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Essa sessão horrível
De nunca estar
De nunca ser
De não pertencer
De tudo ser neutro, mediano
De nunca ser suficiente
Essa nó que nunca desfaz
Que faz engolir o choro
De tentar de novo
Sem querer
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Deitada na cama, com cobertas que antes aqueciam o velho baú, janela entreaberta e um sol que se recusa a sair, eu penso sobre o tempo.
Ele, o devorador implacável e impiedoso. Te come horas, convicções, memórias. Coisas que eu tinha certeza de como eram está nebuloso agora. Me sinto envergonhada, o eu de antes estaria agora decepcionada, como você não se lembra da cor do banco? Da música que ouviu na varanda? Da roupa que usava no protesto?
Ah o tempo, ele te tira o inevitável e te deixa por alguns breves momentos fazerem escolhas que podem ser definitivas ou passageiras. Nunca saberá. Ele detém o ontem e o amanhã. Cabe a você analisar e a escolha no fim não é sua.
Não existe um propósito, existem caminhos, pessoas trabalham e saem deles, pessoas se divorciam e se casam (Feliz casamento, Acaso! Não sabia como falar com você), nascem e morrem. Ciclos naturais dados ao tempo, tomados por tempo.
Resignificar o tempo é desafiar, é tomar pra si o controle, nem que por um momento, um segundo, sentir que talvez você só seja você por escolha sua.
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“Será que um dia alguém vai me aceitar o meu jeito bagunçado de ser? Tenho facilidade em estragar as coisas, por mais bobas que sejam.”
— Lucas Martins.
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CRISE EXISTENCIAL
penso penso penso e não chego a lugar nenhum. como se meus pensamentos fossem complicados demais para eu mesmo decifrá-los. como se fosse impossível me encontrar em mim. que merda.
— joão pedro peixoto.
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