Text
Eu não quero dizer o que falta no Inter, não quero apontar “os culpados” para essa péssima fase, só quero registrar o principal fato de continuar, irredutivelmente, aqui, torcendo. Esta razão ultrapassa qualquer suposição lógica do desfecho de uma partida, releva qualquer mágoa, ignora a adversidade. Está lá mesmo desacreditando. Está lá comemorando, apoiando e cobrando. Está lá por amor. E estando lá, cantando como se fosse o último jogo, me faz ter orgulho de ser torcedora também, de ser colorada. Me emociona a força de vontade que uma torcida inteira têm ao apoiar um time ridículo em campo, sem ganhar nada em troca, tendo que abdicar de, talvez, um prato de comida para assistir um jogo no estádio. Não é justo! O Inter têm uma das torcidas mais apaixonadas do Brasil, é ridícula a retribuição que está dando. Sentimos que a paciência já está acabando, mas, como disse Veríssimo, somos a torcida dos que resistiram, e precisamos continuar sendo.
0 notes
Text
Eu não sei medir a dor do rebaixamento, mas de uma coisa tenho certeza: ela nos fez mais fortes. Digo que já nos fez mais fortes porque, mesmo sentindo a decepção de um fim de campeonato horrível, vestimos a camisa vermelha. Sabíamos que iriam nos zoar, sabíamos que iriam gritar “série B”. Sabíamos com toda certeza. Porque foi exatamente isso que fizemos por 26 anos. E quando isso de fato aconteceu, naquele greNAL do Gauchão na Arena OAS, por exemplo, quem gritou mais alto foi a torcida do clube maior. Os gremistas deixaram o “ão ão ão, segunda divisão” às vaias, já que a voz não conseguia se sobressair ao “bi-rebaixados” que os colorados cantavam. E esse é o ponto. Essa é a força que vos falo. Ter mais voz que uma maioria, brigar pelo time, mostrar que nada diminui um gigante. Torcer para um clube não é pôr a camisa apenas quando vence, ficar neutro quando o próprio time vai mal e depois achar que tem o direito de zoar o time dos outros, como se já não tivesse visto o mesmo acontecer consigo. Se enganou quem pensou que a Segunda Divisão iria nos calar, nos envergonhar e diminuir o amor pelo Inter. O que acontece é muito o contrário. O futebol jogado pode ser mínimo, mas a torcida nunca é.
Julia Emanueli Bordignon
0 notes
Text

Sabe o que me orgulha? É ouvir todas as vozes juntas, cantando, gritando, ecoando por todos os corredores do Beira Rio. É saber exatamente o que essas vozes cantam, mesmo que eu esteja em casa assistindo o jogo pela TV e o narrador seja o foco do áudio. É sentir o pulsar dos corações que bombeiam vida a um clube e o torna maior a cada canção. É ver as arquibancadas vibrando por um único motivo: o amor. E sabe porquê isso me orgulha? Porque eu vi como foi triste a dor do rebaixamento, eu vi as lágrimas, eu vi a decepção no rosto daqueles que, assim como eu, acreditaram até na última possibilidade. Eu senti tudo isso. E em nenhum momento eu vi nosso estádio calado, vazio, abandonado. Em nenhum momento tivemos vergonha de cantar, de apoiar. Comemoremos cada vitória, sim. Vibraremos a cada gol, sim. Vestiremos a camisa, sim. Não podemos ter vergonha da Série B, porque não fomos nós quem colocamos o Inter lá. Temos que ter orgulho de nós mesmos por continuarmos apoiando e defendendo o colorado, independente da situação. Que sejamos assim, colorados acima das taças, das vitórias e de tudo. Afinal, estivemos com o Inter no mundial, e agora estamos mais ainda.
By: Júlia Emanueli Bordignon
0 notes
Text

Há seis meses atrás eu sentia a dor de ver o Inter caindo para a segunda divisão. Eu assistia a todos os jogos com uma fé irredutível no meu time de coração, mesmo sabendo das impossibilidades do grupo e dos resultados que nunca vinham. Eu vi tudo ir de mal a pior. Treinadores insistindo nos mesmos erros, derrota em cima de derrota... O rebaixamento era aquela realidade que eu insistia em não enxergar. Uma única força me guiava a acreditar: nossa torcida! E aquele torcedor recém chegado dentro de campo. Tu, Seijas! Tu era a minha força somada ao canto dos que nunca abandonam. Eu ouvia o ecoar de Minha Camisa Vermelha, e cantava com todas as minhas forças “Inter, estaremos contigo” tentando unir o canto de todo os torcedores colorados, não importando onde estivessem, para que, de alguma forma, se fizesse claro o que queríamos: vencer, permanecer na série A. E tu, Seijas, mesmo calado, estava nessa também! Abdicou a seleção de teu país para apoiar este clube e doou todas as tuas forças por cada jogo. Se emocionou com o nosso canto e, tenho certeza, teu coração cantava junto conosco enquanto as lágrimas escorriam naquela noite, onde nosso objetivo ainda era apenas sair da zona de rebaixamento. Podíamos ver em teus olhos que sofria como a gente com a situação de “mierda” que nos encontrávamos. E aí te esqueceram no banco! Como se não fosse melhor que metade do time que era “titular”. Quando entrava não “rendia”, coisa óbvia quando não dão sequencia a um jogador. Nos perdoe se não tivemos paciência com você, mas não tínhamos com ninguém, nem com nós mesmos, porque estávamos caindo, todos juntos. O amor pelo Internacional nos levanta a cada dia e tenho certeza que tua vontade era estar reerguendo nosso clube também, dentro de campo. Mas você sabe, as pessoas, às vezes, preferem aquilo que lhes convém. apenas. Tu merecias estar marcando gols, comemorando com D’ale e Nico, registrando tua camisa 23 aqui, no Inter. Mesmo que isso não aconteça nós te admiramos pelo que tu fez, pelo que tu é e pelo que sentiu vendo o Gigante brilhando naquele fim de partida, que é o que sempre sinto ao ver nosso Beira Rio em uma voz só: paixão. Obrigada por tudo, Seijas. Aproveite esse tempo para mostrar o futebol que no Inter não permitiram, e depois volte, não pelos dirigentes, técnicos ou o clube necessariamente, mas por nós, que sempre acreditamos no teu potencial!
BY: Julia Emanueli Bordignon
1 note
·
View note
Text
Chamam o Inter de vergonha do Sul. Relembram a cada minuto o nosso rebaixamento. Se glorificam por estarem na Libertadores. Na série A. Comemoram ainda hoje a eliminação do Internacional pelo Mazembe como se fosse um título, que -acredito- seja um consolo pela seca dos 15 anos sem. Mas, logo tu, o grêmio?! Não foi tu que foste rebaixado duas vezes?! Que subiu em 9º para a primeira divisão?! Não foi tu eliminado por racismo e ainda assim continua a praticar tal ato?! Não é tu que nem mundial FIFA tem?! Que passou 15 anos vivendo de vagas e na abstinência de títulos?! Estamos na série B sim, mas você, “time de série A”, não ganhou do Internacional (já rebaixado) na arena, que nem de vocês é. Estamos na série B sim, mas não temos vergonha de vestir a camisa e cantar o mais alto que pudermos pelo colorado. Estamos na série B sim, repito, mas mesmo assim o grêmio não passa a ser maior que o Internacional, principalmente porque tudo que ganhamos não se apaga, nem tudo que estamos para ganhar. Somos a vergonha do Sul, sério?! Não menosprezamos o estadual após eliminação, ao contrário de vocês, que pouparam titulares na Libertadores, alegando que “time grande pode”, para jogar o Gauchão, e foram eliminados, mesmo entrando em campo com time completo. É time grande mesmo? Que time grande tem uma torcida racista e sem o mínimo de respeito quando clama ao torcedor adversário “macaco” e brada “Fernandão morreu”? Óbvio que em meio aos apaixonados torcedores que vão aos estádios para apoiar o time tem pessoas de má fé, mas não eram apenas estes que cantavam a morte do maior ídolo colorado. Isso sim é vergonha! Não venham tentar diminuir o Inter por estar onde vocês já estiveram. O Internacional tem história, tem idolatria, tem amor, tem milhares de apaixonados que doam o grito, a alma e as esperanças para esse clube, e tem, enfim, futuro, pelos pés de D’ale, mãos de Danilo e voz de toda a nação vermelha e branca.
By: Julia Emanueli Bordignon
0 notes
Text
Em ti encontrei dezenas de motivos para depositar minhas esperanças, meu sentimento e meu tempo para te acompanhar. Te vi vencer tantas e tantas vezes, e a cada nova vitória percebo que é ela composta de um pouquinho das muitas que já vivenciei. O resultado positivo depois de um jogo tenso, uma conquista heroica, ou qualquer que fosse a situação dentro de campo, sempre me fez sentir orgulho daquele time de vermelho e branco. Já quis gritar de felicidade, já acompanhei cantando a torcida pela televisão e como qualquer torcedor apaixonado, chorei quando algo, ou tudo, deu errado. E parece que tudo deu errado ao fim do ano de 2016. Minhas esperanças só acabaram quando o juiz apitou o final do jogo e, confesso, nunca doeu tanto um fim de partida como aquele. As lágrimas rolaram amargas e quando eu consegui secar todas elas cai em mim do que realmente se tratava cair para a série B. Era por em prova o sentimento de todos os torcedores, era questionar e corrigir os erros, era, enfim, iniciar um novo ciclo. Cair para reerguer um gigante ainda mais forte e uma nação ainda mais apaixonada. Ganhar de novo tudo que já havia sido conquistado. Provar que série B não diminui em nada a grandiosidade do Internacional. E isto já está sendo feito, dentro e fora dos campos. A torcida canta forte o amor ao clube, o time ganha e o Inter cala a boca da mídia, dos rivais e de todos que duvidam da força, da garra e da gana de vencer. Estamos na série B sim, igual a tantos outros times que estão ou que já caíram, mas somos maiores que muitos “times de A”. Porque um Gigante de verdade é aquele que demonstra grandeza nos momentos difíceis e amor em qualquer situação. Respeita o Inter!
By: Julia Emanueli Bordignon
0 notes
Photo
Gigante é meu amor por ti, Inter!

26 notes
·
View notes
Text

Um dia me vi colorada. E isso não aconteceu porque sempre gostei mais de vermelho do que de azul, nem porque um time ganhava mais que outro. Era como se, à medida do meu crescimento, crescesse também um amor. Um amor que estava presente quando eu tinha vontade de comemorar um gol do “time vermelho”, mesmo não sabendo dos motivos de estar torcendo por ele. O dia em que me vi colorada, entendi que já era muito antes de ser. E mesmo depois de tantos anos gloriosos terem se passado, o “time vermelho” ainda me apaixona como quando eu nem sabia o que era realmente futebol. Um amor gigante, que já venceu o mundo e recentemente pôs em prova, a todos os colorados, sua veracidade. Em seu momento mais difícil, não foi só o time que vestiu vermelho. O Inter caiu, mas ergueu uma multidão ainda mais apaixonada e fiel ao seu amor. É por sermos essa torcida gigante que temos um clube gigante. Parabéns meu Inter! Obrigada por nos dar tantas alegrias e ser o berço de tantas conquistas. Obrigada pelos nossos eternos ídolos e gloriosos títulos. Tua história ninguém apaga! Nada nos separa! Tu és maior que tudo!
By: Julia Emanueli Bordignon
2 notes
·
View notes