disso, na real ainda odeio ele por tudo o que fez a você, mas ele parece ainda sentir algo por você e ele também não se pareceu nenhum pouco com o Harry que você disse que ele era.
— Ele ainda é. — Falei secamente.
— Você tem certeza?
— Tenho. — Fugi do olhar dela. — E mesmo que não fosse mais, isso não muda nada.
— Então por que tá tão nervosa? — Ela prendeu meu cabelo num coque, enquanto não consegui falar.— Tudo bem se você estiver confusa, sabe? Ele é o pai do seu bebê, ninguém ia te julgar por isso.
— Eu julgaria.
— Por quê?
— Por que eu prometi pra mim mesma que nunca mais ia me deixar sentir algo por ele de novo, nunca mais. — Minha voz falhou. — Agora vamos terminar logo com isso. — murmurei, não querendo mais falar sobre isso.— Quero descer e fingir que tá tudo bem.
— Tá bom.
Georgia não falou mais nada depois disso, só me ajudou a terminar de ficar um pouco mais apresentável antes de descermos. Assim que entrei na cozinha, vi Harry encostado perto da bancada mexendo no seu celular. Logo que me viu, sorriu e murmurou um “você vai se sair bem”
Me perguntei se ele iria realmente ficar até o fim da festa, só para cumprir sua promessa.
Era isso?
Ele estava ali porque ainda sentia alguma coisa por mim?
Não.
Claro que não.
Ele só queria compensar a culpa por tudo que me fez passar.
E mesmo que sentisse isso não importa.
Quando atravessei a porta de vidro e entrei no jardim dei de cara com um arco enorme de flores, minha mãe não estava mentindo sobre a decoração, havia balões dourados por todos os lados, garçons andando com bandejas de taças, outras com mini comidinhas delicadas demais para serem comida de verdade, até a uma torre absurda de cupcakes.
Respirei fundo e sorri quando os olhos se voltaram para mim, antes que pudesse mudar de ideia e dar meia-volta, já estavam me puxando para o centro da festa. Cumprimentei pessoas que eu mal lembrava, ouvi comentários do tipo “agora falta pouco, né?”, “já escolheu o nome?”, “não quer mesmo saber o sexo?” Fui sugada por uma conversa aleatória sobre mamilos e amamentação, tentando fingir que aquilo era normal.
Logo depois, minha mãe me chamou para tirar fotos com as tias, com as amigas dela, com algumas meninas da minha infância que nem imaginava que ela conseguiria encontrar, até Lily, que ficou extremamente chateada por eu não ter comentado nada sobre o chá.
— Você pode se permitir gostar disso um pouquinho, sabia? — Geórgia cochichou, enquanto posávamos para mais uma foto.
— Eu estou só tolerando, não confunda as coisas. — Rebati, beliscando sua cintura de leve.
Mas a verdade?
Uma parte minúscula de mim estava gostando, mesmo com toda a culpa, mesmo com tudo ainda tão confuso sobre o que eu faria com esse bebê, elas pareciam felizes por mim.
E por um momento, eu quase acreditei que conseguiria ser…
Mãe.
Minhas costas estavam me matando, minha mãe, obviamente, esqueceu de que eu estava grávida de oito meses quando decidiu me fazer de fantoche praticamente a festa toda, precisava só um pouco de uma pausa, me afundei numa das cadeiras enfeitadas  para conseguir respirar um pouco.
Eu podia ver pelas enormes janelas que Harry ainda estava lá na cozinha de pé, eu conferi algumas vezes, não consegui evitar, o olhar dele me atravessava ocasionalmente, fazendo meu coração errar a batida. Esses malditos hormônios estavam ferrando meu cérebro, essa era a única razão pela qual eu estava ficando afetada por um simples olhar, tinha que ser.
— Querida? Está na hora dos presentes! — A cerimonialista que minha mãe contratou me tirou do transe.
— Tudo bem.
Sentei-me em uma poltrona no centro do jardim encarando a pilha de presentes na minha frente, as mulheres se ajeitaram ao redor, algumas já com os celulares na mão, eu só queria terminar aquilo logo e parar de pensar nele.
Cada presente que eu abria ficava mais difícil não pensar que tudo aquilo talvez nunca fosse usado, um conjunto de cashmere com detalhes bordados à mão, um carrinho de bebê de design europeu, uma pulseirinha de ouro com um pingente de anjo, tão lindos, mas não fariam diferença nenhuma, eu apenas sorria, agradecia, fazia o que esperavam de mim, até que a cerimonialista me entregou uma caixa com um lindo embrulho em Branco.
— Esse é da sua avó.
Abri devagar, era um lindo body amarelo com estampa de estrelinhas, botõezinhos de pérolas, eu me lembrava daquela roupa, estava nas fotos antigas, de quando eu era bebê.
— Seu pai usou, você e sua irmã também, agora será do seu bebê. — Minha avó falou, sorrindo.
— Obrigada, vó. — Meus olhos involuntariamente se encheram, algumas lágrimas caíram.
Eu não tinha planejado me comover, mas aquela roupinha…
Era só uma roupa, mas
Ela me fez querer.
Querer segurar esse bebê nos braços.
Querer vê-lo vestindo aquilo.
Querer sentir o calor do seu corpo encostado no meu.
Eu odiei esse sentimento de conforto que encheu meu peito.
Porque agora não dava mais pra fingir que não estava me apegando a esse bebê.
Harry
Acordei com o pau dolorosamente duro, o tipo de tesão que não dava para ignorar, ficar meses sem transar estava acabando com minha sanidade, eu podia só sair e resolver isso com qualquer uma, como já fiz com Claire, mas não iria ser tão idiota duas vezes e mesmo que fosse eu não conseguiria, não dessa vez, talvez, só talvez porque no fundo, só existisse uma mulher que eu realmente imaginava fazendo isso comigo agora, mas ela era a única com quem eu não podia nem se quer me permitir pensar.
Entrei no banho e resolvi aquilo da forma mais rápida possível, eu só precisava de um alívio rápido. Quando saí ainda de toalha na cintura, meu celular vibrou em cima da pia.
Anderson: Harry, preciso falar com você.
Merda.
Será que era algo sobre o Bryan?
Ele havia conseguido tirar meu nome da certidão de nascimento?
Peguei o celular com as mãos tremendo e disquei o número dele no impulso.
- O que foi?- Dispensei qualquer formalidade, eu estava em pânico.
- Seu divórcio foi homologado bem mais cedo do que prevíamos, parabéns, você está oficialmente solteiro.
Meu divórcio estava finalizado?
Era para ser um alívio, certo?
Mas senti o estômago virar, eu achei que eu teria mais tempo para digerir tudo, não que eu amasse Violeta como já amei, mas ela tinha sido minha vida inteira por quase vinte anos, tivemos três lindas filhas, uma história e agora acabou.
Pensei que ficaria mais feliz, mas só senti um vazio estranho.
- Harry?
- Oh! Desculpe.- Tinha praticamente esquecido que estava com Anderson ainda no telefone. - E sobre Aurora? Saiu alguma decisão? Eu tenho a guarda dela?
- Passa no meu escritório mais tarde, ok? Vou entrar agora em uma audiência. - Ele desligou sem nem esperar uma resposta.
Porra...
Eu só queria tomar um café decente, resolver uns papéis em Harvard e fingir por algumas horas que era só mais uma segunda-feira comum. Antes de ir para a faculdade, passei no escritório de Anderson e enfim tive os papéis em mãos. Violeta ficou com a casa, um dos carros e uma pensão suficiente para manter uma vida confortável com nossas filhas, além disso, escola, plano de saúde, tudo que fosse preciso para minhas filhas, continuaria por minha conta.
A guarda ficou dividida, uma semana com cada um ou conforme a gente combinar, Amélia ainda ficaria com a mãe por ser recém-nascida e como Aurora ainda carregava meu nome na certidão legalmente isso me dava o direito de ficar com ela por enquanto, mas tinha uma cláusula ridícula que se Bryan quisesse vê-la quando ela estivesse comigo tinha total permissão, isso me fez querer matar aquele desgraçado com as próprias mãos.
Quando saí do escritório do Anderson, só restava uma última coisa e então tudo estaria acabado. Sentei-me no banco do carro, olhei para a mão esquerda e aquele anel dourado brilhando em minha pele, fiquei encarando ele, a memória daquela noite no jardim invadiu minha mente. Eu jurei que conseguiríamos recomeçar, eu quis acreditar que aquele último gesto de amor resolveria tudo, deslizei a aliança pelo dedo até a tirar, a pele embaixo ainda carregava a marca exata dela, abri o porta-luvas e joguei lá dentro, sem pensar duas vezes, não fazia mais sentido continuar usando aquilo.
Fui direto para a Harvard, o semestre começaria na semana seguinte e eu queria estar com tudo pronto, estacionei o carro no lugar de sempre, peguei meu casaco no banco de trás e entrei pelo portão principal cumprimentando alguns colegas com um aceno de cabeça, passei na cafeteria, pedi um café e segui para meu escritório. A sala estava uma bagunça, apostilas, provas antigas, cronogramas do semestre anterior espalhados por minha mesa, deixei o café ao lado do monitor e comecei a empurrar as coisas para o canto. Estava determinado a alinhar os documentos de aula quando alguém bateu na porta.
- Professor Styles? - A voz era familiar, o assistente do reitor.- O reitor gostaria de falar com você.
- Agora? - franzi a testa.
- Sim.
- Tá bom. - Assenti com um leve movimento de cabeça.
Já esperava por isso, no início de todo semestre, havia sempre alguma conversa formal, ajustes no plano de aula, orientações administrativas, entre outros assuntos democráticos.
Peguei minha pasta, chequei se o celular estava no silencioso e o segui pelos corredores. A sala do reitor estava igual a todas as outras vezes, duas poltronas de couro à frente de uma enorme mesa, porta-retratos com fotos familiares, a estante de livros enorme. O reitor levantou-se ao me ver entrar, cumprimentou-me com um leve sorriso e um aperto de mão firme.
- Harry, que bom te ver, sente-se.
- Obrigado. - Sentei-me na poltrona da direita.
- Então, como foram as férias?
- Tranquilas.- Respondi, com a formalidade de sempre. - Passei mais tempo com as minhas filhas, tive um tempo para mim, acho que precisava disso.
- Imagino e sua bebê? Está bem? Amélia, não é?
- Sim, ela está ótima.
- Que bom. - Ele deu um longo suspiro. - Agradeço por vir Harry, eu sei que o semestre ainda não começou oficialmente, mas achei melhor conversarmos pessoalmente.
- Claro. - Assenti, me ajeitando na cadeira.
- Harry, eu queria que essa conversa fosse outra. - O tom dele mudou.- Infelizmente sua permanência nessa instituição não é mais viável, você não vai mais lecionar em Harvard.
- Como assim? - Indaguei, tentando manter a compostura. - Por quê?
Será que finalmente tinham descoberto?
Não.
Não podia ser.
- Você lembra que há alguns meses houve uma investigação interna sobre uma possível conduta imprópria de um professor com uma aluna?
Minhas mãos estavam sobre as pernas, meus dedos começaram a pressionar o tecido da calça com força.
Merda!
Merda!
Merda!
- Sim.
- Pois bem Harry, você conhece quem é Aurora O'Connor?
- Conheço... - Engoli em seco, tentando me manter calmo.
- Eu conheço o pai dela, estudamos juntos na mesma universidade e ele é um dos benfeitores dessa instituição, ele me ligou há duas semanas contando sobre o fatídico caso de sua filha.
Porra!!
Eu devia ter previsto isso.
O pai dela me odiava.
- Harry, além da confirmação do senhor O'connor, houve mais duas denúncias, um professor e um aluno também reafirmaram a história de Lion O'connor.
- Eu... - Não havia o que dizer, nada que saísse da minha boca seria o suficiente para me livrar daquilo.
- Você teve um envolvimento com uma aluna, vai ter um filho com ela, isso pra nossa instituição é inadmissível. - Sua olhar de decepção tava me matando. - Eu gosto de você, sempre gostei, é um professor brilhante, sei que ama o que faz, mas mentiu pra mim.
- Eu nunca... - Minha voz falhou. - Nunca tive a intenção de...- Minhas mãos estavam suando. - Mark, me desculpe.
- Você decepcionou profundamente.
- O que você espera que eu faça agora?
- Que peça demissão, voluntariamente. - Deu os ombros. - Se fizer isso eu não vou te denunciar, nem fazer com que isso vá além dessa sala e eu mesmo te recomendo pra onde quiser ir, não que mereça isso.
- Certo.
- Harry.- Ele me olhou mais sério. - Você foi um excelente professor, eu lamento que tenha sido desse jeito, mas você sabe que com isso envolvido, não teria outra opção.
- Tudo bem. -Me levantei. - Obrigado por tudo.
Foi por esse emprego que eu vim pra Boston, ensinar aqui era o que eu sonhei a vida inteira e agora era mais uma coisa que eu tinha perdido porque me apaixonei por Aurora, não era culpa dela, eu nunca diria que foi, mas foi por causa dela que toda minha vida mudou.
...
Se fosse outro tempo, hoje seria um dos meus melhores dias, eu acordaria com café na cama, teria sexo no chuveiro, as meninas teriam feito um cartão ridículo daqueles cheios de glitter. Violeta teria planejado algum jantar num restaurante novo e deixaria um bolo com o garçom logo que chegássemos. No fim da noite todos cantariam parabéns animados enquanto eu fingia não me emocionar.
Mas hoje não era esse dia.
Hoje não teria café, nem chuveiro, nem bolo, nem elas.
Vesti uma camiseta e o short de corrida de sempre, calcei o tênis, os fones e saí, precisava gastar energia e parar de pensar demais naquela manhã estúpida.
Minha mãe ligou animada, quis saber dos meus planos e eu menti. As meninas também ligaram da casa dos pais da Violeta, tentei não deixar transparecer o quanto doía saber que a própria mãe delas decidiu viajar justo no meu aniversário.
Me recusei a ficar em casa, saí para almoçar num restaurante de frutos do mar que costumava ir perto da faculdade, depois passei numa livraria, comprei um livro que fazia tempo que eu queria, também comprei um romance que sabia que Isa iria gostar e um livro fofinho para Aurora. Voltei no fim da tarde, honestamente o dia não tinha sido tão ruim, mas não estava sendo um dos melhores aniversários que tive.Pedi o jantar, vinte minutos depois estava largado no sofá só de cueca, comendo costeletas e cerveja gelada, revendo a segunda temporada de Breaking Bad.
A campainha tocou no meio do episódio 13, ignorei na primeira vez, com certeza era engano, mas quem quer que fosse parecia determinado a não ir embora. Pausei o episódio resmungando por ter que levantar, quando abri a porta pronto para xingar alguém, meu mundo parou por dois segundos.
Aurora estava parada no corredor, segurando um cupcake minúsculo com uma velinha azul acesa, com o rosto meio corado, o olhar baixo, como se ela mesma ainda não soubesse exatamente o que estava fazendo ali.
- Oi - Proferiu, com um sorriso tímido. - Feliz aniversário.
Um sorriso idiota surgiu nos meus lábios sujos de molho antes que eu pudesse impedir.
Ela lembrou?
Ela lembrou do meu aniversário?
Por quê?
Por que ela estava ali?
- Voc... Você lembrou.- Os olhos dela desceram discretamente me analisando, só então me toquei de que estava praticamente pelado. - Eu não estava esperando ninguém. - Consegui dizer, completamente sem graça.
- Percebi.- Sorriu de leve. - Eu posso entrar?
- Claro. - Dei espaço na porta para ela passar.
Aurora entrou devagar, me virei rápido e praticamente corri até o quarto, vesti a primeira calça de moletom que achei, uma camiseta preta meio amarrotada e fui direto para o banheiro. Tinha molho no queixo, meu cabelo despenteado e um sorriso ridículo estampado na cara. Tentei limpar o rosto, passar os dedos no cabelo para disfarçar, mas o sorriso aquele sorriso idiota, não saía de jeito nenhum.
Por que qualquer migalha de atenção dela me deixa feliz?
Que carência desgraçada era essa?
Voltei para a sala, ela estava sentada no meu sofá um pouco desajeitada, o cupcake no centro da mesa ao lado da bagunça que fiz com o jantar.
- Desculpe a zona. - Comentei, me aproximando.
- Sem problemas, fui eu quem apareceu do nada. - Deu os ombros, olhando para a TV, que ainda mostrava a cena pausada de Breaking Bad. - Eu... - Ela mexia os dedos, meio nervosa, quando sentei ao lado dela. - Eu vim aqui porque, bem, você é o pai do meu bebê, né? - Deu um sorriso forçado e meio sem graça. - E depois do que você fez por mim no final de semana passado com o chá, eu achei que devia, não queria atrapalhar o seu aniversário, na verdade, eu quase não vim, mas só vim te dar os parabéns.
- Muito obrigado, docinho.
- Vai. - Murmurou, esticando a mão, pegando o cupcake e me oferecendo. - Faz um pedido.
O cupcake parou entre nós, eu olhei para ela, depois para a chama, estava ridiculamente emocionado por um pedaço de massa com cobertura doce.
- Eu nem sei o que pedir.
- Então, pede qualquer coisa, mas apaga logo senão vai derreter tudo.
Peguei com cuidado, meus dedos esbarrando nos dela por um segundo, então fechei os olhos.
Seria um pedido estúpido.
Pedi por ela.
Pelo bebê.
Por uma chance.
E soprei.
- Obrigado mesmo por vir. - Tirei a vela com cuidado, mordendo um pedaço, o sabor doce se espalhou na boca.- Quer um pedaço?
Aurora hesitou um pouco, mas depois aceitou, levando o bolinho aos lábios.
- Hmmm, melhor que eu esperava. - Limpou a boca.- Tenho um presente para você. - Puxou algo do bolso do casaco.
- Aurora, você não precisava.
- Esse você vai querer.
Quando vi o envelope entre os dedos dela, meu corpo inteiro ficou tenso.
- Isso é o que eu estou pensando que é? - Perguntei, embora já soubesse a resposta.
- Sim.
Me aproximei, ficando ao lado dela, tão perto que o joelho dela encostou no meu. Pelo jeito que suas pernas se moviam, dava para sentir que ela também estava nervosa. Aurora estendeu o envelope, peguei com aquela ansiedade me corroendo por dentro.
- Posso abrir? - Questionei, encarando-a.
- Juntos.
Nos inclinamos ao mesmo tempo, o perfume suave invadiu minhas narinas, uma mecha do cabelo dela roçou no meu braço, tentei me concentrar no que importava, meus dedos foram até a aba do envelope, a mão tremia um pouco, respirei fundo e comecei a abrir.
Meus olhos correram pelas primeiras linhas, nome da paciente, data do ultrassom, idade gestacional, nada daquilo me interessava, continuei lendo, linha por linha, até meus olhos pararem.
Minha mão foi instintivamente até a boca, não consegui conter o sorriso largo que se abriu rapidamente em meu rosto, meus próprios olhos começaram a lacrimejar com as lágrimas que estava lutando para conter.
Sexo fetal: Masculino.
- Um menino? - Reli, atordoado. - Nós vamos ter um menino?!
Fixei o olhar no papel, examinando mais uma vez para ter certeza de que não era mentira, não consegui me segurar e a puxei para um abraço.
- Acho que sim. - Sua voz saiu abafada contra mim.
Nós seríamos pais, pais de um lindo menininho.
- Eu sempre quis um menino. - Involuntariamente, me aninhei em seu pescoço. - Eu amo as meninas, Deus, como eu amo, mas ter um menininho sempre foi um sonho. - Admiti a ela com minha voz falhando.
Naquele instante, eu esqueci que meu dia tinha sido horrível, a demissão, o aniversário sozinho, esqueci tudo o que havia perdido porque ela estava me dando isso.
Ela estava me dando ele.
Eu não disse em voz alta, soaria egoísta demais, mas ela me deu o maior presente da minha vida.
Me perguntei se ela conseguia sentir o que estava acontecendo comigo, se tinha ideia do que aquele papel na minha mão significava para mim.
Num impulso, ajoelhei-me à frente dela, o sofá atrás impediu que Aurora recuasse, mas ela nem tentou, inclinei meu corpo para frente, minhas mãos deslizaram com cuidado até a barriga dela, encostei minha testa ali, fechando os olhos.
Só queria sentir meu filho.
- Você é meu menino. - Admiti baixinho, deixando um beijo mesmo por cima da blusa grossa.- Eu esperei tanto por você.
Senti os dedos de Aurora encontrarem meu cabelo fazendo um carinho lento, recuei por um segundo, eu não esperava isso, mas no instante seguinte, me rendi e aconcheguei-me no toque dela.
Me levantei, meus joelhos estavam reclamando do tempo ajoelhado, sentei-me no sofá sem saber o que fazer com tudo o que estava acontecendo desde o segundo em que ela apareceu na porta.
- Obrigado por me deixar viver isso.
- De nada. - Aurora me olhou daquele jeito que fez tudo dentro de mim estremecer.
Mordi minha língua para evitar fazer qualquer ação inapropriada, mas acabei subindo minha mão tocando em seu rosto, meus dedos deslizando até prenderem atrás da nuca dela, sua pele sempre foi muito quente.
Quantas vezes eu já tinha encostado ali?
Quantas vezes eu desejei fazer isso de novo?
Me inclinei, meus lábios roçaram a bochecha dela, minha testa encontrou a sua, inspirei o cheiro dela, meu nariz roçou no seu quase sem querer, mas ela não se afastou, a respiração dela bateu na minha boca, me fazendo apertar um pouco mais sua nuca.
Porra...
Como eu queria beijar ela.
Não sabia de onde vinha esse desejo tão urgente, talvez fosse a carência dos últimos meses, o fato de não tocar em ninguém desde o fim do meu casamento ou talvez fosse meu aniversário e ela ali.
Meus olhos desceram para sua boca, me permiti imaginar como seria sentir de novo seu gosto só mais uma vez.
Vi um rubor nas bochechas dela e seus olhos se arregalarem quando me aproximei ainda mais, ficando centímetros de seus lábios e por um segundo, um breve, precioso segundo, eu quase a beijei.
- Aurora... - Sussurrei, quase sem voz, meus lábios roçaram levemente nos seus.
Se ela vacilasse por um único segundo, se não desviasse o rosto, se deixasse, eu cederia.
Eu iria ceder e me dava um frio na barriga só de pensar nisso.
As pupilas dela estavam mais dilatadas do que o normal, os lábios tremiam levemente, mas eu não sabia se ela queria. Na verdade, eu sabia que não podia, minha mão ainda segurava seu rosto, porém os dedos dela envolverem meu pulso.
Aquilo foi minha doce e cruel resposta.
Então, eu me afastei.
Recuar nunca foi tão difícil, a gente não se aproximava assim há um bom tempo, era estranho, a culpa ainda latejava no peito, talvez eu não devesse ter chegado tão perto.
- Me desculpe.
- Tudo bem. - Ela desviou o olhar. - Na verdade, não está tudo bem, você não pode...
- Eu sei. - Assenti, olhando para baixo. - Eu só não sei o que me deu.
- Eu acho que já vou.
- Aurora, eu posso ter você aqui só mais um pouquinho?
- Harry.
- Eu não estou pedindo muito, só quero terminar esse dia com você aqui.
Ela respirou fundo, hesitante, seu olhar vagou até a TV.
- Breaking Bad? - Concordei, quase sorrindo. - Vai, coloca.
Dei play a gente ficou ali em silêncio, deixando o episódio rolar.
Esse com certeza foi um dos melhores aniversários da minha vida.
Muito obrigado por ler até aqui, se gostou considere deixar seu comentário e um voto ele é muito importante para mim ❤️
Muito obrigado por ler até aqui se você gostou considere deixar seu comentário e um voto, ele é muito importante para mim 💞
8 notes · View notes
harrrystyles-writing · 24 days ago
Text
Yes Sir! Capítulo 50
Tumblr media
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá o ponto de vista de Aurora e Harry.
NotaAutora: Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Tumblr media
Aurora.
A bota caiu da minha mão pela terceira vez, eu estava sentada na beira da cama, tentando há quase vinte minutos vestir meus sapatos, o zíper da bota estava longe demais, inclinei o corpo respirando fundo tentando de novo, mas meus dedos escorregaram e a bota tombou de lado.
Será que alguém ia ligar se eu fosse de pantufas?
Fiquei olhando para ela no chão, era só uma bota, uma maldita bota, mas fez meus olhos se encherem d’água de um jeito idiota e inevitável, uma lágrima desceu, depois outra, até perceber que não era só pela bota que eu estava chorando.
— Aurora? — Harry apareceu na porta.— Tá tudo bem?
— Não. — Admiti sem nem pensar.
Me joguei para trás, afundando na cama, ele fechou a porta com cuidado, vindo até mim.
— O que aconteceu?
— Eu não consigo nem vestir uma maldita bota, isso que aconteceu.
— Vem cá.
Vi de relance quando ele se ajoelhou ao lado da cama, pegando a bota caída. As mãos dele seguraram meu tornozelo com cuidado, calçou a bota com delicadeza, subiu o zíper devagar, os dedos encostando levemente na minha pele, que me fizeram prender o ar.
— Pronto — Mencionou, soltando meu pé. — Melhor?
— Não. — Fiz um esforço enorme até conseguir me sentar.
— O que foi?
— Tudo isso.
— Eu sei, mas vai ficar tudo bem, são só algumas horas e logo você estará livre. — Ele se inclinou devagar e beijou minha testa. Meus olhos se fecharam, no mesmo instante um arrepio atravessou minha nuca.— Você está linda. — Nossos rostos estavam perto demais. — Mesmo que não vá acreditar se eu disser.
— Obrigado.
— Ei. — Ergueu meu queixo com o indicador. — Se ainda quiser fugir, meu carro está lá fora.— Soltou um riso de leve.
Eu sabia que era brincadeira, mas eu precisava.
Precisava dar um tempo.
— Eu quero.— A frase escapou antes que eu pudesse impedir.
— Você... Você está falando sério?
— Por favor, H. — Antes que o medo me fizesse recuar, deixei escapar aquele apelido idiota.
Harry piscou devagar, me encarou por alguns segundos antes de estender a mão, meus olhos desceram para a palma aberta, os dedos dele se entrelaçaram sobre os meus, quentes, algo apertou meu estômago, eu não pensei que ele aceitaria.
                             ...
Logo que o carro parou desci em silêncio, sentindo a grama molhada fundar sob minhas botas, estávamos em um parque perto da casa dos meus pais. Harry contornou o veículo, antes que eu dissesse qualquer coisa, já estava tirando o casaco e envolvendo em meus ombros.
— Aqui. — Sorriu, ficando ao meu lado. — Está frio.
Não sabia se agradecia, se devolvia, se fingia que não aconteceu, o cheiro dele me envolveu, não era justo ele ainda cheirar tão bem.
— Quer conversar? — Questionou, mas já sabia a resposta.
— Eu não sei o que estou fazendo, Harry. — Senti minha garganta fechar. — Não sei se consigo olhar para aquelas pessoas e fingir que está tudo bem. — Por que eu estava dizendo essas coisas a ele? — Não sei se vou conseguir doar esse bebê, mas também não sei se conseguiria ficar com ele, eu não vou ser uma boa mãe, tenho certeza disso.
— Eu sei que você está com medo. — Ele se aproximou um pouco mais.— Medo de ser mãe, de amar esse bebê, de não dar conta de tudo o que está acontecendo e tudo bem, você não precisa esconder nada de mim, eu estou aqui de verdade, Aurora, com você.
Queria dizer que “estar aqui” não mudava nada, mas minha voz não saía.
Queria poder odiar ele com mais força, mas deixei Harry me puxar, me envolver com seus braços, minha cabeça encostou sob o queixo dele, meus braços ficaram ao lado do meu corpo, mas o calor do peito dele incendiou meu rosto, a batida do coração dele se misturou com a minha, fechei os olhos permanecendo imóvel.
— Harry... Me solta... — Supliquei, mas ele não estava disposto a parar.
— Talvez o que você mais precise agora seja alguém para te abraçar, para te ouvir, para estar do seu lado sem te julgar, eu quero ser essa pessoa, eu quero ser esse alguém para você, me deixa ser esse alguém.
Gabriel...
Gabriel já era essa pessoa para mim, eu não precisava de Harry… 
— Eu... — Não conseguia dizer a ele, eu não conseguia dizer nada.
Que merda estava acontecendo comigo?
— Me deixa eu te dizer uma coisa, olhando bem nos seus olhos. — Ele se afastou só o suficiente para segurar meu rosto entre suas mãos.— Você vai ser uma mãe incrível, eu sei disso, eu vejo em você, mesmo que você duvide agora.
Não, eu não vou.
— Por favor, Harry, para de dizer essas coisas.
— Eu não posso, porque agora talvez você ache que não tem espaço dentro de você para ser mãe, mas eu tô aqui e se você quiser nós conseguimos, juntos, eu quero ficar com o nosso bebê, quero viver isso com você, mas mesmo que você decida dar ele, mesmo se achar que esse é o melhor caminho, eu ainda vou estar ao seu lado, mesmo que doa, eu vou continuar aqui.
Olhar para ele e ver esperança nos olhos dele estava me matando, era mais fácil quando ele era o mesmo de antes.
Se ele mudou mesmo...
O que eu faço com tudo o que ficou em mim?
— Mas como eu posso confiar em você, Harry? — Minha testa encostou em seu peito, fechei os olhos por um segundo, tentando lembrar por que eu ainda estava resistindo. — Eu não consigo fazer isso.
— Eu… — A voz dele falhou por um segundo. — Eu queria te dar uma resposta que te fizesse acreditar em mim de novo, mas a verdade é que eu não tenho todas as respostas, eu só tenho certeza de que me importo com você e com nosso bebê e estou tentando ser melhor, mesmo sem saber se isso vai ser o suficiente.
— Eu queria poder acreditar em você.
— Eu sei e se eu pudesse voltar atrás faria tudo diferente, mas eu vou esperar e com o tempo quero que você veja em mim não só as falhas que te machucaram, mas que também veja o que eu ainda posso ser para você.
Eu não queria chorar, eu não queria que ele visse, mas meus joelhos começaram a ceder, Harry me segurou ainda mais firme antes que eu desabasse.
Chorei contra o peito dele, por causa da bota, do chá, por causa dele, desse bebê, do Bryan, Gabriel e tudo o que mais eu tinha guardado.
— Desculpa. — Murmurei, quando os soluços começaram a cessar.
— Não tem nada de errado em chorar. — Ele afastou o rosto, seu polegar limpou uma lágrima que escorria. — Não peça desculpas por isso.
Meu celular vibrou no bolso, uma vez, duas, três, quarto, nem precisava ver para ser que provavelmente era minha mãe enlouquecendo porque eu saí.
— Me leva de volta?— Limpei o rosto com a manga da blusa.
— Tem certeza?
— Sim.
                           ...
Assim que abri a porta da casa, ouvi o som abafado vindo do jardim, risadas, vozes empolgadas, música, eles ainda estavam me esperando, Harry entrou atrás de mim, fechou a porta com cuidado.
— Você quer que eu ajude com isso? — Indagou atrás de mim.
Minha maquiagem estava borrada, os olhos inchados, o penteado meticulosamente feito pela cabeleireira da minha mãe se desfez e o barro nas minhas botas era a última coisa com que eu me importava.
— Tudo bem, eu dou um jeito.
Som de saltos começou a ecoar vindo em nossa direção, meu corpo ficou rígido, já sabendo o que vinha a seguir.
— Onde você estava? — Minha mãe apareceu na sala, com o olhar furioso. — Você tem ideia do que fez? 
— Mãe… — Debati, mas ela levantou a mão, me silenciando.
— Todo mundo lá fora está esperando por você, eu devia estar festejando, mas não, estou aqui, tentando entender por que a minha filha decidiu desaparecer minutos antes do próprio chá de bebê. 
— Mãe, por favor, eu estou aqui, não estou? — Suspirei fundo. — Não quero discutir.
— Você acha que pode simplesmente desaparecer, Aurora? — Podia ver sua veia da testa saltando pela raiva. — E foi você que levou ela? — Perguntou, voltando-se para Harry.— Como um homem mais velho, devia ser mais sensato, não acha? 
— Eu só queria que ela se sentisse bem.
— Bem?! — Ela deu um passo à frente e apontou para mim. — Olha para ela, ela está horrível.
— Mãe, chega. — Georgia apareceu na sala, provavelmente ouviu a discussão. — Você quer mesmo fazer isso agora? Todo mundo vai ouvir vocês.
— Tá. — Minha mãe respirou fundo, ajeitando a costura do vestido. —  Suba e ajude sua irmã a arrumar esse desastre ai, depois desçam para a festa. — Sem esperar resposta, virou-se e saiu, os passos firmes ecoando pela casa.
Georgia e eu subimos as pressas, Harry ficou lá em baixo, assim que fechei a porta do quarto atrás de nós, minha irmã foi direto até a penteadeira.
— Senta aí — Ordenou, já pegando os lenços desmaquilantes. — A gente dá um jeito nesse rosto.
— Ok.  — Assenti, sem protestar.
Ela começou a limpar minha maquiagem borrada com cuidado, os olhos atentos ao que fazia.
— Foi o Harry que te fez chorar? — Questionou concentrada na minha pele.
— Não, eu pedi para ele me levar em algum lugar só para eu poder respirar um pouco e ele só levou.
— Não estou te julgando, tá? — Georgia se afastou um pouco para pegar o corretivo.— Eu só achei que você não queria nem ouvir o nome dele e estava odiando ter ele aqui.
— Eu também achei. — Murmurei.
— Eu vi vocês ontem à noite. — A esponjinha em sua mão dava batidinhas em meu rosto. — Lá fora, na varanda, você e o Harry.
— E daí? — Meu corpo travou, mas tentei fingir que não.
— E daí? — Ela riu. — Aquilo não parecia só uma conversa, Aurora.
— A gente só conversou, não foi nada. — Revirei os olhos.
— Você tem certeza? — Georgia levantou as sobrancelhas, desconfiada.
— Claro que tenho! — Minha voz saiu mais aguda do que eu queria. — Foi só isso, ok?
— Sabe que sua voz sempre sobe quando você mente, né? — Ela cruzou os braços, me encarando pelo espelho.
— Eu não estou mentindo.
— Tá bom, então. —Arqueou a sobrancelha de novo. — Vocês estavam conversando, enquanto suas pernas estavam em cima da dele, não dava para ver muito, mas ele parecia estar acariciando elas, estou errada?
— Você acha que eu ia me envolver com ele de novo? — Suspirei irritada, pegando a esponjinha de sua mão, terminando de passar sozinha. — Depois de tudo?
— Eu não disse isso.
— Mas está insinuando. — Retruquei com o coração disparando. — E é ridículo, eu tenho o Gabriel.
— E mesmo assim, voltou com os olhos inchados após ficar sozinha com o Harry por mais de meia hora.
— Porque eu estou grávida, Georgia! Porque estou sendo obrigada a fazer esse chá idiota! Porque estou confusa demais com esse bebê.— A voz saiu mais alta do que eu esperava. — Não tem nada a ver com ele.
— Tá bom — Pegou o blush passando de leve nas minhas bochechas, mesmo eu relutando um pouco.— Mas você ainda sente alguma coisa?
— Claro que não!
— Só perguntei porque... — Hesitou, enquanto repassava o batom. — Sei lá, ele olha para você de um jeito diferente, não estou dizendo que gosto disso, na real ainda odeio ele por tudo o que fez a você, mas ele parece ainda sentir algo por você e ele também não se pareceu nenhum pouco com o Harry que você disse que ele era.
— Ele ainda é. — Falei secamente.
— Você tem certeza?
— Tenho. — Fugi do olhar dela. — E mesmo que não fosse mais, isso não muda nada.
— Então por que tá tão nervosa? — Ela prendeu meu cabelo num coque, enquanto não consegui falar.— Tudo bem se você estiver confusa, sabe? Ele é o pai do seu bebê, ninguém ia te julgar por isso.
— Eu julgaria.
— Por quê?
— Por que eu prometi pra mim mesma que nunca mais ia me deixar sentir algo por ele de novo, nunca mais. — Minha voz falhou. — Agora vamos terminar logo com isso. — murmurei, não querendo mais falar sobre isso.— Quero descer e fingir que tá tudo bem.
— Tá bom.
Georgia não falou mais nada depois disso, só me ajudou a terminar de ficar um pouco mais apresentável antes de descermos. Assim que entrei na cozinha, vi Harry encostado perto da bancada mexendo no seu celular. Logo que me viu, sorriu e murmurou um “você vai se sair bem”
Me perguntei se ele iria realmente ficar até o fim da festa, só para cumprir sua promessa.
Era isso?
Ele estava ali porque ainda sentia alguma coisa por mim?
Não.
Claro que não.
Ele só queria compensar a culpa por tudo que me fez passar.
E mesmo que sentisse isso não importa.
Quando atravessei a porta de vidro e entrei no jardim dei de cara com um arco enorme de flores, minha mãe não estava mentindo sobre a decoração, havia balões dourados por todos os lados, garçons andando com bandejas de taças, outras com mini comidinhas delicadas demais para serem comida de verdade, até a uma torre absurda de cupcakes.
Respirei fundo e sorri quando os olhos se voltaram para mim, antes que pudesse mudar de ideia e dar meia-volta, já estavam me puxando para o centro da festa. Cumprimentei pessoas que eu mal lembrava, ouvi comentários do tipo “agora falta pouco, né?”, “já escolheu o nome?”, “não quer mesmo saber o sexo?” Fui sugada por uma conversa aleatória sobre mamilos e amamentação, tentando fingir que aquilo era normal.
Logo depois, minha mãe me chamou para tirar fotos com as tias, com as amigas dela, com algumas meninas da minha infância que nem imaginava que ela conseguiria encontrar, até Lily, que ficou extremamente chateada por eu não ter comentado nada sobre o chá.
— Você pode se permitir gostar disso um pouquinho, sabia? — Geórgia cochichou, enquanto posávamos para mais uma foto.
— Eu estou só tolerando, não confunda as coisas. — Rebati, beliscando sua cintura de leve.
Mas a verdade?
Uma parte minúscula de mim estava gostando, mesmo com toda a culpa, mesmo com tudo ainda tão confuso sobre o que eu faria com esse bebê, elas pareciam felizes por mim.
E por um momento, eu quase acreditei que conseguiria ser…
Mãe.
Minhas costas estavam me matando, minha mãe, obviamente, esqueceu de que eu estava grávida de oito meses quando decidiu me fazer de fantoche praticamente a festa toda, precisava só um pouco de uma pausa, me afundei numa das cadeiras enfeitadas  para conseguir respirar um pouco.
Eu podia ver pelas enormes janelas que Harry ainda estava lá na cozinha de pé, eu conferi algumas vezes, não consegui evitar, o olhar dele me atravessava ocasionalmente, fazendo meu coração errar a batida. Esses malditos hormônios estavam ferrando meu cérebro, essa era a única razão pela qual eu estava ficando afetada por um simples olhar, tinha que ser.
— Querida? Está na hora dos presentes! — A cerimonialista que minha mãe contratou me tirou do transe.
— Tudo bem.
Sentei-me em uma poltrona no centro do jardim encarando a pilha de presentes na minha frente, as mulheres se ajeitaram ao redor, algumas já com os celulares na mão, eu só queria terminar aquilo logo e parar de pensar nele.
Cada presente que eu abria ficava mais difícil não pensar que tudo aquilo talvez nunca fosse usado, um conjunto de cashmere com detalhes bordados à mão, um carrinho de bebê de design europeu, uma pulseirinha de ouro com um pingente de anjo, tão lindos, mas não fariam diferença nenhuma, eu apenas sorria, agradecia, fazia o que esperavam de mim, até que a cerimonialista me entregou uma caixa com um lindo embrulho em Branco.
— Esse é da sua avó.
Abri devagar, era um lindo body amarelo com estampa de estrelinhas, botõezinhos de pérolas, eu me lembrava daquela roupa, estava nas fotos antigas, de quando eu era bebê.
— Seu pai usou, você e sua irmã também, agora será do seu bebê. — Minha avó falou, sorrindo.
— Obrigada, vó. — Meus olhos involuntariamente se encheram, algumas lágrimas caíram.
Eu não tinha planejado me comover, mas aquela roupinha…
Era só uma roupa, mas
Ela me fez querer.
Querer segurar esse bebê nos braços.
Querer vê-lo vestindo aquilo.
Querer sentir o calor do seu corpo encostado no meu.
Eu odiei esse sentimento de conforto que encheu meu peito.
Porque agora não dava mais pra fingir que não estava me apegando a esse bebê.
Harry
Acordei com o pau dolorosamente duro, o tipo de tesão que não dava para ignorar, ficar meses sem transar estava acabando com minha sanidade, eu podia só sair e resolver isso com qualquer uma, como já fiz com Claire, mas não iria ser tão idiota duas vezes e mesmo que fosse eu não conseguiria, não dessa vez, talvez, só talvez porque no fundo, só existisse uma mulher que eu realmente imaginava fazendo isso comigo agora, mas ela era a única com quem eu não podia nem se quer me permitir pensar.
Entrei no banho e resolvi aquilo da forma mais rápida possível, eu só precisava de um alívio rápido. Quando saí ainda de toalha na cintura, meu celular vibrou em cima da pia.
Anderson: Harry, preciso falar com você.
Merda.
Será que era algo sobre o Bryan?
Ele havia conseguido tirar meu nome da certidão de nascimento?
Peguei o celular com as mãos tremendo e disquei o número dele no impulso.
- O que foi?- Dispensei qualquer formalidade, eu estava em pânico.
- Seu divórcio foi homologado bem mais cedo do que prevíamos, parabéns, você está oficialmente solteiro.
Meu divórcio estava finalizado?
Era para ser um alívio, certo?
Mas senti o estômago virar, eu achei que eu teria mais tempo para digerir tudo, não que eu amasse Violeta como já amei, mas ela tinha sido minha vida inteira por quase vinte anos, tivemos três lindas filhas, uma história e agora acabou.
Pensei que ficaria mais feliz, mas só senti um vazio estranho.
- Harry?
- Oh! Desculpe.- Tinha praticamente esquecido que estava com Anderson ainda no telefone. - E sobre Aurora? Saiu alguma decisão? Eu tenho a guarda dela?
- Passa no meu escritório mais tarde, ok? Vou entrar agora em uma audiência. - Ele desligou sem nem esperar uma resposta.
Porra...
Eu só queria tomar um café decente, resolver uns papéis em Harvard e fingir por algumas horas que era só mais uma segunda-feira comum. Antes de ir para a faculdade, passei no escritório de Anderson e enfim tive os papéis em mãos. Violeta ficou com a casa, um dos carros e uma pensão suficiente para manter uma vida confortável com nossas filhas, além disso, escola, plano de saúde, tudo que fosse preciso para minhas filhas, continuaria por minha conta.
A guarda ficou dividida, uma semana com cada um ou conforme a gente combinar, Amélia ainda ficaria com a mãe por ser recém-nascida e como Aurora ainda carregava meu nome na certidão legalmente isso me dava o direito de ficar com ela por enquanto, mas tinha uma cláusula ridícula que se Bryan quisesse vê-la quando ela estivesse comigo tinha total permissão, isso me fez querer matar aquele desgraçado com as próprias mãos.
Quando saí do escritório do Anderson, só restava uma última coisa e então tudo estaria acabado. Sentei-me no banco do carro, olhei para a mão esquerda e aquele anel dourado brilhando em minha pele, fiquei encarando ele, a memória daquela noite no jardim invadiu minha mente. Eu jurei que conseguiríamos recomeçar, eu quis acreditar que aquele último gesto de amor resolveria tudo, deslizei a aliança pelo dedo até a tirar, a pele embaixo ainda carregava a marca exata dela, abri o porta-luvas e joguei lá dentro, sem pensar duas vezes, não fazia mais sentido continuar usando aquilo.
Fui direto para a Harvard, o semestre começaria na semana seguinte e eu queria estar com tudo pronto, estacionei o carro no lugar de sempre, peguei meu casaco no banco de trás e entrei pelo portão principal cumprimentando alguns colegas com um aceno de cabeça, passei na cafeteria, pedi um café e segui para meu escritório. A sala estava uma bagunça, apostilas, provas antigas, cronogramas do semestre anterior espalhados por minha mesa, deixei o café ao lado do monitor e comecei a empurrar as coisas para o canto. Estava determinado a alinhar os documentos de aula quando alguém bateu na porta.
- Professor Styles? - A voz era familiar, o assistente do reitor.- O reitor gostaria de falar com você.
- Agora? - franzi a testa.
- Sim.
- Tá bom. - Assenti com um leve movimento de cabeça.
Já esperava por isso, no início de todo semestre, havia sempre alguma conversa formal, ajustes no plano de aula, orientações administrativas, entre outros assuntos democráticos.
Peguei minha pasta, chequei se o celular estava no silencioso e o segui pelos corredores. A sala do reitor estava igual a todas as outras vezes, duas poltronas de couro à frente de uma enorme mesa, porta-retratos com fotos familiares, a estante de livros enorme. O reitor levantou-se ao me ver entrar, cumprimentou-me com um leve sorriso e um aperto de mão firme.
- Harry, que bom te ver, sente-se.
- Obrigado. - Sentei-me na poltrona da direita.
- Então, como foram as férias?
- Tranquilas.- Respondi, com a formalidade de sempre. - Passei mais tempo com as minhas filhas, tive um tempo para mim, acho que precisava disso.
- Imagino e sua bebê? Está bem? Amélia, não é?
- Sim, ela está ótima.
- Que bom. - Ele deu um longo suspiro. - Agradeço por vir Harry, eu sei que o semestre ainda não começou oficialmente, mas achei melhor conversarmos pessoalmente.
- Claro. - Assenti, me ajeitando na cadeira.
- Harry, eu queria que essa conversa fosse outra. - O tom dele mudou.- Infelizmente sua permanência nessa instituição não é mais viável, você não vai mais lecionar em Harvard.
- Como assim? - Indaguei, tentando manter a compostura. - Por quê?
Será que finalmente tinham descoberto?
Não.
Não podia ser.
- Você lembra que há alguns meses houve uma investigação interna sobre uma possível conduta imprópria de um professor com uma aluna?
Minhas mãos estavam sobre as pernas, meus dedos começaram a pressionar o tecido da calça com força.
Merda!
Merda!
Merda!
- Sim.
- Pois bem Harry, você conhece quem é Aurora O'Connor?
- Conheço... - Engoli em seco, tentando me manter calmo.
- Eu conheço o pai dela, estudamos juntos na mesma universidade e ele é um dos benfeitores dessa instituição, ele me ligou há duas semanas contando sobre o fatídico caso de sua filha.
Porra!!
Eu devia ter previsto isso.
O pai dela me odiava.
- Harry, além da confirmação do senhor O'connor, houve mais duas denúncias, um professor e um aluno também reafirmaram a história de Lion O'connor.
- Eu... - Não havia o que dizer, nada que saísse da minha boca seria o suficiente para me livrar daquilo.
- Você teve um envolvimento com uma aluna, vai ter um filho com ela, isso pra nossa instituição é inadmissível. - Sua olhar de decepção tava me matando. - Eu gosto de você, sempre gostei, é um professor brilhante, sei que ama o que faz, mas mentiu pra mim.
- Eu nunca... - Minha voz falhou. - Nunca tive a intenção de...- Minhas mãos estavam suando. - Mark, me desculpe.
- Você decepcionou profundamente.
- O que você espera que eu faça agora?
- Que peça demissão, voluntariamente. - Deu os ombros. - Se fizer isso eu não vou te denunciar, nem fazer com que isso vá além dessa sala e eu mesmo te recomendo pra onde quiser ir, não que mereça isso.
- Certo.
- Harry.- Ele me olhou mais sério. - Você foi um excelente professor, eu lamento que tenha sido desse jeito, mas você sabe que com isso envolvido, não teria outra opção.
- Tudo bem. -Me levantei. - Obrigado por tudo.
Foi por esse emprego que eu vim pra Boston, ensinar aqui era o que eu sonhei a vida inteira e agora era mais uma coisa que eu tinha perdido porque me apaixonei por Aurora, não era culpa dela, eu nunca diria que foi, mas foi por causa dela que toda minha vida mudou.
...
Se fosse outro tempo, hoje seria um dos meus melhores dias, eu acordaria com café na cama, teria sexo no chuveiro, as meninas teriam feito um cartão ridículo daqueles cheios de glitter. Violeta teria planejado algum jantar num restaurante novo e deixaria um bolo com o garçom logo que chegássemos. No fim da noite todos cantariam parabéns animados enquanto eu fingia não me emocionar.
Mas hoje não era esse dia.
Hoje não teria café, nem chuveiro, nem bolo, nem elas.
Vesti uma camiseta e o short de corrida de sempre, calcei o tênis, os fones e saí, precisava gastar energia e parar de pensar demais naquela manhã estúpida.
Minha mãe ligou animada, quis saber dos meus planos e eu menti. As meninas também ligaram da casa dos pais da Violeta, tentei não deixar transparecer o quanto doía saber que a própria mãe delas decidiu viajar justo no meu aniversário.
Me recusei a ficar em casa, saí para almoçar num restaurante de frutos do mar que costumava ir perto da faculdade, depois passei numa livraria, comprei um livro que fazia tempo que eu queria, também comprei um romance que sabia que Isa iria gostar e um livro fofinho para Aurora. Voltei no fim da tarde, honestamente o dia não tinha sido tão ruim, mas não estava sendo um dos melhores aniversários que tive.Pedi o jantar, vinte minutos depois estava largado no sofá só de cueca, comendo costeletas e cerveja gelada, revendo a segunda temporada de Breaking Bad.
A campainha tocou no meio do episódio 13, ignorei na primeira vez, com certeza era engano, mas quem quer que fosse parecia determinado a não ir embora. Pausei o episódio resmungando por ter que levantar, quando abri a porta pronto para xingar alguém, meu mundo parou por dois segundos.
Aurora estava parada no corredor, segurando um cupcake minúsculo com uma velinha azul acesa, com o rosto meio corado, o olhar baixo, como se ela mesma ainda não soubesse exatamente o que estava fazendo ali.
- Oi - Proferiu, com um sorriso tímido. - Feliz aniversário.
Um sorriso idiota surgiu nos meus lábios sujos de molho antes que eu pudesse impedir.
Ela lembrou?
Ela lembrou do meu aniversário?
Por quê?
Por que ela estava ali?
- Voc... Você lembrou.- Os olhos dela desceram discretamente me analisando, só então me toquei de que estava praticamente pelado. - Eu não estava esperando ninguém. - Consegui dizer, completamente sem graça.
- Percebi.- Sorriu de leve. - Eu posso entrar?
- Claro. - Dei espaço na porta para ela passar.
Aurora entrou devagar, me virei rápido e praticamente corri até o quarto, vesti a primeira calça de moletom que achei, uma camiseta preta meio amarrotada e fui direto para o banheiro. Tinha molho no queixo, meu cabelo despenteado e um sorriso ridículo estampado na cara. Tentei limpar o rosto, passar os dedos no cabelo para disfarçar, mas o sorriso aquele sorriso idiota, não saía de jeito nenhum.
Por que qualquer migalha de atenção dela me deixa feliz?
Que carência desgraçada era essa?
Voltei para a sala, ela estava sentada no meu sofá um pouco desajeitada, o cupcake no centro da mesa ao lado da bagunça que fiz com o jantar.
- Desculpe a zona. - Comentei, me aproximando.
- Sem problemas, fui eu quem apareceu do nada. - Deu os ombros, olhando para a TV, que ainda mostrava a cena pausada de Breaking Bad. - Eu... - Ela mexia os dedos, meio nervosa, quando sentei ao lado dela. - Eu vim aqui porque, bem, você é o pai do meu bebê, né? - Deu um sorriso forçado e meio sem graça. - E depois do que você fez por mim no final de semana passado com o chá, eu achei que devia, não queria atrapalhar o seu aniversário, na verdade, eu quase não vim, mas só vim te dar os parabéns.
- Muito obrigado, docinho.
- Vai. - Murmurou, esticando a mão, pegando o cupcake e me oferecendo. - Faz um pedido.
O cupcake parou entre nós, eu olhei para ela, depois para a chama, estava ridiculamente emocionado por um pedaço de massa com cobertura doce.
- Eu nem sei o que pedir.
- Então, pede qualquer coisa, mas apaga logo senão vai derreter tudo.
Peguei com cuidado, meus dedos esbarrando nos dela por um segundo, então fechei os olhos.
Seria um pedido estúpido.
Pedi por ela.
Pelo bebê.
Por uma chance.
E soprei.
- Obrigado mesmo por vir. - Tirei a vela com cuidado, mordendo um pedaço, o sabor doce se espalhou na boca.- Quer um pedaço?
Aurora hesitou um pouco, mas depois aceitou, levando o bolinho aos lábios.
- Hmmm, melhor que eu esperava. - Limpou a boca.- Tenho um presente para você. - Puxou algo do bolso do casaco.
- Aurora, você não precisava.
- Esse você vai querer.
Quando vi o envelope entre os dedos dela, meu corpo inteiro ficou tenso.
- Isso é o que eu estou pensando que é? - Perguntei, embora já soubesse a resposta.
- Sim.
Me aproximei, ficando ao lado dela, tão perto que o joelho dela encostou no meu. Pelo jeito que suas pernas se moviam, dava para sentir que ela também estava nervosa. Aurora estendeu o envelope, peguei com aquela ansiedade me corroendo por dentro.
- Posso abrir? - Questionei, encarando-a.
- Juntos.
Nos inclinamos ao mesmo tempo, o perfume suave invadiu minhas narinas, uma mecha do cabelo dela roçou no meu braço, tentei me concentrar no que importava, meus dedos foram até a aba do envelope, a mão tremia um pouco, respirei fundo e comecei a abrir.
Meus olhos correram pelas primeiras linhas, nome da paciente, data do ultrassom, idade gestacional, nada daquilo me interessava, continuei lendo, linha por linha, até meus olhos pararem.
Minha mão foi instintivamente até a boca, não consegui conter o sorriso largo que se abriu rapidamente em meu rosto, meus próprios olhos começaram a lacrimejar com as lágrimas que estava lutando para conter.
Sexo fetal: Masculino.
- Um menino? - Reli, atordoado. - Nós vamos ter um menino?!
Fixei o olhar no papel, examinando mais uma vez para ter certeza de que não era mentira, não consegui me segurar e a puxei para um abraço.
- Acho que sim. - Sua voz saiu abafada contra mim.
Nós seríamos pais, pais de um lindo menininho.
- Eu sempre quis um menino. - Involuntariamente, me aninhei em seu pescoço. - Eu amo as meninas, Deus, como eu amo, mas ter um menininho sempre foi um sonho. - Admiti a ela com minha voz falhando.
Naquele instante, eu esqueci que meu dia tinha sido horrível, a demissão, o aniversário sozinho, esqueci tudo o que havia perdido porque ela estava me dando isso.
Ela estava me dando ele.
Eu não disse em voz alta, soaria egoísta demais, mas ela me deu o maior presente da minha vida.
Me perguntei se ela conseguia sentir o que estava acontecendo comigo, se tinha ideia do que aquele papel na minha mão significava para mim.
Num impulso, ajoelhei-me à frente dela, o sofá atrás impediu que Aurora recuasse, mas ela nem tentou, inclinei meu corpo para frente, minhas mãos deslizaram com cuidado até a barriga dela, encostei minha testa ali, fechando os olhos.
Só queria sentir meu filho.
- Você é meu menino. - Admiti baixinho, deixando um beijo mesmo por cima da blusa grossa.- Eu esperei tanto por você.
Senti os dedos de Aurora encontrarem meu cabelo fazendo um carinho lento, recuei por um segundo, eu não esperava isso, mas no instante seguinte, me rendi e aconcheguei-me no toque dela.
Me levantei, meus joelhos estavam reclamando do tempo ajoelhado, sentei-me no sofá sem saber o que fazer com tudo o que estava acontecendo desde o segundo em que ela apareceu na porta.
- Obrigado por me deixar viver isso.
- De nada. - Aurora me olhou daquele jeito que fez tudo dentro de mim estremecer.
Mordi minha língua para evitar fazer qualquer ação inapropriada, mas acabei subindo minha mão tocando em seu rosto, meus dedos deslizando até prenderem atrás da nuca dela, sua pele sempre foi muito quente.
Quantas vezes eu já tinha encostado ali?
Quantas vezes eu desejei fazer isso de novo?
Me inclinei, meus lábios roçaram a bochecha dela, minha testa encontrou a sua, inspirei o cheiro dela, meu nariz roçou no seu quase sem querer, mas ela não se afastou, a respiração dela bateu na minha boca, me fazendo apertar um pouco mais sua nuca.
Porra...
Como eu queria beijar ela.
Não sabia de onde vinha esse desejo tão urgente, talvez fosse a carência dos últimos meses, o fato de não tocar em ninguém desde o fim do meu casamento ou talvez fosse meu aniversário e ela ali.
Meus olhos desceram para sua boca, me permiti imaginar como seria sentir de novo seu gosto só mais uma vez.
Vi um rubor nas bochechas dela e seus olhos se arregalarem quando me aproximei ainda mais, ficando centímetros de seus lábios e por um segundo, um breve, precioso segundo, eu quase a beijei.
- Aurora... - Sussurrei, quase sem voz, meus lábios roçaram levemente nos seus.
Se ela vacilasse por um único segundo, se não desviasse o rosto, se deixasse, eu cederia.
Eu iria ceder e me dava um frio na barriga só de pensar nisso.
As pupilas dela estavam mais dilatadas do que o normal, os lábios tremiam levemente, mas eu não sabia se ela queria. Na verdade, eu sabia que não podia, minha mão ainda segurava seu rosto, porém os dedos dela envolverem meu pulso.
Aquilo foi minha doce e cruel resposta.
Então, eu me afastei.
Recuar nunca foi tão difícil, a gente não se aproximava assim há um bom tempo, era estranho, a culpa ainda latejava no peito, talvez eu não devesse ter chegado tão perto.
- Me desculpe.
- Tudo bem. - Ela desviou o olhar. - Na verdade, não está tudo bem, você não pode...
- Eu sei. - Assenti, olhando para baixo. - Eu só não sei o que me deu.
- Eu acho que já vou.
- Aurora, eu posso ter você aqui só mais um pouquinho?
- Harry.
- Eu não estou pedindo muito, só quero terminar esse dia com você aqui.
Ela respirou fundo, hesitante, seu olhar vagou até a TV.
- Breaking Bad? - Concordei, quase sorrindo. - Vai, coloca.
Dei play a gente ficou ali em silêncio, deixando o episódio rolar.
Esse com certeza foi um dos melhores aniversários da minha vida.
Muito obrigado por ler até aqui, se gostou considere deixar seu comentário e um voto ele é muito importante para mim ❤️
Muito obrigado por ler até aqui se você gostou considere deixar seu comentário e um voto, ele é muito importante para mim 💞
8 notes · View notes
harrrystyles-writing · 24 days ago
Note
Como pode ser a mesma pessoa
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Ele tá muito o pai da Bella de crepúsculo
Pior que tá mesmo kkkkkkkkkk mas sempre achei um gato o pai da bela 🫦
Eu tava essa semana discutindo com uma amiga no whatsapp sobre isso com essa foto :
Tumblr media
Nós tentando entender como parece tão diferente kkkkk
Mas é que ele te envelhecendo e eu não estava preparada pra ver ele envelhecer! Vi ele desde 2012 então tipo não entra na minha mente.
4 notes · View notes
harrrystyles-writing · 24 days ago
Note
vai ter quantas partes cah esse do Harry sugar daddy? Aliás adorei 🥵
Obrigada meu amor.
Ainda não sei quantas vão ser, mas já tenho 4 escritas. ( Simplesmente a ideia surgiu na minha mente e eu não parei de escrever kkk)
3 notes · View notes
harrrystyles-writing · 24 days ago
Note
amigaaaa, você assistiu o filme que saiu na netflix ‘meu ano em oxford’?
tipo sua fanfic kkkkk
não sei se tem o livro do filme 🤔
Qual Fic amiga ? A do professor?? Não vi ainda ! Mas agora vou ver .
0 notes
harrrystyles-writing · 24 days ago
Text
Sugar Weekend
Sinopse: Um final de semana! Uma ilha isolada, meu sugar daddy preferido.
NotaAutora: Este será uma Short Fic dedicado a Sugar Daddy Styles. +18, incluindo cenas explícitas de sexo em todos os capítulos, álcool e drogas ilícitas, os Hots dessa história estão bem detalhados(muito mesmo) então se esse tipo de conteúdo não for do seu agrado, recomendo que não leia.
Tumblr media
Capítulo 1
Tudo começou porque eu era uma estudante universitária falida, 23 anos e três empregos de meio período, um curso de Relações Internacionais que eu nem sabia mais se queria e uma pilha de boletos que não parava de crescer.
Foi a Rachel, minha melhor amiga e péssima influência, quem me mostrou o site dos sonhos.
Sugar Darlings.
Um clique e eu já estava navegando entre CEOs entediados, milionários divorciados e homens que pareciam saídos direto de um catálogo de luxo. Entrei só por curiosidade, mas acabei ficando e no fim se tornou meu emprego em tempo integral.
No começo foi estranho, alguns encontros foram piores que entrevistas de emprego, outros pareciam mais testes de elenco pornô, mas eu aprendi e aprendi rápido, aprendi a escolher, a cobrar, a observar, assim consegui resolver minha vida financeira em pouco tempo.
Até que ele apareceu.
Harry Styles, um CEO milionário de 40 anos, alto, corpo definido sob um terno perfeitamente ajustado, braços fortes demais para serem ignorados, mãos grandes demais para não imaginar o que poderiam fazer, cabelos escuros levemente bagunçados e um olhar.
Aquele olhar...
Eu o vi pela primeira vez num evento beneficente, eu estava lá como acompanhante de um executivo velho, chato e nojento, que queria que eu risse das piadas dele, como se fosse genial.
Encostado no balcão do bar, de paletó aberto, copo na mão, Harry me encarou desde que entrei, ele somente me olhava e eu retribuía até que não aguentei mais, indo até ele.
Conversamos por alguns minutos, o suficiente para eu esquecer onde estava.
Ele foi engraçado, sarcástico e diferente dos outros ele não me olhou como se eu fosse um prêmio.
Foi uma conversa agradável, mas não dei meu número, também não contei nada que revelasse minha identidade, mesmo assim dois dias depois ele encontrou. Sabia meu nome, meu horário, meu histórico.
Ele veio atrás de mim.
E a partir dali nada mais foi igual.
Na semana seguinte, Harry Styles era meu sugar daddy oficial, não um qualquer, um dos meus Sugar VIP, por mais que eu odiasse admitir, muitas vezes estar com ele não era sobre o dinheiro.
Ele não me tratava como um enfeite, sabia olhar nos meus olhos e me fazer sentir importante. Harry se cuidava, malhava, era bonito e tinha pegada, na cama sabia exatamente o que fazer e quando ele me puxava para baixo dele eu sempre saia com as pernas moles e sem fôlego. Nunca me obrigou a nada e talvez fosse justamente por isso que eu sempre quis tudo com ele, mas também com um homem assim, rico, gostoso e inteiro para mim, eu não precisava pensar duas vezes, seria um desperdício não aproveitar cada momento.
Harry me trouxe em outro evento luxuoso, chique e cheio de gente que fingia humanidade atrás de taças de champanhe.
Eu estava com um vestido preto que ele escolheu, justo, decotado, com uma fenda que gritava me coma e ele estava como sempre impecável, terno azul-escuro, cabelo arrumado do jeito bagunçado que só ele fazia parecer intencionalmente atraente e aquele maldito perfume amadeirado que me dava vontade de lamber o pescoço dele em público.
— Fica perto de mim e não se esqueça de sorrir. — Sussurrou após se inclinar.
Aquela voz fazia meu clitóris pulsar, mesmo quando ele só falava ordens simples.
— Sim... Senhor.
Ele caminhava ao meu lado com uma mão pousada nas minhas costas nuas, sorrindo para todos até pararmos em um grupo de investidores. Odiava quando ele entrava no modo CEO, odiava ainda mais quanto isso me deixava carente.
Apoiei uma mão no seu peito enquanto ele contava sobre uma de suas viagens, meus dedos deslizaram devagar pela gravata, ajustando sem necessidade, mas ele nem olhou para mim, continuando a falar.
Ah, era assim?
Esperei até nós sentarmos na enorme mesa para deslizar meu pé até a perna dele, meu salto tocando sua canela, subindo pela calça social, testando meus limites, mas ele continuou a conversa normalmente, me ignorando, o que me deixou completamente fora de mim.
Eu odiava ser ignorada.
Inclinei o corpo, minhas mãos subindo minha mão direita por sua coxa, assim que cheguei à virilha senti sua mão segurar meu pulso.
— Se comporta, cadelinha. — Rosnou em meu ouvido.— Só mais um pouco, depois subimos. — Ele sorriu de lado, o sorrisinho maldito que dizia que estava se divertindo com a minha frustração.
— Tá. — Tirei minha mão esperando minha recompensa.
Quarenta minutos depois, eu já estava entediada, ele havia prometido que seria só mais um pouco e isso não aconteceu. Eu não ia esperar mais, levantei com calma pegando minha bolsa como se fosse só ir ao banheiro, toquei levemente o ombro dele e me inclinei para sussurrar.
— Me avisa quando o show terminar, vou estar no quarto.
— Não ouse subir sozinha. — Seu olhar rígido me deixou com um pouco de medo.
Mas eu gostei, ignorei saindo de lá com meus saltos ecoando pelo salão.
...
A cobertura luxuosa era a que sempre usávamos quando estávamos em New York, abri a porta e entrei, joguei a bolsa sobre a poltrona, tirei os brincos, deixei o vestido cair do meu corpo com um único movimento.
Eu queria que ele subisse, só para me punir por desobedecer, mas isso não aconteceu. Sentada à beirada da cama, esperei por mais de vinte minutos.
Eu me deitei de costas, pernas abertas, dedos traçando círculos lentos nos próprios seios, só o suficiente para deixar os mamilos durinhos e doloridos. Eu precisava de um banho para me acalmar, mas o banho só piorou, a água escorria entre meus seios, escorria pelas minhas coxas, me deixando cada vez mais quente.
Saí do banho com a pele corada, cada centímetro latejando de necessidade, me joguei na cama decepcionada, sabendo que ele ainda estava lá embaixo, cercado de gente, enquanto eu não iria conseguir aguentar e ia me masturbar feito uma putinha carente.
Deitada de costas, abri as pernas lentamente como ele fazia comigo quando queria me humilhar. Um dedo deslizou devagar, só para sentir o quanto estava molhada, já estava tão excitada que meus dedos escorregavam. Um dedo foi para clitóris, circulando devagar, igual ele fazia, pequenos gemidos já escapavam de meus lábios, a mão livre apertando um seio com força, os dedos brincando com o mamilo.
— Ah, caralho...
Meus quadris levantaram-se do colchão sozinhos, foi quando tive a ideia.
Eu queria ele vendo.
Queria ele sofrendo.
O celular.
Apoiei-o na cabeceira, liguei a câmera, comecei a gravar meu rosto de safada, a boca aberta em gemidos roucos, meus seios pulando a cada movimento da mão, meus dedos afundando na minha boceta, saindo melados, voltando de novo.
Enviei.
Não levou 10 minutos para a porta do quarto se abrir, Harry entrou, com a respiração levemente acelerada, o celular na mão e meu vídeo ainda em pausa na tela.
— O que minha cadelinha andou aprontando...
— Só estava aliviando o tédio, você estava ocupado demais para cuidar de mim. — Eu sorri, ainda com os
dedos mergulhados em mim.
— Tadinha. — Ele veio em minha direção tirando o paletó. — Tão carente que teve que se gravar? Que teve que se tocar no meu quarto, na minha cama, fingindo que eram os meus dedos?
— Pode me punir depois... — Inspirei profundamente, com as pernas bambas. — Mas deixa eu gozar assim primeiro.
— Não. — Ele segurou o meu pulso, apertando até eu conseguir soltar as minhas mãos. — Nós nos divertimos. — Os dedos dele roçaram em meu clitóris. — Mas diversão tem regras e você quebrou todas hoje.
— Daddy, por favor... — Abaixei o olhar para o volume óbvio pressionando em sua calça. — Não aja assim, eu sei que você gostou do que fiz.
— Não... Eu só gosto de punir.
Ele parou, seus dedos agarrando tornozelos e puxou arrastando-me para fora da cama, depois passou por mim, sentando-se, pegando o controle e ligando a TV.
— Você não vai? — Ele ajustou o volume, ignorando minha pergunta. — Daddy?
Ele continuou a olhar para televisão enquanto o noticiário de economia enchia o quarto de ruído inútil. Me joguei em cima dele antes que meu orgulho me impedisse, minha pele nua contra o terno impecável, minhas coxas apertando seu quadril, comecei a me esfregar no volume duro sob o zíper dele.
— Daddy... — Choramingando, me movi num ritmo torturante.
Ele prendeu um suspiro, mas as mãos ficaram imóveis como se eu não valesse o seu toque.
— Ah, é? Quer atenção? — Seus olhos finalmente encontraram os meus.
— Sim... Me sinto tão sozinha... — Eu me contorci, esfregando o clitóris no tecido áspero da calça dele, gemendo baixo. — Você só me traz para esses eventos chatos, mas não brinca comigo.
Meus quadris aceleraram, a umidade manchando o tecido caro, eu via as veias do pescoço dele saltarem, mas ele não se mexia.
— Eu brinco, mas você é muito impaciente.
— Daddy, só queria você para mim, nem que fosse uma noite. — Lágrimas de frustração misturaram-se ao meu rímel. — Sem esses eventos e coisas de CEO.
— Oh! Minha cadelinha. —
Suas mãos agarraram meu quadril, parando meus movimentos. — Implora, então, quero ouvir você implorar no meu ouvido.
Ele estava adorando.
E eu implorei, com palavras sujas, com lágrimas nos olhos, com os quadris levantando procurando o toque que ele negava, os lábios tremendo, os seios roçando em seu peito e minha boca colada em seu ouvido.
— Goza. — Ordenou sorrindo, movimentos. — Goza olhando pra mim.
Eu obedeci, gemendo seu nome, meu corpo todo tremendo, os músculos se contraindo em torno de nada, enquanto encarava cada expressão dele.
— Ok. — Murmurou contra meus lábios. — Eu vou te dar.
— O quê?
— Vou te dar o que você quiser.
— Sério? — Meu coração disparou.
— Sim. — Então me jogou na cama, abrindo finalmente o zíper. — Mas agora quero minha recompensa.
✨ Gostou do capítulo? Deixe seu comentário e um like!
E você… está ansioso(a) para o próximo? 👀🔥
37 notes · View notes
harrrystyles-writing · 25 days ago
Note
eu amei 😈😈 quando sai o próximo cah?
Obrigada amoré.
Tumblr media
Sai na próxima semana o capítulo 2 😍
0 notes
harrrystyles-writing · 25 days ago
Text
Sugar Weekend
Sinopse: Um final de semana! Uma ilha isolada, meu sugar daddy preferido.
NotaAutora: Este será uma Short Fic dedicado a Sugar Daddy Styles. +18, incluindo cenas explícitas de sexo em todos os capítulos, álcool e drogas ilícitas, os Hots dessa história estão bem detalhados(muito mesmo) então se esse tipo de conteúdo não for do seu agrado, recomendo que não leia.
Tumblr media
Capítulo 1
Tudo começou porque eu era uma estudante universitária falida, 23 anos e três empregos de meio período, um curso de Relações Internacionais que eu nem sabia mais se queria e uma pilha de boletos que não parava de crescer.
Foi a Rachel, minha melhor amiga e péssima influência, quem me mostrou o site dos sonhos.
Sugar Darlings.
Um clique e eu já estava navegando entre CEOs entediados, milionários divorciados e homens que pareciam saídos direto de um catálogo de luxo. Entrei só por curiosidade, mas acabei ficando e no fim se tornou meu emprego em tempo integral.
No começo foi estranho, alguns encontros foram piores que entrevistas de emprego, outros pareciam mais testes de elenco pornô, mas eu aprendi e aprendi rápido, aprendi a escolher, a cobrar, a observar, assim consegui resolver minha vida financeira em pouco tempo.
Até que ele apareceu.
Harry Styles, um CEO milionário de 40 anos, alto, corpo definido sob um terno perfeitamente ajustado, braços fortes demais para serem ignorados, mãos grandes demais para não imaginar o que poderiam fazer, cabelos escuros levemente bagunçados e um olhar.
Aquele olhar...
Eu o vi pela primeira vez num evento beneficente, eu estava lá como acompanhante de um executivo velho, chato e nojento, que queria que eu risse das piadas dele, como se fosse genial.
Encostado no balcão do bar, de paletó aberto, copo na mão, Harry me encarou desde que entrei, ele somente me olhava e eu retribuía até que não aguentei mais, indo até ele.
Conversamos por alguns minutos, o suficiente para eu esquecer onde estava.
Ele foi engraçado, sarcástico e diferente dos outros ele não me olhou como se eu fosse um prêmio.
Foi uma conversa agradável, mas não dei meu número, também não contei nada que revelasse minha identidade, mesmo assim dois dias depois ele encontrou. Sabia meu nome, meu horário, meu histórico.
Ele veio atrás de mim.
E a partir dali nada mais foi igual.
Na semana seguinte, Harry Styles era meu sugar daddy oficial, não um qualquer, um dos meus Sugar VIP, por mais que eu odiasse admitir, muitas vezes estar com ele não era sobre o dinheiro.
Ele não me tratava como um enfeite, sabia olhar nos meus olhos e me fazer sentir importante. Harry se cuidava, malhava, era bonito e tinha pegada, na cama sabia exatamente o que fazer e quando ele me puxava para baixo dele eu sempre saia com as pernas moles e sem fôlego. Nunca me obrigou a nada e talvez fosse justamente por isso que eu sempre quis tudo com ele, mas também com um homem assim, rico, gostoso e inteiro para mim, eu não precisava pensar duas vezes, seria um desperdício não aproveitar cada momento.
Harry me trouxe em outro evento luxuoso, chique e cheio de gente que fingia humanidade atrás de taças de champanhe.
Eu estava com um vestido preto que ele escolheu, justo, decotado, com uma fenda que gritava me coma e ele estava como sempre impecável, terno azul-escuro, cabelo arrumado do jeito bagunçado que só ele fazia parecer intencionalmente atraente e aquele maldito perfume amadeirado que me dava vontade de lamber o pescoço dele em público.
— Fica perto de mim e não se esqueça de sorrir. — Sussurrou após se inclinar.
Aquela voz fazia meu clitóris pulsar, mesmo quando ele só falava ordens simples.
— Sim... Senhor.
Ele caminhava ao meu lado com uma mão pousada nas minhas costas nuas, sorrindo para todos até pararmos em um grupo de investidores. Odiava quando ele entrava no modo CEO, odiava ainda mais quanto isso me deixava carente.
Apoiei uma mão no seu peito enquanto ele contava sobre uma de suas viagens, meus dedos deslizaram devagar pela gravata, ajustando sem necessidade, mas ele nem olhou para mim, continuando a falar.
Ah, era assim?
Esperei até nós sentarmos na enorme mesa para deslizar meu pé até a perna dele, meu salto tocando sua canela, subindo pela calça social, testando meus limites, mas ele continuou a conversa normalmente, me ignorando, o que me deixou completamente fora de mim.
Eu odiava ser ignorada.
Inclinei o corpo, minhas mãos subindo minha mão direita por sua coxa, assim que cheguei à virilha senti sua mão segurar meu pulso.
— Se comporta, cadelinha. — Rosnou em meu ouvido.— Só mais um pouco, depois subimos. — Ele sorriu de lado, o sorrisinho maldito que dizia que estava se divertindo com a minha frustração.
— Tá. — Tirei minha mão esperando minha recompensa.
Quarenta minutos depois, eu já estava entediada, ele havia prometido que seria só mais um pouco e isso não aconteceu. Eu não ia esperar mais, levantei com calma pegando minha bolsa como se fosse só ir ao banheiro, toquei levemente o ombro dele e me inclinei para sussurrar.
— Me avisa quando o show terminar, vou estar no quarto.
— Não ouse subir sozinha. — Seu olhar rígido me deixou com um pouco de medo.
Mas eu gostei, ignorei saindo de lá com meus saltos ecoando pelo salão.
...
A cobertura luxuosa era a que sempre usávamos quando estávamos em New York, abri a porta e entrei, joguei a bolsa sobre a poltrona, tirei os brincos, deixei o vestido cair do meu corpo com um único movimento.
Eu queria que ele subisse, só para me punir por desobedecer, mas isso não aconteceu. Sentada à beirada da cama, esperei por mais de vinte minutos.
Eu me deitei de costas, pernas abertas, dedos traçando círculos lentos nos próprios seios, só o suficiente para deixar os mamilos durinhos e doloridos. Eu precisava de um banho para me acalmar, mas o banho só piorou, a água escorria entre meus seios, escorria pelas minhas coxas, me deixando cada vez mais quente.
Saí do banho com a pele corada, cada centímetro latejando de necessidade, me joguei na cama decepcionada, sabendo que ele ainda estava lá embaixo, cercado de gente, enquanto eu não iria conseguir aguentar e ia me masturbar feito uma putinha carente.
Deitada de costas, abri as pernas lentamente como ele fazia comigo quando queria me humilhar. Um dedo deslizou devagar, só para sentir o quanto estava molhada, já estava tão excitada que meus dedos escorregavam. Um dedo foi para clitóris, circulando devagar, igual ele fazia, pequenos gemidos já escapavam de meus lábios, a mão livre apertando um seio com força, os dedos brincando com o mamilo.
— Ah, caralho...
Meus quadris levantaram-se do colchão sozinhos, foi quando tive a ideia.
Eu queria ele vendo.
Queria ele sofrendo.
O celular.
Apoiei-o na cabeceira, liguei a câmera, comecei a gravar meu rosto de safada, a boca aberta em gemidos roucos, meus seios pulando a cada movimento da mão, meus dedos afundando na minha boceta, saindo melados, voltando de novo.
Enviei.
Não levou 10 minutos para a porta do quarto se abrir, Harry entrou, com a respiração levemente acelerada, o celular na mão e meu vídeo ainda em pausa na tela.
— O que minha cadelinha andou aprontando...
— Só estava aliviando o tédio, você estava ocupado demais para cuidar de mim. — Eu sorri, ainda com os
dedos mergulhados em mim.
— Tadinha. — Ele veio em minha direção tirando o paletó. — Tão carente que teve que se gravar? Que teve que se tocar no meu quarto, na minha cama, fingindo que eram os meus dedos?
— Pode me punir depois... — Inspirei profundamente, com as pernas bambas. — Mas deixa eu gozar assim primeiro.
— Não. — Ele segurou o meu pulso, apertando até eu conseguir soltar as minhas mãos. — Nós nos divertimos. — Os dedos dele roçaram em meu clitóris. — Mas diversão tem regras e você quebrou todas hoje.
— Daddy, por favor... — Abaixei o olhar para o volume óbvio pressionando em sua calça. — Não aja assim, eu sei que você gostou do que fiz.
— Não... Eu só gosto de punir.
Ele parou, seus dedos agarrando tornozelos e puxou arrastando-me para fora da cama, depois passou por mim, sentando-se, pegando o controle e ligando a TV.
— Você não vai? — Ele ajustou o volume, ignorando minha pergunta. — Daddy?
Ele continuou a olhar para televisão enquanto o noticiário de economia enchia o quarto de ruído inútil. Me joguei em cima dele antes que meu orgulho me impedisse, minha pele nua contra o terno impecável, minhas coxas apertando seu quadril, comecei a me esfregar no volume duro sob o zíper dele.
— Daddy... — Choramingando, me movi num ritmo torturante.
Ele prendeu um suspiro, mas as mãos ficaram imóveis como se eu não valesse o seu toque.
— Ah, é? Quer atenção? — Seus olhos finalmente encontraram os meus.
— Sim... Me sinto tão sozinha... — Eu me contorci, esfregando o clitóris no tecido áspero da calça dele, gemendo baixo. — Você só me traz para esses eventos chatos, mas não brinca comigo.
Meus quadris aceleraram, a umidade manchando o tecido caro, eu via as veias do pescoço dele saltarem, mas ele não se mexia.
— Eu brinco, mas você é muito impaciente.
— Daddy, só queria você para mim, nem que fosse uma noite. — Lágrimas de frustração misturaram-se ao meu rímel. — Sem esses eventos e coisas de CEO.
— Oh! Minha cadelinha. —
Suas mãos agarraram meu quadril, parando meus movimentos. — Implora, então, quero ouvir você implorar no meu ouvido.
Ele estava adorando.
E eu implorei, com palavras sujas, com lágrimas nos olhos, com os quadris levantando procurando o toque que ele negava, os lábios tremendo, os seios roçando em seu peito e minha boca colada em seu ouvido.
— Goza. — Ordenou sorrindo, movimentos. — Goza olhando pra mim.
Eu obedeci, gemendo seu nome, meu corpo todo tremendo, os músculos se contraindo em torno de nada, enquanto encarava cada expressão dele.
— Ok. — Murmurou contra meus lábios. — Eu vou te dar.
— O quê?
— Vou te dar o que você quiser.
— Sério? — Meu coração disparou.
— Sim. — Então me jogou na cama, abrindo finalmente o zíper. — Mas agora quero minha recompensa.
✨ Gostou do capítulo? Deixe seu comentário e um like!
E você… está ansioso(a) para o próximo? 👀🔥
37 notes · View notes
harrrystyles-writing · 26 days ago
Text
Sugar Weekend
Sinopse: Um final de semana! Uma ilha isolada, meu sugar daddy preferido.
NotaAutora: Este será uma Short Fic dedicado a Sugar Daddy Styles. +18, incluindo cenas explícitas de sexo em todos os capítulos, álcool e drogas ilícitas, os Hots dessa história estão bem detalhados(muito mesmo) então se esse tipo de conteúdo não for do seu agrado, recomendo que não leia.
Tumblr media
Capítulo 1
Tudo começou porque eu era uma estudante universitária falida, 23 anos e três empregos de meio período, um curso de Relações Internacionais que eu nem sabia mais se queria e uma pilha de boletos que não parava de crescer.
Foi a Rachel, minha melhor amiga e péssima influência, quem me mostrou o site dos sonhos.
Sugar Darlings.
Um clique e eu já estava navegando entre CEOs entediados, milionários divorciados e homens que pareciam saídos direto de um catálogo de luxo. Entrei só por curiosidade, mas acabei ficando e no fim se tornou meu emprego em tempo integral.
No começo foi estranho, alguns encontros foram piores que entrevistas de emprego, outros pareciam mais testes de elenco pornô, mas eu aprendi e aprendi rápido, aprendi a escolher, a cobrar, a observar, assim consegui resolver minha vida financeira em pouco tempo.
Até que ele apareceu.
Harry Styles, um CEO milionário de 40 anos, alto, corpo definido sob um terno perfeitamente ajustado, braços fortes demais para serem ignorados, mãos grandes demais para não imaginar o que poderiam fazer, cabelos escuros levemente bagunçados e um olhar.
Aquele olhar...
Eu o vi pela primeira vez num evento beneficente, eu estava lá como acompanhante de um executivo velho, chato e nojento, que queria que eu risse das piadas dele, como se fosse genial.
Encostado no balcão do bar, de paletó aberto, copo na mão, Harry me encarou desde que entrei, ele somente me olhava e eu retribuía até que não aguentei mais, indo até ele.
Conversamos por alguns minutos, o suficiente para eu esquecer onde estava.
Ele foi engraçado, sarcástico e diferente dos outros ele não me olhou como se eu fosse um prêmio.
Foi uma conversa agradável, mas não dei meu número, também não contei nada que revelasse minha identidade, mesmo assim dois dias depois ele encontrou. Sabia meu nome, meu horário, meu histórico.
Ele veio atrás de mim.
E a partir dali nada mais foi igual.
Na semana seguinte, Harry Styles era meu sugar daddy oficial, não um qualquer, um dos meus Sugar VIP, por mais que eu odiasse admitir, muitas vezes estar com ele não era sobre o dinheiro.
Ele não me tratava como um enfeite, sabia olhar nos meus olhos e me fazer sentir importante. Harry se cuidava, malhava, era bonito e tinha pegada, na cama sabia exatamente o que fazer e quando ele me puxava para baixo dele eu sempre saia com as pernas moles e sem fôlego. Nunca me obrigou a nada e talvez fosse justamente por isso que eu sempre quis tudo com ele, mas também com um homem assim, rico, gostoso e inteiro para mim, eu não precisava pensar duas vezes, seria um desperdício não aproveitar cada momento.
Harry me trouxe em outro evento luxuoso, chique e cheio de gente que fingia humanidade atrás de taças de champanhe.
Eu estava com um vestido preto que ele escolheu, justo, decotado, com uma fenda que gritava me coma e ele estava como sempre impecável, terno azul-escuro, cabelo arrumado do jeito bagunçado que só ele fazia parecer intencionalmente atraente e aquele maldito perfume amadeirado que me dava vontade de lamber o pescoço dele em público.
— Fica perto de mim e não se esqueça de sorrir. — Sussurrou após se inclinar.
Aquela voz fazia meu clitóris pulsar, mesmo quando ele só falava ordens simples.
— Sim... Senhor.
Ele caminhava ao meu lado com uma mão pousada nas minhas costas nuas, sorrindo para todos até pararmos em um grupo de investidores. Odiava quando ele entrava no modo CEO, odiava ainda mais quanto isso me deixava carente.
Apoiei uma mão no seu peito enquanto ele contava sobre uma de suas viagens, meus dedos deslizaram devagar pela gravata, ajustando sem necessidade, mas ele nem olhou para mim, continuando a falar.
Ah, era assim?
Esperei até nós sentarmos na enorme mesa para deslizar meu pé até a perna dele, meu salto tocando sua canela, subindo pela calça social, testando meus limites, mas ele continuou a conversa normalmente, me ignorando, o que me deixou completamente fora de mim.
Eu odiava ser ignorada.
Inclinei o corpo, minhas mãos subindo minha mão direita por sua coxa, assim que cheguei à virilha senti sua mão segurar meu pulso.
— Se comporta, cadelinha. — Rosnou em meu ouvido.— Só mais um pouco, depois subimos. — Ele sorriu de lado, o sorrisinho maldito que dizia que estava se divertindo com a minha frustração.
— Tá. — Tirei minha mão esperando minha recompensa.
Quarenta minutos depois, eu já estava entediada, ele havia prometido que seria só mais um pouco e isso não aconteceu. Eu n��o ia esperar mais, levantei com calma pegando minha bolsa como se fosse só ir ao banheiro, toquei levemente o ombro dele e me inclinei para sussurrar.
— Me avisa quando o show terminar, vou estar no quarto.
— Não ouse subir sozinha. — Seu olhar rígido me deixou com um pouco de medo.
Mas eu gostei, ignorei saindo de lá com meus saltos ecoando pelo salão.
...
A cobertura luxuosa era a que sempre usávamos quando estávamos em New York, abri a porta e entrei, joguei a bolsa sobre a poltrona, tirei os brincos, deixei o vestido cair do meu corpo com um único movimento.
Eu queria que ele subisse, só para me punir por desobedecer, mas isso não aconteceu. Sentada à beirada da cama, esperei por mais de vinte minutos.
Eu me deitei de costas, pernas abertas, dedos traçando círculos lentos nos próprios seios, só o suficiente para deixar os mamilos durinhos e doloridos. Eu precisava de um banho para me acalmar, mas o banho só piorou, a água escorria entre meus seios, escorria pelas minhas coxas, me deixando cada vez mais quente.
Saí do banho com a pele corada, cada centímetro latejando de necessidade, me joguei na cama decepcionada, sabendo que ele ainda estava lá embaixo, cercado de gente, enquanto eu não iria conseguir aguentar e ia me masturbar feito uma putinha carente.
Deitada de costas, abri as pernas lentamente como ele fazia comigo quando queria me humilhar. Um dedo deslizou devagar, só para sentir o quanto estava molhada, já estava tão excitada que meus dedos escorregavam. Um dedo foi para clitóris, circulando devagar, igual ele fazia, pequenos gemidos já escapavam de meus lábios, a mão livre apertando um seio com força, os dedos brincando com o mamilo.
— Ah, caralho...
Meus quadris levantaram-se do colchão sozinhos, foi quando tive a ideia.
Eu queria ele vendo.
Queria ele sofrendo.
O celular.
Apoiei-o na cabeceira, liguei a câmera, comecei a gravar meu rosto de safada, a boca aberta em gemidos roucos, meus seios pulando a cada movimento da mão, meus dedos afundando na minha boceta, saindo melados, voltando de novo.
Enviei.
Não levou 10 minutos para a porta do quarto se abrir, Harry entrou, com a respiração levemente acelerada, o celular na mão e meu vídeo ainda em pausa na tela.
— O que minha cadelinha andou aprontando...
— Só estava aliviando o tédio, você estava ocupado demais para cuidar de mim. — Eu sorri, ainda com os
dedos mergulhados em mim.
— Tadinha. — Ele veio em minha direção tirando o paletó. — Tão carente que teve que se gravar? Que teve que se tocar no meu quarto, na minha cama, fingindo que eram os meus dedos?
— Pode me punir depois... — Inspirei profundamente, com as pernas bambas. — Mas deixa eu gozar assim primeiro.
— Não. — Ele segurou o meu pulso, apertando até eu conseguir soltar as minhas mãos. — Nós nos divertimos. — Os dedos dele roçaram em meu clitóris. — Mas diversão tem regras e você quebrou todas hoje.
— Daddy, por favor... — Abaixei o olhar para o volume óbvio pressionando em sua calça. — Não aja assim, eu sei que você gostou do que fiz.
— Não... Eu só gosto de punir.
Ele parou, seus dedos agarrando tornozelos e puxou arrastando-me para fora da cama, depois passou por mim, sentando-se, pegando o controle e ligando a TV.
— Você não vai? — Ele ajustou o volume, ignorando minha pergunta. — Daddy?
Ele continuou a olhar para televisão enquanto o noticiário de economia enchia o quarto de ruído inútil. Me joguei em cima dele antes que meu orgulho me impedisse, minha pele nua contra o terno impecável, minhas coxas apertando seu quadril, comecei a me esfregar no volume duro sob o zíper dele.
— Daddy... — Choramingando, me movi num ritmo torturante.
Ele prendeu um suspiro, mas as mãos ficaram imóveis como se eu não valesse o seu toque.
— Ah, é? Quer atenção? — Seus olhos finalmente encontraram os meus.
— Sim... Me sinto tão sozinha... — Eu me contorci, esfregando o clitóris no tecido áspero da calça dele, gemendo baixo. — Você só me traz para esses eventos chatos, mas não brinca comigo.
Meus quadris aceleraram, a umidade manchando o tecido caro, eu via as veias do pescoço dele saltarem, mas ele não se mexia.
— Eu brinco, mas você é muito impaciente.
— Daddy, só queria você para mim, nem que fosse uma noite. — Lágrimas de frustração misturaram-se ao meu rímel. — Sem esses eventos e coisas de CEO.
— Oh! Minha cadelinha. —
Suas mãos agarraram meu quadril, parando meus movimentos. — Implora, então, quero ouvir você implorar no meu ouvido.
Ele estava adorando.
E eu implorei, com palavras sujas, com lágrimas nos olhos, com os quadris levantando procurando o toque que ele negava, os lábios tremendo, os seios roçando em seu peito e minha boca colada em seu ouvido.
— Goza. — Ordenou sorrindo, movimentos. — Goza olhando pra mim.
Eu obedeci, gemendo seu nome, meu corpo todo tremendo, os músculos se contraindo em torno de nada, enquanto encarava cada expressão dele.
— Ok. — Murmurou contra meus lábios. — Eu vou te dar.
— O quê?
— Vou te dar o que você quiser.
— Sério? — Meu coração disparou.
— Sim. — Então me jogou na cama, abrindo finalmente o zíper. — Mas agora quero minha recompensa.
✨ Gostou do capítulo? Deixe seu comentário e um like!
E você… está ansioso(a) para o próximo? 👀🔥
37 notes · View notes
harrrystyles-writing · 26 days ago
Note
amigaaaa, postaaa! eu quero 😋🤩
Vou postar hj então ❤️❤️
0 notes
harrrystyles-writing · 27 days ago
Note
E quando vc vai postar cah?
Se vocês quiserem eu posto essa semana já 🥰
1 note · View note
harrrystyles-writing · 27 days ago
Note
amigaaaa, qual era a foto?? fiquei curiosa!!! cliquei no link mas não existe mais 😔
Tumblr media
Essa gostosura aqui 🫦🫦🫦👅👅👅👅👅👅
2 notes · View notes