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iSabrina
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Onde computação e cachos se encontram.
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isabrinatheblog-blog · 8 years ago
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Anita Borg
O legado da minha maior referência.
Em 2016, rolando infinitamente meu feed de notícias do Facebook, me deparei com essa postagem:
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Até então eu nunca havia ouvido falar da maior conferência de mulheres na tecnologia do mundo - e muito menos que haviam bolsas disponíeis para participar! - e fui dar aquela famosa googlada para descobrir do que se tratava. Descobri três grandes coisas: o Systers, o AnitaB.org  e o Grace Hopper Celebration of Women In Computing.
O Systers se trata de uma rede mundial de emails que une mulheres da tecnologia de todas as idades e países. Foi criado pela Dra. Anita Borg numa tentativa (bem sucedida) de criar uma rede de apoio feminina, uma boa iniciativa nesse ambiente tão masculinizado no qual muitas vezes nos vemos como “a única menina da sala”. Para mais informações sobre o Systers e como participar, basta acessar: https://anitab.org/systers/
Me inscrevi no Systers e descobri que, além da lista de emails, elas também possuem uma comunidade no Slack (que acho mais fácil e útil para participar)!
Bom, fui então tentar descobrir quem é a famosa Dra. Anita Borg e por que ela é importante. Encontrei esse documentário abaixo feito em parceria com a Google sobre essa mulher incrível, que tinha uma visão à frente de seu tempo, e abandonou a carreira como pesquisadora da área de Sistemas Operacionais para se dedicar a um problema que a incomodava muito: a falta de mulheres na computação. Ela era esse tipo de pessoa que, quando vê um problema, busca incansavelmente uma solução. No documentário, Dra. Telle Whitney lembra que era comum Anita chegar na sala de reniões e de repente dizer “I have this idea!” expressando sua energia ao explorar soluções para realizar seus projetos.
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No dia que descobri quem essa mulher foi, eu me apaixonei perdidamente. Me vi representada. Anita amava dançar, praticava esportes, era comunicativa e amava o que fazia. Seus amigos a descrevem como “totally serious and totally crazy”, lembrando da sua grande informalidade ao viver a vida.
"Anita was a stereotype breaker. I mean, that's how she thought about things. So she did not try to be a computer scientist and act like all the men that were computer scientists. You know, the live in a cave, have one small screen in front of you, type 24 hours a day kind of thing."
Alan Eustace, Senior Vice President - Google
Ela criou o Grace Hopper Celebration Of Women in Computing pois teve essa ideia de reunir as mulheres da computação do mundo nessa grande celebração, aonde poderiam falar de computação, dançar, e fazer contatos com outras mulheres na mesma situação. O nome é uma homenagem à Admiral Grace Hopper, a criadora do compilador e grande role model feminino da computação, que havia falecido pouco antes da conferência ser criada.
Em decorrência de todo esse trabalho, Anita fundou o Institute for Women in Technology que se tornou Anita Borg Institute após sua morte em 2003. O Instituto é responsável pela realização do evento e de diversas outras iniciativas, afim de aproximar e impactar mulheres. Passou por uma remodelação visual e hoje se chama apenas Anita B.org. https://anitab.org/
Dedico esse post a essa mulher magnífica, que deixou um legado na história da computação, e impactou milhares de mulheres ao redor do mundo, incluindo a mim! Hoje, no dia que publico esse post, Anita completaria 69 anos se estivesse viva, e farei o possível para que sua sede de mudança permaneça viva em mim e opere pelas minhas ações.
“We're at this unique point in history where the things that we are building are going to significantly impact our social, political, economic, and personal lives."
“Women will change the corporation more than we expect."
“If we want technology to serve society rather than enslave it, we have to build systems accessible to all people - be they male or female, young, old, disabled, computer wizards or technophobes.”
Dra. Anita Borg
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isabrinatheblog-blog · 8 years ago
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Grace Hopper Celebration 17
Minhas impressões sobre o evento que mudou minha vida e moldou meu futuro, e por que você deveria tentar (spoiler: é de graça!).
Eu nunca vou esquecer a sensação que tive ao entrar em um avião pela primeira vez. Encontrei meu lugar, me assentei na poltrona e olhei pela janelinha, aonde a asa se estendia. Minha mente fervilhava: “Eu não vou ficar aqui, parece uma lata de sardinha. Será que dá tempo de desistir? Não, não posso, eu ganhei essa viagem. Se morrer, morro de graça.”.
Estava embarcando sozinha para Orlando, na Flórida. Recebi uma bolsa maravilhosa para participar do Grace Hopper Celebration of Women in Computing, e respirei fundo para não sair correndo daquele avião. Era a viagem dos meus sonhos, era Moana cruzando a linha entre o céu e o mar.
Depois do primeiro vôo a gente pega gosto nisso de voar, e logo me entreguei à experiência que ganhei naqueles 10 dias que se seguiram. Cheguei, me instalei no hotel (depois de me perder no aeroporto de Orlando, claro), peguei minha credencial do evento e aguardei ansiosamente o dia seguinte, enquanto fazia amigas de diferentes nacionalidades: EUA e Cambodia. Vocês sabiam que o Cambodia é um dos 13 países no mundo que não tem McDonald’s?
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Fomos conhecer o local do evento, o incrível e gigante Orange County Convention Center. Todas as instalações estavam feitas e havíamos sido algumas das primeiras pessoas a chegar ao local.
Fomos explorar a região do hotel, descobrimos uma CVS (tipo uma farmácia que tem de tudo) e uma rua de comércios, com vários restaurantes e pubs e um charmoso restaurante italiano, no qual decidimos jantar.
Eu estava absolutamente encantada com o fato de estar em um lugar tão novo. Tão longe da minha realidade, com gente tão diferente. Conversei com as meninas sobre seus países, cultura, comidas, machismo e computação.
Fomos para o hotel e entrei no meu quarto, minha colega de quarto não havia chegado ainda e fui tomar banho (pausa para lembrar que demorei 40 minutos para descobrir como ligar o chuveiro americano, e só descobri porque joguei no Google). Quando sai ela estava lá e, apesar de termos nos visto pouco durante o evento, posso dizer que a história de vida dela me tocou.
Dia seguinte, acordei cedo e ansiosa. A primeira palestra era às 09h, porém era Melinda Gates, então acordei as 06h para chegar na fila com meu café as 07h e pegar um bom lugar! Estava acompanhada de uma das meninas do dia anterior, muito mais tímida que eu. Digo isso porque enquanto ela comia o muffin de chocolate, eu tagarelei com qualquer pessoa que aparecia na minha frente. Sério. Puxava assunto na fila, na mesa, nos bancos da palestra. Descobri que sou tagarela em português e em inglês.
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Fomos instruídas a fazer isso, o evento prega que você faça contatos, e eu levei isso ao pé da letra. Já tinha definido dois grandes desafios para mim naqueles 3 dias: conhecer o máximo de pessoas possível e arrumar um estágio internacional. O estágio era o principal. Eu queria, queria muito dar uma de Anitta e começar a carreira internacional.
Fomos para as palestras principais (foram 3, além de Melinda Gates) e a cada nova grande mulher que eu conhecia, mais eu me sentia abraçada por aquele ambiente. Ali eu estava, num lugar com 18.000 pessoas, sendo 90% formado por mulheres, que estavam falando de coisas que eu vivi. De salas de aula majoritariamente masculinas, de meninas sendo privadas da experiência de se apaixonar por exatas, por se acharem incompetentes... De profissionais que tiveram que ouvir que “dormiram com o chefe” para chegar aonde chegaram, tendo seus títulos de PhD ignorados. Cada palestra era um choque de realidade e uma história de vida linda, e eu chorei em grande parte delas (um salve para a palestra da Dra. Sue Black OBE que conseguiu fazer 18000 pessoas chorarem)
Não citarei todas as palestrantes, mas todas foram incríveis e no fim do post vai ter um link para assistir as palestras dos 3 dias, não faltei nenhuma delas. Havia feito marcações em sessões e workshops que eu gostaria de ir, planejei com maestria cada passo que daria no evento, mas aí... quando sai da palestra dei de cara com a feira de recrutamento (a Career Fair)... e nela fiquei pelos próximos 2 dias.
Não foi por mal, eu queria ter ido em várias coisas, mas eu não queria voltar para o Brasil sem um estágio. Ignorei todo o meu planejamento, peguei meus 65 currículos impressos em papel formato carta, minha carinha feliz e minha coragem, e fui conversar com as 300+ empresas que estavam ali expostas e loucas para contratar.
Na hora do almoço eu já estava exausta e descabelada, porém extremamente energizada por tudo o que acontecia. Havíamos recebido um cartão para alimentação (literalmente, foi tudo de graça) e fui almoçar nos stands de comida da Career Fair. As mesas eram grandes, para 7+ pessoas, e obrigatoriamente você iria sentar com gente nova pra conversar. Conheci pessoas e até entreguei curriculos durante o almoço!
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Minha amiga Mariana (conheci 3 brasileiras no evento, as 3 moram no exterior e são maravilhosas, saudade de todas!) me lembrou que havia um evento para todas as bolsistas que seria naquela tarde, então fui correndo para lá. Nesse evento haviam duas empresas patrocinadoras: Sonos (aparelhos sonoros) e a Audible (empresa de audiobooks da Amazon). Fui pegar os brindes de ambas e perguntei para a moça da Audible se estavam recrutando. Ela disse que sim e eu entreguei meu curriculo (pausa para me lembrar desse momento, mal sabia eu que esse momento foi CRUCIAL).
Durante esse evento das bolsistas tivemos um bingo muito interessante. Recebemos um papel com características como “Não é dos EUA”, “Fala Francês”, “Programa em Python”, “Trabalha com Data Science”, “Gosta de Dançar” etc e tínhamos que conversar umas com as outras e conhecer pessoas com aquelas características e pedir para que elas assinassem nosso bingo! Achei a ideia fantástica para integração e me diverti muito!
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Depois a Mari me contou que o Twitter faria uma pequena festinha no hotel em que eles estavam hospedados, fomos para lá a noite. Tinha uma bebida azul muito boa (mas peguei só uma vez, sentia preguiça de ficar mostrando meu passaporte para provar que tinha 22 anos) e a festa foi legal, conhecemos outra brasileira por lá!
No dia seguinte estava decidida a ir em uma das sessões que havia planejado, e não ficar o dia inteiro na Career Fair. Fui na sessão de computação aeroespacial e foi muuuito massa! 5 mulheres de 5 empresas aeroespaciais diferentes (incluindo a SpaceX) foram contar como é o dia a dia e a experiência de trabalhar nesse ambiente tão estressante. Me lembro que no caminho para essa sessão passei por 3 stands de café e tomei, juro, o melhor café da minha vida. Com leite de baunilha e um pouco de açucar.
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Na sessão as participantes contaram sobre como a área de Teste de Software é importante nessas situações, pois um erro irá provavelmente explodir o foguete, o que apesar de ser interessante de se ver, custa tempo, milhões e um emprego.
Depois dessa sessão senti que meu dever para com o evento foi cumprido e voltei para a Career Fair, à procura do meu estágio. Durante a busca, algumas empresas demostraram interesse em mim, entre elas a PlayStation, a Peloton, a DeepMind e... a Tesla! Minha animação não cabia em mim quando ela me pediu para enviar meu curriculo imediatamente por email! Além disso, a Mari havia me avisado sobre uma festa da Google que iríamos juntas mais a noite, e eu havia recebido um email da DeepMind me convidando para um happy hour logo mais, em um pub irlandês em frente ao meu hotel.
Seria apertado, mas meu plano era ir no happy hour, ficar até as 21h e sair correndo para encontrar a Mari e pegarmos o ultimo onibus 21h30 para a festa da Google. O plano quase deu certo, pois perdi o último ônibus, mas depois dividi um Uber com uma galera e ficou tudo certo.
Ah é, a festa era no Epcot, um dos parques da Disney!!
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A festa era simplesmente surreal! Tudo muito extravagante, comida, música, brinquedos do parque abertos para nós... aquele foi um dos momentos em que eu não acreditava que estava ali, que eu tinha saído do Brasil no meio do semestre para estar ali.
O dia seguinte foi o último dia de evento, e eu já estava triste! Ainda tinha 4 dias passeando em Orlando pela frente, mas eu queria que o GHC durasse pelo menos uma semana... foi absolutamente incrível. Chorei na palestra final e a famosa festa de encerramento, Friday Night Party, foi quando me reuni com as outras brasileiras e curtimos muito!
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Você pode perceber que não falei muito do conteúdo das palestras, mas é que provavelmente minha memória não fará jus às histórias incriveis daquelas mulheres, e por sorte, o AnitaB.org disponibiliza online todas as palestras principais, então convido você a assistir as palestras (link abaixo) e se encantar com suas histórias assim como eu me encantei.
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Depois do GHC fiquei 4 dias em um quarto de hotel com mais 5 meninas de 4 nacionalidades (Rússa, EUA, Quênia e eu do Brasil) e nós fomos em parques, saímos para compras, nadamos na piscina do hotel e comemos waffles de Mickey. Eu e a russa ficamos muuito amigas, e eu fico triste de não saber quando a verei de novo!
Acho que fiz esse post grande desse jeito pois quero ler ele daqui uns 10 anos e me lembrar desses 10 dias e como eles mudaram o curso da minha vida. Infelizmente o processo seletivo da Tesla não deu certo por motivos internos deles, a PlayStation não estava com vagas para estágio no momento, eu não passei na Peloton, a DeepMind não me contactou... mas a Audible (aquela, do evento das bolsistas) me contactou, me chamou para entrevista e eu passei em todas as fases! Depois de ter aceitado a oferta da Audible, o Twitter me mandou um email demonstrando interesse em mim e perguntando se eu me interessava em seguir com o processo, porém tive que recusar por já estar empregada por outra empresa. Farei um post sobre como foram os processos seletivos!
Se eu não te convenci depois desse texto kilométrico, não tem como te convencer a tentar as bolsas para participar do GHC... Ah, esqueci de comentar: todos os custos da viagem foram pagos pelo AnitaB.org. Hotel, comida, visto, passagens, taxi, tudo... E eu vou postar cada detalhe do meu estágio, que começa em Junho, aqui no blog!
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Link das palestras do dia 1: https://livestream.com/anitaborginstitute/ghc17-wednesday-keynote/videos/163750822
Link das palestras do dia 2: https://livestream.com/anitaborginstitute/ghc17-thursday-keynote/videos/163801995
Link das palestras do dia 3: https://livestream.com/anitaborginstitute/ghc17-friday-keynote/videos/163870548
Link dos highlights de cada dia: https://ghc.anitab.org/tag/keynote/
Abaixo tem alguns dos meus stories do Instagram, caso se interessem!
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isabrinatheblog-blog · 8 years ago
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Aplicando para Bolsas #GHC
Muita gente me perguntou sobre o processo seletivo de bolsas para participar do Grace Hopper Celebration of Women in Computing (GHC), então decidi colocar boas dicas aqui nesse post! Eu participei do processo em 2016 (não consegui) e em 2017 (e consegui yay!).
O post também pode servir como checklist de todos os documentos que você precisará para participar! Então vamos lá, o processo envolve o preenchimento de um formulário no site do AnitaB.org (o instituto responsável pelo evento) e eles pedem os seguintes documentos:
Unofficial Transcript (seu resumo escolar): eles precisam de uma versão, em inglês, do seu resumo escolar da universidade.
Resumé (seu currículo): eu procurei na internet um modelo de resume americano mas nenhum que parecia o meu. Eles usam esse modelo bem simples, não perca tempo colocando endereço etc, porque não é necessário. Deve haver uma página a cada 10 anos de experiência. Explique com números e dados as coisas que você fez, por exemplo: se você deu aulas coloque o número de alunos, quantas aulas deu, os assuntos... Tudo bem específico! Eu apaguei no print mas aquele espaço em preto no meio é meu telefone, começando com +55 que é o código do Brasil. Também cortei para não me expor muito (rs), mas coloquei a parte final do meu resume, que tem minha formação acadêmcia. 
Parte de cima:
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Parte de baixo:
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Carta de Recomendação de um Professor: eles pedem que você forneça o nome e email de um professor da faculdade que esteja disposto a te escrever uma carta de recomendação. Escolha um professor que vai... digamos... pensar com carinho na carta. Converse com o professor de sua escolha antes e veja se ele aceita, se aceitar você pode fornecer os dados no site e o prório AnitaB.org vai entrar em contato com ele (ou ela) via email.
Essay (perguntas dissertativas): quando prestei em 2016 eles pediam também uma redação de 500 palavras que respondesse as perguntas: Por que você quer ir ao GHC? e Como você vai retornar à sua comunidade o que aprender no evento?. Já em 2017 as perguntas eram as mesmas, mas separadas em duas respostas dissertativas de 200 palavras cada uma. De qualquer forma, a dica aqui é, de novo: tudo bem específico! Por exemplo, na segunda questão, não diga “Pretendo fazer um evento na minha comunidade.”, no lugar, diga: “Vou fazer um evento de um dia de duração, com crianças de 9 a 12 anos da escola local, ensinando-as a programar um jogo no Scratch”. Percebe a diferença? Na segunda resposta você tem algo concreto, um plano, ações a serem executadas. Eles valorizam isso e essa proatividade.
Lembrando que todo esse processo é em inglês, principalmente as perguntas dissertativas, portanto, se puder, envie suas respostas para algum professor de confiança (ou alguém com domínio da lingua inglesa) para que ele possa ler e corrigir seu texto com relação a gramática e coerência (mesmo que você tenha domínio, é sempre bom pedir para uma pessoa diferente lhe dar uma visão sobre o que você escreveu).
Lembrando também que essas foram minhas impressões dos dois processos que prestei, em 2016 e 2017. Ele pode variar com o passar dos anos, mas creio que as dicas de curriculo e escrita continuam válidas! :)
Eu não passei no processo em 2016, e era algo que eu queria muito, eu sentia que tinha nascido para esse evento, então em 2017 fiz tudo da melhor forma que podia e consegui! O que quero dizer é: não desista se você quiser muito e der errado esse ano. Tente ver o que não ficou bom e trabalhe nisso para conseguir no ano seguinte! Eu sei que é clichê, mas... funcionou para mim! :D
Site para inscrições: https://anitab.org/career-toolbox/ghc-scholarship-grants/
Caso queira mais ajuda (com o resume ou os essays) pode me mandar uma mensagem aqui no blog! Ficarei feliz em ajudar! (:
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isabrinatheblog-blog · 8 years ago
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Mulheres na Computação: onde vocês se esconderam?
Em 2013 trabalhei como desenvolvedora web para uma software house em minha cidade natal. Uma vez tive uma conversa com um colega de trabalho e ele me afirmou com grande convicção: “Isso de que tem pouca mulher na computação é tudo invenção, lá no escritório é 50 50 [por cento], mulher não faz computação porque não quer, as portas da universidade estão abertas!”. Faz tempo, mas eu nunca esqueci esse comentário dele, e naquele momento eu apenas dei um sorriso torto e pensei: “então por que eu fui diferente?”. Quando entrei na universidade essa diferença de gênero foi gritante, acontecendo algumas vezes de me ver como a única mulher em sala de aula. Porém na faculdade me vi cercada de rodas de conversa e conteúdo sobre esse assunto, para enfim responder a pergunta que fiz a mim mesma em 2013.
Foi então que encontrei esse artigo incrível da National Public Radio sobre a falta de mulheres na tecnologia e a resposta deles fez todo o sentido para mim: são inúmeros os fatores para a ausência feminina nas aulas de computação, mas um parece ter impactado de maneira um pouco mais agressiva.
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As linhas com tons de azul representam os cursos de Medicina, Direito e Ciências Físicas, enquanto a linha vermelha representa a Ciência da Computação. O gráfico mostra a relação entre a porcentagem de mulheres se graduando na área com o passar dos anos. Parece que alguma coisa aconteceu em 1985...
Foi o ano em que os computadores pessoais começaram a chegar à casa das pessoas comuns, não apenas sendo mainframes gigantes tomando salas inteiras em uma empresa. O marketing do computador pessoal (e dos video games) foi direcionado em grande parte aos homens e meninos. Mas no que isso altera a participação feminina? Bom, o que o artigo da NPR aborda é que as mulheres chegavam à universidade sabendo bem menos do que os homens justamente por não terem tido contato, e acabava sendo difícil demais acompanhar o curso. Não, não tem nada a ver com o “cérebro feminino” ou a capacidade com lógica.
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Vou te dar a analogia: imagine você chegar a um curso de Ciência da Computação, hoje em dia, sem nunca ter ligado um computador. Nunca ter usado um sistema operacional. Nunca ter digitado em um teclado. Como seria pra você fazer faculdade com gente que já usa isso desde muito novo? Era a realidade delas, que então trocavam de curso por achar que não eram aptas, mas na verdade simplesmente não possuíam o conhecimento prévio para se igualar ao restante masculino.
Você pode pensar que isso parece viagem demais e que não é possível que ESSE seja o motivo para a falta de mulheres ATÉ HOJE, e de fato não é só isso, como citei ali em cima, e pode ser observado nesse artigo da BBC em que alguns outros motivos (mais recentes) são citados.
A questão é que a cagada foi feita e continua tendo consequências muito negativas até hoje, diversas delas serão citadas mais pra frente em textos aqui no blog, mas o que me pergunto é: quantas mulheres e meninas se sentiram burras ou incapazes por não terem tido contato com coisas que poderiam facilmente ter aprendido?
Quando eu estava no segundo colegial resolvi fazer um curso técnico, e foi meu primeiro passo à minha carreira: Informática com Ênfase em Programação. Outras meninas da minha turma do ensino médio resolveram fazer curso técnico e todas escolheram Administração. Me lembro de ter pensado na época: “Por que pra mim Informática é tão natural e para elas não?” e então depois de toda essa pesquisa eu mesma me respondi: “Porque eu mexo nisso desde os 4 anos de idade, elas não.”.
Tem várias meninas e mulheres incríveis por ai que possuem talento para resolução de problemas, que seriam perfeitas para a carreira em Computação e estão disfarçadas com outras profissões. Profissões “de mulher”, às vezes. Convido vocês a se experimentarem, provarem desse que é considerado um super poder atualmente tão necessário quanto o inglês: programação.
E quem sabe vocês deixam de se esconder e se encontram! E a gente encontra vocês, porque nós que estamos aqui trilhando uma carreira nessa área tão masculina, precisamos de vocês para criar tecnologia para todos.
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