Text
• characters ✨
- Emma: 29 anos, fotógrafa. Um pouco tímida no começo, mas extremamente fiel e protetora com aqueles que ama. Para quem não a conhecem bem, pode até parecer um pouco seria ou, até mesmo, metida para quem quiser interpretar sua timidez de forma errada. Mas quando se sente à vontade, revela a personalidade brincalhona e falante. Não costuma ter meio termo: ou você ama, ou odeia.


- Amanda: Tem 28 anos, líder da banda Violet Motel. Extremamente sociável e decidida, não tem medo de arranjar uma briga para proteger quem ama. Naturalmente sedutora, costuma deixar uma marca por onde passa, tem um humor ácido mas também sabe ser amável com quem merece seu afeto.


- Chester: Tem 33 anos, vocalista da banda Linkin Park. Extremamente observador, é dono de um coração gigante e sensível. Vem enfrentando problemas pessoais que colocam seu emocional à prova, mas ainda assim, sempre faz o possível para manter o alto astral perto de seus amigos.


Mike: Tem 33 anos, vocalista, guitarrista, produtor… Um pouco de tudo. Membro da banda Linkin Park, é dono de uma personalidade que beira workaholic, ao mesmo tempo, gosta de estar sempre rodeado de seus amigos e colegas de banda. Tem um riso fácil e habilidade natural de se conectar facilmente com as pessoas, porém, tem seu lado sensível; e isso, algumas vezes, pode acabar o atrapalhando.


0 notes
Text
chapter 5
Ao notar Mike se aproximando, Emma se afastou e foi se sentar em um dos sofás de couro. Sua cabeça girava com tudo o que tinha acontecido naquela noite, precisava ir pra casa. Queria saber o que tinha deixado Chester daquele jeito. Queria poder ajudá-lo de alguma forma, mas sabia que, naquela altura, ele provavelmente nem lembrava mais quem ela era. E, se lembrava, devia achá-la uma maluca que invadiu seu espaço pessoal. A fotógrafa divagava em pensamentos, balançando a perna, quando Amanda surgiu em sua frente:
- Garota! Você não vai acreditar. - Ela se jogou no sofá ao lado de Emma. - o baterista da banda Teardrops, sabe? Aquele que pedi pro Zac me apresentar?
- Sei sim... O que tem? - Emma ainda se sentia um pouco aérea com tanta coisa acontecendo, mas tentou se concentrar na amiga.
- Então, ele conhece gente grande da cena alternativa, e o produtor dele tá procurando novos projetos, eu mostrei um vídeo da minha banda no celular e ele pediu pra mandar mais material amanhã. Amanhã, Emma! Eu quase morri. - Os olhos dela brilhavam de empolgação. - E também...
Ela hesitou por um momento, mordendo o lábio inferior enquanto encarava a amiga.
- O que? - Emma perguntou curiosa, instigando a ruiva a continuar falando.
- Eu troquei umas palavras com o Mike, ele também ficou interessado em ouvir Violet Motel. - Ela sorriu de canto para amiga, parecendo um pouco tímida, a fotografa estranhou mas não quis comentar.
- Nossa! A essa altura eu suponho que você já tem uma turnê internacional marcada, né? - Brincou, abraçando a garota ao seu lado - Amanda, isso é incrível, de verdade. Que bom que você conseguiu todos esses contatos, vai dar certo.
Amanda retribuiu o abraço, agradecida, mas logo percebeu a expressão distante no rosto da amiga:
- Mas... E você? Você e o Zac sumiram, por um momento, achei que tinham ido embora e me deixado aqui, onde você se enfiou? Tá tudo bem? - A ruiva metralhava a amiga de perguntas, ela por sua vez, decidiu não dividir o momento que tinha tido com Chester, sentiu que era algo muito pessoal dele e preferiu guardar pra si.
- Ah... - ela riu baixo. - Eu tava por aí, esse lugar acaba sendo maior do que parece, mas tá tudo bem sim. - Tirou uma mecha de cabelo do rosto.
- Vamos pra casa? - Amanda perguntou, ainda observando a amiga. Sabia que algo tinha acontecido, mas preferiu respeitar o silêncio dela.
Emma sorriu, cansada. Estava exausta de tentar entender a noite.
- Vamos, por favor.
As duas saíram em busca de Zac, que estava no corredor conversando com um dos fotógrafos do evento. Ele se despediu com um abraço apertado em cada uma, se certificando que Emma postaria todas as fotos em seu site e instagram, e prometendo colocar Amanda em mais rodas importantes nas próximas semanas. Do lado de fora, o ar noturno de LA era menos abafado, com uma brisa suave bagunçando os cabelos soltos de ambas. Emma pediu um carro no aplicativo.
- Você acha que isso tudo aqui é real? - Amanda perguntou, jogando o corpo no banco de trás quando o carro chegou. — Tipo... essas noites, sabe? A chance de alguma coisa dar certo... Esses encontros, essas pessoas...
Emma olhou pela janela, os pensamentos ainda estavam em uma sala pequena, com luz baixa, e um Chester de olhos tristes lidando com algo que ela nem ao menos sabia o que era.
- Às vezes acho que sim.
Amanda encostou a cabeça no vidro e fechou os olhos.
- Então tomara que seja. Porque eu quero muito que dê certo.
the sound factory - private parking in the back of the lounge 03:25 a.m.
Chester e Mike estavam no estacionamento privativo na parte de trás do estúdio. Mike observava o amigo com atenção, a única coisa que ele havia dito até aquele momento era que precisava ir embora, ele achou melhor acompanhar o mesmo pois estava preocupado em deixá-lo sozinho:
- Eu odeio isso, sabe. - Ele disse entre dentes. - Eu odeio como ela sabe exatamente como estragar qualquer momento minimamente bom da minha vida, eu estava feliz pelo show e aí...
- Quem? O que aconteceu, Chazy? - Mike olhava o amigo com preocupação, o mesmo apenas lhe estendeu o celular com a mensagem aberta.
Mike leu com atenção as palavras escritas, balançou a cabeça em frustração e soltou um longo suspiro de raiva:
- Sabe de uma coisa? Foda-se essa mulher, buddy. Já passou da hora de você colocar ela no lugar.
-E como eu posso fazer isso? Já tem rumor de traição circulando por tudo quanto é lado, sendo que eu nem tô saindo com ninguém... Eu nunca quis tornar isso público e é exatamente isso que ela faz, e ainda por cima inventando mentiras sobre mim.
- Pois deixe que ela fale as mentiras que quiser, você faz um pronunciamento e acaba com isso de uma vez por todas.
- Mike... Não é tão simples assim, essas coisas podem acabar com a minha carreira. E eu não tenho psicológico pra lidar com isso, eu não quero ter que fazer pronunciamento nenhum sobre a minha vida pessoal. Maldição... Eu odeio tanto isso, tanto... - Ele terminou a frase mais para si mesmo que para o amigo que o fitava com preocupação.
- Ei, me desculpa... Eu nem posso imaginar o quanto isso deve estar te estressando. Vamos dar um jeito nisso, tá bem? Agora relaxa, Matt me disse mais cedo que o Dan está à disposição para levar a gente casa, acho que já deu por hoje.
Chester assentiu, mal podia esperar pra ir embora. Os dois entraram no carro do motorista contratado para levar os integrantes em segurança até suas casas. O restante do caminho foi em silêncio, a cabeça do vocalista estava em um buraco tortuoso de pensamentos, e de alguma forma, ele sentia que Talinda não havia chegado nem na metade da tortura psicológica que ela pretendia. Lembrou que teria outra reunião referente ao divórcio no dia seguinte, ela ainda não havia assinado os papéis da separação mesmo eles não sendo mais um casal há mais de um ano. O vocalista foi o primeiro a chegar, se despediu do amigo e foi em direção ao seu apartamento, tinha deixado a ex esposa com a casa e alugado um apartamento no bairro Los Feliz, preferiu não chamar mais atenção desnecessária comprando uma nova casa e fez tudo o mais discretamente possível. Ao adentrar o local, foi direto a sua suíte, retirando todas as suas roupas e colocando no cesto de roupas sujas. Entrou no chuveiro e finalmente sentiu seu corpo inteiro relaxar. Flashs do show que haviam feito mais cedo, misturado com momentos do after começaram a passar por sua cabeça, até que uma lembrança em especifico o atingiu em cheio: Emma. Falou o nome da mulher em voz alta enquanto terminava de retirar o shampoo dos cabelos, ela foi realmente legal com ele, e tudo que ele sabia sobre ela era seu nome, e que a mesma havia fotografado o show da sua banda. Terminou sua higiene intima e foi direto para cama, estava exausto e no dia seguinte, já havia outra batalha pela frente.
Do outro lado da cidade, o carro encostou na frente do pequeno prédio em Silver Lake. As duas subiram as escadas em silêncio, exaustas. Dentro do apartamento, Amanda tirou os sapatos logo na porta e jogou a bolsa no sofá.
- Quer chá? - perguntou, caminhando até a cozinha já meio sonolenta.
- Não... Vou direto pro banho - Emma respondeu, abrindo o zíper da bota. - Mas obrigada.
Elas trocaram um sorriso cansado.
- Você tá bem? - Amanda perguntou, mais uma vez.
Emma hesitou, mas assentiu.
- Tô sim.
- Eu também. - A ruiva riu baixinho. - Boa noite, Emm.
- Boa noite, Mandy.
Cada uma seguiu pro seu quarto, Amanda se jogou na cama sem nem tirar a roupa. Ficou alguns segundos encarando o teto antes de pegar o celular pra colocar no carregador. Foi quando viu a notificação:
Message from: Mike Shinoda
"Hey. Você tá com sorte, se estiver livre amanhã, passa no meu estúdio. Quero dar uma chance pra ouvir mais da Violet Motel. 🙂😋"
O coração dela deu um leve pulo, mordeu o lábio, relendo a mensagem, e depois bloqueou a tela do celular com um sorriso pequeno no canto da boca. Esse era o mais próximo de uma chance real que ela já teve em muito tempo.
0 notes
Text
chapter 4
Amanda girava o canudo do seu Negroni no copo enquanto ouvia, entediada, um dos caras da banda Teardrops contar sobre o novo álbum. Ela ria em pontos estratégicos e se esforçava para soltar comentários inteligentes, só para se manter na conversa. Finalmente, conseguiu uma brecha para puxar assunto sobre produção musical:
- E vocês já estão gravando? - perguntou ao homem cujo nome ela honestamente já tinha esquecido, mas que tagarelava sem parar sobre tudo o que tinham produzido até o momento.
- Estamos no processo! Quem tá produzindo é o Theo, conhece? Ele é genial. Sabe dar espaço pro nosso processo criativo, mas dá opiniões certeiras sobre o que pode melhorar.
Amanda disfarçou a empolgação tomando um gole mais longo da sua bebida:
- Já ouvi falar! E ele trabalha só com vocês? - Tentou soar casual.
- Na verdade, ele está sempre procurando bandas novas para projetos paralelos. Ouvi dizer que você também canta, né?
- Tenho uma banda. - Sorriu sedutora, tirando o celular do bolso. - Posso te mostrar nosso som rapidinho?!
Ele ouviu por alguns segundos, assentindo com a cabeça:
- Isso soa muito bom, de verdade. Me manda mais depois, eu passo pra ele, quem sabe né? - Ele pegou o aparelho das mãos dela e digitou seu contato.
Ela agradeceu com um brilho genuíno no olhar, mas bastou o assunto mudar pra ela voltar e se sentir entediada. Seus olhos estavam fixos em alguém do outro lado do lounge.
Mike Shinoda.
evil by interpol plays softly in the background
Ele estava encostado numa pilastra, tinha um copo na mão e estava rindo de alguma piada dita por Brad. Ela observou o jeito que ele se movia, descontraído, mas atendo a tudo ao seu redor. Ele parecia não se esforçar para ser interessante, ele só era. Aquilo a irritava um pouco, no fundo. Ela odiava quando alguém parecia legal sem esforço.
- Vai lá, ruiva. - Zac surgiu ao seu lado de repente, com um meio sorriso. - Você tá encarando o Shinoda há uns cinco minutos, já tá ficando esquisito.
- Cala a boca - Amanda resmungou, ajeitando o cabelo. - Não é nada disso. Eu só... Queria falar com ele sobre a banda. Contato profissional.
Zac ergueu as sobrancelhas, claramente se divertindo. Sem pensar muito, Amanda se afastou do grupo e foi na direção de Mike. Ele notou sua aproximação de canto de olho e virou o corpo para ela, um sorriso curioso brotou nos lábios, os olhos um pouco menores já, por causa da bebida:
- Hey. - disse ela, como se só agora tivesse notado a presença dele. Não fazia ideia de como seguir a partir dali, e por um instante se arrependeu de agir por impulso. Mas decidiu arriscar.
- Hey, você é amiga do Zac, né? - Ele deu abertura para seguir o assunto e foi simpático, ela relaxou um pouco.
- Depende... Ele disse isso de um jeito bom ou ruim?
Mike riu, tomando um gole da sua bebida.
- De um jeito bom, disse que estava com duas amigas: Uma fotógrafa e outra que tinha uma banda. Deixa eu adivinhar, você é a que tem a banda?
- Uau. Por que você acha isso?
- Palpite. - Ele respondeu com um tom sutilmente sedutor, olhando diretamente para ela.
- Entendi. Mas é verdade, tenho uma banda. E eu sei que esse tipo de conversa rola o tempo todo, então vou economizar o seu tempo: somos boas. De verdade. - Sorriu de canto.
- Ah é? E qual o nome? - Amanda não sabia dizer se ele realmente era essa pessoa simpática que estava se interessando no que ela estava falando, ou se era educado demais para deixar ela falando sozinha.
- Violet Motel. Só garotas, gravamos umas demos em casa e estamos tentando fechar com alguém pra produzir nosso primeiro EP.
- E você quer que esse alguém seja eu? - Ele perguntou direto, curioso.
- Talvez... - ela deu de ombros. - Ou talvez eu só queria conversar com você, ver se você é realmente tão legal quanto parece. - Ergueu uma sobrancelha, pegando o músico de surpresa.
- Nahh, eu não sou muito legal, na verdade. Uma decepção ambulante, eu diria - Sorriu divertido. - Mas tá bem, você tem minha atenção.
Ele passou o celular pra ela deixar o contato, ela digitou rápido, devolvendo o aparelho ao mesmo.
- Amanda! - repetiu em voz alta ao ler o nome. - Me manda algumas músicas, mas já vou avisar, se sua banda for ruim, eu vou ser honesto. - Ele disse olhando nos olhos da mesma, ela retribuiu o olhar.
- Pode ser, eu gosto de gente sincera. - Deu de ombros.
Mike a fitava com curiosidade. Por um momento, Amanda teve a impressão de que ele estava tentando decifrar se aquilo era só charme de quem queria um contato ou se havia algo mais, para ela, havia os dois.
- Tem uma bebida ali no bar que eu acho que você vai gostar, vem. - Foi na frente sem dar tempo dela responder, ela apenas seguiu o mesmo com um sorriso de canto nos lábios.
You're weightless, semi-erotic, you need someone to take you there. Sandy, why can't we look the other way?
Enquanto Amanda se afastava junto com Mike, Emma ainda estava sentada ao lado de Chester na sala reservada. A música abafada do lounge ainda vazava pelas paredes, a luz na sala era basicamente só da lua, vinda de uma janela ao lado. Ele segurava o copo pela metade, os olhos baixos, os ombros ainda tensos. Ela só estava ali. Não fazia ideia do que dizer:
- Você… sempre entra em salas aleatórias atrás de gente esquisita? - o vocalista perguntou de repente, sem olhar pra ela, mas com um leve humor na voz.
Emma virou o rosto, logo desviando o olhar novamente, meio surpresa pela quebra do silêncio, soltou um riso fraco.
- Só quando bebo dois Aperol e me metem numa festa onde as pessoas falam como se tivessem nascido em Cannes. - Chester soltou um som quase parecido com uma risada, anasalado.
- Cannes, hein? - ele murmurou, tomando um gole da bebida que naquela altura já tinha mais gelo que whiskey. - Eu nunca fui pra lá.
- Nem eu. Mas imagino que seja parecido com aquele grupinho perto da pilastra dourada. - ela fez um gesto vago com a cabeça, e por um segundo, ele quase sorriu de verdade.
O silêncio voltou, mas era menos tenso agora. Ele finalmente virou o rosto em direção a ela, estudando com mais atenção. Ela estava sentada ao seu lado, fitava o chão, notou que era a mesma fotografa do show, que ele também havia notado há alguns instantes atrás no bar, sentiu-se patético ao pensar que a primeira interação que estava tendo com uma mulher estava sendo naquele estado deplorável.
- Eu sou Chester. - disse, depois de um instante. Por dentro, Emma achou um pouco de graça em ele estar se apresentando formalmente, como se ela não soubesse quem ele era.
- Eu sei. - ela respondeu, tranquila. Sem nenhum brilho de bajulação ou deslumbramento.
Ele pareceu hesitar, esperando talvez uma pergunta ou comentário. Mas ela não disse mais nada.
- E você é...
- Emma. - completou, ainda sem encará-lo diretamente.
- Obrigado por ficar... E por não dizer nada. A maioria das pessoas fala alguma coisa, tenta puxar assunto, dizer que entende. - Ele encostou a cabeça na parede, fechando os olhos. - É estranho quando alguém só… fica.
Ela cruzou os braços, encostando as costas na parede fria atrás dela.
- É que às vezes, não tem o que dizer, né? - deu de ombros. - E forçar só atrapalha.
Ele voltou a abrir os olhos, observando o perfil da mulher ao lado:
- Você é sempre assim?
- Não. - ela respondeu com leveza. - Às vezes eu falo merda também.
Ele riu, e dessa vez foi de verdade, um pouco abafada, mas ainda assim, uma risada.
- Bom saber.
- Quer sair daqui? - Ela o fitou pela primeira vez, com um sorriso confortável nos lábios, sem mostrar os dentes.
- É, devem estar me procurando já... - Ele revirou os olhos.
Ela se levantou primeiro, estendeu a mão pra ele, ele aceitou, e se ergueu devagar. Saíram juntos da sala, em silêncio. Quando cruzaram a porta, a música do lounge voltou a preencher o ambiente, Chester parou por um segundo, piscando como se a luz mais forte o tirasse de um transe, Emma estava logo atrás. Mike surgiu de repente, na frente do colega de banda:
- Dude, onde você estava? Tá todo mundo perguntando sobre você. - perguntou com um olhar atento, percebendo a expressão no rosto do amigo.
Chester se virou para responder, mas antes lançou um olhar breve para trás, onde Emma tinha estado segundos atrás. Ela já não estava lá.
0 notes
Text
chapter 3
Here’s to all our dreams, take me one more time Take me one more wave, take me for one last ride I’m out of my head (...)
- Hey, weirdo. - Mandy cochichou no ouvido de Emma. - Para de ser esquisita e vamos lá com o Zac, acho que vai rolar um after.
- Você notou o que acabou de acontecer aqui? - A morena apontou para o palco recém vazio. - Esse show foi absolutamente incrível.
- Foi demais, né? - A ruiva foi puxando a amiga pela mão, obrigando a mesma a finalmente sair da frente do palco e ir de encontro ao loiro que conversava com algumas hostesses. - Eu tô feliz que eles tocaram minha favorita, A place for my head sempre me pega. - Ela colocou a mão no peito dramatizando o sentimento, Emma riu baixo e se deixou ser guiada pela mesma.
Zac cumprimentou as duas sorrindo, apresentou as mesmas para as duas mulheres com quem conversava, Emma sorriu tímida em resposta. Elas levaram os três até dois seguranças, que estavam numa porta discreta no fundo do estúdio, os mesmos conferiram as pulseiras dos três amigos e após isso, os acompanharam até o próximo lugar, cujo a morena não fazia ideia do que seria. A entrada dava para um corredor estreito com luzes embutidas no teto, a fotografa mordeu o lábio, nervosa com o que encontraria a seguir, não muito depois uma nova porta surgiu, maior e acolchoada, o segurança alto e de terno empurrou a mesma e o que eles enxergaram foi um ambiente totalmente diferente: Um lounge amplo, com uma iluminação baixa formada por luzes quentes, mesas de madeira escura e sofás de couro gastos.
- Então, garotas, ambiente estritamente reservado apenas para convidados, equipe técnica e pessoas muito próximas da banda. Em qual das opções vocês se encaixam? - Zac brincou enquanto os três se dirigiam ao bar.
- Ok, eu tô oficialmente começando a sentir inveja da sua vida. - Amanda respondeu enquanto olhava ao redor, pediu um Negroni, enquanto Emma pediu por um Aperol, e Zac se manteve no clássico Whiskey sour. - Eu me encaixo na opção amiga pessoal dos rapazes, como uma grande estrela do rock, às vezes eu até dou umas dicas nas composições deles.
Emma riu alto e entrou na brincadeira:
- Eu me encaixo na opção convidada mesmo, uma fotografa famosa como eu, já estou até acostumada a frequentar grandes eventos, na verdade, tô achando esse bem simplório. - Zac balançava a cabeça, gargalhando, enquanto tomava goles curtos de sua bebida.
- Ei, você acha que pode me apresentar pra aquele pessoal ali? - Amanda apontou discretamente com a cabeça para um grupo de homens conversando à esquerda - O cara de barba faz parte da banda Teardrops, eu preciso conhecer ele tipo... Pra ontem.
- Ah, posso sim, eu conheço um dos caras que ele tá conversando, ele trabalha na editora Spin, vamos lá.
- Você vem? - Mandy olhou para Emma, que estava encostada no balcão do bar.
- Ahn, acho que vou dar um tempo por aqui, mas vai lá, gatinha, você tá aqui pra fazer contatos. - A morena piscou sedutora para a ruiva, que sorriu em resposta, puxando Zac pelo braço e desaparecendo entre as pessoas.
Emma olhou ao redor, tomando longos goles da sua bebida, sentia-se um pouco mais relaxada devido as cervejas de mais cedo, mas não podia negar, estava curiosa para saber se a banda também estava ali. Ao passar seus olhos para um canto mais afastado, finalmente enxergou Mike e Phoenix conversando animados, logo atrás estava Chester, ele sorria largo enquanto conversava com um homem que ela definitivamente não conhecia, ela teve que se conter para não sorrir junto, eles deviam estar muito orgulhosos, pensou consigo mesma, o show foi um sucesso.
Chester's POV
Sentia-se realizado, assim como o restante dos seus colegas de banda, estava definitivamente satisfeito com o show que haviam acabado de fazer:
- Mas de verdade, vamos entrar em contato com a equipe de vocês, quero muito fazer essa entrevista - O homem a sua frente, que se apresentou como Eric Smith, um cinquentão que trabalhava na revista People, seguia tagarelando - Com o novo álbum e turnê nova prestes a começar, temos bastante coisa pra conversar.
- Claro! - Respondeu simpático. - Matt vai te passar o contato, já falei com ele. - O homem sorriu, finalmente se afastando e deixando o vocalista se aproximar novamente dos seus amigos.
- Eu não conheço metade dessa gente, esse after não deveria ser tipo, com pessoas próximas da gente e poucos jornalistas? - Joe surgiu, enquanto segurava um drink.
- Acho que você precisa de outro desses. - Rob apontou para o copo que o mesmo segurava. - Vai ter ajudar a ser menos chato.
Joe riu irônico e sem humor, Chester observava os dois, se divertindo com as habituais provocações, olhou ao redor e seus olhos pousaram na morena encostada no balcão do bar, era a fotografa que estava em frente ao palco, tinha ficado curioso sobre ela, notou que a mesma cantava todas as músicas durante o show, e ela era realmente bonita. Sentiu o celular vibrar no bolso, quando pegou, seu maxilar imediatamente travou. A tela exibia uma mensagem enviada por Talinda:
Já que você insiste em ignorar meus termos, deixei tudo com o meu advogado. Boa sorte tentando explicar pra imprensa por que você quer abandonar quem esteve ao seu lado por anos.
Chester piscou, incrédulo, era como se o ar do ambiente tivesse ficado mais pesado de repente. O corpo, antes relaxado, enrijeceu, as vozes ao redor ficaram distantes, abafadas. Ele apertou os olhos por um segundo e balançou a cabeça lentamente, guardou o celular, sem dizer nada, e se afastou. Mike percebeu a movimentação, mas não teve tempo de perguntar nada, ele já havia atravessado metade do lounge e desaparecido por uma porta lateral.
Emma's POV
Amanda e Zac estavam demorando para voltar, estava começando a sentir-se desconfortável em estar ali sozinha, já estava na metade do segundo drink e nada; tirou o celular do bolso sem nem enxergar de fato o que estava mexendo, abriu uma rede social qualquer, não sabia mais o que fazer com as mãos.
- Ei, você trabalha aqui? - Emma ergueu os olhos para olhar quem estava fazendo a pergunta sem noção, uma mulher com semblante arrogante.
- Ahn, não?!
- Engraçado, achei que essa área era reservada apenas para convidados da banda, mas aparentemente tá liberado gente desconhecida também.
Ela virou as costas antes que Emma pudesse responder, deixando a mesma boquiaberta com a audácia da garota, riu sozinha, suspirou fundo, girou o resto do Aperol no copo e decidiu sair dali. Não tinha paciência pra energia passivo-agressiva de rica metida. Olhou ao redor procurando por Amanda, mas a amiga parecia entretida em alguma conversa com músicos no outro lado do lounge. Zac também tinha sumido. Emma caminhou devagar por um corredor mal iluminado ao lado dos sofás, entrando sem querer num lugar mais reservado, abriu uma porta entreaberta quase sem pensar, e então parou. Chester estava lá. Estava sentado no chão, os olhos baixos, com um copo de bebida na mão e o celular ao lado.
- Desculpa - ela disse rápido, já recuando para sair - achei que fosse o banheiro.
Ele não respondeu, ela ficou imóvel por um instante, queria recuar mas algo nela a impedia. Sem pensar muito, ela simplesmente entrou na sala e sentou ao lado do mesmo, em silêncio.
0 notes
Text
chapter 2
O coração de Emma deu um pulo tão grande que parecia que iria saltar do peito. Por um momento, questionou o motivo daquele sentimento tão intenso, não sabia se era pelo fato de ser fã da banda e, após anos, estar tendo a chance de vê-los ao vivo novamente, ainda mais em um show tão intimista, ou se era pelo fato de sempre ter se identificado mais com o vocalista. Talvez fosse uma junção de tudo isso. Baixou a câmera e acabou não fazendo o clique planejado. As pulseiras "imprensa" e "all access" brilhavam em verde neon em seu pulso. Ela foi incapaz de tirar os olhos da figura que se misturava com as luzes azul-escuras do palco. Um toque em seu braço a fez se sobressaltar levemente:
- HEY. - Amanda surgiu ofegante ao seu lado, mais animada do que nunca. — Vamos pegar umas cervejas no bar antes do show começar? Ainda falta meia hora.
- C-claro, vamos sim. - A morena piscou algumas vezes e segurou a mão da amiga, que foi abrindo caminho em meio à pequena multidão que se formava.
Olhou uma última vez em direção ao palco, o espaço antes ocupado pelo vocalista já estava vazio. Uma movimentação intensa de staffs se iniciava enquanto faziam os últimos ajustes nos instrumentos e cabos. Respirou fundo e ajeitou a câmera pendurada no pescoço enquanto seguia a ruiva. Outra cerveja certamente cairia bem para relaxar.
Backstage 19:35 h
Chester fazia exercícios vocais; Mike arrumava a gola da camisa em frente ao espelho, enquanto o resto da banda tocava instrumentos em ritmos aleatórios, apenas aguardando o momento de se dirigir ao palco, estavam ansiosos. Aquela era uma noite importante para a banda, o primeiro show antes da nova turnê.
- Hey guys, vocês estão prontos? Já lotou. Todos os nomes da lista foram riscados; parabéns, ninguém deu pra trás, oficialmente, todas as pessoas convidadas estão aqui. - Matt surgiu na porta, sorrindo largo para os integrantes da banda.
- Wow, isso é incrível. - Brad respondeu, levantando do confortável sofá do camarim. - Estamos prontos! Podemos ir?
- Beleza! Faltam pouco mais de 20 minutos, vou verificar como estão os preparativos do palco e já volto pra buscar vocês. - disse o manager, saindo da sala.
O coração de Mike batia forte no peito, vestiu um casaco preto por cima da camisa vermelha e chamou os demais para a tradicional troca de palavras pré-show. Todos se juntaram em um círculo:
- Ok, that's it. Parece que temos uma pequena multidão à nossa espera. Essa noite vai ser importante: É o início oficial da nova era. Vamos nos divertir. - sorriu largo, olhando cada um dos colegas de banda.
- EU COMANDO VOCÊS A SE DIVERTIREM! - Chester gritou, arrancando risadas de todos.
- FUCK YEAH! - Eles juntaram as mãos no centro e gritaram em conjunto. Matt surgiu novamente na porta. Estava na hora.
The sound factory - audience 19:58h
His heart is never gonna wither Come on, everybody, time to deliver Give it away, give it away, give it away now…
Emma cantarolava a música que tocava enquanto ela e seus amigos já estavam posicionados na grade da área VIP, na verdade, eles estavam na grade e ela na frente, onde apenas imprensa autorizada tinha acesso, inclusive, após alguns copos de cerveja, já havia agradecido mais de uma vez ao Zac por incluí-la naquela noite.
De repente, a música parou e todas as luzes se apagaram, a plateia gritou alto em resposta. O primeiro a entrar foi Joe, junto dele os acordes eletrônicos de “Tinfoil” começaram, o corpo inteiro da fotógrafa se arrepiou e quase em automático, registrou a primeira imagem do show quando o telão exibiu as imagens da nova era da banda; logo em seguida, Rob se posicionou na bateria, depois Phoenix e Brad. O guitarrista e o baixista ergueram os braços, e a resposta da plateia foi imediata e ensurdecedora. Os primeiros acordes de "Given Up" começaram, e então Mike e Chester entraram no palco. Emma gritou junto com o restante da audiência, não conseguiu se conter e começou a se balançar conforme as linhas de baixo e a bateria inconfundíveis preenchiam o ar, cantava cada verso. Por um momento, esqueceu que aquela era uma chance única de conseguir cliques incríveis, tirou mais uma foto, quase sem mirar.
"Tell me what the fuck is wrong with me..."
Chester pulava de um lado para o outro, ele realmente preenchia todo o espaço. Emma já havia pensado algumas vezes que algumas pessoas nascem para algo maior, e ele, com certeza, era um exemplo claro disso. A voz rasgada ecoava e fazia seu peito vibrar, quase como se fosse possível aumentar de tamanho. Era difícil explicar o que sentia; só sabia que era intensidade pura, como se o coração pudesse, de fato, explodir a qualquer instante. O show seguiu e logo os primeiros acordes de uma introdução começaram, ela reconheceu de imediato, era "Somewhere I belong". Mais uma foto; ela sorria de canto, os acordes eram tão fortes que podia sentir o baixo vibrar no próprio corpo, dessa vez, Mike apoiava uma das pernas na caixa, o microfone nos lábios e luzes ao fundo. Seguiu tirando cliques incríveis de todos os integrantes, cada um tinha um brilho intenso no olhar, que junto com as luzes dançantes do palco deixavam os registros ainda mais bonitos.
- Hey, vocês estão bem? - Chester perguntou após finalizar mais uma música, a plateia respondeu aos gritos - Essa é a primeira vez que vamos tocar a próxima música, espero que gostem.
Mike iniciou a música Burn it down no sintetizador, as luzes abaixaram para logo começarem a piscar no ritmo da bateria conforme Rob ia entrando na canção, Chester girava e batia palmas animado pelo palco, até parar na frente do microfone e começar a cantar com os olhos fechados, ele parecia sentir ainda mais cada palavra dita:
The cycle repeated, as explosions broke in the sky; All that I needed was the one thing I couldn't find.
And you were there at the turn, waiting to let me know...
Emma sentiu uma nova onda de eletricidade percorrer seu corpo, segurava a câmera enquanto clicava sem cuidar o visor, não conseguia desviar os olhos dele. O vocalista olhou para a plateia, e por um segundo, seus olhos cruzaram com os dela, se mantendo ali pelo que pareceu uma eternidade, ela não desviou.
We can't wait to burn it to the ground (...)
O show seguiu com uma setlist repleta de clássicos misturados com canções do último álbum, após algumas músicas, Emma desistiu dos registros e resolveu se entregar ao momento, se juntou aos seus amigos na grade e cantou o resto das músicas a plenos pulmões enquanto sentia a energia única que apenas Linkin Park podia proporcionar, e nisso, ela tinha propriedade pra falar; já tinha ido a centenas de show e realmente nada se comparava a entrega da banda. Como de costume, encerraram com um mashup de “Bleed It Out” e “Sabotage”, o show foi impecável do início ao fim, os integrantes se despediram cada um à sua maneira. Os últimos a deixar o palco foram Mike e Chester, que fizeram questão de interagir com o público até o último momento, quando saíram, as luzes se apagaram e em alguns segundos depois, se acenderam junto com o restante o estúdio. Emma, no entanto, não se moveu, ficou ali estática, observando e absorvendo tudo que havia acabado de acontecer, e mais importante, tudo que havia acabado de sentir. Realmente, nem ela sabia até aquele momento, mas não havia mais como negar, era a banda da vida dela.
0 notes
Text
July
O ano era 2012, o verão em Los Angeles era intenso, Emma se atirou no sofá com seu notebook no colo, suspirava de calor enquanto tomava um copo de água gelada, aquela tarde devia estar passando dos trinta graus. Havia se mudado há pouco mais de três semanas, com duas malas e uma mochila, junto com uma vontade inquieta de recomeço. A cidade parecia ser feita sob medida para isso, sempre com uma sensação de que qualquer coisa podia acontecer. Sua amiga, Amanda, vivia num pequeno porém aconchegante apartamento, ela era uma roqueira que parecia ter saído diretamente dos anos 90, tinha uma banda formada só de garotas em início de carreira, com seus cabelos ruivos e humor ácido, tinha uma personalidade única. Elas se conheciam desde os tempos de escola, quando ainda viviam em San Diego, Mandy decidiu tentar a vida na música enquanto Emma investiu em sua carreira como fotógrafa, fazendo cursos e se aperfeiçoando em capturar momentos, ou, em algumas ocasiões, até ensaios de modelos profissionais para revistas conhecidas. Os caminhos se separaram mas sempre davam um jeito ou outro de manter contato, as atualizações chegavam por mensagens diárias contanto sobre o dia, ou visitas surpresas. Até que um dia, Amanda fez o convite que mudaria tudo: "Você está apodrecendo nessa cidade, vem pra LA, fica aqui, dorme no sofá, tira fotos da minha banda, whatever, mas vem." Emma lembrava as exatas palavras ditas pela amiga após mais uma de suas crises de choro e frustrações divididas via chamada de vídeo, só que dessa vez foi diferente, ela foi.
Os primeiros dias foram afundados em todos os anúncios que achava pelo caminho, todos os bares com pequenos shows, cafés, ensaios barulhentos e revistas independentes que pagavam por fotografias. Postava tudo em seu instagram profissional para portfólio. Estava concentrada navegando por todos os grupos de redes sociais que conhecia, procurava alguma coisa para o final de semana quando ouviu seu celular vibrar, olhou rapidamente para o visor e notou ser uma mensagem de Amanda:
"Desmarca tudo que você tem pra hoje, consegui entradas num evento super exclusivo: Show fechado do Linkin Park!!! AAAA Vai ter só fã clube e convidados da indústria, é hoje que eu arranjo uma gravadora 🥹🙌🙅♀️"
A garota ficou olhando a tela paralisada por alguns momentos, sem acreditar no que tinha acabado de ler. Esse tipo de coisa era normal por aqui, quase todo dia era uma oportunidade de algum evento gigante de música ou premiere de algum filme, no mais básico encontrar uma kardashian em uma cafeteria qualquer, mas ler o nome "Linkin Park" mexeu com algo diferente dentro dela, era a banda que ela mais ouviu durante toda a sua adolescência, e Mandy sabia disso, não deve ter se dado conta devido a euforia de tentar novos contatos. Sentiu seu estomago revirar de ansiedade e digitou o mais rápido que conseguiu já confirmando que estaria lá, a ruiva enviou endereço e horário: Às 20 horas em um estúdio reformado que ficava em hollywood, chamado "The sound factory". Sem perder tempo, foi correndo para o chuveiro e após um longo banho, se arrumou o mais rápido que conseguiu. As duas combinaram de se encontrar no pub de sempre, onde a amiga estava com Zac, o provável provedor das entradas, ele trabalhava em uma agência famosa de LA e a ruiva já tinha avisado mais cedo que estaria tomando uma cerveja com o mesmo durante a tarde, inclusive deixando o convite em aberto caso Emma quisesse se juntar aos dois. Ela secava os longos cabelos castanhos na frente do espelho, enquanto sorria animada, realmente, sair daquele buraco foi a melhor decisão que ela poderia ter tomado.
6357 Selma Ave, Los Angeles, CA 90028 18:30h
O estúdio estava quase pronto, Chester Bennington chegou mais cedo que o habitual - o que, para a equipe, era sempre sinal de que a noite seria importante. Ele caminhava em silêncio entre cabos, instrumentos e luzes, com um copo de chá na mão e um semblante concentrado. O novo álbum, Living Things, tinha sido lançado há pouco tempo, seria a primeira vez que iriam tocar algumas músicas ao vivo, e mesmo com todos os ensaios e todos os anos de estrada, ainda sentia um misto de nervosismo junto com o peso das criticas nos ombros. Mike e Brad tinham chegado há pouco, estavam fazendo alguns últimos ajustes na pequena setlist, Rob organizava as baquetas, Phoenix testava alguns cabos do baixo, enquanto Joe, por sua vez, mexia em alguns efeitos visuais com um leve sorriso no canto da boca. Eles não precisavam provar mais nada pra ninguém, mas seguiam sempre tentando se superar, era a essência da banda, de certa forma, precisavam de novos desafios pra sair da zona de conforto e manter a chama acesa. Chester parou na frente do espelho, largando a xícara e retirando seus óculos, um dos últimos ajustes em si mesmo antes do show era colocar suas lentes de contato, e assim o fez.
The old man bar - 12517 Washington Blvd, Los Angeles, CA 90066 19:00h
Emma chegou no pub, encontrando sua amiga e Zac, os dois já estavam um pouco altos, ela pediu uma heineken pra levar. Chamou o uber do seu celular, logo o carro chegou e os três entraram. No caminho conversaram pouco, Amanda estava inquieta, batucando os dedos nas coxas e falando sobre as possibilidade de alguém importante da gravadora estar no local, enquanto o loiro ria da animação da amiga. O assunto mudou e foi para a banda, os dois tagarelavam suas músicas favoritas quando o jornalista falou:
- Você vai gostar deles, são uns queridos, não são fodas apenas nas músicas mas também como seres humanos. - Zac disse casualmente, ele já tinha encontrado os integrantes algumas vezes, a morena apenas assentiu, sem dizer o quanto já os admirava e o quanto aquilo significava pra ela.
-Sabe que você não é o primeiro que comenta isso?! Já ouvi algumas pessoas comentando que eles são bem legais. - Amanda respondeu.
Logo os amigos chegaram ao estúdio, a ruiva e o loiro foram cumprimentando algumas pessoas, enquanto Emma se manteve um pouco atrás, observando tudo, olhou ao redor e reconheceu o logo da banda estampada em uma caixa de som, seu peito apertou brevemente. Levantou a câmera devagar, ajustou a lente e focou no palco ainda vazio, foi quanto notou que no canto esquerdo, alguém se sentou perto das caixas, demorou o que provavelmente foi o tempo de meio segundo para se dar conta, pois mesmo com a luz baixa, ela seria capaz de o reconhecer onde quer que fosse, não havia dúvidas, era ele: Chester.
0 notes