𝑪𝑨𝑳𝑳𝑼𝑴 𝑱𝑼𝑵𝑮 , 𝖺𝖼𝖼𝗂𝖽𝖾𝗇𝗍𝖺𝗅 𝗁𝖾𝗋𝗈 ❛ 𝖽𝗂𝖿𝖿𝖾𝗋𝖾𝗇𝗍 𝖽𝖺𝗒 , 𝗌𝖺𝗆𝖾 𝗈𝗅𝖽 𝗌𝗍𝗈𝗋𝗒 ❜
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featuring 〳 ❪ 𝒔𝒂𝒔𝒌𝒊𝒂 ❫
flashback , 2009 .
𓏲 🥀. ` seu pai tem o costume de ofendê-la como demônio por um motivo . de lhe machucar tanto que precisa faltar à aula , pelo simples fato de ser orgulhosa — prepotente em demasia , para demonstrar o quão fodida está . provoca mesmo que machuque , que lhe destrua , ou que lhe faça vomitar de dor . mas ali , por exemplo , callum não lhe fere com a mão pesada . nah , tem ciência que ele é decente demais para retribuir a dor que aplica sobre ele . mas , nah , não pense que não percebe o quão vil aquele consegue ser com a fala dissimulada . completamente maculada pelo remorso do que disse antes e , mais uma vez , saskia quer erguer o queixo e agir como a superioridade que esbanja quando quer . mesmo que no fundo seja uma completa fodida . comprime o maxilar quando a tensão lhe atinge sem dó , a pele arrepiada não só pelo toque bárbaro , mas por medo intrínseco que ergue-se como fel em seu paladar . seu silêncio não é bem uma afronta , porém , ela sorri de forma falsa e dissimulada . finge que não dói , que não assusta , muito menos que seu coração aperta com violência em seu peito . ele , assim como você , vai me esquecer quando eu estiver morta , porra . é fácil demais dizer o que machuca sem derramar uma única lágrima , afinal alguns professores até tiveram a falsa empatia de perguntar o que acontece . mas , ah , quem vai se meter com um policial aposentado , afinal ? não há nada que possa mudar a sua história de merda , nem mesmo a fictícia bondade velada de callum . eu sei , cacete . o grande problema de saskia não está em seus gritos , tampouco em sua fala recheada de palavrões de último nível . o perigo habita em sua calmaria , a maneira que parece recuar com uma voz branda . ela age como cobra ou sobrevivente embora acredite que seja a própria vilã de sua estória hedionda . não sou a única doente , callum . o que você quer , uh ? me salvar igual fez com o idris ? vai a merda , desgraçado . impulsionou as mãos de forma rude sobre o peitoral do rapaz , porém , ainda não usa força para afastá-lo . somente para comprimir a derme com sua ira absurda . olha só como você é incrível , céus , quem poderia imaginar que você tem um pingo de noção nessa cabeça ? apesar de idris não ser um amigo — muito menos um conhecido , senão alguém que conhece de vista por conta de seus hematomas — saskia é consciente do quão aproveitador callum fora. é ? então por que você ainda está aqui ? estalou a língua no céu da boca , o riso de escárnio queima em igual intensidade com o hematoma que arde em sua cintura . teus amiguinhos ricos não te conhecem de verdade , não é ? a destra acaricia como vidro arranhado na superfície , a mão de saskia peregrina tal qual um metal rude sob a derme . o beijo sujo , ah , quase lhe arranca um engasgo não fosse aquela excitação em seu peito . o que me impede ? ah , isso é óbvio . você não é tão burro , porra . não duvida que a família do jung iria lhe foder até o último átomo e , embora isso não lhe assuste de verdade , a amizade deturpada entre os dois é o que impõe um limite sólido em cada desavença . não sabe o porquê de ficar parada , as mãos que repousam sob a grama molhada ao desviar o olhar . não por hesitação ou intimidação com a fúria de callum , nah . ainda não encontra a palavra correta , porém , ela agarra com impetuosidade o couro cabeludo . deus , você é tão carente . mas , pela primeira vez , não há crítica alguma em sua fala viperina . um sorriso invisível , demasiado lascivo , escorre pela boca ao sugar o lábio daquele em provocação . a perna direita envolve o quadril daquele sem cuidado , estreitando ainda mais a distância ao que roça o lábio sob o maxilar . divaga em lentidão para o lóbulo da orelha , perpassando as unhas vermelhadas sob o pescoço pálido . não precisa estar por cima para esbanjar controle , demonstra através da ânsia fúria que ��aperta o corpo daquele contra o seu . esse é o teu jeito de implorar pela minha boca , callum ? cute . o indicador rasga com certa lentidão a derme , enquanto que a boca toma domínio sobre o lábio maltratado do maior . a mão esquerda prendeu-se aos fios com repelo , a exaltação sendo visível ao jeito que prende a perna ao quadril e quase , por um milésimo , permite que um suspiro ecoe da garganta .
não gosta de pensar que é uma pessoa cruel , que atinge onde doí a bel prazer . ah , não , é metódico em sua repulsa , não machuca mais do que o necessário para devolver a mágoa que lhe macula a psique e envenena o palato . não vê porquê se arrepender do que diz ou faz na hora da raiva , brinca com seus limites , mas não sente que os ultrapassa de verdade , é justo ao disseminar apenas o que recebe . não recaí sobre si o fato de que as verdades brutas sempre eram mais difíceis de engolir , só lhe resta lidar com as consequências dos estilhaços deixados para trás . não tem piedade mesmo quando as palavras mórbidas sorvem o ar de seus pulmões , o que toma conta do peito é uma preocupação desautorizada , guia o olhar intenso numa peregrinação através do rosto bonito . não é mais engraçado e já não lhe parece mais justo . mal percebe a mudança na forma que a toca ; o tato ainda firme , mas apenas o suficiente para não deixá-la escapar . se conseguisse te esquecer eu já teria o feito . não há sequer resquício da confiança que exalava até instantes antes na verdade crua que escapa dos lábios . o pior era que não podia culpar seu recente encontrado heroísmo pelo senso de cumplicidade que tinha para com a wright . havia decido há muito que havia pouca coisa que não faria por ela , de volta onde eram mais próximos de amigos do que inimigos , quando as coisas eram menos complicadas e sangrentas e pouco antes de callum destruir quase tudo . não porque sentia pena , era pelo simples fato de saskia ser saskia . mas a boca era estúpida , se movia mais rápido do que era capaz de pensar e se guia pela ideia de que já havia sido vulnerável o suficiente . você acha que tem salvação , porra ? se enxerga . o tom irritadiço não é exclusivo àquele resgate ridículo , a menção de idris lhe turva a mente com tamanho desprezo . é uma completa filha da puta mesmo , mas você não vai conseguir se livrar de mim . maneira intrigante de dizer que estaria ao lado dela , mas era melhor assim do que se expressar em palavras bonitas , se entendiam melhor na ignorância . eles não conhecem , mas você sim . era uma simples declaração do óbvio , o sorriso armado que carrega no rosto cresce canalha com a carícia grosseira . sujo reconhece sujo e você sabe disso . seus lábios buscam a audição feminino para declarar num suspiro moroso , os dentes arrastados pelo lóbulo da orelha sem gentileza . falando assim até parece que se importa comigo , saskia . o tom sacana entregava que aquela era exatamente a conclusão que havia tirado da fala dela , embora não deixasse de ser irritante saber que ela se controlava quando callum nunca pediu nada além da mais pura ira sobre si . não gostava das coisas pela metade e , de onde vem tanto ódio , era simplesmente primordial seguir tamanha atração . seu ímpeto é se perder na curva do pescoço daquela , cravar seus dentes onde não se atrevia a deixá-la marcada , mas ah , a ardência em seu couro cabelo é o suficiente para evitar que ele resista à forma como ela agarra seus fios , os olhos semicerrados com a depravação estampada em cada traço completamente rendido e à mercê das vontades de saskia . não existe mais o cuidado de não prendê-la contra o gramado , as mãos que o sustentavam sobre ela agora encarregadas de envolvê-la sem pudor , a canhota agarra a perna que lhe envolve a cintura , maltrata a carne em toques firmes e arrastares impetuosos das unhas curtas sobre a infeliz barreira de suas roupas . a destra esgueira-se sob ela para lhe envolver a nuca , os dígitos se prendendo entre as mechas do cabelo dela . me bater e me xingar é teu prelúdio pra me dar o que eu quero , saskia ? devolve em insolência , entrecortado por um lamento ante as sensações peculiares provocadas pela outra , a ardência que não tarda a ser esquecido quando joga fora a cautela ao tornar indecoroso o selar de seus lábios , tal como seus toques onde cinge os dígitos na polpa da bunda .
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featuring 〳 ❪ 𝒂𝒂𝒓𝒐𝒏 ❫
╰ ♢ › “ qual foi , callum ? ! ‘ cê ta bem fora de forma , ein . ” aaron observa o homem um pouco atrás de si com humor . não é como se não estivesse cansado , muito pelo contrário . mas a forma que o ar arde entrando em seus pulmões sempre foi o combustível que precisava para fugir das merdas que passavam em seus pensamentos . era uma maneira de escapar da dor sem uma auto - sabotagem . “ provavelmente uns 2 mil artigos médicos ? ! você tem que ir reclamar com a comunidade pneumologica , sabe ? ” o sorriso não sai do rosto , nem enquanto diminui os passos para que o outro pudesse o alcançar . ainda lembra de quando começara a correr , quando os questionamentos e ódio eram os mesmos de callum . “ e acha que eu não conheço ? isso não é só escapismo . ” embora uma parte grande fosse . fugir da realidade quando tudo estava a ponto de explodir sempre foi a especialidade de aaron . pelo menos agora havia transformado isso em um passatempo . “ eu ? alheio ? você está ficando louco . ” os olhos pousam sobre callum tentando esconder que ele havia acertado em cheio . aaron senta ao chão , de frente pra ele , com a cabeça jogada para trás enquanto busca mais ar. toda a merda dos últimos tempos parecia querer o fazer surtar . mas ele não deixaria . “ não to surtando , qual foi . me respeita , vai . pega sua licença . ótimo que vou conseguir bater aquele recorde de mais ouvidoria de mães felizes na tua frente . ”
a única forma que consegue respondê-lo sem comprometer mais de sua capacidade pulmonar é lhe mostrando o dedo médio e um rolar de olhos tão violento que imagina faltar pouco para os olhos desviarem de órbita . hipocritamente ofendido pelo comentário alheio , claro , havia perdido parte considerável de sua boa forma quando deixou de comer e dormir direito . e você confia em médicos ? porque eu não , bando de loucos . com a garrafinha de água que carregava fielmente consigo vazia , não hesitou em lança-la na direção do outro em meio a um grunhido forçadamente irritado . à beira da morte ou não , era bom ter a companhia de aaron . a presença do amigo remetia a dias mais tranquilo onde preocupações jaziam em lugares simples . eu sei que você sabe e , porra , é isso que me deixa mais indignado ! só de pensar que podia estar enchendo a cara agora ... a reclamação cessa em um suspiro pesado . observava-o pelo canto dos olhos , a desconfiança clara nas íris analíticas , no entanto , apenas deu de ombros diante da negativa dele . não , beleza . entendo não confiar em mim , sabe ? afinal , são só ... fingiu fazer a conta nas mãos , levantando os dígitos um a um até que todos estivessem erguidos , uma expressão forçada de surpresa no rosto cínico , só uns dez anos de amizade , muito pouca coisa . mesmo que tivesse mirado na indiferença , acertou em cheio no drama . você é ridículo , olha só isso ! quer que eu saía só pra ter uma chance . pois saiba que acabei de mudar de ideia . ‘cê pode ser bonito , mas as mães me amam .
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featuring 〳 ❪ 𝒔𝒂𝒔𝒌𝒊𝒂 ❫
𓏲 🥀. ` não é sensação de ser observada , testemunhada tão a fundo que pode sentir o flamejar em sua alma . é a certeza que um passo em vão e será suspeita outra vez . uma estatística que a tira do sério por sua incongruência , afinal sequer havia trocado uma só palavra com idris . como pode plantar e semear a morte quando , céus , estava bem mais ocupada nos últimos anos . não por rejeitá-lo como alguém medíocre ou desprezível na época da escola , porém , veja bem : agora ele lhe perturba a cabeça por ter fotos demais de saskia em seu apartamento . algumas tão reveladoras que , cacete , a alcunha de suspeita de homicídio vai ser o menor de seus problemas . tem certeza disso , callum ? eu ainda consigo ler os teus olhos . desta vez não sorri ou abranda o timbre sério , o maxilar contraído suavemente ao que seus dígitos abandonam o queixo para descansar a mão em uma pressão leve nos ombros . você está tenso ’ pra caralho . a ponta dos dígitos massageiam com discrição o ponto que julga ser correto , porém , o afago não dura tanto ao que se afasta sutilmente . um passo para trás , saskia . ordenou a si mesma com certa rigidez e autoritarismo próprio , consciente de cada olhar discriminatório que ambos recebem de quem permanece no velório . não fosse henry , a chance de perdê-lo caso fosse presa injustamente , saskia não hesitaria em voltar ao seu verdadeiro eu ; caótica , agressiva e com uma resposta sempre na ponta da língua . além de preso quer perder a porra do teu diploma ? cala boca , porra . aqui não . recitou entre dentes em um sopro confidencial , cuja eloquência é firme e um quão agressiva demais quando , no fundo , está preocupada em demasia com callum . os dois são estúpidos a sua maneira , mas não significa de longe que não tenha sentimento de proteção e carinho para com ele . embora muitas vezes ele não mereça . jung . o sobrenome dissipou-se com um riso ladino , as írises que correm pelo ambiente com toda sua cerne viperina e dissimulada . você é bem mais esperto que isso . é claro que tem consciência que idris pode ser um grande filho da puta . entre a palavra de callum e um homem morto , saskia ficaria do lado do jung sem pensar duas vezes . porém , ah , a repulsa que os hipócritas manifestam entre sussurros fê-la parar no caminho por um instante . as unhas avermelhadas maculam a própria palma , o contato com callum não é desfeito ainda que à mercê da raiva . não dele , é claro que não . mas é negligente ao soprar um palavrão , as palavras amaldiçoadas que são ditas próximo a acústica daquele . esse bando de filho da puta . é melhor que ele esteja morto , hm , pelo menos assim conseguiu o que queria . deus , saskia não reconhece a si mesma quando articula a sentença em confidência , os lábios que escondem um sorriso frio demais . a diferença é que a frase é dita em um abraço orquestrado , as mãos envoltas dos ombros ao que a boca de aproxima da orelha direita . agora para de ser estúpido , porra . segurou o rosto do mais alto com as mãos , dissimulada , saskia peregrina a palma sob a derme até voltar a puxá-lo para longe daquele marasmo . eu acho que você precisa de um soco . mas , hm , eu pago a tua bebida . rolou os olhos ao estalar a língua no céu da boca , os braços cruzados quando acompanha ladina as ações do outro . henry está com o pai , uh ? não se preocupe . a cabeça tomba para o lado , o suspiro derrapa ao que massageia a têmpora . vamos ’ pra tua casa .
controle sempre foi algo tão primordial ao médico , senti-lo escorregando por entre seus dedos era o mais próximo que podia chegar de um pesadelo palpável . se fosse menos emocional não se afetaria tanto , mas esse seu traço só se tornou mais impetuoso com a idade ; não pensava em sua carreira ou sua reputação , não naquele momento onde era quase capaz de sentir as garras da sede de vingança em seu âmago . a parte racional sabia ser uma vontade inútil e redundante , buscar um desfecho quando estava à beira do fim , idris estava morto e com ele as perseguições , mas isso não trazia o doce sabor do êxito , quiçá apenas amargava ainda mais a boca ao saber que o filho da puta pegou a saída mais fácil : ele estava morto , mas merecia pior . o ar deixa os lábios de maneira pesada com as palavras de saskia , um rolar de olhos genioso de quem sabia que ela tinha toda a razão ali , mas custava a aceitar o fato . sabe bem que certas coisas são passíveis de imutabilidade , onde as forças do tempo e as relações que as circulam não geram efeito , mas ainda é pego de surpresa toda vez que lhe ocorre que se existe alguém no mundo que o conheça tão bem quanto ele mesmo , esse alguém era saskia . se afastar de tamanha familiaridade pelos últimos meses definitivamente tinha sua carga de culpa no peso que carregava nos ombros ou no vazio que dominava os olhos cansados . quem cala , consente . não era hora nem lugar para explosões que poderiam facilmente pintá-lo como culpado e , talvez pior do que isso , talvez estilhaços atingissem àqueles que carregam níveis elevados de importância na vida do jung e ele não podia deixar isso acontecer . nada de errado entre dois amigos enlutados , o rosto se perde na curva do pescoço alheio , sentia falta da proximidade como um soco no estômago que lhe sorve todo o ar . um corpo a menos ‘pra gente esconder . replicou em um sopro de voz , uma tentativa no mínimo falha de brincar entre a tensão que não o deixava , as mãos escorregam à cintura dela por um décimo de segundo , um leve aperto ali ante o aconchego trazido pelo toque em sua face , mesmo que custe a sustentar o olhar da mulher . mas ah , se as palavras dela não soavam com um convite . eu quero a porra do soco , saskia . diz em um desafio degenerado , um sorriso que ousa quebrar a carranca , sua destra deslizando pelo braço feminino até envolver o pulso , cessando o toque em seu rosto em favor de deixar um selar na palma dela sobre as marcas das unhas deixadas ali . você ainda faz essa merda . vai se machucar . advertiu , seus dígitos então envolvendo os dela de forma que a forçasse a fechar o punho , outro selar nos nós dos dígitos antes das íris escuras voltarem a focar no rosto bonito . essa é a sua deixa , vai . me faz sentir alguma cosa , wright . era fácil demais voltar às suas antigas maneiras , mas na expressão ladina que tomou conta do rosto escondia uma súplica gritante . não me deixa em paz saber que ele ‘tá com aquele filho da puta . o desgosto espalha amargor pelo palato , suas mãos envolvem o próprio rosto daquela vez , esfrega os olhos para tentar fugir daquela realidade ridícula . sinto falta dele . confessou enquanto rodeava o carro para ocupar seu lugar no banco do carona , a chave jogada sobre o veículo na direção de saskia . não hesitaria em se colocar em perigo atrás de um volante se estivesse sozinho , mas como era , as circunstâncias mudavam . senti sua falta também , ‘cê conseguiu ler isso nos meus olhos lá dentro ? aquilo ao menos não tem vergonha em admitir , mas também não é capaz de olhá-la nos olhos quando sabia que tinha sido egoísta com a forma súbita que se afastará em meio à sua mania .
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featuring 〳 ❪ 𝒆𝒎𝒐𝒓𝒚 ❫
flashback , 2009
⊰ ♡ , closed : @hcroics !
⊰ ♡ , location : festa — 2009 .
callum lhe dava nos nervos, ao ponto de que não eram poucas as vezes em que emory se pegava perguntando como poderia namorar alguém tão irritante. no final do dia, é claro, ela esquecia as frustrações e se encontrava com ele para dar uns amassos as escondidas, entretanto aquele não era um desses dias. revirou os olhos tanto naquele diálogo que ficou até surpresa deles voltarem pro seu devido lugar. por que ele não poderia se dar ao trabalho de simplesmente entendê-la? era uma maldita festa e lá estavam eles no quarto de algum aluno de acadia high, que ela nem se lembrava mais quem era, discutindo futilidades. “e quando foi que você fez alguma coisa que eu disse, callum?” perguntou com a testa franzida, a voz uma nota mais alta do que geralmente costumava estar. “você nunca dá a mínima pro que eu quero!” a frustração evidenciada em cada uma de suas palavras quase era o suficiente para convencê-lo e a si mesma de que falava a verdade. mas é claro que não era, já que o outro na maior parte do tempo se dobrava aos pedidos e caprichos da namorada. “eu realmente não sei o que você quer de mim! você sabe quantos idiotas dariam tudo pra estar com alguém como eu? enquanto você nem me dá valor!” murmurou, a última frase era dramática demais, o que não era lá uma grande surpresa, já que era da natureza da garota ser dramática.
os braços que antes envolviam a cintura da outra com tanto esmero agora jaziam cruzados sobre o peito , o rosto tomado por uma alastrante onda de irritação . o que era uma surpresa em si só , callum era a causa de muitas dores de cabeça e estar do outro lado daquela equação era no mínimo estranho , mas ele ainda era humano e passível de chateação . não ligava de ser mandado para cima e para baixo , com um rosto daquele emory podia fazer o que quisesse com ele e não existiria resquício sequer de reclamação . mas , ah , todo aquele segredo já estava começando a mexer com seus nervos . você quer a porra de uma lista ? indagou , insolência pingando dos lábios ante o vocabulário que tentava conter quando junto da namorada . eu faço tudo que você quer , emory ! e eu , hein ? te pedi a droga de um beijo e ‘cê virou a cara . mas idiota sou eu , né . esqueço que só sirvo pra você quando não tem ninguém perto . os braços abertos indicando o quarto vieram acompanhado de um riso seco . odiava aquele clima , odiava brigar com ela . mas porra , estava cansado . vai usar qual personalidade pra atrair outro idiota , huh ? sei lá , né . vai que você tem mais sorte com seu próximo , já que não sirvo pra ser teu namorado na frente dos outros . não era o tipo de pessoa que deixava sua mágoa transbordar com tanta facilidade , mas ali estava deixando óbvio o que sentia .
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featuring 〳 ❪ 𝒂𝒓𝒄𝒉𝒆𝒓 ❫
Suspirou. Callum tinha uma natureza bastante… Conspiratória, e na maior parte do tempo, era bom não contrariar, pelo menos para a sanidade mental de si mesmo. Ouviu toda a queixa de Callum, com a maior paciência do mundo, assentindo vez ou outra para mostrar ao amigo que estava ali. Mas não tinha muito o que fazer, exceto tentar fazê-lo aceitar o fato simples de que ele estava nada mais do que tremendamente estressado — Eu sei reconhecer uma boa olheira de longe, e essas pupilas dilatadas também — Observou, apontando na direção dos próprios olhos. Archer sempre teve olheiras, desde a época de Acadia. Nunca havia tido bom sono, e era fácil reconhecer aquela característica em outras pessoas — É óbvio que eu vou chorar quando você morrer, eu sou o maior chorão. Vou ajoelhar no seu caixão e fazer uma cena — Abriu um sorriso curto, mas logo voltou a se ater no assunto — Se for te fazer se sentir melhor, posso te levar pra fazer mais uns exames. Todos os que você quiser. Mas eu te garanto que os resultados serão idênticos aos que você já fez, Cal — Sentou-se na ponta de sua mesa, e levantou os olhos para o rapaz — Você vai ter que lidar com o que está te perturbando, uma hora ou outra. Só assim você vai se sentir melhor.
talvez fosse a exposição prolongada à criaturinhas com imenso poder de persuasão que se apoiavam basicamente na força da teimosia , mas quem callum queria enganar , sempre foi obstinado uma vez que tinha uma ideia na cabeça . a paciência do amigo pouco ajudava também , lidava melhor com explosões de raiva do que a complacência alheia ; era quase irritante demais . eu podia estar usando cocaína e você estar equivocado sobre o café . rebateu , as mãos unidas sobre o colo para esconder a maneira como tremulavam , não permitiria que seus sintomas estragassem sua piada . nem toda a pose irritada foi capaz de conter o suave riso que escapou dos lábios do homem , uma rendição momentânea . preciso de uma nota formal sua prometendo muito choro , porque conheço pessoas que fariam do meu funeral uma festa . sequer pensar em funerais naqueles últimos dias lhe causava arrepios , mas ele tinha que saber se o próximo seria o seu , oras ! tinha pessoas que levava consigo tal como a própria família que nunca teve , queria estar preparado se algo acontecesse . mórbido , mas era como ele se sentia , na beira de um precipício muito alto . devo ver um psiquiatra , também ? daqui a pouco você se recusa a me atender , preciso de mais opções . um exorcista , quem sabe . pensei que isso ia passar depois de tudo que aconteceu , mas ia ser piada se fosse assim tão fácil , né .
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featuring 〳 ❪ 𝒔𝒂𝒔𝒌𝒊𝒂 ❫
flashback , 2009 .
𓏲 🥀. ` não é fúria intrínseca e involuntária ! o ódio germinado ( lapidado ) é incentivado pela criatura medíocre que callum tem a satisfação de ser . tão verdade absoluta que a mera respiração daquele lhe tira do sério . filho da puta . só não gritou porque sabe que vai chamar atenção , que naquela equação vai ser a única que vai parar na sala da diretora . afinal , para quem vê de longe , callum parece a vítima e não o ser indecente que tanto lhe atiçou ao escárnio . arrancar sangue dele é quase uma reparação histórica , mas precisa de controle para não machucá-lo mais do que sabe que ele aguenta . uma preocupação inútil e que sequer tem esse nome : é autoproteção . você quer tanto isso , não é ? que eu foda com você . quem sabe assim papai lembra que você existe , callum ? estalou a língua no céu da boca , a consciência beira ao delírio ao usar o que sabe que pode afetar . vai se foder , você é fraco . não se intimida com o olhar dele em sua boca , a testa colada junto a sua é como uma aproximação ultrajante . o aperto daquele em si arde , ah , mas ela sorri em puro deboche ao que morde o lábio dele com certa agressividade . eu quero teu sangue , porra . não essa tua boca . rosnou em pura cólera em sua fala arredia , o antebraço sendo pressionado ainda mais forte contra a traqueia . furiosa tal qual um furacão indomável e inescrupuloso , saskia é obrigada a rir ao vê-lo lhe ofender daquele jeito . pelo menos eu não finjo o que não sou , caralho . quer enforcá-lo e rasgar a derme alheia com suas unhas , porém , se controla ao que lembra o motivo de tê-lo no chão debaixo de si . é pura mágoa por não saber receber ajuda , ainda que esta seja um quão questionável advindo de seu ex- amigo . wow . ’ cê está apaixonado por mim , callum ? ah , patético . respondeu ríspida diante à fala , o outro tapa advém seguido de um segurar selvagem do rosto com fúria . o problema é que você se mete em uma merda que não é tua . não preciso da tua pena , desgraçado . entre dentes e com a testa franzida , saskia odeia a sensação de ter sido pega vulnerável . as costas doem quando é posta no chão , porém , não chega nem perto de ser culpa dele . eu vou hoje , filho da puta . agora sai de cima de mim . impulsionou os braços sob o peitoral do mais alto , a mão esquerda desce ao colarinho ao puxar o rosto dele para perto . ríspida e agressiva . você ainda é mais fodido do que eu , jung . o polegar limpa o resquício do sangue do lábio cortado , perpassando sob o rosto ao puxar pela nuca os fios macios . dá próxima vez não vou ter dó de você , callum .
não se deixa guiar cegamente pela raiva como saskia . não podia se dar ao luxo , emoções genuínas eram as mais perigosas quando vinham acompanhadas dos punhos fechados e do escarlate lhe tomando a visão . não colocaria seu controle à prova só porque foi atingido onde doía mais , mas havia algo primal no olhar estático , o humor se esvaindo para dar lugar a mágoa que ele não ousaria expressar se não fosse a honestidade do que era incapaz de dominar . as mãos peregrinam às costas femininas , leves , num toque contido até repousá-las na curva da cintura , os dígitos se tornando cruéis à carne protegida pelo tecido . aposto que você queria que o teu pai te esquecesse . não precisava ser dono de um intelecto invejável para somar 1+1 . das conversas civis ( e altas ) que tinham , da maneira como ela própria se portava . tinha algo errado em sua casa e foi por isso que callum uma vez lhe ofereceu abrigo e companhia e nunca tocou no assunto . até aquele momento . era difícil para callum ser vulnerável e só os levava dez casas para trás perceber que havia errado em confiar em alguém tão baixa quanto saskia . ele podia jogar aquele jogo se era o que ela queria . ainda doí ? questionou-a próximo a audição , a destra se esgueirando para baixo da blusa feminina , as unhas curtas arrastadas sobre a derme maltratada onde há poucos dias tinha pego um vislumbre da bagunça arroxeada que ela escondia . teu teto é de vidro , otária . o tom calmo e coletado carregava um escárnio contido que também podia ser perceptível no curvar cruel dos lábios injuriados . seu problema é não saber desistir de uma briga mesmo quando sabia que não sairia vitorioso , mas não o impedia de fazer o maior estrago possível diante de sua impulsividade . o grunhido irritado que lhe escapa ante a ardência do molestar de seu lábio é extinto contra a boca dela em um selar tão rude quanto as atitudes dela . você é doente . não ia conseguir fingir ser gente nem se tentasse . o cuspir das palavras é falho , mas não tira a carga do sorriso ordinário que ostenta sem pudor e sequer falha quando volta a ser alvo da brutalidade alheia , não repete as palavras que iniciou o confronto no gramado , mas o arquear insolente das sobrancelhas repetia silenciosamente se aquilo era tudo que ela tinha para ele . pena ? nem tentou conter o riso amargo , ofendido que era aquilo que ela pensava dele , pro inferno com pena , fazia o que fazia em nome daquela amizade deturpada que cultivaram entre socos e palavrões . alguém que ele podia ser o quão baixo , rude , tempestuoso quisesse , alguém com quem ele pudesse ser verdadeiro em sua sujeira . puta merda , você é tão ridícula quanto essa tua autopiedade . saskia não era digna de pena na concepção de callum , nunca havia sido , callum admirava a força e valentia que enxergava nela . a resposta positiva era o suficiente para crescer o sorriso carmesim , mas não o tornava complacente à obedeça-la , o desafio ao continuar sobre ela sem vacilar . é por isso que a gente combina . não tem vergonha em admitir o que tanto luta para esconder quando diante de saskia , era aquele o motivo , afinal , que o fazia voltar para ela mesmo depois de prometer para si mesmo que era a última vez . era instigante a maneira que era tocado por ela quando não era alvo de ataques , às vezes parecia até a calma antes de uma tempestade . nunca pedi pela merda da tua piedade . o que te impede de acabar comigo , filha da puta ? sugestão , convite , que ela interpretasse como bem entendesse , o que não deixava espaço para interpretações foi com a forma como a destra deslizou pelo pescoço da garota até que pudesse segurar o rosto alheio com pouco fineza , o olhar vagando pelo rosto estupidamente bonito até chegar aos lábios dela e instintivamente voltar aos seus olhos , ‘cê fodeu com a minha boca , agora faz alguma coisa .
#❪ narrative ❫ 𝑚𝑖𝑔𝘩𝑡 𝑏𝑒 𝑎 𝖘𝖆𝖎𝖓𝖙 〳 past .#recatadaedolar .#tw: menção à violência#relação saudável que fala né ? 😍😍😍
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featuring 〳 ❪ 𝒍𝒆𝒐𝒏𝒊𝒕𝒂 ❫
flashback , 2009 .
🍷
os olhos de leonita se reviraram diante do comentário dele, porém deixando um sorriso de canto nos lábios. “que brega. é assim que você ganha as garotas?” perguntou sem ao menos olhar para ele. pelo tom de voz sabia que se tratava de callum, ainda mais com as reclamações seguintes. não havia melhor imitação da diretora do que a dele. “então senta aí. eu espero que ninguém nos pegue aqui porque não a fim de entrar agora não.” e nem tinha cabeça pra isso, literalmente. ainda estava doendo. “é que eu sei passar despercebida, sabe? precisa aprender mais coisas comigo, call… como conseguiu fugir? jogou a cartada do banheiro?”
baby , com essa carinha aqui , acha que eu preciso dizer alguma coisa para ganhar garotas ? apontou ao próprio rosto com a falsa expressão de ultraje estampada ali , o rolar dos olhos tão dramático quanto a reclamação perdendo parte da força com o sorriso divertido que curvava os lábios masculinos , elas agradecem é se eu não dizer nada ! complementou com um dar de ombros despreocupado acompanhado de um riso suave , estava completamente ok em ser objetificado . a gente podia ficar aqui até o final da aula e depois fazer alguma coisa , o que me diz ? diz que sim ! eu nunca estive tão entediado , leo , você tem que me salvar . a mochila foi largada sobre o gramado para então ser feita de travesseiro , um suspiro satisfeito lhe escapando ao relaxar da maneira que podia ali . ah , não vou mentir que gosto de atenção , passar despercebido vai contra tudo que eu represento , mesmo que tenha suas vantagens . disse que precisava sair para ligar para os meus pais , me surpreendeu ter funcionado .
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featuring 〳 ❪ 𝒂𝒂𝒓𝒐𝒏 ❫
puta que pariu , de que merda você ‘tá fugindo pra se sujeitar a isso ? entre arfadas e as pernas falhas ficava difícil se concentrar o suficiente para conter o palavreado chulo . já era espantoso que sequer tinha sido capaz de acompanhar o ritmo do maldito que chamava de amigo , mas era pior ainda alcançar o desgraçado e perceber que o único à beira da morte ali era callum . quem é o otário que disse que correr faz bem , vai se foder . se tivesse controle do próprio corpo de certo que usaria da violência para com aquele que o convenceu a acompanhá-lo na corrida noturna . maior idiota foi ele que aceitou , mas novamente , callum não estava com a cabeça no lugar certo há meses . previsão para melhora inexistente , podia se considerar desenganado naquela altura. mas sério , conheço tantas formas melhores de escapismo e te deixo me arrastar pra isso . mas pensando bem ... começou , uma desculpa para recuperar uma fração do fôlego perdido e se estirar no primeiro banco que lhe cruzou o caminho , mas também fazia uma breve coleção de estranhezas que imagina ter percebido no outro . ‘cê ‘tava bem alheio no hospital noite passada . não vai me falar que ‘tá surtando também ? assim eu não vou poder pegar aquela licença que eu ‘tô namorando há semanas .
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featuring 〳 ❪ 𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍𝒍𝒆 ❫
⠀ ⠀ desde que havia recebido a intimação, brielle estava agitada e precisava de distrações. nunca pensou que estaria em uma situação parecida, sendo suspeita por um assassinado, então os sentimentos negativos advindos dali não eram uma real surpresa. todos os dias vinha tentando algo diferente em seu tempo livre, isso explicava o motivo pelo qual a bola de boliche deslizava pelos dedos naquela noite. “ yay! “ torcia a cada jogada, comemorava a cada pino caído e ainda mais quando conseguia um strike — como havia sido o caso. “ eu deveria ter gravado, nunca tinha conseguido um desses antes! ”
eu gravei . comentou , levantando a mão do lugar que ocupava no sofá ao redor da pista de boliche , já nem sabia mais quando era sua vez , apenas obedecia a enfermeira ao seu lado que dizia para filmar as coisas quando parecia ser o menos animado ali . podia não fazer parte do departamento de obgyn , mas era próximo o suficiente de alguns profissionais para ser convidado para reuniões descontraídas como aquela . nos últimos meses ele vinha recusando participar , mas nada como a extinção de seu maior problema para torná-lo digno de todas as comemorações possíveis . só não posso dizer que o vídeo ficou bom , não dá pra exigir estabilidade depois do quinto copo .
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featuring 〳 ❪ 𝒔𝒂𝒔𝒌𝒊𝒂 ❫
flashback , 2009 .
𓏲 🥀. ` cada ação gera uma consequência e , desta vez , a resposta advém de forma áspera e agressiva . não que seja a primeira vez que acontece , e pelo visto , está bem longe de ser a última . mas a grande questão é que callum merece apanhar . ele parece sentir prazer em provocá-la , extrair até a última ânsia de compaixão de seu peito . o nó dos dedos dói para caralho , porém , ela não para até mesmo quando ele é impelido para trás e cai . levanta , desgraçado . eu quero você de pé . esbravejou em uma irritação tangível ; a expressão tingida em rubro e as veias em seu pescoço pulsam em uma adrenalina incômoda . se tem uma coisa que aprendeu em casa é que cair é perigoso , os golpes são ainda mais doloridos quando se está vulnerável . quando alguém pode pisar em cada osso beirando a quebrá-lo pelo bel prazer da agressão . ou correção disciplinar como seu pai prefere chamar . o suspiro colérico e demasiado anárquico peregrina da boca ao jogar a mochila e por pouco não o acerta no processo . não que isso dissipe parte da responsabilidade de vê-lo caído , a culpa moral não faz cócegas em seu âmago corrompido . saskia se põe de joelhos ao lado daquele , a mão esquerda prende o colarinho ao trazê-lo para perto bruscamente . a sua linguagem para com ele é assim ; chula , bárbara e repleta de palavras de baixo calão . você é um merda , callum . ’ cê diz como se fosse aguentar mais um soco . o punho é fechado de modo que o polegar descansa entre os quatro dígitos , a pressão que as unhas médias desferem sob a própria palma desconta parte da fúria que almeja desferir no asiático . não é um furor gratuito , porém , é perceptível que talvez esteja à beira de um surto de raiva . estou é com pena de você , sabe . se eu bater no rosto você perde tua única qualidade . também aprende em casa que hematomas no rosto são mais difíceis de esconder . mas bastou ouvi-lo dizer a última parte para que contraponha a última sentença , a palma da mão não só é chocada contra o rosto como o próprio corpo o prende no chão . lava essa tua boca imunda antes de falar de mim , caralho . é um quão violenta e irresponsável ao maltratar a derme do braço , arranhando-o com tanta força que pode jurar que arranca sangue . não vou sentar em você . eu quero é que você morra . sopra as últimas sílabas com tanta naturalidade que não percebe o peso da sentença .
existe uma satisfação intrínseca em brincar com o controle alheio , lhe tira a sensação de impotência que tanto o assombra e , sinceramente , o faz se sentir melhor consigo mesmo , ao menos existiam pessoas por aí piores do que ele ! sempre fazia um trabalho tão perfeito em dissimular as emoções torpes que o motivavam que via seu escape nos outros . forma vil de se satisfazer , mas não deixava de ser uma via de mão dupla — saskia fazia o que sabia fazer de melhor e ele sentia alguma coisa para variar . maldita . recitou entre os dentes para não largar do sorriso ordinário um segundo sequer , o ímpeto de aproximar ainda mais seus rostos ao ponto de encostar sua testa na dela , a canhota apoiada no chão para sustentar seu peso ao passo que a destra envolvia a nuca feminina e se emaranhava em seus cabelos . ‘cê bate , saskia , mas bate direito , filha da puta . que porra é essa ? vai me beijar , porque parece que você quer . inevitável não descer o olhar tentadoramente aos lábios alheios , os próprio humedecidos enquanto os dígitos se tornam mais firmes nos fios acobreados * . o impacto contra seu rosto o surpreenderia se ele não tivesse pedido por exatamente aquilo , o riso amargo que deixa os lábios é entrelaçado com o grunhido de dor ao ser devolvido ao chão a violência da nuca contra o gramado outra vez o deixando à beira da tontura , ou talvez fosse o efeito de saskia sobre si . que bela hipócrita você é . o olhar passeia sem pudor do rosto ao colo feminino tão próximo ao seu , os olhos se fechando com o ardor das unhas em seu braço , a queixa plácida do ar escapando entre os dentes , não daria à ela a vitória de se incomodar com a dor . não são nem oito da manhã , não acha cedo demais pra começar a flertar desse jeito ? o jeito cínico que fala é completo com os lábios comprimidos em um bico teatralmente manhoso . eu não sei qual a porra do teu problema ... complacente até certo ponto , sabe da força que a fúria de saskia reserva , mas usa seu tamanho ao seu favor para inverter a situação e colocá-la contra o chão , uma mão envolvendo a cintura enquanto a outra protegia a nuca feminina em uma ação automática de afeição velada , não usa da força para mantê-la ali , o próprio corpo suspenso pouco acima dela quando cessou os pontos de contato entre eles para poder apoiar as palmas contra o gramado sobre os ombros dela . eu ‘tô pouco me fodendo pras merdas que acontecem na tua vida , mas todo mundo vê que você ‘tá toda fodida . você sabe onde é minha casa , a porta vai ficar destrancada pra quando você parar de ser uma pau no cu .
#❪ narrative ❫ 𝑚𝑖𝑔𝘩𝑡 𝑏𝑒 𝑎 𝖘𝖆𝖎𝖓𝖙 〳 past .#recatadaedolar .#acobreados * e sem pantene ; mas eu tenho classe e não direi isso <3#tw: menção à violência
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featuring 〳 ❪ 𝒔𝒂𝒔𝒌𝒊𝒂 ❫
𓏲 🥀. ` certa vez alguém lhe disse que o ódio é inevitável . que algumas pessoas , senão todas , são dignas de desprezo absoluto . ora , sejamos sinceros , que porra de situação é àquela onde necessita por obrigação prestar sentimento de luto a alguém que sequer tem envolvimento ?antes um teatro bem planejado ; nem apática em demasia , tampouco emocional para que não desperte algum indício de falsidade à polícia . do que ser mais uma vez questionada , interrogada sutilmente em prol de dúvidas absurdas ! é claro que saskia já ameaçou alguém de morte alguma vez na vida , porém , prefere fazê-lo em particular tal qual uma criatura ardilosa . quando ainda era uma adolescente , óbvio . agora , por exemplo , é uma mulher adulta que sabe exatamente o que deve fazer . essa tua cara de tédio é um porre , callum . o timbre aveludado escapa dos lábios tingidos em carmesim , as írises escuras ousam não só discrimina-lo como ostentar um quê de insolência súbita . a proximidade beira a presunção , que também acarreta em um quê de amistosidade específica . aconchego , intimidade ou seja lá qual a melhor palavra para descrever o sentimento que incendeia seu âmago . as unhas vermelhas peregrinam sob o maxilar , segurando-o com destreza ao soprar em confidência viperina . até parece que você sente alguma coisa , sabe . suspirou um quão amarga demais , o deslizar que finda em um aperto inesperado no braço do homem . vamos sair daqui agora . antes que pensem que você vai ressuscitar o morto . vociferou com os lábios curvados num sorriso discreto , a taça entre os dígitos é devolvida a mesa com certo desprezo . tudo aqui é tão sinistro , porra .
@hcroics
se fosse tão bom em controle quanto saskia , de certo que teria a consciência de que fazia tudo errado em sua missão de não plantar um imenso alvo em suas costas . os lábios comprimidos em uma linha fina de descontentamento de estar onde estava eram o acompanhamento perfeito dos punhos cerrados e da rigidez dos ombros que apenas relaxam ante ao toque feminino em sua face , seus olhos no dela e a situação fodida que conseguiram se inserir fazendo-o sentir como se não tivessem envelhecido um dia sequer naqueles treze anos . ah , você não faz ideia do quanto eu ‘tô sentindo , saskia . em uma escala entre vida e morte , seu tom com certeza pertencia ao lado do desgraçado que ousou perturbar o seu juízo ; não por não sentir nada , longe disso , estava banhado em uma fúria tão intensa quanto era silenciosa . não conseguia acreditar que era aquilo , o desfecho para meses a fio na mais pura paranoia e receio de voltar para casa . não podia ser , parecia fácil demais e com idris nada seguia aquele caminho , não havia motivo para se iludir ao achar que aquele era genuinamente o fim , pois sabia que mais cedo ou mais tarde quebraria a cara . eu queria ter matado o filho da puta . aos sussurros com aquela que sempre esteve a par consigo , não precisava abafar o vocabulário chulo advindo da adolescência desregrada . a taça descartada da outra é tomada em sua mãos para terminar com a bebida deixada por saskia na ânsia de ter alguma outra coisa lhe queimando a garganta além do mais puro desconforto de estar ali segurando tudo que tinha para dizer sobre o morto . ah , a bebida é boa . exprimiu ao devolver a taça vazia à mesa , rolando os ombros como se saísse de um estupor . me faz questionar como uma família decente conseguiu a dádiva de criar um miserável . um traço de satisfação lampeja no rosto apático quando eleva seu tom de voz , naquela que talvez fosse a emoção mais intensa demonstrada naquela tarde , os olhares de ultraje lhe queimando as costas ao que caminhava de braço dado com saskia até a porta da rua pouco o incomodavam . é como a porra de uma casa de horrores . respirou fundo , usando da mão livre para desatar sem fineza o nó da gravata que parecia sufocá-lo . preciso de uma bebida ou dez . massageou as têmporas , soltando do braço da mulher apenas quando chegou em seu carro e encostou-se na lataria . com quem o henry ficou ? questionou , o convite implícito para que ela se juntasse a ele , mas apenas se o afilhado fosse ficar bem sem a mãe pelo resto do dia .
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featuring 〳 ❪ 𝒕𝒂𝒍𝒊𝒂 ❫
na farmária com @hcroics !
“ufa, ele chegou!” talia soltou um suspiro de alívio quando callum atravessou a porta de vidro da farmácia. “que bom que você me atendeu, callum! você precisa me ajudar com uma questão aqui.” virou-se na direção do farmacêutico — pelo qual já estava coberta do mais puro ranço — e apontou para o médico ao seu lado. “aqui está o pediatra da minha filha. foi ele quem receitou o remédio que estou querendo comprar e você está me impedindo! sim, callum! ele está me impedindo. aliás, escuta aqui, moço! não é porque eu não sei falar o nome do remédio direito que eu não esteja aqui seriamente. estamos falando da minha filha, oras! eu não sou daqui, não dá para falar inglês perfeito o tempo inteiro, ainda mais com esses nomes científicos.” era verdade que não conhecia intimamente callum a tanto tempo, mas se agora estavam tão próximos, era preciso que se acostumasse com a personalidade intensa e barraqueira da turca. ainda mais nas últimas semanas que as notícias sobre idris apenas a fizeram ficar ainda mais tensa. “faz alguma coisa callum ou eu juro que quem vai precisar comprar remédio para dor é ele.”
dias regados de ócio eram o verdadeiro inferno pessoal do médico , há muito já não sabia mais o que fazer quando não estava trabalhando , um caminho tão longo da pessoa que costumava ser que chegava a ser verdadeiramente deprimente . não era como se estivesse de folga porque queria , inclusive , os últimos incidentes e a sua própria saúde lhe renderam alguns dias de afastamento que estavam sendo completamente miseráveis , ao ponto da voz irritadiça de talia ao telefone soar como uma própria melodia e ele não hesitar em encontrá-la na farmácia . como assim ‘tá impedindo ? questionou ao cruzar os braços sobre o peito em indignação . que profissional que nega à uma mãe uma mera vitamina ? cadê seu gerente ? vai falar que é a minha letra o problema ? o homem revirou os olhos em irritação , um riso de escarnio deixando seus lábios . tá completamente legível aí , ácido fólico e vitamina B12 ... não tá vendo que ela é louca ? voltou-se para talia com um sorriso mil vez mais suave , a mão no ombro dela em desculpa pelo que disse , com todo respeito . reiterou antes da irritação tomar conta do rosto novamente . ela vai bater e eu vou deixar , faço até uma receita de analgésico pra você quebrar a cabeça tentando decifrar a letra . não fica aí parado , não , cara— a fala entrecortada por um pigarrear nada natural , logo dando lugar a um novo sorriso quando o farmacêutico decidiu parar de enrolar e colocar os frascos sobre o balcão . tem algum desconto ? pois deveria , né , talia ?
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featuring 〳 ❪ 𝒍𝒆𝒐𝒏𝒊𝒕𝒂 ❫
flashback , 2009 .
o corpo estava estirado no chão do jardim da escola, os olhos fechados e totalmente imóvel. quem olhasse de longe poderia muito bem achar que a garota estava morta ali mas era só se aproximar para visualizar o pequeno sorriso nos lábios por finalmente poder aproveitar um pouco do sol londrino. a sombra feita arrancou de leonita uma careta, fazendo-a abrir os olhos para verificar quem lhe atrapalhava. a dor de cabeça forte que lhe recepcionou a fez levar os dedos as têmporas e apertar de leve. “mierda.” soltou, no perfeito espanhol que sabia muito bem. “você está atrapalhando meu bronzeamento natural.” continuou. “o que foi? eu perdi aula, eu sei. não tava a fim. e você ta fazendo o que aqui a essa hora?”
achei que era fotossíntese . tal como uma flor . o tom exagerado denotava a zombaria inocente ao se aproximar da garota , o sorriso no rosto de quem , ao menos pelo restante da manhã , não teria que ver a cara feia do professor de filosofia e , de quebra , ainda acabou arranjando companhia . caralho , calma que eu nem falei nada ainda ! eu provavelmente ‘tô fazendo o mesmo que você , ou acha que vim aqui coletar esses péssimos alunos que matam aula e levar eles pra direção ? o tom autoritário era uma imitação perfeita da diretora do colégio , até a maneira como falava apontando e batendo o pé no chão . callum havia passado tempo suficiente levando bronca para memorizar os detalhes . com um suspiro dramaticamente cansado , logo ocupou espaço ao lado de leo no gramado . você passou a manhã toda aqui ? como não te puxaram pelo pé ‘pra voltar pra sala ? essas merdas só acontecem comigo , deve ser praga de alguém .
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featuring 〳 ❪ 𝒂𝒓𝒄𝒉𝒆𝒓 ❫
@hcroics + ❛have you come to laugh at me in my miserable state?❜
– Primeiro, eu nunca riria de um paciente, não que você seja um. Segundo, quantas vezes eu vou ter que repetir, Cal? Você não está doente – Archer disse categoricamente, mas ainda sim, com um sorriso no rosto. Já era a terceira ou quarta vez que Archer era chamado por Callum para uma mistura de consulta séria com um reunião para choramingos. Jung se queixava de dores de cabeça há algum tempo, e da primeira vez que o pediatra o procurou por ajuda, Archer levou tudo muito a sério, fazendo inúmeros exames e consultas, apenas para descobrir… Nada. Ainda preocupado, Archie seguiu com extensivos testes, toda vez descobrindo… Absolutamente nada. Por fim, tranquilizou o amigo de escola e faculdade com a notícia de que ele não tinha nenhum problema. Mas mesmo assim, Callum parecia irredutível quanto a isso. Segurou o homem pelos ombros e o balançou de leve, tentando levantar o humor do outro – E eu já te disse mil vezes, para de procurar doenças neurológicas no Google. Isso é um caso claro de estresse pontual… Diminuir a cafeína e uma boa noite de sono é o que você precisa.
et tu , brute ? bastou a negação do amigo para que o incessável batucar de seus dedos sobre a mesa alheia fosse substituído por uma postura defensiva , os braços cruzados sobre o peito e uma carranca inconfundível em seu rosto . não era uma criança para não saber lidar com frustrações , mas quando sentia que estava à beira da morte era outra história ! ainda mais quando lhe era negado um diagnóstico que ele sabia ter . vou te denunciar ao conselho de medicina por negligência . talvez em algum lugar adormecido de seu subconsciente ele soubesse que estava sendo irracional , mas aquele não era o dia que aceitaria isso . pontual é a porra do relógio , eu ‘tô a ponto de ter uma convulsão e ninguém acredita em mim ! parece que eu tomo muito café ? questionou incrédulo enquanto olhava feio para archer , será que daquela distância o médico era capaz de enxergar as suas pupilas dilatadas ? provável , a visão turva ali pertencia à callum . e eu durmo feito um bebê . não mentia ao menos, de duas a três horas por noite com intervalos para crises . quero fazer outra ressonância , a dor mudou de lugar . uma angiografia também , vai que é um aneurisma e você fica me dispensando assim ? espero que pelo menos chore quando eu morrer . pelo menos a tentativa do amigo de animá-lo teve êxito em fazê-lo relaxar minimamente os ombros , algo que não fazia há um bom tempo . que tal me dar uma licença ? acho que preciso .
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featuring 〳 ❪ 𝒔𝒂𝒔𝒌𝒊𝒂 ❫
flashback , 2009 .
é só isso que ‘cê sabe fazer , porra ? grande coisa vinda da figura patética estirada no chão com ambas as mãos cobrindo os olhos que marejavam discretamente , não apenas pela dor que se alastrava pelo abdômen , o maior culpado era o riso falho que não conseguia conter . não era como se fosse preciso de muito para derrubá-lo quando callum não fazia questão nenhuma de se defender , poderia se quisesse , era só que tirava toda a graça do seu passatempo depravado , ele sequer precisava se esforçar muito para tirar saskia do sério e ela se tornava uma verdadeira visão daquela forma , especialmente daquele ângulo . se não fossem os vestígios da violência da wright , de certo que formariam uma imagem pitoresca oculta pelos muros da escola , onde com o tempo aprendeu ser o lugar exato para procurar caso precisasse do escapismo oferecido pela presença sólida da garota , tão sólida quando a porra do soco em seu estômago que ele sequer sabia o porquê de ter recebido , mas não duvidava que de alguma forma devia ter sido merecido , porque era sempre assim com saskia . um passo para frente e dois para trás , mas pouco avanço ainda era melhor do que nada . agressiva do caralho . o esbravejar perdia boa parte da força diante do curvar insolente dos lábios , quase em instinto estendendo o dedo médio na direção da outra . pelo menos não foi a minha cara dessa vez , devo agradecer pela misericórdia ? o rolar de olhos não carregava irritação de verdade , a mão estendida logo se tornando um chamado insolente pela proximidade alheia . o máximo que ela poderia fazer era bater em quem já estava no chão e , no mínimo , dizer não . apenas vitórias na concepção do jung . enfim , vou considerar isso como um sim . te chamei pra dormir comigo e você me joga no chão , quer sentar tanto assim ? mas eu só te chamei pra dormir lá em casa mesmo , desculpa desapontar , love .
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MAKE ME CHOOSE — svteenz asked: HWANG IN YEOP or LEE DO HYUN
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