Aluno de Museologia fazendo um blog para cumprir com demandas de uma disciplina. Vou tentar meu melhor.
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Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
O Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo é o produto de diversas iniciativas, a primeira seria um projeto de 1940, o qual não rendeu muitos frutos, seguido por mais esforços na década de 60 que desejavam a criação de um museu da imagem e do som similar ao encontrado no Rio de Janeiro.
O museu foi inaugurado em 1979 em uma sede provisoria no morro da costa, possuía em seu acervo fotografias, periódicos, documentos, instrumentos musicais, indumentaria e moedas. Recebeu sua sede em 1982, o prédio que abriga o museu foi a “casa das magnólias”, o Solar Lopo Gonçalves, essa propriedade pertenceu a família do empresario escravocrata Lopo Gonçalves Bastos desde que foi construída em 1853, e em 1940 a casa das magnólias foi vendida e transformada numa fabrica de velas, e em 1974 seria adquirida pela prefeitura e em 76 repassada para o museu.
O acervo do museu é composto por mais de 1.300 objetos dos séculos XIX e XX, 200.000 itens relacionados a diferentes grupos que ocuparam o território desde o período pré-colonial, cerca de 9.000 imagens de Porto Alegre dos séculos XIX e XX e uma coleção formada por mais de 400 cartões postais das primeiras décadas do século XX. O museu esta comprometido com a salvaguarda e divulgação do patrimônio cultural da cidade, com ênfase na sua história e memória.
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Museu Paranaense (MUPA)
Inaugurado dia 25 de setembro de 1876 por Agostinho Ermelino de Leão e José Cândido da Silva Murici. Em 1902 Romário Martins assume a posição de diretor do museu, ele rapidamente se apossa da instituição e começa a moldá-la seguindo modelos como o Museu Nacional, o Museu Paraense e o Museu Paulista do Ipiranga.
O museu fora montado com finalidade de trazer destaque ao estado do Paraná e mantê-lo relevante perante os demais estados, e por isso expunha narrativas que enalteciam o desenvolvimento do estado e as maravilhas naturais encontradas no mesmo. As ideias de progresso e desenvolvimento eram bastante presentes no seculo XX e chegaram ao MUPA através das exposições universais, o museu, assim como muitos museus brasileiros, recebia e cedia acervos para o exterior e esses estavam relacionados as exposições universais.
O MUPA teria seu momento de maior destaque na Exposição Preparatória de Curitiba de 1908, ano no qual o museu teria recebido 159.620 visitantes numero que excedia o valor médio de visitantes por ano (1902-1907) por 18 vezes, também superando numero de habitantes do estado que no mesmo ano não passava de 60 mil.
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Museo Nacional de la Inmigración de Buenos Aires
A Direção Nacional de Migrações (DNM) determina em 1985 a criação de um museu, arquivo e biblioteca da imigração nas dependências do antigo hotel de imigrantes de Buenos Aires. Entre as décadas de 70 e 90 o projeto do museu recebeu grande suporte das mais diversas coletividades que estavam bastante interessadas na preservação do complexo do hotel de imigrantes, o qual foi declarado monumento histórico nacional em 1990.
O projeto da DNM viria a dar frutos sob a forma do Museo, Archivo y Biblioteca de la Inmigración (MABI), que foi inaugurado em 1992, e já em 97 esse seria ampliado através do Programa Complejo de Museo del Inmigrante. O MABI seria praguejado por problemas de financiamento, conservação, além de ser sujeito aos caprichos da DNM que realocaria as exposições sempre que possível.
O sucessor do MABI , o Museo Nacional de la Inmigración foi inaugurado em 2001 e funcionou até 2009 com uma exposição de longa duração que contaria uma historia bastante glorificada das migrações do seculo XX. Foi mais uma vez desmontado e teve suas exposições transformadas em mostras itinerantes por um tempo, e novamente foi remontado no prédio do hotel (é de se imaginar que se alguém acordar indisposto eles transformariam o museu novamente).
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Museu Nacional de História do México
Com o decreto de 1825 do presidente Guadalupe Victoria, foi criado o Museu Nacional Mexicano que teria seus acervos divididos seis anos depois. Durante o período do Segundo Império Mexicano (1864 – 1867) o Museu Nacional Mexicano seria transformado no Museu Publico de Historia Natural, Arqueologia e Historia sob ordens do imperador Maximiliano de Habsburgo. O novo museu foi montado na casa da moeda junto ao Palácio Nacional, e era constituído por três departamentos: historia natural, arqueologia e historia, e biblioteca.
Com a queda do império e o novo governo de Porfirio Díaz o museu teve uma ampliação de suas coleções e recebeu o nome de Museu Nacional, o qual não duraria muito dado que em 1908 as coleções de historia natural seriam mandadas para outra instituição, mudando o nome do museu para Museu Nacional de Arqueologia, Historia e Etnografia.
Em 1944 as coleções de história são movidas para o recém-restaurado Castillo de Chapultepec, e em 27 de setembro do mesmo ano o Presidente Miguel Ávila Camancho inaugura o Museu Nacional de Historia do México.
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Museu Histórico Nacional
Inaugurado no centenário da independência logo após a derrubada do morro do castelo, tinha como narrativa principal a ideia de brasilidade e sob direção de seu primeiro diretor Gustavo Barroso (que ficaria por 30 anos) priorizou a construção da imagem de uma nobreza brasileira e a preservação do legado da monarquia.
Em 1936 o Museu recebe uma doação de Alice Porciúncula, ela estaria doando os bens de seu falecido marido Miguel Calmon. A partir dessa doação Alice passa a trabalhar na organização da sala a qual sua doação foi alocada, na preservação e na documentação desse novo acervo. O trabalho de Alice muito colabora com o de Barroso, Alice logo torna seu falecido marido num ideal, Miguel seria um dos grandes homens públicos que contribuíram para o progresso da nação( narrativa que não era nova no modelo de museu positivista que Barroso montou).
O Museu Histórico Nacional teria forte cunho educativo e usaria dessa história das glorias para inspirar e instruir as futuras gerações, as quais supostamente tomariam essas construções de Barroso e Alice como referenciais para seu futuro.
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Museu Paulista(do Ipiranga)
O monumento que em 1894 se torna museu (inaugurado no ano seguinte) possuindo localização simbólica as margens do Ipiranga. O Museu teve como seu foco, sob direção de Affonso de Tauney (diretor de 1917- 1945), os bandeirantes e a influencia dos mesmos no desenvolvimento da nação.
Tauney então constrói o mito do bandeirante, esse que seria um amalgama do físico indígena como um suposto espírito aventureiro germânico. Os bandeirantes de Tauney seriam os grandes heróis desbravadores os quais teriam auxiliado a mãe-pátria a esticar seus braços sobre as terras selvagens. Além desse caráter mítico o museu construía sua narrativa de forma que esses bandeirantes seriam os grandes antepassados dos paulistas, e mais especificamente das elites paulistas que apoiavam fortemente essa ideia.
Além do seu acervo histórico o Museu Paulista também possuía acervos de ciências da natureza, arqueologia e etnologia que foram repassadas para os que seriam museus de suas áreas especificas.
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Museu Paraense Emílio Goeldi
Em 1894 o zoólogo suíço Emílio Goeldi chega no estado do Pará a convite do governador Lauro Sodré com o objetivo de estudar, desenvolver e difundir as ciências no Pará, na Amazônia, no Brasil e em todo o continente americano, Goeldi promoveu significativas mudanças institucionais a partir das coleções científicas, da publicação de trabalhos e da educação. Também foi responsável pela criação do jardim zoológico e do horto botânico, atraindo a população para conhecer a nova instituição.
Em 1900 Goeldi recebe uma homenagem por meio de um decreto que renomeou o até então Museu Paraense para Museu Emílio Goeldi. As principais contribuições de Goeldi foram a criação do Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia (1894); a coleção seriada Memórias do Museu Paraense (1900) e um dos produtos de suas pequisas “Os Mosquitos no Pará” (1905).
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Museu Anchieta de Ciências Naturais
O museu surge em 1908 a partir das contribuições do padre Pio Buck o qual fazia a coleta de material cientifico no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 1932 Balduíno Rambo contribui para a criação do Herbarium Anchieta, que em 1960 passou a possuir mais 65mil exemplares da flora brasileira e parte desse material se encontra atualmente no herbário didático do museu. Em 1970 o nome do museu é trocado de Museu Escolar de Historia Natural do Colégio Anchieta por Museu Anchieta de Ciências Naturais( nome atual). Em 1972 com o falecimento de Pio Buck o museu intensifica suas atividades pedagógicas sob a direção de Fernando Rodrigues Meyer.
O Museu Anchieta de Ciências Naturais é um museu ortodoxo de ciências naturais (majoritariamente) que tem seu foco na fauna e flora do Brasil e mais especificamente na região sul dado as contribuições de Buck e Rambo. Possui também acervos arqueológicos, etnográficos e didáticos.
A visita ao museu foi bastante agradável e informativa, fomos bem recebidos e orientados pela equipe do museu (Alana Cioato e Luísa Menezes da Silveira). A exposição, a reserva técnica e os vários diálogos ao longo da visita servem como uma boa perspectiva no campo de trabalho da museologia, assim como são um bom complemento ao material teórico explorado até o momento.

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Museus escolares
Surgem a partir do séc. XIX movimentos de construção dos Estados Nacionais, e com a formação destes surge a necessidade da criação do cidadão, o qual deveria ser preenchido pelos valores e identidades de sua pátria (os quais, em muitos casos, ainda estariam em construção).
Para formar esses indivíduos foi usado de uma, até então, nova instituição: a escola pública. A educação que até pouco era um privilégio exclusivo dos ricos e nobres passa a ser um direito de todo aquele considerado como cidadão(ou seja, não era para todos). O ensino individual que focava na memorização logo fora substituído por um ensino mutuo e visual onde objetos e imagens teriam um papel muito maior. É com o ensino mutuo que surgem os museus escolares que eram, diferente do que seu nome da a entender, apenas objetos e coleções que eram usados ao longo do processo educativo.
Uma indústria logo surgiu para atender as emergentes demandas desse novo modelo educativo, o que levou a uma ampla diversidade de objetos que poderiam compor os museu escolares, e dado a essa diversidade logo foram montadas exposições pedagógicas e em sequência viriam os museus de educação.
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Uma breve nota sobre os museus brasileiros
A casa dos pássaros (1784) ilustra a relação entre metrópole e colônia, entre aquele que explora e quem é explorado, relação essa que passa por uma certa mudança quando a própria colônia torna-se metrópole.
O Museu Real (1818), criado sob os moldes europeus, era apoiado pelos demais museus Brasileiros, os quais contribuíam montando exposições e fornecendo recursos do novo mundo que seriam levados para a Europa. O domínio do Museu Real, semelhante ao de Portugal, não foi eterno e logo foi desafiado por outras instituições como o Museu Paulista(1894) e o Museu Paraense(1866).
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A revolução e os museus
Luís XVI guilhotinado, sua rainha Maria Antonieta foi morta da mesma forma e com isso a França mergulha no caos revolucionário. O povo exausto buscava o fim da monarquia e de quaisquer coisas que a ela estivessem atreladas, cabeças rolariam, mármore e tijolos rachariam, tecido e papel queimariam, alguns se esforçam para salvar suas riquezas, já outros possuíam mais interesse em salvar a si mesmos.
As coleções que não se perderam no furor revolucionário foram tomadas pelo novo estado francês, e são essas remanescentes que serviriam de acervo para os museus públicos franceses, os quais seriam moldados como instituições de ensino para guiar o povo rumo aos ideais da nova republica.
Com a chegada de Napoleão, bem armado de um belo pretexto, é feita uma grande pilhagem nos museus estrangeiros. Imagino que na época os franceses queriam competir com os austríacos para ver quem seria o mais arrogante, só faltou um AEIOU(“A Áustria cabe reinar sobre o universo”) francês.
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A tentativa do museu público na França
Para surpresa de alguns, sendo eu um desses, a França ,famosa hoje(dentre tantos outros) pelo museu do Louvre, não foi capaz de acompanhar o resto da Europa, estando então em pleno seculo XVIII sem possuir seu próprio museu público. A pomposa França criada pelo rei sol e governada por Luís XVI não possuía seu museu enquanto os príncipes alemães, os ingleses, os doges, gonfalonieres e papas da península itálica já os possuíam.
O museu seria no palácio de luxemburg, porém pouco tempo depois o museu se tornou residencia do irmão do rei. Tendo esse problema em mente, e ainda desprovidos de um museu, árduas e improdutivas discussões acabaram por delinear 2 tipos de museu, um que deveria ter como foco a educação das artes e outro que deveria enaltecer as glórias dos heróis do passado. Com isso mais aparatos burocráticos foram criados para possivelmente por algo em pratica, mas podemos dizer que o timing não foi o melhor e o museu público francês teria que esperar mais um pouco.
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Coleção e colecionismo
Krzysztof Pomian é um autor que eu já tinha entrado em contato com, por ter usado seu conceito de coleção como citação num trabalho da disciplina “metodologia da pesquisa aplicada à museologia”, porém encontrei esse conceito na obra “conceitos-chave de museologia”.
A princípio achei os conceitos de visível e invisível um pouco confusos, felizmente essa confusão foi esclarecida em aula. O que mais me interessou foi a relação entre utilidade e significado, e a transição de objeto útil para o semióforo. Um objeto que surge como útil pode ser, ao longo de sua existência, dotado de significações e quando inevitavelmente o mesmo perde sua utilidade ele passa a ser apenas um objeto semióforo o qual pode acabar sendo musealizado por suas significações.
Imagino que se tivesse lido o texto de Pomian semestre passado meu trabalho poderia ter acabado com páginas a mais.
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Estudar história dos museus?
Tratando da aula do dia 30/06 o texto de Letícia Julião traz uma breve descrição da historia dos museus, das musas até a atualidade brasileira.
Esse texto junto com uma aula disciplina de “introdução à gestão cultural”, que trouxe um histórico das politicas culturais, e com uma palestra do projeto de extensão “conhecer, promover, democratizar : experiências em instituições de memória e patrimônio cultural”, a qual também abordou a história dos museus, me permitiram visualizar bem a trajetória que a instituição museu percorreu para se tornar o que é hoje.
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"Entrada" no curso
Sendo esse meu segundo semestre na museologia, dado que fui transferido da química, espero que tudo continue indo bem e que esse curso poça me oferecer mais experiencias e novas amizades.
Sobre a disciplina de História Dos Museus E Dos Processos Museológicos, que é o motivo por trás desse blog, espero poder aprender mais sobre os museus e ter mais boas leituras.
Adiciono um detalhe sobre mim, eu amo documentários especialmente sobre o mundo animal, motivo pelo qual escolhi a imagem da orca (que por sinal é meu animal favorito, e com isso temos 2 detalhes) como fundo.
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