Em teus olhos eu vejo o horizonte ao entardecer de uma praia de águas cristalinasDuas silhuetas caminham em direção ao éden, eu vejo o universo se expandindo, eu vejo o infinito se contraindo, eu vejo o final ainda fresco de um sonho tão lindo e desejado...
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Aqui estamos
É um tanto cômico esse ciclo de necessidade de provar as mesmas coisas ao longo da vida... quando criança, tenta se provar homem, quando adolescente, tenta se provar adulto e assim em diante. Assimilando certos locais e práticas ditas diferentes de acordo com sua tribo mas em suma, iguais. coisas de garoto-homem no colégio, coisas de adolescentes-adultos na escola e em seus meios sociais, coisa de adultos maduros, na faculdade e também em suas derivações sociais... é uma análise rasa sem dúvidas, mas esse simples fato não diz nada sobre cada um ? A tão dita liberdade se resume em provar aos outros (ou a você mesmo) que és algo que em algum momento de sua vida lhe pareceu bonito, ou legal mesmo sendo tão supérfluo ?E eu não estou falando apenas das interações de jovens em suas conversas saturadas de sofismas, mas em movimentos políticos, opiniões diplomáticas, e até mesmo o julgamento do certo e errado... essa é a liberdade que todos querem ? a liberdade de moldar o reflexo que se tem da sua imagem, independente das consequências...tantas ações acabam voltando a esse ponto ?
É uma pensa jogar mais de 7 mil anos de filosofia ( documentada ou não) no lixo.... simplesmente uma pena.
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Debaixo do mar
Debaixo do mar não há gravidade
Mas os rios correm para baixo
É verdade, é verdade
Debaixo do mar as penas dançam preguiçosas
Mas os corvos tem olhos carmesim
Sim, sim, sim !
Debaixo do mar o fogo queima frio
E o sangue pulsa roxo
Veja, veja !
A tempestade cai sem ventos
E a chuva escorre em silêncio
Não há tempo para lamento meu senhor
O infinito está sempre mais próximo
Debaixo do mar...
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Quando pensa que o abismo está longe
Ele já engoliu seus pés
E não há nada mais
Além do fundo
Não há fogo no peito
Que amenize o escuro
Não há reconciliação
Nem ordem
Nem ninguém
Onde está o fundo ?
Onde está o fim ?
Estou pronto ?
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ondas negras lavavam as árvores e se jogavam contra as montanhas, derrubando-as como areia, e ao balançar a espada em direção aos reflexos esquizofrênicos, ele afundava cada vez mais em meio ao oceano negro que já havia engolido o céu. Os afogados subiam imóveis ao infinito sempre mais escuro, e logo após, um silêncio profundo assoprou como um vento gélido de manhã de inverno. Passos ecoavam nitidamente no profundo, cortando o silêncio. Uma luz se ascendera, fogo, uma tocha, e ao se aproximar a silhueta que a carregava se tornou clara. Tinha olhos gelados de cião, que mudavam sua claridade de acordo com as palavras que saiam de sua boca. Tinha pele branca como leite, um rosto ligeiramente longo e sutilmente arredondado, de queixo fino descendo em um ângulo ameno. Seus lábios perdiam o vermelho a cada inspiração, ela tinha traços delicados e uma beleza inundadora.
-“Esse é o seu lugar, essa é sua escuridão”
disse a bela dama com uma voz impositiva
“Sua tocha era a única luz dos arredores. Sua tocha era a única luz do mundo”
Ele pensou.
Ele sabia que enquanto a chama ardesse, ainda teria vida, que enquanto o fogo a iluminasse, ainda haveria dia. Mas lentamente as sombras a consumiam e agora não há mais luz...
-”e agora ? onde a encontrarei ?”
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Abaixo do mar
A chuva cai ao contrário
E os rios correm para baixo
Eu sei, eu sei
Abaixo do mar
As sombras dançam
Meu senhor
Abaixo do mar
As sombras permanecem
Eu sei, eu sei
Sereias assopram conchas
E corvos tem escamas brancas como neve
Sim, sim, sim
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Uma visão
O bacalhau era o prato principal
Os afogados à mesa
E a refeição era servida por camarões
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“Nobody exists on purpose, nobody belongs anywhere, everybody's gonna die. Come watch TV. “
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