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quando voltei do futuro

é fim de 2018 e eu resolvi postar nesse pequeno espaço internético. não faço a menor ideia por quê, ou talvez eu faça. talvez essa seja uma maneira de organizar alguns demônios (se não há como se livrar, ao menos que eles estejam organizadinhos como gavetas de meias).

fiquei relendo os posts e pensando quanta coisa aconteceu. fico pensando se eu aproveitei tudo o que devia ou se algo ficou pra trás. definitivamente eu poderia ter aproveitado melhor algumas sonecas.

eu sempre falei sobre leituras aqui e talvez eu comece a falar sobre isso. Vicent me deixou com um nó na garganta. Vicent deve ser um nome de um sentimento que nos faz sentir pequenos e fortes ao mesmo tempo, que desejamos o mundo e também só queremos um carinho. que livro, que ser humano! antes de começar a ler esse quadrinho estava devorando aquela biografia do Leonardo da Vinci, mas a verdade é que esse quadrinho me deixou em choque, e eu parei de entender o que eu estava fazendo. queria poder todo dia ler um quadrinho bom, que me deixasse nesse estado de suspensão, não porque a sessão é boa, mas porque é uma nova lembrança.

eu li dois livros da yoko ogawa, o museu do silêncio e a fórmula preferida do professor. o lucas sempre diz que esses livros de sofrência são a minha cara, o segundo é um pouco bastante disso. eu ainda não entendi essa autora, ela é uma mistura gigante de coisas, parece até que é gente. tem outro dela esperando por mim, mas acabei perdendo a coragem.

no momento estou lendo um livro de amigurumis, a banda do pica pau. que livro fofo, e nesses últimos dias é o que mais tem faltado. e não, eu não sei fazer nada de crochê, só sei achar fofo. XD

nesses dias, esse ar denso que a eleição deixou: quando isso vai passar? parece que a normalidade abdicou e o que resta é essa vontade de grunhir. queria só que algumas pessoas calassem a boca. silêncio é um coisinha muito preciosa.

se eu li certo, meu último post é de 2016. lucas e eu íamos nos mudar. nem existia o gato! quer dizer, existia, mas não pra gente. aí eu fui fazer um curso, fiz estágio, saí e fui pra outro, voltei pro primeiro e agora sou funcionária. na minha cabeça parece que faz tanto tempo.

voltei a estudar japonês e isso me deixa muito feliz! não tenho estudado muito, mas quando você faz algo que gosta, nada importa além de estar fazendo. não sei qual meu futuro nisso. o que é futuro, não é mesmo? que grande incerteza irrelevante.

2018 foi o ano que eu assisti star wars, que abdiquei de comer gluten e leite mais uma vez, de computador novo (coisalindamaravilhosa), de pensar na vida, de fazer mais planos e começar outras coisas. eu olho pra trás e penso: ‘nossa, eu fiz isso tudo’, com toda a modéstia do mundo, pois tenho muito orgulho de ter minha família, meu lucas, meu gato, a estante que montei três vezes errado com minhas própias mãos, as coisas que li e aprendi, as comidas cozinhadas a quatro mãos, até mesmo o que sonhei e não realizei.

tem dias que as coisas descem amargas, mas é porque eu me esqueço. e quando envelhecemos as memórias não mais bastam e colocamos o tempo a frente de tudo. e eu me perco, mas quem não se perde?

queria retomar isso aqui, pois eu acho que perdi o jeito de falar porque perdi o jeito de escrever. quando eu escrevo aqui eu lembro quando eu tinha 14 anos e escrevia uns poemas horrorosos que fico feliz da terra ter engolido. o quão velha eu devo estar me sentindo pra querer me sentir jovem? 28 anos pesam muito pra 1,52m.

see you next time, my beloved baiacu. :)

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sobre uma coisa e outra

vocês viram o banner renovado ali em cima? usei apenas umas imagens gratuitas do freepik, aliás, ótimo site esse, viu.

essas semanas foram bem longas, aquele calor, mormaço. o clima aqui em São Paulo deveria ganhar um prêmio por ser tão desagradável.

li o Hibisco roxo, da Chimamanda Ngozi Adichie, linda descrição, história muito envolvente. fazia uns bons anos que não lia um livro de uma sentada (mentira, foram duas sentadas). personagens fortes, cativantes, tão real. é uma inspiração como escrita e como força feminista. agora é ir atrás de ler mais livros dela!

atualmente estou lendo Homens sem mulheres, do Haruki Murakami. o que dizer desse livro que nem terminei e já estou com vergonha de ter lido? o Murakami tem conteúdos que me são indigesto, visões um pouco antiquadas, mas a forma como ele põe tudo no papel é como uma fórmula mágica, tem algo tão diferente ali que eu sinto essa necessidade de ler, por mais que no fim de todos os contos eu pense “não acredito que li essa merda”.

estamos jogando Fire Emblem Awakening, OHYEAH! mas eu parei de acompanhar um pouco o Lucas porque ele quer ver todas as possibilidades de suporte S ou A+ de todos os personagens. XD

ah, outra coisa relacionada a leitura, estou com vontade de ler mangás ultimamente! assisti uma Youtuber bem interessante que faz resenhas rápidas sobre os mangás que ela leu durante o mês, anotei vários nomes bons.

meu sonho é trabalhar em casa para poupar tempo de trajeto e investi-lo em coisas banais que eu adoro. :<

see ya!

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quem acredita sempre se fode

renato russo estava errado. e eu nem gosto do renato russo, então não vamos falar mais nele. vamos falar de coisa boa: a crise econômica. estou sem trabalho desde abril, ou seja, não estou mais esperando um emprego legal aparecer, apenas mando currículo para qualquer lugar esperando que uma alma tenha piedade de mim. “noffa, mas assim você vai parecer desesperada e ninguém vai te chamar, ‘sevaloriza’”, espero nunca trabalhar em um lugar com pessoas que pensem assim. enfie o líder no seu piiii.

vamos as novidades do mundo: esse feriado terminei de reler (ou ler, porque nunca terminei) rurouni kenshin. oro? sim, eu nunca tinha lido inteiro, sempre picadinho, já que faltava dinheiro pra acompanhar todos os lançamentos que eu queria, daí cada mês eu comprava um mangá. não é algo muito inteligente de fazer. XD agora estou nessa vontade de ler mangás sobre samurais, como vagabond (que eu já comecei!) e peacemaker kurogane. mais algum que deveria entrar para a lista? queria mesmo ler um bom livro sobre o bakumatsu. hum.

o trabalho intermediário da aula de tratamento de imagens (eu sempre penso em imagens terríveis e ensanguentadas) foi criar um rótulo bem simples, para uma bebida que seja engarrafada. estou fazendo uma cerveja sem glúten e orgânica. o lucas me ajudou a pensar nela, ele me deu a ideia do dragão de komodo, e como a ilha de komodo fica na indonésia, usarei um grão típico de lá. pesquisando sobre isso que descobri a diferença entre os tipos de cervejas que se dizem gluten free, alguma são feitas de grãos que realmente não possuem glúten, enquanto outras passam por um processo para a retirada do glúten, deixando-as aptas para os celíacos. eu sempre consumi o segundo tipo, e a verdade é que ainda não encontrei nenhuma marca legal aqui no brasil. minha principal inspiração para o projeto tem sido eles.

ainda não finalizei e a preguiça está bem grande, mas preciso entregar semana que vem. XD e estou usando o illustrator em português enquanto estou usando outro computador, e não imaginei como isso poderia confundir minha cabeça. tem vezes que acredito piamente que é outro programa. XD

no próximo post quero mostrar dois livros bem legais que o lucas me deu de presente. eu descobri o autor (e uma série de outros MUITO legais) durante um curso oferecido pelo SESC aqui de São Paulo, com o prof. Paulo Ramos. foi o melhor curso que já fiz nos últimos anos, ainda mais por uma pechincha. essas aulas trouxeram de volta meu amor por design editorial, ilustração e boas histórias.

ah, fiquei na dívida com o trabalho do Evolve, pois ainda tem um segundo que preciso terminar e postar tudo de uma vez (ó as desculpas)!

bye!

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maya: i have no idea what i'm doing

eu nunca tinha nem se quer visto o ícone do maya; eu já tinha determinado que 3D não é para mim quando eu visualizei a interface do blender. tudo mudou quando comecei a ter aulas de computação gráfica. o maya tem uma curva de aprendizagem mais lenta, mas quando certas coisas vão pegando no tranco, você começa a querer usar todos os atalhos do maya em softwares diversos. XD

na primeira aula, perdi a noção de como era mexer no mouse e no teclado, "é de comer, professor? eu jogo ele na parede e espero algo acontecer?". na segunda aula, resolvi fingir que tinha entendido alguma coisa: "olha só, o que isso faz? EXPLODI TUDO SOCORRO". foi assim que resolvi fazer alguma coisa para dar uma chance a modelagem e notei que, olha só, é muito divertido! mas separe umas boas horas do seu dia pra fazer, sei lá, uma faca. demorei duas horas para a maldita faca.

a primeira coisa que consegui fazer de maneira decente foi isso aqui:

só não mostro que tem UM BURACO embaixo da taça que não vou tampar, pois preciso fazer outras coisas (sim, eu procrastino coisas idiotas). a taça está um pouco grosseira, mas nada como a prática. :3 e aí, quem vai me dar um emprego pra eu continuar modelando sorvetes? XD vou por uma cereja depois!

estamos agora desenvolvendo uma cena completa, assim que ela tomar forma postarei por aqui! e em breve vou postar umas bobagens que desenhei no evolve. :)

bye, baiacu!

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coisas legais por aí #1

nem vou começar dizendo que faz tempo que não escrevo aqui porque não. hoje quero falar sobre uma porção de coisas legais porque sim.

a primeira coisa é longplay! a pessoa preguiçosa que existe dentro de mim é incapaz de terminar um jogo (nem pokémon eu terminei, sou imprestável), então o youtube salvou minha vida mais uma vez. tudo isso começou porque o twitch está chato desde que mario kart 8 deixou de ser algo divertido e o usávamos apenas como arma contra a falta de sono. o primeiro jogo que assistimos foi resident evil 4, um dos jogos favoritos do lucas no gamecube. gostei bastante, foi o longplay que menos dormi (e isso é algo significativo, acredite). a história é interessante, rápida e bem objetiva. e como isso aqui não é um review (porque reviews são chatos e servem apenas para comprar algo. alguém quer compra o youtube? wat), me basto.

o próximo jogo foi metal gear solid: twin snakes, sim, momento revival do gamecube. excelente roteiro! o começo é um pouco cansativo, mas foi um daqueles jogos que contávamos as horas para chegar em casa e assistir. realmente excelente! com certeza o novo metal gear vai para a lista dos longplays do futuro.

agora estamos assistindo dois simultaneamente: bioshock infinite e earthbound. a ideia era comprar o segundo para jogar no wii, mas o dólar impediu. eu até comecei a jogar no emulador, mas né.

outra coisa MUITO legal que resolvi assistir foi o gudetama, o novo personagem da sanrio. ah, aquela dancinha! e aquela bundinha. XD a animação parece tão simples, alguém sabe como foi feita? alow.

e a última coisa legal, que ainda não fui ver, mas pretendo ir com o lucas é essa exposição que está acontecendo aqui em são paulo! adoro criaturas esquisitas e graciosas. pode trocar um desses por alguns milhões de humanos?

é isso, então, tenemos que irnos!

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C. R. W. Nevinson

The Wave, 1917. Lithograph, printed in blue.

via

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ARGH

sabe quando você tem uma dor estranhamente insuportável e tenta imaginar todas as maneiras possíveis de entender como se machucou, mas não consegue ir muito além de "tenho certeza de que hoje eu saí da cama"? estou assim pensando agora por que porras meu pé está doendo tanto.

estamos um pouco além da metade de junho e TANTA coisa aconteceu, mas eu não sei exatamente o quê. pelo menos era diferente de como eu lembro a última vez que estive aqui. o que eu lembro com toda a certeza é que o tempo passou tão rápido, mas ao mesmo tempo é como se tudo andasse lentamente.

às vezes parece que nunca nos adaptaremos ao funcionamento das coisas, como se cada objeto, ato, criatura tivesse dentro de si todo um maquinário que se baseia exclusivamente num tempo único, distante e também paralelo a todos os outros. estamos sempre reajustando o outro ao nosso relógio, porque o dele não faz o menor sentido, não por nossa soberba, mas porque nascemos quebrados.

daqui uns dias vai fazer dois meses que estou sem trabalhar. que sofri choques e revelações do mundo catastrófico humano, e por mais que eu prefira uma ficção beirando o real, eu não estou pronto para ser personagem disso, nem quero estar. quando você vê toda uma podridão e pensa seriamente em entrar nela, não vejo burrice maior. eu não quero isso pra mim.

o bacana desse tempo parada é que dá pra fazer uma porrada de coisas legais: ver filmes (the grand budapest hotel, the imitation game, power of art), ler uma coisa ali e outra aqui, estudar (eu nem sabia que eu podia gostar disso um dia). é bom ter esse momento, mesmo sem ter optado por ele. mas não é como se isso fosse ótimo, nada é.

preciso dizer que a coisa mais gostosa de estudar é poder encher sua cabeça de planos em relação aos seus próprios potenciais (mesmo que eles não existam). acho que essa foi a coisa que eu mais pequei em acreditar quando trabalhei com educação. estudar me dá esperança, e esses ambientes não faziam isso por ninguém.

falta muito pouco (muito mesmo) para nos mudarmos! estamos nos últimos ajustes, YAAAY! que trabalheira do grande senhor cachorro, o cão. a gente pensa que podia ser muito pior, mas que bom que não foi, nós temos os nossos limites e gostamos de preservar um mínimo de sanidade e bom-humor. ♥ 

see you soon, baiacu. :3

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Super adorable otome outfits from Felissimo Syrup’s new collection. 

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(em)bolei.

ontem o lucas comentou que fazia muito tempo que eu não escrevia aqui. ontem eu senti vontade de escrever aqui. mas vou fazer isso só hoje, agora, porque a preguiça é enorme.

estamos quase nos mudando, e quando digo quase é porque falta menos de um mês. estamos muitíssimo felizes (!) e mutíssimo pobres, mas é o que acontece. não ouvimos sequer uma história de alguém que tenha ficado não negativo depois de uma mudança. então foda-se! :D

estou esperando o leroy alcançar 99.999 pontos em mario kart 8 para depois pensar no que fazer com o resto do feriado que sobrou. quanta, quanta preguiça!

essa semana foi ruim. deve ser por isso que senti essa pequena urgência em escrever, organizar uma parte dos pensamentos (a outra parte não me recordo mais). troquei de emprego e sinto que fiz uma grande merda, uma merda em termos práticos, uma merda um pouco menor em termos filosóficos. mas ninguém quer acordar e refletir os motivos de estar indo trabalhar só para não desistir de vez. no geral, eu considero uma boa merda.

estou me repetindo. essa ceninha sem graça que já vi tantas vezes acontecer e não aprendi. eu só queria não me desgastar. chegar bufando, faltar tempo, faltar tudo, e essa sensação de 'por favor, posso ir embora?' que só acaba no fim da tarde. não sei bem o que eu estou fazendo, mas sei que estou querendo demais.

eu só quero uma certa tranquilidade para poder continuar fazendo as pequenas coisas que eu gosto. é, estou pedindo demais. :(

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Nekozushi!! 🐱🍣🍙 // my edit!