hiloren

[hiloren]

               loren  não  estava  com  medo  dos  fantasmas  ,  ainda  mais  sendo  eles  de  conto  de  fadas  .  até  mesmo  em  filmes  de  terror  ,  sempre  eram  os  menos  aterrorizantes  .  o  que  realmente  lhe  interessava  era  a  chance  de  estar  em  um  navio  fantasma  e  beber  com  umas  almas  penadas  .  um  sorriso  torto  se  formou  em  seu  rosto  enquanto  ele  olhava  para  ava  ,  visivelmente  incomodada  .     ‘   quem  não  gostaria  de  beber  uma  cerveja  com  um  espírito  e  ouvir  as  histórias  deles  ?  aparentemente  ,  eles  têm  uma  visão  ...  interessante  sobre  a  vida  .   ’     fez  uma  pausa  para  olhar  ao  redor  ,  puxando  uma  garrafa  de  cerveja  de  onde  estava  escondida  .     ‘   só  isso  já  vale  mais  do  que  qualquer  outra  coisa  que  fizemos  até  agora  .   ’     tudo  bem  que  estavam  no  início  da  festa  ,  mas  as  expectativas  de  loren  eram  muito  altas  .     ‘   e  se  algum  fantasma  quiser  um  corpo  vivo  para  um  '  tour  guiado  '  temporário  ,  eu  que  não  vou  negar  .   ’     deu  um  gole  na  cerveja  ,  acenando  com  o  copo  para  um  espírito  ao  lado  ,  como  se  fosse  o  início  de  uma  amizade  .     ‘   se  eu  começar  a  flutuar  ou  a  falar  latim  ,  aí  você  pode  começar  a  se  preocupar  .   ’

with: @hiloren

where: navio fantasma

prompt: ❛ you can do what you want but i'm making my own way. ❜

Os olhos reviraram no instante que ouviu as palavras do rapaz. Ele tinha que ser tão teimoso assim? Ava estava realmente tentando e se esforçando para aprender mais sobre o mundo que agora eles faziam parte, isso envolvia explorar as atrações, até mesmo as mais desconfortáveis como aquela, principalmente depois que observaram um dos colegas ser possuído por um dos fantasmas, o que gerou desconforto em todos, inclusive no outro. "Olha, eu também não gosto da ideia de continuar por aqui e correr o risco de ser possuída por um deles.", comentou num tom moderado, esperando não ser ouvida pelos espíritos, mas bem, era muito provável que fossem e que seu medo virasse realidade. "O que estou dizendo é pra fingirmos um pouco mais e sairmos depois. Se fizermos agora, pode ficar muito obvio e eu não sei eles, mas eu certamente veria isso como um sinal de medo e aprontaria alguma coisa.".

[hiloren]

               aquele  era  um  escape  room  dos  sonhos  .  no  mundo  real  ,  era  um  dos  seus  programas  favoritos  no  tempo  livre  –  talvez  por  isso  não  tinha  tantos  encontros  .  loren  estava  se  divertindo  ,  vagando  pelo  castelo  com  sua  máscara  de  ghostface  e  uma  faca  de  plástico  na  mão  .  ele  se  esgueirava  pelos  corredores  ,  fazendo  pequenos  sustos  e  rindo  baixo  consigo  mesmo  .  estava  esperando  sua  próxima  vítima  quando  ouviu  passos  apressados  ecoando  pelo  chão  de  pedra  .  a  curiosidade  o  fez  espiar  ,  mas  ,  antes  que  tivesse  tempo  de  reagir  ,  algo  –  ou  melhor  ,  alguém  –  veio  como  um  furacão  em  sua  direção  .  tudo  o  que  ele  viu  foi  uma  figura  lançando-se  para  cima  dele  ,  e  ,  no  instante  seguinte  ,  ele  estava  no  chão  ,  com  a  máscara  torta  e  o  queixo  levemente  dolorido  .     ‘   clara  ?   ’     piscou  ,  confuso  ,  tirando  a  máscara  do  rosto  e  piscando  mais  algumas  vezes  para  ajustar  a  visão  .     ‘   que  merda  você  tá  fazendo  ?  me  atacando  no  escuro  como  se  fosse  ...  sei  lá  ,  uma  lutadora  de  MMA  .   ’     a  tirou  de  cima  dele  sutilmente  e  levantou-se  em  seguida  ,  passando  as  mãos  pelo  robe  .     ‘   você  realmente  achou  que  tinha  trombado  com  o  original  ?  provavelmente  ele  não  teria  sido  tão  gentil  depois  de  ter  sido  arremessado  no  chão  por  uma  maluca  .   ’

with: @hiloren onde: castelo bem assombrado..

Clara não tinha mais certeza de pra onde estava indo, não depois de dez minutos correndo. Correr em salto doía, e se não fosse os mais de quinze anos na sapatilha de ponta, Clara estaria tropeçando. Felizmente para ela, sua corrida ainda estava em dia, passando por corredores para fugir de sabe-se lá o que mais que podia aparecer. Aquele lugar era perturbador e não ajudava que estivesse sozinha, deveria ter pegado Ariel no colo e a arrastado para dentro! Agora ela só podia se arrepender, enquanto virava mais um corredor sem saída. "-- Maldita sugar plum!" Sugar Plum não estava ali, não tinha nada haver com o que estava acontecendo, Clara nem a tinha visto ainda, mas achava lamentável perder a oportunidade de xingar a mulher. Com um passo apressado, ela se virou, e se deparou com...com um ghostoface?! Ela achava que esse era o nome, e era um nome engraçado. Não sentia medo, mas queria realmente ficar ali? Não! Quando o viu se aproximando, o corpo de Clara foi mais rápido, e saiu em disparada. Não deu tempo de se parar quando reconheceu a voz, pulando com tudo em cima dele, para o derrubar no chão. "-- Eu vou acabar com....espera.." Os olhos se arregalaram. "-- Loren?!" Não era possível.

[hiloren]

DREW STARKEY attends Poguelandia 2024: A Netflix Outer Banks Experience, November 02, 2024

[hiloren]

໒ྀིㅤ⠀˛ㅤ⠀⋆ㅤ⠀୨⠀   𝒉𝒂𝒍𝒍𝒐𝒘𝒆𝒆𝒏  𝒇𝒆𝒔𝒕𝒊𝒗𝒂𝒍     ˒     loren  sempre  foi  um  grande  fã  do  halloween  ,  e  esse  ano  não  seria  diferente  .  mesmo  estando  em  cárcere  privado  naquele  mundo  ,  isso  não  o  impedia  de  aproveitar  a  melhor  época  do  ano  .  ele  adorava  o  cenário  macabro  e  a  liberdade  de  ser  alguém  diferente  por  uma  noite  .  depois  de  uma  maratona  de  pânico  ,  não  teve  como  resistir  :  ele  decidiu  ir  de  ghostface  .  clichê  ?  sim  .  mas  quem  não  ama  um  clássico  ?  seu  visual  consiste  basicamente  em  uma  máscara  personalizada  ,  um  robe  preto  e  uma  faca  de  plástico  perfeitamente  fiel  .  nada  melhor  do  que  um  disfarce  que  lhe  permitisse  sair  espalhando  terror  sem  ser  identificado  .

[hiloren]

OUTER BANKS 4.02 Blackbeard

[hiloren]

               loren  estava  parado  ali  ,  na  sala  de  esgrima  ,  lutando  contra  a  vontade  de  enfiar  a  cabeça  na  areia  como  uma  avestruz  .  uma  mentira  besta  no  currículo  o  deixou  naquela  situação  desconfortável  ,  sendo  tratado  como  se  fosse  um  garoto  que  roubou  um  chocolate  no  supermercado  .  ele  sorriu  forçadamente  ,  tentando  se  manter  calmo  e  parecer  ...  competente  ,  talvez  ?     ‘   sobre  o  lance  de  mentir  ...  quem  nunca  ,  né  ?  eu  precisava  do  emprego  ,  e  você  precisava  de  um  instrutor  de  esgrima  .  ganhamos  todos  .  quer  dizer  ,  eu  espero  que  a  gente  ganhe  .   ’     deu  uma  risada  sem  graça  ,  tentando  encontrar  um  equilíbrio  entre  o  sarcasmo  e  a  sinceridade  .  o  coelho  parecia  sinceramente  desapontado  ,  e  loren  não  sabia  se  deveria  sentir  pena  ou  apenas  se  preocupar  em  não  ser  demitido  .  enquanto  bunnymund  falava  sobre  suas  intenções  de  construir  uma  relação  de  confiança  ,  loren  se  forçou  a  manter  a  expressão  neutra  .  confiança  ?  ele  mal  tinha  confiança  em  si  mesmo  em  relação  a  essa  nova  “  carreira  ”  .     ‘   power  rangers  ?   ’     claro  que  ele  conhecia  ,  mas  isso  não  tornava  a  situação  menos  ridícula  .     ‘   claro  ,  conheço  sim  .   ’     se  inclinou  para  frente,    cruzando  os  braços  sobre  o  peito  ,  tentando  projetar  um  ar  de  determinação  que  definitivamente  não  sentia  .     ‘   tá  bom  ,  confio  na  magia  .   ’     suspirou  ,  sentindo-se  idiota  por  dizer  aquilo  em  voz  alta  .     ‘   se  ela  pode  me  transformar  no  zordon  das  espadas  aqui  ,  quem  sou  eu  pra  reclamar  ,  né  ?   ’     olhou  diretamente  para  bunnymund  ,  com  um  sorriso  que  tentava  parecer  genuíno  ,  mas  seu  olhar  entregava  o  pânico  .    ‘   só  não  me  faça  lutar  com  uma  criança  de  oito  anos  e  perder  ,  senão  vai  ser  constrangedor  para  nós  dois  . vai ser um processo complicado .   ’

𝒕𝒉𝒊𝒔 𝒊𝒔 𝒂 𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 .

mais um capítulo sobre ter ou não ter habilidade com espadas , @hiloren .

um suspiro escapou de bunnymund ao ficar a sós com loren onde seria sua sala para aulas de esgrima . ❛ olha . . . você não precisava mesmo ter mentido pra ter sido contratado . . . ❜ tinha ficado chateado com aquilo , não gostava de mentiras , por isso queria deixar aquele detalhe no passado , porque não queria ficar voltando toda hora naquele assunto de qualquer forma . ❛ meus critérios nem foram conhecimento na área mas interesse e paixão . . . e bom sua ligação comigo , tipo a páscoa , a natureza . . . chocolate . . . ❜ talvez parecesse meio bobo - ou estranho - aquelas terem sido as perguntas com respostas decisivas , as coisas eram diferente no mundo das historias e por isso iria dar uma colher de chá para o 14º irmão de hans das ilhas do sul . ❛ enfim eu espero que possamos criar uma relação de confiança para que você não sinta necessidade de mentir pra mim , ok ? ❜ esperava conseguir isso , tinha gostado das respostas de loren e achava que ele seria um bom funcionário , apenas não queria desentendimentos - até porque o coelhinho da páscoa podia ser meio sentimental . ❛ no seu mundo existe algo chamado power rangers , você conhece ? ❜ foi um seriado bem popular pelas crianças , bunnymund havia trabalhado em muitos ovos de páscoas temático de power rangers . ❛ a magia vai te dar conhecimento , você vai precisar aprender a acessar a eles e saber como usa-los corretamente , pra isso você precisa confiar na magia para permitir que ela lhe acesse , então o que me diz ? acha que pode fazer isso ? ❜

[hiloren]

               era  raro  ele  se  calar  ,  mas  ,  naquele  momento  ,  ele  sabia  que  lykos  estava  tocando  em  algo  que  ele  ,  no  fundo  ,  tentava  evitar  pensar  :  quem  ele  estava  se  tornando  .     ‘   adaptabilidade  ?   ’     repetiu  ,  como  se  a  palavra  tivesse  um  péssimo  gosto  na  boca  .     ‘   é  difícil  quando  as  coisas  aqui  mudam  tão  rápido  .   ’     loren  odiava  pensar  no  tempo  que  já  estava  preso  naquele  lugar  .  eram  meses  !  meses  que  ele  não  tinha  notícia  do  seu  irmão  ...  se  estava  vivo  ou  morto  —  só  esse  pensamento  fez  seu  estômago  revirar  .  ele  tamborilou  os  dedos  na  mesa  ,  olhando  de  soslaio  para  o  copo  de  bebida  que  já  estava  quase  no  fim  .  a  menção  às  "  tias  do  facebook  "  fez  lykos  franzir  a  testa  de  um  jeito  tão  confuso  que  loren  não  pôde  evitar  um  sorriso  .     ‘   nem  queira  entender  ,  cara  .   ’     balançou  a  cabeça  ,  afastando  a  ideia  para  se  concentrar  no  conselho  que  estava  sendo  dado  .  apoiou  o  queixo  na  mão  ,  olhando  diretamente  para  lykos  .  a  parte  sobre  “  não  ver  coisas  muito  bonitas  ”  bateu  mais  forte  do  que  ele  queria  .  talvez  porque  ,  em  algum  nível  ,  ele  soubesse  que  estava  se  aproximando  daquele  ponto  sem  retorno  ,  onde  as  coisas  ficariam  feias  .     ‘   quem  esteve  com  você  nesses  momentos  ?   ’     a  expressão  de  lykos  mudava  sutilmente  ,  como  se  ele  estivesse  segurando  uma  verdade  mais  profunda  .  o  que  loren  mais  temia  era  a  solidão  que  poderia  vir  com  a  transformação  que  estava  se  aproximando  .     ‘   se  eu  precisar  da  sua  ajuda  um  dia  ,  vou  considerar  isso  .  principalmente  quando  estiver  derretendo  em  um  castelo  de  gelo  .   ’     sua  risada  era  seca  ,  sem  qualquer  humor  .    ‘   eu  vou  ser  um  vilão  tão  meia-boca  que  nem  se  deram  o  trabalho  de  escrever  um  final  digno  para  ele  .   ’

"a culpa não é sua, eu só acho que você tem que ter mais poder sobre sua adaptabilidade." deu de ombros. ele entendia loren, entendia seu desespero, mas não era o que ele queria no fim das contas. quem quer que estivesse mudando tudo aquilo, ela não se importava com os sentimentos de ninguém e isso estava óbvio. nem lykos fazia suas vítimas sofrerem tanto. só as que mereciam. "tias do facebook...?" repetiu, seu rosto se contorcendo numa expressão confusa. aquele ditado fazia todo sentido na visão dele. lykos compreendia o porquê de ter se tornado o vilão, era uma necessidade, mas ele ainda sentia que tinha motivos para fazer o que fez. "não muitas, também..." ele pensou em christine e em como dava valor para a amizade dos dois, por mais que fosse um sentimento complicado. "mas se ainda aceita mais um conselho meu, dê valor para eles e faça questão que eles estejam na mesma página do que você. vai chegar um momento em que você precisará que de pessoas que lhe apoiem nos seus piores momentos, independente do que for vir para o seu destino. faça elas entenderem que podem não ver coisas muito bonitas." sabia que loren iria lutar contra aquilo, também, mas era algo necessário. o que o jogou para o abismo sem fim que era sua vida foi falhar em ser claro sobre quem ele era e o que estava se tornando com as pessoas em quem confiava. e olha onde ele estava agora. "e posso dizer que se precisar de minha ajuda algum dia, eu irei ajudar. vou com a sua cara." os olhos de lykos sorriram, mas ele não sorriu, pois não era o que ele fazia. só quando estava sendo irônico.

[hiloren]

               ‘   infelizmente  ,  melissa  barreira  não  faz  milagre  sozinha  .   ’     cruzou  os  braços  ,  seguindo  o  olhar  do  outro  para  o  poster  .     ‘   você  lembra  dos  rumores  que  criaram  que  a  sam  seria  a  ghostface  do  próximo  filme  ?  caiu  por  terra  .   ’     por  um  momento  ,  seu  semblante  mudou  .  ele  se  deu  conta  que  estava  há  meses  sem  saber  dos  lançamentos  dos  filmes  de  terror  e  ,  para  ele  ,  era  motivo  suficiente  para  querer  ir  embora  daquele  lugar  .     ‘   óbvio  que  o  primeiro  é  insuperável  .  clássico  é  clássico  ,  né  ?   ’     podia  contar  na  palma  da  mão  as  franquias  que  conseguiram  fazer  uma  sequência  maior  que  o  primeiro  .  seguiu  taeoh  com  as  mãos  no  bolso  enquanto  imaginava-se  dentro  de  um  slasher  —  pela  milésima  vez  em  sua  existência  .  era  um  assunto  que  ele  mudava  de  opinião  sempre  que  a  conversa  surgia  .     ‘   se  tivesse  um  ghostface  por  aqui  ,  eu  seria  o  primeiro  a  dar  o  fora  ,  tipo  o  joel  .  câmera  na  mão  ,  tchau  pra  vocês  ,  ótarios  !  não  sou  idiota  como  a  galera  dos  filmes  que  sempre  volta  pra  ver  se  o  assassino  tá  mesmo  morto  .   ’     algo  que  ainda  acontecia  em  muitos  filmes  ,  o  que  era  frustrante  .  loren  fez  seu  pedido  quando  a  fila  andou  :  1  pipoca  grande  —  que  ele  misturaria  todos  os  temperos  disponíveis  —  e  um  refrigerante  .  loren  arqueou  uma  sobrancelha  ,  absorvendo  o  choque  de  taeoh  com  certa  diversão  .  a  expressão  exasperada  do  amigo  só  serviu  como  combustível  para  a  onda  de  provocações  que  veio  em  seguida  .     ‘   eu  sei  que  sou  irresistível  ,  mas  não  sei  se  tenho  tanta cara  de  psicopata  assim  .   ’     deu  um  passo  à  frente  ,  encurtando  a  distância  que  taeoh  acabara  de  criar  entre  eles  .     ‘   aposto  que  ,  nos  seus  sonhos  eróticos  ,  quando  ghostface  finalmente  tira  a  máscara  ...   ’     fez  uma  pausa  teatral  ,  olhando  diretamente  nos  olhos  de  taeoh  .    ‘   é  o  meu  rosto  que  aparece  ,  não  é  ?  bom  ,  pelo  menos  ,  agora  em  diante  vai  ser  .  eu  acabo  de  te  amaldiçoar  .   ’

𝑐𝑜𝑚: @hiloren 𝑜𝑛𝑑𝑒: cinema mágico.

"ela é tão linda... eu acho que vou morrer." taeoh estava parado ao lado de loren e em frente ao pôster de scream vi, especificamente o que mostrava o rosto de melissa barrera. taeoh ficou alguns segundos com uma expressão triste e derrotada, com o canudo do seu refrigerante zero ainda no canto da boca. "e mesmo assim eles não conseguiram superar o primeiro." não que logicamente uma coisa tivesse a ver com a outra, mas ele era muito levado a preferir filmes com atores pelos quais ele era apaixonado. sendo um ator também, ele entendia o poder de um ator bonito. seguiu bebendo seu refrigerante mesmo depois dele estar fazendo o barulho indicando que tinha acabado. taeoh já tinha bebido dois copos pequenos, porque ele se recusava a comprar o grande. "vamos comprar mais refrigerante e pipoca, pois ainda temos que assistir o último em exatos... vinte minutos." disse após checar seu relógio e começou a caminhar em direção da lanchonete. "já imaginou alguém como o ghostface no c.c.c.? eu acho que seria o primeiro a morrer. eu simplesmente não tenho tanta vontade de viver igual a sydney. ser perseguido por pessoas a vida inteira..." ele parou na fila com as mãos na cintura no melhor tired mom pose, voltando seu olhar para as pessoas que entravam nas sessões distraidamente. "nem se ele fosse igual o stu," sua outra paixonite de scream. "mesmo ele sendo bonito com aquele cabelo loiro curtinho, os olhos claros e aquele brin..." sua voz morreu ao voltar os olhos do mar de pessoas no cinema para o seu amigo. "...co. ah, meu deus! é você, eu estou descrevendo você!" sua voz saiu exasperada, conforme seu rosto se contornava em uma careta desesperada e ele dava um passo para trás para se distanciar de loren. "você acabou de arruinar minha vida."

[hiloren]

               ‘   porque  se  tivesse  jacarés  aqui  ,  eu  já  teria  te  jogado  dentro  da  boca  de  um  deles  !   ’     ele  gesticulou  ,  imitando  o  movimento  de  empurrar  robert  para  trás  com  as  mãos  ,  como  se  realmente  estivesse  prestes  a  jogá-lo  no  lago  .  se  fosse  outra  pessoa  ,  loren  com  certeza  teria  feito  ,  considerando  o  seu  humor  naquele  dia  .     ‘   você  ia  ficar  lá  ,  sendo  devorado  ,  enquanto  eu  estaria  seguro  na  margem  ,  rindo  da  sua  cara  !   ’     continuou  ,  dando  um  leve  empurrão  no  ombro  de  robert  para  devolver  o  empurrão  que  ele  tinha  o  dado  .     ‘   mas  é  uma  pena  que  não  tenha  ,  seria  um  prazer  .   ’     ele  olhou  para  o  biólogo  ,  que  já  estava  acomodado  embaixo  da  árvore  ,  e  uma  parte  dele  se  perguntava  como  alguém  tão  irritante  poderia  ser  um  amigo  tão  leal  .     ‘   não  quero  mais  ,  vai  que  tem  jacaré  na  água  .   ’     ok  ,  ele  estava  girando  em  círculos  e  sem  qualquer  argumento  .  não  conseguia  contar  quantas  vezes  a  palavra  jacaré  foi  citada  naquela  conversa  ...  talvez  ganhasse  até  dos  golfinhos  tarados  .  deu  uma  piscadela  na  direção  dele  ,  mas  o  sorriso  logo  se  desfez  quando  a  dor  no  pé  fez  uma  visita  inesperada  .  ele  se  recostou  na  árvore  ,  respirando  fundo  e  tentando  ignorar  a  pontada  .  quando  robert  comentou  sobre  sua  irritação  ,  loren  fez  uma  careta  ,  como  se  aquilo  fosse  uma  ofensa  .     ‘   eu  não  estou  irritado  !   ’     disse  da  forma  mais  irritada  possível  .     ‘   tudo  bem  ,  tá  bom  ,  tá  bom  !   ’     finalmente  admitiu  ,  cruzando  os  braços  ,  como  se  estivesse  prestes  a  confessar  um  crime  .    ‘   eu  sei  que  você  está  apenas  esperando  o  momento  em  que  eu  caia  de  dor  e  você  possa  dizer  que  tinha  razão  o  tempo  todo  .   ’

"Eu não estou fazendo cara de enfermeira preocupada." Robert disse, ainda um pouco ofendido, mas logo voltou o olhar para o pé do outro, como se quisesse ter certeza de que estava tudo bem. Rolou os olhos pra si mesmo, deixando aquilo de lado. Por enquanto. "E quem disse que não tem jacaré por aqui? Eles podem facilmente se adaptar a um lugar como esse." Um lago no meio da floresta já soava perigoso no mundo real, então Robert não queria nem imaginar que tipo de criatura poderia existir ali. Talvez para um biólogo fosse interessante, mas a última coisa que desejava agora era explorar sozinho. Ou pior, explorar com Loren. Era um fato àquele ponto que os dois juntos não podiam contar com a sorte a seu favor. "Claro..." Não estava muito convencido com a desculpa de Loren sobre estar ali para apreciar a vista. Mas tentou não pensar muito nisso, rolando os olhos para a provocação dele. "Ei, eu posso muito bem encontrar o caminho de volta." Falou, empurrando o amigo de leve para provocá-lo, resolvendo preocupar-se com o retorno depois. Robert foi até uma das árvores, sentando-se ali mesmo antes de se recostar no tronco. "Vai lá. Eu vou ficar por aqui também." Elevou uma sobrancelha para Loren, como se o desafiasse a realmente dar aquele mergulho. Ou simplesmente andar sem fazer uma careta, já que Robert estava convencido de que o guitarrista estava sentindo algum tipo de dor, mas por alguma razão não queria admitir. Robert pegou a mochila que trazia consigo, procurando algo ali que poderia ser útil para passar o tempo. "Sabe, você está muito irritado hoje. Mais que o normal. O mergulho vai te fazer bem."

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               loren  se  remexeu  na  cadeira  ao  ouvir  a  resposta  de  drizella  .  não  era  exatamente  a  resposta  que  ele  esperava  ,  mas  ,  de  certo  modo  ,  ele  sabia  que  tinha  provocado  aquilo  .  se  permitiu  ser  sarcástico  —  estava  sóbrio  demais  para  deixar  as  coisas  fluírem  naturalmente  ,  e  ,  claro  ,  o  comentário  sobre  a  mãe  de  drizella  tinha  escapado  da  sua  boca  sem  pensar  .  mas  não  iria  admitir  que  pegou  pesado  porque  …  simplesmente  não  estava  com  vontade  .  aquele  não  era  um  de  seus  melhores  dias  .     ‘   eu  posso  tentar  manter  a  cordialidade  .   ’     ele  se  limitou  a  beber  mais  um  gole  do  uísque  ,  esperando  não  se  engasgar  com  a  mentira  contada  .     ‘   e  só  pra  constar  ,  sou  perfeitamente  capaz  de  ficar  com  uma  pessoa  sem  pagar  .   ’     nos  últimos  dias  ,  sua  tolerância  para  lidar  com  pessoas  estava  próxima  de  zero  ,  fosse  homem  ou  mulher  ...  mas  não  chegava  a  ponto  de  pagar  para  ter  a  companhia  de  alguém  .     ‘   arrancar  os  olhos  ?  aí  você  exagerou  .  se  me  conhecesse  melhor  ,  iria  querer  arrancar  as  orelhas  junto  .  só  por  precaução  ,  é  claro  !   ’     pela  primeira  vez  na  conversa  ,  loren  ofereceu  um  sorriso  ,  mas  dado  ao  contexto  ,  não  era  muito  amigável  .     ‘   mas  fico  feliz  em  saber  que  sou  a  sua  última  opção  pra  qualquer  coisa  …   ’     disse  ,  jogando  o  corpo  para  trás  na  cadeira  e  esticando  as  pernas  .     ‘   não  que  eu  me  lembre  de  ter me  candidatado  ao  cargo  .  ela  está  pagando  para  quem  fingir  ser seu  amigo  ?  ou  confia  plenamente  no  seu  ...  potencial  ?   ’

Ainda que não costumasse seguir os conselhos de sua mãe tão fervorosamente, Drizella estava se esforçando para ser um pouco mais maleável. A ideia de se aproximar de alguns dos intrusos, no fim, não poderia ser tão terrível se algum deles tivesse algo a lhe oferecer com a mudança de perspectiva. Dado a posição bastante favorável de alguns, se aliar a eles antes da vinda de suas novas memórias poderia ser útil, não? Não fazia ideia de como tudo aquilo poderia funcionar, mas como alguém que ferrada por natureza, não poderia se dar ao luxo de recusar oportunidades promissoras. Porém, ao sentar-se na mesa com o rapaz de feição tão densa quanto o uísque que ele parecia beber. A sobrancelha ruiva se ergueu no momento em que o murmurar ríspido alcançou os seus ouvidos, um tanto quanto surpresa com a recepção. Se esta fosse a única, não teria mudado a expressão de seu rosto. No entanto o complemento fez um sorriso de canto decorar os lábios sempre tingidos de vermelho, incrédula com o que estava escutando. "Entendo que fazer associação com a prostituição é bem comum pra vocês homens incapazes de ficar com uma mulher sem pagar, mas vamos manter a cordialidade." Apoiando os cotovelos sobre a mesa, usou a canhota de auxílio para sustentar a cabeça. "Até porque, eu arrisco dizer que até para a prostituição a minha mãe seria mais seletiva. Eu preferiria arrancar meus olhos com as minhas próprias unhas a ficar com alguém como você. Então, não se preocupe. Eu não quero o seu dinheiro." Ou o de qualquer outra pessoa, Drizella prezava por algo muito maior do que uma quantidade irrelevante de merlos. "Aparentemente ela achou que seria uma excelente ideia fazer amizade com os perdidos. Mas você, com toda certeza, me parece a última opção para qualquer coisa semelhante."

[hiloren]

               hans  era  insuportável  .  essa  era  a  verdade  .  não  importava  o  quanto  loren  o  evitasse  ,  o  sujeito  sempre  dava  um  jeito  de  aparecer  ,  e  quando  finalmente  vinha  ,  era  com  a  mesma  ladainha  de  sempre  .  no  começo  ,  até  se  divertia  trocando  farpas  com  o  westergaard  ,  mas  esse  prazer  esgotou-se  rapidamente  ,  dando  lugar  a  um  cansaço  que  beirava  o  desespero  .  e  era  justamente  desse  desespero  que  hans  se  alimentava  .     ‘   talvez  eu  devesse  tentar  mesmo  assim  .   ’     deu  de  ombros  ,  sabendo  que  aquela  não  era  uma  de  suas  melhores  respostas  .  aquela  irritação  familiar  subia  lentamente  ,  mas  ele  se  controlou  ,  mais  por  preguiça  de  começar  outra  briga  do  que  por  paciência  .  quando  hans  começou  a  desabafar  sobre  seus  irmãos  ,  loren  não  pôde  evitar  um  sorriso  sutil  .  era  quase  involuntário  .  algo  no  outro  o  divertia  ,  mesmo  que  o  aborrecesse  ao  mesmo  tempo  .  provavelmente  por  ele  ser  tão  caricato  ,  tipo  vilão  de  série  de  baixo  orçamento  .  ah  ,  era  isso  !  essa  era  a  descrição  perfeita  para  o  westergaard  .     ‘   isso  é  assunto  para  tratar  com  seu  psicólogo  .   ’     disparou  ,  tentando  manter  um  ar  desinteressado  ,  mas  a  acidez  da  sua  resposta  traía  o  prazer  sutil  que  ele  sentia  em  debochar  de  hans  .     ‘   o  coelho  branco  ,  no  caso  .  até  nisso  vocês  são  esquisitos  .   ’     a  careta  que  fez  foi  verdadeira  .  não  era  normal  um  COELHO  ser  terapeuta  !  loren  cruzou  os  braços  em  seguida  ,  um  gesto  de  defesa  que  era  ,  ao  mesmo  tempo  ,  uma  maneira  de  se  proteger  do  que  hans  poderia  dizer  a  seguir  .     ‘   a  sua  lamentação  não  é  exatamente  algo  que  desperte  simpatia  .   ’     o  jeito  como  os  olhos  azuis  do  homem  o  avaliavam  era  desconfortável  ,  quase  invasivo  .  loren  se  sentia  exposto  ,  e  ele  odiava  aquela  sensação  .     ‘   e  você  está  mais  intrometido  que  o  normal  .   ’     retrucou  ,  tentando  fugir  do  assunto  .    ‘   nem  se  empolga  .  você  é  irritante  ,  mas  nem  de  longe  é  o  centro  do  meu  universo  .   ’     respondeu  com  uma  risada  seca  .     ‘   se  quer  tanto  saber  ,  estou  irritado  com  muita  coisa  ,  mas  nada  que  seja  da  sua  conta  .   ’ 

Hans sentiu o arrepio de satisfação percorrer sua espinha assim que o golpeou nas costas, como se estivesse saciando uma fome interna ao incomodar Loren. Havia algo incrivelmente gratificante em ver o outro se enrijecer sob seu toque, a irritação irradiando de cada poro. Ele soltou um riso abafado, como se estivesse se divertindo imensamente com a reação de Loren, embora o rosto mantivesse a serenidade de quem está acima de qualquer conflito real. Quando o mais novo se virou com brusquidão e agarrou seu pulso, Hans não recuou. Ao contrário, ele inclinou levemente a cabeça para o lado, o olhar cheio de uma mistura de afronta e fascínio. Era uma faísca que ele não via com seus verdadeiros irmãos, uma resposta tão visceral e, de certo modo, quase… honesta. — Ah, o pequeno Loren finalmente mostra os dentes! — Disse com a voz baixa, quase zombeteira, mas carregada de uma ponta de curiosidade. — Você sabe que se me empurrar de um penhasco, ainda vou te assombrar para o resto da sua vida, não é? — O aperto de Loren em seu pulso era forte, quase doloroso, mas Hans não demonstrou. Pelo contrário, manteve o sorriso. Hans continuou encarando Loren, a adrenalina pulsando em suas veias, alimentando aquela conexão desconcertante que sempre sentia quando estava cara a cara. Apesar de tudo, havia uma parte de Westergaard que gostava da resistência de Loren, algo que seus verdadeiros irmãos nunca lhe deram. Todos o tratavam como um nada, mas Loren… Loren reagia. Ele o encarava, o desafiava, e havia algo quase satisfatório nisso. Quase familiar, mesmo que Hans odiasse admitir. — Você quer limites? — Hans repetiu, quase rindo da palavra como se fosse um conceito estrangeiro. — Eu também queria, sabia? Cresci cercado por irmãos que não me davam espaço nem para respirar, quanto mais para existir dentro da minha própria família. — Seus olhos azuis avaliando cada detalhe do rosto de Loren, desde a tensão em sua mandíbula até a maneira como sua respiração acelerava ligeiramente, traços de um temperamento que ele estava lutando para conter. — E agora, veja só, fui presenteado com mais um. — Fez uma pausa, um brilho estranho dançando em seus olhos, algo que estava entre a frustração e um desejo que ele mesmo não conseguia identificar. — A vida não é um morango, irmãozinho. Neste mundo, ninguém respeita os preciosos limites. Lide com isso. — O empurrão de Loren para afastar sua mão foi vigoroso, mas Hans apenas deu um passo para trás, ajustando o casaco com um movimento elegante, como se nada pudesse verdadeiramente abalá-lo. — Sabe, eu não posso deixar de notar que você está particularmente irritado hoje e eu adoraria acreditar que sou o único motivo para essa sua raiva toda. — Murmurou, um toque de curiosidade e um leve traço de preocupação surgindo em sua voz, o sorriso desapareceu lentamente dos lábios de Hans, substituído por uma expressão mais séria. — Mas, diga-me, Loren da Terra, sou eu o único motivo para toda essa fúria? Ou será que há algo mais te incomodando? Algo que vai além da minha… adorável presença.

[hiloren]

               as  trocas  de  palavras  com  clara  eram  sempre  meio  esquisitas  ,  como  se  ambos  estivessem  andando  em  uma  corda  bamba  que  nenhum  dos  dois  conseguia  nomear  .  ele  estava  apenas  seguindo  o  fluxo  ,  distraído  o  suficiente  para  não  perceber  de  cara  quando  o  tom  dela  mudou  .     ‘   oi  .   ’     a  encarou  ,  franzindo  as  sobrancelhas  ,  tentando  entender  o  que  ela  estava  pedindo  .  primeiro  ,  olhou  para  o  rosto  dela  ,  depois  para  onde  suas  mãos  estavam  agarrando  desesperadamente  a  frente  do  vestido  .       ‘   ah  ...   ’     finalmente  seus  neurônios  começaram  a  funcionar  .     ‘   bela  escolha  de  roupa  .   ’     comentou  ,  um  sorriso  involuntário  se  formando  nos  lábios  .  mas  ,  ao  ver  a  seriedade  nos  olhos  dela  ,  o  sorriso  começou  a  desvanecer  .  com  um  suspiro  de  resignação  ,  se  viu  obrigado  a  ajudar  .  clara  agarrou  a  mão  dele  e  praticamente  a  empurrou  contra  o  tecido  ,  o  fazendo  segurar  o  vestido  como  se  a  dignidade  dela  dependesse  exclusivamente  disso  —  o  que  ,  bem  …  era  verdade  .     ‘   você  não  precisava  criar  toda  essa  cena  para  ter  a  minha  atenção  .  se  quisesse  que  eu  tirasse  a  sua  roupa  ,  era  só  pedir  .   ’     não  estava  falando  sério  ,  claro  .  era  só  loren  sendo  loren  —  tirando  sarro  da  situação  para  aliviar  o  desconforto  ,  tanto  dele  quanto  dela  .  enquanto  andava  ,  sua  mão  mantinha-se  firme  no  corset  ,  tentando  impedir  que  qualquer  desastre  maior  acontecesse  .     ‘   vamos  ,  a  loja  'tá  perto  .   ’     rolou  os  olhos  ,  dando  um  passo  apressado  em  direção  à  boutique  ,  ainda  com  ela  a  reboque  .

with: @hiloren in boutique house of devil.

Haviam muitos motivos do por qual ela não deveria ter parado pra conversar com Loren. Um deles é que claramente não era necessário, não naquele momento. Mas ainda sim, tinha ido falar com ele, pelo simples fato de que nunca entendia o que acontecia entre eles. A resposta mais certa era que nada, e mesmo assim, estar na presença dele era como ter certeza que algo ia acontecer. Algo que ela nunca tinha noção de pra onde iria. Como naquele momento. "-- Loren." Parou o assunto em um tom baixo e tenso, seus olhos castanhos se arregalando levemente enquando tentava não se mexer. "-- Loren...meu vestido..." Avisou, rapidamente segurando a parte da frente. Sério mesmo que seu corset estava se desfazendo na frente dele? A roupa tinha a confundido com a Cinderella pós meia noite? "-- Meu vestido, Loren." Disse como aviso mais baixo, mais uma vez, uma tentativa de não chamar tanta atenção. Estava ficando quase pelada na frente de um perdido que nem do seu conto era, muito menos tinha pagado um jantar pra ela. Era mais fácil ela pagar um jantar, carregar ele no colo e dar flores, "-- Pelo amor de Merlin, homem, me ajude!" Quase ordenou, pegando a mão dele para colocar em seu corset. A visão era bem estranha e ela grunhiu, começando a se mover. "-- Vamos pra boutique, e ai de voce soltar, Loren. Não ouse!" Ela se arrependia de ter tentado ser ousada na vestimenta.

[hiloren]

𓏲ㅤ⠀˛ㅤ⠀⋆    🎸     𝑙𝑜𝑟𝑒𝑛   ℎ𝑎𝑤𝑘𝑖𝑛𝑠    ,    𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝  .

𝒘𝒉𝒐    :    @drizclla  .

𝒘𝒉𝒆𝒓𝒆    :    bar  no  hotel  helheim  .

               loren  estava  no  helheim  ,  um  bar  um  pouco  mais  sofisticado  do  que  os  outros  naquela  droga  de  reino  .  gostava  do  ambiente  mais  calmo  e  do  fato  de  que  ,  na  maioria  das  vezes  ,  ninguém  tentava  iniciar  conversa  .  isso  lhe  dava  a  oportunidade  de  apreciar  a  solidão  que  tanto  prezava  .  a  bebida  em  sua  frente  ,  um  uísque  escuro  e  denso  ,  já  estava  pela  metade  ,  mas  ele  não  tinha  pressa  .  foi  quando  uma  mulher  mais  velha  ,  verônica  —  ao  menos  era  o  que  ele  achava  ser  seu  nome  ,  —  se  aproximou  .  ela  tinha  algo  a  dizer  ,  mas  parecia  que  sua  mente  estava  embriagada  ,  e  a  conversa  não  fez  muito  sentido  .  algo  sobre  "ser  simpático"  .  loren  ,  como  de  costume  ,  deu  de  ombros  e  achou  que  fosse  apenas  mais  uma  bêbada  que  tentava  se  enturmar  .  algum  tempo  se  passou  ,  e  outra  mulher  apareceu  ���  ruiva  ,  um  pouco  mais  jovem  .  ela  sentou  ao  seu  lado  ,  sem  pedir  licença  ,  e  loren  manteve-se  em  silêncio  ,  ignorando  sua  presença  enquanto  girava  o  copo  com  a  mão  .  o  barulho  suave  do  líquido  batendo  contra  o  vidro  era  a  única  coisa  que  preenchia  o  espaço  entre  eles  .  no  entanto  ,  a  sensação  de  desconforto  começou  a  surgir  .  ela  não  disse  nada  ,  mas  estava  ali  ,  quase  esperando  que  ele  fizesse  o  primeiro  movimento  .  eventualmente  ,  a  paciência  de  loren  se  esgotou  .     ‘   que  foi  ?   ’     perguntou  ,  sua  voz  carregada  com  uma  nota  de  irritação  ,  sem  nem  se  dar  ao  trabalho  de  virar  o  rosto  para  olhar  diretamente  para  ela  .  apenas  uma  olhada  de  canto ,  o  suficiente  para  perceber  que  ela  ainda  estava  lá  .  foi  nesse  momento  que  uma  peça  encaixou  na  cabeça  de  loren  e  um  sorriso  sardônico  começou  a  se  formar  em  seus  lábios  .     ‘   sua  mãe  'tá  te  prostituindo  agora  ?  já  aviso  que  eu  não  tenho  dinheiro  .  nem  se  tivesse  ,  na  verdade  .   ’     

[hiloren]

               na  vida  real  ,  loren  teve  diversas  oportunidades  para  se  perder  no  caminho  e  se  tornar  algo  pior  —  negligenciado  pelos  pais  ,  humilhado  na  escola  ,  subestimado  por  todos  que  achavam  que  ele  nunca  teria  futuro  .  ele  poderia  ter  sido  um  "monstro"  ,  se  quisesse  .  mas  não  escolheu  isso  .  entendia  perfeitamente  o  que  lykos  queria  dizer  ,  só  que  a  simples  ideia  de  aceitar  aquilo  parecia  como  se  estivesse  se  rendendo  .     ‘   honestamente  ?  eu  ‘tô  cansado  de  todo  mundo  me  dizendo  o  que  vai  acontecer  ,  como  se  eu  já  tivesse  uma  placa  na  testa  dizendo  'próximo  vilão  em  formação'  .   ’     seu  tom  sarcástico  estava  presente  ,  mas  seu  olhar  era  sério  .  talvez  o  próprio  lykos  o  visse  daquela  forma  —  um  vilão  em  formação  .  por  isso  os  conselhos  de  quem  já  tinha  passado  por  aquele  processo  .       ‘   a  verdade  é  que  a  régua  moral  desse  lugar  é  muito  exigente  .  sabe  o  que  dizem  no  meu  mundo  ?  o  lobo  sempre  será  mau  se  você  ouvir  apenas  a  história  da  chapeuzinho  .   ’     franziu  o  nariz  ,  se  arrependendo  imediatamente  do  que  disse  em  seguida  .     ‘   'tá  ,  nem  todo  mundo  ...  só  umas  tias  do  facebook  quando  querem  dar  indireta  para  a  vizinha  .   ’     ergueu  os  ombros  antes  de  decidir  beber  a  cerveja  que  lykos  pediu  ,  o  gosto  amargo  espalhando  pela  boca  .  quando  lykos  perguntou  sobre  as  pessoas  com  quem  ele  se  importava  ,  um  lampejo  passou  por  sua  mente  .  reyna  ,  robert  e  taeoh  —  embora  não  fosse  admitir  isso  para  taeoh  nem  fodendo  .  mas  essa  lista  era  pequena  ,  talvez  porque  loren  nunca  deu  muitas  oportunidades  para  as  pessoas  se  aproximarem  dele  de  verdade  .  talvez  porque  ,  no  fundo  ,  parte  dele  acreditava  no  que  lykos  estava  dizendo  .     ‘   não  muitas  ...  e  você  ?   ’

lykos escutou loren com calma. era necessário escutar essas pessoas, ele sabia disso. ele já foi como eles. tentando negar seu destino. "eu gostaria de dizer que sinto muito se lhe ofendi, mas eu não sinto. eu não sinto porque eu apenas disse o que gostaria que tivessem me dito. apenas contei a minha experiência e a de muitos vilões por aqui." ele sentiu a rouquidão em sua voz crescer, seu lado lupino querendo rosnar as palavras para loren. como se quisesse abrir a cabeça dele e fazê-lo entender na marra que a vida dele não seria fácil ali. "pode dizer o quanto quiser que você é diferente de mim, e eu acredito que seja, mas no momento em que você fizer algo de errado, no momento em que você pisar fora da linha... pode acreditar que você vai ser considerado igualzinho a mim. mesmo que você não queira e mesmo que você dê a melhor luta de sua vida para isso. eles vão te ver como mais um de nós." era a realidade. lykos sentiu isso no momento em que lhe jogaram num reino com pessoas como lady tremaine. eles não eram iguais e ao mesmo tempo, mais do mesmo. "e por isso eu sugiro... que você beba." lykos viu chamou mais uma rodada de bebidas com um sinal, vendo um homem sair de trás do balcão com duas canecas de cerveja, o pedido típico do lobo branco. "e eu sugiro que você comece a colocar as coisas em perspectiva... existe muitas pessoas que você se importa nesse lugar?" um dos fatores principais para o declínio de lykos era o fato de que não confiava em ninguém. até hoje, pode contar nos dedos as pessoas que confia.

[hiloren]

[hiloren]

               loren  se  mexeu  desconfortavelmente  na  cama  enquanto  esme  passava  o  pano  morno  sobre  sua  pele  ,  tentando  remover  o  que  restava  da  geleia  grudenta  .  ele  não  gostava  de  ser  dependente  de  ninguém  ,  muito  menos  quando  estava  em  um  humor  como  aquele  ,  mas  o  toque  gentil  e  a  paciência  dela  estavam  ajudando  a  aliviar  a  tensão  crescente  em  seus  ombros  .  enquanto  esme  falava  ,  brincando  e  fazendo  chantagem  emocional  ,  ele  soltou  uma  risada  curta  e  sem  humor  .  ela  estava  tentando  levantar  seu  astral  ,  e  uma  parte  dele  apreciava  isso  .  mas  outra  parte  ainda  estava  presa  em  sua  própria  frustração  .     ‘   com  certeza  vai  ,  não  tenho  duvidas  disso  .   ’     naquele  momento  ,  qualquer  outro  lugar  era  mais  receptivo  que  ali  .  em  sua  defesa  ,  ele  não  chamou  ninguém  para  testemunhar  seu  mau  humor  ,  ela  que  decidiu  invadir  .  sendo  assim  ,  estava  no  seu  direito  de  ser  um  otário  .  e  isso  era  a  coisa  mais  babaca  que  podia  pensar  .     ‘   eu  mal  terminei  o  ensino  médio  !  fugi  da  faculdade  igual  diabo  foge  da  cruz  .   ’     dessa  vez  não  tinha  sarcasmo  em  seu  tom  de  voz  ,  apenas  a  mais  pura  e  irritante  verdade  .     ‘   mulher  maldita  !   ’     levou  a  destra  imediatamente  até  a  própria  boca  ,  com  medo  de  invocar  o  espírito  da  rainha  má  novamente  .  não  queria  mais  ser  amaldiçoado  pela  bruxa  ;  ele  já  tinha  aprendido  a  lição  .  loren  suspirou  profundamente  ,  sentindo  o  calor  da  água  começar  a  dissolver  um  pouco  da  irritação  .  ele  olhou  para  esme  ,  que  o  encarava  com  olhos  ternos  ,  e  por  um  breve  momento  ,  sentiu-se  culpado  por  descontar  suas  frustrações  nela  .  às  vezes  se  esquecia  que  ele  não  era  o  único  puto  por  estar  naquele  lugar  .     ‘   medo  do  mar  ?  isso  já  deveria  te  desqualificar  automaticamente  .   ’     soltou  uma  risada  baixa  e  breve  ,  quase  imperceptível  ,  mas  que  ,  por  um  momento  ,  suavizou  a  tensão  .     ‘   eu  vou  ter  que  ser  um  vilão  tão  tapado  que  nem  nome  tem  .  sem  contar  aquele  hans  do  caralho  que  não  me  dá  um  segundo  de  paz  .   ’     ele  fez  uma  pausa  ,  os  olhos  escurecendo  um  pouco  enquanto  lembrava  das  constantes  provocações  de  hans  .  loren  gesticulou  com  as  mãos  ,  como  se  quisesse  dissipar  o  pensamento  ,  e  então  passou  a  mão  pelo  rosto  ,  tentando  se  recompor  .     ‘   desabafei  ,  é  isso  .   ’ 

"Tamam, canim. Sinto muito por ainda te considerar um bom amigo e pensar que podia contar com a sua ajuda. Já que é assim, na próxima pode deixar que eu vou para o quarto ao lado sem hesitar. Quem sabe não sou melhor recebida por lá?" Brincou, abusando da chantagem emocional apenas para poder provocá-lo. Estava percebendo que a história com a Rainha Má realmente o tinha estressado e agora estava disposta a melhorar o humor do perdido. Uma vez que não tinham sequer previsões de quando voltariam para a casa, Loren não podia considerar que uma geleia grudada no corpo era o fim do mundo. "Ah..." Ela deu de ombros após a resposta de Loren. "Acho que não tem ninguém realmente bom nisso. Todos somos novatos nessa coisa de magia, mas acho que podemos se ajudar e tentar tornar as coisas um pouquinho mais fáceis. Eu desacostumei a fazer provas! Fazem anos que me formei na faculdade." Com a resposta positiva do loiro, Esme abriu um sorriso nos lábios e aproximou-se dele na cama. Sentou-se ao seu lado e aproximou dele o pano molhado com a água morna. Começou a limpar a pele de Loren com movimentos lentos. Sabia que o calor da água ajudaria a soltar os resquícios pegajosos da geleia de maçã que ainda estavam grudados ali. "Normalmente a água quente ajuda a sair, mas se ela estiver usando uma geleia de maçã mágica, talvez a gente realmente tenha que ir atrás de estudar para descobrir como tirar. Nesse tipo de receita eu não tenho formação." Riu baixo, enquanto continuava a passar o pano, agora no ombro dele. O fazia com delicadeza, pois não queria causar desconforto nele. "Loren, eu..." Abaixou o pano por um segundo. Não tinha certeza se seu bom humor estava fazendo efeito em ajudá-lo. "Sinto muito que estar aqui esteja sendo tão estressante para você." Ergueu seus olhos castanhos para poder encará-lo com ternura, querendo passar o mínimo de conforto possível naquele momento. "Sendo sincera, eu também não gosto da ideia. Me tornar uma pirata da Terra do Nunca que vai sequestrar fadas nunca passou pela minha mente e também não acho que combine comigo. O chapéu é até legal, mas eu tenho medo de mar..." Acabou revelando em meio a conversa, apesar de não gostar de falar sobre o assunto. Subiu o pano agora para a parte lateral do pescoço alheio. "Eu só não sei o que fazer. Mas prometo que te ajudo a sair daqui quando eu também descobrir como fazer isso, tudo bem?"

[hiloren]

               já  reconhecia  aquele  tom  familiar  ,  cheio  de  provocação  ,  que  por  algum  motivo  nunca  deixava  de  irritá-lo  e  ,  ao  mesmo  tempo  ,  lhe  trazia  uma  estranha  sensação  de  conforto  .  mesmo  mancando  ,  ele  não  perdeu  a  chance  de  continuar  o  que  já  havia  se  tornado  quase  um  ritual  entre  eles  :  importunar  um  ao  outro  .     ‘   eu  'tô  bem  .   ’     resmungou  ,  um  pouco  impaciente  ,  enquanto  passava  a  mão  pelo  rosto  ,  claramente  frustrado  com  a  dor  em  seu  pé  .     ‘   não  precisa  fazer  essa  cara  de  enfermeira  preocupada  .   ’     completou  ,  franzindo  o  nariz  ,  como  se  a  preocupação  alheia  fosse  quase  um  insulto  .  ele  odiava  demonstrar  fraqueza  ,  especialmente  diante  dos  poucos  que  considerava  amigos  ali  .  o  fato  de  robert  ser  uma  dessas  poucas  pessoas  tornava  a  coisa  ainda  mais  difícil  .  lançou  um  olhar  para  o  lago  ao  ouvir  a  menção  dos  jacarés  ,  e  deu  uma  risada  seca  ,  com  aquele  típico  tom  sarcástico  .     ‘   não  tem  jacarés  aqui  .  quem  te  contou  essa  mentira  ?   ’     se  tivesse  ,  ele  já  teria  jogado  hans  naquele  lago  .     ‘   perdido  ?  eu  só  estou  …  apreciando  a  vista  .   ’     fez  um  gesto  vago  na  direção  do  lago  ,  forçando  um  tom  indiferente  .  claro  ,  aquilo  era  uma  mentira  descarada  ,  e  robert  provavelmente  sabia  disso  .  ele  estava  claramente  desorientado  ,  mas  admitir  isso  ?  nunca  .  e  ,  ao  ver  robert  perder  as  pedrinhas  que  ele  havia  jogado  pelo  caminho  ,  uma  pequena  satisfação  mesquinha  surgiu  em  loren  ,  fazendo-o  rir  alto  .     ‘   e  mesmo  assim  se  perdeu  .  admita  ,  você  é  tão  tapado  quanto  eu  .   ’     zombou  ,  inclinando-se  levemente  para  frente  ,  o  que  fez  com  que  o  peso  sobre  o  pé  machucado  provocasse  uma  pontada  de  dor  .  ele  rapidamente  tentou  disfarçar  ,  voltando  a  se  encostar  em  uma  árvore  próxima  ,  respirando  fundo  .     ‘   acho  que  vou  ficar  por  aqui  ...  dar  um  mergulho  ,  sei  lá  .   ’ 

Robert parou sua caminhada e foi até a área do lago assim que escutou alguém praguejando. Conhecia bem aquela voz e o sotaque inglês de Manchester, e Robert teria sorrido ao ver o guitarrista de sua banda preferida, se não estivesse preocupado com o jeito que ele mancava. "Loren... você tá bem? Se machucou?" Apontou para o pé dele, já imaginando que ele podia ter sido atacado por algo naquela floresta. Aquele lugar era cheio de surpresas e talvez Loren tivesse encontrado uma delas. Robert só não imaginaria que foi uma pedra que Loren chutou que o deixou naquele estado. "Não, não vim falar isso. Na verdade, ia te alertar que me falaram que tem jacaré nesse lago aí." Robert apontou para a água cristalina, que era bem convidativa se parasse pra pensar. Poderia muito bem ser mentira da pessoa que contou, mas Robert não iria testar sua sorte dando um mergulho ali. Foi até onde Loren estava, e não parecia que ele também estava com muita vontade de sair nadando pelo lago. Robert cruzou os braços enquanto o analisava, deixando um sorrisinho tomar conta dos lábios. "Você está perdido, por acaso?" Questionou em um tom jocoso para provocá-lo. "Cara, você tem que fazer que nem João e Maria. Tem que jogar pedras pra marcar o caminho. Olha aqui, eu..." A voz de Robert morreu assim que se voltou para o caminho de onde veio, procurando as pedrinhas avermelhadas que vinha jogando pelo seu trajeto na floresta e... bem, elas não estavam mais ali. Quando escutou o grito de Loren, Robert não pensou duas vezes antes de segui-lo, esquecendo-se de marcar aquela parte de seu caminho. "Hum... estava por aqui..." Ele começou a dizer, mas logo balançou a cabeça e se voltou para Loren. "Eu tenho certeza que vamos achar. Vem, você quer ajuda?"