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map of the soul;
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he was no more than a baby then. well, he seemed broken-hearted. something within him... but the moment that I first laid eyes on him, all alone, on the edge of seventeen. just like the white winged dove sings a song, sounds like she's singing 'ooh, baby, ooh.
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jihcn · 5 years ago
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prongsterx​:​
“oh, you should… eu não consigo nem ver nada direito porque a neblina acabou de decidir que é sua tarefa número um embaçar minhas lentes. a real punk” comentou de maneira casual e munido de um pequeno sorriso no rosto, antes de aproveitar a deixa para tirar os óculos e limpá-los no moletom, mesmo que aquilo acabasse deixando-os ainda mais embaçados no fim das contas. a real, real, punk. “hmm, eu não acho que eu tenha muita moral ou ética quando se trata de qualquer coisa but proceed…” os olhos focados no rosto de sorem, os ouvidos atentos às suas palavras. “sabe que quando um grifinório fala que ‘não está apelando para algo ilegal’ ele está apelando para algo ilegal?” brincou mesmo que o fundo não estivesse muito longe da realidade. e james gostava do som daquilo. somente foram necessários alguns segundos após sorem terminar para que seu sorriso acabasse aumentando exponencialmente de tamanho porque começava a entender exatamente o motivo pelo qual estava, cego e congelando ali fora. “is this your way of inviting me to a prank mission, captain?” 
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Apesar de ter esperado que o outro limpasse os óculos em sua roupa, acabou por puxar a peça dos dedos dele. Um gesto firme, mas ainda assim cuidadoso. No momento seguinte, sacou a varinha do bolso do casaco e apontou-a para a peça. ━━ Impervius. ━━ Murmurou. Mesmo sendo bastante habilidoso com feitiços não-verbais, Sorem ainda gostava de pronunciar os feitiços em voz alta quando era seguro. Tornava todo o fato de poder executar magia mais real, além de ser muito legal. ━━ De um quatro olhos para outro. ━━ Disse, devolvendo os óculos do outro, mesmo que não precisasse usar o seu o tempo todo, como era o caso de James. ━━ Não estou mesmo apelando para nada ilegal. ━━ Protestou, arqueando as sobrancelhas. ━━ Tudo o que pretendo fazer está catalogado em diversos livros de quadribol, incluindo o de regras. ━━ O máximo que posso estar fazendo é querendo empregar algumas coisas de uma maneira... Diferente. ━━ Acrescentou, mantendo seu tom firme e limpo de qualquer sugestividade. ━━ Aí é que está, meu caro: it's not a "prank mission". ━━ Disse, virando o corpo na direção do outro. ━━ Estou falando sério, massacrar os aversários literalmente. Quadribol é um jogo violento, no fim as contas. Sem choro, nem vela. Cansei de ser legal... 
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jihcn · 5 years ago
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— ✧.°  Taehyung moodboard  ♡  ᵔ.ᵔ
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jihcn · 5 years ago
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noahyeok​:
Noah não queria pensar em como o mundo bruxo estava mudando, com toda uma ameaça invisível pairando sobre eles a ponto da escola estar repleta de pessoas estranhas e sérias demais para o gosto do jovem corvino. Em momentos como aquele, talvez fosse melhor mesmo se sobrecarregar com atividades escolares, distrair a mente com atividades simples como jogar Quadribol ou procurar animais diferentes na Floresta. De qualquer forma, logo entendeu os sentimentos de Sorem e sorriu, maneando a cabeça em uma concordância simples. ━ “Tem razão, Sorem-ssi. Só fico preocupado com sua saúde, mas se acha que dá conta de tudo, então siga em frente.” ━ Riu baixinho, pendendo a cabeça para o lado, com os olhos ainda fixos nele. ━ “Todo mundo tem uma ambição, por menor que seja. E se você quer tanto a Taça de Quadribol, é melhor treinar o quíntuplo com seu time porque nós da Corvinal vamos chegar na final e eu não vou deixar nenhuma bola da Grifinória passar por aqueles aros.” ━ Se tinha algo que os corvinos tinham, era o orgulho. Por mais que entendesse a ambição alheia e esperasse que ele conseguisse o que queria, Noah também tinha uma paixão e dever com a sua Casa e não podia abrir mão disso em prol do outro. No final, venceria o melhor e esperava que não houvessem ressentimentos entre eles, independente do resultado. ━ “Não. Não acho que tem do que se gabar porque eu também queria sentir o formigamento nos dedos que os mais velhos falam que aparece depois de beber cerveja! E poder arrumar meu quarto só usando um movimento de varinha, mas minha mãe me obriga a arrumar a casa toda sem magia o verão inteiro! Isso é muito injusto.” ━ Noah falava como se não fosse fazer dezessete anos em meros dois anos! Não podia simplesmente perder a chance de reclamar e tagarelar sobre como sua vida era injusta naquele nível. Era um absurdo. Deixou o assunto de Hogsmeade morrer, agora que já sabia que sairiam juntos como amigos assim que possível, então não precisava comentar como ficava nervoso de repente toda vez que ele soltava comentários aleatórios como aquele. Como um corvino, odiava ser pego de surpresa. 
“Não fiquei bravo… Um pouco, só. Não muito. Só o suficiente.” ━ Suspirou, recolhendo a mão para colocá-la dentro dos bolsos por alguns instantes, após ter sentido o vento frio bater contra ela. ━ “Vou confiar em você, Sorem-ssi.” ━ Ao contrário do mais velho, Noah ainda estava em sua fase de descobertas, em que não sabia se gostava só de meninas ou só de meninos ou dos dois, mas ele sabia bem que não deveria estar se enfiando naquele tipo de brincadeiras com um rapaz mais velho. Por mais que Sorem parecesse legal e tivesse lhe dado liberdade, tinha medo de que acabasse virando um tema de deboche entre os outros alunos do colégio. E aquele fora que recebeu apenas confirmava que esquecer tudo era o melhor a se fazer. Por fim, suspirou, o carinho servindo de distração para que Noah colocasse um novo sorriso no rosto e fingisse que nada tinha acontecido. ━ “Sim, são todos bruxos e todos coreanos. Vou dizer pra ela fazer os pratos mais gostosos pra você comer! Eu acho todos uma delícia, sou suspeito de falar, mas vou garantir que ame todos!” ━ Pareceu animado, batendo palmas. ━ “Ooooh, quer aprender a cozinhar? Vou me lembrar de comentar com ela, você e seu pai vão sair verdadeiros mestres da cozinha!”
Virou o rosto para o mais velho, a expressão tristonha ao pensar no quanto o outro havia sofrido com a picada do inseto. Foi sua vez de levar a mão aos cabelos de Sorem, acariciando os fios enrolados. ━ “Sinto muito que tenha passado por isso.” ━ Comentou, abaixando-se para dar um beijinho no rosto dele. ━ “Pronto, pra sarar todas as memórias ruins de besouro-da-melancolia.” ━ Tornou a abrir um sorriso, afastando-se para observar o grifano retornar o animal para dentro do tronco da árvore. Ao olhar para o céu, percebeu em como a noite começava a cair depressa e Noah não queria mais uma detenção no seu currículo escolar. Maneou a cabeça em afirmação, virando-se para o caminho por onde tinham entrado. ━ “Vamos mesmo procurar unicórnios? Mas pra isso precisamos de alguém mais velho, não é?”
Um sorriso ameno repuxou os cantos dos lábios de Sorem ao sustentar o olhar do mais novo, agradecido pela compreensão. A última coisa que precisava era de mais um lembrete que tinha dado um tiro em seu próprio pé em seus dois últimos anos escolares. ━━ Se quer um conselho, não ocupe seus sete horários ano que vem. Não é porque você vai poder abrir mão das matérias obrigatórias que vale a pena se enfiar em qualquer matéria que ache divertido, além daquelas necessárias para o seus N.I.E.M.s. Se conseguir horários livres, use-os para dormir. ━━ Deus era testemunha do tamanho de seu arrependimento quando sentava-se na biblioteca depois do horário de aulas para fazer inúmeros deveres, só por achar que seria divertido frequentar mais duas aulas. ━━ Me dê o seu melhor, garoto. Tenho certeza que posso aguentar. ━━ Provocou, exibindo um novo sorriso. Agora, era caloroso, travesso. Sorem gostava do desafio, quanto mais acirrada fosse a competição, mais divertido era. Mais gostosa era vitória e a derrota, menos amarga. Por isso, a respostado outro o enchia de um sentimento bom, de um calor bem-vindo dentro do peito. Por isso gostava tanto de provocar seus adversários, tirar deles toda a paciência para que descontassem em campo. Prestando atenção no que o outro dizia, o grifano podia enxergar-se naquela idade. Parecia que já fazia tanto tempo que tivera a mesma idade de Sanghyeok, chegava a ser ridículo que em sua mente parecesse uma época tão diferente. A liberdade era boa, de fato. Poder usar magia livremente era prazeroso, entendia completamente o tamanho da ansiedade alheia. ━━ Eu sempre dizia para o meu pai "você pode fazer isso com um simples gesto de varinha, não vai levar um segundo! por que preciso gastar horas arrumando sem magia?" ━━ Imitou seu próprio resmungar, antes de acabar caindo na risada. ━━ Ele sempre me dizia que fazer as coisas sem magia ajuda a construir o caráter e fazia com que fôssemos mais gratos pelos nossos dons e conscientes de até onde podemos ir com eles. ━━ Explicou, com um pequeno sorriso, mas carregado de saudade. Sorem simplesmente adorava seu pai e seus conselhos. ━━  Então, seja paciente. E treine feitiços domésticos enquanto está em Hogwarts. Nem todos são tão fáceis quanto deveriam ser... ━━ Comentou, lembrando-se da primeira que tentara usar alguns e acabou sendo atacado por uma frigideira que, por pouco não acertara sua cabeça.
━━ O suficiente... Tudo bem, me desculpe por isso. Não quis chateá-lo, Noah. ━━ Disse com sinceridade. Não que fosse do tipo que perdia o amigo, mas não perdia a piada, mas Sorem estava ciente que estava estendendo seu comportamento para os rivais diretos no quadribol para qualquer pessoa, desde que tivesse a oportunidade. E aquela era uma das falhas que precisava corrigir sobre seu caráter. Ainda acabaria em problemas sérios por perturbar a paz das pessoas. ━━ Pode confiar. ━━ Assegurou. Por outro lado, lealdade e comprometimento eram fortes seus. Como bom grifano, honraria a fé que o outro tinha depositado em si, independentemente do quanto pudesse custar. ━━ Isso é fantástico! ━━ Respondeu animadamente. Não queria soar oportunista, nem para si mesmo, mas talvez pudesse perguntar à família de Sanghyeok quais eram os motivos para vir de tão longe. A resposta poderia ajudá-lo a entender sua própria família, com sorte. Não que pensasse nela com frequência, mas aqui e ali surgiam algumas questões para as quais seria bom ter respostas. ━━ Não se preocupe comigo, desde que não coloque nada vivo no meu prato, tenho certeza que vou adorar! Quanto a cozinhar... Só se sua mãe for muito paciente. ━━ Afinal, gostar de cozinhar não era sinônimo de saber fazê-lo bem. Ainda que acreditasse que sua comida não fosse de se jogar fora.
O toque repentino em seus cabelos fez com que o mais velho erguesse o rosto para Sanghyeok, exibindo uma expressão levemente confusa, além de surpresa. Não era acostumado a afeto vindo de colegas, por isso aquela reação. Mas não era averso ao contato, de maneira alguma. E se ficara surpreso com o toque nos cabelos, provavelmente seria difícil explicar o que sentira com os lábios pressionados em sua bochecha. Imediatamente, um calor forte e desconfortável subiu para seu rosto, fazendo com que corasse violentamente ao que o coração subia várias batidas. ━━ O-obrigado... ━━ Felizmente, já estava corado o bastante para que a vergonha por gaguejar provocasse mais alguma coisa. Mas estava odiando-se pela reação estúpida. Pigarreou então, tentando clarear não só a voz, mas também seus pensamentos. ━━ Eu já sou alguém mais velho! Precisamos, talvez, de uma garota. Unicórnios sentem-se mais confortáveis com elas. ━━ Deu de ombros. Depois de alguns passos em silêncio, fitando o chão, Sorem pensou na subida que teriam de enfrentar. ━━ Ei, corrida até a torre do pátio do relógio! ━━ Avisou ao outro, mas só quando já tinha começado a correr, dando a si mesmo uma vantagem injusta. O trajeto era cansativo, por mais que fosse bom de corrida. Então não seria tão injusto assim, já que a ladeira podia levar a melhor sobre os dois. ━━ Te dou um galeão no jantar, se ganhar de mim!  
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jihcn · 5 years ago
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parselmouthx​:
Viper ficou surpresa com as palavras dele. De modo geral, raramente era elogiada pelo que quer que fosse. Então ficou com as bochechas levemente avermelhadas, por não saber o que dizer.
Podia ver o choque no rosto dele quando ela mencionou a taipan do interior. Aparentemente ele conhecia a letalidade da serpente. Viper imaginou o que ele pensaria se soubesse que o animal em questão havia matado ambos os seus pais. Viper achava que a situação toda era uma loucura, mesmo sabendo os motivos que a levaram a manter Tiamat por perto ainda assim. Imaginava como isso soaria na cabeça de uma pessoa que apenas escutasse a história.
— Que seja. Todo mundo tem essa reação, como se fosse uma coisa do outro mundo. É bem chato na verdade. — ela disse, com um revirar de olhos. Especialmente considerando que era uma habilidade que não a favoreciam em muita coisa. Já que era bem raro encontrar uma cobra para “interagir”. Aquela noite havia sido uma exceção.
— Hm… Vou te dispensar do agradecimento então. — Ela estava afim de jogar uma partida de xadrez. Mas se o rapaz não sabia jogar, não fazia sentido tentar persuadir ele. E não era como se precisasse de outra coisa vindo dele. — Devia tentar aprender, porém. É um bom jogo.
Sua intenção era chateá-la, mas percebeu que chegara a tal ponto. O que fizera com que o sul-coreano imaginasse como deveria ser para ela. Quantas vezes já deveriam ter pedido que falasse alguma coisa "em língua de cobra" só para divertir algum grupo estranho. Assemelhava-se a uma situação que passara quando era pequeno e frequentara uma escola trouxa onde, sem querer, fizera alguns itens flutuarem e passou dias ouvindo pedidos para que fizesse novamente, até que seu pai achara prudente tirá-lo da escola e educá-lo em casa. ━━ Sinto muito, não queria aborrecê-la. ━━ Disse então, em tom baixo, mas firme. ━━ Não pensei no quanto deve ser chato para você.
Com a fala seguinte, conseguiu chegar sozinho à conclusão que ela não queria tentar ensiná-lo a jogar xadrez de bruxo. Motivo da risada breve que escapara por entre os lábios do rapaz enquanto escondias mãos nos bolsos-faca da calça. ━━ Como queira. ━━ Rebateu sem se incomodar. Se ela não queria agradecimentos, não seria ele a insistir. ━━ Meu pai diz a mesma coisa. Por sorte, tenho muitas habilidades que compensam essa, então acho que vou ficar sem aprender por enquanto. Focar no quadribol. ━━ Respondeu, dando de ombros. ━━ Aliás, que mal lhe pergunte, por que está jogando sozinha no meio do corredor?
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jihcn · 5 years ago
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I don’t know how to not love people when they’re hurting. I guess that’s why I keep falling in love with open wounds and then not understanding when we are nothing but blood in a lifeboat.
Ashe Vernon, “Lonely Poets Puts Words To It” (via nastyorchid)
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jihcn · 5 years ago
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taehyung ♡ run!ep.113
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jihcn · 5 years ago
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noahyeok​:
“Não sei bem como dizer isso, mas vou dizer mesmo assim: por que não entrega o distintivo de capitão? Eu sei que faz um bom trabalho, só que nem sempre podemos segurar o mundo com as pernas e os braços, hyung. Algumas coisas nós precisamos soltar. É algo que você precisa considerar bem. Se está te sobrecarregando, não deve ser uma coisa boa.” ━ Falou com calma, apenas para iniciar algum tipo de pensamento que pudesse ajudar Sorem com toda aquela preocupação. No entanto, perdeu toda a pose quando foi chamado de criança. Torceu o nariz, cruzando os braços. ━ “Não acredito que me chamou de criança na cara dura, Sorem. E isso que a gente se conhece não tem nem uma hora. O que vem depois? Não quero nem imaginar.” ━ Resmungou, fingindo que estava chateado com o outro, quando na verdade estava só se divertindo com a situação. Noah sabia seus limites e não era mesmo com frequência que tomava tônicos, mas épocas de prova sempre pediam medidas desesperadas de sua parte, considerando a quantidade de conteúdo que precisava sempre estudar. O comentário seguinte pegou o corvino de surpresa, que ficou vermelho até as orelhas, tanto que levou as mãos até elas para escondê-las. ━ “Sim! Quer dizer, não um encontro romântico, mas um encontro entre dois bons amigos. Não que estivesse pensando em qualquer coisa romântica, é só para esclarecer.” ━ Falou todo atrapalhado, até que pigarreou e tentou se recompor. ━ “Okay. Acho que vamos demorar a ir, então. Não tem problema, eu espero.”
Franziu o cenho. ━ “Por que você perguntaria o que eu quero se não tinha intenção de me dar? Isso é cruel, Sorem.” ━ Virou-se novamente de frente para ele, olhando-o em questionamento, mas acabou estendendo a mão para segurar a dele. ━ “Oooh? Eu vou cobrar essa vassoura e se você me passar pra trás, vou te caçar na sua casa e te obrigar a me dar duas vassouras. Trato é trato, levo essas coisas muito à sério!” ━ Fez até questão de apertar com um pouco mais de força aquela mão, apenas para garantir que o outro soubesse que falava bem sério. Por fim, soltou-o, afastando-se um pouco.
Não era bem intenção de Sanghyeok ficar com vergonha do outro, apenas acontecia. Era estranho lidar com uma pessoa mais velha, que certamente era mais experiente em diversos assuntos e que poderia considerá-lo bob por qualquer que fosse o motivo. A ideia inicial era apenas ter aulas sobre criaturas mágicas, mas por qual motivo estava se enfiando naquele flerte que não era flerte? Era uma piada e sabia disso. Noah estava fazendo um circo de si mesmo. ━ “Não. Pensando melhor, seria eu a pessoa a passar a maior vergonha do mundo, então é melhor esquecermos essa história de segurar mão e de mentir que nos beijamos. Estou vendo que quem vai sair de besta sou eu.” ━ Suspirou alto, disposto a esquecer toda aquela parte da conversa, já que sabia que não os levaria a lugar nenhum, ao mesmo tempo que sabia que teria muito o que pensar naquela noite.
“Hm.” ━ Murmurou baixinho, fechando os olhos e erguendo os ombros quando recebeu o carinho nos cabelos, uma atitude automática que indicava que gostava do gesto e não se importava com os fios atrapalhados. ━ “Minha mãe gosta que eu avise com antecedência, assim ela pode se programar melhor, mas vou esperar até você falar com seu pai. Quando encontrarem uma data boa, me avise, sim?” ━ Abriu um novo sorriso para Sorem. ━ “Vou te esperar, então.”
Seguiu atrás de Sorem pela floresta, despreocupado com o fato de estarem sozinhos ali, longe dos olhares dos aurores e que isso poderia garantir aos dois uma bela de uma bronca. Com toda a situação que rondava o castelo, não era prudente que dois alunos estivessem se aventurando por um local proibido, mas a curiosidade falava mais alto que a prudência. Queria ver aquele besouro da melancolia e aprender como pegar um. ━ “Deve ser uma sensação horrível.” ━ Piscou algumas vezes para o mais velho, interessado. ━ “E ser picado deve ser pior do que comer o mel contaminado.” ━ De longe, Noah esperou. Não era muito habilidoso como o outro, sua intenção era apenas aprender o que precisava, mas vê-lo colocando a mão no tronco para pegar um besouro o deixou chocado e admirado. Ele era como o pai! Parecia que não tinha medo nenhum. Assim que a mão saiu daquele tronco, com um bicho no dorso, precisou conter um suspiro chocado. Aproximou-se devagar, para não assustar o animal e colocar Sorem em perigo, olhando-o bem com os olhos castanhos arregalados. ━ “Vendo assim de perto, dá até pra falar que é uma gracinha. Nós podemos levar pra casa?”
Havia um lado seu que compreendia com destreza o que o mais novo dizia. Entendia de onde vinha e qual era a intenção da fala. No entanto, conflitava diretamente com o seu outro lado, aquele obcecado por quadribol e ávido não só pelas vitórias do time, mas pelo o que elas poderiam conquistá-lo a longo prazo. Para alguém que não sabia de onde vinha e menos ainda para onde estava indo, era importante demais ter algo a que se agarrar, especialmente naquele momento da vida onde tudo era uma grande incerteza e ele ainda não estava convencido que duraria muito depois de sua formatura, considerando a quantas andava o mundo. ━━ Mas algumas vezes não podemos deixar as coisas escaparem, só porque parece difícil. ━━ Devolveu, igualmente calmo. ━━ Não costumo ser ambicioso, mas dessa vez eu tenho uma ambição, Noah, e ela é grande. Eu quero a taça, quero meu nome na sala de troféus. E essa é minha única chance de conseguir isso, eh? Além do mais, meu time é formado por pessoas extremamente capazes de assumir essa responsabilidade, mas mesmo assim depositaram sua fé em mim desde o primeiro dia, sem hesitar, sabe? Não posso jogar tudo para o alto agora. Falta pouco, de todo jeito... ━━ Sabia que era estranho falar da taça de quadribol para um jogador de uma das equipes rivais, mas era a verdade e ele não fingiria que não estava ansioso pelo final da temporada, faminto pela taça de quadribol. Por questão de segundos, o mais velho quase se perdeu em seus próprios pensamentos, mas a voz do outro impediu-o de ir tão longe, cortando toda a preocupação ao fazê-lo rir mais uma vez. ━━ É uma das vantagens de já ser oficialmente adulto, sabe? Posso chamar todos de criança, me gabar porque posso beber álcool quando vou a Hogsmeade e que posso fazer magia fora da escola. Preciso aproveitar os poucos privilégios que vêm junto com a vida adulta, não é? ━━ Respondeu despreocupado. Crescer era horrível, de fato. Mas estava tentando se manter positivo a respeito da coisa toda. Por mais que acabasse se arrependendo de alguns dos comentários que soltava, de vez em quando a resposta a eles era tão satisfatória, tão divertida, que fazia tudo valer à pena. Como naquele momento, enquanto fazia questão de correr os olhos por toda a expressão de Sanghyeok, absorvendo sua reação. ━━ Estou só mexendo com você, entendi o que quis dizer. ━━ Avisou-o então, por entre uma nova risada.
A resposta estava na ponta da língua, mas Sorem refreou-se tão logo que passara recibo de algo na fala do outro. Não era nada demais para ele, mas ainda não passou despercebido: ━━ Você ficou mesmo bravo com isso. Não me chamou de "hyung" nem "ssi" dessa vez. ━━ Honestamente falando, o que podia entender das interjeções em outra língua feitas pelo corvino, muito provavelmente, era por instinto. Sabia que era algo em coreano que deveria saber, mas não fazia a menor ideia. ━━ Mas, qual é? Cruel seria eu prometer e não cumprir. ━━ Acrescentou, percebendo também como o outro apertava sua mão. Apesar de retribuir o gesto, não era na mesma intensidade. ━━ Eu também levo essas coisas a sério. A vassoura será sua, não vai precisar me caçar.
Particularmente, Sorem não se importava com nada daquilo. Não se importava com as brincadeiras e também não se importaria se fosse verdade. Há muito tempo que já estava em paz com sua consciência a respeito de sua sexualidade e que ela envolvia gostar de meninos da mesma maneira que gostava de meninas. Infelizmente, por mais avançado que o mundo estivesse, no alto de 1978, ainda não parecia avançado o bastante para que aquele tipo de brincadeira fosse feita livremente. Sorem já tinha cansado de ver garotos serem cruelmente importunados pelos cantos da escola por "serem pegos" se relacionando com outros garotos. E não queria que o mesmo acontecesse com Sanghyeok, por ventura. Por isso, era melhor mesmo esquecer tudo aquilo. Uma brincadeira inocente podia acabar custando muito. ━━ Passar vergonha seria a menor das suas preocupações. Melhor esquecer mesmo. ━━ Disse baixinho, incapaz de disfarçar o gosto amargo que enchia sua boca naquele momento. Considerando tudo o que passava em sua mente, vê-lo reagir positivamente ao seu carinho trazia um sentimento bom ao peito, junto com a certeza que o outro era adorável demais para o seu próprio bem. ━━ Sua família é toda coreana? Se for, pode dizer à sua mãe que você arranjou um amigo coreano que possivelmente nunca comeu comida coreana na vida. ━━ A verdade é que ele talvez já tenha comido, quando ainda vivia com seus pais biológicos, mas não tinha jeito algum dele ter essa memória. Não depois de passados 15 anos desde sua adoção. ━━ Ela pode me introduzir à culinária, se quiser. Tenho certeza que meu pai não se importaria, também. Ele é muito aberto às novas experiências. Acho que foi por isso que me adotou. ━━ O comentário final vindo em um tom divertido.
Por mais que não parecesse, Sorem era responsável. Talvez a sua definição de responsável fugisse um pouco do convencional e, por isso, estava com uma aluno de 15 anos em uma área proibida da escola, mas ainda assim ele sabia exatamente até onde podia ir. Já cumprira detenções e observara o guarda-caças o suficiente para criar uma boa noção de como se mover pela floresta. Então, sentia-se relativamente tranquilo. Só precisava levá-lo inteiro para o castelo depois. ━━ Pode apostar. Mas é engraçado, agora... Porque dá vontade de chorar, mas não é pela dor da picada, é pelo veneno atingindo seu sistema. ━━ Razões pela qual não estava a fim de repetir a dose. Enquanto o outro observava o besouro, Sorem só se ocupava em empurrá-lo gentilmente de volta ao torso da mão toda vez que ele fazia questão de se mover. Não gostaria de uma daqueles se perdendo por entre o preto de suas vestes em um lugar escuro. ━━ Não é?! ━━ Concordou imediatamente. ━━ Melhor não. Não vai querer um desses estressado perto de você. ━━ Avisou-o enquanto devolvia o besouro para a árvore. Já tinha abusado de sua sorte, podia dar-se por satisfeito. ━━ Acho melhor voltarmos para o castelo, antes que alguém nos pegue aqui... Podemos vir mais cedo no fim de semana, procurar unicórnios. 
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jihcn · 5 years ago
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liliesevans​:
Quando Lily começava a considerar desistir daquilo, como seu par aparentemente fazia, já que não havia sequer sinal dele até então – apesar de não ter passado muito tempo desde que chegara à casa de chá, mas a ideia daquilo tudo soava mais e mais absurda a cada segundo que a ruiva passava sozinha com seus próprios pensamentos –, finalmente sua companhia fez-se presente. Riu divertida assim que o reconheceu, o buquê de flores que Sorem segurava apenas contribuindo para a comicidade da situação. Revisitando seu pensamento de minutos antes, agora Lily tinha certeza que aquela data – tal como o encontro randômico – seria atrelada a uma memória inusitada, ao invés do clichê romântico. Não que Sorem não fosse uma pessoa ótima, era somente que Lily não o enxergava naquela perspectiva. Ele era um bom amigo. “Não sou exatamente quem você esperava, né?” Tornou a rir, e após gesticular para que ele se sentasse, alcançou o buquê de flores. No final das contas, era um gesto adorável – especialmente ao considerar que elas não pareciam ter sido invocadas por um feitiço. 
Apesar da própria sugestão, não sabia de fato se o outro tinha alguém em mente para aquele dia, ou uma esperança de que os organizadores daquela ideia tivessem escolhido uma pessoa específica para ser seu par naquela tarde, mas estava certa de que ela dificilmente seria esse alguém. “Obrigada pelas flores, são lindas. Espero que goste de chocolate.” Pegou a pequena e simples caixa de bombons que até então se encontrava sobre a mesa e entregou a ele. Quando comprou os doces, mais cedo naquele mesmo dia, lembrava-se de ter pensado que, mesmo que o encontro acabasse sendo desastroso, ao menos poderia comer os chocolates sozinha mais tarde. Entretanto, para ela era óbvio que Cartwright os merecia, até mesmo se não tivesse lhe trazido nada. “Então, quer me contar como foi que acabou aqui? Batizaram seu suco de abóbora como alguma poção de consentimento ou simplesmente há um romântico incorrigível dentro de você que eu não conhecia?” Brincou, buscando deixar o clima mais confortável e evidente que, apesar das circunstâncias em que se encontravam, aquilo não precisava ser mais do que uma conversa leve entre amigos. “Eu mesma prefiro acreditar que estava fora de mim quando concordei, mas acho que não consigo me safar dessa assim tão fácil.” Deu de ombros, agora um tanto aliviada por considerar que a tarde não precisava ser desagradável. “Bom, pelos menos tivemos uma desculpa para voltar a Hogsmeade, e os shortbread cookies daqui são os melhores. É uma pena que o lugar seja difícil de frequentar.” Era praticamente um consenso entre os solteiros de Hogwarts que o Madame Puddifoot era um repelente para qualquer pessoa que não estivesse apaixonada o suficiente para ignorar a decoração exagerada e o aroma demasiadamente doce do local. 
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Eram as bochechas rubras que o impediam de olhar diretamente nos olhos de Lily enquanto sentia as flores escorregarem de seus dedos. Uma tentativa fraca de disfarçar o quão embaraçado estava, sabia bem, mas sentia que se tentasse qualquer teatro sobre estar completamente desencanado sairia como um belo tiro no pé. Então, era o melhor que podia fazer. Tentando pensar positivamente, pelo menos ela tinha aceitado o buquê e tornado sua cena consideravelmente menos estranha. Assim, aceitou o convite para sentar. ━━ Qual é, acha que não passei a semana inteira torcendo para ganhasse um encontro, bem no dia dos namorados, com uma das minhas amigas? Você é exatamente quem eu estava esperando, Lily. ━━ Respondeu com irônia, em um tom bastante leve, enquanto livrava-se do casaco e do cachecol. ━━ Na verdade, eu só sabia quem eu não queria encontrar, então estou no lucro. ━━ Explicou, ainda em tom leve, dando de ombros em um gesto curto.
━━ São mesmo. Estava ficando com elas para mim mesmo, mas tinha muita gente olhando, seria estranho não dá-las a você. ━━ Brincou com a ruiva. Por estar ocupado ajeitando seus pertences nas costas da cadeira, Sorem fora pego de surpresa pela caixa de chocolates; um sorriso tomando-lhe os lábios imediatamente. Bastava conhecê-lo um pouco para saber que era apaixonado por todo e qualquer tipo de doces, então era óbvio que tinha adorado o presente. ━━ Oh, céus... Eu amo chocolate. Obrigado! ━━ Respondeu animadamente, ao que aceitava o presente com as duas mãos. Sua vontade era de abrir a caixa e beliscar um ou dois bombons de imediato, mas como não saberia dizer se a dona da casa de chá estaria de acordo, decidiu esperar. À pergunta dela, uma risada deixou os lábios avermelhados, conforme Sorem largava-se um tantinho na cadeira, relaxando a postura. No fim das contas, estava com uma boa amiga e não sentia necessidade de formalidades tais quais uma boa postura. ━━ Eu trouxe flores! Acho que a resposta é bem clara, não? ━━ Disse por entre uma nova risada. ━━ Eu sei lá o que aconteceu... O pessoal do time disse que eu estava muito tenso, que precisava me divertir. Acho que fui vencido pelo cansaço, depois de tantos dias deles falando no meu ouvido. ━━ Explicou por fim, dando de ombros. ━━ Mas me arrependi logo em seguida. ━━ Confessou baixinho, os olhos esquadrinhando os arredores. ━━ Considerando onde estamos, apoio totalmente sua teoria... ━━ Prestou atenção em alguns dos vizinhos de mesa, em como os outros estavam se entrosando. Mas o que realmente prendeu sua atenção foi a decoração exagerada, chegava a doer os olhos. Aquilo realmente não tinha nada a ver com ele. ━━ Olha só, quer dar o fora daqui? ━━ Ofereceu, voltando a fitar o rosto da amiga. ━━ Pedimos esses cookies para viagem e vamos, sei lá, para o três vassouras tomar uma cerveja amanteigada. O que acha?
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jihcn · 5 years ago
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he is so adorable  🥺
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jihcn · 5 years ago
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liliesevans​:
Quanto mais olhava para o pequeno Jin-Jin, mais Lily se convencia de que havia poucas maneiras de ser mais adorável do que aquilo. Mais uma vez, ainda que animais mágicos não fossem algo de seu maior interesse até então, era quase impossível sequer tirar os olhos do tronquilho. A ruiva já era mais do que habituada com a vida no mundo bruxo, mas era um desafio não comparar a criatura com aquelas que já tinham como comuns ainda na infância, as que conviviam corriqueiramente com os trouxas. Novamente, dessa vez apenas mentalmente, considerou qual seria a reação daqueles que conhecia em sua ‘outra vida’ - uma figura de expressão, é claro, visto que ambas eram partes mescladas de um mesmo todo para Evans - diriam caso pusessem os olhos sobre um bichinho tão peculiar e fascinante como Jin-Jin. “Então ele te escolheu, Sorem. Pelo jeito que parece apegado a você, duvido que aceitaria qualquer outro ‘dono’.” Não acreditava que a vida era ditada completamente por uma força tal qual o destino - afinal, escolhas ainda eram próprias e importantes demais para serem meramente premeditadas e exímias da responsabilidade de cada um -, mas pensava que algumas coisas estavam mais inclinadas a acontecer, caso as pessoas assim permitissem. Para Lily, aquele poderia muito bem ser um pequeno e adorável exemplo desse fenômeno. 
“Ah, sim, então está explicado o porquê de tanto grude. Aposto que nenhum outro tronquilho no mundo é assim tão bem cuidado. Aliás, não caio nessa história de não mimá-lo, já que me parece que é exatamente isso que você faz.” Seu tom era divertido, o humor da ruiva drasticamente melhorado em comparação a mais cedo naquela tarde. Logo em seguida, considerou a oferta de Sorem, uma dose de hesitação tomando-a. Não queria correr o risco de assustar a criaturinha, mas se Cartwright, que tanto zelava por ele, estava oferecendo, deveria significar que não havia problema. “Claro, se você tiver certeza que tudo bem…” Ofereceu uma das mãos, a palma voltada para cima, e sorriu amigavelmente, como se o curvar de seus lábios fosse oferecer qualquer conforto ou incentivo a Jin-Jin. Com a mão livre, Lily pegou sua varinha e murmurou um feitiço, que fez com que pequenas folhas se materializassem no ar em frente a eles e pousassem delicadamente sobre a palma estendida alguns instantes depois. Depois do que pareceu quase um minuto inteiro, o tronquilho finalmente transferiu-se, ainda que hesitante, da mão de Sorem para a de Lily. “Merlin, Sorem, he’s absolutely adorable.” Seu sorriso era livre, entusiasmado, enquanto a voz saiu em tom baixo, quase como se estivesse com medo de assustar Jin-Jin para longe dela. “Sabe, eu estava tendo um dia um pouco ruim hoje, mas agora estou feliz. Obrigada por isso.” A ruiva riu levemente, tanto de contentamento como pela sensação de cócegas proveniente dos movimentos do tronquilho, como avisado por Cartwright. “Queria ter uma maneira de retribuir, mas a coisa mais interessante que tenho para te mostrar é um novo feitiço que finalmente consegui dominar. Perto disso, não sei se seria muito interessante.” 
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Involuntaria e automaticamente, uma risada escapou por entre os lábios do rapaz. E carregava tanto carinho quanto uma pequena dose de vergonha. ━━ Esse tipo de coisa sempre acontece... ━━ Comentou, dando de ombros. Desde que se entendia por gente, tinha enorme afinidade com bichos de diversas espécies, facilidade para compreendê-los e amá-los. Mesmo os mais incompreendidos. Era seu dom, aparentemente. Depois de abraçá-lo, pensar no que faria pelo resto da vida enquanto membro de uma sociedade, foi fácil. Não houve sequer um momento de dúvida. ━━ Mas, fala sério, quando um animalzinho se sente seguro perto da gente é tão bom. Não sei você, mas me sinto o ser humano mais incrível da face da terra. ━━ Disse enquanto sustentava um sorriso, simplesmente porque não conseguia tirá-lo do rosto. Por vezes, gostaria que fosse igualmente simples de se relacionar com outros de sua própria espécie, mas humanos eram complicados em níveis bem diferentes. O comentário seguinte fez com que uma onda de calor que não tinha nada a ver com a lareira subisse para o rosto do sul-coreano, tingindo as bochechas em um leve tom rubro. Acabou baixando o rosto por alguns instantes, tentando evitar que Lily percbesse as bochechas coradas. ━━ Em minha defesa, meu pai me criou regado a mimos excessivos. Consequentemente, esse é o único jeito que sei para criar minhas crianças. ━━ Devolveu, erguendo os ombros em um gesto defensivo. Não era mentira, de todo jeito. Por mais que soubesse reconhecer os exageros em sua própria criação, não significava que não agisse da mesma forma. Pelo menos dentro do que podia, respeitando o estilo de vida de Jin-Jin e, também, Lolita, sua coruja. Além dos cachorros que tinha em casa.
Tudo o que Sorem fez foi aproximar sua mão daquela que Lily tinha estendida para o tronquilho. Então, esperou que ele sentisse seguro para trocar de lugar, o que só aconteceu depois de receber aquele olhar cheio de perguntas mudas, para as quais ele assentiu positivamente, incentivando-o a se aventurar. Ainda mais depois do belo feitiço oferecido pela ruiva. ━━ Sou ridiculamente suspeito para falar, mas ele é mesmo. ━━ Concordou de imediato, com um novo sorriso. Seus olhos, que até então estavam em Jin-Jin, voltaram ao rosto da ruiva. O cenho franzido em repentina preocupação. ━━ Não precisa agradecer, nem retribuir nada, mas estou feliz que tenha te ajudado. ━━ Respondeu com honestidade, enquanto ocorria um debate interno sobre perguntar ou não o que tinha acontecido. Mesmo receoso de acabar parecendo intrometido demais, decidiu perguntar. ━━ Mas... Você está bem? Aconteceu alguma coisa? Sabe, se quiser conversar, às vezes é bom tirar algumas coisas do peito, ajuda a respirar melhor... ━━ Ofereceu-se. Parecia bobagem, mas era verdade. Uma boa conversa e uma boa sessão de choro eram ótimos para descarregar o peito, limpar as vias respiratórias e abrir espaço na mente.
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jihcn · 5 years ago
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noahyeok​:
“Estamos no mesmo barco. Você sabe que eu também estou no time de quadribol, então meio que somos iguais, mas diferentes. Só que temos que pensar pelo lado bom, Sorem! O time é como se fosse aquela distração boa que temos em meio a essa avalanche de atividades de final de ano, então não fique se sentindo assim. Tome um tônico, talvez? Vou te fazer um. É o que me mantém acordado de noite para estudar.” ━ Sua única intenção era ajudar. Após algumas leituras na biblioteca durante uma detenção que caiu nas suas costas sem querer, Noah descobriu uma poção que lhe ajudaria na concentração, disposição e que ainda acabava com o sono! Era ótima, mas não podia ser tomada com frequência. ━ “Não precisa me dar tanta atenção, hyung. Mas será que posso te mandar corujas de vez em quando? Não sei… Quer ir em Hogsmeade comigo também?”
Falava rápido, muito animado com a ideia de ter uma companhia diferente para sair, mas essa alegria toda morreu quando recebeu a recusa do dinheiro. ━ “Oooh? Que absurdo é esse? Você disse que eu poderia escolher! Vou ter mesmo que fazer tudo isso para ganhar? Aish.” ━ Pegou a balinha que foi colocada em sua mão, desembrulhando para levá-la até a boca. O sabor doce logo acalmou os espíritos do corvino, que só então considerou o resto da frase. ━ “Deixar aquela vassoura pra mim? Woah, forme logo, Sorem-ssi! Se eu passar com Ótimo em todas as minhas provas, promete que me dá a vassoura?” ━ Fitou o mais velho com os olhinhos brilhando, como dois cristais castanhos. Não é que queria que Sorem fosse embora, mesmo sabendo que isso aconteceria, mas ter uma vassoura decente sempre foi seu sonho. Se ganhasse uma dele, ainda que usada, poderia usar o resto do dinheiro com outras coisas que também tinha em mente. 
“Bom… Ainda bem que não largou.” ━ De repente, Noah ficou envergonhado e abaixou a cabeça. Suspirou, trazendo as mãos para a barriga, mexendo com elas em nervosismo. ━ “Eu poderia, mas como você mesmo disse, sou uma pessoa impulsiva e isso não em problema algum. Da próxima vez, farei um pedido formal para segurar na sua mão, Sorem. Vou te fazer passar a maior vergonha.” ━ Diminuiu o olhar na direção alheia, tentando fazer com que a expressão adquirisse um ar de ameaça. Porém Noah percebeu que era muito difícil para si ser sério e desistiu dessa ideia toda, voltando a sorrir.
“É claro que ela trabalha rápido, eu sou da Corvinal. Nossas mentes trabalharem rápido é como se fosse um pré-requisito. Bom, vou considerar que é um sim para o jantar. Tem alguma coisa que você ou seu pai não comem? Preciso dizer pra minha mãe…” ━ Ponderou rapidamente. ━ “Ah, isso é verdade. Bom… Acho que vai acabar sendo difícil trabalharmos juntos, Sorem, mas pode ir me procurar mesmo assim, viu?” ━ Maneou a cabeça em afirmação. ━ “Quero! Eles invadiram alguma colmeia por aqui? Meu pai disse que se a gente comer o mel que produzem, ficamos melancólicos. Já experimentou? E como faz pra pegar um? Vai ter que me ensinar, eu não sei…”
━━ Não sei, não. ━━ Respondeu, franzindo o nariz. ━━ O Quadribol era mesmo uma distração para mim, mas antes de ganhar o distintivo de capitão. Agora é só mais uma responsabilidade. Eu nem mesmo achei que seria capitão, sabe? Achei que o Potter levaria essa, mas ele acabou como monitor-chefe... ━━ Explicou então. Ainda era surpreendente que entre todos no time da Grifinória, McGonagall tenha achado que ele seria o mais competente para o posto. No momento seguinte, a expressão relaxou, dando lugar a um sorriso agradecido. ━━ Um tônico não seria nada mal, eu acho. Obrigado. Mas, ei, não abuse dessas coisas. Crianças precisam de boas noites de sono para se desenvolverem. ━━ Apesar da provocação por chamá-lo de criança, Sorem esperava mesmo que ele não sacrificasse suas noites de sono com frequência. ━━ Claro que pode, quando quiser. ━━ Garantiu, com um aceno de cabeça. ━━ Hogsmeade...? Está me chamando para um encontro, Sanghyeok? ━━ Brincou com o outro, mas não esperou por resposta para completar: ━━ Quero sim. Vamos assim que liberarem as visitas novamente, ok? ━━ Prometeu junto com um sorriso. Normalmente, ele ia sozinho ao povoado, salvo as vezes em que ia com o time, então seria legal ter companhia.
━━ Ora essa! Perguntei o que você queria, não lembro de ter dito que concederia seus desejos. ━━ Rebateu imediatamente, tentando conter a risada. ━━ Não se preocupe, não falta muito para isso. ━━ Disse, fingindo estar incomodado com a pressa alheia. Seu "erro" fora sustentar o olhar do mais ovo naquele momento. Sorem percebeu que não havia escapatória, uma vez que notava como ele parecia ter galáxias brilhando por entre o castanho das íris. Tornava impossível dizer não. Por sorte, já não tinha tal intenção. Recuou um passo curto, para que pudesse estender a mão direita ao outro a fim de selar um trato: ━━ Excede Expectativas já será o suficiente, mas prometo. A vassoura será sua.
Sendo bastante observador e até apreciador de determinados comportamentos humanos, não deixou de notar as reações alheias. ━━ Não faria isso. ━━ Assegurou-o. Uma particularidade a respeito do grifano é que ele não era do tipo que questionava as coisas de imediato. Deixava acontecer, pagava para ver, e só então preocupava-se com o que fosse necessário se preocupar. Por isso, não se preocupara com a vergonha que Sanghyeok tinha planejada para si, embora tivesse arqueado uma das sobrancelhas em resposta, desafiando-o. ━━ O quê, vai se ajoelhar para mim no Salão Principal, com a escola inteira de plateia, e pedir para andarmos de mãos dadas ao luar, depois do jantar?
Diante daquele relato, acabou por retomar um questionamento que costumava rondar sua mente durante seu primeiro ano escolar, quando olhava para os alunos da Corvinal: qual seria a sensação de estar ciente que era intelectualmente superior a todos os outros da escola. Obviamente, sete anos depois, tal pergunta não incomodava mais. Especialmente quando se tornara bastante seguro de suas habilidades, mas ainda era interessante. ━━ Como eu poderia discordar desse jantar? É uma oportunidade ótima para nós dois. ━━ Esclareceu, assentindo brevemente. ━━ Mas não precisa preocupar sua mãe com isso ainda, relaxa, garoto. ━━ Junto com sua fala despreocupada, Sorem tomou a iniciativa de deixar um afago nos cabelos do mais novo, antes de escorregar a mão para o topo de suas costas, onde deixou tapinhas gentis. ━━ Pode deixar. Sempre que tiver um tempo, passo no seu departamento para te ver.
Então, tomou a frente no caminho por entre algumas árvores, aprofundando-se cuidadosamente na floresta enquanto os olhos estavam atentos aos tipos de árvores que apareciam, especialmente àquelas que continham brechas e fissuras na superfície do tronco. ━━ Não que eu saiba. Abelhas não formam colmeias dentro da floresta proibida, é muito longe do "trabalho". E esses besouros são mais oportunistas do que realmente feitos para arruinar o trabalho das pobres abelhas. Mas é verdade, o que seu pai disse. A secreção que os besouros produzem é a responsável por esse sentimento. ━━ Explicou antes de parar frente a uma árvore que julgava propócia para morada daqueles besouros. ━━ Nunca comi mel contaminado, mas fui picado uma vez, quando era pequeno. Não foi muito legal. ━━ Contou ao que puxava a manga do uniforme até a altura do cotovelo. Sem hesitar, mas com movimentos cuidadosos, colocou a mão no buraco no casco da árvore. ━━ Como qualquer animal, ele só ataca se sentir ameaçado. É necessário calma e um pouquinho de estupidez, só isso. ━━ Disse baixinho, com uma breve risada. Ao que sabia, eram as duas características básicas para qualquer magizoologista. Assim, apalpava gentilmente o interior do buraco, buscando por algum morador. Até sentir algo subindo em seus dedos, o que fizera com que esperasse com todo o seu coração que a pelugem que sentia fosse realmente do besouro e não de um filhote de acromântula. De qualquer maneira, a mão livre já estava sobre o bolso da capa, pronta para puxar a varinha, antes de tirar a mão do buraco. ━━ Oh! Estou ficando bom nisso... ━━ Exclamou, impressionado consigo mesmo ao notar que tinha nas costas da mão justamente o que queria, um besouro-da-melancolia. ━━  Olha só, a maneira mais rápida de reconhecer um desses é pela cor cinzenta e o corpo peludo. Eles não são tão perigosos... Desde que você tome um antídoto, se for picado, não vai morrer de tristeza. ━━ Explicou, erguendo a mão para que a vizualização fosse mais fácil para ambos.  
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jihcn · 5 years ago
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parselmouthx​:
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Viper conversou por alguns momentos com a serpente e convenceu ela de que tudo ficaria bem. A solução encontrada pela bruxa de Sonserina fora transfigurar a boca-de-algodão em uma coruja por cerca de vinte minutos. Tempo suficiente para ela sair do castelo em segurança e retornar para a vida selvagem na floresta, antes que o feitiço terminasse e ela voltasse a ser um ser rastejante. Foi bonito assistir a criatura transformada voando até desaparecer no horizonte. E, após isso, Viper trancou a janela do lugar e se virou para o garoto. 
— Na verdade não. Eu tenho uma cobra de estimação, mas ela não é uma boca-de-algodão e sim uma taipan do interior, que vive na floresta. — Viper a visitava as vezes, mas não se atrevia a deixar Tiamat circular dentro do castelo. Era muito perigoso, por mais que a cobra fosse tranquila, em condições normais. — E sim, sou ofidioglota. Não precisa falar como se fosse um tipo de doença. — Ela o ironizou. Sentia raiva toda vez que alguém descobria sua habilidade. Todos eles pareciam chocados, como se estivessem falando com algum tipo de ET. 
Viper voltou para seu tabuleiro de xadrez então e se sentou novamente no chão. — O mínimo que pode fazer para me agradecer é jogar uma partida comigo. — Ela gostava de jogar contra si mesma ou contra o tabuleiro enfeitiçado para praticar, mas sentia falta de partidas reais de xadrez.  
O rapaz guardou silêncio enquanto observava o feitiço da outra. De fato, era um belo feitiço, impressionante. E seu encanto era perceptível em sua expressão, especialmente na maneira como os lábios avermelhados estavam ligeiramente separados. Por mais que fosse esperado para os alunos dos últimos anos estar em um nível avançado quando se tratava de sua magia, era sempre surpreendente perceber a capacidade de outros. Por fim, havia um pequeno sorriso repuxando-lhe os lábios ao ver a, então, coruja sair pela janela. ━━ Brilhante. ━━ Elogiou-a.
À resposta dela, as sobrancelhas de Sorem arquearam-se. Não podia dizer que estava surpreso com a resposta, não depois do que presenciara. Mas ainda assim, ela era a primeira pessoa que ele conhecia que tinha uma cobra como aquela de estimação. ━━ Ótimo, considerando tudo o que já vive por lá, acho que ela está em um ambiente... Apropriado. ━━ Definitivamente, era melhor ter tal criatura bem longe dos corredores do castelo. Ao mesmo tempo em que não podia deixar de questionar a sanidade dos responsáveis pela escola por permitir que uma aluna trouxesse um mascote tão perigoso. E ele que achava que sua coruja temperamental era um grande problema... ━━ Não falei como se fosse uma doença. ━━ Defendeu-se. ━━ É que você há de concordar comigo que não esbarramos em ofidioglotas a cada esquina, eh? ━━ Continuou, finalmente saindo do lugar onde estivera estancado pelos últimos minutos, para avançar pelo corredor.
Por fim, notara o tabuleiro de xadrez, sempre fora intrigado pelo jogo. Seu pai era um exímio jogador de xadrez de bruxo, mas falhara em passar os conhecimentos ao filho. Simplesmente porque Sorem, apesar da curiosidade, nunca tivera real interesse em aprender a jogar. ━━ Temo que teremos de pensar em outra forma de agradecimento. Não sei jogar. ━━ Avisou-a, dando de ombros.
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jihcn · 5 years ago
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jihcn · 5 years ago
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Verdade fosse dita, Sorem estava começando a se sentir ridículo. Enquanto subia a rua em direção a casa de chá, com um buquê partitura de rosas lilás nas mãos, sentia diversas cabeças virando em sua direção e só podia suspirar ao que tentava ignorar os olhares. Maldita a hora em que fora convencido pelo time de quadribol a participar daquilo. Deveria ter desistido enquanto podia, já que ir à encontros às cegas realmente não fazia seu estilo. No entanto, aquele era o grande dia e não podia arruiná-lo para quem quer que fosse só porque não desistira de tal estupidez à tempo. Não podia ser tão insensível assim. E insensível era tudo o que Sorem não era, ainda que não aparentasse durante boa parte do tempo. E era por isso que estava ali, bem produzido, dentro de seus parâmetros, e um tanto atrasado porque decidira comprar flores naturais em vez de apenas conjurar algumas.
Ao entrar no estabelecimento onde ocorreria o encontro, seu coração martelava em expectativa e uma pitada de desespero. Os olhos cor de café esquadrinharam o ambiente avaliando as mesas com apenas um ocupante. Dentro do bolso do casaco estava o pedaço de pergaminho que indicava que deveria dirigir-se à mesa 2. Ao notar quem a ocupava, entretanto, a risada fora inevitável. Era uma surpresa bastante agradável ver que Lily era seu par aquela tarde, mas ele tomaria como um sinal divino para desistir de romance de uma vez por todas. Enquanto aproximava-se da mesa, evitava olhar para os lados. Não queria imaginar a cara de James vendo-o levar flores para Lily. Mas também não tinha mais como escondê-las. Por isso, ofereceu-as à ruiva assim que se aproximara o suficiente. ━━ Feliz Dia dos Namorados...?  ━━ Tentou, sentindo-se mais estúpido do que nunca.
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blind date - mesa 2
O Madame Puddifoot, um lugar já relativamente apertado, naquele dia praticamente ameaçava explodir com tamanha densidade populacional, aliado às decorações excessivamente vibrantes que pareciam sugerir que uma bomba de glitter havia estourado na casa de chá. De tempos em tempos, Lily escaneava o local com os olhos, questionando mentalmente mais uma vez o porquê tinha se metido naquela situação em primeiro lugar. Parecia loucura concordar com uma coisa tão incerta quanto um encontro às cegas, mas a ruiva nunca gostara muito do Dia dos Namorados, de qualquer forma. A data vinha atrelada a responsabilidades e expectativas clichês e difíceis de alcançar. Talvez fosse melhor criar uma memória para aquele dia que fosse divertida e inusitada para recordar no futuro, apesar de Lily ter uma pessoa em mente com quem gostaria de ir em encontros reais. Mas, deixando aquele pensamento de lado por ora, direcionou sua atenção à mesa onde se acomodava e ao arranjo de flores demasiadamente grande que quase encobria o número 2 que a identificava, imaginando se seu par tinha se perdido no caminho ou simplesmente decidido não dar segmento àquela ideia.
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jihcn · 5 years ago
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mzcdonald​:​
Desde o incidente no ano anterior, Mary tomava caminhos diferentes para ir a certos lugares. Os corredores lotados que costumeiramente a levavam ao salão principal passaram a assustá-la, os cochichos vindos das rodinhas puristas toda vez que ela passava eram mais do que suficiente para que a MacDonald desse meia volta e tomasse outro caminho. Não por medo – no ano anterior, sim, tivera medo, mas agora não mais –, mas por puro desejo de manter sua sanidade mental intacta. Nada valia mais do que seu bem-estar e, foi pensando assim, que a grifana mudou seu caminho que originalmente a levaria até o salão principal. Sua fome não era tão grande para que fosse aceitável aturar os esbarrões que se tornavam cada vez mais constantes. Com seus all star, hoje amarelos, fazendo um som engraçado ao baterem no solo de concreto, Mary virou uma esquina e se surpreendeu ao se ver diante do banheiro dos monitores. Sempre tivera vontade de entrar ali, mas nunca havia realmente o feito. Dando de ombros, encaminhou-se até a porta e a abriu, passando rapidamente os olhos pelo cômodo. Estreitou-os ao ver a figura perto da banheira, entrando e fechando a porta atrás de si para se aproximar. Dependendo de quem fosse, daria meia volta mais uma vez e procuraria por um lugar vazio. Suspirou aliviada, porém, ao reconhecer Sorem. “ — Sem fome, Sorem?” inquiriu de forma a anunciar sua presença, os ombros relaxados e um sorriso no rosto enquanto se ajeitava para se sentar ali também, de frente para ele. “ — By the way, te atrapalho se ficar aqui também?”
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Sorem sabia que estava sendo atrevido em quebrar regras escolares dentro do banheiro dos monitores. Ou nem tão atrevido assim já que aquele banheiro também era dedicado aos capitães dos times de quadribol. Não que tal fato fosse impedi-lo de acabar em detenção, se fosse pego fumando, mas trazia algum conforto para o coração ligeiramente agitado. Pelo menos até escutar a porta rangendo ao ser aberta. Seu coração, que já estava um tanto acima do comum, subiu diversas batidas em poucos segundos. Aqueles mesmos segundos necessários para que processasse que deveria se mexer. Rapidamente, pressionou a ponta do cigarro contra a borda da enorme banheira a fim de apagá-lo e então soltou-o para que caísse dentro do mármore vazio. Pigarreou algumas vezes e agitou as mãos para afastar a fumaça de si. O que foi inútil, visto que já podia escutar a voz feminina ao fazê-lo. No entanto, precisou de um ou dois segundos a mais para processar de quem era a voz e, também, entender que não estava enrascado. ━━ Pelas barbas de Merlin, Mary! ━━ Exclamou então, exasperado. ━━ Você quase me mata de susto. ━━ Explicou ao que debruçava-se para dentro da banheira, para resgatar seu cigarro que ainda não estava nem na metade. ━━ Na verdade, estou morrendo de fome. Mas a vontade de fumar venceu. ━━ Respondeu, dando de ombros. Levou o cigarro aos lábios novamente e puxou o isqueiro do bolso para reacendê-lo. Um novo trago, mas dessa vez preocupou-se em virar o rosto para o lado para dispersar a fumaça. ━━ E você, o que faz aqui? ━━ Perguntou, por fim erguendo os olhos para a colega de casa, com curiosidade.
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jihcn · 5 years ago
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Sorem não estava bravo exatamente, talvez bastante frustrado. Afinal, quando saíra da cama naquela manhã, não tinha planos de terminar o dia polindo manualmente um número absurdo de troféus, como detenção. Infelizmente, estava bastante ciente que fizera por merecer. Não deveria ter se engajado tanto em um assunto que claramente podia esperar até depois da reunião do clube de duelos. Pelo menos, agora entendia isso, já que era adepto de só pensar nas consequências de seus atos quando tivesse que lidar com elas. 
Os olhos estavam baixos para o troféu que limpava agora. Pertencia à Grifinória, o que fazia seu coração martelar tão forte que chegava a ser doloroso. Sorem queria um daqueles. Queria seu nome entalhado na placa dourada, queria entrar para a história de sua Casa. Precisava daquela espécie de aprovação para sentir que estava fazendo um bom trabalho como capitão. A incerteza era tão dolorosa quando o desejo. Por isso o suspiro pesado que escapara por entre os lábios avermelhados, antes de virar o rosto para seu companheiro de detenção: ━━ Tudo isso porque você não quis aceitar que o Appleby Arrows tem chances reais de ganhar o campeonato esse ano.  ━━ Provocou, mas sustentando um sorriso torto, para deixar claro qual era sua intenção.  ━━ Precisa aprender a escutar os mais velhos, fedelho.
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@toujourxblack​
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jihcn · 5 years ago
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Sorem gostava de ir até a Torre de Astronomia. Mesmo que o vento fosse insuportável na maior parte do ano, a vista valia à pena. A calmaria do lugar ajudava-o a colocar a cabeça no lugar, sempre que precisava. Aquele era um dos dias em que precisava de um pouco de paz para desanuviar os pensamentos. E talvez fosse por isso que prestara bem pouca atenção ao caminho, percebendo tarde demais que o caminho estava bloqueado por nada menos que uma cobra. 
Estava acostumado com diversas criaturas pelo castelo, mas cobra não era bem uma delas. Por isso o enorme susto, a ponto de fazer um palavrão escapar por entre os lábios. Os olhos estavam presos na figura à sua frente e o rapaz só conseguia pensar no que deveria fazer em ordem de conseguir chegar vivo a qualquer canto onde pudesse pedir socorro. Porque era óbvio que seria atacado e pelo o que entendia de cobras, aquela era venenosa. Sua mão ia vagarosamente até o bolso traseiro da calça, onde estava a varinha quando a voz feminina atraiu sua atenção. 
Com o cenho franzido e nenhuma vontade de desviar os olhos da cobra, respondeu: ━━ Pelo menos é recíproco, porque ela também está me assustando. ━━ A calmaria da brincadeira era ironia pura, porque estava mesmo assustado. E surpreso, ao perceber o que a garota fez em seguida. O cenho franziu e ele acabou virando o rosto na direção dela. ━━ Você é ofidioglota. ━━ Pressupôs então.  ━━ Esse aqui é seu bichinho de estimação?
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Viper estava jogando uma partida de xadrez bruxo contra si mesma no corredor da torre de astronomia quando ou viu o som de um aluno praguejando. Seu instinto a fez olhar imediatamente para a cena, bem a ponto de ver a cobra armando um bote. — Se acalme. — Disse para o aluno. — Esta assustando ela. — E, falando de uma maneira incrivelmente estranha, Viper tentou se comunicar com a Boca de Algodão. — elx… não… é… um(a).. inimigx…
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