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Quem eu quero ser

Eu quero ser uma mulher bem resolvida comigo mesma. Não bem resolvida perante os olhos da sociedade, mas sim o que eu julgo como ser uma pessoa bem resolvida. Desejo  ter um trabalho, uma casa própria, construir minha família, ter saúde mental e paz de espírito. Quero ter uma lei com o meu nome, talvez essa seja a única coisa mais complicada de se alcançar. Tenho vontade de ser uma pessoa reconhecida de uma forma positiva é claro! Não  se trata de ser reconhecida mundialmente, mas  ser reconhecida por ajudar as pessoas, não importa a forma.

Talvez, pra você que está lendo isso, a pessoa que eu quero ser possa lhe soar um tanto quanto uma pessoa com sonhos mesquinhos, exceto esse de ter uma lei com o meu nome. Mas eu acredito que cada pessoa sabe o que lhe faz bem, e o que faz com que cada ser se sinta realizado.

No meu modo de penar, a palavra realização é algo que é muito pessoal, talvez o que é ser  uma pessoa realizada ao meu ver não seja o mesmo que você julga como  os ideais de realização pra você.

O que eu quero é isso, poder dar uma melhor condição de vida para os meus pais, para a minha família de forma geral, poder ajudar um lar de idosos, poder ajudar um canil.

Quero poder ter uma vida um pouco mais confortável, um carro, poder ter uma reserva para casos emergenciais, poder levar meus bichos de estimação ao pet shop, levar uma vida mais tranquila.

Não tenho ambições de ser rica, mas tá aí outro conceito que para mim é algo que depende muito do que cada um considera como riqueza. Se você vive em situação de extrema pobreza, talvez para você ser rico é apenas ter um lar e comida na mesa todos os dias.

Já para pessoas com alto poder aquisitivo, ser rico é a pessoa que possui uma conta bem generosa no banco e possui vários bens.

Eu não sou rica, mas tenho uma vida razoável graças a Deus e aos meus pais. Como já contei aqui a história de quem sou eu , se você leu pode imaginar que se eu não tivesse sido adotada pela família que tenho hoje, com certeza a minha realidade seria bem diferente, teria vivido numa situação muito precária, isso é, se eu tivesse sobrevivido, já que a minha mãe biológica não tinha nem o leite materno para me dar, e o meu mingau era composto 80% por água e 20% por mucilón. Mas existem crianças por aí que em esse 20 % de mucilón tem para tomar um mingau.

Então é isso, eu apenas quero ser uma pessoa melhor no mundo, para mim mesma, evoluindo a cada dia, e também uma pessoa melhor para Deus.

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Análise SWOT Pessoal

Forças:

1º Sou uma pessoa extremamente centrada, quando coloco na minha cabeça que quero uma determinado objetivo, nada consegue me fazer desistir tão facilmente;

2º  Eu gosto sempre de estar aprendendo coisas novas, acredito que estar em aprendizado constante é um fator que vem a agregar e muito na vida de forma geral.

3º  Eu sou uma pessoa muito comunicativa e de mente aberta para o novo, isso faz com que eu me destaque em algumas  ocasiões.

4º Facilidade para lidar com pessoas dos demais tipos de temperamento.

Fraquezas:

1º  Sou uma pessoa que não tenho  o devido controle emocional, o que futuramente  possa vir a me atrapalhar no âmbito profissional;

2º Por mais que eu seja uma pessoa determinada, eu sou muito pessimista, e na minha cabeça quando foco no lado negativo das coisas, é muito difícil conseguir enxergar uma solução para os meus problemas;

3º  Não acreditar no meu potencial , isso é péssimo. Tenho que aprender a acreditar em mim para que as pessoas também possam acreditar em mim;

4º Sou uma pessoa  muito atrapalhada.

Ameaças:

1º O  fato de ser uma menina muito palhaça faz com que as pessoas não me levem a serio por achar que sou assim o tempo todo;

2º Tenho dificuldade de me concentrar, o que acabar por me atrapalhar um pouco na minha vida acadêmica e na vida profissional também;

3º  Tenho notado que de uns anos pra cá ando meio acomodada com algumas situações em minha vida, sei que preciso tomar uma atitude para reverter  essa situação mas acabo por ficar sempre nesse estado de comodismo;

4º  Eu tento resolver o problema de todo mundo, e acabo absolvendo isso, o que não me faz bem.

Oportunidades:

1º  Gosto muito de conhecer novas pessoas, o que pode vir a ser uma oportunidade de gerar networking ;

2º Me adapto facilmente em ambientes com pessoas de ideais diferentes

3º  O fato de estar cursando uma graduação em Comunicação Social torna-se uma oportunidade , já que  através deste curso posso explorar o meu potencial  nesse âmbito;

4º Gosto sempre que possível estar  aprendendo coisas novas. Assuntos dos mais diversos interesses , lendo sobre culturas diferente, etc.

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Pessoas que me inspiram

Eu sempre fui uma pessoa muito intensa, sempre gostei de ouvir histórias e me imaginar dentro delas, pelo fato de já ter passado por muitas coisas gosto de saber da história de vida de outras pessoas e me imaginar no lugar delas. E aqui vai uma breve história das pessoas nas quais eu me inspiro e porquê. A primeira delas é o meu pai, por nome Pereira . Ele veio ainda muito novo do Pernambuco que é o seu estado de origem. Veio acompanhado dos meus avós e mais 3 irmãos já que a vida lá não era nada fácil.

Logo quando chegaram aqui em Feira de Santana meus pai juntamente com toda a sua família foram morar em um barraco minúsculo feito de madeiras em uma rua sem saneamento básico.

Começou a trabalhar desde os 8 anos capinando, aos 12 começou a trabalhar confeccionando bolsas e bonés e logo depois aprendeu a trabalhar como pedreiro. Ele sempre foi dedico em tudo o que se propôs a fazer. Com o passar os anos, já depois de constituir família e ter sua estabilidade meu pai descobriu que era portador de uma doença renal crônica , e por isso não mais poderia exercer a sua profissão. O que fez com que ele ficasse muito abalado psicologicamente e entrando num estado de depressão já que trabalhar sempre foi uma das coisas que o meu pai mais gostou de fazer.

Apresentando um quadro clínico já muito avançado, tivemos que largar absolutamente tudo aqui em Feira e Santana (casa, família, bens materiais...) e nos mudarmos para São Paulo em busca de conseguir um transplante para o meu pai. Apesar de todas as dificuldades Deus nunca deixa de honrar os seus filhos. Meu pai conseguiu o transplante dele e hoje consegue levar a sua vida normalmente, mas apesar de todas as dificuldades que ele já enfrentou na vida nunca deixou de acreditar e que tudo que ele passou era para que pudesse aprender com os obstáculos que a vida pusera e que dessa forma pudesse sempre passar os seus aprendizados para mim.

A segunda pessoa que me inspira muito é a minha avó Ana  (avó por parte de mãe).

Sabe a mulher maravilha? Ela nunca passou por um terço sequer das coisas que a minha avó já passou nessa vida.

Morou a maior parte da sua vida na zona rural, no município de Sátiro Dias.

Teve perda de três filhos , quatro se criaram, são eles: José Valter, Maria Jussilene, Rosilene  e a minha mãe Marilene.  Minha avó sempre foi uma mulher batalhadora, meu avô como os homens daquela época era muito mulherengo, mas sempre tivera um bom coração, no entanto lhes faltara um tanto quanto de senso, o dinheiro que pegava era para dar as raparigas (como chamavam naquela época) e o restante que era quase nada ele dava para minha avó.

Desta forma, a mesma viu que chegou um momento que as coisas não poderiam continuar da forma que estava, por muitas vezes ela  deixou de comer para que minha mãe e meus tios pudessem se alimentar. Tinha  que deixar os filhos ainda de menor para poder ir para cidade vender cocada, biscoito de goma  e geladinho para que com aquele dinheiro pudesse comprar pra dentro de casa o que  com aquele dinheiro desse pra comprar. Lembra que eu falei que sempre gostei de ouvir as histórias das pessoas? Pois é,  por várias vezes  já ouvi minha mãe me contar que no tempo dela as coisas não eram fáceis como hoje em dia, que quando pequena um ovo era repartido para  ela e seus três irmãos, arroz? S�� comia duas colherzinhas quando algum deles caía doente. A única coisa que havia em abundância era o feijão e a farinha de mandioca que era feita pela minha própria avó e minhas tias nas casas de farinha. E que mesmo tendo passado por tantas dificuldades,  aquele foi de longe a melhor fase da vida dela.

Tem um certo ditado que diz: Fulano já passou por poucas e boas, mas falando da minha avó posso dizer que ela já passou por muitas e péssimas. Mas nem por isso deixou de ser uma mulher digna, trabalhadora, guerreira  e exemplar.

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Quem sou eu

Me chamo Loyslane Carvalho de Souza, nasci no dia 18 de Junho de 1995.

Fui adotada com 7 dias de nascida, porém sempre soube do fato de ser uma filha adotiva, desde que comecei a ter um certo entendimento sobre as coisas , a minha mãe biológica sempre fez questão de me deixar claro que eu não nasci da barriga dela, mas era filha de coração e que isso não me tornava menos amada, muito pelo contrário. Meus pais sempre me deixaram claro que tinha o número de telefone da minha mãe biológica e que a mesma tinha o sonho de me conhecer antes de morrer, mas eu nunca havia sentido essa vontade. O tempo foi passando e eu fui crescendo regada de muito amor, e carinho e diga-se de passagem que desde pequena sempre fui muito parecida com minha mãe biológica, todo mundo ficava de queixo caído com a semelhança, coisa de Deus mesmo. Acho que se eu tivesse nascido do ventre dela talvez não parecesse tanto. Enfim.

Eu sempre tive uma vontade imensa de ter um irmão, do sexo masculino mais especificamente falando, porque eu sempre me dei melhor com os meninos e achava isso o máximo, e também porque todos os meus primos tinham irmãos e eu era a única que não tinha. Mas como sabia que a minha mãe não podia ter filhos biológicos e que por isso ela me adotou, desta forma, se havia alguma chance de ter um irmão ou uma irmã que fosse, era só mesmo por parte da minha mãe biológica. Foi aí então que no dia completei meus 15 anos eu decidi que queria conhecer a minha mãe biológica. Comuniquei isso aos meus pais, ligamos para ela e marcamos o encontro . No dia, fui com meus pais, um amigo da família, minha avó e no tempo a minha melhor amiga, uma prima minha. Foi um reencontro emocionante, a rua surgia gente de todos os lados, nos abraçamos e ela mal conseguia falar do tanto que chorava e me pedia perdão. Me explicou que me deu porque não havia a menor condição de me criar, e realmente, as condições alí eram extremamente precárias. Ela me explicou que jamais teria me abortado, mesmo passando fome e tantas outras necessidades, e que quando eu nasci ela também não queria me jogar numa lata de lixo, então ela achou que seria a melhor solução pra mim. Eu disse que não havia nada o que perdoar, que ela fez o que foi melhor pra mim, falei que meus pais me criaram com muito amor, que sempre me deram tudo o que podiam dentro das condições deles, e que nunca me esconderam o fato de ser filha biológica.

Desse dia em diante nunca perdemos o contato, tenho 3 irmãos ( duas mulheres e um homem, sou a caçula). Tenho também 4 sobrinhos, sendo 3 meninos e uma menina. As minhas irmãs também não foram criadas pela minha mãe, e sim por uma tia.

Enfim, realizei o meu desejo de ter irmãos, que pra quem não tinha nenhum passou a ter três e sou muito feliz com minhas duas famílias .Hoje até posso dizer  que sou privilegiada por ter duas mães, tive um "fabricante" que é como eu chamo e tenho um pai, que foi quem me criou, me deu todo o amor e carinho do mundo, quem me acolheu quando minha mãe chegou em casa com um cotoquinho de gente   nos braços e falou : Pê, olha lá o que tem em cima da nossa cama. ( SIM, MEU PAI SAIU UM DIA DE CASA PARA TRABALHAR E QUANDO RETORNOU TINHA UMA FILHA KKKKKK).  Foi ele quem correu comigo por diversas vezes pros médicos de madrugada e é que me dá todo o  apoio e suporte pra tudo em minha vida e é do qual eu tenho muito orgulho! Ele é uma das pessoas que mais me inspira na minha vida, mas essa já é capítulo de uma outra história.